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Resumo Processo Civil I

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PROCESSO CIVIL I 
MATÉRIA
1. Petição inicial
2. Juízo de admissibilidade da petição inicial
3. Formas de citação
4. Audiência de conciliação e mediação
5. Contestação
6. Litisconsórcio
JURISDIÇÃO 
Jurisdição e meios alternativos de solução de conflito - Nos termos do inciso XXXV do artigo 5º da CF a regra é que os conflitos sejam solucionados por meio da jurisdição, na qual o estado na figura do juiz recebe poderes, dentro da sua competência para resolver os conflitos, sobrepondo a sua vontade sobre as das partes e de maneira definitiva (coisa julgada). 
Existem meios alternativos à jurisdição para solução de conflitos que são: 
1 – autotutela: situação em que a vontade de uma das partes prevalecerá sobre a outra, sem a intervenção do juiz, e somente pode ocorrer quando a lei autorizar, exemplo, legitima defesa da posse e penhor em casos de restaurantes e hotéis. 
2 – autocomposição: situação em que as partes decidem o conflito sem a participação do juiz, que apenas homologará a decisão por meio de sentença (nesse caso já existe processo, nada impede que as partes façam autocomposição antes do processo, nesse caso não há nenhuma interferência do juiz). Pode acontecer o acordo ou transação, que hoje estão implementados por técnicas de conciliação e mediação, pode o autor desistir de seu direito (renúncia) bem como pode o réu reconhecer o direito.
3 – arbitragem: é prevista em lei especial e em resumo é a escolha de pessoa que não seja o juiz para decidir o conflito, sendo que a decisão arbitral não pode ser rediscutida em juízo.
O CPC de 2015 trouxe um mecanismo que se assemelha com a arbitragem porém é realizado dentro da jurisdição que é o negócio jurídico processual (art. 190 e 191). 
Existe outra inovação do CPC que ajuda a arbitragem que é a previsão especifica de que a sentença arbitral seja trazida ao judiciário para cumprimento. 
No CPC atual a audiência de conciliação e mediação acontece logo no início do processo, o que representa um avanço em comparação ao CPC anterior em que a antiga audiência preliminar acontecia com 70% do processo já acontecido. Antigamente: PI, sentença, contestação, réplica, saneamento do processo, aí que ia tentar audiência de conciliação, nisso já houve audiência de instrução.
1. PETIÇÃO INICIAL
1-Princípio do Pedido da Correlação ou Princípio da Congruência: o juiz está limitado a dar o que foi pedido, não pode dar nada de diferente, nem deixar de analisar nem dar mais do que foi pedido. Juros e correção monetária são implícitos, que é automático do sistema. A parte mais importante de uma petição inicial é o pedido. 
Vida real como ela é: principalmente para pedir danos morais “peço tanto de danos materiais” e “deixo a vosso arbítrio a quantificação p/ os danos morais”. Na justiça comum a pessoa pensa para pedir, pois as custas serão calculadas sobre a soma dos pedidos. Tomam mais cuidado agora. Agora se há justiça gratuita pedem mais. 
Ultra petita: L de ir além. Pedir 50, deu 70.
Extra petita: fora, pedi divórcio ele entregou um carro.
Infra petita: menos, pediu 3 coisas e ele só analisou uma, deixou de analisar.
O autor ao delimitar o pedido (o advogado do autor) já “amarra” a atividade do juiz que não pode decidir além do que foi pedido pois a sentença é nula e ultra petita, o juiz não pode decidir fora do que foi pedido ou seja, diferente, pois essa sentença é nula e extra petita, por último, não pode o juiz deixar de analisar um dos pedidos pois esta sentença é infra ou citra petita. 
Lembrar do exemplo italiano da fotografia e do porta retrato. 
Fez petição e esqueceu de fazer um pedido: só pode mexer nela logo no início. Não pode querer uma semana antes do juiz sentenciar. Aditar a petição. Diferença entre ADITAR e EMENDAR. 
Divórcio hoje não tem motivo não tem que ficar rebuscando. Somente colocar os dados e pedir o divórcio. 
2- A petição inicial deve ter 07 requisitos que estão no Art. 319 do CPC atual e em comparação ao CPC passado alterou apenas o requisito número 07, atualmente no inciso 7 o autor deve se manifestar sobre o interesse ou não da realização da audiência de conciliação/mediação – é obrigatória a manifestação – no CPC passado o requisito 7 era o requerimento de citação. 
“Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.”
A citação oficial é pelos Correios, daí deverá solicitar que seja feita por Oficial de Justiça caso julgue necessário.
Na realidade, no atual CPC se o autor desejar citação em modalidade diferente da regra deve manifestar-se por expresso. 7+1 (requisitos são 7 mais deve se pedir a citação). 
Volta AR sem receber, juiz pede para insistir novamente. 
Os requisitos são:
1- endereçamento;
2- qualificação detalhada e completa das partes;
3- fatos e fundamentos jurídicos do pedido; (causa de pedir) 
4- pedido e suas especificações; 
5- requerimento de provas;
6- valor da causa;
7- manifestação do autor sobre o interesse na realização da audiência de acordo/mediação; 
*com relação ao requisito 7, é importante lembrar que na vacatio legis do CPC foi promulgada a lei nacional da mediação e conciliação, que possibilitou a audiência em casos de direitos antigamente entendidos como indisponíveis, não para discutir o núcleo duro ou indisponível, exemplo: alimentos a filhos menores, mas aspectos secundários, periféricos ou coligados tais como, valor, data de pagamento, espécie de pagamento, dentre outros. 
OBS: o nome da ação não é requisito, pode colocar “propor ação em face de...” sem denomina-la neste primeiro momento, o que importa é colocar nos pedidos “condenação em danos morais no valor R$ 10.000,00”. 
OBS: “Juria novit cúria” – o juiz conhece a lei. Mas em regra conhece apenas a federal, quando se tratar em lei municipal, estadual, estrangeira ou costume é necessário citar a lei. 
EXMO SR. DR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CIVIL DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO-SP (item 1). 
AUTOR, (qualificação completa – coloca só domiciliado), por intermédio de seu advogado abaixo assinado, com procuração anexa (doc x), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente (item 2) 
AÇÃO DE _________ (medido mediato) 
Em face de RÉU (qualificação completa), pelos meios de fato e de direito abaixo expostos (item 2)
1 – DOS FATOS 
 Pode juntar os dois (item 3)
2 DO DIREITOS
3 DOS PEDIDOS (o pedido)
Ante todo o exposto requer (item 4)
a. A procedência do PEDIDO (não da ação – não precisa pedir a procedência total) – pedido imediato 
b. Condenação em danos morais no valor de R$ x - mediato 
c. Condenação em danos materiais no valor de R$ y – mediato 
Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas (item 5)
Dá-se a causa o valor de R$ x+y (mesmo se for justiça gratuita precisa colocar o valor) – custas processuais (item 6) 
O autor não tem interesse na audiência de conciliação(precisa demonstrar se tem ou não interesse à audiência – mesmo não demonstrando interesse não significa que realmente não ocorrera). (item 7)
Nestes termos
Pede deferimento 
___________ (adv. OAB. nº) 
Endereço do advogado no roda pé 
OBS sobre a petição inicial: 
1 - a petição inicial é narrada de forma dissertativa porém é um exercício de raciocínio logico que como ponto central descreve o fato, conta a norma que rege a situação pelo ordenamento e pedi ao juiz a solução da lide 
2 – a petição inicial tem 7 requisitos porém a causa de pedir e o pedido são os núcleos mais importantes que não podem ser alterados, se houver erro por parte do autor levando ao indeferimento e a morte prematura do processo que não merece continuar
3 – no artigo 319 a causa de pedir é tratada como fatos e fundamentos jurídicos, sendo que a maior parte da doutrina entendi que fato = a causa de pedir remota e fundamento jurídico = causa de pedir próxima. Depois de narrado o fato e feita a descrição da norma na tentativa de subsunção, ato logico é o autor pedir providencia do juiz. Doutrinadores mais modernos, como Cássio Scarpillena Bueno, defendem que a peça não precisa do formato congelado de fatos, de dos direitos e dos pedidos, por que haverá redundância ou pleonasmo, o exercício de redação deveria ser feito em dois blocos, primeiro – dos fatos e dos direitos, e segundo bloco – dos pedidos. Devendo sempre o pedido ser expresso, certo e determinado, em item separado, a não ser que haja exceção como o pedido implícito ou genérico. 
