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Ortografia e Acentuação Gráfica

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Aula 7 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Ortografia e Acentuação Gráfica 
Professor: Albert Iglésia 
 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 7 – Ortografia e Acentuação Gráfica 
Prof. Albert Iglésia 
 
 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 2 
Ortografia 
No Brasil, prezado aluno, quem dita as normas para a correta 
escrita das palavras é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu 
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), a instituição mantém 
registrada a forma oficial de escrever as palavras. 
Convém lembrar a você que o período de transição do sistema 
ortográfico antigo para o atual expirou em 31 de dezembro de 2015. É isso 
mesmo, meu prezado aluno! Portanto eu vou ressaltar os principais casos 
afetados pela mudança. 
Sendo assim, observaremos a extinção do trema e do acento 
dos hiatos EE e OO; a manutenção do acento diferencial nas formas 
verbais TÊM e VÊM; e os casos em que o acento nos ditongos ÉU, ÉI e 
ÓI foram preservados e extintos. 
 
• Usa-se, normalmente, a letra X: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar 
2 – depois da sílaba EM enxame, enxergar 
encher, encharcar, 
enchova, enchumaçar e 
derivados dessas 
palavras 
3 – depois da sílaba ME, 
quando “fechada” 
mexa (verbo), mexerico 
mecha (substantivo) = 
pronúncia “aberta” 
 
1. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) “Em primeiro 
lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes que os 
mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem 
interferências externas, na alocação dos recursos.” (L.37-40) 
No trecho acima, grafou-se corretamente a palavra xeque, de acordo com 
o sentido pretendido no texto. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 7 – Ortografia e Acentuação Gráfica 
Prof. Albert Iglésia 
 
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Assinale a alternativa em que não se tenha mantido correção gráfica ao 
utilizar a palavra destacada. 
(A) Finalmente o enxadrista deu o xeque-mate. 
(B) Com ética e consciência cidadã, o povo dará um cheque à corrupção. 
(C) Chegou em visita ao Congresso o xeque árabe. 
(D) Porque estava sem talão, teve de pedir um cheque avulso. 
(E) Deixe que eu cheque a lista de passageiros. 
Comentário – Alternativa A: no jogo de xadrez, lance em que o rei recebe 
ameaça indefensável. A palavra grafa-se com X. 
Alternativa B: em sentido figurado, xeque (com X) representa 
um acontecimento que põe fim a uma situação. Eis, portanto, o erro. 
Alternativa C: alguém pode ter ficado em dúvida, pois o mais 
comum é a palavra ser grafada xeique. Porém a grafia xeque (com X) também 
significa soberano entre os árabes. 
Alternativa D: significa ordem de pagamento por meio de 
documento fornecido por um banco a quem nele tem conta, que equivale a 
dinheiro. Grafa-se com CH. 
Alternativa E: derivado do verbo checar, com CH. Significa 
examinar, conferir, verificar. 
Resposta – B 
 
2. (Cesgranrio/2015/Liquigás/Assistente Administrativo) O par de palavras 
grafadas corretamente é 
a) chaminé, xícara 
b) chave, xipanzé 
c) enxente, chale 
d) enxada, xuxu 
e) fachina, chifre 
Comentário – Confira a grafia correta das seguintes palavras: chipanzé, 
enchente, xale (manta, geralmente de lã ou seda, usada pelas mulheres sobre 
 
 
 
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os ombros e às vezes sobre a cabeça, como adorno ou agasalho; é diferente 
de chalé), chuchu e faxina. 
Resposta – A 
 
• Usa-se, normalmente, a letra G: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nos sufixos AGEM, 
IGEM e UGEM 
viagem (substantivo), 
vertigem, ferrugem 
pajem, lajem, 
lambujem 
2 – nos sufixos AGIO, 
EGIO, IGIO, OGIO e 
UGIO 
pedágio, colégio, 
prestígio, relógio, 
refúgio 
 
3 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem G no radical 
(você perceberá que 
esse princípio vale 
também para o emprego 
de outras letras) 
margem/margear, 
homenagem/homenagear 
monge/monja, eu dirijo 
(flexão do verbo dirigir). 
Imaginem se 
mantivéssemos a letra 
“g” nas palavras 
derivadas... 
 
• Usa-se, normalmente, a letra J: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas palavras de 
origem indígena, 
africana e árabe 
pajé, jiboia, jeca, 
jenipapo, jirau, jiló, 
cafajeste, jerico, 
jequitibá 
 
2 – nas flexões dos 
verbos que possuem J 
no radical 
viajar (verbo) – que eles 
viajem; bocejar – eu 
bocejei 
 
3 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem J no radical 
gorja – gorjeta; lisonja – 
lisonjeado 
 
 
 
 
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4 – nas palavras de 
origem latina 
jeito, hoje, majestade, 
injetar, objeto, ultraje 
 
 
• Usa-se, normalmente, a letra Ç: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem T no radical 
exceto – exceção, setor 
– seção, cantar – canção 
 
2 – nas palavras de 
origem indígena, árabe e 
africana 
miçanga, paçoca, 
muriçoca, muçulmano, 
açougue, açoite 
 
3 – nos sufixos AÇU e 
AÇO 
babaçu, Paraguaçu, 
Nova Iguaçu, golaço, 
poetaço, atrevidaço 
 
4 – depois de ditongo 
compleição, feição, 
beiço 
 
 
• Usa-se, normalmente, a letra S: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nos substantivos que 
designam origem, título 
honorífico e feminino 
chinês, japonês, 
baronesa, duquesa, 
sacerdotisa, poetisa 
 
2 – Nos sufixos ASE, 
ESE, ISI e OSE 
fase, ascese, eletrólise, 
apoteose 
 
3 – nos sufixos OSO e 
OSA 
formoso, formosa, 
gostoso, gostosa 
 
4 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem D, RT ou RG no 
seu radical 
iludir – ilusão, defender 
– defesa; divertir – 
diversão, inverter – 
inversão; imergir – 
imersão, submergir – 
 
 
 
 
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submersão 
5 – no prefixo TRANS e 
nos seus derivados 
transatlântico, 
trasladar (ou 
transladar) 
 
6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa 
7 – nas formas verbais 
derivadas dos verbos 
QUERER e PÔR 
quis, quisera, pusera, 
compusera 
 
 
3. (FGV/2014/BNB/Analista Bancário) O verbo “ressuscitar” mostra 
corretamente a grafia, com o emprego de SC; o vocábulo abaixo que está 
grafado erradamente por incluir essas mesmas consoantes é: 
a) ascender; 
b) adolescência; 
c) fascismo; 
d) indescente; 
e) piscina. 
Comentário – Errada está a grafia da palavra “indescente”, pois o “s” não 
deve ser empregado. 
Resposta – D 
 
