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A alma em Voltaire

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Anais do VII Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar (2011) 
A alma em Voltaire 
 
Julio Cezar Lazzari Junior* 
 
 
RESUMO 
O presente trabalho pretende tratar da questão da alma em Voltaire, importante filósofo do 
século XVIII. Este resumo sobre a alma na visão do filósofo se refere a um capítulo da 
dissertação cujo tema é “A religião racionalista de Voltaire”. Antes de adentrar propriamente 
na questão da alma em Voltaire, apresentaremos dois pontos de vista antagônicos sobre o 
assunto, o dualismo da substância e a visão materialista. O objetivo é situarmos Voltaire dentro 
dos debates que existiam em sua época, demonstrando os pontos de vista mais importantes 
sobre a questão. Para isso, usaremos os exemplos de René Descartes, para a visão dualista, e de 
Jean Meslier e de Denis Diderot, para a visão materialista. A seguir, veremos como Voltaire 
problematiza e critica a visão dualista, na seguinte ordem: 1. Rejeitando a concepção das ideias 
inatas. Aqui Voltaire bebe na fonte de Locke para criticar a visão de que o homem tem ideias 
inatas e rejeita também a tradição platônica sobre a questão; 2. Criticando a ideia da 
manutenção dos cinco sentidos e da identidade após a morte biológica. O filósofo critica e 
ironiza a posição que defende que há uma substância espiritual que se mantém após o corpo se 
desfazer; 3. Destacando a suposta falta de evidências físicas sobre a autonomia da alma em 
relação ao corpo, demonstrando que são os elementos materiais que governam as ações 
humanas. Ao final, demonstraremos como Voltaire, apesar de suas críticas à visão dualista, 
suspende o juízo sobre a questão em suas obras do final de sua vida, até mesmo 
problematizando argumentos que ele mesmo tinha defendido. 
PALAVRAS-CHAVE: Alma, materialismo, dualismo. 
 
 
 
 
 
 
 
*
 Aluno do Mestrado em Filosofia da Universidade São Judas Tadeu. E-mail: julio_lazzari@ig.com.br. 
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Anais do VII Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar (2011) 
Introdução 
 
A questão sobre a existência da alma e sua provável sobrevivência após a morte é uma 
das mais importantes da história da filosofia e não deixa de aparecer nas obras de Voltaire, um 
dos pensadores mais relevantes e influentes do século XVIII. Neste trabalho, usaremos as 
seguintes obras do nosso filósofo para tratar da questão: Cartas inglesas (1733), Tratado de 
metafísica (1736), Dicionário filosófico (1764), O filósofo ignorante (1766) e o conto A história 
de Jenni (1775). Estas obras são suficientes para entendermos os principais argumentos de 
Voltaire contra a existência de uma alma espiritual, os problemas desta concepção, bem como 
a inquietação do filósofo com o assunto. Enquanto das quatro primeiras extrairemos os textos 
em que o filósofo problematiza a existência de uma substância espiritual, da última buscaremos 
citações onde o autor de Cândido suspende o seu juízo sobre o assunto. 
Para compreendermos melhor as ideias de Voltaire dentro do seu contexto histórico, 
apresentamos, de modo bastante introdutório, dois pontos de vista contrários sobre a questão 
da existência da alma em relevantes filósofos do período: o dualismo da substância e o 
materialismo. Para a primeira concepção, citamos algumas referências de René Descartes, 
filósofo do século XVII, mas bastante citado no século XVIII, em duas obras: As paixões da alma 
e Meditações metafísicas. Do lado dualista, trabalharemos com Jean Meslier, padre ateu que 
teve uma obra divulgada por Voltaire, com as devidas alterações, que viveu nos séculos XVII e 
XVIII. O texto trabalhado será Memória: Excertos. Citaremos também, representando 
igualmente a tradição materialista do século XVIII, Denis Diderot, também um dos mais 
importantes pensadores do período. Usaremos as seguintes obras: Diálogo entre D'Alembert e 
Diderot e O sonho de D'Alembert. 
Assim, com estas obras teremos condições de analisar, ainda que, pelo espaço deste 
trabalho, de maneira sumária, como Voltaire debate a questão da existência da alma, como a 
problematiza e como o assunto esteve presente em praticamente toda a sua vida. 
 
