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GESTÃO TRIBUTÁRIA IPI , PIS E COFINS.

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GESTÃO TRIBUTÁRIA DO IPI
8.1 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
	O imposto sobre produtos industrializados (IPI) é de competência da União e incide sobre operações com produtos industrializados, nacionais ou estrangeiros que forem importados.
8.2 CONTRIBUINTE
O código tributário nacional define como contribuinte desse imposto o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, o estabelecimento equiparado a industrial, além dos arrematantes de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
8.3 FATOS GERADORES
Como fato gerador do IPI, temos o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira ou a saída do produto industrializado do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.
	Nota:
Desembaraço aduaneiro é o procedimento administrativo ligado ao comércio exterior que visa à liberação de mercadorias importadas do exterior.
 
8.4 BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do IPI é o valor do produto, acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário. No caso de mercadoria recebida do exterior, o Imposto de Importação também integra a base de cálculo.
8.5 ALÍQUOTAS
 As alíquotas do IPI são variáveis e seguem a classificação dos produtos da tabela de incidência do IPI (Tipi), aprovada por Decreto Federal. 
As alíquotas do IPI estão estabelecidas na Tabela do IPI - Tipi (Decreto nº. 8.950/2016), de acordo com a classificação fiscal da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), e podem variar de NT (Não Tributado) até 300%, conforme o produto.
Para identificar a alíquota aplicável a cada produto sujeito à tributação do IPI é necessário ter a classificação NCM, de acordo com a Tipi.
Exemplo da Tabela de Incidência do IPI:
	CÓDIGO NCM
	DESCRIÇÃO
	ALÍQUOTA (%)
	6201.9
	Outros
	
	6201.91.00
	De lã ou de pelos finos
	0%
	7404.00.00
	Desperdícios e Resíduos, de cobre
	NT
	8211.91.00
	Facas de mesa de lâmina fixa
	8%
8.6 PERÍODO DE APURAÇÃO
O IPI obedece aos mesmos critérios da não-cumulatividade e seu período de apuração é mensal. Os prazos de recolhimento do IPI, são:
-até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, para os produtos em geral;
para os produtos classificados no código 2402.20.00, da Nomenclatura Comum do Mercosul -NCM, até o 10º (décimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder.
Para as seguintes operações, o prazo de recolhimento do IPI será:
no ato do pedido de autorização da venda de produtos trazidos do exterior a título de bagagem, despachados com isenção do imposto ou com pagamento de tributos nas condições previstas na legislação aduaneira;
antes da saída do produto da repartição que processar o despacho, nos casos de importação;
nos prazos previstos para o recolhimento pelo contribuinte substituído, no caso dos responsáveis como contribuintes substituto.
8.7 CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
A industrialização é qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, pois há cinco modalidades:
 Transformação => é a operação que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova.
Beneficiamento => é a operação que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto.
Montagem => é a operação que consiste na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal.
 Acondicionamento ou Reacondicionamento => é a operação que importa em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria.
Renovação ou Recondicionamento => é a operação que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização.
8.8 EQUIPARAÇÃO À INDÚSTRIA
 
