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Curso de Português para TCE-BA

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Aula 00
Curso: Português p/ TCE-BA (Analista e Agente)
Professor: Fabiano Sales
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 Língua Portuguesa para TCE-BA 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales – Aula 00 
 
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AULA 00 
Ortografia oficial. Acentuação gráfica. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
01. Apresentação do Curso 01 
02. Objetivo e Cronograma do Curso 02 
03. Ortografia Oficial 04 
04. Emprego das Consoantes 04 
05. Emprego das Vogais 11 
06. Emprego do “K”, “W” E “Y” 14 
07. Emprego de Algumas Expressões 15 
08. Emprego do Hífen 25 
09. Acentuação Gráfica 35 
10. Lista das Questões Comentadas na Aula 46 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Olá, vitoriosos amigos! Sejam muito bem-vindos! 
 
 É com imensa alegria que recebo o convite da coordenação do Estratégia Concursos para 
elaborar o curso de Língua Portuguesa (Teoria e Questões Comentadas), destinado ao 
concurso do Tribunal de Contas da Bahia, cujas provas estão previstas para 17/11/13. 
 Primeiramente, farei uma sucinta apresentação sobre mim: Meu nome é Fabiano Sales. 
Tenho formação em Letras (Português/Literaturas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ). 
 Iniciei minhas atividades docentes em 2004, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de 
gramática, de técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de 
correspondências oficiais. 
 Leciono em cursos preparatórios, auxiliando diversos candidatos para os principais 
certames públicos do país (Receita Federal, Senado Federal, Tribunais de Contas, BACEN, BB, 
CEF, INSS, TRT’s, TRE's, TRF’s, entre outros). 
 Tenho experiência com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam 
ESAF, NCE/UFRJ, Cesgranrio, FCC, CESPE/UnB e FGV, sendo esta a organizadora do atual 
concurso para o TCE-BA. 
 Desde já, coloco-me à inteira disposição de vocês para ajudá-los a conquistar a almejada 
CLASSIFICAÇÃO. Sempre que for preciso, façam contato por meio do e-mail 
fabianosales@estrategiaconcursos.com.br. Responderei o mais breve possível! 
 
 
 
 
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 Língua Portuguesa para TCE-BA 
Teoria e questões comentadas 
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OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO 
 
 Meus amigos e amigas, o objetivo do presente curso é apresentar aspectos teóricos e 
auxiliá-los na resolução de questões anteriores de Língua Portuguesa, expondo os assuntos 
mais recorrentes nas provas da Fundação Getúlio Vargas. Sendo assim, o curso destina-se 
tanto àqueles que iniciam os estudos na matéria, necessitando de uma preparação objetiva do 
conteúdo, quanto aos concurseiros experientes que desejam revisar os temas ou atualizar o 
conhecimento. 
 No concurso para o TCE-BA, a disciplina de Língua Portuguesa é uma das mais 
importantes. De acordo com o conteúdo programático do edital, serão abordados os seguintes 
conhecimentos: 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Leitura, compreensão e interpretação de textos. Estruturação do texto e dos parágrafos. 
Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais. 
Significação contextual de palavras e expressões. Equivalência e transformação de estruturas. 
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação. Emprego de tempos e modos verbais. 
Pontuação. Estrutura e formação de palavras. Funções das classes de palavras. Flexão nominal e 
verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Concordância nominal e verbal. 
Regência nominal e verbal. Ortografia oficial. Acentuação gráfica. 
 
 
 Sendo assim, proponho o cronograma de aulas abaixo, o qual pretendo seguir fielmente: 
 
 
Nº DA AULA 
 
 CONTEÚDO 
 
 
Aula 00 
11/09/13 
 
 
Ortografia Oficial. Acentuação Gráfica. 
Aula 01 
18/09/13 
 
Estrutura e Formação de Palavras. Emprego das Classes de Palavras 
– Parte 1. 
 
Aula 02 
25/09/13 
 
Emprego das Classes de Palavras – Parte 2. 
 
Aula 03 
02/10/13 
 
Funções das Classes de Palavras. Processos de Coordenação e 
Subordinação. 
 
Aula 04 
09/10/13 
 
Concordância Nominal e Verbal. 
 
Aula 05 
16/10/13 
 
Regência Nominal e Verbal. Ocorrência de Crase. 
 
 
Aula 06 
23/10/13 
 
Pontuação. 
 
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Aula 07 
30/10/13 
 
Leitura, compreensão e interpretação de textos. Estruturação do texto 
e dos parágrafos. Articulação do texto: pronomes e expressões 
referenciais, nexos, operadores sequenciais. Equivalência e 
transformação de estruturas. Significação contextual de palavras e 
expressões. 
 
Aula 08 
06/11/13 
 
Prova comentada da FGV. 
 
 
 
 
 
 A metodologia do curso contempla, em cada tópico (sempre que possível), a exposição da 
teoria seguida da resolução e comentário de questões anteriores sobre o assunto. Nos 
comentários, poderá haver explicações novas. Assim, teoria e questões se complementam. 
 Espero que vocês aproveitem o curso, tirem suas dúvidas, estudem bastante e façam a 
prova com confiança. Desse modo, vamos comemorar a aprovação (e a CLASSIFICAÇÃO!) de 
vocês para o TRIBUNAL DE CONTAS DA BAHIA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
 No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL), 
por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP. 
 Em 26 de setembro de 2008, o Decreto nº 6.583 entrou em vigor, promulgando o Acordo 
Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, o então Presidente Luís Inácio Lula da 
Silva estabeleceu um período de transição, insculpido no artigo 2º, parágrafo único: 
 
 “A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 
de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova 
norma estabelecida.” 
 
 No decorrer desta aula, veremos que muitas questões elaboradas pela Fundação Getúlio 
Vargas são anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei 
as regras antigas e, quando for necessário, as novas normas ortográficas. 
 
 
 Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das 
vogais. 
 
EMPREGO DAS CONSOANTES 
 
 
Emprega-se S (em) ... Exemplos 
- vocábulos iniciados por I, O e U. 
 
 
isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura. 
 
Exceção: ozônio. 
 
- sufixos -OSO e -OSA. 
 
 
brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa. 
 
 
- sufixos -ÊS (adjetivos que indicam 
nacionalidade ou procedência). 
 
dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português. 
 
- sufixos -ESA e –ISA (formam o feminino de 
substantivos concretos ou designam títulos). 
 
 
marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa. 
 
- sufixos ASE, ESE, ISE e OSE. 
 
 
frase, crase, ênfase, tese, síntese, catequese, análise, 
catálise, hidrólise, hipnose, sacarose,apoteose. 
 
Exceções: gaze, deslize. 
 
- depois de ditongos. 
 
 
lousa, aplauso, maisena. 
 
 
- verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos 
derivados). 
 
pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram. 
 
- prefixo TRANS-. 
 
transatlântico, transpor. 
 
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Emprega-se S (em) ... Exemplos 
- palavras derivadas de verbos que possuem 
D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical). 
 
 
colidir, colisão; aludir, alusão. 
 
pretender, pretensão; suspender, suspensão. 
 
imergir, imersão; emergir, emersão. 
 
perverter, perversão; converter, conversão. 
 
repelir, repulsa; compelir, compulsão. 
 
recorrer, recurso; incorrer, incursão. 
 
 
 
Emprega-se SS (em) ... Exemplos 
 
 
 
 
- palavras derivadas de verbos que possuem 
CED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical). 
 
 
 
ceder, cessão; exceder, excesso. 
 
agredir, agressão; transgredir, transgressão. 
 
imprimir, impressão; reprimir, repressão. 
 
prometer, promessa; intrometer, intromissão. 
 
 
- vogal + sufixo “-TIR”. 
 
 
admitir, admissão; demitir, demissão. 
 
