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AS CONCEPÇÕES DE SER HUMANO

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PARTE II
AS CONCEPÇÕES DE SER HUMANO
CAPÍTULO 7
A abrangência, os enfoques da antropologia e as concepções do ser humano
1 A abrangência
Uma reflexão sobre o ser humano é necessária para não comprometer o sentido do processo reflexivo das questões éticas.
Segundo a antropologia, que é o estudo do ser humano, o pensar é visto sobre três perspectivas: Filosófica, relacionando a questão existencial; Física, do ponto de vista das origens do homem e Cultural, estudando as criações humanos através dos tempos.
2 Enfoques gerais sobre o estudo do ser humano
2.1 Especulações sobre a origem do ser humano
Existem três teorias que explicam a origem do homem, são essas:
Criacionista: Relacionada diretamente com a religião e as crenças onde o homem é criado através das mãos divinas. Deus cria o homem a sua imagem e semelhança, para revelar-se ao mundo e expõe a origem do universo.
Evolucionista: É a teoria das evoluções, que acredita que os seres vivos evoluíram de forma lenta e progressiva, começando com formas simplificadas de vida até alcançar formas mais complexas.
Teleologismo: Finalmente, surge uma última teoria que concilia as duas anteriores, defendendo que a primeira matéria que daria origem a vida foi criada por Deus e que a partir daí a natureza se encarregou de fazer evoluções e chegar até a forma mais avançada de vida: o ser humano.
2.2 O ser humano é expressão concreta da compreensão racional da realidade (racionalidade fenomenológica)
O ser humano pode ser diferenciado dos outros seres pelo fato de ser racional, os outros seres agem de forma instintiva e intuitiva. Somente o homem como ser vivo tem a capacidade de ser um “ser que sabe” e mais tarde atingi o nível mais avançado “o homem que sabe que sabe” e “como chegou a esse saber”.
O homem alcança a fase da ciência, que é a forma mais perfeita do saber, criando técnicas e instrumentos para extrair as coisas que ele necessita para viver. Nesse processo surge o pensamento que é a representação da realidade atreves de ideias e formas de pensar, criando condições de compreender o que faz e o mundo em que ele atua, essa conexão que ele faz entre pensamento e realidade cria a capacidade de reflexão.
Outro traço fundamental manifesto pelo ser humano é a busca constante de progresso, as invenções e criações do homem são aperfeiçoadas gradativamente até que finalmente ele construa atos livres, estando determinado a alcançar o pleno estagio de satisfação/realização pessoal e coletiva.
2.3 O homem não é somente um ser que está-no-mundo, mas é também um ser-no-mundo
O “estar no mundo” é um dado que indica o caráter dessa realidade, já o “ser no mundo” é um processo e indica o lugar do homem no interior do mundo, essas relações estão interligadas, porque não existe uma sem a outra.
Estar no mundo é o simples fato de pertencer a ele para ser no mundo você vai transformar-se num ser histórico, que modifica o mundo para si e deixa nele estampado suas marcas.
2.4 O outro, a liberdade e a comunicação: as dimensões constitutivas do processo humano de existir
As três dimensões constitutivas do processo humanos de existir são:
Qual o lugar que o outro ocupa na minha vida? Pois o homem ao longo de sua vida não está só, o eu existo e tu existe, assim que os dois se encontram acaba a solidão e o isolamento. O homem deve construir relacionamentos que o habilitem a conviver com os outros, e se comunicar.
O ser humano é um ser de comunicação, porque age sabre o mundo para adapta-lo para si e isso exige formas de comunicação complexas. O homem é um ser que fala e a quem se pode falar, porque existe o outro para escuta-lo.
A autentica liberdade é composta de atos livres: pensar a liberdade só é possível quando o objeto de reflexão são os atos livres. São os atos humanos que possibilitam que o homem se torne livre, esses definem a posição de sujeito e objeto, no plano de ação e relação com a sociedade.
3 Concepções de ser humano
3.1 Conceito de homem em Marx
3.1.1 O contexto da origem do pensamento marxista
O pensamento marxista se originou do idealismo de Hegel, quando o pensamento filosófico atinge o maior distanciamento da realidade material.