Equiparam-se a estabelecimento industrial:
os importadores de produtos de procedência estrangeira que derem saída a esses produtos;
os estabelecimentos (atacadistas ou varejistas) que receberem para comercialização, diretamente da repartição aduaneira que efetuou o desembaraço produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma; e
as filiais atacadistas que comercializam produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma.
Também se equiparam os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos.
Equiparam-se a estabelecimento industrial, por opção, os:
os estabelecimentos comerciais que derem saídas a bens de produção, para estabelecimentos industriais ou revendedores;
as cooperativas, constituídas nos termos da Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que se dedicarem à venda em comum de bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização;
Há outros casos específicos nos incisos V a XV do artigo 9º do Decreto nº 7.212/10 Assim, as empresas consideradas Indústria ou Equiparada a Indústria, acrescentasse à responsabilidade tributária do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.
8.9 NÃO SE CONSIDERA INDUSTRIALIZAÇÃO
I - o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação:
na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou
em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes;
II - o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor
III - a confecção ou preparo de produto de artesanato.
IV - a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador;
V - o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional;
VI - a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficiais e magistrais, mediante receita médica;
VII - a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória;
VIII - a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte:
edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas);
instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou
fixação de unidades ou complexos industriais ao solo;
IX - a montagem de óculos, mediante receita médica;
X - o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de
cestas de natal e semelhantes
XI - o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações;
XII - o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante.
8.10 SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DO IPI
 Contabilmente, nosso exemplo, no mês de janeiro, teria os seguintes lançamentos:
Compra de Matéria Prima a Prazo
D – Estoque de Matéria Prima (Ativo Circulante) ..................................R$ 500.000,00
C – Fornecedores (Passivo Circulante)..................................................R$ 500.000,00
D – IPI a Recuperar (Ativo Circulante).....................................................R$ 50.000,00
C – Estoque de Matéria Prima (Ativo Circulante).....................................R$ 50.000,00
Venda de Produto a Prazo
D – Clientes (Ativo Circulante)................................................................R$ 700.000,00
C – Receita de Vendas (Resultado).......................................................R$ 700.000,00
D – Clientes (Ativo Circulante)..................................................................R$ 84.000,00
C – IPI a Recolher (Passivo Circulante)...................................................R$ 84.000,00
Baixa do Custo dos Produtos Vendidos
D – CPV.................................................................................................R$ 450.000,00
C – Estoque de Matéria Prima (Ativo Circulante)...................................R$ 450.000,00
Apuração do IPI
D – IPI a Recolher....................................................................................R$ 50.000,00
C – IPI a Recuperar..................................................................................R$ 50.000,00
Resumo das Operações do IPI
Saídas – DÉBITO DO IPI____________________________________R$ 84.000,00
Entradas – CRÉDITO DO IPI________________________________ (R$ 50.000,00)
SALDO DEVEDOR / IPI A RECOLHER _________________________R$ 34.000,00
Em resumo, teríamos como resultado:
	(+) Receita Bruta
	700.000,00
	(-) CPV
	(450.000,00)
	(=) Resultado
	250.000,00
No Balanço, a apresentação seria o seguinte:
	Clientes
	784.000,00
	