4. (FGV/2014/Funarte/Contador) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, 
o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o 
pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de 
vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o 
concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da 
criança, as relações com a China, tudo”. 
Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença 
intencional de dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa 
 
 
 
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possibilidade não existe por só estar dicionarizada uma das palavras 
dadas é: 
a) concelho / conselho; 
b) caçar / cassar; 
c) paço / passo; 
d) polir / pulir; 
e) comprimento / cumprimento. 
Comentário – A única palavra inexistente que ainda não está no dicionário é 
“pulir”. Todas as outras estão registradas: concelho = circunscrição 
administrativa,subdivisão de distrito chefiada por um administrador; 
conselho = grupo de pessoas que se reúne para debater um assunto, 
assembleia de ministros, opinião ou aviso que se dá a uma pessoa; caçar = 
perseguir animais; cassar = revogar, anular (mandato, licença, direitos 
políticos etc.); paço = palácio de rei ou imperador; passo = movimento feito 
com os pés para andar ou para dançar; polir = lustrar para dar brilho; 
comprimento = extensão de algo no sentido longitudinal ou de ponta a 
ponta; cumprimento = ação ou resultado de cumprir, realizar algo ou atitude 
ou palavra de cortesia, saudação. 
Resposta – D 
 
• Usa-se, normalmente, SS: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas palavras 
derivadas daquelas que 
possuem as expressões 
CED, GRED, PRIM, MIT, 
MET e CUT no radical 
suceder – sucessão, 
regredir – regressão, 
comprimir – 
compressão, demitir – 
demissão, intrometer – 
intromissão, discutir – 
discussão 
 
2 – prefixo terminado 
em vogal + palavra 
pre + sentir = pressentir 
(repare que o “s” foi 
 
 
 
 
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começada por S duplicado”) 
 
• Usa-se, normalmente, a letra Z: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas terminações EZ 
e EZA, formando 
substantivos 
abstratos derivados de 
adjetivos 
insensato – insensatez, 
nu – nudez; claro – 
clareza, belo – beleza 
 
2 – nas terminações 
IZAR, formando 
infinitivos verbais 
sintonia – sintonizar, 
real – realizar, visual – 
visualizar 
a) se a palavra possuir 
S em sua parte final, o 
infinitivo verbal também 
levará S: análise – 
analisar, paralisia – 
paralisar; 
b) Hipnose – hipnotizar; 
Síntese – sintetizar; 
Batismo – batizar; 
Catequese – catequizar; 
Ênfase – enfatizar. 
(Lembre-se da sigla de 
um famoso banco, só 
que com E no final: 
HSBCE). 
3 – como consoante de 
ligação 
pé + udo = pezudo; guri 
+ ada = gurizada 
 
 
• Usa-se, normalmente, a letra H: 
QUANDO EXEMPLO CUIDADO 
1 – nas palavras ligadas 
por hífen em que o 
anti-higiênico, pré-
histórico, super-homem 
desarmonia, lobisomem 
 
 
 
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segundo elemento 
começa com H 
2 – na palavra Bahia 
as palavras derivadas 
não possuem H: baiano 
 
• Verbos terminados em EAR e IAR: 
1 – são irregulares os 
verbos terminados em 
EAR; eles recebem a 
letra I nas formas 
rizotônicas (eu, tu, ele, 
eles – a sílaba tônica 
integra o radical) 
passear: passeio, 
passeias, passeia, 
passeamos, passeais, 
passeiam 
 
2 – são regulares os 
verbos terminados em 
IAR 
premiar: premio, 
premias, premia, 
premiamos, premiais, 
premiam 
Mediar, Ansiar, 
Remediar, Incendiar, 
Odiar (MARIO): apesar 
de terminarem em IAR, 
são irregulares e 
recebem a letra E nas 
formas rizotônicas (eu, 
tu, ele, eles): odeio, 
odeias, odeia, odiamos, 
odiais, odeiam 
 
Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que, 
certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou 
outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e 
meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são. 
 
 MAL x MAU 
 
 
 
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a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem, 
refere-se a um verbo) 
b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa 
adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo) 
c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo, 
contrário de bom) 
 
ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma 
classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque 
a banca examinadora pode sugerir o contrário. O examinador, por exemplo, 
pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem, 
destacá-los e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos 
em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes 
de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade. 
Quero que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão 
nos próximos exemplos. 
 
 [...] 
 O planejamento caiu em descrédito com a queda do 
16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a 
 contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que 
 se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito 
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das 
 pernas, está. [...] 
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. 
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 
5. (CESPE/ANEEL/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2010) O sentido da 
expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria 
prejudicado caso se substituísse “mal” por mau. 
 
 
 
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Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito 
dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o 
mesmo efeito, sua sustentabilidade está abalada, enfraquecida. 
O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem 
(advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo). 
Resposta – Item certo. 
 
 POR QUE x POR QUÊ 
a) Por que você não veio? (preposição + advérbio interrogativo, usado no 
início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono) 
b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase 
interrogativa é indireta) 
c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e 
o “quê” é tônico) 
d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome 
relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual) 
Quando colocado no final da frase ou no final de oração, antes de 
pausa, tiver o sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico. 
Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o 
 cantor estava inquieto. 
 Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê. 
 Ninguém lhe dava atenção. Por quê? 
 
 PORQUE x PORQUÊ 
a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial, 
indica circunstância de causa) 
b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa 
explicativa) 
 
 
 
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c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de determinante, é 
substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa) 
ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), 
use a expressão separada. 
 
6. (FGV/CODESP/ADVOGADO/2010) O aproveitamento das oportunidades 
que estão surgindo é valioso porque, além da realização pessoal na vida 
profissional, é um atalho para melhora dos níveis de renda e de bem-estar 
de fatias cada vez maiores da população brasileira. (L.63-67) 
No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê. 
Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. 
(A) Sem ter por quê, em se falando de habilidades, discutir mais 
profundamente, calamo-nos. 
(B) Vamos destacar as habilidades por que somos conhecidos. 
(C) Ele esperava saber por que, naquele departamento, sua habilidade não 
era valorizada. 
(D) Porque nossa habilidade não era valorizada não íamos demonstrá-la? 
(E) Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. 
Comentário – O examinadorquer que apontemos o emprego incorreto. 
Naturalmente ele tentou complicar um pouco as coisas para os candidatos. 
Fique atento! 
Alternativa A: a grafia correta é “por que” (= por qual 
motivo). Separada e com acento, a expressão vem em final de orações 
interrogativas (diretas ou indiretas). 
Alternativa B: troque “por que” por pelas quais e ateste que 
estamos diante de preposição + pronome relativo. O emprego está correto. 
Alternativa C: repare que a trecho “...por que (...) sua 
habilidade não era valorizada” denuncia uma pergunta indireta (as indagações 
indiretas normalmente são orações subordinadas [objetivas diretas] a outra 
oração principal). Emprego correto. 
 