Os dois requisitos mais importantes da petição inicial é o 3 e o 4 (cláusulas pétreas da petição inicial), o restante pode ser modificado.
Iuria novit cúria – o juiz conhece a norma, basta fundamentar, o juiz não está preso nos artigos citados. 
Geralmente o fato é a causa de pedir remota e o fundamento jurídico é a causa de pedir próxima (mais alguns doutrinadores discordam)
OBS: Distribuição (primeira entrada do processo no fórum); protocolar: qualquer movimento do processo depois de distribuído 
O juiz, assim que é distribuída a petição inicial, faz uma análise em dois tempos: 
1 primeiro analisa requisitos de forma ou processo, e a depender da gravidade do vício, pode dar ao autor a chance do conserto chamado emenda, ou se o defeito foi insanável, deve extinguir o processo por sentença sem resolução do mérito, pois encontrou uma barreira que não permite análise do pedido.
Esta é uma sentença de menor “qualidade”, pois não pacifica os conflitos, não resolve os problemas das partes envolvidas, e o novo CPC trouxe mudanças em relação ao CPC anterior, permitindo mais hipóteses de emenda ou alterações, para que o juiz possa efetivamente chegar ao pedido. 
Nas lições de Nelson Neri Jr. MÉRITO = LIDE = PEDIDO = OBJETO
2 uma vez conferidas e na medida do possível concertadas todas as questões processuais, o juiz pode analisar o pedido e tem opções: procedência, improcedência ou procedência parcial. De maneira que essa sentença tenha a seguinte forma “julgo procedente o pedido, condenando a...” (com mérito). Já a sentença sem mérito identifica-se “julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, por...” 
De toda e qualquer sentença cabe os recursos de embargos de declaração e apelação. 
O juiz, por tanto, assim que verificado qualquer defeito ou vicio deve determinar a correção ou a extinção do processo para que não haja procrastinação infrutífera já que o processo está fadado a morte. 
Neste momento de análise dos requisitos formais ou processuais é necessário estabelecer a diferença entre quatro coisas: 
1 condições da ação – (art. 17 CPC). As condições da ação foram incluídas no código de 1973 por influência do italiano Enrico Tullio Liebman que veio morar no Brasil na década de 40, fugido da segunda guerra e juntamente com os professores da USP-SP, obvio que com influência total das ideias de Liebman, entenderam que toda provocação do judiciário só mereceria ter um mérito, ou pedidos julgados se preenchesse três condições: 
- interesse de agir
- legitimidade 
- possibilidade jurídica do pedido. 
Liebman retorna a Itália e na década de 70, devido a possibilidade jurídica do divórcio, ele entende a partir de então, que são duas as condições e a notícia chegou ao Brasil truncada. 
No CPC de 73 logo nos primeiros artigos estava expresso que eram duas as condições da ação, porém no artigo 267 estava assim escrito: “a sentença será sem julgamento do mérito quando faltarem as condições da ação que são, legitimidade, interesse e possibilidade jurídica do pedido”, de modo que durante toda a vigência do código anterior pairava essa dúvida se eram duas ou três condições, e majoritariamente se entendia que eram três. 
No atual CPC a dúvida está solucionada por que no artigo 17 estão duas condições da ação: legitimidade e interesse, sendo que a doutrina entende que a possibilidade está tratada dentro de interesse. 
As condições da ação que estão previstas no CPC e tem por finalidade permitir que o juiz analise o pedido, o que é completamente diferente do sentido constitucional de ação previsto no inciso 35 do artigo 5º que ao dizer que nenhuma lesão ou ameaça de direito será excluída da apreciação do poder judiciário nos dá a impressão de que o direito é ilimitado e incondicionado. 
Legitimidade: é a possibilidade daquele que é titular do direito vir a juízo defende-lo – o que não tem nada a ver com capacidade civil e que na falta desta o próprio código civil prevê mecanismos de suprimento que são: representação e assistência, o que não significa legitimação extraordinária, pois a petição será sempre escrita em nome do menor, neste ato representado ou assistido por...
Excepcionalmente o CPC permite a legitimidade extraordinária que é a possibilidade prevista em lei para que alguém que não é titular do direito venha a juízo defende-lo e isso é importante que seja assim por que se não partes que se quer participaram do processo serão atingidas pela sentença. 
Legitimada de ordinária: é a regra do processo na qual o dono do direito material vem a juízo defender seu direito (é a regra). 
Assistência e representação não transformam a legitimidade ordinária, são simplesmente institutos criados pelo direito civil para o suprimento para a falta de capacidade civil. O menor pode ir a juízo, ele é representado. Uma criança de 4 anos que possui um carro no nome dela deve pagar o IPVA? Sim, segundo o art. 136 do código tributário – a incapacidade civil não faz com que não pague imposto. 
Legitimidade extraordinária: é aquela em que pessoa que não é dona ou titular do direito material vem a juízo defender direito alheio só nas hipóteses previstas em, exemplo, condomínio indiviso (exceção). 
Nos direitos coletivos, que são: difusos, coletivo em espécie (grupo/categoria) e individuais homogêneos, na lei de ação civil pública estão expressamente previstos os legitimados para defender esses tipos de direito, exemplo, MP, defensoria pública, associações e se diz que aqui é legitimação extraordinária, por que o direito é de outrem (a doutrina alemã defende que a legitimidade é ordinária para direitos coletivos). 
Interesse: ter interesse processual significa o processo ser necessário + útil + a via adequada. A possibilidade jurídica do pedido está atualmente inserida nessa condição nos termos do art. 17 do CPC. 
As condições da ação são requisitos que devem estar presentes para que o juiz possa analisar o mérito da ação, de maneira que a falta delas leva a extinção do processo sem julgamento de mérito. 
2 elementos da ação o objetivo é diferenciar uma ação da outra – partes (material/processual), pedidos (imediato/mediato) e causa de pedir (remota/próxima) = sêxtupla identidade dos elementos. Devem existir no sistema para possibilitar o controle de dois institutos indesejáveis: litispendência e ofensa à coisa julgada, que são institutos muito parecidos, sendo que a distinção entre eles está no tempo do primeiro processo. 
Litispendência ocorre quando uma ação está em andamento e outra idêntica, ou seja,com os mesmos elementos da ação, tenta ser proposta. 
