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TORÇÃO Aula 05 Antonio Otto; Eng. Mecânico Novembro de 2013 Deformação por torção de um eixo circular Torque é um momento que tende a torcer um elemento em torno de seu eixo longitudinal. O efeito do torque é uma preocupação primária em projetos de eixos ou eixos de acionamento utilizados em veículos e estruturas diversas. Nas figuras, vemos que a torção não altera os círculos, e sim as linhas na longitudinal da grade se deformando na forma de uma hélice que intercepta os círculos em ângulos iguais. Dadas essas observações, podemos considerar que, se o ângulo de rotação for pequeno, o comprimento e o raio do eixo permanecerão inalterados. Se o eixo estiver preso em uma das suas extremidades e for aplicado um torque à sua outra extremidade, o plano sombreado (imagem ao lado) será distorcido até uma força oblíqua. Uma linha radial localizada na seção transversal a uma distância x da extremidade fixa do eixo girará de um ângulo ϕ(x). O ângulo ϕ(x), definido desse modo, é denominado ângulo de torção, depende da posição de x e variará ao longo do eixo. Isolando um pequeno elemento localizado à distância radial ρ da linha central do eixo, observamos que as faces anterior e posterior do elemento sofrerão uma rotação, o resultado dessas rotações, o elemento é submetido a deformações por cisalhamento. Esse ângulo γ, é indicado no elemento e pode ser relacionado com o comprimento Δx do elemento e com a diferença no ângulo de rotação, Δ ϕ, entre as faces sombreadas. Como temos que a deformação por cisalhamento no interior do eixo varia linearmente ao longo de qualquer linha radial, de zero na linha central do eixo até um valor máximo γmáx em seu contorno externo. 𝛾 = 𝜌. 𝑑𝜙 𝑑𝑥 → 𝛾 = 𝜌 𝑐 . 𝛾𝑚á𝑥 Os resultados obtidos aqui também são válidos para tubos circulares. Dependem somente das premissas adotadas em relação às deformações já mencionadas. A fórmula da torção Quando um torque externo é aplicado a um eixo, ele cria um torque interno correspondente no interior do eixo. Se o material for linear elástico, então a lei de Hooke se aplica, τ = G.γ. Por consequência, uma variação linear na deformação por cisalhamento (observado na seção anterior), resulta em uma variação linear na tensão de cisalhamento correspondente ao longo de qualquer linha radial na seção transversal. Na figura vemos nas faces anteriores de vários elementos selecionados localizados em uma posição radial intermediária ρ e no raio externo c. Pela proporcionalidade de triângulos, ou pela lei de Hooke (τ = G.γ) e pela Eq. γ = (ρ/c).γmáx; podemos escrever: 𝜏 = 𝜌 𝑐 . 𝜏𝑚á𝑥 Essa equação expressa a distribuição da tensão de cisalhamento em função da posição radial ρ do elemento; em outras palavras, define a distribuição da tensão na seção transversal em termos da geometria do eixo. Usando agora essa equação, aplicaremos agora a condição que exige que o torque produzido pela distribuição de tensão por toda a seção transversal seja equivalente ao torque interno resultante T na seção, o que mantém o eixo em equilíbrio (como na figura anterior). Por meio de integração, que representaria o momento polar de inércia da área da seção transversal do eixo em estudo calculado em torno da linha longitudinal, chegamos à equação: 𝜏𝑚á𝑥 = 𝑇𝑐 𝐽 τmáx = tensão de cisalhamento máxima no eixo, que ocorre na superfície externa; T = torque interno resultante que age na seção transversal; J = momento polar de inércia da área da seção transversal; c = raio externo do eixo. Temos ainda que a tensão de cisalhamento é dada por: 𝜏 = 𝑇.