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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Fiscalização Contábil, Financeira e 
Orçamentária
Livro Eletrônico
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Luciano Dutra
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
DIREITO CONSTITUCIONAL
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária ...........................................................3
1. Introdução ..................................................................................................................3
2. Competências do TCU ................................................................................................. 7
3. Composição do TCU ................................................................................................. 20
4. Controle Interno .......................................................................................................23
5. Observações Finais ..................................................................................................23
6. Controle Externo dos Municípios ..............................................................................25
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis ............................................................................27
Resumo ........................................................................................................................36
Questões de Concurso ..................................................................................................39
Gabarito .......................................................................................................................63
Gabarito Comentado .....................................................................................................64
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTÔNIO CARLOS VIEIRA MOTA JÚNIOR - 073.820.925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Luciano Dutra
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
DIREITO CONSTITUCIONAL
FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA
1. Introdução
Prezado(a) aluno(a), o primeiro ponto que temos que enfrentar é o seguinte: a quem com-
pete o exercício do controle externo da Administração Pública federal?
Essa competência é do Congresso Nacional, que será exercida com o auxílio do Tribunal 
de Contas da União (TCU), como se lê no caput do art. 70 e no caput do art. 71, vejamos:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das 
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, apli-
cação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante 
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal 
de Contas da União, ao qual compete [...]:
Por mais simples que isso seja, despenca em concurso público, perceba.
Questão 1 (CESPE/BACEN/NÍVEL SUPERIOR/2013) Conforme a CF, o controle externo da 
União e das entidades da administração direta e indireta, referente à fiscalização contábil, fi-
nanceira, orçamentária, operacional e patrimonial, é exercido pelo Congresso Nacional.
Certo. 
De acordo com o art. 70, caput, da CF/1988.
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Luciano Dutra
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
DIREITO CONSTITUCIONAL
Questão 2 (FINEP/2009) Realizar a fiscalização contábil, financeira, operacional e patrimo-
nial da União e das entidades da administração direta e indireta, mediante controle externo, é 
uma função típica do Congresso Nacional.
Certo. 
Conforme o art. 70, caput, da CF/1988.
Questão 3 (POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO/2018) A fiscalização contábil, orçamentária, 
operacional e patrimonial da administração pública federal sob os aspectos de legalidade, le-
gitimidade e economicidade integra o controle externo exercido pelo Poder Legislativo Federal 
com o auxílio do TCU.
Certo.
É o que reza o art. 70, caput, e o art. 71, caput, da CF/1988.
Questão 4 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) A fiscalização contábil, financeira e 
orçamentária dos entes públicos, mediante controle externo, compete ao Poder Legislativo, 
com auxílio dos respectivos tribunais de contas.
Certo.
Conforme o art. 71, caput, da CF/1988.
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Luciano Dutra
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
DIREITO CONSTITUCIONAL
Questão 5 (PREF. JOÃO PESSOA-PB/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTER-
NO/2018) Cabe ao Congresso Nacional exercer, entre outras competências, a fiscalização 
contábil da União, mediante controle externo.
Certo.
É o que determina o art. 70, caput, da CF/1988.
Outro ponto que merece destaque inicial é a seguinte indagação: quem tem o dever de 
prestar contas perante o Congresso Nacional e o TCU pelo uso de recursos públicos federais? 
A resposta é simples: todas as pessoas. De forma mais minudente, o parágrafo único do art. 70 
define que prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, 
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a 
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Vimos que o controle externo da Administração Pública é competência do Congresso Na-
cional, funcionando o TCU como órgão auxiliar do Congresso nessa atividade. Nessa perspec-
tiva, será que haveria subordinação do TCU ao Congresso Nacional? A resposta é não. O TCU 
é um órgão autônomo que não integra nenhum dos três Poderes. É um equívoco afirmar que 
o TCU integra o Poder Legislativo ou se subordina a ele, ok?
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Luciano Dutra
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
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Fiscalização
Contábil, Financei-
ra e Orçamentária
COMPETÊNCIA
ÓRGÃO AUXILIAR
Não há subordinação
QUEM PRESTA CONTAS?
TCU
Congresso Nacional (art. 70, “caput”)
órgão com plena autonomia fora da 
estrutura dos 3 Poderes
qualquer pessoa (física ou jurídica) que trate 
com recursos públicos federais (art. 70, 
parágrafo único)
TCU (art. 71, “caput”)
Questão 6 (TRT-5/JUIZ DO TRABALHO/2013) Ao Tribunal de Contas da União, órgão au-
xiliar e integrante do Poder Legislativo, compete julgar as contas prestadas anualmente pelo 
presidente da República.
Errado.
O TCU não integra o Poder Legislativo. Aliás, não integra nenhum dos três Poderes.
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Luciano Dutra
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
DIREITO CONSTITUCIONAL
Questão 7 (TJ-AC/JUIZ SUBSTITUTO/2007) O tribunal de contas é um órgão administrati-
vo integrante do Poder Legislativo e, como tal, não tem competência para exercer o controle de 
constitucionalidade das leis.
Errado.
Mais uma vez: o TCU não integra o Poder Legislativo. E, também, não integra nenhum dos três 
Poderes.
Feita essa breve e importantíssima introdução, vejamos, a partir de agora, as competên-
cias do TCU. Cuidado, pois isso despenca em concurso público!
2. CompetênCIas do tCu
O art. 71 nos traz as competências constitucionais do TCU, que merecem ser memoriza-
das pelo candidato. Portanto, vejamos.
De acordo com o art. 71, I, compete ao TCU apreciar as contas prestadas anualmente pelo 
Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias 
a contar de seu recebimento. Segundo o art. 84, XXIV, compete privativamente ao Presidente 
da República prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a 
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.
Portanto, após a abertura da sessão legislativa, o Presidente da República tem 60 dias 
para prestar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exercício financeiro anterior. Após 
isso, o Congresso Nacional manda as contas para o TCU apreciar, ou seja, emitir um parecer 
prévio que deverá ser elaborado em 60 dias a contar de seu recebimento. Após a conclusão do 
parecer pelo TCU, a competência de julgar as contas do Presidente da República fica a cargo 
do Congresso Nacional.
Que fique claro: quem julga as contas do Presidente da República é o Congresso Nacional 
(art. 49, IX). A função do TCU aqui é tão somente apreciar, ou seja, emitir parecer prévio.