Ofensa à coisa julgada ocorre quando a primeira ação já transitou em julgado e outra ação idêntica é proposta.
Nos dois casos a segunda ação tem que ser extinta sem resolução do mérito 
A diferença entre elas é em que tempo está o primeiro processo, se o primeiro processo ainda está em andamento é litispendência, caso o primeiro processo já tenha sido julgado é ofensa a coisa julgado. 
Existe conflito entre duas coisas julgadas? na teoria é algo que não deveria ocorrer, mas na pratica pode ocorrer de duas ações iguais serem julgadas, nesse caso haverá conflito, nesse caso vale a que transitou em julgado primeiro
Partes: se dividem em direito material, exemplo, credo e devedor e em sentido processual que são autor e réu. 
Pedido: deve ser certo e determinado e sempre o autor tem que fazer dois pedidos: imediato (que é sempre igual “procedência para” ...) que é pedir a procedência e o mediato (que muda sempre), que vai depender do que o autor precisa, chamado bem da vida. O pedido como regra é certo e determinado e obviamente expresso. 
Há exceções em que ele pode ser implícito: juiz vai conceder ainda que a parte não peça, exemplo, correção monetária e honorário sucumbenciais. 
Pode também o pedido ser genérico: situações excepcionais e previstas em lei nas quais o advogado do autor no momento da petição inicial não consegue quantificar o dano, exemplo, pessoa acidentada ainda em tratamento.
Existem também pedidos cumulativos que podem ser subsidiários: o advogado do autor sequencia pedidos de maior interesse para o menor interesse e o juiz é obrigado a justificar a escolha. 
O pedido alternativo é aquele que as possibilidades já são previstas na lei, exemplo, vícios redibitórios – o código civil permite o pedido de devolução da coisa ou abatimento do preço (de acordo com o rendimento econômico). 
Causa de pedir: se divide em próxima e remota e também é conhecida como fatos e fundamentos jurídicos do pedido – não tem concerto, extingue o processo. 
Continuação PETIÇÃO INICIAL: 319 + 320: documento 
“Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.”
“Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.”
Distribuição: 
I- despacho/recebimento;
II- emenda; “vício leve” vício sanável / a emenda é uma ordem do juiz; aditamento: se concertar de livre e espontânea vontade; contestação não se pode aditar!!! Somente a P.I. 
III- indeferimento; “vício grave” vício insanável; extingue o processo SEM resolução do mérito (nem pode chegar lá) = apelação de 15 dias = juízo de retratação 05 dias;
IV- improcedência liminar do pedido; Art. 332 CPC = aqui foi julgado COM resolução do mérito;
“Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241. 
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.”
2. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA PETIÇÃO INICIAL
Distribuída a petição inicial são quatro as possibilidades do juiz, que são:
1 - recebimento da inicial – não é apontado nenhum vicio e por tanto, o juiz determina a prática do próximo ato do processo, exemplo, “cite-se o réu para contestar” ou “cite-se o réu para manifestar-se a respeito do interesse ou não da realização da audiência de conciliação e mediação” (se fosse o CPC passado só teria a primeira opção, hoje o juiz analisa se o direito é disponível ou indisponível, se for disponível é possível a segunda opção, se não comparecer ou não querer audiência de conciliação é citado para contestar) – art. 334 CPC 
2 - Se a petição inicial apresentar vicio leve ou sanável – o juiz determina a emenda – que deve ser feita em 15 dias, sendo que é necessário apontar ao autor o que precisa ser emendado, ser perder a imparcialidade. Dos 7 requisitos da petição inicial, apenas pedido e causa de pedir levam ao indeferimento direto, por tanto, as outras 5 são emendáveis. Aditamento é semelhante a emenda, com uma diferença, é ato voluntario do autor, e que pode ser feito livremente até a citação do réu e até o saneamento do processo com a participação do réu – art. 321 CPC 
3 - Indeferimento da inicia – defeito ou vicio grave ou insanável – nestes casos o juiz não discricionariedade e é necessário o indeferimento que leva diretamente a sentença sem resolução do mérito, o que significa que o processo foi extinto por defeitos formais ou processuais e que o juiz nem chegou a analisar o mérito, razão pela qual se corrigido o defeito pode a parte ingressar novamente com o pedido. – “ante o exposto, julgo EXTINTO o processo, por sentença SEM resolução do mérito, com base no 485...” – art. 330 + 331 CPC. 
4 - Improcedência liminar do pedido art. 332 CPC – neste caso o juiz também não discricionariedade e deve já sentenciar com resolução do mérito somente nos casos de improcedência – de maneira que essa decisão é definitiva, já que analisa o mérito ou pedido. Esse artigo tem sido considerado inconstitucional, pois teria afrontado a constituição federal ao determinar que todas as súmulas do STJ e STF sejam consideradas vinculantes. “ante o exposto, julgo (procedente/improcedente/parcialmente procedente) o pedido para (pedido mediato)” - art. 332 CPC. 
Nos casos 3 e 4 por se tratar de sentença o autor, se não concordar, pode recorrer por meio de apelação em 15 dias e é dado ao juiz a faculdade de retratar-se em 5 dias. 
Retomando: são quatro possibilidades do juiz quando recebe o pedido. O juízo de admissibilidade d petição inicial oferece 4 possibilidades ao juiz que são: recebimento, emenda, indeferimento e improcedência liminar do pedido. 
Por enquanto a relação processual é entre autor e juiz é preciso trazer o réu para, em se tratando de direitos disponíveis, e nos termos do artigo 334, para possível audiência de conciliação e mediação e em se tratando em direitos indisponíveis o réu já será citado para apresentar sua contestação 
1 - recebe a petição inicial pode estar ok ou com vício. 
2 - petições com defeito leve (vicio sanável – pode ser concertado por emenda) Quandofor citada – primeiro há audiência de conciliação. 
OBS: emenda e aditamento alteram a petição inicial, ambas podem ser feitas pelo autor – se o advogado precisa complementar irá editar, ato voluntario, é livre, só altera petição inicial, até o réu esteja no processo, depois que o réu está no processo ainda pode aditar mas com a concordância do réu, mas faz sentido o réu aceitar que o autor altera os pedidos do processo? Muitas vezes sim, por motivos econômicos e etc. 
Juiz tem que apontar o que vai ser apontado – prazo de 15 dias. Se após a emenda ainda não ficar claro, o juiz pode mandar emendar de novo? Existe limite de pedido de emendas? O código não fala isso, mas a doutrina diz que não há limites enquanto houver vícios – mas precisa tomar cuidado para que o juiz não perca a imparcialidade
3 - defeito grave (vício insanável) – juiz vai ter que determinar o indeferimento da petição inicial, extingue o processo, sentença sem resolução do mérito. 
OBS: são setes os requisitos da petição inicial – quais são dentre esses aquele que não podem ser emendados? = pedido e causa de pedir. OBS: a apelação é dirigida ao próprio juiz da vara – qual o prazo o autor tem para apelar? 15 dias (todos os prazos recursais são 15 dias uteis, único prazo que continua 5 é embargos de declaração) recebendo essa apelação o juiz pode voltar atrás – chama-se juízo de retratação o juiz tem 5 dias para fazer isso. Se não retratar não há nenhuma penalidade processual mas há penalidade correcional – todo juiz tem o juiz corregedor (responsável por ele). 