 
 
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Alternativa D: aqui você precisa de um pouquinho mais de 
atençaõ, pois o examinador inverteu a ordem natural das orações. Primeiro ele 
escreveu a oração subordinada causal e depois a oração princial. Vamos 
reorganizar o quebra-cabeça: “Não íamos demonstrá-la porque nossa 
habilidade não era valorizada?”. Mesmo sendo uma frase interrogativa, repare 
que o “porque” é uma conjunção causal, que estabelece uma relação de causa 
e efeito entre as oraçãoes que articula. Emprego correto. 
Alternativa E: agora o “quê” (que também complementa o 
sentido de um verbo transitivo direto) é tônico e deve, por isso, ser acentuado. 
Emprego correto. 
Resposta – A 
 
7. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Partidos devem ir às ruas 
explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas. 
(L.34-35) 
No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE. Assinale 
a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. 
(A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se 
apresentar claramente. 
(B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos 
políticos. 
(C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos 
políticos, as alianças rapidamente se dissolvem. 
(D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para 
cargos importantes. 
(E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes. 
Comentário – Releia a alternativa D. Agora, reescreva-a da seguinte forma: O 
povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes, às vezes sem 
saber por quê. Percebeu a tonicidade do quê? Vá ao quadro que apresentei 
acima. Confirme que o quê pode ser tônico também em final de oração, antes 
 
 
 
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de uma pontuação (não necessariamente no final da frase). Este foi o exemplo 
que lhe dei: Sem saber por quê, o cantor estava inquieto. 
Resposta – D 
 
[...] 
 
8. (CESPE/EBC/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2011) Na linha 26, “por que” 
poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, 
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em 
“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” 
(L.31-32). 
Comentário – Questão muito fácil. Você nem precisa ter o trabalho de 
analisar tudo o que a banca propôs. De acordo com o que foi explicado sobre o 
assunto, jamais a expressão por que (com separação; equivale-se a pela 
qual, no caso sob análise) poderá ser substituída corretamente pela expressão 
porque (sem separação; conjunção causal ou explicativa, dependendo do 
caso). O texto é até dispensável. Assim, você não desperdiça tempo durante 
uma prova. 
Resposta – Item errado. 
 
 SENÃO x SE NÃO 
a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica 
alternância de ideias que se excluem mutuamente) 
b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, 
porém,) 
 
 
 
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c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é 
substantivo) 
d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção 
subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação) 
ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas 
quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional. 
 
 ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE 
a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de 
+ os –, equivale-se a sobre) 
b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos. 
(refere-se a acontecimento passado) 
c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se a acontecimento 
futuro) 
 
1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já 
 apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas, 
 como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem 
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos. 
 [...] 
 o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma 
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois 
 quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais 
 movimentadas. [...] 
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações). 
9. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) 
por acerca de manteria a correção gramatical do período. 
 
 
 
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Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não 
devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade 
aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre. 
Resposta – Item errado. 
10. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) Manteria a correção gramatical e o 
sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois 
quarteirões” (l.28-29). 
Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto 
que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se pretende 
dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do 
imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”. 
Resposta – Item errado. 
 
 AFIM x A FIM DE 
a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em 
número para com ele concordar) 
b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva, 
denota finalidade, objetivo, intenção) 
11. (CESPE/CORREIOS/AGENTE DE CORREIOS/2011 – adaptada) Na opção a 
seguir, é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos 
Correios na Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical. 
O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo 
abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato 
permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o 
funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos 
decretos que criassem os Correios Interiores. 
Comentário – Repare na expressão “afim de”, usada para exprimir finalidade, 
propósito, intento. Nesse sentido, a grafia correta é separada: a fim de. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
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 DEMAIS x DE MAIS 
a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo ou a um 
adjetivo, equivale-se a muito, demasiadamente, em excesso) 
b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido substantivo, 
equivale-se a outros, vem precedido de artigo) 
c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos) 
 
 ONDE x DONDE x AONDE 
a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a 
preposição em, na língua portuguesanão existe a contração nonde, indicada 
por em + onde) 
b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em 
razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de + 
onde) 
c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também 
por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”: 
“Aonde” = a + onde) 
 
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente 
 difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os 
 primeiros homens em contato com a natureza. [...] 
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e 
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 
12. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) No desenvolvimento 
da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no 
qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a 
coerência nem para a correção gramatical do texto. 
 
 
 
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Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado 
com verbo estático (“vivem”) e pede a preposição em; na língua portuguesa 
não existe a contração nonde, supostamente indicada por em + onde. 
O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual. 
Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o 
caso. 
Resposta – Item certo. 
 
 HÁ x A 
a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado) 
b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro) 
 
 DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE 
a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas. 
(indica posição contrária, colisão, confronto) 
A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários. 
b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável, 
concordância) 
 
A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram 
introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico. Resumirei aqui os casos 
importantes. 
EMPREGO DO HÍFEN NA PREFIXAÇÃO 
 Regras Novas 
Prefixos Usa hífen Não usa hífen 
Agro, ante, anti, arqui, auto, 
contra, extra, infra, intra, 
macro, mega, micro, maxi, 
mini, semi, sobre, supra, 
Quando a palavra 
seguinte começa com h 
ou com vogal igual à 
última do prefixo: auto- 
a) Em todos os demais 
casos: autorretrato, 
autossustentável, 
autoanálise, 
 
 
 
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tele, ultra... -hipnose, auto- 
-observação, anti-herói, 
anti-imperalista, micro- 
-ondas, mini-hotel 
autocontrole, 
antirracista, antissocial, 
antivírus, minidicionário, 
minissaia, minirreforma, 
ultrassom... (perceba 
que as letras R e S 
são duplicadas). 
b) Quando se usam os 
prefixos des- e in-, 
caem o h e o hífen: 
desumano, inabitável, 
desonra, inábil. 
c) Também com os 
prefixos co- e re- caem 
o h e o hífen: coordenar, 
coerdeiro, coabitar, 
reabilitar, reeditar, 
reeleição. 
Hiper, inter, super 
Quando a palavra 
seguinte começa com h 
ou com r: super-homem, 
inter-regional 
Em todos os demais 
casos: hiperinflação, 
supersônico 
Sub, sob, ob, ab 
Quando a palavra 
seguinte começa com b, 
h ou r: sub-base, sub- 
-reino, sub-humano 
Em todos os demais 
casos: subsecretário, 
subeditor 
Admite-se ainda 
subumano 
Vice, ex, sem, além, aquém, 
recém, pós, pré, pró 
Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar, além-
túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, 
ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, 
pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, 
 
 
 
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pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, 
sem-terra 
Pan, circum, mal 
Quando a palavra 
seguinte começa com h, 
m, n ou vogais: pan-
americano, circum-
hospitalar 
Em todos os demais 
casos: pansexual, 
circuncisão 
Quero enfatizar as seguintes mudanças: 
1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. 
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel, 
proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano. 
 