	Fornecedores
	
	500.000,00
	IPI a Recolher
	
	34.000,00
	Resultado
	
	250.000,00
	
	784.000,00
	784.000,00
8.11 IPI NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS
	Em determinadas situações, o IPI deve ser incluído na base de cálculo do ICMS. Essa situação ocorre quando a operação for efetivada com produto não destinado à industrialização ou comercialização e/ou ainda entre contribuintes e não contribuintes.
9 GESTÃO TRIBUTÁRIA PIS/PASEP E COFINS
9.1 PIS/PASEP
	O Programa de Integração Social (PIS) surgiu a partir da publicação da Lei Complementar nº. 07/1970, com o objetivo de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas.
	O Programa de Formação do Patrimônio Público (Pasep) foi instituído pela Lei Complementar nº 08/1970, com o objetivo de beneficiar os funcionários públicos.
	Atualmente, os fundos constituídos com os recursos do PIS e do Pasep são unificados desde de 01/07/1976, por força de Lei Complementar nº 26, de 11/09/1975, adotando a denominação de PIS/Pasep.
 	Dessa maneira, a contribuição para o PIS/Pasep foi plena e expressamente recepcionada pelo artigo 239 da Constituição Federal de 1988.
9.2 COFINS 
	A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) foi instituída pela Lei Complementar nº 70/1991.
	Na Constituição Federal, a Cofins está especificada no artigo 195, Inciso I, alínea “b”.
9.3 CONTRIBUINTES DO PIS/PASEP E DA COFINS
	São contribuintes as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias.	
	A contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins, além das duas regras gerais de apuração (incidência não-cumulativa e incidência cumulativa, possuem ainda diversos regimes especiais de apuração de acordo com o tipo de receita sobre as quais essas contribuições vão incidir.
9.4 REGIME DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA
	A base de cálculo é o total das receitas da pessoa jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos. Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o Pis/Pasep e para Cofins são, respectivamente de 0,65% e de 3%.
	As pessoas jurídicas de direito privado, e as equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado estão sujeitas à incidência cumulativa.
9.4.1 Base de Cálculo Incidência Cumulativa
A base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS cumulativos corresponde ao faturamento. O faturamento corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.
A partir de 2015, através da Lei nº. 12.973/2014 o faturamento passou a compreender:
I - O produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - O preço da prestação de serviços em geral;
III - O resultado auferido nas operações de conta alheia; e 
IV - As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos incisos I a III.
Podem-se deduzir da Receita Bruta total, os seguintes valores:
Exportações;
As vendas canceladas;
Os descontos incondicionais concedidos (descontos comerciais);
As devoluções de vendas;
O IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
O ICMS Substituição Tributária;
As reversões de provisões;
As recuperações de créditos baixados como perdas;
O resultado positivo dos investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial;
Os dividendos derivados de investimentos avaliados pelo método de custo;
O resultado positivo derivados de investimento objeto de Sociedade em
Conta de Participação – SCP; e
O ganho de capital decorrentes das vendas de bens do ativo permanente.
9.4.2 Cálculo e Contabilização do Pis/Pasep e da Cofins Regime de Incidência Cumulativa
Como exemplo, suponha os seguintes valores extraídos dos documentos contábeis e fiscais:
	Faturamento bruto de vendas de produtos para o mercado nacional
	1.197.200,00
	(-) IPI
	-104.100,00
	(-) ICMS - Substituição Tributária
	-97.200,00
	(=) Faturamento Líquido
	995.900,00
	Receita
	Vendas de produtos para o mercado nacional
	995.900,00
	Vendas de produtos para o exterior
	500.000,00
	Revenda de mercadorias para o mercado nacional
	800.000,00
	Revenda de mercadorias para o exterior
	300.000,00
	Prestação de serviços no mercado nacional
	200.000,00
	Prestação de serviços no exterior
	80.000,00
	Total
	2.875.900,00
	Deduções da Receita
	Vendas canceladas
	120.000,00
	Devoluções de vendas
	50.000,00
	Descontos incondicionais concedidos
	5.900,00
	Total
	175.900,00
Dos valores extraídos dos demonstrativos acima, apura-se o PIS/Pasep e a Cofins da seguinte forma:
	Receita Total
	2.875.900,00
	(-) Exportações
	-880.000,00
	(-) Deduções da Receita
	-175.900,00
	(=) Base de Cálculo do PIS PASEP e COFINS
	1.820.000,00
	PIS/PASEP alíquota 0,65%
	11.830,00
	COFINS alíquota 3%
	54.600,00
Contabilização do Pis/Pasep Incidência Cumulativa:
D - (-) Pis/Pasep s/ Faturamento (Conta de Resultado)......................................R$ 11.830,00
C - Pis/Pasep a Recolher (Passivo Circulante).....................................................R$ 11.830,00
Contabilização da COFINS Incidência Cumulativa:
D - (-) Cofins s/ Faturamento (Conta de Resultado)..............................................R$
54.600,00
C - Cofins a Recolher (Passivo Circulante)............................................................R$ 54.600,00
9.5 REGIME DE INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA
Regime de incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins instituídos em dezembro de 2002 e fevereiro de 2004, respectivamente. O diploma legal da contribuição para o PIS/Pasep não-cumulativa é a Lei 10.637/2002 e o da Cofins, a Lei 10.833/2003.
Nesse regime de incidência é permitido o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. As alíquotas aplicáveis para o PIS/Pasep e para Cofins são, respectivamente de 1,65% e de 7,6%.
