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CASO 5 DISCURSIVA 1 - (OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. SIM, VICIO FORMAL VÍCIO MATERIAL A INICIATIVA SERIA DA CÂMARA MUNICIPAL O CONTEÚDO ABRANGIDO PELA NORMA NÃO PODERIA VERSAR PELA EQUIPARAÇÃO DO SUBSIDIO DO PREFEITO COM O SUBSIDIO DO MINISTRO DO STF CRFB, ART 29 (...) atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...) V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os ARTS. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; ART. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá (...) e, também, ao seguinte: (...) XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário 90,25% aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. NÃO, PORQUE O VEREADOR NÃO É LEGITIMADO PARA ARGUIR A INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO (MUNICIPAL, NO CASO), PORTANTO, A MEDIDA ADEQUADA SERIA A IMPUGNAÇÃO DO ATO POR MEIO DE UMA REPRESENTAÇÃO DE INCOSTITUCIONALIDADE PERANTE O TJ,OBSERVADO O PRINCIPIO DA SIMETRIA. CRFB ART 125 (...) § 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. DISCURSIVA 2 A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investidura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (NOS TERMOS DO ART. 125, §2° DA CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. A AÇÃO NO AMBITO ESTADUAL SERIA SUSPENSA ATÉ A APRECIAÇÃO DO PLEITO PELO STF, HAVENDO A PERDA DO OBJETO EM ANALISE NO AMBITO ESTADUAL AO FIM DA PROLAÇÃO NO STF. b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. SIM, UMA VEZ QUE O PRESIDENTE DA REPUBLICA É LEGITIMADO UNIVERSAL PARA AJUIZAR ADIN, NO ENTANTO OUTRA MEDIDA CABIVEL SERIA A REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERPOSTA PELO GOVERNADOR PERANTE O TJ, QUE NADA MAIS É QUE UMA ADIN E, AMBITO ESTADUAL. CRFB ART 125 (...) § 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. QUESTÃO OBJETIVA: Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior revogada pela norma impugnada. b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário. c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo. e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade.
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