𝜌 𝐽 OBS.: Qualquer uma dessas equações citadas é frequentemente denominada fórmula da torção. Servindo APENAS para eixos circulares e constituídos por material homogêneo, com comportamento linearmente elástico. Eixo Maciço Se o eixo tiver uma seção transversal circular maciça, o momento polar de inércia J pode ser determinado por meio de um elemento de área na forma de uma anel diferencial, de espessura dp e circunferência 2πρ; e por meio de integração, chegamos a: 𝐽 = 𝜋 2 . 𝑐4 J é uma propriedade geométrica da área circular e é sempre positivo. As unidades de medida para J são mm4 ou pol4. O torque interno T não somente desenvolve uma distribuição linear da tensão de cisalhamento ao longo da cada linha radial no plano da área de seção transversal, como também uma distribuição de tensão de cisalhamento associada é desenvolvida ao longo de um plano axial. Em razão dessa distribuição axial da tensão de cisalhamento, eixos feitos de madeira tendem a rachar ao longo do plano axial quando sujeitos a um torque excessivo. Isso ocorre porque a madeira é um material anisotrópico. A resistência ao cisalhamento da madeira paralela a seus grãos/fibras ao longo da linha central do eixo, é muito menor do que a resistência perpendicular às fibras, direcionada no plano da seção transversal. Curiosidade 1 - A distribuição de tensão em um eixo maciço foi representada em gráfico ao longo de três linhas radiais arbitrárias, como mostra a figura abaixo. Determine o torque interno resultante na seção. Exercícios Momento polar de inércia: Aplicando a fórmula da torção: 𝐽 = 𝜋 2 𝑐4 → 𝜋 2 50 𝑚𝑚 4 = 9,82𝑥106𝑚𝑚4 𝜏𝑚á𝑥 = 𝑇𝑐 𝐽 56 𝑁 𝑚𝑚2 = 𝑇. 50𝑚𝑚 9,82𝑥106𝑚𝑚4 𝑇 = 11,0 𝑘𝑁.𝑚 Eixo tubular Se um eixo tiver uma seção transversal tubular, com raio interno ci e raio externo co, então, pela equação abaixo, podemos determinar seu momento polar de inércia subtraindo J para um eixo de raio ci daquele determinado para um eixo de raio co. o resultado é: 𝐽 = 𝜋 2 𝑐𝑜 4 − 𝑐𝑖 4 Como ocorre no eixo maciço, a tensão de cisalhamento distribuída pela área da seção transversal do tubo varia linearmente ao longo de qualquer linha radial. Além do mais, a tensão de cisalhamento varia ao longo de um plano axial dessa mesma maneira. Abaixo, a tensão de cisalhamento agindo sobre elementos de volume típicos. Tensão de torção máxima absoluta Em qualquer seção transversal do eixo, a tensão máxima de cisalhamento ocorre na superfície externa. Contudo, se o eixo for submetido a uma série de torques externos, ou se o raio (momento polar de inércia) mudar, a tensão de torção máxima no interior do eixo poderá ser diferente de uma seção para outra. Se quisermos determinar a tensão de torção máxima absoluta, torna-se, então, importante determinar a localização na qual a razão T.c/J é máxima. A esse respeito, pode ser útil mostrar a variação do torque interno T em cada seção ao longo da linha central do eixo por meio de um diagrama de torque. Especificamente, esse diagrama é uma representação gráfica do torque interno T em relação à sua posição x ao longo do comprimento do eixo. Por convenção de sinal, T será positivo se, pela regra da mão direita, o polegar se dirigir para fora do eixo quando os dedos se curvarem na direção da torção causada pelo torque. Uma vez identificado o torque interno em todo o eixo, podemos identificar a razão máxima T.c/J. PONTOS IMPORTANTES Quando um