4 - improcedência liminar do pedido – art. 332 – tentativa de trazer o sistema de precedentes que é o sistema da aplicação da mesma decisão judicial de casos igual. Esse artigo tem sido considerado inconstitucional por alguns por que torna todas as súmulas vinculantes. Teresa Arruda Alvim diz que no Brasil tem uma jurisprudência lotérica, o processo pode cair em qualquer lugar, então ela diz que para esse sistema de improcedência dar certo seria necessária uma maior uniformização. O juiz tem que dar uma sentença com mérito (ante o exposto julgo procedente/improcedente/parcial procedência para). Cabe apelação? De toda e qualquer sentença cabe apelação, em 15 dias e também cabe o juízo de retratação em 5 dias.
	
3. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Após o juízo de admissibilidade positivo: 
No momento em que o juiz faz o juízo de admissibilidade também deve analisar se o pedido da parte é Disponível ou Indisponível, por que o autor iniciou o processo pelo princípio da demanda ou ação ou ainda inercia da jurisdição, porém agora o presidente do processo é o juízo e aplica-se o princípio do impulso oficial, juiz tem que convidar por meio da citação o réu para comparecer ao processo e triangularizar a relação. E o réu se o direito for indisponível, ou seja, nos termos do parágrafo 4º, II, do artigo 334, for direito que não admite autocomposição o réu já é citado para apresentar contestação. Porem se o direito for disponível, o réu será citado para demonstrar seu interesse ou não na audiência de conciliação e mediação.
OBS: muitos direitos são por essência indisponíveis, porém parcelas deles pode ser discutida em audiência de conciliação e mediação, isso foi possível devido a Lei 13.105 de 16 de março de 2015, chamada lei nacional da mediação. 
A leitura do artigo 334, deixa claro que só não haverá audiência se ambas as partes não desejarem. Nos termos do parágrafo 8 do art. 334 será aplicada multa para a parte que não comparecer (se ela requereu ou manifestou o interesse pela realização da audiência). A sanção só recai sobre quem demonstra interesse na audiência. 
Quando a petição é distribuída (princípio da inercia da jurisdição/ demanda – somente o autor pode dar início a ação) o juiz realiza o juízo de admissibilidade (princípio do impulso oficial – obrigado a dar impulso para o processo), manda acontecer o próximo ato “cite-se” quando ele manda esse segundo ato a petição está considerada aceita. Com o advento do novo CPC há duas maneiras de o réu chegar ao processo – o juiz precisa pensar em dois caminhos, precisa ver que o direito da petição é um direito disponível ou indisponível. - se for 100% indisponível quer dizer que o direito não tem nada a ser consertado (art. 334 CPC, §4º,II), ele determina a citação do réu para apresentar a sua contestação, não tem o que discutir em audiência de conciliação.
- se for direito disponível ou indisponível e parcela pode ser discutida – irá citar o réu para mostrar sem interesse na realização ou não da audiência de conciliação. 
OBS: Lei 13.105 de 16 de março de 2015 diz que mesmo direitos indisponíveis tem parcelas de direito disponíveis, essa lei não mudou o direito material – ex. pagar pensão, não vai na audiência de conciliação discutir sobre ter que pagar pensão ou não, tem que pagar e pronto, mas pode se discutir outros assuntos. 
Nos termos do artigo 334 do CPC, só não haverá audiência de conciliação e mediação se ambas as partes não desejarem (se uma das partes querer haverá). Se a parte que requereu a audiência não comparecer será aplicada multa por seu um ato atentatório à justiça, se o réu que não requereu não for não paga multa, pois ele não pediu a audiência, a consequência jurídica é a clara declaração que não há interesse na conciliação. 
 
Artigos para ler: conciliação e mediação - artigos 165 a 175 CPC (o que é e o que faz o mediador e medidor); Lei 13.140 de 2015, nacional da mediação e conciliação; e artigo 334 CPC. 
Autocomposição – o mérito é resolvido entra as partes, a sentença é meramente homologatória, pois ele não decidirá nada
4. CITAÇÃO DO RÉU E ESTABILIZAÇÃO SUBJETIVA E OBJETIVA DO PROCESSO artigo 238, 246 e 247 CPC 
Artigos relacionados a citação: 236 – 358 CPC LER
O processo de conhecimento em primeiro grau de jurisdição vai de petição inicial até sentença. Até o momento chamado de providencias preliminares e saneamento o processo tem que estar estabilizado (relação triangular) tanto em quem vai participar (e isso recebe o nome de estabilização subjetiva do processo), pois o processo (sentença e coisa julgada) só pode afetar as partes que dele fizeram parte. Portanto precisa ficar claro quem é autor, réu, juiz, eventuais intervenções de terceiros e também litisconsórcio. 
Também é preciso que o processo se estabilize quanto A QUE ou O QUE se pede, então até o saneamento, o pedido e a causa de pedir tem que estar determinados, não podendo mais serem alterados prestigiando os princípios da ampla defesa e contraditório não permitindo decisões surpresas. 
Concluindo o autor pode aditar a inicial até o saneamento, sendo que, se o réu ainda não fizer parte do processo (não recebeu petição inicial), esse aditamento é livre e tem que ser enviado ao réu junto com a petição inicial original. Se o réu já foi citado ou já contestou ainda assim pode haver aditamento, mas agora, só com a concordância do próprio réu e claro abrindo-se possibilidade de defesa para o réu do ponto incluído pelo autor. Depois do saneamento, que é ato do juiz, não pode mais haver aditamento, nem com a concordância do réu. 
Para completar a relação preciso integra-la com a figura do réu, o que recebe o nome de triangularização da relação processual ou estabilização subjetiva da demanda (pois se definiu quem são os sujeitos do processo – ator, juiz e réu). 
CONCEITO DE CITAÇÃO art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. 
- Quais as formas de citação no brasil - art. 246. A citação será feita:
I - pelo correio – modalidade regra de citação no Brasil
II - por oficial de justiça; - pode pedir na petição que seja realizada por oficial, mas se não for justiça gratuita haverá custas. 
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório (comparecimento espontâneo). 
IV - por edital;
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
- Exceções em que não cabe citação pelo correio Art. 247.
A citação será feita pelo correiopara qualquer comarca do país, exceto:
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º;
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
OBS: Os atos processuais (oficial de justiça se enquadra) podem ser praticados da seis da manha até as 20h 
OBS: para distribuir uma petição inicial - que não seja justiça gratuita - tem que pagar x valor de custas iniciais +23.27 de CPA + valor do correio ou oficial de justiça que a diligência é 82,83. 
Chega-se ao momento de citação do processo civil pois é necessário pra triangularizar a relação entre autor – juiz – réu (o que a doutrina chama de estabilização subjetiva do processo). 
No CPC de 1973 o réu era citado para apresentar defesa (antigo 213 CPC) por que não havia audiência de conciliação e mediação no início do processo – por tanto não importava o direito o réu era chamado para apresentar defesa (e as defesas todas em peças apartadas, exemplo: contestação em uma peça e reconvenção em outra). O CPC atual prevê o conceito de citação no artigo 238 CPC. 