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Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
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Questão 8 (CESPE/PC-DF/ESCRIVÃO/2013) O Poder Legislativo exerce controle sobre os 
atos da administração pública, contando com vários instrumentos para desempenhar tal ativi-
dade, como, por exemplo, o julgamento pelo Tribunal de Contas da União das contas prestadas 
pelo presidente da República.
Errado.
Quem julga as contas do Presidente da República é o Congresso Nacional, de acordo com o 
art. 49, IX.
Questão 9 (TCE-TO/TÉCNICO/2008) Compete ao Tribunal de Contas da União (TCU) apre-
ciar e julgar as contas do chefe do Poder Executivo.
Errado.
Mais uma vez: quem julga as contas do Presidente da República é o Congresso Nacional.
Segundo o art. 71, II, compete ao TCU julgar as contas dos administradores e demais res-
ponsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas 
as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas 
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao 
erário público.
Ou seja, fora o Presidente da República, todos os demais responsáveis por recursos públi-
cos federais terão suas contas julgadas pelo TCU.
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DICA DO LD
Competência do TCU:
1) Presidente da República: apreciar.
2) Todos os demais administradores: julgar.
Questão 10 (CESPE/TRT 5ª/ANALISTA/2008) As contas dos responsáveis por recursos pú-
blicos no TRT da 5ª Região são julgadas pelo TCU.
Certo.
Conforme o art. 71, II, da CF/1988.
À luz do art. 71, III, compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de 
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as funda-
ções instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de pro-
vimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.
É interessante estudar esse inc. III em duas partes. 
Na parte inicial do inc. III, a Constituição Federal determina que o TCU aprecie, para fins 
de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração 
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas 
as nomeações para cargo de provimento em comissão. A ideia aqui é verificar as premissas 
legais para a investidura em cargos públicos e empregos públicos, dentre as quais a prévia 
aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. Por isso, que não serão apre-
ciadas as nomeações para cargo de provimento em comissão que não exigem prévia aprova-
ção em concurso público.
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Já na parte final deste inc. III, a Constituição Federal estabelece que o TCU aprecie as con-
cessões iniciais de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores 
que não alterem o fundamento legal do ato concessório. Como exemplo de uma melhoria 
posterior que não altera o fundamento legal do ato concessório é o aumento dos proventos de 
aposentadoria concedido pela autoridade competente. Agora, se a melhoria posterior alterar o 
fundamento legal da concessão de aposentadoria, reforma ou pensão, o TCU reapreciará o ato.
Questão 11 (CESPE/TCE-AC/2009) Em conformidade com a CF, são apreciados pelo TCU 
para fins de registro ou reexame a admissão de pessoal nas empresas públicas.
Certo.
Conforme o art. 71, III, da CF/1988.
Questão 12 (CESPE/TCE-AC/2009) Em conformidade com a CF, são apreciados pelo TCU 
para fins de registro ou reexame as nomeações para cargo de provimento em comissão na 
administração direta.
Errado.
Conforme o art. 71, III, da CF/1988.
No contexto da competência do TCU estampada neste art. 71, inciso III, é de suma impor-
tância conhecer o enunciado da Súmula Vinculante n. 3, que diz que “Nos processos perante 
o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da 
decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interes-
sado, EXCETUADA a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, 
reforma e pensão”.
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Perceba que o STF não exige a observância do contraditório e da ampla defesa na apre-
ciação da legalidade do ato de concessão inicialde aposentadoria, reforma e pensão, porque, 
segundo entende o próprio STF, as concessões iniciais de aposentadoria, reforma e pensão 
são atos complexos, que só se aperfeiçoam plenamente após a manifestação do TCU.
Sobre o tema, entendia o STF que, mesmo nos casos de concessão inicial de aposentado-
ria, reforma e pensão, para os quais a Súmula Vinculante n. 3 diz que não é necessário abrir o 
contraditório e a ampla defesa para o administrado, se o processo ficasse tramitando no TCU 
por mais de 5 anos, deveria a Corte de Contas federal observar os princípios em questão.
Foi isso que definiu o STF, no Mandado de Segurança 24.682, segundo o qual “exige-se a 
observância do contraditório e da ampla defesa nos processos de registro de aposentadoria 
quando decorre mais de cinco anos entre a data de ingresso do processo administrativo no 
Tribunal de Contas da União e a efetiva apreciação do registro de aposentadoria”.
Ocorre que, recentemente, o Supremo mudou seu entendimento para afirmar que o prazo 
para revisão da legalidade do ato da aposentadoria, da reforma e da pensão pelos tribunais 
de contas é de cinco anos, contados da data de chegada do ato de concessão do direito ao 
respectivo tribunal de contas (Recurso Extraordinário 636.553, com repercussão geral reco-
nhecida).
O STF definiu a seguinte tese de repercussão geral: “Os Tribunais de Contas estão sujeitos 
ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de aposen-
tadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em 
atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima”.
Portanto, ficamos da seguinte forma:
1) segundo a Súmula Vinculante 3, o TCU (e, por simetria, os demais Tribunais de Contas) 
não precisa observar o contraditório e a ampla defesa nos seus processos administrativos de 
análise da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, de reforma e de pensão, 
por se tratarem de atos complexos (no entendimento do próprio STF);
2) após cinco anos da entrada do processo, não poderá mais o Tribunal de Contas desfa-
zer a concessão inicial de aposentadoria, de reforma e de pensão.
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Fechou?
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Súmula 6, do STF: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou 
qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de apro-
vada por aquele tribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário.
Questão 13 (CESPE/BACEN/PROCURADOR/2009) O TCU, ao apreciar a legalidade do ato 
de concessão inicial de aposentadoria, deve assegurar ao servidor o exercício do contraditório 
e da ampla defesa, sob pena de nulidade do procedimento.
De acordo com a Súmula Vinculante n. 3.
Questão 14 (CESPE/TCU/AUDITOR/2009) Ao TCU, quando julga a legalidade de concessão 
inicial de aposentadoria, é imprescindível que garanta o exercício do contraditório e da ampla 
defesa.
Errado.
É a exceção da parte final da multicitada Súmula Vinculante n. 3.
Questão 15 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2009) No exercício de suas competências constitucio-
nais, o TCU deve observar, em todo e qualquer procedimento, o princípio constitucional do 
contraditório e da ampla defesa.
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Errado.
