Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA Cromatografia Profa. PATRICIA M. A. FARIAS Recife, PE 2018-1 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 1 DEFINIÇÃO Conjunto de técnicas de separação cujo princípio depende da distribuição diferenciada dos componentes de uma mistura entre duas fases, uma considerada estacionária, e a outra, móvel. KROMA + GRAPH (COR) (ESCREVER) 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 2 PRINCIPAIS FATOS HISTÓRICOS 1897-1903 David Talbot Day Separação de HC do petróleo Separação de pigmentos; proposição do termo cromatografia Mikhail Tswett 1903-1906 1930 Kuhn e Lederer Cromatografia em coluna Cromatografia em papel Izmailov e Shreiber 1938 1941 Martin e Synge Particição em cromatografia líquida; Princípios de fase gasosa Primeira publicação Cromatografia em fase gasosa Martin e Synge 1952 1958 Egon Stahl Cromatografia em camada delgada 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 3 Cromatografia Fase estacionária Percolada (percorrida) Por uma (ou mais de uma) fase móvel 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 4 Diferentes compostos (amostra fase móvel) interagem com a fase estacionária com diferentes velocidades Diferenças nas propriedades das fases móvel e estacionária possibilitam que os componentes da amostra se desloquem através do material cromatográfico com velocidades desiguais, gerando assim, a separação dos mesmos. 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 5 TIPOS DE SEPARAÇÃO • Os princípios físico-químico básicos de separação são: • Adsorção: O soluto é retido pela superfície da fase estacionária através de interações químicas ou físicas. • Partição: O soluto se dissolve na parte líquida que envolve a superfície do suporte sólido. • Troca iônica: O íon da amostra se liga à carga fixa (grupo funcional) da fase estacionária. • Exclusão molecular: As moléculas são separadas por tamanho, havendo retenção das maiores. • Bioafinidade: Ocorre uma ligação molecular específica e reversível entre o soluto e o ligante fixado à fase estacionária. 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 6 LÍQUIDA CROMATOGRAFIA PLANAR COLUNA LÍQUIDA GÁS FLUÍDO SUPERCRÍTICO Líquida (CP) Sólida (CCD) Ligada (CCD) Ligada (CSFL)Sólido (CSS) Líquida (CGL) Sólida (CGS) Ligada (CGFL) Líquida (CLL) Sólida (CLS, CE) Ligada (CFLF, CTI e CB) 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 7 CROMATOGRAFIA PLANAR Exemplificada na prática realizada 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 8 Cromatografia em Papel • Um dos tipos de cromatografia planar • Papel: fase estacionária • Fase móvel amostra(s) 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 9 Cromatograma Eluição (corrida) Amostra Fator de retenção 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 10 Fator de retenção 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 11 Prática • Procedimento: • Com o papel de filtro recebido*, siga os passos abaixo. Esse papel será o seu cromatograma. 1- Com um lápis grafite, trace uma reta a dois centímetros de distância de uma das extremidades do papel de filtro recebido; 2- Utilizando uma caneta de ponta porosa, faça um pequeno círculo de cerca de um centímetro de diâmetro, de forma que o círculo desenhado esteja a um centímetro de distância da linha base (traçada na etapa anterior); 3- Mergulhe o papel de filtro no béquer contendo água e marque 15 minutos no cronômetro. 4- Observe o padrão obtido no papel (cromatograma) e calcule o fator de retenção Rf da sua amostra. 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 12 Exercícios • Num cromatograma em papel, uma mancha vermelha desloca-se 4,0 cm da origem enquanto a linha do solvente desloca-se 8,0 cm. Qual é o valor do Rf para essa mancha? • Rf=ସ, ଼, • Dois cromatogramas de uma mesma substância são obtidos sob as mesmas condições, exceto pelo tempo de corrida (ou tempo de eluição), que num deles foi de 10 minutos e no outro 20 minutos. Os valores de Rf serão diferentes? Explique sua resposta. • Num experimento de cromatografia em papel, foram utilizadas 3 faixas de papel de filtro como fase estacionária. Na primeira faixa de papel foi depositada uma amostra de suco de uva. Na segunda faixa de papel foi depositada uma amostra de batom vermelho. Na terceira faixa de papel foi desenhado um círculo com lápis hidrocor marrom. O mesmo volume de água deionizada foi utilizado como solvente para os três experimentos e o tempo de eluição foi o mesmo para esses experimentos. Ao final da eluição, verificou-se que apenas duas amostras haviam sido separadas com sucesso. Qual das amostras não foi separada? Por que? 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 13 A cromatografia em papel é uma técnica simples, que não requer instrumentação sofisticada e que demanda baixo custo, podendo ser bastante útil e largamente explorada, em especial, para fornecer resultados preliminares, para avaliação de rotas subsequentes de análise. 