 
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Descartes, Jean Meslier e Diderot 
 
Para entendermos como estava o debate sobre a alma na filosofia da época de Voltaire, 
buscaremos colocar dois pontos de vista diferentes: o dualismo da substância e o materialismo. 
René Descartes representa bem a primeira ideia, sendo bastante combatido pelos filósofos do 
século XVIII, e Jean Meslier e Diderot representam bem a segunda, já que Meslier exerceu 
influência sobre Voltaire e Diderot é um dos filósofos materialistas mais importantes do 
período. 
Vejamos uma citação de Descartes: 
 
As percepções que relacionamos somente com a alma são aquelas cujos 
efeitos sentimos como estando na própria alma, e das quais habitualmente 
não conhecemos uma causa próxima à qual possamos atribuí-las. Tais são os 
sentimentos de alegria, de cólera e outros semelhantes, que às vezes são 
excitados em nós pelos objetos que movem nossos nervos e às vezes também 
por outras causas. (DESCARTES, 1998, p. 45). 
 
 Talvez este raciocínio seja semelhante ao seguinte exemplo que nos ajuda a entender 
melhor o filósofo: Sinto que meu estômago digere, portanto, digerir é algo que deve ser 
atribuído ao corpo, que detém o estômago, o qual, por sua vez, é material. Por outro lado, não 
sinto um órgão que se relacione à minha tristeza, portanto, a tristeza tem relação com a alma. 
Percebo que a dor é causada, por exemplo, por um objeto que se choca com o meu corpo. Veja 
que é perfeitamente natural conceber a dor tendo relação somente com o corpo, sem a 
necessidade de uma substância espiritual para explicá-la. Já a alegria não pode ser explicada da 
mesma forma, pois ela não é material, não tem extensão, não está em parte alguma do meu 
corpo, por isso não pode ser explicada materialmente. Aquilo que acontece e que não 
conseguimos buscar uma causa física, tem relação com a alma. 
Descartes também entendia que o espírito nos transmitia informações mais seguras do 
que os sentidos, como se fosse superior a eles. Eis a citação que demonstra esta afirmação: “... 
conhecemos os corpos apenas pela faculdade de entender que está em nós, e não pela 
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imaginação nem pelos sentidos, e que não os conhecemos pelo fato de os vermos, ou de os 
tocarmos, mas somente pelo fato de os concebermos pelo pensamento...” (DESCARTES, 2000, 
pp. 54-55). Eis uma frase que causaria grande rejeição no século XVIII por parte dos filósofos 
empiristas. Para Descartes, é o pensamento, que seria um atributo do espírito, que faz o 
homem conhecer a matéria, isto é, outro corpo. Ele afirma que, ao ver homens de uma janela, 
pelos olhos (empirismo) só enxergava chapéus, devido à distância, e só sabia que eram 
homens, não homens fictícios, pela capacidade de julgar no espírito, não pelos olhos (Cf. 
DESCARTES, 2000, p. 52). Talvez um filósofo empirista responderia a Descartes que, antes dele 
julgar que eram homens de verdade, seus sentidos lhe deram experiências semelhantes, como, 
por exemplo, ver um objeto diminuir de tamanho conforme ele se distanciava do mesmo. E, por 
este mesmo sentido, a visão, ele tinha visto que lá embaixo, quando estava próximo a elas, 
andavam pessoas e, associando isto à experiência anterior de já ter visto, inúmeras vezes, 
objetos distantes “diminuírem” de tamanho conforme se distancia deles, soube, quando estava 
distante, que aqueles chapéus que ele contemplava lá do alto de sua janela não eramhomens 
fictícios, mas homens de verdade. Provavelmente porque ele nunca tinha visto homens fictícios 
andarem na rua. Talvez por isso este argumento, que provaria que o espírito é mais digno de 
confiança na produção do conhecimento do que os sentidos, não impressionaria os 
materialistas do século XVIII. 
Jean Meslier, por outro lado, foi um padre que viveu nos séculos XVII e XVIII, cujos 
escritos, divulgados após sua morte, revelaram que o sacerdote católico não só era 
materialista, como também ateu (Cf. SOUZA, 1983, p. 46). Voltaire teve contato com a obra de 
Meslier, mas a divulgou apenas o que lhe interessava, omitindo que o padre era materialista, 
ateu e comunista (Cf. PIVA, 2006, p. 112). 
Os males da vida, a injustiça, o sofrimento humano foram alguns dos motivos para que 
Meslier negasse a existência e bondade de um Ser supremo (Cf. MESLIER, 2003, p. 76). O nosso 
padre também atacou as injustiças sociais, defendendo um certo tipo de comunismo (Cf. 
MESLIER, 2003, p. 67), chegando mesmo a ver no modelo bíblico da Igreja primitiva um modelo 
importante (Cf. PIVA, 2006, p. 232). E quanto ao materialismo, Meslier usou o paralelo 
homem/animal, bastante empregado no século XVIII, com o intuito de negar a existência da 
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alma humana (Cf. MESLIER, 2003, p. 92). Ou seja, o padre busca demonstrar que os animais 
têm os mesmos órgãos e sentimentos que os homens e não haveria fundamento em atribuir 
essas características a uma alma no homem e negá-la nos animais. Voltaire também utilizou 
este argumento, como veremos a seguir. Quanto à natureza, Meslier, embora reconheça sua 
beleza e perfeição, negou que ela aponte para a existência de Deus (Cf. MESLIER, 2003, p. 99). 
Diderot, também materialista, defendeu que não há necessidade de se crer numa 
substância espiritual para explicar certas funções do corpo humano. Todo o processo de 
formação do ser vivo, bem como seu desenvolvimento, envolveria apenas processos materiais 
(Cf. DIDEROT, 1985a, p. 87). Mesmo uma simples ave teria sentimentos e seu processo de 
nascimento, crescimento e desenvolvimento também seria explicado materialmente (Cf. 
DIDEROT, 1985a, p. 89). Atribuir à existência de uma substância espiritual o que pode ser 
explicado materialmente seria negar o que é lógico (Cf. DIDEROT, 1985a, p. 90). Tanto homens 
como animais e aves são feitos da mesma substância, matéria, e a diferença entre eles não está 
em uma alma espiritual, mas na forma como estão organizados (Cf. DIDEROT, 1985a, p. 90). 
Com sua visão materialista Diderot chegou até mesmo a antecipar certos aspectos da teoria da 
evolução, defendendo a ideia de que os nossos órgãos são formados segundo a necessidade e 
que o nosso corpo pode sofrer mudanças conforme executamos e repetimos determinados 
movimentos (Cf. DIDEROT, 1985b, p. 102). Até mesmo as espécies animais como estados 
absolutos e imutáveis foram questionados pelo filósofo, considerando que o homem não sabe 
o que os animais eram e não sabe o que eles podem se tornar (Cf. DIDEROT, 1985a, p. 87). 
 