eixo com seção transversal circular é submetido a um torque, a seção transversal permanece plana, enquanto as linhas radiais giram. Isso provoca uma deformação por cisalhamento no interior do material. Pela lei de Hooke, para um material homogêneo com comportamento linear elástico, a tensão de cisalhamento ao longo de qualquer linha radial do eixo também varia linearmente, de zero nalinha central do eixo até um valor máximo em seu contorno externo. Essa tensão de cisalhamento máxima não deve ultrapassar o limite de proporcionalidade do material. A fórmula da torção é baseada no requisito de que o torque resultante na seção transversal seja igual ao torque produzido pela distribuição linear da tensão de cisalhamento em torno da linha central longitudinal do eixo. É necessário que o eixo ou tubo tenha seção transversal circular e que seja feito de material homogêneo de comportamento linear elástico. PROCEDIMENTO DE ANÁLISE Carregamento interno: Secione o eixo perpendicularmente à sua linha central no ponto onde a tensão de cisalhamento deve ser determinada e use os diagramas de corpo livre e as equações de equilíbrio necessárias para obter o torque interno na seção. Propriedade seção: Calcule o momento polar de inércia da área de seção transversal. Para uma seção maciça de raio c, J = π.c4/2, e, para um tubo de raio externo co e raio interno ci, J = π.(co 4- ci 4) /2. Tensão de cisalhamento: Especifique a distância radial ρ, medida do centro da seção transversal até o ponto onde a tensão de cisalhamento deve ser determinada. Então, aplique a fórmula da torção τ = T.ρ/J ou, se quiser determinar a tensão de cisalhamento máxima, use τmáx = T.c/J. Quando substituir os dados, não se esqueça de usar um conjunto consistente de unidades. A tensão de cisalhamento age na seção transversal em uma direção que é sempre perpendicular a ρ. A força que ela cria deve contribuir com um torque em torno da linha central do eixo orientado na mesma direção que o torque interno resultante T que age na seção. Uma vez estabelecida essa direção, pode-se isolar um elemento de volume localizado no ponto onde τ é determinada e, assim, pode-se mostrar a direção na qual τ age nas três faces restantes do elemento. 2 - O eixo está apoiado em dois mancais e sujeito a três torques. Determine a tensão de cisalhamento desenvolvida nos pontos A e B, localizados na seção A-A do eixo. Exercícios Tensão de cisalhamento: Torque interno: Momento polar de inércia: 𝑀𝑥 = 0 ; 4250 − 3000 + 𝑇 = 0 ∴ 𝑇 = 1250 𝑘𝑁.𝑚𝑚 𝐽 = 𝜋 2 75 𝑚𝑚 4 = 4,97𝑥107𝑚𝑚4 - "A" encontra-se em ρ = c =75 mm 𝜏𝐴 = 𝑇.𝐶 𝐽 → 1250𝑘𝑁.𝑚𝑚 𝑥 75𝑚𝑚 4,97𝑥107 = 1,89 𝑀𝑃𝑎 - Do mesmo modo, para o ponto "B", em ρ = 15 mm 𝜏𝐵 = 𝑇.𝜌 𝐽 → 1250𝑘𝑁.𝑚𝑚 𝑥 15𝑚𝑚 4,97𝑥107 = 0,377 𝑀𝑃𝑎 3 - O tubo mostrado na figura abaixo tem diâmetro interno de 80mm e diâmetro externo de 100mm. Se sua extremidade for apertada contra o apoio em A usando-se uma chave em B, determine a tensão de cisalhamento desenvolvida no material nas paredes internas e externas ao longo da porção central do tubo quando são aplicadas forças de 80N à chave. Exercícios Tensão de cisalhamento: Torque interno: Momento polar de inércia: 𝑀𝑥 = 0 ; 80.0,3 + 80.0,2 − 𝑇 = 0 ∴ 𝑇 = 40 𝑁.𝑚 𝐽 = 𝜋 2 0,05𝑚 4 − 0,04𝑚 4 = 5,80𝑥10−6𝑚4 𝜏𝑜 = 𝑇.𝐶𝑜 𝐽 → 40 𝑥 0,05 5,80𝑥10−6 = 0,345 𝑀𝑃𝑎 𝜏𝑖 = 𝑇.