No atual CPC – o autor e juiz devem verificar se o direito DISPONÍVEL ou INDISPONÍVEL (lembrar da Lei nacional da mediação e conciliação – Lei 13.140/2015 que dispõe que mesmo direitos indisponíveis tem parcela de disponibilidade) – e daí: 
 
a) Se o direito for INDISPONÍVEL – juiz já cita o réu para apresentação da contestação (no novo CPC toda defesa é apresentada em peça única)
b) Se o direito for DISPONÍVEL – portanto aqui o réu é primeiro citado para dizer se tem interesse na audiência – e a audiência não for acontecer (por que ambas as partes não querem – art. 334 CPC – o réu apresenta defesa escrita). 
c) Se o direito dor DISPONÍVEL – e for realizada AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO – portanto aqui o réu é primeiro citado para dizer se tem interesse na audiência – e a audiência dor INFRUTÍFERA – daí abre-se prazo para o réu apresentar contestação.
EFEITOS 
A citação é ato de extrema importância no processo civil porque dela decorrem efeitos processuais e materiais, exemplo: torna litigioso o objeto (que só pode ser alienado por alvará): induz litispendência, fixa mora (JUROS) – ATENÇÃO – SÚMULA 54 DO STJ prevê que no caso de ilícito extracontratual “os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual”. 
MODALIDADES 
Quanto ao meio ou maneira que é feita - pela doutrina a citação se divide em (art. 246 e 247 CPC). 
a) Pessoal ou real: 
Correio – essa é a regra, no mínimo com AR, ARMP (aviso de recebimento mãos próprias)
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º 
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
OBS: justiça gratuita não paga nada, se não for gratuita deve pagar o correio, ou oficial de justiça ou edital. 
Se não mencionar nada na petição inicial qual modalidade de citação o juiz dará? correio, mas se houver exceção 
oficial de justiça
meio eletrônico e comparecimento do réu em cartório 
b) Ficta ou presumida: edital, por hora certa 
Que se efetiva, conforme a recente reforma processual, de duas maneiras, quais sejam: 1. por edital: cujo leque de possibilidades foi reduzido à uma única hipótese: quando o acusado não for encontrado (artigos. 361 e 363, parágrafo 1º do CPP); 2. por hora certa: modalidade que servia apenas ao processo civil e que passa, de forma inovadora, a ser adotada pelo processo penal, nos casos em que o réu se ocultar para não ser citado (art. 362 do CPP).
Vale lembrar que a citação válida é ato imprescindível para o processo, sob pena de nulidade (conforme art. 564, inciso III, alínea e do CPP). Assim, possui relevância inquestionável para o processo penal.
- Carta precatória: é uma forma de comunicação entre juízos, que estão em estados diferentes, com objetivo de cumprir algum ato processual.
- Carta rogatória: é uma forma de comunicação entre o judiciário de países diferentes, com objetivo de obter colaboração para prática de atos processuais.
Cuidado - no exterior para que haja citação por rogatória é necessário que o país tenha com o Brasil relações diplomáticas, se não tiver - apesar da parte estar em outro país - a citação será por edital aqui no Brasil. 
Arbitragem - só pode acontecer quando ambas as partes quiserem e for direito dispo, daí o arbitro profere sentença arbitral QUE NÃO PODE TER O SEU CONTEÚDO discutido no Judiciário. Mas o CPC atual prevê - pelo princípio da cooperação - que a parte possa trazer para o Judiciário essa sentença e utilizar os mecanismos coercitivos do cumprimento de sentença. Sentença arbitral é título executivo judicial, portanto seguirá as regras do cumprimento de sentença – art. 237 CPC. 
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica: este procedimento está previsto no CPC como um incidente processual, o juiz pode determinar recolher bens da pessoa física, mas necessário um contraditório antes de sair alienando e penhorando esses bens. Essa penhora, essa venda forçada tem que respeitar o regime de bens!!! Se é casado em regime de bens, só vai poder pegar metade. 
O autor provoca a jurisdição por meio da Petição Inicial, se o juiz verificar que o direito é indisponível pedi a citação do réu para que proteste (contestação), caso seja disponível o juiz vai citar o réu para que ele possa dizer se tem interesse ou não na audiência de conciliação ou mediação (26 de maio de 2020 - PROVIMENTO 100 CNJ – permitiu que cartórios poderiam praticar atos por via eletrônica). Só não vai ter audiência de conciliação se ambas as partes não quiserem, art. 334 CPC. 
Se essa audiência for frutífera cessa o processo, já que as partes fizeram acordo, mas apesar disso o juiz deve dar uma sentença homologatória (acato a vontade das partes e decreto extinto o processo) valida aquilo que as partes concordaram. 
O defeito mais grave de um processo é o réu não participar, pois a relação triangular não se formará.
Se o direito for indisponível, ou não houver audiência de conciliação porque ambas as partes não quiserem, ou ainda se houve audiência mais foi infrutífera, haverá a contestação. 
Contestação é a peça de defesa do réu, no primeiro momento o réu irá negar os fatos alegados pelo autor. Trata-se da regra de distribuição do ônus da prova autor prova fatos constitutivos réu não prova nada, mas se o réu for alegar um fato IMPEDITIVO, EXTINTIVO e MODIFICATIVO deve provar (isso é importante, pois o juiz se baseia nisso para observar quem deve provar) – art. 373 CPC. 
Pode haver a inversão do ônus da prova, ou seja, o réu provar fatos constitutivos e o autor impeditivo, extintivo ou modificativo? No novo CPC, pode, então temos em regra a distribuição estática do ônus da prova, mas agora há exceção que é a distribuição com inversão do ônus da prova ou distribuição dinâmica do ônus da prova. O juiz deve se manifestar por escrito que está invertendo, caso contrário será considerado que a distribuição é estática, essa inversão deve ser bem esclarecida ao juiz, e a outra parte pode ter dificuldade em provar o ônus, pode se manifestar a respeito.
A peça apresentada pelo réu é a contestação (antes o código dizia que o réu apresentava defesa, todos os pontos que fosse se defender era peças separadas). A contestação é a peça concentrada de defesa, nela o réu faz a contestação, e na mesma peça apresenta, se for o caso, reconvenção (decidida juntamente com o processo principal e na mesma sentença), impugnação ao valor da causa, impugnação do pedido de justiça gratuita. 
Toda vez que matéria tratada for incidental ao processo, ou seja, influenciar na decisão final da sentençaprincipal, possui natureza incidental. 
5. CONTESTAÇÃO
Ônus da prova é do 
- autor: sobre fatos constitutivos
- réu: nenhum – a não ser que o réu alegue fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor
Essa regra é conhecida como divisão do ônus da prova (é a regra)
* A regra da divisão da produção da prova vale para as partes ao produzi-la e para o juiz no momento da decisão 
É possível, todavia, que haja inversão do ônus da prova – alterando a regra de estática para dinâmica. Chamada ônus dinâmico – pode o réu provas fatos constitutivos (passar para o réu a obrigação de provar algo que era meu). Essa possibilidade de inversão surgiu no ordenamento jurídico, mas em razão do princípio da especialidade era aplicado somente nas relações de consumo
Agora – o novo código civil traz expressa essa possibilidade no art. 373, mas tem que ser expressa no processo (antes da produção de prova). O réu pode mostrar ao juiz que não consegue fazer tal prova (desincumbir-se do ônus). 
Então foi estudado como essa divisão de ônus da prova é feita no processo e agora passaremos a estudar a contestação – que é a peça de defesa do réu. 
ESTRUTURA FÍSICA (MONTAGEM) DA CONTESTAÇÃO:
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
1) CABEÇALHO (endereçamento): o réu aqui vai aproveitar para corrigir alguma irregularidade que exista na sua qualificação. 
