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CALDEIRAS MANUTENÇÃO MECÂNICA CEFET-MG O que é uma CALDEIRA? É um equipamento destinado a gerar vapor sob pressões superiores à atmosférica utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo. CLASSIFICAÇÕES: 1. FLAMOTUBULAR VERTICAL HORIZONTAL 2. AQUATUBULAR CAUSAS DE DETERIORAÇÃO DE CALDEIRAS MANUTENÇÃO – NR13 1. CALDEIRAS FLAMOTUBULARES ▪Caldeira cuja a queima e seus gases circulam dentro de tubos; ▪Ao redor dos tubos está a água a ser aquecida e evaporada; ▪As caldeiras flamotubulares são empregadas apenas para pequenas capacidades e quando se quer apenas vapor saturado de baixa pressão. ▪Baixo rendimento térmico; ▪ Maior espaço ocupado; ▪ Ideal para pequenas instalações; ▪ Simples construção. 1. CALDEIRAS FLAMOTUBULARES VERTICAIS ▪Os tubos são colocados verticalmente num corpo cilíndrico fechado nas extremidades por placas, chamadas espelhos. ▪A fornalha interna fica no corpo cilíndrico logo abaixo do espelho inferior. ▪Os gases de combustão sobem através dos tubos, aquecendo e vaporizando a água que está em volta deles. 1. CALDEIRAS FLAMOTUBULARES VERTICAIS ▪As fornalhas externas são utilizadas principalmente no aproveitamento da queima de combustíveis de baixo poder calorífico como: ▪Serragem ▪Palha ▪casca de café/amendoim ▪óleo combustível. 1. CALDEIRAS FLAMOTUBULARES HORIZONTAIS ▪Abrangem vários modelos, desde as caldeiras Cornuália e Lancaster, de grande volume de água, até as modernas unidades compactas ▪Apresentam tubos internos nos quais ocorre a combustão e através dos quais passam os gases quentes. Podem ter de 1 a 4 tubos por fornalha Tipos: • Cornuália: é constituída de um tubo horizontal ligando a fornalha ao local de saída de gases. • Lancaster: Idêntica à anterior porém constituída de dois a quatro tubos internos. Algumas apresentam tubos de fogo e de retorno. 1. CALDEIRAS FLAMOTUBULARES HORIZONTAIS ▪Multitubular: a queima de combustível é efetuada em uma fornalha externa; Os gases quentes passam pelos tubos de fogo; Queima de qualquer tipo de Combustível. ▪Locomóvel: apresenta uma dupla parede em chapa na fornalha, pela qual a água circula. Fácil transferência de local. Utilizada em Serrarias e em Campos de Petróleo. ▪Escocesa: É destinada à queima de óleo ou gás; Criada basicamente para uso marítimo. 1. CALDEIRAS AQUATUBULARES ▪Nas caldeiras aquatubulares a água a ser aquecida passa no interior de tubos que, por sua vez, são envolvidos pelos gases de combustão. ▪Maior Rendimento; ▪Maior produção de Vapor; ▪Maior Superfície de Aquecimento 1. CALDEIRAS AQUATUBULARES ▪Câmara de combustão: Região onde se dá a queima do combustível, gerando o gás de queima aquecido; ▪Tubulação de vapor: Tambor horizontal localizado na parte superior da caldeira, onde água e vapor estão em equilíbrio na temperatura de saturação correspondente à pressão do mesmo; ▪Tubulação de água: Tambor horizontal localizado na parte inferior da caldeira, normalmente com dimensões menores do que o anterior, ficando sempre cheio d´água; ▪Feixe de tubos: É formado pelos tubos que interligam os tambores de vapor e de água. A disposição do feixe de tubos em torno do forno constitui as chamadas “paredes de água”. Essas paredes geram um espaço vazio envolvendo a câmara de combustão; 1. CALDEIRAS AQUATUBULARES ▪ Isolamento e refratários: Isolam a câmara de combustão dos elementos estruturais, irradiando o calor não absorvido pelos tubos de volta para dentro da câmara, o que evita perdas de calor para o exterior e protege a carcaça metálica; ▪ Saídas de gases e chaminés: Promovem a exaustão dos gases de combustão provenientes do interior da caldeira, regulando a tiragem necessária. ▪Estrutura e carcaça metálica: envolvem a caldeira, sustentam o isolamento e os refratários, além de todos os internos, garantindo que não haja vazamentos. Formam também chicanas para direcionamento do fluxo de gases de combustão. As chicanas podem ser apenas paredes de refratários; EQUIPAMENTOS AUXILIARES: ▪Sopradores de Fuligem; ▪Indicadores de nível; ▪Sistemas de controle de água de alimentação; ▪Sensores de temperatura CAUSAS DE