Depois da morte de Hegel seus discípulos se dividiram em dois grupos, os de direita, que fiéis a Hegel reafirmavam o pensamento idealista e os de esquerda, Stiner, Bauer, Feuerbach e Marx, reafirmando um pensar materialista, dando origem ao pensar materialista dialético, cada um deu a sua contribuição para a realização dessa passagem.
3.1.2 Temas e obras de Karl Marx
Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883.
Suas principais obras são: Critica da filosofia hegeliana do direito público (1843), manuscritos econômico-filosóficos (1844), Teses sobre Feuerbach (1845), entre outros.
Suas principais críticas dirigiam-se a Hegel, afirmando que sua visão ideológica de mundo tem uma realidade totalmente abstrata e quanto a religião ele dizia: “não é a religião que cria o homem e sim o homem que cria a religião”, dentre outros temas.
3.1.3 Conceito de homem segundo Marx
A concepção marxista do homem foi influenciada pela filosofia historicista de Hegel e pela antropologia materialista de Feuerbach. Este compreende o homem como ser sensível e aquele compreende a história da filosofia como manifestação do espírito absoluto que acontece na própria história e cuja consciência do mesmo se dá no homem.
Marx é materialista porque considera a matéria como única realidade que existe de fato. Os objetos suprassensíveis tratados pela metafísica são inexistentes. Ele rompe como já havia feito seus antecessores com a concepção medieval do homem, ou seja, com a ideia da origem do homem de uma fonte transcendental. O fenômeno Deus inexiste na filosofia marxista, pois, ele é imaterial.
O homem é compreendido a partir das relações sociais. Estas ocorrem ao longo da história por influência das relações de produção. Marx estabelece o conceito de materialismo histórico a fim de compreender essas relações de produção.  Ele explica a história das sociedades partindo das relações materiais que é marcada pelo antagonismo de classes.
3.1.4 A tese e as características sobre o ser humano
A tese central como já vimos, está ligada no pensamento de que o homem é a soma das suas relações sociais. Dessa forma se caracteriza sobre diversos aspectos: 
O Homem revolucionário é um ser da práxis: Ou seja, o homem é o resultado do seu próprio trabalho, ele pode transformar a natureza que é o que o diferencia dos animais, e ele também é capaz de agir e pensar num mesmo processo de existir, a práxis é a ação revolucionária.
O Homem explorado é um ser alienado: o operário está alienado ao seu trabalho, essa alienação pode ser com respeito ao produto do seu trabalho, à própria atividade do trabalho ou com o ser genérico do homem.
A visão de homem no materialismo histórico: O homem é sujeito que opera sobre a natureza para transformá-la a seu favor. O conjunto de ações que o homem empreende sobre a realidade faz surgir um tipo especifico de relações, estas ações e relações constituem a história da qual o ser humano é sujeito.
A visão de homem no materialismo dialético: Foi criado por Lenin, que diz que o mundo material, independentemente da vontade do homem se desenvolve dialeticamente.
3.1.5 Uma breve crítica ao materialismo
O materialismo de qualquer espécie traz em si o princípio do totalitarismo, admitindo que o indivíduo tome a sua consciência e o próprio valor de totalidade, e admitindo, também, o princípio de que fica sempre submetido a totalidade. Todos existem em função do todo e posem ser sacrificados para a afirmação e a realização de um totalitarismo.
3.2 Conceito de homem em Sartre
3.2.1 O contexto do pensamento existencialista
O pensamento existencialista nasceu e floresceu depois da primeira guerra mundial, é um movimento contemporâneo que podemos denominar de filosofia da existência.