𝐶𝑖 𝐽 → 40 𝑥 0,04 5,80𝑥10−6 = 0,276 𝑀𝑃𝑎 -Na superfície externa: -No interior: Transmissão de potência Eixos e tubos de seções transversais circulares são frequentemente usados para transmitir potência desenvolvida por uma máquina. Potência é definida como o trabalho realizado por unidade de tempo. O trabalho transmitido por um eixo rotativo é igual ao produto entre o torque aplicado e o ângulo de rotação. Podemos descrever isso pela equação: 𝑃 = 𝑇.𝜔 No S.I., potência é dada em W (watts), quando o torque é medido em newtons-metro (1 N.m = 1W); e ω é expressa em radianos por segundo (rad/s), assim, 1W = 1N.m/s. Quando se trata de máquinas rotativas, costuma-se informar a frequência de rotações de um eixo f. Frequência é a medida do número de revoluções ou ciclos que o eixo faz por segundo e é expressa em hertz (1 Hz = 1 ciclo/s). Visto que 1 ciclo = 2.π.rad, então ω = 2.π.f . Para a potência torna-se: 𝑃 = 2.𝜋. 𝑓.𝑇 Projeto do eixo Quando a potência transmitida por um eixo e sua frequência de rotação são conhecidas, o torque desenvolvido no eixo pode ser determinado pela equação: 𝑇 = 𝑃 2 𝜋. 𝑓 Se T e a tensão de cisalhamento admissível, τmín, para o material forem conhecidos, podemos determinar as dimensões da seção transversal do eixo pela fórmula da torção, contanto que o comportamento do material seja linear elástico. Especificamente, o parâmetro de projeto ou parâmetro geométrico J/c torna-se: 𝐽 𝑐 = 𝑇 𝜏𝑚 í𝑛 Para um eixo maciço, J= (π/2).c4, portanto podemos determinar, por substituição, um valor único para o raio c do eixo. Se o eixo for tubular, de modo que J = (π/2).(co 4- ci 4), projeto permite uma ampla faixa de possibilidades para a solução. Isso porque se pode escolher um valor arbitrário para co ou ci e, então, calcular o outro raio pela equação anterior. 4 - Um eixo maciço de aço AB mostrado na figura abaixo será usado para transmitir 3.750,00 W do motor m ao qual está acoplado. Se o eixo girar a ω = 175,00 rpm e o aço tiver uma tensão de cisalhamento admissível τadm = 100MPa, determine o diâmetro exigido para o eixo com precisão de mm. Exercícios Diâmetro: Trabalho: Torque: 𝜔 = 175 𝑟𝑒𝑣 𝑚𝑖𝑛 𝑥 2𝜋. 𝑟𝑎𝑑 1 𝑟𝑒𝑣 𝑥 1 𝑚𝑖𝑛 60 𝑠 = 18,33 𝑟𝑎𝑑 𝑠 𝑃 = 𝑇.𝜔 → 3750 = 𝑇. 18,33 ∴ 𝑇 = 204,6 𝑁.𝑚 𝐽 𝑐 = 𝜋 2 𝑥 𝑐4 𝑐 = 𝑇 𝜏𝑚á𝑥 ∴ 𝑇 𝜏𝑚á𝑥 = 𝜋. 𝑐3 2 𝑐 = 2𝑇 𝜋. 𝜏𝑚á𝑥 3 → 2 . 204,6𝑥103𝑁.𝑚𝑚 𝜋. 100 3 → 𝑐 = 10,92𝑚𝑚 Como o diâmetro é 2.c; temos: 2 x 10,92 = 21,84mm; logo o eixo deve ter 22mm 5 - Um eixo tubular com diâmetro interno de 30 mm e externo de 42 mm será usado para transmitir 90,0 kW de potência. Determine a frequência de rotação do eixo de modo que a tensão de cisalhamento não ultrapasse 50 MPa. Torque: Frequência: 𝜏𝑚á𝑥 = 𝑇. 𝑐 𝐽 → 50𝑥106 𝑁 𝑚2 = 𝑇. 0,021𝑚 𝜋 2 0,021𝑚 4 − 0,015𝑚 4 → 𝑇 = 538 𝑁.𝑚 𝑃 = 2.𝜋. 𝑓.𝑇 → 90𝑥103 𝑁. 𝑚 𝑠 = 2𝜋. 𝑓. 538 → 𝑓 = 26,6 𝐻𝑧 Exercícios Ângulo de Torção Às vezes, o projeto de um eixo depende de restrições à quantidade de rotação que pode ocorrer quando o eixo é submetido a um torque. A ação de T(x) provocará uma torção no disco de tal modo que a rotação relativa de uma de suas faces em relação a outra será dϕ. Torque e área de seção transversal constante Na prática da engenharia, normalmente o material é homogêneo, de modo que G é constante. Além disso, a área da seção transversal do eixo e o torque aplicado são constantes ao longo do comprimento do eixo. Nessas características, temos: 𝜙 = 𝑇. 𝐿 𝐽.𝐺 Se o eixo for submetido a vários torques diferentes, ou se a seção transversal ou módulo de cisalhamento mudar abruptamente de uma região do eixo para a seguinte, a equação acima, poderá ser aplicada a cada segmento do eixo onde essas quantidades são todas constantes. 𝜙 = 𝑇. 𝐿 𝐽.