+ 2) BREVE SÍNTESE DA INICIAL (praxe jurídica)
+ 3) DA VERDADE DOS FATOS (PRAXE JURÍDICA) 
4) PREJUDICIAIS DE MÉRITO: são situações que se reconhecidas pelo juiz – extinguem o processo e pelo CPC extinguem com julgamento de mérito = prescrição e decadência. Em razão da obrigatoriedade da defesa estar toda concentrada na peça de contestação não haverá outra oportunidade, por que existem dois princípios que regulam a contestação: a) principio da concentração (toda a matéria de defesa deve ser trazida na peça de contestação); b) principio da eventualidade, ou seja, os fatos devem ser rebatidos um a um especificamente, não se admite defesa genérica, se não houver defesa especifica pode acontecer efeito de o autor não precisar provar o que alega. Regra é a impugnação específica, não pode a negativa genérica, a não ser algumas exceções que o CPC coloca pelo volume ou situação real – defensoria pública (pelo volume) e réu revel (curador especial contesta por negativa geral). 
5) PRELIMINARES de mérito – lide = objeto = conflito = pedido (estão previstas no art. 337 e nem sempre existem e cada caso concreto encaixa-se de maneira diferente.
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar ( por que, por lógica e sistemática do CPC o juiz, se acatar ou reconhecer que existem as preliminares que o réu alega – irá já extinguir o processo sem resolução do mérito – nem todo caso possui preliminar). 
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; (algumas situações para o autor ter direito a uma tutela antecipada o juiz ou lei exigem caução – garantia ex. autor pede para vender o carro que é objeto do processo porque ele está se deteriorando – juiz autoriza mas exige a caução de depósito do valor do veículo = então o réu pode se opor a venda se não for feita caução (ou nos casos em lei). 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
OBS: o CPC trabalha com a lógica de que, quando o réu for citado, de novo, para ação que já transitou em julgado (ou seja, que já foi julgada) deveria o réu alegar a existência desta coisa julgada (réu apresenta em preliminar de contestação) e o juiz já extingue o processo sem resolução do mérito. 
E se na vida real o réu não alegar? Juiz e demais envolvidos não perceberem? Haverá duas decisões conflitantes e a lógica é que a primeira seja válida, mas aqui, como não há previsão legal disto por que o CPC parte do pressuposto que isso não vai acontecer- aa doutrina e a jurisprudência chamam essa situação de conflito de coisas julgadas.
6) MÉRITO – vou se houver, trazer provas de fatos extintivos, modificativos e impeditivos do direito do autor, entrelaçando os fatos com as razões jurídicas (é praxe inserir artigos). 
7) PEDIDO – improcedência (totalidade) essa é a previsão legal, mas no caso concreto pode ser benéfico escalonar (caso não seja esse o melhor cenário – o réu pode escalonar – improcedência ou pedido 2 e 3 improcedentes ou só o 3)
8) Se houver outro meio de defesa, como RECONVENÇÃO, o NCPC determina que seja feito na mesma peça (um ato só), concentração dos atos de defesa
9) Assinatura OAB
1 – Novidade do CPC de 2015 é a concentração de todas as defesas na peça de contestação (forma). Impugnar todas as situações de discordância, exemplo: valor da causa - justiça gratuita. Além disso pode o réu fazer pedidos contra o autor desde que:
a) Sejam conexos com a demanda ou
b) Sejam conexos com a própria defesa apresentada ou
c) Seja compatível 
Não é obrigado a apresentar a reconvenção, pode esperar o resultado do processo e posteriormente, se for o caso, entrar com outro processo, mas essa concentração é mais prática. Normalmente a reconvenção está ligada a culpa concorrente, exemplo: batida de carro, os dois envolvidos resolvem arcar com seus custos sem acionar as autoridades, mas posteriormente um deles percebe que o dano foi maior que o esperado e aciona judicialmente a parte contrária, a outra parte pode além de se defender pedir indenização também (reconvenção). A reconvenção tem natureza jurídica de ação (por isso observa requisitos da petição inicial – artigo 319 CPC – claro que com adaptações, exemplo: não sendo necessário o endereçamento – mas tenho que recolher custas se for justiça paga). 
A contestação e a reconvenção são feitas na mesma peça (forma), mas são independentes e diferentes. Na contestação busca rebater os argumentos da petição inicial do autor. Na reconvenção o réu pede pretensão – contra o autor. Na reconvenção o réu vira autor e autor da ação principal vira réu. Um processo com duas ações. A sentença do juiz tem que julgar como um todo? Uma sentença na qual o juiz já vai analisar as duas situações – e por lógica se acatar uma, precisa ponderar o impacto na outra, exemplo: se admitir culpa de uma parte só a sentença é de um jeito, se admitir culpa concorrente a sentença é outra. As duas ações têm relação de prejudicialidade – uma influencia na decisão da outra (incidental). 
2 – REVELIA – defender-se no processo é ônus do réu, se o réu não fizer ou fizer de maneira incorreta é dada a ele uma penalidade que é a revelia, por tanto aquele réu é considerado revel. Segundo Luiz Rodrigues Wambier é revel: a) aquele réu desidioso que nem contrata advogado (contumácia); b) contratar advogado, mas não volta levando documentos, advogado avisa – não é apresentada; c) contrata advogado e o advogado contesta fora do prazo, prazo para contestar é de 15 dias úteis (intempestiva – se perder o prazo não pode praticar mais porque aconteceu a preclusão temporal); d) contrato advogado, o advogado contesta no prazo mas esquece de assinar – protocolei ou esqueci uma folha - é claro que o CPC, principalmente o atual, não deseja que a forma seja mais importante que a essencial – provavelmente o juiz pedirá para assinar para não prejudicar a representação. 
Resumindo o revel pode estar no processo. Se o réu não contestar fato por fato – individualmente – o fato não contestado é considerado não impugnado – e aquele fato pode levar aos efeitos da revelia. Resumindo: revel é aquele que nem sequer está nos autos – que contestou apenasalguns fatos (então os não contestados ou são verdadeiros ou se tornaram passiveis de efeitos de revelia) ou por algum motivo de representação seja assinatura ou seja praz não contestou da forma correta. O réu precisa contestar e reconvir se desejar – o fato de o réu apresentar a reconvenção não supre a contestação. Precisa haver a contestação (ação principal) sob pena de ser revel e reconvenção, se quiser, na ação (culpa concorrente) – se desejar fazer pedidos (formular pretensões contra o autor). Pode acontecer de o réu ser revel no processo principal (porque não apresentou contestação) e ter apresentado reconvenção e ganhar a reconvenção. Por tanto, reconvenção é ação independente – feita no mesmo processo e na mesma peça – mas que pode ter vida própria independente da ação – artigo 344 CPC.
Ação principal e reconvenção são conexas, mas não significa que sejam verso – anverso – portanto a improcedência ou procedência total da principal não, necessariamente, significa automaticamente a procedência ou improcedência da reconvenção. 
I ação principal 
Autor da petição inicial – réu contesta – seguindo réplica
II reconvenção (é uma ação)
Réu fará pedidos – autor será chamado a contestar – réplica 
Autor vira réu – réu vira autor 
Revelia se refere apenas ao réu, já que diz respeito a contestação. Réu revel = não é pleonasmo. 
Em algumas situações apesar de ser revel, o réu não sofre os efeitos da revelia. 