 
- prefixo finalizado por vogal + palavra 
iniciada por S. 
 
pressentir, pressentimento. 
 
 
 
Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos 
- palavras africanas, árabes ou indígenas. 
 
açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu. 
 
- após ditongos. 
 
 
afeição, beiço, correição. 
 
Exceções: coice, foice. 
 
 
- sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, 
-ENÇA, -ÇÃO. 
 
 
barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança, 
petição. 
 
 
- palavras derivadas do verbo TER. 
 
 
ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção. 
 
- palavras derivadas do verbo TORCER. 
 
 
torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, 
distorção. 
 
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Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos 
- palavras derivadas de outras que possuem 
“T” no radical. 
 
optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento, 
isenção; correto, correção; setor, seção. 
 
Emprega-se Z (em) ... Exemplos 
 
 
- palavras iniciadas pela sílaba A. 
 
 
azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azêmola, 
aziago, azul. 
 
Exceções: asa, asado (provido de asas), Ásia, 
asilo, asinino. 
 
 
- palavras derivadas de outras que contenham 
Z no radical. 
 
 
baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar, 
cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize. 
 
 
 
 
 
 
 
- antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A). 
 
 
bambu, bambuzal; botão, botãozinho, botõezinhos; 
café, cafezal, cafezinho; pá, pazinha, pazada. 
 
Observação! 
 
Em regra, grafam-se com S os derivados de 
palavras cuja forma primitiva contenha S. 
 
Exemplos: 
 
lápis - lapisinho, lapiseira 
mesa – mesinha, mesada 
casa - casinha, casebre 
japonês - japonesinho 
parafuso – parafusinho 
 
 
- sufixos -EZ e –EZA (formadores de 
substantivos abstratos derivados de adjetivos). 
 
límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo, 
beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza. 
 
 
 
 
 
 
 
- sufixos -IZAR e -IZAÇÃO. 
 
 
 
utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar, 
centralização; legalizar, legalização. 
 
Observação! 
 
 Alguns verbos recebem apenas -AR como 
sufixo. Portanto, devem ser grafados com S. 
 
Exemplos: 
 
frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de 
piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de 
análise), improvisar (de improviso), paralisar (de 
paralisação). 
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Emprega-se Z (em) ... Exemplos 
 
 
 
- segmento final da palavra, se o fonema /z/ 
não estiver entre vogais. 
 
audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz, 
albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz, 
mastruz. 
 
Exceções: abatis, ananás, anis, após, atrás, 
através, gás, ilhós, invés, lilás, quis, retrós, revés, 
viés. 
 
 
- verbos finalizados em -ER e -IR. 
 
 
 
fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir. 
 
Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar). 
 
 
 
1. (FGV-2008/Senado) O vocábulo anabolizar está grafado corretamente. Assinale a 
alternativa em que haja pelo menos uma palavra com erro de grafia. 
 
(A) profissionalizar – pesquisar 
(B) paralizar – realizar 
(C) hostilizar – analisar 
(D) indenizar – inferiorizar 
(E) informatizar – ironizar 
 
Comentário: Conforme as lições de ortografia, alguns verbos recebem apenas o sufixo -AR. É o 
caso de “paralisar”, proveniente de “paralisação”. Portanto, a grafia correta se dá com a 
consoante -s. Por sua vez, a forma “realizar” está correta, pois o sufixo “-izar” deve ser grafado 
com –z. 
 
Gabarito: B. 
 
 
Emprega-se G em... Exemplos 
 
 
 
 
 
- após A inicial. 
 
 
agente, ágil, agiota, agir, agouro. 
 
Observação! 
 
Grafam-se com J os derivados de palavras que 
contenham J no radical. 
 
Exemplos: jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo, 
ajuizar. 
 
 
 
 
- após R, geralmente. 
 
 
aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir, 
virgem. 
 
Exceções: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de 
sarja). 
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Emprega-se G em... Exemplos 
 
- finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO. 
 
 
sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio. 
 
 
- finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, -
OGE, -UGEM. 
 
 
garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem. 
 
Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem. 
 
 
- formas infinitivas de verbos terminados em 
-ER e -IR. 
 
 
constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir), 
infligir (aplicar). 
 
 
 
 
Emprega-se J (em) ... Exemplos 
 
- vocábulos derivados de 
palavras que contenham J 
no radical. 
 
 
jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta; 
laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro; 
lisonja, lisonjeado, lisonjeiro. 
 
 
- palavras ameríndias, 
árabes e latinas. 
 
 
pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste, 
manjericão, alforje, hoje, objeto. 
 
 
- terminação -AJE. 
 
 
laje, traje, ultraje. 
 
 
 
 
 
 
- formas verbais terminadas 
em -JAR. 
 
 
 
arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos, 
bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei, 
viajemos, viajem. 
 
Observação! 
 
Cuidado os parônimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar). 
 
Exemplos: 
 
Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa.(substantivo) 
 
Desejo que eles viajem hoje à noite. 
 (verbo) 
 
 
 
 
 Importante! 
 
 Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção, 
interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito. 
 
 
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Emprega-se X (em) ... Exemplos 
 
 
- após ditongos. 
 
 
ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo. 
 
Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho). 
 
 
 
- palavras de origem africana 
ou indígena. 
 
 
 
abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu. 
 
 
 
 
 
 
 
- depois das sílabas iniciais: 
 
Me- 
 
La- 
 
Li- 
 
Lu- 
 
Gra- 
 
Bru- 
 
En- 
 
 
 
mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo). 
 
Exceção: mecha (substantivo). 
 
laxante. 
 
lixa, lixo. 
 
luxo, luxúria. 
 
graxa. 
 
bruxa, Bruxelas, bruxelês. 
 
enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar, 
enxerto, enxergar, enxotar, enxugar. 
 
Exceções: enchova, encher, encharcar e derivados desses 
vocábulos. 
 
Observação! 
 
Quando en- for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva. 
 
Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa). 
 
 
 
 
Importante! 
 
 Fiquem atentos à grafia das seguintes palavras: esplêndido, estender, estendido, 
estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos). 
 
 
 
Emprega-se CH (em) ... Exemplos 
 
- cognatos das palavras 
com CH- . 
 
chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre), 
chaveiro (de chave), pichação (de piche). 
 
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Emprega-se CH (em) ... Exemplos 
 
- segmentos iniciais CHAM- 
e CHO- . 
 
 
chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, choupana. 
 
Exceção: xampu. 
 
 
- sufixos -ACHO, -ICHO e 
UCHO(A). 
 
 
riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha. 
 
 
 
 
Dicas estratégicas! 
 
 1ª) Quando “en-” for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar 
(de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo), 
enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher). 
 
 2ª) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote, 
chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha 
(prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha 
(prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho. 
 
 
2. (FGV-2008/Senado) “Em primeiro lugar, não estão em xeque as inegáveis e 
insubstituíveis virtudes que os mercados possuem quando funcionam de maneira mais 
livre, sem interferências externas, na alocação dos recursos.” 
No trecho acima, grafou-se corretamente a palavra xeque, de acordo com o sentido 
pretendido no texto. Assinale a alternativa em que não se tenha mantido correção gráfica 
ao utilizar a palavra destacada. 
 
(A) Finalmente o enxadrista deu o xeque-mate. 
(B) Com ética e consciência cidadã, o povo dará um cheque à corrupção. 
(C) Chegou em visita ao Congresso o xeque árabe. 
(D) Porque estava sem talão, teve de pedir um cheque avulso. 
(E) Deixe que eu cheque a lista de passageiros. 
 
Comentário: Vamos analisar as assertivas. 
 