Estão sujeitas a incidência de não cumulativa as pessoas jurídicas que apuram o IRPJ com base no lucro real, exceto: as instituições financeiras, as cooperativas de crédito, as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros, as operadoras de planos de assistência a saúde, as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transportes de valores de que trata a Lei nº. 7.102 de 1.983, e as sociedades cooperativas (exceto as sociedades cooperativas de produção agropecuária e as sociedades cooperativas de consumo).
9.5.1 Dos Créditos
Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre os valores:
bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos sujeitos a substituição tributária e àqueles aos quais se aplicam alíquotas específicas, conforme a Lei nº 10.637/2002, art. 2º, §§ 1º e 1º-A e Lei nº 10.833/2003, art. 2º, §§ 1º e 1º-A.;
bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata a Lei nº 10.485/2002, art. 2º, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;
energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional;
encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços; 
encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros utilizados nas atividades da empresa, adquiridas a partir de 1º.05.2004;
bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, tributada pela modalidade não cumulativa;
armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo vendedor;
aquisição dos produtos sujeitos as alíquotas diferenciadas de que trata o § 1º do art. 2º da Lei nº 10.833/2003 por pessoas jurídicas produtoras ou fabricantes desses produtos de outra pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante, para revenda no mercado interno ou para exportação (Lei nº 11.727/2008, art. 24):
a) o crédito será o valor das contribuições devidas pelo vendedor em decorrência dessa operação;
b) a vedação ao crédito prevista na alínea "b" do inciso I do art. 3º das Lei nº.10.637/2002, Lei nº 10.833/2003, não se aplica nessa hipótese;
vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção (Lei 11.898/2009, art. 24).
9.5.2 Base de Cálculo Incidência Não Cumulativa
A base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS não cumulativos corresponde ao faturamento. O faturamento corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.
A partir de 2015, através da Lei nº. 12.973/2014 o faturamento passou a compreender:
I - O produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - O preço da prestação de serviços em geral;
III - O resultado auferido nas operações de conta alheia; e 
IV - As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos incisos I a III.
Podem ser excluídos do faturamento quando tenham integrado valores:
das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);
das vendas canceladas;
dos descontos incondicionais concedidos;
do IPI;
do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos
bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;
das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados
como perdas, que não representem ingresso de novas receitas;
dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido;
dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo
de aquisição, que tenham sido computados como receita; e
das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo
permanente;
das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi recolhida
pelo substituto tributário;
das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa,
constantes do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003.
9.5.3 Cálculo e Contabilização do Pis/Pasep e da Cofins Regime de Incidência Não Cumulativa
Créditos
	CRÉDITOS
	Matéria Prima
	R$ 200.000,00
	Aluguel de Imóveis
	R$ 15.000,00
	Energia Elétrica Consumida
	R$ 2.500,00
	Total
	R$ 217.500,00
Cálculo do PIS/Pasep
Matéria Prima Adquirida
R$ 200.000,00 X 1,65% = R$ 3.300,00
Contabilização do PIS/Pasep
D – PIS/Pasep a Recuperar (Ativo Circulante)….......................................R$ 3.300,00
C - Estoque de Matéria Prima (Ativo Circulante)........................................R$ 3.300,00
Aluguel de Imóveis
R$ 15.000,00 x 1,65% = R$ 247,50
Contabilização do PIS/Pasep
D – PIS/Pasep a Recuperar (Ativo Circulante)…........................................R$ 247,50
C – Alugueis (Conta de Resultado) .............................................................R$ 247,50
Energia Elétrica
R$ 2.500,00 x 1,65% = R$ 41,25
Contabilização do PIS/Pasep
D – PIS/Pasep a Recuperar (Ativo Circulante)…...................................................R$ 41,25
C – Energia Elétrica (Conta de Resultado) .............................................................R$ 41,25
Cálculo da Cofins
Insumos Adquiridos
R$ 200.000,00 X 7,6% = R$ 15.200,00
Contabilização da Cofins
D - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante)…...................................................R$ 15.200,00
C - Estoque de Matéria Prima (Ativo Circulante)..............................................R$ 15.200,00
Aluguel de Imóveis
R$ 15.000,00 x 7,6% = R$ 1.140,00
Contabilização da Cofins
D - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante)…...........................................................R$ 1.140,00
C – Alugueis (Conta de Resultado) ..........................................................................R$ 1.140,00
Energia Elétrica
R$ 2.500,00 x 7,6% = R$ 190,00
Contabilização da Cofins
D - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante)…..............................................................R$ 190,00
C – Energia Elétrica (Conta de Resultado) .................................................................R$ 190,00
Débitos
Receita Bruta
	Faturamento bruto de vendas de produtos para o mercado nacional
	R$ 1.130.000,00
	(-) IPI
	- R$ 100.000,00
	(-) ICMS - Substituição Tributária
	- R$ 30.000,00
	(=) Receita Bruta
	R$ 1.000.000,00
Cálculo do PIS/Pasep
R$
1.000.000,00 X 1,65% = R$ 16.500,00
Contabilização do Pis/Pasep
D - (-) PIS/Pasep S/ Faturamento (Conta de Resultado).....................................R$ 16.500,00
C – PIS/Pasep a Recolher (Passivo Circulante)...................................................R$ 16.500,00
	
