Buscar

Dir Constitucional Trt Ba Aula 06

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 06
Curso: Direito Constitucional p/ TRT-BA-Analista Jud. (Área Jud. e Oficial de Justiça)
Professor: Nádia Carolina
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 
 
AULA 06: Poder Legislativo. 
 
Sumário Página 
1-Poder Legislativo 1-29 
2- Lista de Questões 30-33 
4- Gabarito 39-40 
Conceito 
 O Poder Legislativo é o órgão encarregado de elaborar as leis que 
regulam as ações dos integrantes do Estado, em suas relações entre si ou com 
o Poder Público. 
Funções 
 As funções típicas do Legislativo são legislar e fiscalizar. No desempenho 
da primeira, elabora as leis. No exercício da segunda, realiza a fiscalização 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder 
Executivo, bem como investigar fato determinado por meio das comissões 
parlamentares de inquérito (CPIs). 
 Além dessas funções, o Legislativo tem outras, atípicas. Uma dessas 
funções é a administrativa, que exerce, por exemplo, quando dispõe sobre sua 
organização interna ou sobre a criação dos cargos públicos de suas Casas. 
Outra função atípica é a de julgamento, exercida quando o Legislativo julga 
autoridades como o Presidente da República, por exemplo (art. 52, I e II e 
parágrafo único, CF). 
A Fiscalização Contábil, Orçamentária, Patrimonial e 
Operacional 
I. Os Controles Interno e Externo 
Os dinheiros públicos sofrem duas formas de controle: o interno, 
realizado no âmbito de cada Poder, e o Externo, de competência do Legislativo. 
Veja o que dispõe a Constituição sobre o controle interno: 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário 
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno 
com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano 
plurianual, a execução dos programas de governo e dos 
orçamentos da União; 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 40 
 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à 
eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, 
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de 
direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e 
garantias, bem como dos direitos e haveres da União; 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão 
institucional. 
Trata-se do controle realizado pela Receita Federal, por exemplo, ao 
avaliar a efetividade de seus projetos institucionais, ou do Judiciário, ao rever 
as contratações de pessoal, por exemplo. Determina a Carta Magna que os 
responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, deverão cientificar o Tribunal de Contas da União 
(TCU), sob pena de responsabilidade solidária (art. 74, CF/88). 
Já o controle externo é exercido por órgão DIFERENTE daquele a ser 
fiscalizado, de onde vem seu nome. Trata-se do controle realizado pelo 
Legislativo sobre os demais Poderes, como veremos mais detalhadamente a 
seguir. 
Os controles interno e externo são realizados de forma complementar: a 
fiscalização pela CGU, por exemplo, de determinada aplicação de recursos 
públicos federais, não impossibilita que o TCU proceda essa mesma 
fiscalização. Nesse sentido, entende o STF que a Controladoria-Geral da União 
- CGU tem atribuição para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos federais 
repassados, nos termos dos convênios, aos Municípios. O art. 70 da CF 
estabelece que a fiscalização dos recursos públicos federais se opera em duas 
esferas: a do controle externo, pelo Congresso Nacional, com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União - TCU, e a do controle interno, pelo sistema de 
controle interno de cada Poder. Com o objetivo de disciplinar o sistema de 
controle interno do Poder Executivo federal, e dar cumprimento ao art. 70 da 
CF, fora promulgada a Lei 10.180/2001. Essa legislação teria alterado a 
denominação de Corregedoria-Geral da União para Controladoria-Geral da 
União, órgão este que auxiliaria o Presidente da República na sua missão 
constitucional de controle interno do patrimônio da União. Compete à CGU 
fiscalizar a aplicação de dinheiro da União onde quer que ele seja aplicado, 
possuindo tal fiscalização caráter interno, porque exercida exclusivamente 
sobre verbas oriundas do orçamento do Executivo destinadas a repasse de 
entes federados. Não há, portanto, nesse caso, invasão da esfera de 
atribuições do TCU, órgão auxiliar do Congresso Nacional no exercício do 
controle externo, o qual se faria sem prejuízo do interno de cada Poder1. 
 
1
 RMS 25943/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 24.11.2010. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 40 
 
Para concluirmos esse tópico, é importante destacar que pode haver 
participação popular no controle externo. Segundo a Constituição, qualquer 
cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na 
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de 
Contas da União (art. 74, § 2º, CF). 
II. A Fiscalização Contábil, Orçamentária, Patrimonial e 
Operacional 
A fiscalização contábil, orçamentária, patrimonial e operacional da União 
e das entidades da Administração Direta e Indireta tem como responsável o 
Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU). Nos 
Estados, são as Assembleias Legislativas as responsáveis pela fiscalização, 
auxiliadas pelos Tribunais de Contas dos Estados. 
Veja importante entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre 
esse assunto: 
 
De acordo com o STF, o poder de fiscalização 
da ação administrativa do Poder Executivo é 
outorgado aos órgãos coletivos de cada 
Câmara do Congresso Nacional, no plano 
federal, e da Assembleia Legislativa, no dos 
Estados; nunca, aos seus membros 
individualmente, salvo, é claro, quando 
atuem em representação de sua Casa ou 
comissão (ADI 3.046, DJ de 28.05.2004) 
A fiscalização realizada pelo Legislativo tem como objeto a legalidade, a 
legitimidade, a economicidade, a aplicação das subvenções e a renúncia de 
UHFHLWDV� �DUW�� ���� ³FDSXW´�� &)����� H� FRPR� IXQGDPHQWRV� RV� SULQFtSLRV� GD�
legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, dentre outros. Portanto, 
são quatro as facetas dessa fiscalização: 
x Fiscalização da legalidade: compreende a análise da obediência do 
administrador à lei. Verifica-se a validade dos atos administrativos em face do 
ordenamento jurídico; 
x Fiscalização financeira: refere-se à aplicação das subvenções, à renúncia 
de receitas, às despesas e às questões contábeis; 
x Fiscalização da legitimidade: representa a análise da aceitação, pela 
população, da gestão da coisa pública; 
x Fiscalização da economicidade: compreende a análise de custo/benefício 
das ações do Poder Público. 
 No que se refere à fiscalização da economicidade, entende a doutrina 
que os controles externo e interno poderão, além da legalidade, avaliar 
também o mérito da despesa, ou seja, a própria discricionariedade do 
administrador. Poderão, portanto, avaliar o mérito de atos administrativos. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 40 
 
I. Tribunais de Contas 
Os Tribunais de Contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo, sem 
subordinação hierárquica a qualquer órgão deste Poder. Sua autonomia é 
garantida constitucionalmente. Destaca-se que, embora pertençam ao Poder 
Legislativo, não exercem função legislativa, mas de fiscalização e controle, de 
natureza administrativa. 
A missão desses órgãos é ORIENTAR o Poder Legislativo no exercício do 
controle externo. Para isso, a CF/88 lhes confere autonomia. Esses órgãos 
podem, inclusive, realizar o controle de constitucionalidade das leis. Veja o que 
entende o STF a respeito desse assunto: 
 