A) Resposta correta. A expressão “xeque-mate” é empregada no jogo de xadrez. Houve a grafia 
correta com a letra x. 
B) Resposta incorreta. A palavra “cheque” foi empregada em sentido conotativo, figurado. 
Nesse caso, significa “por fim à corrupção”, devendo ser grafada com a letra x. 
C) Resposta correta. No contexto, a palavra “xeque” significa “soberano árabe”, estando correta 
a grafia. Também existe a variante “xeique”. 
D) Resposta correta. Conforme vimos nas lições, “cheque” significa “ordem de pagamento”, 
estando correta a grafia com ch. 
E) Resposta correta. No contexto, “cheque” é flexão do verbo “checar” (verificar) no presente do 
subjuntivo. Portanto, está correta a grafia com ch. 
 
Gabarito: B. 
 
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Emprega-se H (em)... Exemplos 
 
 
 
- compostos ligados por hífen em 
que o segundo elemento começa 
com H. 
 
 
 
anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem, 
infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história, 
mini-hotel, ultra-humano. 
 
Atenção à grafia correta das seguintes palavras: desarmonia, 
desumano, lobisomem. 
 
 
- verbo HAVER (e em suas flexões). 
 
 
havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver. 
 
 
- substantivo próprio BAHIA (Estado 
do Brasil). 
 
 
Observação! 
 
Os derivados da palavra Bahia são grafados sem H. 
 
Exemplos: baiano, baianinha, baianada. 
 
 
 
EMPREGO DAS VOGAIS 
 
Emprega-se E (em)... Exemplos 
 
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular 
(tu e ele) e na 3ª pessoa do plural (eles) dos verbos 
terminados em –IR. 
 
Reunir – tu reúnes, ele reúne, eles reúnem. 
Partir – tu partes, ele parte, eles partem. 
 
 
 
 
- Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos 
verbos terminados em -OAR e -UAR. 
 
 
Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele 
magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles 
magoem. 
 
Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele 
pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles 
pontuem. 
 
 
 
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos 
seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar, 
remediar, incendiar e odiar. 
 
Os demais são regulares: “Arriar” (abaixar-se) - arrio, 
arrias, arria, arriamos, arriais, arriam. 
 
“Arrear” (pôr o arreio) termina em –EAR: arreio, arreias, 
arreia, arreamos, arreais, arreiam. 
 
M ediar – eu medeio, tu medeias, ele 
medeia, eles medeiam. 
A nsiar – eu anseio, tu anseias, ele anseia, 
eles anseiam. 
R emediar – eu remedeio, tu remedeias, ele 
remedeia, eles remedeiam. 
 I ncendiar – eu incendeio, tu incendeias, ele 
incendeia, eles incendeiam. 
O diar – eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles 
odeiam. 
 
Observação! 
 O verbo intermediar segue o 
paradigma do verbo mediar. 
 
 
 
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Reforçando... 
 
Emprega-se a vogal E nos: 
 
 
 
 
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Atenção! 
 
 As seguintes palavras devem ser grafadas com “e”: beneficência, cadeado, candeeiro, 
creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever),descriminar (inocentar), desperdício, 
despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa), 
periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso! 
 
 
Emprega-se I (em)... Exemplos 
 
 
 
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do 
singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, 
-AIR e -OER. 
 
 
-UIR: tu possuis, ele possui; tu 
contribuis, ele contribui; tu constróis, 
ele constrói. 
-AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais, 
ele retrai; tu distrais, ele distrai. 
-OER: tu róis, ele rói; tu móis, ele mói; 
tu remóis, ele remói. 
 
 
 
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos 
verbos terminados em -EAR. 
 
Recear – eu receio, tu receias, ele 
receia, eles receiam. 
Frear – eu freio, tu freias, ele freia, eles 
freiam. 
Passear – eu passeio, tu passeias, ele 
passeia, eles passeiam. 
Arrear – eu arreio, tu arreias, ele 
arreia, eles arreiam. 
 
 
 As seguintes palavras devem ser grafadas com “i”: aborígine, açoriano, camoniano, 
calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição 
(discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio, 
impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo, 
pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova. 
 
3. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam 
corretamente grafadas. 
 
(A) pudico – decúbico 
(B) rúbrica – déficit 
(C) impecílio – hojeriza 
(D) disenteria – privilégio 
(E) possue – discreção 
 
Comentário: As palavras estão corretamente grafadas na assertiva D. A vogal “i” foi 
perfeitamente empregada nos vocábulos “disenteria” e “privilégio”. 
 
 Vamos analisar o erro nas opções. 
 
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A) Resposta incorreta. A grafia de “pudico” está correta; é uma palavra paroxítona (o acento 
tônico recai na penúltima sílaba) terminada em -o. Portanto, não recebe acento. Entretanto, o 
vocábulo “decúbico” foi incorretamente grafado. A grafia correta é “decúbito” (estar deitado). 
B) Resposta incorreta. Na palavra “rubrica” ocorreram dois erros: um de silabada (troca indevida 
da sílaba tônica do vocábulo) e o emprego inadequado do acento agudo. A grafia correta é 
“rubrica”. O vocábulo “déficit”, por sua vez, foi grafado corretamente. 
C) Resposta incorreta. O vocábulo “impecílio” estaria corretamente grafado se apresentasse a 
forma “empecilho”. Já a palavra “hojeriza” também está incorreta, pois, segundo as regras 
ortográficas, o correto é “ojeriza”. 
E) Resposta incorreta. Emprega-se a vogal “i” na 2ª e 3ª pessoas do singular, do presente do 
indicativo: tu possuis, ele possui. Por sua vez, “discreção” está incorretamente grafada. Para 
corrigir essa palavra, deveremos grafar “discrição” (discreto). 
 
Gabarito: D. 
 
 
EMPREGO DO “K”, “W” E “Y” 
 
ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. 
 
 
 O Novo Acordo Ortográfico restabeleceu as letras k, w e y em nosso alfabeto, que passou 
a ter 26 letras. Sendo assim, é muito provável que vocês estejam se perguntando: “Como 
empregá-las?”. 
 Pessoal, o emprego dessas letras ocorrerá em: 
 
- nomes de pessoas originários de outras línguas ou derivados. 
 
Exemplos: Franklin, frankliniano; Kafka, kafkaniano; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; 
Byron, byroniano; Taylor, taylorista. 
 
- nomes de lugares originários de outras línguas (e seus derivados). 
 
Exemplos: Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano. 
 
- siglas, símbolos e palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional. 
 
Exemplos: TWA; KLM; kw (quilowatt); Watt; yd (jarda, do inglês yard); km (quilômetro); 
kg (quilograma); W - oeste (west); SW - sudoeste (southwest); NW - noroeste (northwest); 
K (Potássio); W (Tungstênio); Y (Ítrio). 
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 E quanto à classificação dessas letras? Serão vogais ou consoantes ? Respondo a vocês 
que a classificação dependerá da forma em que aparecerem nos vocábulos, ou seja, de acordo 
com a pronúncia. Vejamos: 
 
K – sempre consoante. É pronunciado com som de C quando surgir antes das vogais a, o e u e 
no grupo QU que antecede as vogais e e i : Kafka, Kioto. 
 
 será vogal ou semivogal, nas palavras de origem inglesa. Em geral, é pronunciado 
 como U: William, Wilson, show. 
W 
 
 será consoante, nas palavras de origem alemã. Geralmente, é pronunciado como V: 
 Wagner , wagneriano. 
 
Y – será vogal (ou semivogal), sendo, geralmente, pronunciado como I: Taylor, taylorista. 
 
 
 
EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES 
 
 
• A (preposição/artigo) x HÁ (verbo) 
 
A (preposição) – indica relação de distância ou de tempo futuro. 
 
Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância) 
Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição= ideia de futuro) 
 
A (artigo) – determina nomes femininos. 
 
Exemplo: A prova será fácil. 
 
