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Ascaris lumbricoides Profa. Vera 2017 Ciências Biológicas NEMATODA - Nemata (Nemathelminthes) Os Nematoda são considerados como o grupo mais rico em espécies e mais abundante na Terra; Nematoda (gr. nematos = fio)– são os vermes cilíndricos/redondos. Classificação: Durante algum tempo os nematóides foram considerados uma classe dentro do filo Aschelminthes, que reunia outros pseudocelomados; Alguns consideram Aschelminthes um grupo artificial e todas as classes tem sido elevadas à categoria de filo (Nematoda, Rotifera, Gastrotricha, Kinorhyncha, Loricifera, Priapulida, Nematomorpha, Acanthocephala e Entoprocta). Apesar das igualdades existentes, estes filos apresentam heterogeneidade entre si, e agora são considerados como filos separados. Taxonomia Reino: Animalia Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Ascaridida Família: Ascarididae Gênero: Ascaris Espécie: Ascaris lumbricoides Nematoda Triblásticos Protostômios Pseudocelomados possuem uma cavidade revestida por um lado pela mesoderme e outro pela endoderme. Simetria Bilateral Primeiros animais com SISTEMA DIGESTÓRIO COMPLETO Nematoda apresentam eutelia – número de células fixo, e pré determinado geneticamente; Vermes geralmente de corpo cilíndrico; Cutícula lisa, espessa não celular, secretada pela epiderme (resistente, flexível, inelástica e impermeável), estriada; duas linhas claras ao longo do corpo; São possivelmente os mais importantes metazoários associados com o parasitismo humano , animal e de plantas; Ocorrem em todos os ambientes. Ascaris lumbricoides De grande importância médico-veterinária; Ascaris lumbricoides, A. suun; Parasitam o intestino delgado do homem e de suínos; “Lombriga ou bicha”; Ascaridíase ou ascariose; Ampla distribuição geográfica (cosmopolita); Prevalência de 980 milhões de habitantes infectados por A. lumbricoides (1984 - 1 bi, OMS); A epidemiologia da ascaríase, assim como das demais geoelmintoses, é uma interdependência de fatores humanos (sócio-econômicos e culturais), ambientais (temperatura, umidade, tipo de solo etc.) e fatores ligados à biologia do helminto. Morfologia de A. lumbricoides Fases evolutivas: macho, fêmea e ovo; Tamanho: dependente do estado nutricional do hospedeiro. Euritróficos: alimentam-se de diversos nutrientes fornecidos pelo hospedeiro. Machos com 20 a 30 cm; Fêmeas de 30 a 40 cm; Cor, boca e aparelho digestório são semelhantes; Boca anterior com três lábios com dentículos; Morfologia externa Dimorfismo sexual: Machos com extremidade afilada e recurvada ventralmente com espículos; Fêmeas extremidade posterior retilínea; ficam localizados a luz do intestino ( 500 a 600 vermes); Eliminação de cerca de 200 mil ovos diários (27mi). Morfologia Ovos: Castanha; Ovais (50 micrômetros); Cápsula espessa; Tripla membrana 1. Membrana externa mamilonada – rugosa (mucopolissacarídeos); 2. Membrana com quitina e proteína (parte mediana), 3. Membrana com proteína e lipídios mais interna. Resistência; Ovos férteis - massa de céls. germinativas; Ovos inférteis com citoplasma granuloso; Ciclo de vida Ovo no ambiente : ovos férteis 10 a 12 dias após a postura: formação de L1 no interior do ovo – L1 larva rabditóide; 8 a 15 dias após a formação de L1 : L2; Nova muda: ovo torna-se infectante com presença de larva filarióide L3; Ovo com larva L3 pode permanecer no solo por vários meses. Ciclo Biológico Ingestão dos ovos que atravessam o estomago; Larvas L3 liberadas no intestino perfuram este e caem na circulação (vasos linfáticos e vênulas mesentéricas); Chegam no coração pulmões muda L4 (oito dias) caem nos alvéolos sofrendo muda - L5; Bronquíolos brônquios traquéia epiglote (são eliminadas ou deglutidas) esôfago estômago e finalmente intestino L5 . Migração cerca de 10 dias (2mm) 30 dias– vermes adultos Intestino delgado - homem - jejuno e íleo) Monoxênicos sobrevida dos ovos depende: umidade; O2 e T °C ; Necessitam passar um tempo no ambiente para desenvolvimento da larva. 11 Transmissão Ingestão de alimentos crus ou água com ovos contendo larvas infectantes - L3. Sintomatologia Febre, dor de barriga, diarréia (obstrução intestinal), náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental; Pode se apresentar assintomática. Infecções pequenas: 3 a 4 parasitas médias: 30 a 40 parasitas intensas: 100 ou mais parasitas Patogenia Vermes adultos: Ação Mecânica - irritação. obstrução; Ação Espoliadora - subnutrição; Ação Tóxica - antígenos e anticorpos parasitários; Localizações Ectópica (áscaris errático): No pulmão: maior poder antigênico e podem provocar ruptura alveolar, com áreas de hemorragias, edemas e infiltrado parenquimatoso de eosinófilos, neutrófilos e polimorfonucleares. No fígado: hemorragias, fibrose, necrose. Patogenia é intensificada de acordo com a carga parasitária Diagnóstico Laboratorial: Exame de fezes (Sedimentação espontânea ou centrifugo-flutuação). Exame de fezes (Kato-Katz), detecção e quantificação dos ovos; No caso da ascaridíase pulmonar deve-se fazer pesquisa de larva na secreção traqueobrônquica (escarro) e/ou no aspirado gástrico. Grande produção de ovos; Viabilidade do ovo infectante (meses); Condições precárias de moradia, falta de saneamento básico; Temp. média e umidade do ambiente elevadas; Dispersão dos ovos; Grande concentração de ovos no peridomicílio, em decorrência do mal hábito que as crianças possuem de aí defecarem. Epidemiologia Profilaxia Medidas preventivas : Educação sanitária (higiene pessoal, etc.); Construção de fossas sépticas; Tratamento em massa da população; Proteção dos alimentos contra poeira e insetos. Tratamento Levamisol, Mebendazol, Albendazol, Pamoato de Pirantel, Ivermectina. Referências CIMERMAN, B.; FRANCO, M. A. Parasitologia Humana: e seus fundamentos gerais São Paulo: Atheneu, 2005. NEVES, David P.. Parasitologia humana. 11 ed. SÃO PAULO: Atheneu, 2010.
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