Súmula 347 do STF 
O Tribunal de Contas, no exercício de 
suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos 
do Poder Público. 
Esse controle de constitucionalidade não se dá em abstrato (lei em tese), 
mas sim no caso concreto (via de exceção). Por meio dele, pode a Corte de 
Contas deixar de aplicar um ato por considera-lo incompatível com a 
Constituição. 
III. O Tribunal de Contas da União 
 O Tribunal de Contas da União (TCU) é composto de nove Ministros. Tem 
sede no Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional. Seus 
Ministros dispõem das mesmas prerrogativas, impedimentos, vencimentos e 
vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para sua 
investidura, é necessário o cumprimento dos requisitos enumerados no art. 73, 
§1º, da CF: 
x Mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; 
x Idoneidade moral e reputação ilibada; 
x Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou 
de administração pública; 
x Mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade 
profissional que exija os conhecimentos mencionados acima. 
 A escolha de um terço (três) desses Ministros cabe ao Presidente da 
República, com posterior aprovação dos nomes pelo Senado Federal. Dois 
desses Ministros deverão ser escolhidos alternadamente entre auditores e 
membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice 
pelo TCU, segundo critérios de antiguidade e merecimento. Os outros dois 
terços são escolhidos pelo Congresso Nacional, na forma de seu regimento 
interno. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 40 
 
 Os Ministros do TCU têm as mesmas prerrogativas, garantias, 
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de 
Justiça (STJ), de acordo com o art. 73, § 3º, da CF. Logo, têm como garantias 
a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de seus subsídios. 
Também se lhe aplicam as regras do art. 4º da CF/88 referentes a 
aposentadoria e pensão. 
 Destaca-se, ainda, que o auditor, quando em substituição a Ministro, 
terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício 
das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal 
(art. 73, § 4º, da CF/88). Como o auditor é substituto do Ministro, a ele se 
aplica a exigência de idade mínima de 35 anos. Nesse sentido, entende o STF 
(ADI 373/PI, DJ de 6.5.1994) que é razoável a exigência desse limite de idade 
para ingresso no cargo de auditor de Tribunal de Contas estadual, uma vez 
que as normas estabelecidas para o TCU na CF/88 se aplicam, de regra, aos 
Tribunais de Contas dos Estados. 
Questões de prova: 
1. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os 
Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, 
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros 
do Superior Tribunal de Justiça. 
Comentários: 
É o que prevê o art. 73, § 3º, da Constituição Federal. Questão correta. 
2. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os 
Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre 
brasileiros que satisfaçam, entre outros requisitos, no mínimo 15 anos 
de exercício de função ou de efetiva atividade profissional. 
Comentários: 
A Constituição exige 10 (dez) anos de exercício de função ou de efetiva 
atividade profissional que requeira conhecimentos jurídicos, contábeis, 
econômicos e financeiros ou de administração pública (art. 73, § 1º, CF). 
Questão incorreta. 
3. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os 
Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos um terço 
pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal e, 
dois terços, pelo Senado Federal. 
Comentários: 
Dois terços dos Ministros do TCU são escolhidos pelo Congresso Nacional, não 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 40 
 
pelo Senado Federal. Questão incorreta. 
 O art. 70 da Constituição, como vimos anteriormente, determina que a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, 
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno de cada Poder. 
 Determina também, em seu parágrafo único, que prestará contas 
qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, 
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos 
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de 
natureza pecuniária. 
 Desse modo, o controle das contas públicas é de competência do 
&RQJUHVVR�1DFLRQDO��TXH�R�H[HUFHUi�FRP�DX[tOLR�GR�7&8��DUW������³FDSXW´��&)���
Vamos ler esse artigo? 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, 
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao 
qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente 
da República, mediante parecer prévio que deverá ser 
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais 
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da 
administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e 
as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
 Destaca-se que no que se refere às contas dos administradores e demais 
responsáveis por recursos públicos, a competência do TCU é para julgá-las. Já 
no que concerne às contas do Presidente da República, cabe à Corte apenas 
apreciá-las, mediante parecer prévio, elaborado no prazo de sessenta dias, 
de caráter meramente opinativo. O julgamento, então, será realizado pelo 
Congresso Nacional. 
Outro ponto de destaque é que entende o STF (MS 25.092, DJ de 
17.3.2006) que as empresas públicas e as sociedades de economia mista, 
integrantes da Administração Indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal 
de Contas, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime 
celetista. No mesmo sentido, entende a Corte (MS 21.644, DJ 8.11.1996) que 
entidades de direito privado sujeitam-se á fiscalização do Estado quando dele 
recebem recursos, devendo seus dirigentes prestar contas dos valores 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br7 de 40 
 
recebidos. Além disso, também os conselhos profissionais (Conselhos Federais 
e Conselhos Regionais de classe profissional), por terem natureza autárquica, 
devem prestar contas ao TCU (MS 21.797, DJ 18.5.2001). Continuemos a 
análise do artigo... 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, 
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao 
qual compete: (...) 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de 
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração 
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de 
provimento em comissão, bem como a das concessões de 
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias 
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório; 
 Nesse sentido, observamos a posição do STF de que é necessária a 
observância do devido processo legal em processo administrativo no âmbito do 
TCU. 
 
Súmula Vinculante n. 03 
Nos processos perante o Tribunal de Contas da 
União asseguram-se o contraditório e a ampla 
defesa quando da decisão puder resultar 
anulação ou revogação de ato administrativo 
que beneficie o interessado, excetuada a 
apreciação da legalidade do ato de concessão 
inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 
 Sobre a concessão de aposentadoria, destaca-se, ainda, que segundo o 
STF configura ato administrativo complexo, aperfeiçoando-se somente com o 
registro perante o Tribunal de Contas. Submetido à condição resolutiva, não se 
operam os efeitos da decadência antes da vontade final da Administração (MS 
21.466, DJ de 17.10.1997). 
 Ao TCU cabe apreciar os atos iniciais de concessão de aposentadoria, 
reforma e pensões. Essa análise se restringe aos aspectos de legalidade do 
ato, não podendo a Corte de Contas fazer análise de mérito (conveniência e 
oportunidade). Além disso, a atuação do TCU se restringe ao registro do ato, 
não cabendo à Corte anulá-lo ou convalidá-lo. Havendo vícios no ato, a Corte 
poderá apenas indeferir o pedido de registro, comunicando o fato ao 
órgão/entidade para as providências cabíveis. Caberá a estes anular ou 
convalidar o ato. 
 Destaca-se que o registro não se aplica aos benefícios obtidos por meio 
do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), mas apenas aos obtidos por 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 40 
 