HÁ (verbo) – indica “tempo passado” ou a “existência de algo/alguém”. Nestas acepções, deve 
permanecer na terceira pessoa do singular, pois é um verbo impessoal. 
 
Exemplos: 
Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.) 
Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.) 
 
 
 
• AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A 
 
AO ENCONTRO DE – em direção a, favoravelmente. 
 
Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.) 
 
DE ENCONTRO A – ir contra; choque. 
 
Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.) 
 
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• AFIM X A FIM 
 
AFIM – indica “semelhança”, “parentesco”. 
 
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.) 
 
A FIM – indica “finalidade”. equivale à conjunção final “para”. 
 
Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.) 
 
 
4. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ-Adaptada) Julgue o item a seguir. 
 
No período “As idéias dela sempre vêm de encontro às minhas, ou seja, sempre concordamos 
um com o outro.”, a expressão em destaque está de acordo com as regras ortográficas e 
com a adequação vocabular. 
 
Comentário: A expressão adequada seria “ao encontro de” (favoravelmente). Esta locução 
deveria ter sido empregada no período do enunciado, porque “de encontro a” significa “ir contra, 
choque, colisão”, não se adequando ao trecho em análise. 
 
Gabarito: Item incorreto. 
 
 
• ACERCA DE X A CERCA DE X HÁ CERCA DE X CERCA DE 
 
 
ACERCA DE - significa “a respeito de”, “sobre”. 
 
Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.) 
 
 
A CERCA DE - ideia de “aproximadamente”, “perto de”. 
 
Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive à distância de 50 metros 
da linha de chegada.) 
 
 
CERCA DE – transmiteideia “durante”, “aproximadamente”. 
 
Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.) 
 
 
HÁ CERCA DE - significa “faz aproximadamente”, indicando tempo passado. 
 
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) 
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.) 
 
 
 
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• EM VEZ DE X AO INVÉS DE 
 
EM VEZ DE – indica “em lugar de”. 
 
Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um 
sanduíche.) 
 
 
AO INVÉS DE – indica “ao contrário de”. 
 
Exemplo: Ao invés de trabalhar, dormiu. / Ao invés de subir, desceu. 
 
 
Importante! 
 
 A expressão “ao invés de” só deve ser empregada quando houver idéias contrárias. No 
segundo quadrinho, há ideia de “em lugar de”. 
 
 
 
 Por essa razão, a frase da atendente está errada. O correto é: “Oi, Ju, bom dia! Em vez de 
ir com a Lu, vou com você”. 
 
 
5. (FGV-2008/Polícia Civil/RJ-Adaptada) “Concluída a fusão dos mercados, em vez de rumar 
para a integração política e consolidar seu protagonismo na cena mundial, a Europa faz da 
integração um utensílio da exclusão. Claro está que Bruxelas não pode evitar a deriva à direita de 
certos Estados, mas tampouco necessita servir à regionalização da xenofobia.” 
A respeito do trecho acima, analise o item a seguir: 
 
I. A expressão em vez de não poderia ser substituída, no trecho, por ao invés de. 
 
Comentário: No contexto, a expressão “em vez” deve ser substituída por “ao invés de”, pois os 
trechos “rumar para a integração política e consolidar seu protagonismo na cena mundial” e “faz 
da integração um utensílio da exclusão” apresentam sentidos opostos. 
 
Gabarito: Item incorreto. 
 
 
 
 
 
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• MAL X MAU 
 
MAL (advérbio/substantivo) - oposto de “bem”. 
 
Exemplos: Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.) 
Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.) 
 
 
MAL - conjunção subordinativa temporal equivalente a “logo que”. 
 
Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.) 
 
 
MAU (adjetivo) – contrário de “bom”. 
 
Exemplo: Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.) 
 
 
 
• ONDE X AONDE X DE ONDE 
 
 
ONDE – empregado com verbos que exprimem “ESTADO” ou “PERMANÊNCIA”. 
 
Exemplos: A cidade onde estou é linda. 
Onde você deixou os óculos ? 
 
Cuidado! 
 
 “Onde” deve ser empregado somente quando houver referência a lugar: “A cidade onde 
estou é linda”. 
 
 É incorreto o emprego em outros contextos, tais como “A situação onde me encontro é 
favorável”. Notem que, no exemplo apresentado, não há referência a lugar, razão por que o 
emprego de “onde” está incorreto. Nesse caso, é correto o emprego das expressões “em que” ou 
“na qual”: 
 
A situação em que me encontro é favorável. / A situação na qual me encontro é favorável. 
 
 
AONDE – empregado com verbos que exprimem “MOVIMENTO”. 
 
Exemplo: Aonde você quer chegar ? 
 
 No exemplo acima, o verbo “chegar” indica movimento, regendo o emprego da preposição 
“a”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a forma “aonde”. 
 
 
 
 
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DE ONDE – empregado com verbos que exprimem “ORIGEM”, “PROCEDÊNCIA”. 
 
Exemplo: De onde você veio ? 
 
 No exemplo acima, o verbo “vir” indica origem, procedência, regendo o emprego da 
preposição “de”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a expressão “de 
onde” ou a contração “donde” (de + onde). 
 
 
6. (FGV-2008/Prefeitura de Campinas) “Ninguém sabe aonde essa transformação vai chegar.” 
Uma das freqüentes dificuldades no uso da língua reside na opção entre o uso do onde e do 
aonde, grifado na frase acima. 
Assinale a alternativa em que não se tenha empregado a forma correta. 
 
(A) As escolas onde estivemos estavam bem conservadas. 
(B) Estivemos naquela cidade onde se deu o encontro de professores. 
(C) Sabemos onde nossos projetos pretendem chegar. 
(D) A nossa preocupação era onde entregar os relatórios. 
(E) Haveria, sempre, um lugar onde pudéssemos descansar nossas angústias. 
 
Comentário: Na assertiva C, temos o verbo “chegar”, que indica movimento. Por essa razão, a 
regência é transitiva indireta, exigindo o emprego da preposição “a”: “Sabemos aonde nossos 
projetos pretendem chegar”. 
 
Gabarito: C. 
 
 
• OS PORQUÊS 
 
POR QUE (separado e sem acento) - é usado em: 
 
a) interrogativa direta. 
 
Exemplo: Por que você faltou à aula ontem? 
 
b) interrogativa indireta. 
 
Exemplo: Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem. 
 
Dica estratégica! 
 
 
 A forma “POR QUE” (separada e sem acento) também pode ser empregada nos 
seguintes contextos: 
 
• Preposição + pronome interrogativo, equivalente a “por qual razão”. 
 
Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto; 
só sei que serei aprovado.) 
 
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• Preposição + pronome relativo, equivalente a “pelo qual” (e flexões). 
 
Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.) 
 
• Após as palavras denotativas “EIS” e “DAÍ”. 
 
Exemplos: “Eis por que seremos aprovados.” 
“Daí por que dizemos que seremos aprovados.” 
 
 
Cuidado! 
 
Se a forma “por que” estiver substantivada, o correto é empregar “porquê” (junto e com acento). 
Neste caso, será equivalente a motivo, razão. 
 
Exemplos: Eis o porquê de nossa aprovação. 
Daí um porquê de seu sucesso: o estudo. 
 
 
• POR QUÊ (separado e com acento) – é usado quando no final da frase. 
 
Exemplo: Não fez a prova? Por quê? (o “quê” é tônico; por isso, é acentuado) 
 
 
 Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do 
período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual. 
 
Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o “quê” é tônico) 
 
 
• PORQUE (junto e sem acento) - é usado em respostas. Dependendo do contexto em que 
estiver inserido, indicará uma: 
 
a) explicação (= pois) 
 
Exemplo: A moça chorou, porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos 
estão vermelhos.) 
 
 
b) causa (= já que) 
 
Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi 
aprovada no concurso.) 
 
 
c) finalidade ( = para que). 
 
Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.) 
 
 
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Observação! 
 
 A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas, 
quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito). 
 
Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada? 
 
 
• PORQUÊ (junto e com acento) – é um substantivo usado sempre que vier precedido de 
determinante. Significa motivo, razão, causa. 
 
Exemplos: Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de 
suas faltas.) 
 
Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.) 
 
 
 Na primeira estrofe da música “Gostava tanto de você”, cuja autoria pertence a Tim Maia, 
houve o emprego da forma “porque”. O emprego foi correto ? 
 
Gostava Tanto de Você 
 
Não sei porque você se foi 
Quantas saudades eu senti 
E de tristezas vou viver 
E aquele adeus não pude dar... 
 (Tim Maia) 
 
Resposta: Não! A forma correta seria “por que”, pois é uma sequência composta por uma 
preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão: 
 
Gostava Tanto de Você 
 
Não sei por que você se foi 
Quantas saudades eu senti 
E de tristezas vou viver 
E aquele adeus não pude dar... 
 (Tim Maia) 
 
 
7. (FGV-2011/TRE-PA) Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem 
e quais são suas propostas. 
No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE. Assinale a alternativa em 
que isso NÃO tenha ocorrido. 
 
(A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se apresentar claramente. 
(B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos políticos. 
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(C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos políticos, as alianças 
rapidamente se dissolvem. 
(D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para cargos 
importantes. 
(E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes. 
 
Comentário: O erro encontra-se na assertiva D. Conforme vimos nas lições, a forma “por quê” 
(separada e com acento) pode ser usada em final de oração, antes de pausa (não 
necessariamente no final do período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual. É o que 
deveria ter ocorrido no excerto em análise: “Às vezes sem saber por quê, o povo escolhe 
determinados candidatos para cargos importantes”. 
 
Gabarito: D. 
 
8. (FGV-2010/CODESP) O aproveitamento das oportunidades que estão surgindo é valioso 
porque, além da realização pessoal na vida profissional, é um atalho para melhorar dos 
níveis de renda e de bem-estar de fatias cada vez maiores da população brasileira. 
No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê. Assinale a 
alternativa em que isso não tenha ocorrido. 
 
(A) Sem ter por quê, em se falando de habilidades, discutir mais profundamente, calamo-nos. 
(B) Vamos destacar as habilidades por que somos conhecidos. 
(C) Ele esperava saber por que, naquele departamento, sua habilidade não era valorizada. 
(D) Porque nossa habilidade não era valorizada não íamos demonstrá-la? 
(E) Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta incorreta. No trecho, seria adequado o emprego da forma “por que” (preposição + 
pronome interrogativo), pois equivale a por qual motivo, por qual razão. 
B) Resposta correta. No contexto, a forma “por que” pode ser substituída pela expressão pelas 
quais: Vamos destacar as habilidades pelas quais (...)”. Logo, o emprego está correto. 
C) Resposta correta. Há uma pergunta indireta, o que justifica o emprego da forma “por que” 
(separa e sem acento). 
D) Resposta correta. A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases 
interrogativas, quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito). É o que ocorre na 
assertiva. Portanto, está correto o emprego. 
E) Resposta correta. Conforme vimos nas lições, a forma “por quê” (separada e com acento) 
pode ser usada no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do período), 
quando for equivalente a motivo, razão pela qual. Logo, o emprego está correto. 
 
Gabarito: A. 
 
9. (FGV-2006/SERC-MS) Perguntei por que ele não tocava mais piano. 
Assinale a alternativa correta acerca do uso do porquê na frase acima. 
 
(A) A forma está correta, pois corresponde à preposição POR + o pronome relativo QUE. 
(B) A forma está correta, pois é uma conjunção, sendo, nesse caso, sempre grafada como duas 
palavras. 
(C) A forma está correta, pois equivale a "por qual razão", caracterizando uma pergunta indireta. 
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(D) A forma está incorreta, pois a forma com duas palavras só se usa em perguntas. O correto 
seria PORQUE. 
(E) A forma está incorreta, pois, embora seja grafada com duas palavras, a forma QUE deveria 
levar acento circunflexo. 
 
Comentário: Segundo as lições, vimos que a forma “por que” (separada e sem acento) também 
pode ser empregada em pergunta indireta. No caso em tela, a expressão é composta pela 
preposição “por” seguida do pronome interrogativo “que” e equivale a “por qual razão”. 
 
Gabarito: C. 
 
 
• SE NÃO X SENÃO 
 
 
 Letra:Chico da Silva 
 
 SE NÃO - formado por "SE" (conjunção condicional) + "NÃO" (advérbio). Equivale a 
"CASO NÃO". 
 
Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no 
concurso.) 
 
 
 SENÃO - equivalente a "CASO CONTRÁRIO", "EXCETO". 
 
Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário 
você não terá sucesso.) 
 
Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa, 
exceto ela.) 
 
 
 Espero que tenham compreendido a explicação, senão (= caso contrário) explicarei 
novamente. Se não (= Caso não) conseguirmos isso na próxima explicação, retomaremos o tema 
quantas vezes forem necessárias! :-) 
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• AGENTE X A GENTE 
 
 
AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador, 
delegado, administrador etc.). 
 
Exemplo: O agente chegou cedo à repartição. 
 
A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de 
uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada 
permanece na 3ª pessoa do singular. 
 
Exemplo: A gente vai à praia amanhã. 
 
 
• DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa) 
 
 
 Antes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão “dia-a-dia” era grafada 
com hífen (ou traço de união). 
 
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo. 
 
 Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido: 
dia a dia.Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a 
“cotidiano”, a expressão será um substantivo) 
 
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será 
locução adverbial de tempo) 
 
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EMPREGO DO HÍFEN (OU TRAÇO DE UNIÃO) 
 
 A seguir, apresentarei a vocês um ponto muito cobrado nas provas da Fundação Getúlio 
Vargas: o emprego do hífen (ou traço de união). Primeiramente, demonstrarei as regras antigas 
e, quando necessário, apresentarei as mudanças implantadas pelo Novo Acordo Ortográfico. 
 Sempre me dizem: “Professor, são muitas regras. Como decorá-las?”. Fiquem tranquilos, 
meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que 
facilitarão a memorização. 
 
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, 
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais 
diferentes. 
 
Para memorizar: 
 
P SEUDO- 
S EMI- 
I NTRA- 
C ONTRA- 
A UTO- 
N EO- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes. 
E XTRA- 
P ROTO- 
I NFRA- 
U LTRA- 
S UPRA- 
 
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Exemplos: pseudo-homérico, neo-republicano, proto-revolução, pseudo-sábio, semi-selvagem, 
ultra-secreto, intraauricular, autoônibus, contra-indicação, intra-ocular, extra-oficial, supra- 
-excitação. 
 
Exceção: extraordinário. 
 
 
 
 
 É necessário tecer alguns comentários sobre a partícula “mega-”: 
 
a) segundo o sistema ortográfico antigo, o elemento “mega-“ não se une ao vocábulo posterior 
iniciado pelas consoantes R e S. Assim, seria correto duplicá-las: megarritual, megassucesso. 
(regra mantida pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). 
 
b) segundo o sistema ortográfico antigo, o elemento “mega-“ não se une ao vocábulo posterior 
por meio de hífen (ou traço de união), ainda que este seja iniciado por “h”: megadiversidade, 
megaevento, megaomenagem, megaipótese. 
 
10. (FGV-2008/Senado) A palavra megadiversidade foi grafada corretamente no texto. 
Assinale a alternativa em que, compondo-se palavra com o elemento mega-, obedeceu-se 
às regras de ortografia. 
 