Cuidado com a exceção da parte final da Súmula Vinculante n. 3, para quem não se exige a ob-
servância do contraditório e da ampla defesa na apreciação da legalidade do ato de concessão 
inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
COMPETÊNCIAS
DO TCU (ART. 71)
I
II
III
APRECIAR as contas do Presidente da República (84, XXIV) em 60 dias do recebimento
Quem julga é o Congresso Nacional (art. 49, IX)
JULGAR as contas dos demais administradores
Apreciar os atos de admissão de pessoal (exceto cargo em comissão)
Apreciar a concessão de aposentadoria, reformas e pensões, salvo melhorias posteriores 
que não alterem o fundamento legal do ato concessório
SV 3: nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a 
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo 
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial 
de aposentadoria, reforma e pensão
STF: exige-se o contraditório e a ampla defesa se decorrer mais de 5 anos entre a data de 
ingresso do processo no TCU e a efetiva apreciação (MS 27. 682)
STF: Os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da 
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da 
chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em atenção aos princípios da segurança 
jurídica e da confiança legítima (RE 636.553, com repercussão geral reconhecida)
Súmula 6, do STF: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, 
ou qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de 
aprovada por aquele tribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário.
De acordo com o art. 71, IV, compete ao TCU realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de 
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades adminis-
trativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso 
II (administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas 
pelo Poder Público federal).
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Já o art. 71, V, diz que compete ao TCU fiscalizar as contas nacionais das empresas su-
pranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos 
do tratado constitutivo. Esta empresa supranacional é aquela cujo o capital social é formado 
por recursos públicos brasileiros e recursos públicos de outro país, como é o caso da Empresa 
Itaipu binacional, formada pelo capital brasileiro e pelo capital paraguaio. Nesse caso, o TCU 
só fiscaliza o capital brasileiro da Itaipu. Não pode fiscalizar o capital paraguaio, sob pena de 
ferir a soberania do Paraguai.
Segundo o art. 71, VI, compete ao TCU fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repas-
sados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a 
Estado, ao Distrito Federal ou a Município. O fato da União repassar voluntariamente o recurso 
público federal para outra entidade federativa não desnatura a natureza federal do recurso 
público, permanecendo o controle externo sobre essas verbas a cargo do Congresso Nacional 
com o auxílio do TCU.
Questão 16 (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO DODF/2013) Inserem-se nas competências do 
TCU a fiscalização das contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital a União 
participe, nos termos do tratado constitutivo, e a fiscalização de aplicação de quaisquer recur-
sos repassados pela União a estado, ao DF ou a município.
]
Certo.
Conforme o art. 71, V e VI, da CF/1988.
De acordo com o art. 71, VII, como órgão auxiliar, compete ao TCU prestar as informa-
ções solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das 
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas.
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COMPETÊNCIAS DO
TCU (ART.71)
IV 
VI 
VII 
V 
Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais 
(exemplo: ltaipu)
Realizar inspeções e auditorias por iniciativa própria, da Câmara, 
do Senado ou de suas comissões
Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados 
pela União, MEDIANTE convênio, acordo, ajuste ou outros 
instrumentos congêneres, a Estado, ao DF ou a Municípios
Prestar informações ao Congresso Nacional sobre fiscalizações, 
auditorias e inspeções realizadas
Segundo o art. 71, VIII, compete ao TCU aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade 
de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre 
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Segundo o STF, só o ente público beneficiário possui competência privativa para executar 
multa resultante de sanção aplicada pelo tribunal de contas. Dessa forma, não é possível a 
execução das decisões de condenação patrimonial proferidas pelos tribunais de contas ser 
realizada pelo Ministério Público, atuante ou não junto às cortes de contas, seja federal, seja 
estadual (ARE 823.347).
Questão 17 (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) Compete ao TCU, entre outras 
atribuições, fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante con-
vênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a estado, ao DF ou a município, apli-
cando aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas, as 
sanções previstas em lei.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Certo.
Conforme o art. 71, VI e VIII, da CF/1988.
Questão 18 (TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF conferiu ao 
Tribunal de Contas da União a tarefa de julgar as contas dos administradores e demais res-
ponsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta da União, 
sem, contudo, atribuir-lhe a competência para aplicar sanções aos responsáveis, nos casos de 
ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, por ser a referida competência exclusiva 
do Poder Judiciário, observado o devido processo legal.
Errado.
O TCU pode aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de 
contas, as sanções previstas em lei.
O art. 71, IX, determina que compete ao TCU assinar prazo (dar prazo) para que o órgão 
ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ile-
galidade.
Questão 19 (ANS/NÍVEL SUPERIOR/2013) Se for comprovado pelo Tribunal de Contas da 
União (TCU) que a ANS regulou a jornada de trabalho de seus servidores em discrepância com 
a lei, esse tribunal poderá determinar que a agência tome as providências necessárias para 
regularizar essa situação.
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Certo.
Constatada a ilegalidade, pode o TCU assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei
Assim, se o TCU identificar uma ilegalidade, dará prazo para que o órgão ou a entidade fis-
calizados adote por si mesmos as providências necessárias para o cumprimento da lei. Mas o 
que ocorrerá se a ilegalidade não for sanada? Dependerá se a ilegalidade está num ato admi-
nistrativo ou num contrato administrativo. Segundo o art. 71, X, compete ao TCU sustar, se não 
atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e 
ao Senado Federal. Mas se a ilegalidade estiver num contrato administrativo? De acordo com 
o art. 71, §§ 1º e 2º, no caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo 
Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Se o 
Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas 
cabíveis, o TCU decidirá a respeito. Ou seja, no caso de contrato administrativo ilegal, o TCU 
só poderá sustar após a omissão do Congresso Nacional e do Poder Executivo por mais de 90 
dias.
Por fim, o art. 71, XI, assinala que compete ao TCU representar ao Poder competente sobre 
irregularidades ou abusos apurados.
Questão 20 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2009) A função corretiva exercida pelo controle exter-
no manifesta-se por meio de atos tais como a sustação imediata de contratos considerados 
irregulares, que deve ser comunicada ao Congresso Nacional, para que este determine as me-
didas cabíveis.
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Errado.
Muito cuidado! No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Con-
gresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Se o 
Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas 
cabíveis, o TCU decidirá a respeito.
Segundo o art. 71, § 3º, as decisões do TCU de que resulte imputação de débito ou multa 
terão eficácia de título executivo. Esse título executivo será extrajudicial, uma vez que o TCU 
não integra o Poder Judiciário.
Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa 
ou irregularidade de contas, as sanções previstas na lei, que 
estabelecerá, entre outras, a multa proporcional ao dano 
causado ao erário
A decisão que resulta em débito ou multa 
tem eficácia de título executivo (art. 71, § 3°)
Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei
Sustar, se não atendido, a execução do ATO impugnado
o ato de sustação será adotado pelo 
Congresso Nacional, que solicitará ao Poder 
Executivo as medidascabíveis (art. 71, § 1º)
se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo 
não efetivar as medidas necessárias em 90 dias, o 
próprio TCU poderá sustar (art. 71, § 2º)
Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados
Cuidado com os CONTRATOS
COMPETÊNCIAS DO 
TCU (ART. 71) 
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Ainda, à luz da jurisprudência do STF: 
1) o TCU possui legitimidade para a expedição de medidas cautelares, em razão da garan-
tia de eficácia que deve ser assegurada às decisões finais por ele proferidas, como, por exem-
plo, a determinação de indisponibilidade de bens, pautado na teoria dos poderes implícitos;
2) o TCU não detém legitimidade para requisitar diretamente informações que importem 
quebra de sigilo bancário;
3) O TCU, embora não tenha poder para anular ou sustar contratos administrativos, possui 
competência, consoante o art. 71, IX, da CF, para determinar à autoridade administrativa que 
promova a anulação de contrato e, se for o caso, da licitação de que se originara.
COMPETÊNCIAS DO
TCU (STF) Não pode requisitar informações que importem na quebra do sigilo bancário
Apesar de não poder determinar de plano a sustação de contratos 
administrativos, pode determinar à autoridade administrativa que promova 
a anulação do contrato
Pode conceder medidas cautelares no exercício de suas competências para 
garantia da eficácia de suas decisões (exemplo: indisponibilidade de bens) 
(teoria dos poderes implícitos)
Questão 21 (TCE-TO/ANALISTA/2008) As decisões do Tribunal de Contas da União de que 
resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial.
Errado.
As decisões do Tribunal de Contas da União que resultem imputação de débito ou multa terão 
eficácia de título executivo extrajudicial.
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Eram essas as competências constitucionais do TCU. Vejamos agora a composição da 
Corte de Contas Federal. Venha comigo!!!
3. ComposIção do tCu
De acordo com a cabeça do art. 73, o TCU, que tem sede no Distrito Federal, quadro próprio 
de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, será integrado por 9 Ministros.
À luz do § 2º deste art. 73, esses 9 Ministros serão escolhidos: I - um terço pelo Presidente 
da República, com aprovação do Senado Federal (por maioria simples), sendo dois alternada-
mente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista 
tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento; II - dois terços pelo 
Congresso Nacional.
Perceba que do terço dos Ministros do TCU cuja escolha cabe ao Presidente da República, 
apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são indicados entre os auditores e os mem-
bros do Ministério Público junto ao TCU. Além disso, não se fala em aprovação pelo Senado 
Federal dos Ministros escolhidos pelo Congresso Nacional.
Por sua vez, o § 1º do art. 73 determina que os Ministros do TCU serão nomeados dentre 
brasileiros (natos ou naturalizados) que satisfaçam os seguintes requisitos: 
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de adminis-
tração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija 
os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
9
Ministros
3 escolhidos pelo Presidente da República com aprovação do Senado 
Federal (art. 52, III, b), sendo 2 alternadamente dentre auditores e membros 
do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tri-
bunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento.
6 escolhidos pelo Congresso Nacional.
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Requisitos
Brasileiros.
Mais de 35 e menos de 65 anos de idade.
Idoneidade moral e reputação ilibada.
Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e 
financeiros ou de administração pública.
Mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que 
exija os conhecimentos mencionados anteriormente.
Questão 22 (CESPE/TCU/TÉCNICO/2009) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha in-
cumbe ao presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são indi-
cados entre os auditores e os membros do Ministério Público junto ao tribunal.
Certo.
Conforme art. 73, § 2º, I, da CF/1988.
Questão 23 (TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2013) Compete exclusi-
vamente ao Congresso Nacional escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da 
União, além de aprovar, por voto secreto, a escolha dos ministros do TCU indicados pelo Presi-
dente da República.
Errado.
Cuidado com a pegadinha dessa questão. Quem aprova os nomes escolhidos pelo Presidente 
da República é o Senado Federal.
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COMPOSIÇÃO
DO TCU
(ART. 73, § 1º E 2º)
REQUISITOS
9 Ministros 
escolhidos
1/3 pelo Presidente da República, com aprovação do Senado (maioria 
simples), sendo 2 dentre auditores e membros do MP junto ao TCU, 
indicados em lista tríplice pelo TCU, segundo critérios de antiguidade e 
merecimento (apenas 1 é de livre escolha)
brasileiros (natos ou naturalizados)
mais de 35 e menos de 65 anos
idoneidade moral e reputação ilibada
notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
econômicos e financeiros ou de administração pública
mais de 10 anos atividade que exija estes conhecimentos
2/3 pelo Congresso Nacional
Importante registrar que a Constituição Federal assegura aos Ministros do TCU as mesmas 
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior 
Tribunal de Justiça. Ademais, o auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas 
garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatu-
ra, as de juiz de Tribunal Regional Federal (art. 73, §§ 3º e 4º).
GARANTIAS, PRERROGATIVAS, 
IMPEDIMENTOS, VENCIMENTOS 
E VANTAGENS
(ART. 73, §§ 3° E 4°)
Auditores em substituição 
a Ministros do TCU
Ministros do TCU
Auditores no exercício
da judicatura
as mesmas dos Ministros do STJ
as mesmas do titular
as mesmas dos juízes de TRF
É isso!!! Vamos tratar agora do sistema de controle interno de cada Poder.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTÔNIO CARLOS VIEIRA MOTA JÚNIOR - 073.820.925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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4. Controle Interno
Segundo o art. 74, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma inte-
grada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos progra-
mas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem 
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos 
e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
CONTROLE
INTERNO DOS 3
PODERES (ART. 74,
“CAPUT”)
comprovar a legalidade e avaliar os resultados dos órgãos e entidades 
da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos 
por entidades de direito privado
avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos 
programas de governo e dos orçamentos da União
exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres da União
apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional
5. observações FInaIs
Muito cuidado com o art. 74, § 1º. Segundo ele, os responsáveis pelo controle interno, 
ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao 
Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. Se a prova disse que a 
responsabilidade será subsidiária, marque errado. Não vem ao caso em Direito Constitucional 
estabelecer essa diferença. O tema é de Direito Civil. Mas cuidado com isso.