 
A questão da alma em Voltaire 
 
As discussões sobre a alma em Voltaire passam sempre por problematizações que o 
filósofo coloca à idéia do dualismo da substância, sempre criando dificuldades para a 
concepção de que o homem é possuidor de uma parte espiritual. 
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Um dos argumentos do autor de Cândido é sobre como se daria a manutenção dos 
sentidos do homem após a morte. Na visão dualista, o homem morre, mas continua a existir, já 
que sua substância espiritual seria imortal. Voltaire se pergunta como a alma ouvirá sem 
orelhas, cheirará sem nariz, apalpará sem mãos (VOLTAIRE, 1978c, p. 91), ou seja, como 
continuará a sentir sem os sentidos. Se as ideias viriam pelos sentidos, como a alma continuará 
a ter ideias depois da morte, sem possuir os sentidos que existem no corpo? (Cf. VOLTAIRE, 
1978b, p. 74). Para o filósofo, “a razão humana é tão incapaz de demonstrar por si mesma a 
imortalidade da alma, que a religião viu-se forçada a revelá-la para nós.” (VOLTAIRE, 1978a, p. 
22). 
Voltaire também questiona a suposta autonomia que a alma teria em relação ao corpo. 
O filósofo diz o seguinte: 
 
Chegados aqui, dizei-me de boa fé: essa força, essa capacidade de sentir e de 
pensar, é a mesma que vos faz digerir e andar? Confessais que não, porque a 
vossa inteligência pode cansar-se e ordenar ao estômago: Digere!, que ele 
nada fará se estiver doente; é em vão que o vosso ser imaterial mandaria aos 
pés que caminhassem, porque não darão um passo se sofrerem de gota. 
(VOLTAIRE, 1978c, p. 90). 
 