meio do Regime Próprio de Previdência dos Servidores (RPPS), dos servidores 
estatutários. Assim, os empregados de empresas públicas e sociedades de 
economia mista têm apenas seus atos de admissão apreciados pelo TCU, 
sendo as aposentadorias e pensões apreciadas no âmbito do RPPS. 
 Também é importante destacar que as nomeações para cargos em 
comissão não se submetem ao controle de legalidade do TCU, com base na 
ressalva feita pelo inciso III do art. 71 da Constituição. O mesmo se aplica às 
melhorias posteriores dos atos de concessão de aposentadoria, reformas e 
pensões, quando estas não alterem o fundamento legal do ato concessório. 
 Outro importante entendimento do STF se refere á impossibilidade de o 
Tribunal de Contas suprimir vantagem pecuniária incluída nos proventos de 
servidor por decisão judicial transitada em julgado (MS 25.460, DJ de 
10.2.2006). Esse tipo de decisão, segundo a Corte, só pode ser modificada por 
meio de ação rescisória. 
 Por fim, entende a Corte Suprema que, mesmo não se assegurando a 
ampla defesa e o contraditório quando da apreciação da legalidade do ato de 
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão (súmula vinculante no 3), 
decorridos cinco anos sem a apreciação conclusiva do TCU seria obrigatória a 
convocação do interessado2. Nesse caso, devido ao longo decurso de tempo 
até a negativa do registro, haveria direito líquido e certo do interessado de 
exercitar as garantias do contraditório e da ampla defesa. 
 Voltemos à análise do art. 71 da CF/88: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, 
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao 
qual compete: (...) 
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, 
do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, 
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades 
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, 
e demais entidades referidas no inciso II; 
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais 
de cujo capital social a União participe, de forma direta ou 
indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados 
pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros 
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a 
Município; 
 
2
 MS 25116. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 40 
 
 A respeito desse inciso, é importante destacar que, segundo o STF, o 
TCU não tem competência para fiscalizar a aplicação dos recursos recebidos a 
WtWXORV�GH�³royalties´, decorrentes da extração de petróleo, xisto betuminoso e 
gás natural, pelos Estados e Municípios. Trata-se de competência do Tribunal 
de Contas Estadual, e não do TCU, tendo em vista que o art. 20, § 1º, da 
&RQVWLWXLomR�� TXDOLILFRX� RV� ³UR\DOWLHV´� FRPR� UHFHLWD� SUySULD� GRV� (VWDGRV��
Distrito Federal e Municípios3. 
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso 
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das 
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de 
auditorias e inspeções realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de 
despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em 
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa 
proporcional ao dano causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se 
verificada ilegalidade; 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado 
Federal; 
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou 
abusos apurados. 
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado 
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de 
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo 
de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no 
parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. 
 Os atos administrativos podem ser sustados diretamente pelo TCU, 
sendo comunicada a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Já 
no que se refere aos contratos administrativos, a sustação caberá ao 
Congresso Nacional, que solicitará ao Executivo a anulação desses atos. Caso 
essas medidas não sejam adotadas no prazo de noventa dias, o TCU adquirirá 
competência para decidir a respeito, podendo determinar a sustação do ato. 
 Entende o STF que o TCU tem legitimidade para expedir medidas 
cautelares para prevenir a ocorrência de lesão ao erário ou a direito alheio, 
 
3
 MS 24.312-RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, 19.02.2003. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. NádiaCarolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 40 
 
bem como para garantir a efetividade de suas decisões. Isso decorre da teoria 
de poderes implícitos, segundo a qual a toda competência prevista 
constitucionalmente há previsão, ainda que implicitamente, das prerrogativas 
necessárias para lhe dar efetividade (MS 26.547/DF, 23.05.2007). 
 Entretanto, não tem a Corte de Contas, segundo o STF, poder para 
decretar quebra de sigilo bancário (Notícias STF, 17.12.2007). Isso porque o 
TCU é um órgão auxiliar do Poder Legislativo, mas não se confunde com este. 
Cabe ao Legislativo, não ao TCU, determinar a invasão dos dados bancários. 
 Também não tem o TCU função jurisdicional (de ³GL]HU� R� GLUHLWR´���
Entende o Pretório Excelso que o TCU não é um tribunal administrativo, no 
sentido francês, dotado de poder de solução dos conflitos em última instância. 
O princípio da inafastabilidade da jurisdição impede que haja essa equiparação, 
além do que os poderes desse órgão estão devidamente delimitados 
constitucionalmente no artigo 714. 
Art. 71, § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte 
imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. 
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, 
trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. 
 Isso significa que a Corte de Contas se submete ao controle do Poder 
Judiciário. Entretanto, não poderá o Judiciário adentrar o mérito das decisões 
do TCU, sob pena de ferir a separação dos Poderes. Caber-lhe-á apenas a 
análise de mera legalidade. 
 Além disso, o TCU se submete, também, ao controle do Poder Legislativo. 
1HVVH� VHQWLGR�� HQWHQGH� R� 67)� TXH� ³VXUJH� KDUP{QLFR� FRP� D� &RQVWLWXLomR�
Federal diploma revelador do controle pelo Legislativo das contas dos órgãos 
TXH� R� DX[LOLDP�� RX� VHMD�� GRV� WULEXQDLV� GH� FRQWDV´5. A análise do Legislativo, 
entretanto, restringe-se às chamadas contas políticas (controle de efetividade). 
As contas administrativas (contratações, nomeações, etc.) são julgadas pelo 
próprio TCU, tendo em vista sua autonomia. 
IV. O TCU e a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e 
Fiscalização (CMO) 
A CF/88 criou um mecanismo especial de fiscalização dos indícios de 
despesas não autorizadas, como forma de assegurar a obediência à lei 
orçamentária. Trata-se de fiscalização realizada pela Comissão Mista de Planos, 
Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) com o auxílio do TCU. 
Determina a Constituição, em seu artigo 72, que a CMO, diante de 
indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos 
 
4
 MS 29599 DF, DJe-030, p. 15/02/2011. 
5
 ADI 1.175, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 19.12.2006. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 40 
 
não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade 
governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os 
esclarecimentos necessários. Não prestados os esclarecimentos, ou 
considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao TCU pronunciamento 
conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. Entendendo o Tribunal 
irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano 
irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional 
sua sustação. 
V. Os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios 
Reza o art. 75 da Constituição Federal que as normas estabelecidas para 
o TCU aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos 
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais 
e Conselhos de Contas dos Municípios. Trata-se de uma aplicação do princípio 
da simetria. 
Entretanto, a Constituição estabelece, também, algumas particularidades 
para essas Cortes de Contas. Segundo a Carta Magna, os Tribunais de Contas 
dos Estados e do Distrito Federal são compostos de sete conselheiros (art. 75, 
parágrafo único, CF). Em decorrência do princípio da simetria, sua nomeação 
segue os mesmos critérios estabelecidos pela CF/88 (art. 73, § 1º). Nesse 
sentido, sobre a proporção das vagas a serem preenchidas pela escolha do 
Executivo e do Legislativo (2/3 e 1/3, respectivamente, no modelo federal), 
entende o STF que: 
 