(A) mega-homenagem 
(B) megaipótese 
(C) mega sucesso 
(D) megaritual 
(E) mega-evento 
 
Comentário: Como a questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa, vamos analisá-la à luz das regras antigas. Conforme vimos nas lições, não haverá 
hífen entre o falso prefixo “mega-“ e a palavra seguinte: megaomenagem, megaipótese, 
megaevento. Quando o vocábulo posterior for iniciado pelas consoantes R ou S, estas letras 
deverão ser duplicadas: megarritual, megassucesso. Logo, a letra B é o gabarito da questão. 
 
Gabarito: B. 
 
 
 É importante ressaltar que, segundo o Acordo Ortográfico da Língua portuguesa, 
haverá o emprego do hífen entre o elemento “mega-” e o vocábulo posterior, caso este 
seja iniciado pela letra “h”: mega-homenagem, mega-hipótese. 
 
 
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APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, 
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogal igual à última 
do prefixo. 
 
Para memorizar: 
 
 
P SEUDO- 
S EMI- 
I NTRA- 
C ONTRA- 
A UTO- 
N EO- antes de ‘H’ e de vogal igual à última do prefixo 
E XTRA- 
P ROTO- 
I NFRA- 
U LTRA- 
S UPRA- 
 
 
 Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por ‘R’ e ‘S’, estas consoantes serão 
duplicadas. 
 
Exemplos: pseudo-homérico, neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem, 
ultrassecreto, intra-auricular, auto-ônibus. 
 
Dica estratégica! 
 
 Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- não se enquadram na regra acima. 
 
Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar 
(co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante), 
correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição), 
desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável). 
 
 
 
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas 
por ‘H’, ‘R’ e ‘S’. 
 
Para memorizar: 
 
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A NTE- 
 
A NTI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’. 
S OBRE- 
A RQUI- 
 
 
Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, arqui-rival, ante-sala, anti- 
-semita, sobre-saia. 
 
Exceções: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto. 
 
 
11. (FGV-2007/SEFAZ-RJ) Em antimaterialista, utilizou-se corretamente a regra de emprego 
do hífen com o prefixo anti-. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. 
 
(A) anti-higiênico 
(B) antiaéreo 
(C) anti-rábico 
(D) anti-semita 
(E) anti-inflacionário 
 
Comentário: Novamente, vamos analisar a questão à luz das regras anteriores ao Novo Acordo 
ortográfico. Conforme o sistema ortográfico antigo, não se emprega hífen entre prefixos 
terminados por vogal e palavras iniciadas pela mesma vogal: antiinflacionário. Logo, o gabarito 
da questão é a letra E. 
 
Gabarito: E. 
 
 
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas 
por ‘H’ e por vogal idêntica à última do prefixo. 
 
 
A NTE- 
 
A NTI- antes de ‘H’ e vogal idêntica à última do prefixo 
S OBRE- 
A RQUI- 
 
* Diante de R e S, duplicam-se estas consoantes. 
 
Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, anti-inflamatório, arqui- 
-inimigo, anteontem, antiaéreo, arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente, 
sobressaltar, sobressalto. 
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Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e 
‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
S UPER- 
H IPER- antes de ‘H’ e ‘R’ 
 I NTER- 
 
 
Exemplos: super-requintado, hiper-humano, inter-resistente. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixosSOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem ‘R’ (regra mantida pelo novo 
acordo ortográfico). 
 
Para memorizar: SOBABADOB 
 
 
S 
O 
B- 
 
A que antecedem ‘R’ 
B- 
 
A 
D- 
 
O 
B- 
 
 
 
Exemplos: sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptício. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - no prefixo SUB- que antecede ‘B’ , ‘R’ e ‘H’. (regra mantida pelo novo acordo 
ortográfico) 
 
Exemplos: sub-base, sub-bibliotecário, sub-reino, sub-reptício, sub-humano. 
 
 
 O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) também admite a grafia 
subumano. 
 
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12. (FGV-2008/Senado) Em não-efetivação, utilizou-se corretamente o hífen. Das palavras 
abaixo, somente uma está correta. Assinale-a. 
 
(A) sócio-ambiental 
(B) tele-reportagem 
(C) macro-encefalia 
(D) trans-humano 
(E) sub-reptício 
 
Comentário: Segundo o antigo sistema ortográfico, deveremos empregar hífen quando o prefixo 
sub- anteceder as letras b, h e r. Portanto, a grafia do vocábulo “sub-reptício” está correta. 
 
 Analisando as demais opções, percebemos que os elementos “sócio-“, “macro-“, “tele-“ e 
“trans-“ são pseudoprefixos, razão pela qual não serão seguidos de hífen: socioambiental, 
telerreportagem, macroencefalia e transumano. 
 
Gabarito: E. 
 
13. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Em inter-regionais, utilizou-se corretamente a regra do hífen 
diante de palavras que se iniciam com a letra r. Assinale a alternativa em que isso não 
tenha ocorrido. 
 
(A) super-regional 
(B) sub-região 
(C) micro-região 
(D) intra-regional 
(E) pseudo-região 
 
Comentário: Conforme vimos nas lições, emprega-se hífen nos prefixos SUPER-, INTER- e 
HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e ‘R’. Portanto, “super-regional” está 
corretamente grafado. Com relação ao prefixo SUB-, haverá hífen sempre que anteceder as 
letras ‘B’, ‘R’ e ‘H’. Logo, “sub-região” o emprego do traço de união está correto. O erro de 
questão encontra-se na assertiva C, pois, segundo o sistema ortográfico antigo, o elemento 
“micro-“ é um pseudoprefixo, razão por que não haverá emprego de hífen. Como a palavra 
seguinte é iniciada por R, esta consoante deveria ter sido duplicada: microrregião. 
 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e 
vogais. 
 
Para memorizar: Lembrem-se de CPM. 
 
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C IRCUM- 
 
P AN- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais 
 
M AL- 
 
 
 
Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, mal-humorado, circum-escolar, pan-americano, 
mal-educado. 
 
 
14. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Em inospitaleiras, ao se juntar o prefixo à palavra 
hospitaleiras, houve perda da letra h. Assinale a alternativa em que a junção dos dois 
elementos se deu de forma incorreta, provocando erroneamente a perda da letra h. 
 
(A) subumano 
(B) megaomenagem 
(C) panispânico 
(D) multiabilidoso 
(E) socioistórico 
 
Comentário: Conforme o sistema ortográfico anterior ao Decreto nº 6.583/2008, emprega-se 
hífen nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais. 
Logo, a palavra “panispânico” está incorretamente grafada. A correção é “pan-hispânico”. 
 
Gabarito: C. 
 
 
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais, e no prefixo 
MAL-, que antecede palavras iniciadas por ‘H’, ‘L’ e vogais. 
 
 
C IRCUM- 
 antes de ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais 
P AN- 
 
 
M AL- antes de ‘H’, ‘L’ e vogais 
 
 
Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado, 
pan-mágico, circum-navegação, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo, 
mal-lavado, malsucedido. 
 
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 Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doença, deveremos empregar o 
hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis). 
 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos PÓS-, PRÉ- e PRÓ-, quando estes forem tônicos e conservarem 
autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
 
P ÓS- 
P RÉ- quando tônicos. 
P RÓ- 
 
 
 Neste caso, os prefixos serão acentuados graficamente. 
 
Exemplos: pré-histórico, pré-eleitoral, pré-escolar, pós-meridiano, pós-moderno, pós-eleitoral, 
pós-guerra, pró-europeu, pró-ativa. 
 
 Mas (sem hífen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente, 
preeminência, preexistir, prefácio, posfácio, pospor. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 
 - nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra 
mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
S EM- 
S OTA- 
S OTO- 
 em qualquer caso 
V ICE- 
V IZO- 
E X- 
 
 
 
Exemplos: sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente. 
 
