Resumo Pet inicial até julgamento antec.

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Resumo 1°bimestre – Processo Civil 1
Petição Inicial
O que é? É o 1° ato de formação de um processo judicial, é um pedido por escrito, onde a pessoa apresenta sua causa perante a justiça. Por meio dela, o individuo acessa o poder judiciário e provoca-o para que ele possa atuar no caso.
Quais são os requisitos?
Juízo a que é dirigida (ex: vara da fazenda)
Qualificações (nome, idade, domicilio, RG e CPF)
O fato e os fundamentos do pedido (o que ocorreu e o “pq” do pedido)
Pedido com suas especificações (ex: danos matérias + danos morais)
Valor da causa (mil reais em Danos Materiais e três mil em Danos Morais)
Provas a produzir (onde o autor pretende demonstrar os fatos alegados)
Opção por audiência de conciliação.
Pedido
O pedido deve ser certo e determinado; certo = o pedido precisa estar todo contido na petição inicial para que ele possa ser atendido
Pedido implícito? Aqueles pedidos que são tão óbvios que ainda que o autor não o requeira, é presumido o pedido, ex: juros legais, correção monetária, verbas de sucumbência e prestação de trato sucessivo.
Pedido cumulado, pedir mais de uma coisa:
Própria/típica -> simples (independência dos pedidos)
 