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Já o art. 74, § 2º, reza que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é 
parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribu-
nal de Contas da União.
Apesar de o art. 74, § 2º, assegurar ao cidadão, ao partido político, à associação e ao sin-
dicato a possibilidade de denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU, segundo o 
STF, essas pessoas não podem solicitar o sigilo quanto à autoria da denúncia, uma vez que a 
própria Constituição Federal veda o anonimato, além disso, caso a denúncia seja descabida e 
traga prejuízo ao denunciado, este tem direito de buscar no Poder Judiciário a devida indeni-
zação pelos danos sofridos.
Como última observação final, de acordo com o art. 75, essas normas que estudamos 
acerca do TCU aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tri-
bunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos 
de Contas dos Municípios. Ainda, as Constituições Estaduais disporão sobre os Tribunais de 
Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros. Perceba que a Constituição 
Federal já delimitou o número de membros dos Tribunais de Contas dos Estados, atribuindo a 
eles a nomenclatura de Conselheiros.
ASPECTOS FINAIS
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima 
para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU (art. 74, § 2º)
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de 
qualquer irregularidade ou ilegalidade, darão ciência ao TCU, sob pena de 
responsabilidade SOLIDÁRIA (art. 74, § 1°)
STF: não cabe sigilo sobre a 
autoria desta denúncia
Art. 75
vedação ao anonimato (art. 5°, IV)
possibilidade de dano à imagem do denunciado (art. 5°, X)
as normas estudadas aplicam-se aos TC dos Estados e do DF, bem como aos Tribunais 
e Conselhos de Contas dos Municípios
As Constituições estaduais disporão sobre os TC respectivos, que serão integrados por 
7 conselheiros
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Questão 24 (CESPE/SECONT-ES/2009) Para fortalecer o controle interno do Poder Execu-
tivo, a CF estabelece que os responsáveis pelos órgãos públicos, ao tomarem conhecimento 
de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela devem dar ciência ao TCU, sob pena de respon-
sabilidade subsidiária, não se aplicando tal regulamento aos Poderes Legislativo e Judiciário.
Errado.
Muito cuidado!!! A responsabilidade é solidária, não subsidiária.
Questão 25 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Caso se omitam no dever legal de co-
municar ao Tribunal de Contas da União as irregularidades de que tiverem conhecimento, os 
responsáveis pelo controle interno dos três poderes da União poderão ser responsabilizados 
solidariamente com o infrator.
Certo.
Conforme o art. 74, § 1º, da CF/1988.
6. Controle externo dos munICípIos
Para fechar o assunto em comento, vale a pena visitarmos o art. 31 que regulamenta o 
controle externo dos Municípios.
O caput do art. 31 delimita a competência, afirmando que a fiscalização do Município será 
exercida pelo Poder Legislativo Municipal (a Câmara Municipal), mediante controle externo, e 
pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
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Por seu turno, o art. 31, § 1º, determina que a controle externo da Câmara Municipal será 
exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conse-
lhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anu-
almente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara 
Municipal (art. 31, § 2º).
De acordo com o art. 31, § 3º, as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, 
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá 
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
Por fim, o art. 31, § 4º, vedou a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Muni-
cipais. Muito cuidado com um detalhe: a Constituição Federal proibiu a criação. Isso quer dizer 
que aqueles Tribunais de Constas Municipais que existiam antes do advento da atual Consti-
tuição Federal continuaram existindo, como é o caso dos Tribunais de Constas dos Municípios 
do Rio de Janeiro e de São Paulo.
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súmulas e JurIsprudênCIa aplICáveIs
1) ADI 523: A Constituição do Brasil – art. 70 – estabelece que compete ao Tribunal de 
Contas auxiliar o Legislativo na função de fiscalização a ele designada. (...) Não cabe ao 
Poder Legislativo apreciar recursos interpostos contra decisões tomadas em processos 
administrativos nos quais se discuta questão tributária.
[ADI 523, rel. min. Eros Grau, j. 3-4-2008, P, DJE de 17-10-2008.]
2) RMS 25.943: A Controladoria-Geral da União (CGU) pode fiscalizar a aplicação de 
verbas federais onde quer que elas estejam sendo aplicadas, mesmo que em outro ente 
federado às quais foram destinadas. A fiscalização exercida pela CGU é interna, pois feita 
exclusivamente sobre verbas provenientes do orçamento do Executivo.
[RMS 25.943, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 24-11-2010, P, DJE de 2-3-2011.]
3) MS 24. 423: Cuida-se aqui de fiscalização de empresa – Terracap – formada pelo Dis-
trito Federal e pela União, (...) com capital permanente à União (49%) e ao Distrito Federal 
(51%). No entanto, a despeito da participação da União, trata-se de ente da administração 
local. (...) Esta condição de titularidade local do controle societário – e, consequente-
mente, político-gerencial – tornou-se verdadeiramente inequívoca com a plena autono-
mia política (e não apenas administrativa, já parcialmente exercida) do Distrito Federal 
face à União, consequente à Constituição de 5-10-1988. E disso resulta, obviamente, a 
impertinência para o caso do caput do art. 70 da Constituição (...). (...) a questão aqui não 
diz com a delimitação sobre a abrangência, objetiva e subjetiva, da competência fiscali-
zatória do TCU, relativamente aos órgãos, entidades, sociedades ou recursos da União, 
mas sim com matéria estritamente federativa, porque não se pode anuir com a adoção 
de medidas invasivas (...) da União sobre órgãos, entidades ou sociedades sob o controle 
de poder público estadual ou municipal (...).
[MS 24.423, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 10-9-2008, P, DJE de 20-2-2009.]
4) MS 24. 584: Advogado de empresa estatal que, chamado a opinar, oferece parecer 
sugerindo contratação direta, sem licitação, mediante interpretação da Lei das Licita-
ções. Pretensão do TCU em responsabilizar o advogado solidariamente com o adminis-
trador que decidiu pela contratação direta: impossibilidade, dado que o parecer não é ato 
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administrativo, sendo, quando muito, ato de administração consultiva, que visa a infor-
mar, elucidar, sugerir providências administrativas a serem estabelecidas nos atos de 
administração ativa (MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 
13. ed. Malheiros, p. 377). O advogado somente será civilmente responsável pelos danos 
causados a seus clientes ou a terceiros, se decorrentes de erro grave, inescusável, ou de 
ato ou omissão praticado com culpa, em sentido largo: (...) Lei 8.906/1994, art. 32.