Súmula 653 do STF: 
No Tribunal de Contas Estadual, composto por 
sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos 
pela Assembleia Legislativa e três pelo Chefe 
do Poder Executivo estadual, cabendo a este 
indicar um dentre auditores e outro dentre 
membros do Ministério Público, e um terceiro à 
sua livre escolha. 
Note-se ainda que os vencimentos dos Conselheiros dos Tribunais de 
Contas dos Estados deverão ter como parâmetro aqueles dos 
desembargadores do Tribunal de Justiça (ADI 396, DJ de 5.8.2005). 
³(�D�TXHP�R�7ULEXQDO�GH�&RQWDV�(VWDGXDO�SUHVWDUi�FRQWDV��SURIHVVRUD"´ 
Excelente pergunta! À Assembleia Legislativa do Estado. Entende o STF 
(ADI 687, DJ 10.02.2006) que o Tribunal de Contas está obrigado, por 
expressa determinação constitucional, a encaminhar, ao Poder Legislativo a 
que se acha institucionalmente vinculado, tanto relatórios trimestrais quanto 
anuais de suas próprias atividades, com o objetivo de expor a situação das 
finanças públicas administradas por esses órgãos. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 40 
 
Passaremos, agora, à análise da fiscalização do Município. Veja o que 
determina o art. 31 da Constituição acerca da fiscalização dos Municípios: 
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder 
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos 
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na 
forma da lei. 
§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido 
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do 
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios, onde houver. 
Verifica-se, portanto, que a fiscalização do Município será feita pelo 
Legislativo Municipal (controle externo) e pelo Executivo Municipal (controle 
interno), na forma da lei. No controle externo, a Câmara Municipal contará 
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos 
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Note, 
entretanto, a vedação feita pela Constituição em outro parágrafo do mesmo 
artigo: 
§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos 
de Contas Municipais. 
Destaca-se a posição do STF de que poderá ser instituído no Município 
um Tribunal de Contas que, embora atue em um Município específico, será um 
órgão estadual. Esse órgão será denominado Conselho ou Tribunal de Contas 
dos Municípios (ADI 687, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 10.02.2006). 
É essencial salientar também que os Tribunais que existiam quando da 
promulgação continuam válidos e permanecem em funcionamento. É o caso, 
por exemplo, do Tribunal de Contas de São Paulo (TCM/SP), criado em 1968. 
Outro ponto importante é o que estabelece a Constituição a respeito do 
parecer prévio emitido pela Câmara dos Vereadores. 
Art. 31, § 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão 
competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente 
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços 
dos membros da Câmara Municipal. 
Esse parecer é bastante diferente daquele emitido pelo Tribunal de 
Contas da União e pelo Tribunalde Contas do Estado quando da análise das 
contas do Presidente da República e do Governador de Estado, 
respectivamente. Ao contrário do que ocorre na análise das contas do 
Presidente, aqui há presunção da validade do parecer. A regra é a prevalência 
do parecer, que só poderá ser derrubado por decisão de 2/3 dos membros da 
Câmara Municipal. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 40 
 
 
4. (FCC/2009/DP-SP) O Tribunal de Contas é órgão do Poder 
Judiciário de extrema relevância, pois lhe cabe aplicar sanções aos 
entes da Administração que causarem dano ao patrimônio público. 
Comentários: 
 O Tribunal de Contas é órgão do Poder Legislativo. Questão incorreta. 
5. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Em tema de fiscalização contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das 
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de 
receitas, estabelece a Constituição Federal, dentre outras hipóteses, 
que será exercida pela Câmara dos Deputados, mediante controle 
interno, e pelo sistema de controle externo de cada Poder, devendo 
encaminhar ao Chefe do Executivo, trimestral e anualmente, relatório 
de suas atividades. 
Comentários: 
6HJXQGR�R�³FDSXW´�GR�DUW�����GD�/HL�)XQGDPHQWDO��D�ILVFDOL]DomR�FRQWiELO��
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades 
da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida 
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de 
controle interno de cada Poder. Nessa atividade, contará com auxílio do 
Tribunal de Contas da União, o qual, de acordo com o art. 71, § 4º, da CF, 
encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de 
suas atividades. Questão incorreta. 
6. (FCC/2010/TRT 8ª Região) A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida: 
a) pelo Supremo Tribunal Federal, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno pela Comissão Nacional de Justiça. 
b) pela Comissão Nacional de Justiça, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno do Supremo Tribunal Federal. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 40 
 
c) pelo Superior Tribunal de Justiça, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno da Comissão Nacional de Justiça. 
d) pela Advocacia Geral da União, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno de cada Poder. 
e) pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de 
controle interno de cada Poder. 
Comentários: 
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, 
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e 
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle 
H[WHUQR��H�SHOR�VLVWHPD�GH�FRQWUROH�LQWHUQR�GH�FDGD�3RGHU��DUW������³FDSXW´��GD�
CF/88). A letra E é o gabarito. 
7. (FCC/2010/TRT 9ª Região) A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e de suas entidades, 
exercida pelo Congresso Nacional e por parte de cada Poder NÃO 
abrange aspectos de: 
a) economicidade. 
b) aplicação de subvenções. 
c) instituição de tributos. 
d) legitimidade. 
e) renúncia de receitas. 
Comentários: 
Segundo o art. 70 da CF/88, a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema 
de controle interno de cada Poder. A letra C é o gabarito da questão. 
8. (FCC/2009/TCE-GO) A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, mediante controle externo, será 
exercida pelo: 
a) Poder Judiciário, com o auxílio do Ministério Público. 
b) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
c) Ministério Público, com o auxílio do Congresso Nacional. 
d) Congresso Nacional, com o auxílio do Poder Judiciário. 
e) Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Ministério Público. 
Comentários: 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 40 
 
$�OHWUD�%�p�R�JDEDULWR��)XQGDPHQWR��DUW������³FDSXW´��&)� 
9. (FCC/2009/TRT 3ª Região) É INCORRETO afirmar que o Tribunal 
de Contas da União tem competência para: 
a) Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesas, as 
sanções previstas em lei. 
b) Sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado, comunicando-se 
a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. 
c) Aplicar aos responsáveis, em caso de irregularidade de contas, as 
sanções previstas legalmente. 
d) Apreciar, no exercício de suas atribuições, a constitucionalidade das leis 
e atos do Poder Público. 
e) Sustar ou anular diretamente e de imediato a execução de contratos 
administrativos irregulares ou ilegais. 
Comentários: 
A letra A está correta. Fundamento: art. 71, VIII, CF. O mesmo ocorre 
com a B, com base no art. 71, X, CF e com a C, com base no art. 71, VIII, CF. 
A letra D está perfeita. Segundo a jurisprudência do STF, os Tribunais de 
Contas, no desempenho de suas atribuições, podem realizar o controle de 
constitucionalidade das leis, podendo afastar a aplicação de uma lei ou ato 
normativo do Poder Público por entendê-los inconstitucionais. 
A alternativa incorreta, portanto, é a letra E. Verificada a irregularidade 
em um contrato administrativo, o TCU não tem competência para sustar 
diretamente sua execução. Nesse caso, a Corte deverá dar ciência ao 
Congresso Nacional para que este suste o contrato e solicite ao Executivo as 
medidas cabíveis para sanar a irregularidade. Caso o Congresso ou o Poder 
Executivo não efetivem as medidas cabíveis no prazo de noventa dias, aí sim o 
TCU poderá sustar o ato (CF, art. 71, §2º). A letra E é o gabarito da questão. 
10. (FCC/2009/TCE-GO) Nos termos da Constituição da República, 
se for verificada ilegalidade na prática de ato submetido à análise do 
Tribunal de Contas da União, 
a) O Tribunal assinará prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei e, se não atendido, 
sustará a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos 
Deputados e ao Senado Federal. 
b) O órgão ou entidade terá prazo de 90 dias para correção da ilegalidade, 
sob pena de sustação do ato diretamente pelo Congresso Nacional. 
c) O representante do Ministério Público que atua junto ao Tribunal 
formulará pedido ao órgão competente do Poder Judiciário,para que possa 
haver cominação ao responsável de multa proporcional ao dano causado ao 
erário. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 40 
 
