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Aula 00 Curso: Português p/ TCE-BA (Analista e Agente) Professor: Fabiano Sales 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 48 AULA 00 Ortografia oficial. Acentuação gráfica. SUMÁRIO PÁGINA 01. Apresentação do Curso 01 02. Objetivo e Cronograma do Curso 02 03. Ortografia Oficial 04 04. Emprego das Consoantes 04 05. Emprego das Vogais 11 06. Emprego do “K”, “W” E “Y” 14 07. Emprego de Algumas Expressões 15 08. Emprego do Hífen 25 09. Acentuação Gráfica 35 10. Lista das Questões Comentadas na Aula 46 APRESENTAÇÃO Olá, vitoriosos amigos! Sejam muito bem-vindos! É com imensa alegria que recebo o convite da coordenação do Estratégia Concursos para elaborar o curso de Língua Portuguesa (Teoria e Questões Comentadas), destinado ao concurso do Tribunal de Contas da Bahia, cujas provas estão previstas para 17/11/13. Primeiramente, farei uma sucinta apresentação sobre mim: Meu nome é Fabiano Sales. Tenho formação em Letras (Português/Literaturas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei minhas atividades docentes em 2004, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramática, de técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de correspondências oficiais. Leciono em cursos preparatórios, auxiliando diversos candidatos para os principais certames públicos do país (Receita Federal, Senado Federal, Tribunais de Contas, BACEN, BB, CEF, INSS, TRT’s, TRE's, TRF’s, entre outros). Tenho experiência com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam ESAF, NCE/UFRJ, Cesgranrio, FCC, CESPE/UnB e FGV, sendo esta a organizadora do atual concurso para o TCE-BA. Desde já, coloco-me à inteira disposição de vocês para ajudá-los a conquistar a almejada CLASSIFICAÇÃO. Sempre que for preciso, façam contato por meio do e-mail fabianosales@estrategiaconcursos.com.br. Responderei o mais breve possível! 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 48 OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO Meus amigos e amigas, o objetivo do presente curso é apresentar aspectos teóricos e auxiliá-los na resolução de questões anteriores de Língua Portuguesa, expondo os assuntos mais recorrentes nas provas da Fundação Getúlio Vargas. Sendo assim, o curso destina-se tanto àqueles que iniciam os estudos na matéria, necessitando de uma preparação objetiva do conteúdo, quanto aos concurseiros experientes que desejam revisar os temas ou atualizar o conhecimento. No concurso para o TCE-BA, a disciplina de Língua Portuguesa é uma das mais importantes. De acordo com o conteúdo programático do edital, serão abordados os seguintes conhecimentos: LÍNGUA PORTUGUESA Leitura, compreensão e interpretação de textos. Estruturação do texto e dos parágrafos. Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais. Significação contextual de palavras e expressões. Equivalência e transformação de estruturas. Sintaxe: processos de coordenação e subordinação. Emprego de tempos e modos verbais. Pontuação. Estrutura e formação de palavras. Funções das classes de palavras. Flexão nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Sendo assim, proponho o cronograma de aulas abaixo, o qual pretendo seguir fielmente: Nº DA AULA CONTEÚDO Aula 00 11/09/13 Ortografia Oficial. Acentuação Gráfica. Aula 01 18/09/13 Estrutura e Formação de Palavras. Emprego das Classes de Palavras – Parte 1. Aula 02 25/09/13 Emprego das Classes de Palavras – Parte 2. Aula 03 02/10/13 Funções das Classes de Palavras. Processos de Coordenação e Subordinação. Aula 04 09/10/13 Concordância Nominal e Verbal. Aula 05 16/10/13 Regência Nominal e Verbal. Ocorrência de Crase. Aula 06 23/10/13 Pontuação. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 48 Aula 07 30/10/13 Leitura, compreensão e interpretação de textos. Estruturação do texto e dos parágrafos. Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais. Equivalência e transformação de estruturas. Significação contextual de palavras e expressões. Aula 08 06/11/13 Prova comentada da FGV. A metodologia do curso contempla, em cada tópico (sempre que possível), a exposição da teoria seguida da resolução e comentário de questões anteriores sobre o assunto. Nos comentários, poderá haver explicações novas. Assim, teoria e questões se complementam. Espero que vocês aproveitem o curso, tirem suas dúvidas, estudem bastante e façam a prova com confiança. Desse modo, vamos comemorar a aprovação (e a CLASSIFICAÇÃO!) de vocês para o TRIBUNAL DE CONTAS DA BAHIA! 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 48 ORTOGRAFIA OFICIAL No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL), por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP. Em 26 de setembro de 2008, o Decreto nº 6.583 entrou em vigor, promulgando o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, o então Presidente Luís Inácio Lula da Silva estabeleceu um período de transição, insculpido no artigo 2º, parágrafo único: “A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.” No decorrer desta aula, veremos que muitas questões elaboradas pela Fundação Getúlio Vargas são anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras antigas e, quando for necessário, as novas normas ortográficas. Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das vogais. EMPREGO DAS CONSOANTES Emprega-se S (em) ... Exemplos - vocábulos iniciados por I, O e U. isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura. Exceção: ozônio. - sufixos -OSO e -OSA. brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa. - sufixos -ÊS (adjetivos que indicam nacionalidade ou procedência). dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português. - sufixos -ESA e –ISA (formam o feminino de substantivos concretos ou designam títulos). marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa. - sufixos ASE, ESE, ISE e OSE. frase, crase, ênfase, tese, síntese, catequese, análise, catálise, hidrólise, hipnose, sacarose,apoteose. Exceções: gaze, deslize. - depois de ditongos. lousa, aplauso, maisena. - verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos derivados). pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram. - prefixo TRANS-. transatlântico, transpor. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 48 Emprega-se S (em) ... Exemplos - palavras derivadas de verbos que possuem D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical). colidir, colisão; aludir, alusão. pretender, pretensão; suspender, suspensão. imergir, imersão; emergir, emersão. perverter, perversão; converter, conversão. repelir, repulsa; compelir, compulsão. recorrer, recurso; incorrer, incursão. Emprega-se SS (em) ... Exemplos - palavras derivadas de verbos que possuem CED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical). ceder, cessão; exceder, excesso. agredir, agressão; transgredir, transgressão. imprimir, impressão; reprimir, repressão. prometer, promessa; intrometer, intromissão. - vogal + sufixo “-TIR”. admitir, admissão; demitir, demissão. - prefixo finalizado por vogal + palavra iniciada por S. pressentir, pressentimento. Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos - palavras africanas, árabes ou indígenas. açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu. - após ditongos. afeição, beiço, correição. Exceções: coice, foice. - sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, -ENÇA, -ÇÃO. barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança, petição. - palavras derivadas do verbo TER. ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção. - palavras derivadas do verbo TORCER. torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 48 Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos - palavras derivadas de outras que possuem “T” no radical. optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento, isenção; correto, correção; setor, seção. Emprega-se Z (em) ... Exemplos - palavras iniciadas pela sílaba A. azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azêmola, aziago, azul. Exceções: asa, asado (provido de asas), Ásia, asilo, asinino. - palavras derivadas de outras que contenham Z no radical. baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar, cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize. - antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A). bambu, bambuzal; botão, botãozinho, botõezinhos; café, cafezal, cafezinho; pá, pazinha, pazada. Observação! Em regra, grafam-se com S os derivados de palavras cuja forma primitiva contenha S. Exemplos: lápis - lapisinho, lapiseira mesa – mesinha, mesada casa - casinha, casebre japonês - japonesinho parafuso – parafusinho - sufixos -EZ e –EZA (formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos). límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo, beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza. - sufixos -IZAR e -IZAÇÃO. utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar, centralização; legalizar, legalização. Observação! Alguns verbos recebem apenas -AR como sufixo. Portanto, devem ser grafados com S. Exemplos: frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de análise), improvisar (de improviso), paralisar (de paralisação). 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 48 Emprega-se Z (em) ... Exemplos - segmento final da palavra, se o fonema /z/ não estiver entre vogais. audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz, albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz, mastruz. Exceções: abatis, ananás, anis, após, atrás, através, gás, ilhós, invés, lilás, quis, retrós, revés, viés. - verbos finalizados em -ER e -IR. fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir. Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar). 1. (FGV-2008/Senado) O vocábulo anabolizar está grafado corretamente. Assinale a alternativa em que haja pelo menos uma palavra com erro de grafia. (A) profissionalizar – pesquisar (B) paralizar – realizar (C) hostilizar – analisar (D) indenizar – inferiorizar (E) informatizar – ironizar Comentário: Conforme as lições de ortografia, alguns verbos recebem apenas o sufixo -AR. É o caso de “paralisar”, proveniente de “paralisação”. Portanto, a grafia correta se dá com a consoante -s. Por sua vez, a forma “realizar” está correta, pois o sufixo “-izar” deve ser grafado com –z. Gabarito: B. Emprega-se G em... Exemplos - após A inicial. agente, ágil, agiota, agir, agouro. Observação! Grafam-se com J os derivados de palavras que contenham J no radical. Exemplos: jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo, ajuizar. - após R, geralmente. aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir, virgem. Exceções: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de sarja). 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 48 Emprega-se G em... Exemplos - finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO. sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio. - finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, - OGE, -UGEM. garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem. Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem. - formas infinitivas de verbos terminados em -ER e -IR. constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir), infligir (aplicar). Emprega-se J (em) ... Exemplos - vocábulos derivados de palavras que contenham J no radical. jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta; laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro; lisonja, lisonjeado, lisonjeiro. - palavras ameríndias, árabes e latinas. pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste, manjericão, alforje, hoje, objeto. - terminação -AJE. laje, traje, ultraje. - formas verbais terminadas em -JAR. arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos, bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei, viajemos, viajem. Observação! Cuidado os parônimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar). Exemplos: Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa.(substantivo) Desejo que eles viajem hoje à noite. (verbo) Importante! Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção, interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 48 Emprega-se X (em) ... Exemplos - após ditongos. ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo. Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho). - palavras de origem africana ou indígena. abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu. - depois das sílabas iniciais: Me- La- Li- Lu- Gra- Bru- En- mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo). Exceção: mecha (substantivo). laxante. lixa, lixo. luxo, luxúria. graxa. bruxa, Bruxelas, bruxelês. enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar, enxerto, enxergar, enxotar, enxugar. Exceções: enchova, encher, encharcar e derivados desses vocábulos. Observação! Quando en- for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva. Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa). Importante! Fiquem atentos à grafia das seguintes palavras: esplêndido, estender, estendido, estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos). Emprega-se CH (em) ... Exemplos - cognatos das palavras com CH- . chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre), chaveiro (de chave), pichação (de piche). 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 48 Emprega-se CH (em) ... Exemplos - segmentos iniciais CHAM- e CHO- . chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, choupana. Exceção: xampu. - sufixos -ACHO, -ICHO e UCHO(A). riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha. Dicas estratégicas! 1ª) Quando “en-” for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar (de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo), enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher). 2ª) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote, chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha (prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha (prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho. 2. (FGV-2008/Senado) “Em primeiro lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes que os mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem interferências externas, na alocação dos recursos.” No trecho acima, grafou-se corretamente a palavra xeque, de acordo com o sentido pretendido no texto. Assinale a alternativa em que não se tenha mantido correção gráfica ao utilizar a palavra destacada. (A) Finalmente o enxadrista deu o xeque-mate. (B) Com ética e consciência cidadã, o povo dará um cheque à corrupção. (C) Chegou em visita ao Congresso o xeque árabe. (D) Porque estava sem talão, teve de pedir um cheque avulso. (E) Deixe que eu cheque a lista de passageiros. Comentário: Vamos analisar as assertivas. A) Resposta correta. A expressão “xeque-mate” é empregada no jogo de xadrez. Houve a grafia correta com a letra x. B) Resposta incorreta. A palavra “cheque” foi empregada em sentido conotativo, figurado. Nesse caso, significa “por fim à corrupção”, devendo ser grafada com a letra x. C) Resposta correta. No contexto, a palavra “xeque” significa “soberano árabe”, estando correta a grafia. Também existe a variante “xeique”. D) Resposta correta. Conforme vimos nas lições, “cheque” significa “ordem de pagamento”, estando correta a grafia com ch. E) Resposta correta. No contexto, “cheque” é flexão do verbo “checar” (verificar) no presente do subjuntivo. Portanto, está correta a grafia com ch. Gabarito: B. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 48 Emprega-se H (em)... Exemplos - compostos ligados por hífen em que o segundo elemento começa com H. anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem, infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história, mini-hotel, ultra-humano. Atenção à grafia correta das seguintes palavras: desarmonia, desumano, lobisomem. - verbo HAVER (e em suas flexões). havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver. - substantivo próprio BAHIA (Estado do Brasil). Observação! Os derivados da palavra Bahia são grafados sem H. Exemplos: baiano, baianinha, baianada. EMPREGO DAS VOGAIS Emprega-se E (em)... Exemplos - Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular (tu e ele) e na 3ª pessoa do plural (eles) dos verbos terminados em –IR. Reunir – tu reúnes, ele reúne, eles reúnem. Partir – tu partes, ele parte, eles partem. - Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos verbos terminados em -OAR e -UAR. Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles magoem. Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles pontuem. - formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. Os demais são regulares: “Arriar” (abaixar-se) - arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam. “Arrear” (pôr o arreio) termina em –EAR: arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam. M ediar – eu medeio, tu medeias, ele medeia, eles medeiam. A nsiar – eu anseio, tu anseias, ele anseia, eles anseiam. R emediar – eu remedeio, tu remedeias, ele remedeia, eles remedeiam. I ncendiar – eu incendeio, tu incendeias, ele incendeia, eles incendeiam. O diar – eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles odeiam. Observação! O verbo intermediar segue o paradigma do verbo mediar. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 48 Reforçando... Emprega-se a vogal E nos: 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 48 Atenção! As seguintes palavras devem ser grafadas com “e”: beneficência, cadeado, candeeiro, creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever),descriminar (inocentar), desperdício, despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa), periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso! Emprega-se I (em)... Exemplos - Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER. -UIR: tu possuis, ele possui; tu contribuis, ele contribui; tu constróis, ele constrói. -AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais, ele retrai; tu distrais, ele distrai. -OER: tu róis, ele rói; tu móis, ele mói; tu remóis, ele remói. - formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos verbos terminados em -EAR. Recear – eu receio, tu receias, ele receia, eles receiam. Frear – eu freio, tu freias, ele freia, eles freiam. Passear – eu passeio, tu passeias, ele passeia, eles passeiam. Arrear – eu arreio, tu arreias, ele arreia, eles arreiam. As seguintes palavras devem ser grafadas com “i”: aborígine, açoriano, camoniano, calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição (discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio, impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo, pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova. 3. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente grafadas. (A) pudico – decúbico (B) rúbrica – déficit (C) impecílio – hojeriza (D) disenteria – privilégio (E) possue – discreção Comentário: As palavras estão corretamente grafadas na assertiva D. A vogal “i” foi perfeitamente empregada nos vocábulos “disenteria” e “privilégio”. Vamos analisar o erro nas opções. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 48 A) Resposta incorreta. A grafia de “pudico” está correta; é uma palavra paroxítona (o acento tônico recai na penúltima sílaba) terminada em -o. Portanto, não recebe acento. Entretanto, o vocábulo “decúbico” foi incorretamente grafado. A grafia correta é “decúbito” (estar deitado). B) Resposta incorreta. Na palavra “rubrica” ocorreram dois erros: um de silabada (troca indevida da sílaba tônica do vocábulo) e o emprego inadequado do acento agudo. A grafia correta é “rubrica”. O vocábulo “déficit”, por sua vez, foi grafado corretamente. C) Resposta incorreta. O vocábulo “impecílio” estaria corretamente grafado se apresentasse a forma “empecilho”. Já a palavra “hojeriza” também está incorreta, pois, segundo as regras ortográficas, o correto é “ojeriza”. E) Resposta incorreta. Emprega-se a vogal “i” na 2ª e 3ª pessoas do singular, do presente do indicativo: tu possuis, ele possui. Por sua vez, “discreção” está incorretamente grafada. Para corrigir essa palavra, deveremos grafar “discrição” (discreto). Gabarito: D. EMPREGO DO “K”, “W” E “Y” ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. O Novo Acordo Ortográfico restabeleceu as letras k, w e y em nosso alfabeto, que passou a ter 26 letras. Sendo assim, é muito provável que vocês estejam se perguntando: “Como empregá-las?”. Pessoal, o emprego dessas letras ocorrerá em: - nomes de pessoas originários de outras línguas ou derivados. Exemplos: Franklin, frankliniano; Kafka, kafkaniano; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano; Taylor, taylorista. - nomes de lugares originários de outras línguas (e seus derivados). Exemplos: Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano. - siglas, símbolos e palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional. Exemplos: TWA; KLM; kw (quilowatt); Watt; yd (jarda, do inglês yard); km (quilômetro); kg (quilograma); W - oeste (west); SW - sudoeste (southwest); NW - noroeste (northwest); K (Potássio); W (Tungstênio); Y (Ítrio). 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 48 E quanto à classificação dessas letras? Serão vogais ou consoantes ? Respondo a vocês que a classificação dependerá da forma em que aparecerem nos vocábulos, ou seja, de acordo com a pronúncia. Vejamos: K – sempre consoante. É pronunciado com som de C quando surgir antes das vogais a, o e u e no grupo QU que antecede as vogais e e i : Kafka, Kioto. será vogal ou semivogal, nas palavras de origem inglesa. Em geral, é pronunciado como U: William, Wilson, show. W será consoante, nas palavras de origem alemã. Geralmente, é pronunciado como V: Wagner , wagneriano. Y – será vogal (ou semivogal), sendo, geralmente, pronunciado como I: Taylor, taylorista. EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES • A (preposição/artigo) x HÁ (verbo) A (preposição) – indica relação de distância ou de tempo futuro. Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância) Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição= ideia de futuro) A (artigo) – determina nomes femininos. Exemplo: A prova será fácil. HÁ (verbo) – indica “tempo passado” ou a “existência de algo/alguém”. Nestas acepções, deve permanecer na terceira pessoa do singular, pois é um verbo impessoal. Exemplos: Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.) Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.) • AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A AO ENCONTRO DE – em direção a, favoravelmente. Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.) DE ENCONTRO A – ir contra; choque. Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 48 • AFIM X A FIM AFIM – indica “semelhança”, “parentesco”. Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.) A FIM – indica “finalidade”. equivale à conjunção final “para”. Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.) 4. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ-Adaptada) Julgue o item a seguir. No período “As idéias dela sempre vêm de encontro às minhas, ou seja, sempre concordamos um com o outro.”, a expressão em destaque está de acordo com as regras ortográficas e com a adequação vocabular. Comentário: A expressão adequada seria “ao encontro de” (favoravelmente). Esta locução deveria ter sido empregada no período do enunciado, porque “de encontro a” significa “ir contra, choque, colisão”, não se adequando ao trecho em análise. Gabarito: Item incorreto. • ACERCA DE X A CERCA DE X HÁ CERCA DE X CERCA DE ACERCA DE - significa “a respeito de”, “sobre”. Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.) A CERCA DE - ideia de “aproximadamente”, “perto de”. Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive à distância de 50 metros da linha de chegada.) CERCA DE – transmiteideia “durante”, “aproximadamente”. Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.) HÁ CERCA DE - significa “faz aproximadamente”, indicando tempo passado. Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 48 • EM VEZ DE X AO INVÉS DE EM VEZ DE – indica “em lugar de”. Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um sanduíche.) AO INVÉS DE – indica “ao contrário de”. Exemplo: Ao invés de trabalhar, dormiu. / Ao invés de subir, desceu. Importante! A expressão “ao invés de” só deve ser empregada quando houver idéias contrárias. No segundo quadrinho, há ideia de “em lugar de”. Por essa razão, a frase da atendente está errada. O correto é: “Oi, Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você”. 5. (FGV-2008/Polícia Civil/RJ-Adaptada) “Concluída a fusão dos mercados, em vez de rumar para a integração política e consolidar seu protagonismo na cena mundial, a Europa faz da integração um utensílio da exclusão. Claro está que Bruxelas não pode evitar a deriva à direita de certos Estados, mas tampouco necessita servir à regionalização da xenofobia.” A respeito do trecho acima, analise o item a seguir: I. A expressão em vez de não poderia ser substituída, no trecho, por ao invés de. Comentário: No contexto, a expressão “em vez” deve ser substituída por “ao invés de”, pois os trechos “rumar para a integração política e consolidar seu protagonismo na cena mundial” e “faz da integração um utensílio da exclusão” apresentam sentidos opostos. Gabarito: Item incorreto. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 48 • MAL X MAU MAL (advérbio/substantivo) - oposto de “bem”. Exemplos: Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.) Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.) MAL - conjunção subordinativa temporal equivalente a “logo que”. Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.) MAU (adjetivo) – contrário de “bom”. Exemplo: Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.) • ONDE X AONDE X DE ONDE ONDE – empregado com verbos que exprimem “ESTADO” ou “PERMANÊNCIA”. Exemplos: A cidade onde estou é linda. Onde você deixou os óculos ? Cuidado! “Onde” deve ser empregado somente quando houver referência a lugar: “A cidade onde estou é linda”. É incorreto o emprego em outros contextos, tais como “A situação onde me encontro é favorável”. Notem que, no exemplo apresentado, não há referência a lugar, razão por que o emprego de “onde” está incorreto. Nesse caso, é correto o emprego das expressões “em que” ou “na qual”: A situação em que me encontro é favorável. / A situação na qual me encontro é favorável. AONDE – empregado com verbos que exprimem “MOVIMENTO”. Exemplo: Aonde você quer chegar ? No exemplo acima, o verbo “chegar” indica movimento, regendo o emprego da preposição “a”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a forma “aonde”. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 48 DE ONDE – empregado com verbos que exprimem “ORIGEM”, “PROCEDÊNCIA”. Exemplo: De onde você veio ? No exemplo acima, o verbo “vir” indica origem, procedência, regendo o emprego da preposição “de”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a expressão “de onde” ou a contração “donde” (de + onde). 6. (FGV-2008/Prefeitura de Campinas) “Ninguém sabe aonde essa transformação vai chegar.” Uma das freqüentes dificuldades no uso da língua reside na opção entre o uso do onde e do aonde, grifado na frase acima. Assinale a alternativa em que não se tenha empregado a forma correta. (A) As escolas onde estivemos estavam bem conservadas. (B) Estivemos naquela cidade onde se deu o encontro de professores. (C) Sabemos onde nossos projetos pretendem chegar. (D) A nossa preocupação era onde entregar os relatórios. (E) Haveria, sempre, um lugar onde pudéssemos descansar nossas angústias. Comentário: Na assertiva C, temos o verbo “chegar”, que indica movimento. Por essa razão, a regência é transitiva indireta, exigindo o emprego da preposição “a”: “Sabemos aonde nossos projetos pretendem chegar”. Gabarito: C. • OS PORQUÊS POR QUE (separado e sem acento) - é usado em: a) interrogativa direta. Exemplo: Por que você faltou à aula ontem? b) interrogativa indireta. Exemplo: Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem. Dica estratégica! A forma “POR QUE” (separada e sem acento) também pode ser empregada nos seguintes contextos: • Preposição + pronome interrogativo, equivalente a “por qual razão”. Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto; só sei que serei aprovado.) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 48 • Preposição + pronome relativo, equivalente a “pelo qual” (e flexões). Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.) • Após as palavras denotativas “EIS” e “DAÍ”. Exemplos: “Eis por que seremos aprovados.” “Daí por que dizemos que seremos aprovados.” Cuidado! Se a forma “por que” estiver substantivada, o correto é empregar “porquê” (junto e com acento). Neste caso, será equivalente a motivo, razão. Exemplos: Eis o porquê de nossa aprovação. Daí um porquê de seu sucesso: o estudo. • POR QUÊ (separado e com acento) – é usado quando no final da frase. Exemplo: Não fez a prova? Por quê? (o “quê” é tônico; por isso, é acentuado) Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual. Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o “quê” é tônico) • PORQUE (junto e sem acento) - é usado em respostas. Dependendo do contexto em que estiver inserido, indicará uma: a) explicação (= pois) Exemplo: A moça chorou, porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos estão vermelhos.) b) causa (= já que) Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi aprovada no concurso.) c) finalidade ( = para que). Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales– Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 48 Observação! A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas, quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito). Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada? • PORQUÊ (junto e com acento) – é um substantivo usado sempre que vier precedido de determinante. Significa motivo, razão, causa. Exemplos: Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de suas faltas.) Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.) Na primeira estrofe da música “Gostava tanto de você”, cuja autoria pertence a Tim Maia, houve o emprego da forma “porque”. O emprego foi correto ? Gostava Tanto de Você Não sei porque você se foi Quantas saudades eu senti E de tristezas vou viver E aquele adeus não pude dar... (Tim Maia) Resposta: Não! A forma correta seria “por que”, pois é uma sequência composta por uma preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão: Gostava Tanto de Você Não sei por que você se foi Quantas saudades eu senti E de tristezas vou viver E aquele adeus não pude dar... (Tim Maia) 7. (FGV-2011/TRE-PA) Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas. No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. (A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se apresentar claramente. (B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos políticos. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 48 (C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos políticos, as alianças rapidamente se dissolvem. (D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes. (E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes. Comentário: O erro encontra-se na assertiva D. Conforme vimos nas lições, a forma “por quê” (separada e com acento) pode ser usada em final de oração, antes de pausa (não necessariamente no final do período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual. É o que deveria ter ocorrido no excerto em análise: “Às vezes sem saber por quê, o povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes”. Gabarito: D. 8. (FGV-2010/CODESP) O aproveitamento das oportunidades que estão surgindo é valioso porque, além da realização pessoal na vida profissional, é um atalho para melhorar dos níveis de renda e de bem-estar de fatias cada vez maiores da população brasileira. No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) Sem ter por quê, em se falando de habilidades, discutir mais profundamente, calamo-nos. (B) Vamos destacar as habilidades por que somos conhecidos. (C) Ele esperava saber por que, naquele departamento, sua habilidade não era valorizada. (D) Porque nossa habilidade não era valorizada não íamos demonstrá-la? (E) Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. Comentário: Vamos analisar as opções. A) Resposta incorreta. No trecho, seria adequado o emprego da forma “por que” (preposição + pronome interrogativo), pois equivale a por qual motivo, por qual razão. B) Resposta correta. No contexto, a forma “por que” pode ser substituída pela expressão pelas quais: Vamos destacar as habilidades pelas quais (...)”. Logo, o emprego está correto. C) Resposta correta. Há uma pergunta indireta, o que justifica o emprego da forma “por que” (separa e sem acento). D) Resposta correta. A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas, quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito). É o que ocorre na assertiva. Portanto, está correto o emprego. E) Resposta correta. Conforme vimos nas lições, a forma “por quê” (separada e com acento) pode ser usada no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual. Logo, o emprego está correto. Gabarito: A. 9. (FGV-2006/SERC-MS) Perguntei por que ele não tocava mais piano. Assinale a alternativa correta acerca do uso do porquê na frase acima. (A) A forma está correta, pois corresponde à preposição POR + o pronome relativo QUE. (B) A forma está correta, pois é uma conjunção, sendo, nesse caso, sempre grafada como duas palavras. (C) A forma está correta, pois equivale a "por qual razão", caracterizando uma pergunta indireta. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 48 (D) A forma está incorreta, pois a forma com duas palavras só se usa em perguntas. O correto seria PORQUE. (E) A forma está incorreta, pois, embora seja grafada com duas palavras, a forma QUE deveria levar acento circunflexo. Comentário: Segundo as lições, vimos que a forma “por que” (separada e sem acento) também pode ser empregada em pergunta indireta. No caso em tela, a expressão é composta pela preposição “por” seguida do pronome interrogativo “que” e equivale a “por qual razão”. Gabarito: C. • SE NÃO X SENÃO Letra:Chico da Silva SE NÃO - formado por "SE" (conjunção condicional) + "NÃO" (advérbio). Equivale a "CASO NÃO". Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no concurso.) SENÃO - equivalente a "CASO CONTRÁRIO", "EXCETO". Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário você não terá sucesso.) Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa, exceto ela.) Espero que tenham compreendido a explicação, senão (= caso contrário) explicarei novamente. Se não (= Caso não) conseguirmos isso na próxima explicação, retomaremos o tema quantas vezes forem necessárias! :-) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 48 • AGENTE X A GENTE AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador, delegado, administrador etc.). Exemplo: O agente chegou cedo à repartição. A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada permanece na 3ª pessoa do singular. Exemplo: A gente vai à praia amanhã. • DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa) Antes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão “dia-a-dia” era grafada com hífen (ou traço de união). Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo. Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido: dia a dia.Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a “cotidiano”, a expressão será um substantivo) Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será locução adverbial de tempo) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 48 EMPREGO DO HÍFEN (OU TRAÇO DE UNIÃO) A seguir, apresentarei a vocês um ponto muito cobrado nas provas da Fundação Getúlio Vargas: o emprego do hífen (ou traço de união). Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessário, apresentarei as mudanças implantadas pelo Novo Acordo Ortográfico. Sempre me dizem: “Professor, são muitas regras. Como decorá-las?”. Fiquem tranquilos, meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que facilitarão a memorização. ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Emprega-se hífen: - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes. Para memorizar: P SEUDO- S EMI- I NTRA- C ONTRA- A UTO- N EO- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes. E XTRA- P ROTO- I NFRA- U LTRA- S UPRA- 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 48 Exemplos: pseudo-homérico, neo-republicano, proto-revolução, pseudo-sábio, semi-selvagem, ultra-secreto, intraauricular, autoônibus, contra-indicação, intra-ocular, extra-oficial, supra- -excitação. Exceção: extraordinário. É necessário tecer alguns comentários sobre a partícula “mega-”: a) segundo o sistema ortográfico antigo, o elemento “mega-“ não se une ao vocábulo posterior iniciado pelas consoantes R e S. Assim, seria correto duplicá-las: megarritual, megassucesso. (regra mantida pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). b) segundo o sistema ortográfico antigo, o elemento “mega-“ não se une ao vocábulo posterior por meio de hífen (ou traço de união), ainda que este seja iniciado por “h”: megadiversidade, megaevento, megaomenagem, megaipótese. 