2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal 
com que se inicia o segundo elemento. 
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, 
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, 
extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, 
semiesférico, semiopaco. 
 
3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo 
elemento começa pela mesma consoante. 
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, 
super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico. 
 
13. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) Na digitação do texto 1, duas 
palavras foram sublinhadas, sendo apontadas como erradas pelo corretor 
automático de texto: “rodoviarismo” e “interrelacionado”. 
O comentário correto que justifica essas observações do corretor 
automático é: 
a) os dois vocábulos trazem erros de ortografia; 
 
 
 
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b) os dois vocábulos são neologismos e não estão dicionarizados; 
c) os dois vocábulos estão empregados fora de seu sentido habitual; 
d) enquanto o primeiro vocábulo é um neologismo, o segundo traz um erro 
ortográfico; 
e) enquanto o primeiro vocábulo é um estrangeirismo, o segundo é um 
neologismo. 
Comentário – O primeiro vocábulo é uma criação ainda não catalogada no 
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp). Nem nos dicionários 
aparece. Portanto é um neologismo. Já o segundo apresenta um erro de grafia. 
Observe que a letra final do primeiro elemento é igual à letra inicial do 
segundo: r. Portanto o emprego do hífen é obrigatório. 
Resposta – D 
 
4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo 
elemento começa por vogal. 
Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, 
interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, 
superexigente, superinteressante, superotimismo. 
 
14. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA CONTÁBIL/2008) A palavra 
megadiversidade foi grafada corretamente no texto. Assinale a alternativa 
em que, compondo-se palavra com o elemento mega-, obedeceu-se às 
regras de ortografia. 
(A) mega-homenagem 
(B) megaipótese 
(C) mega sucesso 
(D) megaritual 
(E) mega-evento 
Comentário – Aqui é preciso proceder com muita atenção. Note que a 
questão deve ser analisada conforme o sistema ortográfico antigo. 
 
 
 
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a) O elemento mega- não se ligava ao vocábulo seguinte por 
meio de hífen: megaevento. Isso foi mantido pelo novo 
Acordo Ortográfico. 
b) Nos casos em que o segundo elemento fosse iniciado pelas 
consoantes R e S, deveríamos duplicar o emprego delas: 
megarritual, megassucesso. Isso também foi mantido 
pelo novo Acordo Ortográfico. 
c) Nos casos em que o segundo elemento fosse iniciado pela 
letra H, esta desaparecia e os elementos uniam-se sem 
hífen: megaipótese, megaomenagem. Isso foi mudado 
pelo novo Acordo Ortográfico. Atualmente o H é mantido; e 
o hífen, empregado: mega-hipótese; mega- 
-homenagem. 
Resposta – B 
 
EMPREGO DE SIGLAS 
Antes de passarmos às regras de acentuação,devo comentar com 
você o emprego de siglas, assunto que a FGV também gosta de explorar em 
suas provas. Vejamos a questão abaixo. 
 
15. (FGV/JUIZ/TJ-MS/2008) Utilizou-se corretamente a regra moderna de 
grafia de siglas em OMC (L.12), ONU (L.28) e FMI (L.29). 
Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. 
(A) AGU 
(B) ADI 
(C) Emerj 
(D) EMATRA 
(E) PIS 
Comentário – Na prática, eliminam-se modernamente os pontos abreviativos 
nas siglas, pois o propósito delas é poupar tempo e espaço. 
 
 
 
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Siglas formadas por até três letras (independentemente de 
serem elas vogais ou consoantes) são grafadas com iniciais maiúsculas: AGU, 
ADI, PIS. 
Siglas expressas por quatro letras ou mais devem observar os 
seguintes preceitos: 
a) se a sigla é pronunciada como se um vocábulo fosse, isto 
é, com a presença de uma vogal por sílaba, grafa-se a inicial maiúscula e o 
restante em minúscula: Ematra, Emerj, Embrapa, Ematur, Embratel etc; 
b) se a sigla não é silabável, todas as letras são escritas em 
maiúscula: PSDB, FGTS, IPTU etc. 
Resposta – D 
 
Acentuação Gráfica 
A partir de agora, vamos mudar o foco da aula para falarmos sobre 
acentuação gráfica, que também é mais um tópico do programa. Novamente, 
enfatizarei as regras novas. Tudo da forma mais clara e objetiva possível. 
Comecemos assim: 
 
REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa 
língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da 
vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos 
vocábulos: 
1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS  o acento é empregado naqueles 
terminados por A(S), E(S) ou O(S) 
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só. 
CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles 
serão acentuados: pré-técnico, pró-labore. 
Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir, 
prosseguir. 
 
 
 
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Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por 
pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as 
vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes 
oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os = 
pô-los; fez + a = fê-la. 
2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última)  usa-se o acento 
quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS: 
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns 
CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão 
acentuados, salvo se estiverem em hiato. 
Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo 
3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima)  são acentuados aqueles 
que terminam em I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO 
ORAL. 
Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável, 
abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, ions, vôlei, jóquei, história, gênio. 
CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM 
ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou 
pólenes) 
Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão 
acentuados: semi-histórico, super-homem. 
 
16. (Cesgranrio/2015/Liquigás/Assistente Administrativo) A palavra que deve 
ser acentuada graficamente, de acordo com as regras da norma-padrão 
do Português, é 
a) ali 
b) antes 
c) dificil 
d) pacto 
 
 
 
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e) potente 
Comentário – A única palavra que dever ser acentuada é difícil, por se tratar 
de uma paroxítona terminada em L, bem como as demais paroxítonas que 
terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, OS e DITONGO 
ORAL. 
Resposta – C 
PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima)  todos são 
acentuados. 
Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes. 
 