 
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Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos os prefixos BEM-, ALÉM-, RECÉM- e AQUÉM-, em qualquer caso. 
(regra mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
Exemplos: bem-aventurado, bem-vindo, bem-sucedido, além-mar, recém-nascido, 
aquém-fronteiras. 
 
 
Exceções: benfazejo (benfazer), benfeito, benfeitor, benquerença (benquerer). 
 
 
15. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “Podemos caracterizar as economias bem-sucedidas do 
pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores que selaram seu êxito 
nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.” 
A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir: 
 
I. O antônimo de bem-sucedidas é “malsucedidas”. 
 
II. A palavra pós-guerra é grafada com hífen, assim como toda palavra que trouxer o 
prefixo “pós-”. 
 
Comentário: Por antônimo entende-se o contrário, o oposto: bem X mal. Por sua vez, a grafia de 
“malsucedidas” está correta, já que não há menção quanto ao emprego do hífen quando o prefixo 
MAL- for seguido de palavra iniciada pela consoante S (neste caso em especial, seria errado 
empregar o hífen ou duplicar a consoante). Logo, o item I está correto. 
No item II, por fim, a palavra “pós-guerra” está corretamente grafada. Entretanto, vimos que o 
hífen não será empregado em toda palavra que apresentar o prefixo “pos-“: posfácio. Portanto, o 
item II está incorreto. 
 
 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos sufixos -AÇU, -GUAÇU e -MIRIM, quando o primeiro elemento da palavra 
terminar em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). (regra 
mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
-AÇU 
-GUAÇU quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogalacentuada 
-MIRIM graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). 
 
 
 
Exemplos: araçá-guaçu, araçá-mirim, anajá-mirim, capim-açu. 
 
 
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Emprega-se hífen: 
 
 - nas formas compostas por GRÃ- ou GRÃO-, quando formarem nomes de lugar, ou 
nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo 
ortográfico) 
 
GRÃ- 
 quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos 
 compostos ligados por artigo. 
GRÃO- 
 
 
Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Baía de Todos-os-Santos. 
 
Importante: O vocábulo Guiné-Bissau deve ser grafado com hífen por se tratar de forma 
consagrada pelo uso, mesmo após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nas palavras compostas por justaposição que constituem unidade sintática e 
semântica. 
 
Exemplos: arco-íris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa, 
manda-tudo, pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-raios, professor-adjunto, secretário-geral, 
tenente-coronel. 
 
 
 
 O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do hífen em palavras compostas que 
perderam a noção de composição. 
 
Exemplos: mandachuva, paramédico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontapé. 
 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 
 - nos compostos que designam espécies zoológicas e botânicas. 
 
Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joão-de-barro, 
bico-de-papagaio, não-me-toques. 
 
 
 
 
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
 Agora, estudaremos as regras de acentuação gráfica. 
 
 Inicialmente, pergunto: vocês sabem a diferença entre acento tônico e acento gráfico ? 
 
 Vejam: 
 
Acento tônico Acento gráfico 
 
Determina a sílaba tônica de um 
vocábulo. 
 
Exemplos: ruim, gratuito, amigo. 
 
Sinal empregado sobre a sílaba tônica da 
palavra (de acordo com as regras de 
acentuação). Pode ser agudo ou circunflexo. 
 
Exemplos: saúde, ínterim, história, lâmpada. 
 
REGRAS GERAIS 
 
 PROPAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na antepenúltima 
sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente. 
 
Exemplos: lâmpada, pêssego, autógrafo, hábitat, déficit. 
 
 
 PAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na penúltima sílaba. 
Acentuam-se graficamente as paroxítonas terminadas em: 
 
� L, N, R, X (Para memorizar: LoNaRoXa). 
 
Exemplos: útil, hífen, éter, ônix. 
 
� UM(NS). 
 
Exemplos: médium, álbuns. 
 
� U e I(S). 
 
Exemplos: vírus, júri, álibis. 
 
� Ã(S), ÃO(S). 
 
Exemplos: órfã(s), bênção(s). 
 
� ON(S) 
 
Exemplos: elétron(s), próton(s). 
 
� PS 
 
Exemplos: fórceps, Quéops. 
 
� Ditongo. 
 
Exemplos: história, série, imóveis. 
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 Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, consideram proparoxítonos eventuais os vocábulos 
terminados em ditongos crescentes (glória, série, sábio, mágoa, história etc.). Porém, a FGV considera tais 
vocábulos como PAROXÍTONOS terminados em ditongo crescente oral. 
 
 Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em -r e -i: super-homem, hiper-requintado, 
semi-intensivo. 
 
 Não se acentuam os vocábulos paroxítonos finalizados em -ens: polens, hifens, abdomens. Estas 
palavras também admitem os respectivos plurais sob a forma proparoxítona: pólenes, hífenes, abdômenes. 
 
 Também não se acentua o vocábulo item, tampouco sua forma pluralizada (itens). 
 
 
 OXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na última sílaba. Acentuam-se 
graficamente as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens). 
 
Exemplos: maracujá, ananás, picolé(s), você, português, paletó(s), armazém, parabéns. 
 
Dica estratégica! 
 
 Também se acentuam as formas verbais terminadas em a, e, o tônicos, seguidas de -lo(s) 
e -la(s): jogá-las (jogar + as), fazê-la (fazer + a), compô-lo (compor + o). 
 
 
 MONOSSÍLABAS TÔNICAS – são palavras que apresentam acento tônico e que 
constituem uma única sílaba. São acentuadas graficamente as monossílabas tônicas terminadas 
em a(s), e(s), o(s). 
 
Exemplos: já, pás, pé(s), só(s). 
 
Dicas estratégicas! 
 
 Também se acentuam as formas verbais tônicas terminadas em a, e, o tônicos, seguidas 
de -lo(s) e -la(s): dá-lo (dar + o), fê-lo (fez + o), pô-los (pôr + os). 
 
 Não se acentuam as formas verbais terminadas em i seguidas de -lo(s) ou -la(s): 
fi-lo (fiz + o), qui-lo (quis + o). 
 
 
 Conhecidas as regras gerais, podemos sintetizá-las da seguinte forma: 
 
TERMINADAS EM... 
A(S) E(S) O(S) EM(ENS) OUTRAS TONICIDADE 
Acentuada? 
Proparoxítonas Sim Sim Sim Sim Sim 
Paroxítonas Não Não Não Não Sim 
Oxítonas Sim Sim Sim Sim Não 
Monossílabas 
Tônicas Sim Sim Sim Não Não 
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 É preciso ter atenção à pronúncia correta de algumas palavras. O equívoco ao pronunciá- 
-las caracteriza a chamada silabada. A FGV gosta de exigir esse assunto em suas provas. 
Portanto, apresentarei uma lista dos vocábulos mais recorrentes em concursos: 
 
PROPAROXÍTONAS PAROXÍTONAS OXÍTONAS 
aeródromo alanos cateter 
aerólito austero cister 
ágape avaro condor 
álcool aziago fidel 
alcoólatra batavo gibraltar 
âmago caracteres hangar 
aríete ciclope mister 
arquétipo decano nobel 
bávaro edito (lei) novel 
bígamo exegese obus 
bímano fortuito recém 
crisântemo gratuito ruim 
édito (ordem judicial) ibero ureter 
égide látex sutil 
elétrodo libido 
hieróglifo maquinaria 
ímprobo meteorito 
ínterim necromancia 
munícipe pudico 
périplo recorde 
protótipo rubrica 
revérbero tulipa 
zênite 
 
16. (FGV-2006/SERC-MS) Assinale a alternativa em que o vocábulo não tenha sido 
acentuado pela mesma regra que os demais. 
 
(A) atrás 
(B) lá 
(C) ninguém 
(D) vovó 
(E) você 
 
Comentário: A forma “lá” é um monossílabo tônico terminado em “a”. Por essa razão, deve ser 
acentuado graficamente. As demais palavras são acentuadas por se enquadrarem nas regras 
das oxítonas. 
 