𝐺 Convenção de sinal Para usar da somatória acima, temos que gerar uma convenção de sinal para o torque interno e para o ângulo de torção de uma extremidade do eixo em relação a outra extremidade. Para tal, usaremos a regra da mão direita, pela qual o torque e o ângulo serão positivos desde que o polegar esteja direcionado para fora do eixo quando os dedos o envolverem para dar tendência da rotação. Para ilustrar a utilização dessa convenção de sinal, considere o eixo mostradona figura abaixo, que está submetido a quatro torques. O angulo de torção da extremidade A em relação à D deve ser determinado. Para este problema, devemos considerar três segmentos do eixo, visto que o torque interno muda em B e C. Os torques internos para cada segmento são determinados pelo método das seções. Pela regra da mão direita, com torques positivos direcionados para longe da extremidade secionada do eixo, temos TAB = +80 N.m, TBC = -70 N.m, e TCD = -10 N.m, 𝜙𝐴 𝐷 = 80 𝑁.𝑚 . 𝐿𝐴𝐵 𝐽.𝐺 + −70 𝑁.𝑚 . 𝐿𝐵𝐶 𝐽.𝐺 + −10 𝑁.𝑚 . 𝐿𝐶𝐷 𝐽.𝐺 Ao substituímos os outros dados e encontrarmos uma resposta positiva, significa que a extremidade A girará na direção indicada pelos dedos da mão direita quando o polegar estiver direcionando para fora do eixo. Exercícios 6 - Os dois eixos maciços de aço estão interligados por meio das engrenagens. Determine o ângulo de torção da extremidade A do eixo AB quando é aplicado o torque 45 N.m. Considere G = 80 GPa. O eixo AB é livre para girar dentro dos mancais E e F, enquanto o eixo DC é fixo em D. Cada eixo tem diâmetro de 20 mm. Torque: Ângulo de torção: 𝑇 = 𝐹. 𝐿 → 𝐹 = 45 𝑁.𝑚 0,15 𝑚 = 300𝑁 𝑇𝐷 = 300𝑁 𝑥 0,075𝑚 = 22,5 𝑁.𝑚 𝜙 = 𝑇. 𝐿 𝐽.𝐺 → 22,5 . 1,5 𝜋 2 . 0,02 2 4 . 80𝑥109 = 0,0269 𝑟𝑎𝑑 Como as engrenagens estão ligadas: 𝜙𝐵 .∅𝐵 = 𝜙𝐶 .∅𝐶 → 𝜙𝐵 . 0,15 𝑚 = 0,0269 𝑟𝑎𝑑 .0,075 𝑚 → 𝜙𝐵 = 0,0134 𝑟𝑎𝑑 Ângulo de torção: 𝜙 = 𝑇. 𝐿 𝐽.𝐺 → 2 . 22,5 . 2 𝜋 2 . 0,02 2 4 . 80𝑥109 = 0,0716 𝑟𝑎𝑑 Como as engrenagens estão ligadas: 𝜙𝐴 = 𝜙𝐵 + 𝜙𝐴 𝐵 → 𝜙𝐴 = 0,0134 + 0,716 = 0,085 𝑟𝑎𝑑 Eixos maciços não circulares Eixos cuja seção transversal não é circular não são simétricos em relação às respectivas linhas centrais e, como a tensão transmitida de cisalhamento é distribuída de um modo muito complexo nas seções transversais, elas ficarão abauladas ou entortarão quando o eixo sofrer torção. Assim por análises temos: Exercícios 7 - O eixo de alumínio 6061-T6 mostrado na figura abaixo tem área da seção transversal na forma de um triângulo equilátero. Determinar o maior torque T que pode ser aplicado na extremidade do eixo se a tensão de cisalhamento admissível é adm = 56,0 MPa e o ângulo de torção em sua extremidade é limitado a adm =0,02 rad. Qual torque poderia ser aplicado a um eixo de seção transversal circular feito da mesma quantidade de material? Considerar GAl = 26,0 GPa. 𝜏𝑚á𝑥 = 20.𝑇 𝑎3 → 𝜙𝑎𝑑𝑚 = 46.𝑇. 𝐿 𝑎4.𝐺 → 0,02 = 46.𝑇. 1200 404 . 26𝑥103 → 𝑇 = 24,12𝑥103 ∴ 24,12 𝑁.𝑚 56 𝑁 𝑚𝑚2 = 20.𝑇 40𝑚𝑚 3 → 𝑇 = 179,2𝑥103 𝑁.𝑚𝑚 ∴ 179,2 𝑁.𝑚 Tensão de cisalhamento da seção triangular Ângulo de torção da seção triangular: Se a seção circular: 𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 ∴ 𝜋. 𝑟 2 = 𝑏.ℎ 2 ; 𝑟 = 𝑐 𝜋. 𝑐2 = 40 𝑥 40 sin 60 2 → 𝑐 = 14,85 𝑚𝑚 𝜏𝑚á𝑥 = 𝑇. 𝑐 𝐽 → 56 = 14,85.𝑇 𝜋 2 . 14,854 → 𝑇 = 288,06𝑥103 𝑁.𝑚𝑚 ∴ 288,06 𝑁.𝑚 Tensão de cisalhamento da seção circular: 𝜙𝑎𝑑𝑚 = 𝑇. 𝐿 𝐽.𝐺 → Ângulo de torção da seção circular: 0,02 = 𝑇. 1200 𝜋 2 . 14,854 . 26𝑥103 → 𝑇 = 33,1𝑥103 ∴ 33,1 𝑁.𝑚 Fim TORÇÃO Aula 05 Novembro de 2013
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