10. (FGV-2008/Senado) A palavra megadiversidade foi grafada corretamente no texto. Assinale a alternativa em que, compondo-se palavra com o elemento mega-, obedeceu-se às regras de ortografia. (A) mega-homenagem (B) megaipótese (C) mega sucesso (D) megaritual (E) mega-evento Comentário: Como a questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, vamos analisá-la à luz das regras antigas. Conforme vimos nas lições, não haverá hífen entre o falso prefixo “mega-“ e a palavra seguinte: megaomenagem, megaipótese, megaevento. Quando o vocábulo posterior for iniciado pelas consoantes R ou S, estas letras deverão ser duplicadas: megarritual, megassucesso. Logo, a letra B é o gabarito da questão. Gabarito: B. É importante ressaltar que, segundo o Acordo Ortográfico da Língua portuguesa, haverá o emprego do hífen entre o elemento “mega-” e o vocábulo posterior, caso este seja iniciado pela letra “h”: mega-homenagem, mega-hipótese. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 48 APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Emprega-se hífen: - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogal igual à última do prefixo. Para memorizar: P SEUDO- S EMI- I NTRA- C ONTRA- A UTO- N EO- antes de ‘H’ e de vogal igual à última do prefixo E XTRA- P ROTO- I NFRA- U LTRA- S UPRA- Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por ‘R’ e ‘S’, estas consoantes serão duplicadas. Exemplos: pseudo-homérico, neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem, ultrassecreto, intra-auricular, auto-ônibus. Dica estratégica! Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- não se enquadram na regra acima. Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar (co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante), correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição), desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável). ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Emprega-se hífen: - nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’. Para memorizar: 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 48 A NTE- A NTI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’. S OBRE- A RQUI- Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, arqui-rival, ante-sala, anti- -semita, sobre-saia. Exceções: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto. 11. (FGV-2007/SEFAZ-RJ) Em antimaterialista, utilizou-se corretamente a regra de emprego do hífen com o prefixo anti-. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) anti-higiênico (B) antiaéreo (C) anti-rábico (D) anti-semita (E) anti-inflacionário Comentário: Novamente, vamos analisar a questão à luz das regras anteriores ao Novo Acordo ortográfico. Conforme o sistema ortográfico antigo, não se emprega hífen entre prefixos terminados por vogal e palavras iniciadas pela mesma vogal: antiinflacionário. Logo, o gabarito da questão é a letra E. Gabarito: E. APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Emprega-se hífen: - nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e por vogal idêntica à última do prefixo. A NTE- A NTI- antes de ‘H’ e vogal idêntica à última do prefixo S OBRE- A RQUI- * Diante de R e S, duplicam-se estas consoantes. Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, anti-inflamatório, arqui- -inimigo, anteontem, antiaéreo, arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente, sobressaltar, sobressalto. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 48 Emprega-se hífen: - nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e ‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). S UPER- H IPER- antes de ‘H’ e ‘R’ I NTER- Exemplos: super-requintado, hiper-humano, inter-resistente. Emprega-se hífen: - nos prefixosSOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem ‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). Para memorizar: SOBABADOB S O B- A que antecedem ‘R’ B- A D- O B- Exemplos: sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptício. Emprega-se hífen: - no prefixo SUB- que antecede ‘B’ , ‘R’ e ‘H’. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico) Exemplos: sub-base, sub-bibliotecário, sub-reino, sub-reptício, sub-humano. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) também admite a grafia subumano. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 48 12. (FGV-2008/Senado) Em não-efetivação, utilizou-se corretamente o hífen. Das palavras abaixo, somente uma está correta. Assinale-a. (A) sócio-ambiental (B) tele-reportagem (C) macro-encefalia (D) trans-humano (E) sub-reptício Comentário: Segundo o antigo sistema ortográfico, deveremos empregar hífen quando o prefixo sub- anteceder as letras b, h e r. Portanto, a grafia do vocábulo “sub-reptício” está correta. Analisando as demais opções, percebemos que os elementos “sócio-“, “macro-“, “tele-“ e “trans-“ são pseudoprefixos, razão pela qual não serão seguidos de hífen: socioambiental, telerreportagem, macroencefalia e transumano. Gabarito: E. 13. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Em inter-regionais, utilizou-se corretamente a regra do hífen diante de palavras que se iniciam com a letra r. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) super-regional (B) sub-região (C) micro-região (D) intra-regional (E) pseudo-região Comentário: Conforme vimos nas lições, emprega-se hífen nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e ‘R’. Portanto, “super-regional” está corretamente grafado. Com relação ao prefixo SUB-, haverá hífen sempre que anteceder as letras ‘B’, ‘R’ e ‘H’. Logo, “sub-região” o emprego do traço de união está correto. O erro de questão encontra-se na assertiva C, pois, segundo o sistema ortográfico antigo, o elemento “micro-“ é um pseudoprefixo, razão por que não haverá emprego de hífen. Como a palavra seguinte é iniciada por R, esta consoante deveria ter sido duplicada: microrregião. Gabarito: C. ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Emprega-se hífen: - nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais. Para memorizar: Lembrem-se de CPM. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 48 C IRCUM- P AN- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais M AL- Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, mal-humorado, circum-escolar, pan-americano, mal-educado. 14. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Em inospitaleiras, ao se juntar o prefixo à palavra hospitaleiras, houve perda da letra h. Assinale a alternativa em que a junção dos dois elementos se deu de forma incorreta, provocando erroneamente a perda da letra h. (A) subumano (B) megaomenagem (C) panispânico (D) multiabilidoso (E) socioistórico Comentário: Conforme o sistema ortográfico anterior ao Decreto nº 6.583/2008, emprega-se hífen nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais. Logo, a palavra “panispânico” está incorretamente grafada. A correção é “pan-hispânico”. Gabarito: C. APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Emprega-se hífen: - nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais, e no prefixo MAL-, que antecede palavras iniciadas por ‘H’, ‘L’ e vogais. C IRCUM- antes de ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais P AN- M AL- antes de ‘H’, ‘L’ e vogais Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado, pan-mágico, circum-navegação, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo, mal-lavado, malsucedido. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 48 Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doença, deveremos empregar o hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis). Emprega-se hífen: - nos prefixos PÓS-, PRÉ- e PRÓ-, quando estes forem tônicos e conservarem autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). P ÓS- P RÉ- quando tônicos. P RÓ- Neste caso, os prefixos serão acentuados graficamente. Exemplos: pré-histórico, pré-eleitoral, pré-escolar, pós-meridiano, pós-moderno, pós-eleitoral, pós-guerra, pró-europeu, pró-ativa. Mas (sem hífen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente, preeminência, preexistir, prefácio, posfácio, pospor. Emprega-se hífen: - nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). S EM- S OTA- S OTO- em qualquer caso V ICE- V IZO- E X- Exemplos: sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 48 Emprega-se hífen: - nos prefixos os prefixos BEM-, ALÉM-, RECÉM- e AQUÉM-, em qualquer caso. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). Exemplos: bem-aventurado, bem-vindo, bem-sucedido, além-mar, recém-nascido, aquém-fronteiras. Exceções: benfazejo (benfazer), benfeito, benfeitor, benquerença (benquerer). 15. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “Podemos caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.” A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir: I. O antônimo de bem-sucedidas é “malsucedidas”. II. A palavra pós-guerra é grafada com hífen, assim como toda palavra que trouxer o prefixo “pós-”. Comentário: Por antônimo entende-se o contrário, o oposto: bem X mal. Por sua vez, a grafia de “malsucedidas” está correta, já que não há menção quanto ao emprego do hífen quando o prefixo MAL- for seguido de palavra iniciada pela consoante S (neste caso em especial, seria errado empregar o hífen ou duplicar a consoante). Logo, o item I está correto. No item II, por fim, a palavra “pós-guerra” está corretamente grafada. Entretanto, vimos que o hífen não será empregado em toda palavra que apresentar o prefixo “pos-“: posfácio. Portanto, o item II está incorreto. Emprega-se hífen: - nos sufixos -AÇU, -GUAÇU e -MIRIM, quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). -AÇU -GUAÇU quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogalacentuada -MIRIM graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). Exemplos: araçá-guaçu, araçá-mirim, anajá-mirim, capim-açu. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 48 Emprega-se hífen: - nas formas compostas por GRÃ- ou GRÃO-, quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico) GRÃ- quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. GRÃO- Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Baía de Todos-os-Santos. Importante: O vocábulo Guiné-Bissau deve ser grafado com hífen por se tratar de forma consagrada pelo uso, mesmo após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Emprega-se hífen: - nas palavras compostas por justaposição que constituem unidade sintática e semântica. Exemplos: arco-íris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa, manda-tudo, pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-raios, professor-adjunto, secretário-geral, tenente-coronel. O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do hífen em palavras compostas que perderam a noção de composição. Exemplos: mandachuva, paramédico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontapé. Emprega-se hífen: - nos compostos que designam espécies zoológicas e botânicas. Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joão-de-barro, bico-de-papagaio, não-me-toques. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 48 ACENTUAÇÃO GRÁFICA Agora, estudaremos as regras de acentuação gráfica. Inicialmente, pergunto: vocês sabem a diferença entre acento tônico e acento gráfico ? Vejam: Acento tônico Acento gráfico Determina a sílaba tônica de um vocábulo. Exemplos: ruim, gratuito, amigo. Sinal empregado sobre a sílaba tônica da palavra (de acordo com as regras de acentuação). Pode ser agudo ou circunflexo. Exemplos: saúde, ínterim, história, lâmpada. REGRAS GERAIS PROPAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente. Exemplos: lâmpada, pêssego, autógrafo, hábitat, déficit. PAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na penúltima sílaba. Acentuam-se graficamente as paroxítonas terminadas em: � L, N, R, X (Para memorizar: LoNaRoXa). Exemplos: útil, hífen, éter, ônix. � UM(NS). Exemplos: médium, álbuns. � U e I(S). Exemplos: vírus, júri, álibis. � Ã(S), ÃO(S). Exemplos: órfã(s), bênção(s). � ON(S) Exemplos: elétron(s), próton(s). � PS Exemplos: fórceps, Quéops. � Ditongo. Exemplos: história, série, imóveis. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 48 Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, consideram proparoxítonos eventuais os vocábulos terminados em ditongos crescentes (glória, série, sábio, mágoa, história etc.). Porém, a FGV considera tais vocábulos como PAROXÍTONOS terminados em ditongo crescente oral. Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em -r e -i: super-homem, hiper-requintado, semi-intensivo. Não se acentuam os vocábulos paroxítonos finalizados em -ens: polens, hifens, abdomens. Estas palavras também admitem os respectivos plurais sob a forma proparoxítona: pólenes, hífenes, abdômenes. Também não se acentua o vocábulo item, tampouco sua forma pluralizada (itens). OXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na última sílaba. Acentuam-se graficamente as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens). Exemplos: maracujá, ananás, picolé(s), você, português, paletó(s), armazém, parabéns. Dica estratégica! Também se acentuam as formas verbais terminadas em a, e, o tônicos, seguidas de -lo(s) e -la(s): jogá-las (jogar + as), fazê-la (fazer + a), compô-lo (compor + o). MONOSSÍLABAS TÔNICAS – são palavras que apresentam acento tônico e que constituem uma única sílaba. São acentuadas graficamente as monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s). Exemplos: já, pás, pé(s), só(s). Dicas estratégicas! Também se acentuam as formas verbais tônicas terminadas em a, e, o tônicos, seguidas de -lo(s) e -la(s): dá-lo (dar + o), fê-lo (fez + o), pô-los (pôr + os). Não se acentuam as formas verbais terminadas em i seguidas de -lo(s) ou -la(s): fi-lo (fiz + o), qui-lo (quis + o). Conhecidas as regras gerais, podemos sintetizá-las da seguinte forma: TERMINADAS EM... A(S) E(S) O(S) EM(ENS) OUTRAS TONICIDADE Acentuada? Proparoxítonas Sim Sim Sim Sim Sim Paroxítonas Não Não Não Não Sim Oxítonas Sim Sim Sim Sim Não Monossílabas Tônicas Sim Sim Sim Não Não 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 48 É preciso ter atenção à pronúncia correta de algumas palavras. O equívoco ao pronunciá- -las caracteriza a chamada silabada. A FGV gosta de exigir esse assunto em suas