Sucessiva (pedido interdependente – precisa de um pedido pra acontecer o outro)
Imprópria/atípica -> alternativa (+ de um modo de pagamento, ex: o autor aceita um carro ou uma moto como pg)
Pedido subsidiário / eventual
REQUISITOS:
Pedidos tem que ser compatíveis entre si
O juízo precisa ser competente para atender todos os pedidos
O tipo de processo também necessariamente tem que ser adequado a todos os pedidos.
O nome da ação não importa, o que vale é o seu conteúdo.
Tutela provisória
É sumaria e não definitiva, é fundada no exame não aprofundado da causa, exige-se apenas um juízo de probabilidade e não de certeza, não é definitiva, pode ser revogada ou modificada em qualquer tempo.
Modificação de pedido?
Quando o autor apresentou a inicial, mas o réu ainda não foi citado;
Após a citação do réu, o autor precisa do consentimento do réu pra mudar o pedido;
Após a fase de saneamento não se pode modificar mais o pedido.
INDEFERIMENTO DA PET. INICIAL
1- Petição inepta (não preenche os requisitos dos pressupostos)
Falta pedido ou causa de pedir
Narração lógica
Pedido indeterminado, exceto as hipóteses em que permite pedido genérico.
Pedidos incompatíveis entre si
2- A parte manifestante é ilegítima
3- Carecer interesse processual
Necessidade
 Meio adequado Possibilidade jurídica do pedido
Improcedência liminar do pedido
É uma situação de extinção do processo com resolução do mérito, o autor não pode propor novamente a mesma ação.
O réu não é citado, mas o pedido é apreciado.
Hipóteses:
Pedido contrario a sumula STF/STJ
Julgamento STF/STJ em recursos repetitivos
Entendimento contrario ao IRDR (incidente de resolução de demandas repetitivas)
Contrario a sumula de tribunal de justiça sobre direito local.
AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO
É um terceiro com o objetivo de auxiliar o problema das partes, ele não resolve o problema, apenas faz com que as partes cheguem em um acordo. É a solução de um conflito autocompositivo.
Autocomposição - Um equivalente jurisdicional é uma ferramenta processual que não é jurisdição. A autocomposição é um método primitivo de resolução de conflitos entre pessoas e consiste em: um dos indivíduos, ou ambos, abrem mão do seu interesse por inteiro ou de parte dele.
Conciliação: papel + ativo do conciliador, ele sugere soluções para as partes;
Mediação: as partes tem um vinculo anterior que havia sido “quebrado”, dessa forma o mediador tenta reestabelecer o vinculo para que as partes busquem soluções.
Juiz vai designar essa audiência com no mínimo 30 dias de antecedência e o réu deve ser citado com o mínimo de 20 dias.
O juiz é o mediador/ conciliador
Quando essa audiência não será realizada?
Quando as partes manifestam desinteresse na audiência ( a manifestação precisa ser de ambas as partes)
Não se admite autocomposição
No caso de alegação de incompetência do juiz, só será realizada a partir do momento que o processo for levado até o juiz competente.
Se houver litisconsórcio o interesse deve ser manifestado por cada um dos lados.
E o não comparecimento de uma das partes na audiência de mediação/conciliação? O não comparecimento injustificado é considerado ato atentatório a dignidade da justiça, terá até 2% de multa sobre o valor da causa.
Quais são os números de sessões permitidos? Quantas forem necessárias desde que não ultrapasse o prazo de 2 meses.
A audiência pode ser feita por meio eletrônico, desde que a parte justifique o porquê, a parte também pode constituir procuração para que um representante decida em nome dela.
Se houve comum acordo entre as partes e o resultado foi positivo, o juiz deve homologar uma sentença.
Principio da confidencialidade, o que é dito nessa audiência não pode ser usado no resto do processo, pode haver também um acordo parcial.
RESPOSTAS DO RÉU
São tipos de manifestação que o réu pode fazer dentro do processo.
Reconhecimento jurídico do pedido – o réu concorda com o pedido do autor, os fatos e consequências jurídicas que o autor alegou na petição inicial.
Desmembramento do litisconsórcio multitudinário (numero muito grande de pessoas no mesmo polo processual)
Contestação
Reconvenção
Arguição de impedimento ou suspeição
Revelia = silêncio
	Defesa processual – o réu ataca um defeito na forma, formalidade prevista na lei, é as preliminares, antes da defesa do mérito.
	Defesa de mérito – atacam o objeto do mérito, o direito material especifico daquela demanda.
	Defesa direta – quando o réu nega os fatos trazidos pelo autor na petição inicial ou a consequência jurídica desses fatos do autor, ele não apresenta fatos novos, apenas nega os já trazidos por quem ajuizou a demanda.
	Defesa indireta – o réu trás fatos novos e eles podem ser impeditivos do direito do autor, extintivos ou modificativos.
Defesa processual como Preliminar de contestação
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação dajurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
E se o réu alegar ilegitimidade de parte?
O juiz da o prazo de 15 dias para a alteração da petição inicial para a substituição do réu, depois da “troca” de réu, o autor deve reembolsar as despesas e honorários advocatícios do réu “excluído”, são fixados de 3 até 5% do valor da causa pra reembolso.
Se o réu que alegou ser parte ilegítima souber quem é a parte passiva verdadeira, deve indicar, pois se assim não o fizer, pode correr o risco de arcar com todas as despesas processuais e indenização do autor (15 dias pro autor pedir a inclusão do réu certo).
O autor também tem 15 dias pra incluir como litisconsorte o réu indicado pelo outro réu.
O réu deve impugnar cada fato trazido na petição inicial pelo autor, se não houver impugnação, o fato pode ser considerado verdade.
CONTESTAÇÃO
É a peça que comporta toda defesa do réu, é onde o réu rebate os argumentos do autor, mostrando a impossibilidade do sucesso da demanda.
Estrutura
Endereçamento
N° do processo
Quantificação
Resumo da petição inicial
Preliminares
Mérito teses
Eventualidades
Pedidos ex. sem mérito
Reconvencional Colorarios Improcedência
Protesto de provas
Requerimentos finais
Tem o prazo de 15 dias pra apresentar a contestação!
Se o réu for o MP ou litesconsortes o prazo é dobrado, ou seja 30 dias.
Se inicia o prazo a partir da ultima sessão de mediação, ou quando qualquer das partes não comparecer ou ainda sim não havendo contestação.
RECONVENÇÃO
Muito embora a reconvenção esteja dentro do rol das modalidades de defesa do réu, previstas no art. 297 do CPC, trata-se de verdadeiro contra-ataque do réu ao autor.
 