[MS 24.073, rel. min. Carlos Velloso, j. 6-11-2002, P, DJ de 31-10-2003.] 
Vide MS 24.631, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 9-8-2007, P, DJE de 1º-2-2008
Vide MS 24.584, rel. min. Marco Aurélio, j. 9-8-2007, P, DJE de 20-6-2008
5) Súmula 347, do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apre-
ciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.
6) ADI 916: O art. 71 da Constituição não insere na competência do TCU a aptidão para 
examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder 
público. Atividade que se insere no acervo de competência da função executiva. É incons-
titucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar 
exame prévio de validade de contratos firmados com o poder público.
[ADI 916, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-2-2009, P, DJE de 6-3-2009.]
7) ADI 1.175: Surge harmônico com a CF diploma revelador do controle pelo Legislativo 
das contas dos órgãos que o auxiliam, ou seja, dos tribunais de contas.
[ADI 1.175, rel. p/ o ac. min. Marco Aurélio, j. 4-8-2004, P, DJ de 19-12-2006.]
8) MS 23.168: Deliberações do Tribunal de Contas da União que determinaram o forneci-
mento de trabalhos de auditoria interna. Recusa de entrega, por parte do Banco do Brasil 
S.A., (...) Quando enfocados apenas dados operacionais da sociedade de economia mista, 
sem identificação de dados pessoais ou de movimentações individuais dos correntistas, 
não há falar em sigilo bancário como óbice ao fornecimento dos documentos de audito-
ria interna requisitados pelo TCU. Esse e o entendimento que se extrai dos princípios da 
publicidade e da transparência, além da exigência de prestar contas, inerentes, por impo-
sição constitucional, ao atuar dos entes da administração pública direta e indireta.
[MS 23.168-AgR, rel. min. Rosa Weber, j. em 27-6-2019, 1a.T, DJE de 5-8-2019.
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9) MS 33.340: O sigilo de informações necessárias para a preservação da intimidade é 
relativizado quando se está diante do interesse da sociedade de se conhecer o destino 
dos recursos públicos. Operações financeiras que envolvam recursos públicos não estão 
abrangidas pelo sigilo bancário a que alude a LC 105/2001, visto que as operações dessa 
espécie estão submetidas aos princípios da administração pública insculpidos no art. 37 
da CF. Em tais situações, é prerrogativa constitucional do Tribunal [TCU] o acesso a infor-
mações relacionadas a operações financiadas com recursos públicos.
[MS 33.340, rel. min. Luiz Fux, j. 26-5-2015, 1ª T, DJE de 3-8-2015.]
10) MS 33.092: TCU. Tomada de contas especial. Dano ao patrimônio da Petrobras. 
Medida cautelar de indisponibilidade de bens dos responsáveis. Poder geral de cautela 
reconhecido ao TCU como decorrência de suas atribuições constitucionais.
[MS 33.092, rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-3-2015, 2ª T, DJE de 17-8-2015.]
11) MS 24.631: Controle externo. Auditoria pelo TCU. Responsabilidade de procurador 
de autarquia por emissão de parecer técnico-jurídico de natureza opinativa. Segurança 
deferida. Repercussões da natureza jurídico-administrativa do parecer jurídico: (i) quando 
a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu 
poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; (ii) quando a con-
sulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tal como subme-
tido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de forma 
diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; (iii) quando a lei 
estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor 
jurídico deixa de ser meramente opinativa e o administrador não poderá decidir senão 
nos termos da conclusãodo parecer ou, então, não decidir. No caso de que cuidam os 
autos, o parecer emitido pelo impetrante não tinha caráter vinculante. Sua aprovação pelo 
superior hierárquico não desvirtua sua natureza opinativa, nem o torna parte de ato admi-
nistrativo posterior do qual possa eventualmente decorrer dano ao erário, mas apenas 
incorpora sua fundamentação ao ato. Controle externo: É lícito concluir que é abusiva a 
responsabilização do parecerista à luz de uma alargada relação de causalidade entre seu 
parecer e o ato administrativo do qual tenha resultado dano ao erário. Salvo demonstra-
ção de culpa ou erro grosseiro, submetida às instâncias administrativo-disciplinares ou 
jurisdicionais próprias, não cabe a responsabilização do advogado público pelo conteúdo 
de seu parecer de natureza meramente opinativa.
[MS 24.631, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 9-8-2007, P, DJ de 1º-2-2008.]
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12) MS 24.510: (...) a atribuição de poderes explícitos, ao Tribunal de Contas, tais como 
enunciados no art. 71 da Lei Fundamental da República, supõe que se lhe reconheça, 
ainda que por implicitude, a titularidade de meios destinados a viabilizar a adoção de 
medidas cautelares vocacionadas a conferir real efetividade às suas deliberações finais, 
permitindo, assim, que se neutralizem situações de lesividade, atual ou iminente, ao erário 
público. Impende considerar, no ponto, em ordem a legitimar esse entendimento, a formu-
lação que se fez em torno dos poderes implícitos, cuja doutrina, construída pela Suprema 
Corte dos Estados Unidos da América, no célebre caso McCulloch v. Maryland (1819), 
enfatiza que a outorga de competência expressa a determinado órgão estatal importa 
em deferimento implícito, a esse mesmo órgão, dos meios necessários à integral realiza-
ção dos fins que lhe foram atribuídos. (...) É por isso que entendo revestir-se de integral 
legitimidade constitucional a atribuição de índole cautelar, que, reconhecida com apoio 
na teoria dos poderes implícitos, permite, ao TCU, adotar as medidas necessárias ao fiel 
cumprimento de suas funções institucionais e ao pleno exercício das competências que 
lhe foram outorgadas, diretamente, pela própria Costituição da República.
[MS 24.510, rel. min. Ellen Gracie, voto do min. Celso de Mello, j. 19-11-2003, P, DJ de 19-3-
2004.]
Vide MS 33.092, rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-3-2015, 2ª T, DJE de 17-8-2015
13) ADI 1.934: É inconstitucional o art. 1º da Lei 9.604/1998, que fixou a competência 
dos Tribunais de Contas Estaduais e de Câmaras Municipais para análise da prestação de 
contas da aplicação de recursos financeiros oriundos do Fundo Nacional de Assistência 
Social, repassados aos Estados e Municípios. A competência para o controle da presta-
ção de contas da aplicação de recursos federais é do Tribunal de Contas da União (...).
[ADI 1.934, rel. min. Roberto Barroso, j. 7-2-2019, P, DJE de 26-2-2019.]