Cálculo da Cofins
R$ 1.000.000,00 X 7,6% = R$ 76.000,00
Contabilização da COFINS:
D - (-) Cofins S/ Faturamento (Conta de Resultado)..............................R$ 76.000,00
C - Cofins a Recolher (Passivo Circulante).............................................R$ 76.000,00
Resumo das Operações do Pis/Pasep
Saídas – DÉBITO DO PIS/PASEP_____________________________R$ 16.500,00
Entradas – CRÉDITO DO PIS/PASEP__________________________ (R$ 3.588,75)
SALDO DEVEDOR / PIS/PASEP A RECOLHER __________________R$ 12.911,25
Resumo das Operações da Cofins
Saídas – DÉBITO DA COFINS________________________________R$ 76.000,00
Entradas – CRÉDITO DA COFINS___________________________ (R$ 16.530,00)
SALDO DEVEDOR / DA COFINS A RECOLHER _________________R$ 59.470,00
Contabilização da Apuração do PIS/PASEP
D - PIS/Pasep a Recolher (Passivo Circulante)........................................................R$ 3.588,75
C – PIS/Pasep a Recuperar (Passivo Circulante)......................................................R$ 3.588,75
Contabilização da Apuração da Cofins
D - Cofins a Recolher (Passivo Circulante)...........................................................R$ 16.530,00
C - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante).............................................................R$ 16.530,00
9.6 CONTRIBUINTES DO PIS/PASEP COM BASE NA FOLHA DE PAGAMENTO
A contribuição ao PIS/Pasep, calculada sobre a folha de pagamento mensal, é devida pelas entidades sem fins lucrativos, inclusive as fundações definidas como empregadoras pela legislação trabalhista, tais como:
templos de qualquer natureza;
partidos políticos;
entidades de caráter filantrópico, religioso, recreativo, cultural, e as associações que preencham as condições e requisitos legais;
condomínios de proprietários de imóveis residenciais e comerciais que possuem empregados;
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as organizações estaduais de cooperativas, em relação às operações praticadas com cooperados;
instituições de educação e de assistência social que não realizem, habitualmente, venda de bens e serviços e que preencham as condições legais;
sindicatos, federações e confederações;
serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
fundações de direito privado.
9.6.1 Alíquota e Base de Cálculo do Pis/Pasep com Base na Folha de Pagamento
O calculo da contribuição será́ feito mediante a aplicação do percentual de 1% sobre o total da folha de pagamento mensal dos seus empregados, assim entendidos os rendimentos do trabalho assalariado de qualquer natureza, tais como salários, gratificações, prêmios, ajudas de custo, comissões, quinquênios, 13o salario, ferias etc.
 Observe-se que a quitação do 13o salario ocorre somente no mês de dezembro ou no mês em que houver rescisão de contrato de trabalho. Portanto, o pagamento da primeira parcela do 13o salario não integra a base de cálculo do PIS/Pasep – Folha de Pagamento. As entidades sem fins lucrativos que não tiverem empregados estão desobrigadas do recolhimento da contribuição ao PIS/Pasep.
9.6.2 Exemplo de Cálculo e Contabilização do Pis/Pasep sobre a Folha de Pagamento
 	Para exemplificar o recolhimento do PIS/Pasep – Folha de Pagamento, supõe-se uma entidade de caráter filantrópico cuja folha de pagamento dos funcionários, no mês de janeiro de 2003, tenha tido o valor bruto de $ 64.000,00 A contribuição para o PIS/Pasep seria efetuada da seguinte maneira: $ 64.000,00 × 1% = $ 640,00
Contabilização:
D – Pis S/ Folha de Pagamento (Conta de Resultado).................................R$ 640,00
C – Pis a Recolher (Passivo Circulante).......................................................R$ 640,00
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Contabilidade Introdutória. 11ª. ed. – São Paulo, Atlas, 2011.
OLIVEIRA, Luís Martins de et al. Manual de Contabilidade Tributária: Textos e Testes com Respostas. 13ª. ed. – São Paulo, Atlas, 2014.
MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e Gestão. 3ª. ed. – São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2012.
ECONET – Econet Editora. Disponível em: <http://www.econeteditora.com.br>.
Rosa, José Roberto. Substituição Tributária no ICMS – Manual Explicativo. 1ª. ed. Itu – Ottoni Editora, 2008
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Disponível em: www.receita.fazenda.gov.br 
BRASIL. Prefeitura Municipal de Marília. Disponível em: <www.marilia.sp.gov.br>.
BRASIL. Secretaria da Fazendo do Estado de São Paulo. Disponível em: <www.fazenda.sp.br>.

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