A reconvenção é como se fosse uma nova ação, ajuizada pelo réu contra o autor, no momento de responder os termos da petição inicial. Assim, trata-se de um pedido do réu contra o autor, dentro do mesmo processo.
 
As partes numa reconvenção são denominadas: reconvinte (réu, que elabora a reconvenção contra o autor) e reconvindo (autor, contra o qual a reconvenção se dirige). Na verdade ambas as partes serão, simultaneamente, autor e réu, se verificar ora a ação, ora a  reconvenção.
Em virtude do princípio da economia processual, a reconvenção existe para se evitar o desperdício de tempo em se ajuizar um novo processo que pode ser perfeitamente decidido junto ao que já se encontra em curso.
 
Importante ressaltar que a reconvenção é mera opção do réu e não uma obrigação processual. Caso não tenha sido formulada no prazo previsto em lei, essa omissão não irá prejudicar o réu, pois não impede que ele ajuíze um processo independente contra o autor.
REVELIA
A revelia, então, é a ausência de qualquer resposta por parte do réu. Ressalta-se que, ainda que o réu tenha advogado devidamente habilitado nos autos, caso não seja elaborada a defesa, há revelia.
Importa ressaltar que o réu não tem o dever de responder ao processo, mas tem um ônus de fazê-lo, pois em caso de inexistência de resposta, o mesmo será tratado como ausente no processo, tendo algumas consequências jurídicas particularizadas para esta situação.
Efeitos: material e processual
Material- as alegações feitas pelo autor vão ser presumidas como verdadeira
E quando esse efeito não é produzido?
Existem vários réus e pelo menos um deles apresenta contestação
Direitos indisponíveis (ex: fazenda publica)
Petição inicial desacompanhada de documento essencial para provar ato
Alegações do autor inverossimias ou contrarias as provas nos autos
Processual- réu sem advogados no processo, prazos vão fluir a partir da data de publicação da decisão no órgão oficial.
O fato do réu ser revel não impede que ele compareça nos autos a qualquer momento, assim ele recebe o processo no estado em que se encontra
Pode ainda sim produzir provas que contrariem os fatos alegados do autor, mas só pode produzir desde que ainda se tenha tempo para isso.
JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO
O juiz vai julgar antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito quando:
Não houver produção de provas
O réu for revel, com efeitos de revelia r sem requerimento de provas.
JULGAMENTO PARCIAL ANTECIPADO DO MÉRITO
Na realidade o juiz adianta parcialmente o pedido quando:
Mostrar-se incontroverso, ou seja não há divergências entre autor e réu, exemplo uma ação onde um dos pedidos seja o divorcio, as duas partes estão de acordo sobre o divorcio.
Condições do artigo 355 ncpc:
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.
*BONUS: LITSCONSORCIO
O que é litisconsórcio? Litisconsórcio é um fenômeno que ocorre sempre que uma ação judicial possui mais de um autor e/ou mais de um réu. Quando a ação possui mais de um autor, chamamos de litisconsórcio ativo e quanto a ação possui mais de um réu chamamos de litisconsórcio passivo.
Portanto, em uma ação judicial poderemos ter 4 possibilidades:
Autor vs. Réu;
Autor vs. Litisconsórcio Passivo (dois ou mais réus);
Litisconsórcio Ativo (dois ou mais autores) vs. Réu;
Litisconsórcio Misto: Litisconsórcio Ativo vs. Litisconsórcio Passivo.
Perceba que não se trata de vários processos. O que temos é mais de uma parte no polo ativo ou no polo passivo da demanda. E quando temos dois autores ou dois réus chamamos cada um de litisconsorte. E cada litisconsorte deve ter direitos iguais em relação ao outro litisconsorte.