14) ADI 3.715: Constituição do Estado do Tocantins. EC 16/2006, que criou a possibili-
dade de recurso, dotado de efeito suspensivo, para o Plenário da Assembleia Legislativa, 
das decisões tomadas pelo Tribunal de Contas do Estado com base em sua competência 
de julgamento de contas (...). (...) No âmbito das competências institucionais do Tribunal 
de Contas, o STF tem reconhecido a clara distinção entre: a competência para apreciar e 
emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo chefe do Poder Execu-
tivo, especificada no art. 71, I, CF/1988; e a competência para julgar as contas dos demais 
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administradores e responsáveis, definida no art. 71, II, CF/1988. (...) Na segunda hipótese, 
o exercício da competência de julgamento pelo Tribunal de Contas não fica subordinado 
ao crivo posterior do Poder Legislativo. (...) Ação julgada procedente.
[ADI 3.715, rel. min. Gilmar Mendes, j. 21-8-2014, P, DJE de 30-10-2014.]
15) MS 32.703: Não compete ao TCU adotar procedimento de fiscalização que alcance 
a Fundação Banco do Brasil [FBB] quanto aos recursos próprios, de natureza eminente-
mente privada, repassados por aquela entidade a terceiros, visto que a FBB não integra o 
rol de entidades obrigadas a prestar contas àquela Corte de Contas, nos termos do art. 
71, II, da CF, não lhe cabendo, por via reflexa, subserviência aos preceitos que regem a 
Administração Pública.
[MS 32.703 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 10-4-2018, 2ª T, DJE de 11-5-2018.]
16) MS 24.379: Em decorrência da amplitude das competências fiscalizadoras da Corte 
de Contas, tem-se que não é a natureza do ente envolvido na relação que permite, ou não, 
a incidência da fiscalização da Corte de Contas, mas sim a origem dos recursos envolvi-
dos, conforme dispõe o art. 71, II, da CF.
[MS 24.379, rel. min. Dias Toffoli, j. 7-4-2015, 1ª T, DJE de 8-6-2015.]
17) Súmula Vinculante 3: Nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e 
a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato admi-
nistrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de 
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
18) Súmula 6, do STF: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria 
ou qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas não produz efeitos antes de apro-
vada por aquele Tribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário.
19) RE 636.553: Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legí-
tima, os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da 
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da 
chegada do processo à respectiva Corte de Contas.
[RE 636.553, rel. min. Gilmar Mendes, j. 9-2-2020, P, Informativo 967, RG, Tema 445.]
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20) MS 35.303: (...) não há direito adquirido a regime jurídico referente à composição dos 
vencimentos de servidor público, podendo, destarte, a Corte de Contas da União concluir 
pela ilegalidade do ato de concessão de aposentadoria se a conclusão obtida, embora 
respeitando decisão judicial transitada em julgado, se fundamenta na alteração do subs-
trato fático-jurídico em que proferido o decisum (tais como alteração do regime jurídico 
do vínculo ou reestruturação da carreira).
[MS 35.303 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 5-2-2018, 2ª T, DJE de 15-3-2018.]
21) MS 31.707: A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, na auditoria 
promovida pelo Tribunal de Contas sobre órgãos públicos, o contraditório se forma entre 
os referidos órgãos e o TCU, não se admitindo a integração do feito por eventuais tercei-
ros.
[MS 31.707 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 24-11-2017, 1ªT, DJE de 7-12-2017.]
22) ADI 1.934: Fundo Nacional de Assistência Social. Lei 9.604/1998. (...) O art. 2º da (...) 
lei, (...) é compatível com a Constituição. A previsão de repasse automático de recursos 
do Fundo para Estados e Municípios, ainda que desvinculado da celebração prévia de 
convênio, ajuste, acordo ou contrato, não afasta a competência do TCU prevista no art. 
71, VI, da Carta.
[ADI 1.934, rel. min. Roberto Barroso, j. 7-2-2019, P, DJE de 26-2-2019.]
23) MS 30.946: Na condição de convenente, o Estado pode ser responsabilizado pela 
má utilização de verbas públicas federais repassadas por convênio, submetendo-se, por-
tanto, ao controle do TCU, sem prejuízo, ainda, de eventual responsabilidade concorrente 
do gestor estadual.
[MS 30.946 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 4-4-2018, 2ª T, DJE de 9-5-2018.]
24) MS 26.000: O TCU, embora não tenha poder para anular ou sustar contratos admi-
nistrativos, tem competência, conforme o art. 71, IX, para determinar à autoridade admi-
nistrativa que promova a anulação do contrato e, se for o caso, da licitação de que se 
originou.
[MS 23.550, rel. p/ o ac. min. Sepúlveda Pertence, j. 4-4-2002, P, DJ de 31-10-2001.]
= MS 26.000, rel. min. Dias Toffoli, j. 16-10-2012, 1ª T, DJE de 14-11-2012
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25) ADI 3.715: Constituição do Estado do Tocantins. EC 16/2006, que (...) atribuiu à 
Assembleia Legislativa a competência para sustar não apenas os contratos, mas também 
as licitações e eventuais casos de dispensa e inexigibilidade de licitação (...). A CF é clara 
ao determinar, em seu art. 75, que as normas constitucionais que conformam o modelo 
federal de organização do TCU são de observância compulsória pelas Constituições dos 
Estados-membros. (...) A CF dispõe que apenas no caso de contratos o ato de sustação 
será adotado diretamente pelo Congresso Nacional (art. 71, § 1º, CF/1988). Ação julgada 
procedente.
[ADI 3.715, rel. min. Gilmar Mendes, j. 21-8-2014, P, DJE de 30-10-2014.]
26) ADI 3.977: Consideradas a autonomia e a independência asseguradas aos Tribunais 
de Contas pela Lei Maior, surge constitucional a limitação do padrão remuneratório dos 
auditores àqueles vinculados ao subsídio percebido por Conselheiro – cargo de maior 
hierarquia dentro dos órgãos.
[ADI 3.977, rel. min. Marco Aurélio, j. 10-10-2019, P, DJE de 10-3-2020.]