O réu não pode “consertar”, emendar, a contestação, já que houve preclusão, mas não a preclusão temporal (não foi perder o prazo) – porque houve a preclusão consumativa (eu já pratiquei o ato, então não posso praticá-lo de novo). Realmente não há tratamento igualitário entre autor e réu no processo – e não é permitido emendar, editar, consertar a contestação.
Contestação intempestiva – é aquela protocolada fora do prazo (15 dias úteis) o autor deve pedir para desentranhar (tirar) do processo. 
Efeitos da revelia art. 344 CPC
Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor (em vermelho estão os efeitos da revelia). 
1) Tornar os fatos alegados pelo autor verdades ou incontroversos (na realidade, então, o autor não precisa provar os fatos que alegou, pois a revelia do réu + os efeitos da revelia fazem com que os fatos do autor sejam verdadeiros) – o juiz está “preso” a esta regra, tem que aplicar os efeitos da revelia. 
2) Desnecessidade de intimar o réu para os demais atos ( no CPC passado isso era previsto expressamente, agora não é mais trazido, de maneira que, pela regra atual deve-se intimar o réu anda que revel, pois posso cientifica-lo e trazê-lo ao processo) – isso para prestigiar a regra de que o réu revel pode ingressar no processo no momento em que tomar ciência deste e “pega” o processo no estado em que ele se encontra. 
Revelia é diferente de sofrer os efeitos da revelia – art. 345 CPC. 
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se (a revelia não faz com que os fatos alegados pelo autor sejam verdadeiros) 
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; (litisconsórcio) 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; (ex. alimentos, vida, estado da pessoa)
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; (alguns fatos só se provam de determinado jeito, exemplo: casamento só se prova com a certidão de casamento, assim como o testamento também só se prova com a juntada do testamento)
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. (não é porque o autor não precisa provar que ele vai dizer que é o super homem e o juiz tem que aceitar que ele é – exemplo absurdo).
Conclusão: a) revelia nem sempre vem acompanhada dos efeitos da revelia; b) revelia não significa que o autor ganhou o processo e nem que o réu perdeu – é claro que revelia é um prejuízo para o réu e beneficio para o autor – mas não posso afirmar que o autor já ganhou e nem que o réu já perdeu = os itens citados significam que revelia é a falta ou irregularidade na contestação e efeitos da revelia só acontecem se não for nenhum dos casos do artigo 345 CPC.
Se o réu for revel, mas: 
1) Tiver litisconsórcio
2) For direito indisponível 
3) Faltar instrumento público
4) Fato do autor for inverossímil ou a prova dos autos dor no sentido contrário
Apesar de ser revel – este réu não sofre o efeito do art. 344, ou seja, o efeito da revelia que é tornar as fatos alegados pelo autor verdadeiros (portanto, o autor continua com o ônus de provar e o juiz tem que observar que é obrigação do autor provar na sentença) 
Teste – em determinada ação proposta, o réu foi revel (apresentou a contestação fora do prazo de 15 dias úteis). Todavia, tratava-se de direito indisponível o pedido – exemplo ação de alimentos, pergunta-se: o réu e revel? – sim, o réu é revel pois apresentou fora do prazo; os faros alegados pelo autor são considerados verdadeiros, ou seja, vai ser aplicado efeitos da revelia? Não, pois embora revel não se aplica os efeitos da revelia, já que é exceção do art. 345; o juiz já pode dar ganho de causa para o autor? Não pois embora o réu seja revel como é direito indisponível não se pode aplicar o efeito da revelia que é tornar os fatos verdadeiros. 
Revelia é o fenômeno pela falta da contestação ou a contestação incorreta. 
Preclusão: a) temporal; b) consumativa – já praticou o ato; c) lógica 
Se o réu além de se defender quiser fazer pedido dele contra o autor, ele pode fazer dentro da peça de contestação, se chama reconvenção – duas ações em um processo só, uma só sentença. Mas são independentes, pode contestar e não reconvir 
Princípio do contraditório por meio da réplica – problema é que a réplica virou regra, mas não é automático, nem todo processo deveria ter réplica, ocorre apenas uma vez, não há réplica do réu. Toda vez que for juntado documento novo ao processo deve abrir oportunidade para a parte contrária falar (5 dias), mas esse ato não se chama réplica, réplica ocorre uma vez em um momento determinado do processo. 
Autor fala na PETIÇÃO INICIAL
+
Réu fala na CONTESTAÇÃO
E daí, se na contestação, o réu alegar
Alguma (s) preliminares
 
Ou
Algum fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor
Autor fala em RÉPLICA
Réplica não é regra, por tanto – só deveria ser aberta a possibilidade de o autor falar novamente, nos casos previstos em lei, porém, na realidade, para evitar nulidade – vício é comum já de antemão o juiz determina a réplica. 
A réplica é determinada em razão do princípio do contraditório, mas o contraditório tem que acabar, ou ser finito – PARA O JUIZ – que agora falará – olhar o processo já debatido 
Princípio do contraditório em processo civil
- autor (apresenta a tese na PETIÇÃO INICIAL)
- réu (apresenta a antítese na CONTESTAÇÃO)
Se for o caso – o autor manifesta de novo sobre a antítese
- juiz (apresenta a SÍNTESE – sentença)
Então, agora o processo vai para o juiz, e o juiz tem duas opções:
1) Verificar se é caso de já SENTENCIAR e terminar com a lide (sentença sem ou com julgamento de mérito) – É LEI QUE DETERMINA OS CASOS EM QUE PODE HAVER JULGAMENTO. 
Essa fase do processo se chama JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
Se o juiz não puder já sentenciar (vai para opção dois)
2) ENTÃO O JUIZ VAI SANEAR O EFEITO – E DETERMINAR SUA CONTINUIDADE
SANEAMENTO – FASE – PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
Sanear da ideia de limpeza, de aparar arestas, então na verdade o que o juiz faz é: 
- analisar o que já foi feito
- apontar eventuais vícios sanáveis
- providências, exemplo juntar outra cópia porque a de fls. 35 está ilegível 
- requer manifestação das partes sobre produção de provas (NA Petição Inicial – O AUTOR FAZ REQUERIMENTO GENÉRICO
- FIXAR PONTOS AINDA CONTROVERTIDOS – PARA QUE A PROVA ORAL – QUE SERÁ PRODUZIDA NA AUDIÊNCIA SEJA DELIMITADA. Exemplo: numa ação de acidente de carro, já está provado por documentoa velocidade, a cor do carro, quem dirigia, falta provar – e isto é relevante na decisão do juiz – se estava chovendo no dia. 
AS VEZES, a decisão de saneamento: vistos. Saneado o feito. Manifestem as partes a respeito de qual (is) provas pretendem produzir (é genérico). 
OBS: no final da audiência de instrução e julgamento – as partes podem apresentar alegações finais – que PELO CPC – devem ser orais – ocorre que é praxe, principalmente se o juiz não for sentenciar na audiência SUBSTITUIR as alegações finais por MEMORIAIS ESCRITOS. 
É importante delimitar quais são as partes, qual são os pedidos. Juntada de documento (a prova de documentos é feita pelo autor na petição inicial, e pelo réu na contestação. Documentos fora desse prazo – são possíveis se forem “novos”, e para prestigiar o princípio do contraditório (evitando surpresas) – é ofertada possibilidade da parte contraria manifestar-se. 
TEORIA MAIS CLÁSSICA do processo civil – entendia que, documentos apenas novos poderiam ser juntados fora dos prazos corretos para autor e réu. 