d) Deverá o Tribunal comunicar o fato ao Congresso Nacional, que, na 
qualidade de titular da função de fiscalização financeira, notificará o órgão ou 
entidade para que adote as medidas cabíveis, sob pena de anulação do ato. 
e) O órgão ou entidade ficará desde logo impedido de realizar, de ofício ou 
mediante provocação, atos tendentes à correção da ilegalidade, resolvendo-se 
a situação exclusivamente na esfera judicial. 
Comentários: 
Veja só como a irregularidade em ato administrativo é tratada de 
maneira diferente daquela observada em contrato administrativo... No caso em 
questão, o TCU fixará um prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade 
(art. 71, IX, CF). Caso não atendido, sustará a execução do ato impugnado, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal (art. 71, 
X, CF). A letra A é o gabarito. 
11. (FCC/2011/TRE-AP) No que se refere à fiscalização contábil, 
financeira e orçamentária é certo que, o auditor, quando em 
substituição a Ministro do Tribunal de Contas, terá as mesmas 
garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais 
atribuições da judicatura, as de: 
a) Juiz de Tribunal Regional Eleitoral. 
b) Juiz de Tribunal Regional Federal. 
c) Advogado Geral da União. 
d) Procurador da República. 
e) Juiz de Tribunal de Justiça de Estado. 
Comentários: 
Determina o art. 73, § 4º, da CF, que o auditor, quando em substituição 
a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no 
exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional. 
A letra B é o gabarito. 
12. (FCC/2011/TRT 23ª Região) A empresa JJPTO Ltda. firmou 
contrato administrativo com a União, após participar de processo de 
licitação fraudulento do qual saiu vencedora, para o fornecimento de 
cartuchos de tintas para as impressoras das repartições públicas. 
Segundo a Constituição Federal, no caso desse contrato, o ato de 
sustação será adotado: 
a) diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao 
Poder Executivo as medidas cabíveis. 
b) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle interno, que 
solicitará, de imediato, ao Congresso Nacional as medidas cabíveis. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 40 
 
c) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle externo, que, após 
prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Congresso Nacional as 
medidas cabíveis. 
d) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar 
informações ao Poder Executivo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas 
cabíveis. 
e) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar 
informações ao Poder Legislativo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas 
cabíveis. 
Comentários: 
No caso de contratos administrativos irregulares, o ato de sustação 
caberá ao Congresso Nacional, que solicitará ao Executivo a anulação desses 
atos. Caso essas medidas não sejam adotadas no prazo de noventa dias, o 
TCU adquirirá competência para decidir a respeito. A letra A é o gabarito da 
questão. 
13. (FCC/2011/TCE-SP) Com base em lei municipal promulgada em 
2004, a Câmara de Vereadores de um Município paulista efetua o 
pagamento de remuneração aos membros que compareceram a 
sessões extraordinárias do órgão legislativo no exercício de 2010. 
Nessa hipótese, ao examinar as contas a serem prestadas pela Mesa 
da Câmara de Vereadores relativamente ao exercício de 2010, o 
Tribunal de Contas do Estado: 
a) ficará adstrito à análise da legalidade da despesa e da observância do 
limite constitucional de gasto com folha de pagamento da Câmara Municipal, 
vedada a apreciação quanto à constitucionalidade da lei municipal. 
b) deverá abster-se de apreciar a constitucionalidade da lei municipal, 
uma vez que a guarda da Constituição é de competência do Supremo Tribunal 
Federal, e não dos Tribunais de Contas. 
c) possuirá legitimidade para apreciar a constitucionalidade da lei 
municipal, de onde poderá decorrer sua manifestação pela regularidade ou não 
da realização do pagamento. 
d) somente poderá manifestar-se sobre a constitucionalidade da lei 
municipal, adotando-a como fundamento de decidir a respeito da regularidade 
da despesa, se já houver decisão judicial transitada em julgado a esse respeito. 
e) não poderá manifestar-se sobre a constitucionalidade da lei municipal, 
uma vez que esta é atribuição exclusiva do Poder Judiciário, no sistema de 
controle de constitucionalidade brasileiro, que não conhece mecanismos de 
controle político. 
Comentários: 
 A questão cobra o conhecimento da Súmula 357 do STF, que dispõe que 
o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. O gabarito é a letra C. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 40 
 
14. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, é correto afirmar que é integrado por onze Ministros, tem sede 
no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o 
território nacional. 
Comentários: 
Dispõe o art. 73 da Constituição que o Tribunal de Contas da União é 
integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de 
pessoal e jurisdição em todo o território nacional. Memorize o número de 
0LQLVWURV��SDUD�QmR�FDLU�HP�³SHJXLQKDV´�FRPR�HVVH��4XHVWmR�LQFRUUHWD� 
15. (FCC/2010/TRT 8ª Região) O Tribunal de Contas da União é 
integrado no total por: 
a) sete ministros, sendo todos escolhidos pelo Presidente da República, 
com aprovação do Congresso Nacional. 
b) sete ministros, sendo dois terços deles escolhidos pelo Congresso 
Nacional, com aprovação do Presidente da República. 
c) nove Ministros, sendo um terço deles escolhidos pelo Presidente da 
República, com aprovação do Senado Federal. 
d) quinze ministros, sendo dois terços deles escolhidos pelo Senado 
Federal, com aprovação da Câmara dos Deputados. 
e) quinze ministros, sendo um terço deles escolhidos pela Câmara dos 
Deputados, com aprovação do Presidente da República. 
Comentários: 
 O TCU é integrado por nove Ministros, sendo um terço deles escolhido 
pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, e dois 
terços, pelo Congresso Nacional (art. 73, CF). A letra C é o gabarito. 
16. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Os Ministros do Tribunal de Contas 
da União serão nomeados dentre brasileiros natos ou naturalizados, 
com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade e mais de cinco 
anos de atividade profissional. 
Comentários: 
Apesar de a Constituição não fazer a ressalva de que os brasileiros 
deverão ser natos ou naturalizados, isso não torna a afirmativa incorreta. Isso 
porque a CF/88prevê que os Ministros serão escolhidos dentre brasileiros, o 
que, obviamente, compreende natos e naturalizados. 
O erro da questão está na idade, que deverá ser de mais de trinta e 
cinco e menos de sessenta e cinco anos e no tempo de exercício 
profissional, que deverá ser de mais de dez anos. Eis os requisitos para 
nomeação dos Ministros do TCU: 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 40 
 
x Mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; 
x Idoneidade moral e reputação ilibada; 
x Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou 
de administração pública; 
x Mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade 
profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. 
Questão incorreta. 
17. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, é correto afirmar que as decisões do Tribunal de que resulte 
imputação de débito ou multa deverão ser submetidas ao crivo do 
Congresso Nacional em sessão legislativa por ambas as Casas, sendo 
que a decisão do Senado Federal terá eficácia de título executivo. 
Comentários: 
Com o objetivo de dar efetividade às decisões do TCU, determina a Carta 
Magna (art. 71, § 3º) que as decisões do Tribunal de que resulte imputação de 
débito ou multa terão eficácia de título executivo. Questão incorreta. 
18. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, as suas decisões, de que resulte imputação de débito ou multa, 
terão eficácia de título executivo. 
Comentários: 
 É isso o que dispõe a Lei Fundamental no art. 71, § 3º. Questão correta. 
19. (FCC/2010/TRT 9ª Região) As decisões dos Tribunais de Contas 
que resultem em imputação de débito ou multa, não têm eficácia de 
título executivo por ser prerrogativa do Poder Judiciário. 
Comentários: 
 Determina o § 3º do art. 71 da Carta Magna que as decisões do Tribunal 
de que resulte imputação de débito ou multa terão, sim, eficácia de título 
executivo. Questão incorreta. 
20. (FCC/2010/TCE-AP) No âmbito da análise de prestação de contas 
do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Mato Grosso - 
SENAR/MT, perante o Tribunal de Contas da União -TCU, foram 
suscitadas irregularidades referentes à aquisição de veículo de 
³PRGHOR�GHPasiadamente sofisticado, sem justificativa de necessidade 
H�DGHTXDomR�jV�FDUDFWHUtVWLFDV�H[LJLGDV´��$�DTXLVLomR�WHULD�FXVWDGR�5��
146.500,00 ao ente, tendo contudo restado demonstrado que havia 
outros modelos no mercado que poderiam atender, pela metade do 
preço, aos requisitos de luxo e conforto exigidos. O Tribunal, ao final, 
decidiu pela aplicação de multa aos responsáveis pela despesa 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 40 
 
(Acórdão no 3441/2010 - 1a Câmara, TC 012.289/2005-6, Rel. Min. 
Marcos Bemquerer Costa, in Informativo de Jurisprudência sobre 
Licitações Contratos no 20). A decisão do TCU é compatível com a 
disciplina constitucional da matéria, mas dependerá de validação do 
Congresso Nacional para possuir eficácia de título executivo. 
Comentários: 
 De fato, a decisão do TCU é compatível com a disciplina constitucional da 
matéria. O erro da questão é afirmar que ela dependerá de validação do 
Congresso Nacional para possuir eficácia de título executivo. Não há tal 
exigência (art. 71, § 3º, CF). Questão incorreta. 
21. (FCC/2010/TCE-AP/Adaptada) Com base nos dados da questão 
anterior, pode-se afirmar que a decisão do TCU poderia ter 
reconhecido a irregularidade das contas, mas não determinado a 
imposição de multa aos responsáveis pela despesa. 
Comentários: 
 Segundo a CF/88, compete ao TCU aplicar aos responsáveis, em caso de 
ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em 
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano 
causado ao erário (art. 71, VIII). Portanto, o TCU poderia, sim, aplicar multa 
neste caso. Questão incorreta. 
22. (FCC/2010/TCE-AP - adaptada) Com base nos dados da 
penúltima questão, pode-se afirmar que a decisão do TCU afronta a 
Constituição, na medida em que o Tribunal não possui competência 
para a análise de contas de ente que não integra a Administração 
federal. 
Comentários: 
 O TCU tem competência, sim, para analisar contas de ente que não 
integre a Administração Pública Federal, desde que haja aplicação de recursos 
federais na operação. Determina a Carta Magna que ao TCU compete fiscalizar 
a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, 
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito 
Federal ou a Município (art. 71, VI, CF). Questão incorreta. 
23. (FCC/2010/TRT 22ª Região) As decisões do Tribunal de Contas 
da União, de que resulte cancelamento de débito ou multa terão 
eficácia de título executivo judicial. 
Comentários: 
 As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação 
de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial. Não haveria 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 40 
 
lógica em uma decisão de cancelamento de débito ter eficácia de título 
executivo, já que a execução se presta a cobrar o crédito. Só pelo raciocínio já 
VHULD�SRVVtYHO�³PDWDU´�D�TXHVWmR��4XHVtão incorreta. 
24. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, é correto afirmar que o Tribunal encaminhará ao Congresso 
Nacional, semestralmente, relatório de suas atividades. 
Comentários: 
O examinador trocou a periodicidade da obrigação, para confundir você! 
Segundo o art. 71, § 4º, da CF, o Tribunal de Contas da União encaminhará ao 
Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. 
Questão incorreta. 
25. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, encaminhará ao Congresso Nacional, a cada cinco meses, 
relatório de suas atividades. 
Comentários: 
 O TCU encaminhará o relatório de suas atividades ao Congresso Nacional 
trimestral e anualmente (art. 71, § 4º, CF). Questão incorreta. 
26. (FCC/2010/TRT 9ª Região) O Tribunal de Contas da União 
encaminhará para a Câmara dos Deputados, semestralmente, o 
relatório de suas atividades e anualmente ao Ministério Público. 
Comentários: 
É ao Congresso Nacional que o Tribunal de Contas da União (art. 71, § 
4º, CF) encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, 
relatório de suas atividades. Questão incorreta. 
27. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, é correto afirmar que no caso de contrato, o ato de sustação 
será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de 
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
Comentários: 
 Perfeito! No caso de contratos administrativos irregulares, o ato de 
sustação caberá ao Congresso Nacional, que solicitará ao Executivo a anulação 
desses atos (art. 71, § 1º, CF). Questão correta. 
28. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, no caso de contrato, praticará ato de sustação e solicitará de 
imediato ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 40 
 