DETERIORAÇÃO DE CALDEIRAS ▪Superaquecimento: Pode se dar por deposição nas paredes dos tubos, incidência de chama provocada por mal funcionamento dos queimadores, circulação deficiente de água e deterioração do refratário, entre outras. ▪Deterioração mecânica: o aparecimento de trincas que podem levar à ruptura, devido à fadiga térmica, fluência, choques térmicos, explosões na câmara de combustão, etc. ▪Corrosão: Dentro dos tubos ocorre devido às deficiências no tratamento da água e presença de gases dissolvidos; Externamente aos tubos ocorre devido à formação de ácidos sulfuroso e sulfúrico e pela condensação de vapor d’água na presença de produtos de combustão de enxofre; Perda de rendimento de condutividade de vapor. Sobreaquecimento da fornalha, tubos e tubulões. MANUTENÇÃO - NR13 ▪Norma Regulamentadora código 13: é responsável pela segurança em CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO. Ela incorpora aspectos do projeto, da instalação, da operação, da manutenção e também aspectos relativos à inspeção do equipamento. ▪Pressão Máxima de Trabalho Admissível - PMTA é o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais. ▪Documentação: Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de identificação, também a categoria da caldeira, e seu número de identificação. No estabelecimento onde estiver instalada deve ter toda documentação regulamentada. A documentação referida deve estar sempre à disposição dos operadores, de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. MANUTENÇÃO - NR13 ▪ Categoria A: pressão de operação é igual ou superior a 1960 Kpa. ▪ Categoria C: pressão de operação é igual ou inferior a 588 Kpa e o volume interno é igual ou inferior a 100 litros. ▪ Categoria B: são todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias anteriores. ▪ Precisamos garantir ou minimizar ao máximo a possibilidade de uma parada operacional deste equipamento, pois além de afetar a produção de uma indústria ou comércio poderá afetar também a integridade física do trabalhador. Isto sem falar sobre as consequências de uma explosão de caldeira. ▪ Para que esta parada inesperada não aconteça é necessário aproveitarmos o tempo disponível e realizarmos uma boa manutenção preventiva. Mas antes o Profissional Habilitado (PH) deverá inspecionar a caldeira e após a liberação do equipamento pelo PH a manutenção deverá executar suas tarefas. ▪ Uma boa inspeção de segurança inicia-se com a escolha de um bom PH e uma boa manutenção também se inicia com a escolha de bons profissionais. MANUTENÇÃO - NR13 Jamais poderão passar desapercebidos durante uma inspeção emanutenção de caldeira: 1. Inspeção dos cruzamentos de solda da fornalha; 2. Exame visual nos espelhos frontal e traseiro da caldeira e caso necessário a utilização de END`s; 3. Limpeza dos eletrodos da garrafa de nível e do corpo da caldeira; 4. Verificar a fiação elétrica; 5. Verificar o sistema de alimentação de água; 6. Verificar a saída de vapor; 7. Calibrar e fazer manutenção nos dispositivos de segurança, tais como: válvula de segurança, manômetros, pressostatos, controladores de nível, indicadores de temperatura de gases da chaminé; 8. Realizar manutenção no quadro elétrico; 9. Analisar o estado de conservação da tubulação do lado água da caldeira juntamente com o responsável pelo tratamento da água. 10. Realizar o teste nos sistema de emergência. Entre outras atividades de suma importância para garantirmos a integridade da caldeira e consequentemente a integridade da população ao redor da caldeira. MANUTENÇÃO - NR13 ▪Para caldeiras categoria B, as inspeções de segurança devem ser realizadas dentro de um período de no máximo 12 meses. ▪E o PH tem como dever e obrigação dialogar com o operador da caldeira sobre como esta o funcionamento da caldeira, assim como, o médico tem como obrigação escutar o seu paciente. ▪Infelizmente a NR13 não determina o prazo para o operador realizar seu treinamento de reciclagem, mas é sugerido realizar este treinamento a cada 12 meses. AUGUSTO GUSTAVO JÁDER SAMUEL PROFESSOR JADER BOSCO MANUTENÇÃO MECÂNICA CEFET-MG CAMPUS IX – NEPOMUCENO 2017