TEORIA MAIS MODERNA (CONTEMPORÂNEA) – admite, com prudência, a juntada de documentos, ainda que não considerados novos, em obediência aos princípios da verdade real e da instrumentalidade das formas. 
Ex. com crítica da prof: a juntada de documentos em sede de apelação PODE ser má-fé e desprestigia a atividade do juiz de primeiro grau. 
NOVO = é o documento que foi produzido com data atual ou que não estava, e a parte comprova, em posse dela, ainda que com data anterior. 
A interpretação da juntada de documento novo, ainda que na segunda correte, tem que ser RESTRITIVA. Não pode ficar juntando toda hora se não ninguém vai juntar na PI.
Professora, no caso desses documentos só pode juntar se comprovar que não tinha como ter acesso a ele antes né? Quando fez a PI por exemplo: Sim, só se comprovar porque continua tendo a regra. 
6. LITISCONSÓRCIO
1 a quantidade ou número de partes no processo civil é reflexo do direito material (ex. como está no CC – como está no direito empresarial e assim por diante)
2 CC – como exemplo – está em vigência o CC de 2002 – porém tivermos um de 1916 – e ainda que tenha havido alterações – continua o direito material tendo 1 credor e 1 devedor
Se o processo civil é reflexo do direito civil – como lógica, o CPC na maioria das vezes prevê 1 autor (credor) versus 1 réu (devedor). 
Como fazer para incluir mais de um autor e mais de um réu? = litisconsórcio 
Conceito de litisconsórcio: é a pluralidade de pessoas, ou partes, seja no polo ativo, seja no polo passivo, seja em ambos (misto). 
- litisconsórcio ativo: pluralidade de autores
- litisconsórcio passivo: pluralidade de réus
- litisconsórcio misto: pluralidade de ambos – vários autores e vários réus 
De quantas pessoas precisa para formar litisconsórcio? No mínimo duas – e não há previsão de máximo. Pode acontecer no caso concreto de muitas pessoas em um dos polos ou em ambos? Sim (no sistema preenche o nome de uma das partes e outro (s). 
Se houver múltiplas pessoas o litisconsórcio é chamado de multitudinários (não há um número fixo que transforme em multitudinário, tenho que observar no caso concreto se existe possibilidade ou não de tocar o tocar o processo, em um processo só com tantas pessoas).
Como se faz na prática para que o mesmo juiz possa tocar toda essa multidão – dando decisão igual? 
Exemplo: analisando que 1000 professoras do estado de SP versus Estado de São Paulo (pensando em processo físico – como elas moram em cidades diferentes – só de procuração mil páginas – 5 volumes) solução – dividir o processo em “processo mãe” e “processo filhos” – mantendo todos na mesma vara. Por tanto, é possível dividir processo multitudinário em vários processos, porém todos os desmembrados – processos filhos – são julgados pelo mesmo juiz que desmembrou (não existe parâmetro fixo para desmembrar – cada juiz verá a sua realidade). 
É possível que, ao invés das 1000 professoras ingressarem todas elas fisicamente presentes no processo – que o sindicato da categoria seja o autor versus Estado de SP. Neste caso não tem litisconsórcio, pois o sindicato representa todas as professoras – aqui estamos diante de direito coletivo, então só se fala em litisconsórcio quando as pessoas estão no processo, se estiverem representadas no caso de direito coletivo, não se fala em litisconsórcio.
A lei de ação civil pública prevê expressamente quem são os substitutos processuais, ou aqueles indicados que podem representar os direitos coletivos. 
Classificação do litisconsórcio:
1 – a primeira classificação leva em consideração a obrigatoriedade ou não de as partes virem ou figurarem juntas no processo. 
a) facultativo – não é obrigatório – mas é possível – se for opção as partes podem ingressar separadas, mas podem vir juntas. Motivo do legislador permitir isso é a economia processual e uniformidade das decisões. 
OBS: o juiz não pode agrupar de ofício, mas em sendo vara única, já que é o mesmo, a análise do fato (no caso batida de carro) tem que ser uniforme – o juiz não pode no processo da caneta azul dizer que o acidente aconteceu e no processo da caneta verde dizer que não aconteceu, não é possível. Seria possível juntar por conexão (regras de conexão e continência). 
b) necessário – obrigatório. Neste caso, pela lei ou pela natureza da relação jurídica, no CPC, é obrigatório que todas as partes envolvidas estejam fisicamente no processo (tentado a citação – revel). Pela lei, exemplo, usucapião e ação pauliana (tenho que trazer todos os confrontantes – litisconsórcio necessário) e ação pauliana (em que o prejudicado tenta reaver, declarar ineficácia de atos em fraude contra terceiros, por tanto, tem que trazer no processo todas as pessoas envolvidas nas transmissões da cadeia). Pela natureza da relação jurídica, exemplo, se eu for anular um contrato de uma sociedade estabelecida entre 5 sócios – se o socio 1 ingressa com ação de anular o contrato da sociedade, necessariamente tenho que trazer no polo passivo sócios 2, 3, 4 e 5, porque por lógica, e pelo direito material ser o mesmo, não tem como anular apenas parte dos sócios – preciso de todos na ação. Então caso seja ingressada ação pelo sócio 1 (autor) e indicou na petição inicial – para citação – apenas o sócio 2, 3 e 4 – por se tratar de litisconsórcio necessário o juiz vai mandar compor a lide (emenda) editando a inicial e determinando a citação do sócio 5. 
Essa situação, ou seja, o fato de várias pessoas estarem juntas no processo recebe o nome de litisconsórcio. Essa situação de várias pessoas, pode ser analisada por diferentes classificações. 
Quanto ao momento de formação do processo – tenho que verificar se é obrigatório ou facultativo as pessoas virem juntas (facultativo versus necessário)
Ok – depois – com o processo em andamento já – com várias pessoas 
No momento da sentença –
Se o juiz tiver que dar a mesma sentença para todos – unitário
Se o juiz puder dar sentenças diferentes a classificação é simples 
· Um evento pode ser classificado sob várias classificações – mesmo exemplo do que acontece com a constituição federal – promulgada, (quanto a forma das constituições ingressarem no mundo jurídico podem ser promulgadas ou outorgadas) analítica, escrita e assim por diante
2 – segunda classificação de litisconsórcio. Leva em consideração o momento da sentença, a maneira como o juiz age, e o parâmetro da decisão é a possibilidade ou não do juiz prolatar sentenças diferentes. Se o juiz puder, em tese, prolatar sentenças diferentes para as partes envolvidas, o litisconsórcio é eventual. Exemplo: o juiz ao julgar o processo que tem litisconsórcio facultativo de autores – no polo ativo – caneta azul + caneta verde + caneta amarela – o juiz pode ao analisar o acidente, na mesma oportunidade, decidir de maneira diferentes – procedência para a caneta azul (mil reais), procedência para a caneta verde (300 reais) e improcedência para a caneta amarela, por que de acordo com a perecia juntada aos autos o acidente não alcançou a caneta(carro) amarelo, na verdade provou-se durante o processo que os danos do carro amarelo eram anteriores ao acidente. Portanto, nesse caso das 3 canetas, no mesmo processo, é litisconsórcio facultativo (primeira classificação que leva em consideração a obrigatoriedade ou não das pessoas virem juntas a juízo) e eventual (porque o juiz pode dar sentenças diferentes).

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