Comentários: 
 Nada disso! Essa função é do Congresso Nacional. No caso de contratos 
administrativos irregulares, o ato de sustação caberá ao Congresso Nacional, 
que solicitará ao Executivo a anulação desses atos (art. 71, § 1º, CF). Questão 
incorreta. 
29. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, está impedido de assinar prazo para que o órgão ou entidade 
adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se 
verificada ilegalidade. 
Comentários: 
 Pelo contrário! Compete ao TCU assinar prazo para que o órgão ou 
entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se 
verificada ilegalidade (art. 71, IX, CF/88). Questão incorreta. 
30. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, poderá sustar, se atendido, a execução do ato impugnado, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. 
Comentários: 
 Determina a Constituição (art. 71, IX e X) que poderá o TCU assinar 
prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao 
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. Caso, porém, não seja 
atendido, poderá sustar a execução do ato impugnado, comunicando a decisão 
à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Questão incorreta. 
31. (FCC/2010/TRT 9ª Região) Compete ao Tribunal de Contas da 
União sustar a execução de ato impugnado, comunicando a decisão ao 
Poder Executivo e ao juiz competente. 
Comentários: 
 De fato, compete ao TCU sustar a execução de ato impugnado. 
Entretanto, caso não atendido, comunicará a decisão à Câmara dos Deputados 
e ao Senado Federal (art. 71, X, CF/88). Questão incorreta. 
32. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da 
União, é correto afirmar que o auditor, quando em substituição a 
Ministro não terá as mesmas garantias e impedimentos do titular. 
Comentários: 
Segundo o art. 73, § 4º, da CF, o auditor, quando em substituição a 
Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 40 
 
exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional 
Federal. É a palavra não do enunciado que torna a questão incorreta. 
33. (FCC/2010/TRT 22ª Região) O auditor, quando em substituição a 
Ministro do Tribunal de Contas da União, terá as mesmas garantias e 
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições 
da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. 
Comentários: 
 É isso que determina o art. 73, § 4º, da CF. Questão correta. 
34. (FCC/2011/TRF 1ª Região) Dois terços dos Ministros do Tribunal 
de Contas da União serão escolhidos pelo: 
a) Supremo Tribunal Federal. 
b) Presidente do Senado Federal. 
c) Presidente da República. 
d) Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
e) Congresso Nacional. 
Comentários: 
 Determina o art. 73, § 2º, da CF, que os Ministros do Tribunal de Contas 
da União serão escolhidos: 
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado 
Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério 
Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os 
critérios de antiguidade e merecimento; 
II - dois terços pelo Congresso Nacional. 
A letra E é o gabarito. 
35. (FCC/2011/TRT 24ª Região) A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida, mediante controle externo, pelo: 
a) Ministro da Justiça. 
b) Advogado Geral da União. 
c) Chefe da Casa Civil. 
d) Supremo Tribunal Federal. 
e) Congresso Nacional. 
Comentários: 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 40 
 
A fiscalização contábil, orçamentária, patrimonial e operacional da União 
e das entidades da Administração Direta e Indireta tem como responsável o 
Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), 
FRQIRUPH�R�DUW������³FDSXW´��GD�&)�����$�OHWUD�(�p�R�JDEDULWo. 
36. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados estão 
vinculados à Assembleia Legislativa e ao Tribunal de Contas da União. 
Comentários: 
 De fato, os Tribunais de Contas dos Estados (TCEs) estão vinculados às 
Assembleias Legislativas dos Estados. Não há, entretanto, qualquer vínculo 
destes com o TCU. Questão incorreta. 
37. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados 
apreciam a legalidade dos atos de admissão de pessoal na 
administração direta, indireta e, inclusive, as nomeações para cargos 
em comissão. 
Comentários: 
 Com base na simetria com o TCU, podemos afirmar que os TCEs têm 
competência para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de 
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, 
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as 
nomeações para cargo de provimento em comissão (art. 71, III, CF). Questão 
incorreta. 
38. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados podem 
quebrar sigilo bancário e interceptar conversas telefônicas para fins de 
investigação em casos de improbidade administrativa. 
Comentários: 
 O TCU não tem, segundo o STF, competência para determinar a quebra 
do sigilo bancário. Pelo princípio da simetria, essa vedação se estende aos 
TCEs. Também não têm as Cortes de Contas competência para determinar a 
interceptação telefônica. Esta só pode ser determinada por JUIZ (art. 5º, XII, 
CF). Questão incorreta. 
39. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados 
auxiliam a Assembleia Legislativa no controle externo das contas 
públicas, bem como as Câmaras Municipais nesta mesma função 
quando o Município não possuir Tribunal, Conselho ou órgão de Contas. 
Comentários: 
Determina a Carta Magna (art, 31, § 1º) que o controle externo da 
Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 40 
 
Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios, onde houver. Portanto, não havendo Tribunal Conselho ou órgão 
de Contas do Município, caberá a função ao TCE. Questão correta. 
40. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados podem 
aplicar medidas cautelares a investigados, como a indisponibilidade de 
bens e ativos financeiros, a fim de evitar a depreciação dolosa do 
patrimônio público. 
Comentários: 
Entende o STF que o TCU tem legitimidade para expedir medidas 
cautelares para prevenir a ocorrência de lesão ao erário ou a direito alheio, 
bem como para garantir a efetividade de suas decisões. Pelo princípio da 
simetria, também os TCEs possuem essa competência. Questão correta. 
41. (FCC/2010/TRT 9ª Região) As Constituições estaduais e as leis 
orgânicas dos Municípios disporão sobre osTribunais de Contas 
respectivos, que serão integrados por onze Conselheiros. 
Comentários: 
Segundo o parágrafo único da CF/88, as Constituições estaduais disporão 
sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete 
Conselheiros. As leis orgânicas não disporão sobre os TCEs. Além disso, estes 
são compostos por sete, e não onze Conselheiros. Questão incorreta. 
42. (FCC/2009/DP-SP) O pacto federativo brasileiro reconhece o 
Município como ente, por isso a Constituição de 1988 permite a criação 
de novos Tribunais de Contas no âmbito municipal. 
Comentários: 
 É o oposto disso! Dispõe o art. 30, § 4º, da CF, que é vedada a criação 
de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Questão incorreta. 
43. (FCC/2009/DP-SP) A Constituição Federal falhou em não prever 
expressamente a participação popular no controle da administração 
pública junto ao Tribunal de Contas da União. 
Comentários: 
 A participação popular no controle das contas públicas foi uma das 
preocupações do legislador constituinte. Prevê a Carta Magna que qualquer 
cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na 
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de 
Contas da União (art. 74, § 2º, CF). Questão incorreta. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 40 
 
44. (FCC/2007/TCE-AM) Considerando a disciplina constitucional do 
Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que partido político, 
associação e sindicato não são legitimados para denunciar 
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas. 
Comentários: 
 São sim! Determina a Lei Fundamental, em seu art. 74, § 2º, que 
qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima 
para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o 
Tribunal de Contas da União. Questão incorreta. 
45. (FCC/2007/TCE-AM) O cidadão não é parte legítima para 
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas. 
Comentários: 
 O cidadão é, sim, parte legítima para fazê-lo, conforme o art. 74, § 2º, 
da CF/88. Questão incorreta. 
46. (FCC/2007/TCE/AM) As decisões proferidas pelo Tribunal de 
Contas que imponham penalidades são insuscetíveis de 
questionamento perante o Poder Judiciário. 
Comentários: 
 As decisões proferidas pelo Tribunal de Contas são, sim, passíveis de 
questionamento perante o Judiciário, devido ao princípio da inafastabilidade da 
jurisdição (art. 5º, XXXV, CF), segundo o qual a lei não excluirá da apreciação 
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Questão incorreta. 
47. (FCC/2006/Banco Central) O sistema de controle interno 
prescrito pela Constituição Federal, a ser mantido de forma integrada 
pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, tem, dentre as suas 
atribuições, a de: 
a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta. 
b) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou 
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei. 
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres da União. 
d) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. 
e) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União 
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres. 
Comentários: 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 40 
 