17. (FGV/SERC-MS/Analista de TI/2006) Assinale a alternativa em que o 
vocábulo não tenha sido acentuado pela mesma regra que os demais. 
(A) atrás 
(B) lá 
(C) ninguém 
(D) vovó 
(E) você 
Comentário – O monossílabo tônico lá destoa dos demais vocábulos, que são 
oxítonos terminados em “-ás”, “-em”, “-ó” e “-ê”, respectivamente. 
Resposta – B 
 
18. (FGV/CODESP/NÍVEL SUPERIOR/2010) Assinale a palavra que tenha sido 
acentuada por regra DISTINTA das demais. 
(A) relógio (L.47) 
(B) deficiências (L.23) 
(C) distância ( L.58) 
(D) nível (L.4) 
(E) níveis (L.66) 
 
 
 
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Comentário – Você perceberá como esse assunto é recorrente nas provas da 
FGV. As questões não são difíceis, mas requerem atenção. 
Se você achou que a palavra “níveis” deveria corresponder ao 
gabarito porque não é paroxítona terminada em ditongo crescente como 
“relógio”, “deficiências” e “distância”, deve ter errado. Peço que volte à 
explicação sobre as regras de acentuação das paroxítonas e releia o que eu 
disse naquela parte da aula: DITONGO ORAL, exatamente o que a FGV 
entendeu (você verá na próxima questão que esse entendimento não é 
recente, já vem de outros anos). 
A palavra “nível” é a única paroxítona cuja regra de 
acentuação destoa da demais. 
Resposta – D 
 
19. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) A palavra êxito 
(L.62) recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas alternativas a 
seguir, em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem 
acento, uma naturalmente não receberia acento por não se tratar de 
proparoxítona. Assinale-a. 
(A) interim. 
(B) rubrica. 
(C) recondito. 
(D) arquetipo. 
(E) lugubre. 
Comentário – A banca explorou uma corriqueira confusão que muitas pessoas 
fazem ao pronunciar certas palavras (o significado delas aqui é o que menos 
importa). O conhecimento da pequena lista abaixo facilitaria a vida dos 
candidatos. 
Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas 
Cateter austero ádvena 
Cister avaro aeródromo 
 
 
 
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Condor aziago aerólito 
Nobel gratuito aríete 
Negus fortuito arquétipo 
Novel ibero crisântemo 
Gibraltar batavo édito (ordem judical) 
Hangar ciclope elétrodo 
Obus látex hieróglifo 
Oximel maquinaria ímprobo 
Masseter edito (lei, decreto) ínterim 
Mister filantropo lêvedo 
Ureter misantropo lúgubre 
 necromancia munícipe 
 rubrica notívago (ou noctívago) 
 nenúfar protótipo 
 pudico recôndito 
 recorde trânsfuga 
 vermífugo 
 zênite 
Resposta – B 
 
REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note as mudanças 
introduzidas pelas novas regras) 
1 – HIATOS 
a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE. 
Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos 
crer, dar, ler e ver) 
b) As vogais I(S) e U(S), quando formarem a sílaba tônica e ocuparem a 
segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S. 
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo. 
 
 
 
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20. (Cesgranrio/2015/Petrobras/Técnico de Administração Júnior) No trecho 
“Em um plano, temos o tão celebrado ‘futebol-arte’ glorificado como a 
forma genuína de nosso supostoestilo de jogo” (l 3-5), a palavra 
destacada é acentuada graficamente pelo mesmo motivo pelo qual se 
acentua a palavra 
a) além 
b) declínio 
c) ídolo 
d) países 
e) viés 
Comentário – Repare que a regra em foco é a dos hiatos: ge-nu-í-no. A 
acentuação da palavra pa-í-ses também segue a mesma regra. As demais 
palavras são acentuadas com base em outras regras: oxítonas (A e E); 
paroxítonas (B) e paroxítonas (C). 
Resposta – D 
 
Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam 
a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica. 
CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem 
seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz, 
ra-i-nha. 
Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não 
se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta). 
O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo. 
 
ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após 
ditongos e a palavra for paroxítona, não levarão acento: bai-u-ca, fei-u-ra. 
Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo 
Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, ou seja, a 
 
 
 
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palavra é oxítona (Pi-au-í) Casos como esse não foram atingidos pelas 
mudanças ortográficas. 
 
 
Comércio exterior da Baixada Santista 
atinge US$ 1,6 bilhão no 12 trimestre 
 O comércio exterior das nove cidades da 
 Baixada Santista, a exemplo do brasileiro, deixou 
 para trás a crise econômica que reduziu as trocas 
 internacionais nos últimos dois anos. No primeiro 
5 trimestre do ano, os negócios de importação e 
 exportação fechados na região somaram US$ 1,668 
 bilhão, montante 37,76% maior do que o registrado 
 no mesmo período do ano passado. 
 Na comparação com o primeiro trimestre 
10 do ano passado, a variação foi melhor do 
 que a do País (30,65%), que somou US$ 77,56 bilhões. As 
 nove cidades da região metropolitana foram 
 responsáveis por 2,15% dos registros de negócio 
 para o mercado internacional. 
15 Os dados da balança comercial brasileira 
 foram divulgados ontem pelo Ministério do 
 Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). 
 Estas informações são um parâmetro para se medir 
 a importância de cada cidade para o comércio 
20 exterior brasileiro. 
 No caso da Baixada Santista, os números 
 são amplificados naturalmente devido à 
 proximidade com o Porto de Santos, pelo qual 
 empresas e órgãos públicos de cada município 
25 podem promover despachos e desembaraços de 
 
 
 
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 mercadorias, conforme suas necessidades e 
 contando com maior facilidade. 
(Samuel Rodrigues. A Tribuna. Santos, 16 de abril de 2010) 
21. (FGV/CODESP/TÉC. EM INFORMÁTICA/2010) No texto, há casos de 
palavras acentuadas por regras diferentes. Nas alternativas a seguir, 
encontram-se exemplos das regras presentes no texto, À EXCECÃO DE 
UMA. Assinale-a. 
(A) Panamá 
(B) rádio 
(C) parágrafo 
(D) saúde 
(E) fé 
Comentário – Depois do que já vimos até aqui sobre regras de acentuação, 
você tem condições assinalar corretamente a resposta certa. 
Alternativa A: a acentuação de Panamá enquadra-se nas 
regras das oxítonas. Incrivelmente, não existe no texto nenhuma palavra 
acentuada pela mesma regra. Esta opção, por conseguinte, é a que você deve 
ter marcado – eu creio. Ou vai me dizer que você pensou que “País” (l. 11) 
também recebe acento pelo mesmo motivo? Se isso aconteceu, volte às regras 
dos hiatos, item “b”. 
Alternativa B: em rádio, o acento foi usado porque a palavra é 
paroxítona terminada em ditongo oral, a exemplo de “municípios”, 
“negócios”, “comércio”, “responsáveis”, “ministério”, “indústria”, “importância”. 
Alternativa C: parágrafo é proparoxítona, e todas devem ser 
acentuadas: “públicos”, “parâmetros”, “últimos”, “econômica”, “período”, 
“números”. 
Alternativa D: agora você pode fundamentar sua resposta na 
regra dos hiatos (item “b”). A exemplo de saúde (aliás, foi este o exemplo que 
usei na minha explicação), é acentuado o vocábulo “País”. 
 