Essa capacidade, citada no texto acima, seria uma alma responsável pelo pensamento, a 
qual também controlaria toda a vida humana, todas as funções biológicas. Voltaire acha tal 
ideia frágil, partindo do princípio de que, se um membro do corpo estiver doente e não 
funcionar enquanto não estiver são, onde apareceria tal alma supostamente autônoma que 
coordena o corpo físico? Como o corpo teria uma alma independente se não consegue andar 
com uma perna quebrada? Como haveria uma substância imaterial e superior ao corpo se ela 
não consegue fazer com que uma pessoa tenha vida se o seu coração não estiver batendo? 
Outro argumento de Voltaire contra a dualidade substancial da natureza humana é 
aquele que busca provar a unidade do corpo, mesmo nas funções materiais mais comuns, como 
comer, e a capacidade aparentemente menos material, a de pensar. Assim ele se expressa em 
O filósofo ignorante: 
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Vi uma diferença tão grande entre os pensamentos e a alimentação (sendo 
que sem esta eu nunca pensaria) que acreditei haver em mim uma substância 
que raciocinava e uma outra que digeria. Entretanto, buscando sempre provar 
a mim mesmo que não sou dois, senti grosseiramente que sou um só. 
(VOLTAIRE, 1978d, p. 300). 
 
 Podemos entender que, partindo do princípio de que sem alimento eu não penso, pois 
sem comer eu morrerei e o meu corpo não conseguirá funcionar direito com fome, e assim não 
poderei pensar, como então haveria uma alma espiritual por trás de tudo isso? Se a alma é 
responsável pelo pensamento, então por que seria necessário o alimento, algo material, para 
algo espiritual, a alma, produzir os seus efeitos, no caso, o pensamento? Analisando a 
conseqüência do raciocínio de Voltaire, se o homem tivesse uma alma espiritual, o cérebro 
deveria produzir pensamentos mesmo se o homem estivesse doente, sem comer, sem beber ou 
até se lhe cortassem a cabeça. 
 O filósofo também utiliza o argumento do paralelo entre o homem e o animal para 
demonstrar que o primeiro não é privilegiado em relação ao segundo como possuidor de uma 
substância espiritual. A mesma causa que age nos homens age nos animais, ou seja, há um 
princípio vital comum entre ambos, que seria, nas palavras do filósofo, “um atributo dado por 
Deus à matéria.” (VOLTAIRE, 1978b, p. 73). Os animais possuem nervos como os homens e seria 
uma grande tolice negar que eles têm sentimentos (Cf. VOLTAIRE, 1978c, p. 97). No dizer de 
Maria das Graças de Souza, “a partir desta observação, existem duas possibilidades coerentes: 
ou atribuímos também aos animais uma alma ou a recusamos ao homem”. (SOUZA, 1983, p. 
22). O filósofo preferiu a segunda opção. 
 Embora Voltaire tenha utilizado argumentos contra a existência de uma substância 
espiritual dentro do homem, ao final de sua vida ele suspendeu o juízo sobre a questão. Desde 
as Cartas inglesas, de 1733, até O filósofo ignorante, de 1766, vimos o filósofo problematizandoa ideia da existência de uma alma espiritual, mas em seu conto A história de Jenni, de 1775, três 
anos antes de sua morte, o autor de Cândido recuou um pouco. Neste conto, o personagem 
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que representa um sábio trabalha com a possibilidade de Deus punir o homem após a morte 
(Cf. VOLTAIRE, 2005, p. 673), demonstrando que é mesmo impossível provar que a alma não 
pode sobreviver à morte se Deus assim o quiser (Cf. VOLTAIRE, 2005, p. 674). 
 
 
Conclusão 
 
Voltaire rejeitou, como vimos, a visão dualista, bem representada por René Descartes, e 
usou argumentos materialistas de sua época, como os de Jean Meslier e de Denis Diderot. Ao 
longo de sua vida o filósofo buscou problematizar a idéia do dualismo da substância, sempre 
impondo dificuldades a quem assim enxergava a natureza humana. O fato de o tema aparecer 
em um número razoável de obras de Voltaire, escritas com um bom intervalo de tempo, 
demonstra que a questão o inquietava bastante. Todavia, ao findar de sua vida, o autor de 
Cândido teve uma mudança de postura, não defendendo abertamente a imortalidade da alma, 
mas abrindo a possibilidade para a sua sobrevivência após a morte. 
 
 
Bibliografia 
 
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PIVA, Paulo Jonas de Lima. Ateísmo e revolta: os manuscritos do padre Jean Meslier. São Paulo: 
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In: Os pensadores. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978a, p. 1-57 
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______. História de Jenni ou o ateu e o sábio. Trad. Mário Quintana. In: Contos e novelas. São 
Paulo: Globo, 2005, p. 625-678

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