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 14 Algumas vantagens da cromatografia em papel Algumas desvantagens da cromatografia em papel Baixa reprodutibilidade dos resultados, o alargamento da banda de difusão dos compostos e a baixa precisão na revelação (processo de visualização dos compostos separados, o qual nem sempre apresenta padrões bem definidos). 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 15 CROMATOGRAFIA PLANAR 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 16 CROMATOGRAFIA PLANAR 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 17 CROMATOGRAFIA PLANAR 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 18 CROMATOGRAFIA PLANAR 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 19 CROMATOGRAFIA PLANAR 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 20 CROMATOGRAFIA EM COLUNA Separação em colunas convencionais Considere a aplicação de uma mistura de compostos orgânicos no topo de uma coluna cromatográfica 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 21 • Separação em colunas convencionais • Estabelecida a percolação da FE com o eluente (FM), os componentes da mistura passarão a migrar com velocidades desiguais caso o sistema seja adequado para a separação SELETIVIDADE CROMATOGRAFIA EM COLUNA 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 22 • Separação em colunas convencionais Uma boa seletividade cromatográfica garantirá uma boa separação entre os componentes da amostra; Cada componente da amostra poderá ser coletado isoladamente, através de um coletor de frações (neste caso, um simples frasco coletor) O monitoramento das fases da amostras (constituintes separados) pode ser feito através de um detector, cujo sinal identifica a “saída” de cada componente da mistura, isoladamente. CROMATOGRAFIA EM COLUNA 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 23 • Separação em coluna A resposta do detector é traduzida em um gráfico, ou CROMATOGRAMA, que relaciona o seu sinal com o tempo necessário para a eluição de cada componente. As moléculas de cada componente também migram com velocidades desiguais devido a fenômenos de difusão e transferência de massa CROMATOGRAFIA EM COLUNA 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 24 CROMATOGRAMA • Eluição típica em cromatografia líquida 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 25 TERMOS • Tempo de retenção O tempo gasto desde o ato de injeção até a saída do ponto máximo do pico do sistema O tempo de retenção engloba todo o tempo que o componente em questão fica no sistema cromatográfico, quer na fase móvelquer na fase estacionária O fator de separação (SELETIVIDADE) é calculado pela razão entre os respectivos fatores de retenção que, por sua vez, são relacionados aos tempos de retenção corrigidos 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 26 TERMOS • Seletividade 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 27 MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS • TEORIA Martin e Synge – Biochem. J. 35, 1358 (1941) Meio descontínuo análogo às colunas de destilação fracionada, constituído por um grande número de estágios de equilíbrio ou PRATOS TEÓRICOS (TEORIA DOS PRATOS TEÓRICOS) Van Deemerter, Zuiderweg e Klinkenberg – Chem. Eng. Sci. 5, 271 (1956) Meio contínuo através do qual a separação ocorre por fenômenos de difusão e transporte de massa (TEORIA DA VELOCIDADE) 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 28 TEORIA DOS PRATOS TEÓRICOS • Número de pratos teóricos Coluna cromatográfica definida como uma série de estágios independentes onde acontece um quase-equilíbrio entre o analito dissolvido na fase estacionária (FE) e o gás de arraste 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 29 PRATOS TEÓRICOS • Número de pratos teóricos • O coeficiente Kc determina a distribuição da amostra (A) entre as fases móvel (M) e estacionária (S) em um determinado estágio do equilíbrio, obviamente hipotético. • Quanto mais efetiva for a presença de A na fase móvel (M) menor será o seu tempo de retenção 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 30 PRATOS TEÓRICOS • Número de pratos teóricos 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 31 PRATOS TEÓRICOS • Número de pratos teóricos 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 32 PRATOS TEÓRICOS • Cálculo do número de pratos teóricos 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 33 PRATOS TEÓRICOS • Altura equivalente à um prato teórico 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 34 RESOLUÇÃO CROMATOGRÁFICA • Equação geral 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 35 RESOLUÇÃO CROMATOGRÁFICA 25/10/2018 Profa. Patricia Farias - DBR- UFPE 36
Compartilhar