 
 
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Alternativa E: lembre-se de que os monossílabos tônicos 
terminados em a(s), e(s) ou o(s) são acentuado, como fé e “trás” (l. 3). 
Resposta – A 
 
22. (FGV/BESC/NÍVEL SUPERIOR/2004) Assinale a alternativa em que a 
palavra NÃO siga a mesma regra de acentuação que “óbvio” (L.19). 
(A) necessário (L.8) 
(B) juízes (L.24) 
(C) início (L.46) 
(D) cenário (L.47) 
(E) monetário (L.53) 
Comentário – Você já notou que o texto é dispensável, então vamos 
economizar tempo, papel e tinta. Sugiro que separemos as sílabas da palavra 
“óbvio”, com a indicação da sílaba tônica: ób-vio. Notou que ela é paroxítona 
terminada em ditongo oral? Faça o mesmo com as palavras constantes em A, 
C, D e E para constatar que elas também se enquadram na mesma regra. 
Agora tomemos a palavra juízes: ju-í-zes. “Professor, ela também é 
paroxítona!”, alguém deve ter gritado. Mas observe atentamente que nas 
regras das paroxítonas não existe razão para acentuar as que terminam em 
“es” (esse enquadramento é para as oxítonas). Em juízes, o acento agudo no 
-í- se deve à regra do hiato, item “b”. 
Resposta – B 
 
23. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2009) Assinale a 
alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra 
distinta das demais. 
(A) Amazônia 
(B) planetária 
(C) resistência 
(D) níveis 
 
 
 
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(E) países 
Comentário – Achou algo parecido? Pois é, as questões se repetem mesmo, 
com leves mudanças. Até a palavra níveis é a mesma. Por quê? Provavelmente 
porque a banca sabe que muitos candidatos pensam logo no tal ditongo 
crescente. Mas reafirmo aqui o que disse antes: DITONGO ORAL, como em 
Amazônia, planetária e resistência. 
A palavra países recebe acento porque a vogal -í- representa a 
segunda vogal do hiato, constitui a sílaba tônica da palavra e está sozinha 
(poderia estar acompanhada de -s, como em país.). 
Resposta – E 
 
24. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Assinale a alternativa em que 
a palavra indicada tenha sido acentuada por regra distinta das demais. 
(A) instituídas (L.4) 
(B) transparência (L.14) 
(C) remuneratório (L.6) 
(D) Judiciário (L.2) 
(E) Ministério (L.88) 
Comentário – Sem sombra de dúvidas – pois agora as palavras constantes 
nas opções B, C, D e E são realmente paroxítonas terminadas em ditongo 
crescente – você deve ter assinalado a palavra “instruídas”. Esta recai na regra 
descrita acima sobre hiato: ins-tru-í-das. 
Nunca é demais dizer que a regra é DITONGO ORAL, 
independentemente de ser crescente ou decrescente. 
Resposta – A 
 
25. (FGV/POTIGÁS/CONTADOR JÚNIOR/2006) Assinale a alternativa em que a 
palavra tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que país (L.9). 
(A) Bolívia (L.9) 
 
 
 
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(B) gás (L.24) 
(C) pivô (L.59) 
(D) comércio (L.72) 
(E) reconstruí-la (l.77) 
Comentário – Já está evidente que as palavras “Bolívia” e “comércio” são 
acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral.Também não 
é difícil perceber que “gás” é monossílaba tônica terminada em “as” e que 
“pivô” enquadra-se nas regras das oxítonas terminadas em -o(s). 
Restou a opção E, que trouxe a vogal -í- como a segunda do 
hiato existente em re-cons-tru-í-la, sendo ela mesma a sílaba tônica da 
palavra e estando sozinha na sílaba. É isso que também justifica a acentuação 
da palavra “país” (a diferença é que aqui a vogal está acompanha da 
consoante –s, mas isso é possível, conforme já expliquei). 
Permita-me “colocar mais lenha na fogueira”. Como você 
justificaria, por exemplo, os acentos nas palavras construí-la-íamos (= 
construiríamos + a) e construí-la-ás (= construirás + a)? Não vai dizer que 
você tremeu? Mantenha a calma e analise cada elemento separadamente: 
a) construí-: já está claro o motivo do acento agudo 
(inclusive foi objeto do exercício que motivou esta 
discussão); 
-la-: pronome oblíquo átono não recebe acento (compare 
com o substantivo lá (nota musical) e o advérbio lá, 
ambos monossílabos tônicos; 
-íamos: elemento que se encaixa nas regras das 
proparoxítonas: todas são acentuadas. 
b) construí-: não preciso mais explicar; 
-la-: também dispensa explicação; 
-às: monossílabo tônico, como pá, já, vá etc. 
Resposta – E 
 
 
 
 
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26. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Assinale a palavra que 
NÃO tenha sido acentuada pela mesma regra que as demais. 
(A) até (L.73) 
(B) está (L.44) 
(C) País (L.35) 
(D) biogás (L.55) 
(E) contará (L.60) 
Comentário – Já percebeu que o vocábulo “País” é figurinha marcada nas 
provas da FGV quando o assunto é acentuação? Na questão anterior, expliquei 
que o acento agudo fundamenta-se na regra dos hiatos, e não na regra das 
oxítonas, como “até”, “está”, “biogás” e “contará”. É bom ficar atento! 
Resposta – C 
 
27. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Assinale a palavra que tenha 
sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8). 
(A) sócio 
(B) sofrê-lo 
(C) lúcidos 
(D) constituí 
(E) órfãos 
Comentário – O acento agudo em distribuídos fundamenta-se na regra dos 
hiatos: a vogal i é a segunda do hiato formado com a vogal u, constitui a 
sílaba tônica da palavra e está sozinha na sílaba. Semelhantemente, constituí 
(letra D) é acentuada pelo mesmo motivo. Cuidado para não confundir com a 
regra de acentuação das oxítonas. Estas são acentuadas se terminarem em 
A(S), E(S), O(S), EM, ENS. 
Alternativa A: paroxítona terminada em ditongo. 
Alternativa B: oxítona terminada em E. 
Alternativa C: toda proparoxítona é acentuada. 
Alternativa E: paroxítona terminada em ÃO(S). 
 
 
 
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Resposta – D 
 
2 – DITONGOS 
a) ÉU, ÉI, ÓI: quando tônicos e abertos, desde que não formem a sílaba 
tônica das paroxítonas (nova regra). 
Ex.: céu, papéis herói, dói; assembleia, jiboia, heroico. 
CUIDADO! Os ditongos abertos EU, EI e OI, quando não constituírem a sílaba 
tônica (formarem a sílaba subtônica), não serão acentuados: ceuzinho, 
pasteizinhos, anzoizinhos. 
 
28. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR/2008 – adaptada) “E no alto da torre exibo-te o 
varal. Onde balança ao léu minh’alma” (versos 24 e 25). 
A respeito dos versos acima, julgue o item seguinte: o acento em “léu” se 
justifica como acento diferencial, para não se confundir com o verbo leu. 
Comentário – Isso é balela. O vocábulo “léu” é ditongo tônico e aberto; a 
forma verbal leu também é tônica, mas a pronúncia é fechada, como os 
pronomes possessivos seu, meu, teu. 
Resposta – Item errado. 
 
3 – GUE, GUI e QUE, QUI 
a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI 
não receberá mais trema quando for pronunciada fracamente (sendo, pois, 
semivogal). 
Ex.: aguentar, pinguim, linguiça, eloquente, quinquênio. 
b) A letra U não receberá mais acento agudo quando for pronunciada 
fortemente (sendo, pois, vogal). 
Ex.: averigue, apazigue, argui, obliques. 
 
 
 
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CUIDADO! Quando a letra U não for pronunciada, não receberá nenhum 
acento: quilo, quente, guerra, guincho. O que temos aqui é simplesmente um 
dígrafo representado pelas letras “qu” e “gu”. 
 
29. (FGV/SSP-RJ/PERITO/2009 – adaptada) Julgue a assertiva abaixo: 
Em “O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a 
respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus 
governantes chamam de dívidas ilegítimas.”, há uma palavra com grafia 
incorreta. 
Comentário – Muita gente escorregou aqui, pois acharam que o vocábulo 
“frequência”, sem trema, estava escrito erradamente. Contudo, os candidatos 
se esqueceram de que o novo Acordo Ortográfico passou a vigorar em 1º de 
janeiro de 2009. Como expliquei acima, o trema foi abolido por ele. Portanto o 
item deveria ter sido julgado incorreto. 
Resposta – Item errado. 
 
4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi 
abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo) 
O acento diferencial (agudo ou circunflexo) é utilizado para 
distinguir uma palavra de outra que se grafa de igual maneira. A seguir, 
apresento uma pequena relação. 
Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo) 
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo) 
ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos 
terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S) 
recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras 
explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo, 
um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e 
 
 
 
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perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal 
empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique 
atento para esse detalhe. 
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial) 
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto, 
continue a usá-lo. 
Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo) 
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente 
do indicativo) 
ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o 
motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm, 
todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à 
terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma 
oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do 
plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular. 
 
30. (FGV/BADESC/NÍVEL MÉDIO/2010) A palavra têm, na frase “estes últimos 
têm consciência plena” (L.46), recebe acento gráfico porque: 
(A) está no plural. 
(B) termina em consoante. 
(C) é monossílaba átona. 
(D) começa com consoante. 
(E) contém vogal aberta. 
Comentário – Ficou fácil responder a esta questão, não é mesmo? O verbo 
ter foi conjugado na terceira pessoa do plural para concordar com o sujeito: 
“estes últimos” (= eles). Esclareço que o verbo é tônico, e não átono conforme 
disse o examinador na opção C. 
Resposta – A 
 
 
 
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31. (Cesgranrio/2015/Banco do Brasil/Escriturário) No seguinte período, a 
palavra em destaque está grafada de acordo com a ortografia oficial: 
a) O sindicato se preocupa com o aspécto educativo da cartilha. 
b) Várias entidades mantêm convênio conosco. 
c) O consumidor tem de ser consciênte de seu papel de cidadão. 
d) O substântivo que traduz essa cartilha é “seriedade”. 
e) No rítmo em que a sociedade caminha, em breve exerceremos plena 
cidadania. 
Comentário – Alternativa A: errada. Não existe paroxítona terminada em “o” 
que seja acentuada. 
Alternativa B: certa. Trata-se de um derivado do verbo ter. Na 
terceira pessoa do plural, manter recebe acento circunflexo para se diferenciar 
da terceira pessoa do singular (mantém). 
Alternativa C: errada. Não existe paroxítona acentuada que 
termine em “e”. 
Alternativa D: errada. Todas as paroxítonas são acentuadas, 
mas “substantivo” é paroxítona. 
Alternativa E: errada. Cuidado para não achar que “ritmo” é 
proparoxítona e empregar o acento. Trata-se de uma palavra paroxítona 
terminada em “o”. Portanto não deve ser acentuada. 
Resposta – B 
 
Côa – côas (forma do verbo COAR) 
Coa – coas (contração entre a preposição com e o artigo a(s)) 
Pára (flexão do verbo PARAR) 
Para (preposição) 
Péla (flexão do verbo PELAR) 
Pela (contração da preposição e artigo) 
Pêra (substantivo = fruta – no plural não leva acento: peras) 
 
 
 
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Péra (substantivo = pedra) 
Pera (preposição arcaica) 
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) 
Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) 
ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve 
usá-lo. 
Póla (substantivo = pancadaria) 
Pôla (substantivo = broto de árvore) 
Polo(a) (contração arcaica de preposição e artigo) 
Pólo (substantivo = cada uma das extremidades do eixo da Terra) 
Pôlo (substantivo = filhote de gavião) 
Pôr (verbo) 
Por (preposição) 
ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. 
Você deve usá-lo. 
Fôrma (substantivo = molde) 
Forma (substantivo = disposição exterior de algo) 
 
ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as 
palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais 
clara: Qual é a forma da fôrma do bolo? 
 
 
Fique com Deus e até a próxima aula! 
 
Albert Iglésia 
 
 
 
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Lista das Questões Comentadas 
 
1. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) “Em primeiro 
lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes que os 
mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem 
interferências externas, na alocação dos recursos.” (L.37-40) 
No trecho acima, grafou-se corretamente a palavra xeque, de acordo com 
o sentido pretendido no texto. 
Assinale a alternativa em que não se tenha mantido correção gráfica ao 
utilizar a palavra destacada. 
(A) Finalmente o enxadrista deu o xeque-mate. 
(B) Com ética e consciência cidadã, o povo dará um cheque à corrupção. 
(C) Chegou em visita ao Congresso o xeque árabe. 
(D) Porque estava sem talão, teve de pedir um cheque avulso. 
(E) Deixe que eu cheque a lista de passageiros. 
 
2. (Cesgranrio/2015/Liquigás/Assistente Administrativo) O par de palavras 
grafadas corretamente é 
a) chaminé, xícara 
b) chave, xipanzé 
c) enxente, chale 
d) enxada, xuxu 
e) fachina, chifre 
 
3. (FGV/2014/BNB/Analista Bancário) O verbo “ressuscitar” mostra 
corretamente a grafia, com o emprego de SC; o vocábulo abaixo que está 
grafado erradamente por incluir essas mesmas consoantes é: 
a) ascender; 
b) adolescência; 
Lista das Questões Comentadas 
 
 
 
 
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c) fascismo; 
d) indescente; 
e) piscina. 
 