provas. Portanto, apresentarei uma lista dos vocábulos mais recorrentes em concursos: PROPAROXÍTONAS PAROXÍTONAS OXÍTONAS aeródromo alanos cateter aerólito austero cister ágape avaro condor álcool aziago fidel alcoólatra batavo gibraltar âmago caracteres hangar aríete ciclope mister arquétipo decano nobel bávaro edito (lei) novel bígamo exegese obus bímano fortuito recém crisântemo gratuito ruim édito (ordem judicial) ibero ureter égide látex sutil elétrodo libido hieróglifo maquinaria ímprobo meteorito ínterim necromancia munícipe pudico périplo recorde protótipo rubrica revérbero tulipa zênite 16. (FGV-2006/SERC-MS) Assinale a alternativa em que o vocábulo não tenha sido acentuado pela mesma regra que os demais. (A) atrás (B) lá (C) ninguém (D) vovó (E) você Comentário: A forma “lá” é um monossílabo tônico terminado em “a”. Por essa razão, deve ser acentuado graficamente. As demais palavras são acentuadas por se enquadrarem nas regras das oxítonas. Gabarito: B. 17. (FGV-2010/CODESP) Assinala a palavra que tenha sido acentuada por regra distinta das demais. (A) relógio (B) deficiências (C) distância 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 48 (D) nível (E) níveis Comentário: As palavras “relógio”, “deficiências”, “distância” e “níveis” são acentuadas por serem paroxítonas terminadasem ditongo crescente. Por sua vez, a palavra “nível” é acentuada por ser uma paroxítona terminada em “L”. Gabarito: D. 18. (FGV-2008/Senado) A palavra êxito recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas alternativas a seguir, em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem acento, uma naturalmente não receberia acento por não se tratar de proparoxítona. Assinale-a. (A) interim (B) rubrica (C) recondito (D) arquetipo (E) lúgubre Comentário: O acento tônico da palavra “rubrica” recai na penúltima sílaba. Sendo assim, o vocábulo é classificado como paroxítono (e não deve ser acentuado). Todas as demais palavras são proparoxítonas, ou seja, o acento tônico recai na antepenúltima sílaba, sendo todas acentuadas graficamente: “ínterim”, “recôndito”, “arquétipo” e “lúgubre”. Gabarito: B. REGRAS ESPECÍFICAS • DITONGOS ABERTOS (ÉI, ÓI E ÉU) Segundo as regras de acentuação gráfica, devemos empregar o acento agudo nos ditongos abertos das: a) monossílabas tônicas: réis, céu, rói. b) oxítonas: heróis, chapéu(s), papéis. c) paroxítonas: geléia, epopéia, mocréia, jibóia, clarabóia 19. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta das demais. (A) previdência (B) diária (C) idéia (D) declínio (E) óbvia 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 48 Comentário: A palavra “idéia” é uma paroxítona acentuada no ditongo aberto “éi”. As demais palavras recebem acento gráfico por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral. Gabarito: C. Dica estratégica! O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento agudo nos ditongos abertos EI e OI das palavras PAROXÍTONAS (geleia, epopeia, mocreia, jiboia, claraboia). Entretanto, segundo o VOLP, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, o ditongo aberto ÓI, da palavra destróier, continua a ser acentuado, em virtude de o vocábulo ser paroxítono terminado em -R. ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. • HIATOS “I” e “U” tônicos – deveremos empregar o acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, desde que: a) estejam sozinhas (ou seguidas de -s) na sílaba; e b) não estejam antecedidas de vogal idêntica. Exemplos: heroína (he-ro-í-na), saúde (sa-ú-de), balaústre (ba-la-ús-tre), feiúra (fei-ú-ra). Ambas as condições acima são essenciais para que possamos acentuar a segunda vogal. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 48 Observação: O “I” tônico, que antecede o grupo “NH” ou que forma sílaba com as consoantes L, M, N, R, Z, não recebe acento: bainha, moinho, Raul, Coimbra, caindo, cair, juiz. Apresento, aqui, duas dicas de ouro para vocês: � Não empreguem o acento agudo nas palavras PAROXÍTONAS, quando as vogais “I” e “U” estiverem repetidas. Exemplos: vadiice, sucuuba. � Cuidado com o seguinte: se a repetição da vogal “I” ocorrer em palavra PROPAROXÍTONA, empreguem o acento agudo! Exemplos: iídiche, seriíssimo, friíssimo. 20. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha sido acentuada por regra distinta das demais. (A) instituídas (B) transparência (C) remuneratório (D) Judiciário (E) Ministério Comentário: A palavra “instituídas” foi acentuada por se enquadrar na regra do hiato: ins-ti-tu-í- -das. As demais palavras são paroxítonas terminadas em ditongo crescente oral. Gabarito: A. Segundo o novo acordo ortográfico, foi abolido o emprego do acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, antecedidas de ditongo, das palavras PAROXÍTONAS. Exemplos: baiuca, bocaiuva, boiuna, feiura, Sauipe. Porém, se essas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras OXÍTONAS, devemos empregar o acento agudo. Exemplos: teiú, Piauí. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 48 • “-ÔO” E “-ÊEM” Segundo o sistema ortográfico antigo, grafa-se com acento circunflexo a primeira vogal dos hiatos “-ôo” e “-êem”: vôo, enjôo, abençôo, crêem, dêem, lêem, vêem. Para memorizar os verbos “crer”, “dar”, “ler” e “ver”, gravem a frase: LEDA VÊ PARA CRER. ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o emprego do acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos “-oo” e “-eem”. Exemplos: voo, enjoo, abençoo, creem, deem, leem, veem. Reforçando... O acento circunflexo foi abolido nas formas verbais finalizadas por “-eem” (verbos ler, dar, ver e crer e respectivos derivados). Para memorizar esses verbos, gravem a frase: LEDA VÊ PARA CRER. Entretanto, no singular dessas formas verbais (e nos derivados), emprega-se o acento circunflexo. Exemplos: ele crê / lê / vê / provê (pres. do indicativo); (que) ele dê (pres. do subjuntivo) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 48 21. (FGV-2010/CODEBA) Assinale a palavra que foi acentuada seguindo a mesma regra que três. (A) prevê (B) Até (C) além (D) é (E) país Comentário: O vocábulo “três” é um monossílabo tônico, razão por que é acentuado. Entre as palavras apresentadas, somente a forma verbal “é”, encontrada na assertiva D, obedece à mesma regra de acentuação (monossílaba tônica). Gabarito: D. ACENTOS DIFERENCIAIS – São sinais gráficos que diferenciam: • a terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR – e respectivos derivados. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico) Exemplos: TER - Ele tem / Eles têm VIR - Ele vem / Eles vêm MANTER - Ele mantém / Eles mantêm DETER - Ele detém / Eles detêm CONVIR - Ele convém / Eles convêm INTERVIR - Ele intervém / Eles intervêm • os homônimos: (regra anterior ao novo acordo ortográfico) PÁRA (verbo) ≠ PARA (preposição) Exemplos: O jogador corre e pára rapidamente. (verbo) Deram um prêmio para mim. (preposição) PÊLO (substantivo) ≠ PÉLO (verbo) ≠ PELO (preposição) Exemplos: Esse cachorro tem pêlo marrom. (substantivo) A moça disse: “ – Pélo a perna diariamente”. (verbo) O ladrão saiu pelo basculante. (preposição) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa para TCE-BA Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 48 PÉLA (substantivo) ≠ PÉLA (verbo) ≠ PELA (preposição) Exemplos: Fulano é um péla. (substantivo = chato)
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