27) ADI 4.643: A Lei Complementar 142/2011 do Estado do Rio de Janeiro, de origem 
parlamentar, ao alterar diversos dispositivos da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do 
Estado do Rio de Janeiro, contrariou o disposto nos artigos 73, 75 e 96, II, d, da Constitui-
ção Federal, por dispor sobre forma de atuação, competências, garantias, deveres e orga-
nização do Tribunal de Contas estadual, matéria de iniciativa legislativa privativa daquela 
Corte. As Cortes de Contas do país, conforme reconhecido pela Constituição de 1988 e 
por esta Suprema Corte, gozam das prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o que 
inclui, essencialmente, a iniciativa privativa para instaurar processo legislativo que pre-
tenda alterar sua organização e funcionamento, como resulta da interpretação lógico-sis-
temática dos artigos 73, 75 e 96, II, d, da Constituição Federal. (...) O ultraje à prerrogativa 
de instaurar o processo legislativo privativo traduz vício jurídico de gravidade inquestio-
nável, cuja ocorrência indubitavelmente reflete hipótese de inconstitucionalidade formal, 
apta a infirmar, de modo irremissível, a própria integridade do ato legislativo eventual-
mente concretizado.
[ADI 4.643, rel. min. Luiz Fux, j. 15-5-2019, P, DJE de 3-6-2019.]
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28) ADI 4.418: As cortes de contas seguem o exemplo dos tribunais judiciários no que 
concerne às garantias de independência, sendo também detentoras de autonomia fun-
cional, administrativa e financeira, das quais decorre, essencialmente, a iniciativa reser-
vada para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e funciona-
mento, conforme interpretação sistemática dos arts. 73, 75 e 96, II, d, da CF.
[ADI 4.418, rel. min. Dias Toffoli, j. 15-12-2016, P, DJE de 3-3-2017.]
Vide ADI 1.994, rel. min. Eros Grau, j. 24-5-2006, P, DJ de 8-9-2006
29) ADI 3.315: Segundo precedente do STF (ADI 789/DF), os procuradores das cortes de 
contas são ligados administrativamente a elas, sem qualquer vínculo com o Ministério 
Público comum. Além de violar os arts. 73, § 2º, I, e 130, da CF, a conversão automática 
dos cargos de procurador do tribunal de contas dos Municípios para os de procurador de 
justiça – cuja investidura depende de prévia aprovação em concurso público de provas e 
títulos – ofende também o art. 37, II, do Texto Magno.
[ADI 3.315, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 6-3-2008, P, DJE de 11-4-2008.]
 
30) ADI 5.323: O art. 75, caput, da Constituição da República contempla comando 
expresso de espelhamento obrigatório, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municí-
pios, do modelo nela estabelecido de controle externo da higidez contábil, financeira e 
orçamentária dos atos administrativos, sendo materialmente inconstitucional a norma de 
regência da organização ou funcionamento de Tribunal de Contas estadual divorciada do 
modelo federal de controle externo das contas públicas.
[ADI 5.323, rel. min. Rosa Weber, j. 11-4-2019, P, DJE de 6-5-2019.]
31) ARE 823.347: A questão constitucional discutida nos autos é a possibilidade de exe-
cução das decisões de condenação patrimonial proferidas pelos tribunais de contas por 
iniciativa do Ministério Público, atuante ou não junto às cortes de contas, seja federal, 
seja estadual. (...) a jurisprudência pacificada do STF firmou-se no sentido de que a refe-
rida ação de execução pode ser proposta tão somente pelo ente público beneficiário da 
condenação imposta pelos tribunais de contas. (...) Por conseguinte, é ausente a legiti-
midade ativa do Parquet. Na espécie, não se comporta interpretação ampliativa do art. 
129, III, do texto constitucional, de modo a enquadrar a situação em tela na hipótese de 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos 
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e coletivos. Vale ressaltar que dita orientação jurisprudencial encontra sua gênese no 
assentado pelo Tribunal Pleno no RE 223.037, rel. min. Maurício Corrêa, DJ de 2-8-2002.
[ARE 823.347 RG, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 2-10-2014, P, DJE de 28-10-2014, 
Tema 768.]
32) Súmula 653, do STF: No tribunal de contas estadual, composto por sete conselheiros, 
quatro devem ser escolhidos pela assembleia legislativa e três pelo chefe do Poder Exe-
cutivo estadual, cabendo a este indicar um dentreauditores e outro dentre membros do 
Ministério Público, e um terceiro à sua livre escolha.
Chegamos ao fim de mais uma jornada. Espero que tenha absorvido todas as informações. 
Essa parte da nossa disciplina, basicamente, é o conhecimento da Constituição Federal, soma-
da à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Portanto, temos que assimilar o seu conteú-
do. Se existirem dúvidas, estou à disposição no nosso fórum de dúvidas. Gostaria de receber 
sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é muito importante para nós.
Fique com Deus, fortíssimo abraço e bons estudos!!!
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RESUMO
Competência para o controle externo da Administração Pública Federal: é do Congresso 
Nacional, que será exercida com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
Deve prestar contas perante o Congresso Nacional e o TCU: qualquer pessoa física ou jurí-
dica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e 
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações 
de natureza pecuniária.
Competências do TCU: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da 
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu 
recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, 
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e socieda-
des instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa 
a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III - apreciar, 
para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na admi-
nistração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das conces-
sões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não 
alterem o fundamento legal do ato concessório; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara 
dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e audito-
rias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades ad-
ministrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no 
inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social 
a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar 
a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste 
ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII - pres-
tar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por 
qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - apli-
car aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as 
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sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao 
dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, 
a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado 
Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Sustação de contrato administrativo: no caso de contrato, o ato de sustação será adotado 
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as me-
didas cabíveis. Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não 
efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
Composição do TCU: integrado por nove Ministros. Os Ministros do TCU serão nomeados 
dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: I - mais de trinta e cinco e menos de 
sessenta e cinco anos de idade; II - idoneidade moral e reputação ilibada; III - notórios conheci-
mentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; IV - mais 
de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conheci-
mentos mencionados no inciso anterior. Os Ministros do TCU serão escolhidos: I - um terço 
pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente 
dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice 
pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento; II - dois terços pelo Congres-
so Nacional.
Garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens: os Ministros do TCU 
terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Mi-
nistros do Superior Tribunal de Justiça. O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as 
mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da 
judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.
Controle Interno: os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma inte-
grada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas pre-
vistas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem 
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle 
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das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - 
apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Responsabilidade solidária: os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conheci-
mento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da 
União, sob pena de responsabilidade solidária.
Competência para denunciar: qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato 
é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tri-
bunal de Contas da União.
Aplicação aos demais Tribunais de Contas: as normas estabelecidas acima aplicam-se, no 
que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e 
do

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