Os temas conceituais do existencialismo são:O existencialismo representa uma posição filosófica, energética e radicalmente antagônica do pensamento idealista de Hegel, na obra que trata sobre a problemática humana;
Uma abordagem do sentido trágico da existência pelo filósofo Kierkegaard, bem como a discussão em torno da fenomenologia;
Tema central de Sartre e sua esposa, suas obras tratavam do problema da existência, numa perspectiva negativista da vida humana e do seu cotidiano;
O existencialismo alcança seu auge com as temáticas abordadas por Martin Heidegger em “o Ser e Tempo” e outras obras da literatura, dentro outros filósofos que fizeram parte desse momento;
O maiores representantes existencialistas russos Chestov e Berdjaev defenderam a ideia de uma fé incondicionada que era uma luta contra o coletivismo comunista e contra o hedonismo individualista, isto é, contra a busca sem limites pelo que proporciona prazer, que consistia na defesa da ideia de pessoa humana, como intercessão de um ‘cristianismo autêntico’ e um ‘socialismo autentico’;
Por fim, temos a presença de Albert Camus, que defende a tese do absurdo da existência humana como revolta ás posturas metafisicas. 
A tese central defendida pelo existencialismo esta fundada na ideia de que a existência precede à essência, no sentido de que o homem primeiro deva existir se quiser ser e fazer alguma coisa.
3.2.2 O conceito de homem, a questão da liberdade e intersubjetividade no pensamento sartreano
O homem é um ser que primeiro existe e, somente depois deste fato, pode der definido por algum conceito.
O homem é um sujeito de ação, que rompe com o momento e mergulha definitivamente num processo de agir e interagir.
O que liga o homem, do presente ao seu passado e realiza no futuro o que ainda “não é”, é o fato dele estar sempre determinado a fazer algo para si no atual estado de sua existência. Nesta condição ele constrói sentido a sua vida.
A questão da liberdade em Sartre não está ligada ou vinculada a nenhuma lei moral, ou escala de valores, porque entende que a essência do homem é a liberdade.
O homem nada mais é o que ele faz de si mesmo, A vida não tem sentido, o homem que dá sentido à sua existência. Não há uma natureza humana, não há verdade nem valores predeterminados, tudo depende da liberdade humana do meu fazer, que determina o meu ser.
A questão que se levanta em torno da subjetividade é: como pose ser vista a relação entre homem e mulher, enquanto possibilidade se convivência entre dois gêneros diferentes? Para Sartre, a ação humana e a liberdade, para os tempos atuais, define o processo e o sentido de interagir com os outros pelo processo intersubjetivo determinado pela escolha de valores, possibilitando uma vontade de amor comum entre um e outro.
3.3 Conceito de homem em Álvaro Vieira Pinto
3.3.1 O contexto
A natureza do conceito de homem em Vieira Pinto está ligada a concepção fenomenológica, considera a existência do homem uma construção humana, a partir de sua capacidade de operar sobre a natureza através de trabalho, pelo manifesto de algumas particularidades:
Inventa técnicas para satisfazer suas necessidades;
Desenvolve capacidade inventiva e criadora;
Exercita o potencial de pensamento;
Atinge a autoconsciência;
Expressa a liberdade, momento em que assume a responsabilidade pelos seus atos.
3.3.2 O conceito de homem
A análise se ser humano para Vieira Pinto, precisa, necessariamente, passar pela discussão em torno da categoria do trabalho, ele revela que existem duas formas que o homem produz quanto opera sobre a natureza: a humanização e a desumanização, tudo depende do lugar que ele ocupa na escala de produção, e dos condicionamentos sócias a que se submete.
Para analisar a natureza humana, devemos tomar a forma mais concreta e avançada do homem: O trabalho como produção da existência.
O trabalho constitui o fundamento e o processo pelos quais o homem constrói o seu ser, e não o faz numa atitude isolada e individualista, mas realiza essa tarefa em conjunto da sociedade. O homem aprendeu a pensar junto, para realizar, da mesma forma, ações em conjunto. “O homem deve ser definido filosoficamente como o ser que produz sua existência. [...] É portanto, o autor e o produtor de si mesmo, construindo-se realmente num ente original, diferenciado de todos os demais, incapazes de tal façanha”.
Consequentemente o homem de um indivíduo, inequivocamente histórico, porque produz o que necessita para viver e, com isso, produz a história, por que é sujeito de seu agir.

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