Gabarito: B. 
 
17. (FGV-2010/CODESP) Assinala a palavra que tenha sido acentuada por regra distinta 
das demais. 
 
(A) relógio 
(B) deficiências 
(C) distância 
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(D) nível 
(E) níveis 
 
Comentário: As palavras “relógio”, “deficiências”, “distância” e “níveis” são acentuadas por serem 
paroxítonas terminadasem ditongo crescente. Por sua vez, a palavra “nível” é acentuada por ser 
uma paroxítona terminada em “L”. 
 
Gabarito: D. 
 
18. (FGV-2008/Senado) A palavra êxito recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas 
alternativas a seguir, em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem 
acento, uma naturalmente não receberia acento por não se tratar de proparoxítona. 
Assinale-a. 
 
(A) interim 
(B) rubrica 
(C) recondito 
(D) arquetipo 
(E) lúgubre 
 
Comentário: O acento tônico da palavra “rubrica” recai na penúltima sílaba. Sendo assim, o 
vocábulo é classificado como paroxítono (e não deve ser acentuado). Todas as demais palavras 
são proparoxítonas, ou seja, o acento tônico recai na antepenúltima sílaba, sendo todas 
acentuadas graficamente: “ínterim”, “recôndito”, “arquétipo” e “lúgubre”. 
 
Gabarito: B. 
 
 
REGRAS ESPECÍFICAS 
 
 
• DITONGOS ABERTOS (ÉI, ÓI E ÉU) 
 
 Segundo as regras de acentuação gráfica, devemos empregar o acento agudo nos 
ditongos abertos das: 
 
 
a) monossílabas tônicas: réis, céu, rói. 
 
b) oxítonas: heróis, chapéu(s), papéis. 
 
c) paroxítonas: geléia, epopéia, mocréia, jibóia, clarabóia 
 
 
 
19. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada 
seguindo regra distinta das demais. 
 
(A) previdência 
(B) diária 
(C) idéia 
(D) declínio 
(E) óbvia 
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Comentário: A palavra “idéia” é uma paroxítona acentuada no ditongo aberto “éi”. As demais 
palavras recebem acento gráfico por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral. 
 
Gabarito: C. 
 
 
 
Dica estratégica! 
 
 O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento agudo nos ditongos abertos EI e 
OI das palavras PAROXÍTONAS (geleia, epopeia, mocreia, jiboia, claraboia). 
 Entretanto, segundo o VOLP, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, o ditongo 
aberto ÓI, da palavra destróier, continua a ser acentuado, em virtude de o vocábulo ser 
paroxítono terminado em -R. 
 
 
 
 
ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. 
 
 
• HIATOS 
 
“I” e “U” tônicos – deveremos empregar o acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, desde 
que: 
 
a) estejam sozinhas (ou seguidas de -s) na sílaba; e 
 
b) não estejam antecedidas de vogal idêntica. 
 
Exemplos: heroína (he-ro-í-na), saúde (sa-ú-de), balaústre (ba-la-ús-tre), feiúra (fei-ú-ra). 
 
 Ambas as condições acima são essenciais para que possamos acentuar a segunda vogal. 
 
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Observação: O “I” tônico, que antecede o grupo “NH” ou que forma sílaba com as consoantes 
L, M, N, R, Z, não recebe acento: bainha, moinho, Raul, Coimbra, caindo, cair, juiz. 
 
 
 Apresento, aqui, duas dicas de ouro para vocês: 
 
� Não empreguem o acento agudo nas palavras PAROXÍTONAS, quando as vogais 
“I” e “U” estiverem repetidas. 
 
Exemplos: vadiice, sucuuba. 
 
� Cuidado com o seguinte: se a repetição da vogal “I” ocorrer em palavra 
PROPAROXÍTONA, empreguem o acento agudo! 
 
Exemplos: iídiche, seriíssimo, friíssimo. 
 
20. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha sido 
acentuada por regra distinta das demais. 
 
(A) instituídas 
(B) transparência 
(C) remuneratório 
(D) Judiciário 
(E) Ministério 
 
Comentário: A palavra “instituídas” foi acentuada por se enquadrar na regra do hiato: ins-ti-tu-í- 
-das. As demais palavras são paroxítonas terminadas em ditongo crescente oral. 
 
Gabarito: A. 
 
 
 
 
 Segundo o novo acordo ortográfico, foi abolido o emprego do acento agudo nas vogais 
“I” e “U” tônicas, antecedidas de ditongo, das palavras PAROXÍTONAS. 
 
Exemplos: baiuca, bocaiuva, boiuna, feiura, Sauipe. 
 
 
 Porém, se essas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras OXÍTONAS, devemos 
empregar o acento agudo. 
 
Exemplos: teiú, Piauí. 
 
 
 
 
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• “-ÔO” E “-ÊEM” 
 
 Segundo o sistema ortográfico antigo, grafa-se com acento circunflexo a primeira vogal 
dos hiatos “-ôo” e “-êem”: vôo, enjôo, abençôo, crêem, dêem, lêem, vêem. 
 
 Para memorizar os verbos “crer”, “dar”, “ler” e “ver”, gravem a frase: 
 
LEDA VÊ PARA CRER. 
 
 
 
ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. 
 
 
 O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o emprego do acento circunflexo na 
primeira vogal dos hiatos “-oo” e “-eem”. 
 
Exemplos: voo, enjoo, abençoo, creem, deem, leem, veem. 
 
 
Reforçando... 
 
 O acento circunflexo foi abolido nas formas verbais finalizadas por “-eem” (verbos ler, dar, 
ver e crer e respectivos derivados). Para memorizar esses verbos, gravem a frase: 
 
LEDA VÊ PARA CRER. 
 
 Entretanto, no singular dessas formas verbais (e nos derivados), emprega-se o acento 
circunflexo. 
 
Exemplos: ele crê / lê / vê / provê (pres. do indicativo); (que) ele dê (pres. do subjuntivo) 
 
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21. (FGV-2010/CODEBA) Assinale a palavra que foi acentuada seguindo a mesma regra que 
três. 
 
(A) prevê 
(B) Até 
(C) além 
(D) é 
(E) país 
 
Comentário: O vocábulo “três” é um monossílabo tônico, razão por que é acentuado. Entre as 
palavras apresentadas, somente a forma verbal “é”, encontrada na assertiva D, obedece à 
mesma regra de acentuação (monossílaba tônica). 
 
Gabarito: D. 
 
 
 
 ACENTOS DIFERENCIAIS – São sinais gráficos que diferenciam: 
 
• a terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR – e 
respectivos derivados. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico) 
 
Exemplos: 
 
TER - Ele tem / Eles têm 
 
VIR - Ele vem / Eles vêm 
 
MANTER - Ele mantém / Eles mantêm 
 
DETER - Ele detém / Eles detêm 
 
CONVIR - Ele convém / Eles convêm 
 
INTERVIR - Ele intervém / Eles intervêm 
 
 
• os homônimos: (regra anterior ao novo acordo ortográfico) 
 
PÁRA (verbo) ≠ PARA (preposição) 
 
Exemplos: O jogador corre e pára rapidamente. (verbo) 
Deram um prêmio para mim. (preposição) 
 
PÊLO (substantivo) ≠ PÉLO (verbo) ≠ PELO (preposição) 
 
Exemplos: Esse cachorro tem pêlo marrom. (substantivo) 
A moça disse: “ – Pélo a perna diariamente”. (verbo) 
O ladrão saiu pelo basculante. (preposição) 
 
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PÉLA (substantivo) ≠ PÉLA (verbo) ≠ PELA (preposição) 
 
Exemplos: Fulano é um péla. (substantivo = chato)

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