 De acordo com o art. 74 da Constituição Federal, são funções do sistema 
de controle interno: 
x Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
x Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e 
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos 
públicos por entidades de direito privado; 
x Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres da União; 
x Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 Essas atribuições precisam ser memorizadas. Mantenha as mesmas na 
³SRQWD�GD�OtQJXD´��$�OHWUD�&�p�R�JDEDULWR� 
48. (FCC/2005/TCE-SP) Dentre as funções do sistema de controle 
interno a ser mantido, de forma integrada, pelos Poderes Legislativo, 
Executivo e Judiciário, está a de: 
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. 
b) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou 
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei. 
c) determinar prazo para que órgão ou entidade adote as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. 
d) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo 
capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do 
tratado constitutivo. 
e) emitir parecer prévio sobre o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, 
etapa necessária para a aprovação dessa lei. 
Comentários: 
 Não custa nada repetirmos quais são as atribuições do sistema de 
controle interno de cada um dos três Poderes: 
x Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
x Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e 
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos 
públicos por entidades de direito privado; 
x Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres da União; 
x Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 A letra A é o gabarito. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 40 
 
49. (FCC/2005/TCE-MA) Segundo a Constituição do Estado do 
Maranhão, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de 
forma integrada, sistema de controle interno, que tem entre suas 
finalidades a de: 
a) fiscalizar a distribuição da quota-parte pertencente aos municípios, 
arrecadada pelo Estado, do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços 
e do imposto sobre propriedade de veículos automotores. 
b) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados mediante 
convênio. 
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres do Estado. 
d) representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos 
apurados. 
e) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, e 
determinar reposição integral, pelo responsável, dos valores devidos ao erário. 
Comentários: 
 ³$K��1iGLD��QmR�DFUHGLWR�TXH�YRFr�YDL� UHSHWLU�DV�IXQo}HV�GR�VLVWHPD�GH�FRQWUROH�LQWHUQR�´ 
 Vou sim, meu aluno (ou aluna). Não quero que erre essa questão de 
jeito nenhum! Essas funções são: 
x Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
x Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e 
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos 
públicos por entidades de direito privado; 
x Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres da União; 
x Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 Dica: veja que o controle interno não fiscaliza nada. O verbo fiscalizar 
não aparece no rol de atribuições. A letra C é o gabarito. 
50. (FCC/2005/PGE-GO) Cabe ao Tribunal de Contas do Estado julgar 
os administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos na administração direta e indireta, incluídas as 
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público, por 
crimes contra o erário. 
Comentários: 
 Os Tribunais de Contas não julgam pessoas. Isso é competência do 
Judiciário. Os Tribunais de Contas dos Estados têm, pelo princípio da simetria e 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 40 
 
com base no art. 71, II, da CF, função de julgar as contas dos 
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos 
da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades 
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que 
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo 
ao erário público. Questão incorreta. 
51. (FCC/2005/TCE-PI) Sobre o Tribunal de Contas da União, é 
correto afirmar que por ter caráter jurisdicional, das suas decisões não 
cabe recurso ao Poder Judiciário. 
Comentários: 
Como vimos, o TCU não tem função jurisdicional, ou seja, de aplicar o 
direito em caráter definitivo. Suas ações podem ser revistas pelo Judiciário, 
com base no princípio da inafastabilidade da jurisdição. Questão incorreta. 
52. (FCC/2003/TRE-AM) Quanto ao Tribunal de Contas da União, é 
correto afirmar que, embora goze de autonomia, é órgão auxiliar do 
Poder Legislativo e pratica atos de natureza administrativa que, nessa 
condição, estão sujeitos ao controle jurisdicional. 
Comentários: 
 É isso mesmo! A função do TCU é meramente administrativa. Seus atos 
estão sujeitos ao controle jurisdicional exercido pelo Judiciário. Questão 
correta. 
53. (FCC/2003/TRE-AM) Quanto ao Tribunal de Contas da União, é 
correto afirmar que, mesmo sendo órgão do Poder Legislativo, tem 
competência para julgar e impor sanções, exercendo funções do Poder 
Judiciário, que, todavia, não lhe pode reformar as decisões. 
Comentários: 
 De fato o TCU tem competência para impor sanções. Entretanto, essas 
podem ser revistas pelo Judiciário, em obediência à inafastabilidade da 
jurisdição (art. 5º, XXXV, CF). Questão incorreta. 
 
 
 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 40 
 
Lista de Questões 
1. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os 
Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, 
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros 
do Superior Tribunal de Justiça. 
2. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os 
Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre 
brasileiros que satisfaçam, entre outros requisitos, no mínimo 15 anos 
de exercício de função ou de efetiva atividade profissional. 
3. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os 
Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos um terço 
pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal e, 
dois terços, pelo Senado Federal. 
4. (FCC/2009/DP-SP) O Tribunal de Contas é órgão do Poder 
Judiciário de extrema relevância, pois lhe cabe aplicar sanções aos 
entes da Administração que causarem dano ao patrimônio público. 
5. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Em tema de fiscalização contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das 
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de 
receitas, estabelece a Constituição Federal, dentre outras hipóteses, 
que será exercida pela Câmara dos Deputados, mediante controle 
interno, e pelo sistema de controle externo de cada Poder, devendo 
encaminhar ao Chefe do Executivo, trimestral e anualmente, relatório 
de suas atividades. 
6. (FCC/2010/TRT 8ª Região) A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida: 
a) pelo Supremo Tribunal Federal, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno pela Comissão Nacional de Justiça. 
b) pela Comissão Nacional de Justiça, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno do Supremo Tribunal Federal. 
c) pelo Superior Tribunal de Justiça, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno da Comissão Nacional de Justiça. 
d) pela Advocacia Geral da União, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno de cada Poder. 
e) pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de 
controle interno de cada Poder. 
76309585010
Direito Constitucional P/ TRT-BA ± Analista 
Jud. (Área Judiciária e Oficial de Justiça) 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 40 
 
7. (FCC/2010/TRT 9ª Região) A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e de suas entidades, 
exercida pelo Congresso Nacional e por parte de cada Poder NÃO 
abrange aspectos de: 
a) economicidade. 
b) aplicação de subvenções. 
c) instituição de tributos. 
d) legitimidade. 
e) renúncia de receitas. 
8. (FCC/2009/TCE-GO) A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, mediante controle externo, será 
exercida pelo: 
a) Poder Judiciário, com o auxílio do Ministério Público. 
b) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
c) Ministério Público, com o auxílio do Congresso Nacional. 
d) Congresso Nacional, com o auxílio do Poder Judiciário. 
e) Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Ministério Público. 
9. (FCC/2009/TRT 3ª Região) É INCORRETO afirmar que o Tribunal 
de Contas da União tem competência para: 
a) Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesas, as 
sanções previstas em lei. 
b) Sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado, comunicando-se 
a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. 
c) Aplicar aos responsáveis, em caso de irregularidade de contas, as 
sanções previstas legalmente. 
d) Apreciar, no exercício de suas atribuições, a constitucionalidade das leis 
e atos do Poder Público. 
e) Sustar ou anular diretamente

Outros materiais