4. (FGV/2014/Funarte/Contador) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, 
o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o 
pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de 
vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o 
concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da 
criança, as relações com a China, tudo”. 
Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença 
intencional de dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa 
possibilidade não existe por só estar dicionarizada uma das palavras 
dadas é: 
a) concelho / conselho; 
b) caçar / cassar; 
c) paço / passo; 
d) polir / pulir; 
e) comprimento / cumprimento. 
 
 [...] 
 O planejamento caiu em descrédito com a queda do 
16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a 
 contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que 
 se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito 
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das 
 pernas, está. [...] 
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. 
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações). 
 
 
 
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5. (CESPE/ANEEL/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2010) O sentido da 
expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria 
prejudicado caso se substituísse “mal” por mau. 
 
6. (FGV/CODESP/ADVOGADO/2010) O aproveitamento das oportunidades 
que estão surgindo é valioso porque, além da realização pessoal na vida 
profissional, é um atalho para melhora dos níveis de renda e de bem-estar 
de fatias cada vez maiores da população brasileira. (L.63-67) 
No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê. 
Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. 
(A) Sem ter por quê, em se falando de habilidades, discutir mais 
profundamente, calamo-nos. 
(B) Vamos destacar as habilidades por que somos conhecidos. 
(C) Ele esperava saber por que, naquele departamento, sua habilidade não 
era valorizada. 
(D) Porque nossa habilidade não era valorizada não íamos demonstrá-la? 
(E) Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. 
 
7. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Partidos devem ir às ruas 
explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas. 
(L.34-35) 
No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE. Assinale 
a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. 
(A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se 
apresentar claramente. 
(B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos 
políticos. 
(C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos 
políticos, as alianças rapidamente se dissolvem. 
 
 
 
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(D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para 
cargos importantes. 
(E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes. 
 
[...] 
 
8. (CESPE/EBC/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2011) Na linha 26, “por que” 
poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, 
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em 
“mas o mandamentode agir unicamente porque se trata de um dever” 
(L.31-32). 
 
1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já 
 apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas, 
 como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem 
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos. 
 [...] 
 o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma 
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois 
 quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais 
 movimentadas. [...] 
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações). 
9. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) 
por acerca de manteria a correção gramatical do período. 
 
 
 
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10. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISta/2009) Manteria a correção gramatical e o 
sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois 
quarteirões” (l.28-29). 
 
11. (CESPE/CORREIOS/AGENTE DE CORREIOS/2011 – adaptada) Na opção a 
seguir, é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos 
Correios na Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical. 
O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo 
abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato 
permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o 
funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos 
decretos que criassem os Correios Interiores. 
 
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente 
 difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os 
 primeiros homens em contato com a natureza. [...] 
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e 
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 
12. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) No desenvolvimento 
da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no 
qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a 
coerência nem para a correção gramatical do texto. 
 
13. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) Na digitação do texto 1, duas 
palavras foram sublinhadas, sendo apontadas como erradas pelo corretor 
automático de texto: “rodoviarismo” e “interrelacionado”. 
O comentário correto que justifica essas observações do corretor 
automático é: 
 
 
 
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a) os dois vocábulos trazem erros de ortografia; 
b) os dois vocábulos são neologismos e não estão dicionarizados; 
c) os dois vocábulos estão empregados fora de seu sentido habitual; 
d) enquanto o primeiro vocábulo é um neologismo, o segundo traz um erro 
ortográfico; 
e) enquanto o primeiro vocábulo é um estrangeirismo, o segundo é um 
neologismo. 
 
14. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA CONTÁBIL/2008) A palavra 
megadiversidade foi grafada corretamente no texto. Assinale a alternativa 
em que, compondo-se palavra com o elemento mega-, obedeceu-se às 
regras de ortografia. 
(A) mega-homenagem 
(B) megaipótese 
(C) mega sucesso 
(D) megaritual 
(E) mega-evento 
 
15. (FGV/JUIZ/TJ-MS/2008) Utilizou-se corretamente a regra moderna de 
grafia de siglas em OMC (L.12), ONU (L.28) e FMI (L.29). 
Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. 
(A) AGU 
(B) ADI 
(C) Emerj 
(D) EMATRA 
(E) PIS 
 
 
 
 
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16. (Cesgranrio/2015/Liquigás/Assistente Administrativo) A palavra que deve 
ser acentuada graficamente, de acordo com as regras da norma-padrão 
do Português, é 
a) ali 
b) antes 
c) dificil 
d) pacto 
e) potente 
 
17. (FGV/SERC-MS/Analista de TI/2006) Assinale a alternativa em que o 
vocábulo não tenha sido acentuado pela mesma regra que os demais. 
(A) atrás 
(B) lá 
(C) ninguém 
(D) vovó 
(E) você 
 
18. (FGV/CODESP/NÍVEL SUPERIOR/2010) Assinale a palavra que tenha sido 
acentuada por regra DISTINTA das demais. 
(A) relógio (L.47) 
(B) deficiências (L.23) 
(C) distância ( L.58) 
(D) nível (L.4) 
(E) níveis (L.66) 
 
19. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) A palavra êxito 
(L.62) recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas alternativas a 
seguir, em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem 
 
 
 
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acento, uma naturalmente não receberia acento por não se tratar de 
proparoxítona. Assinale-a. 
(A) interim. 
(B) rubrica. 
(C) recondito. 
(D) arquetipo. 
(E) lugubre. 
 
20. (Cesgranrio/2015/Petrobras/Técnico de Administração Júnior) No trecho 
“Em um plano, temos o tão celebrado ‘futebol-arte’ glorificado como a 
forma genuína de nosso suposto estilo de jogo” (l 3-5), a palavra 
destacada é acentuada graficamente pelo mesmo motivo pelo qual se 
acentua a palavra 
a) além 
b) declínio 
c) ídolo 
d) países 
e) viés 
 
Comércio exterior da Baixada Santista 
atinge US$ 1,6 bilhão no 12 trimestre 
 O comércio exterior das nove cidades da 
 Baixada Santista, a exemplo do brasileiro, deixou 
 para trás a crise econômica que reduziu as trocas 
 internacionais nos últimos dois anos. No primeiro 
5 trimestre do ano, os negócios de importação e 
 exportação fechados na região somaram US$ 1,668 
 bilhão, montante 37,76% maior do que o registrado 
 no mesmo período do ano passado. 
 
 
 
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 Na comparação com o primeiro trimestre 
10 do ano passado, a variação foi melhor do 
 que a do País (30,65%), que somou US$ 77,56 bilhões. As 
 nove cidades da região metropolitana foram 
 responsáveis por 2,15% dos registros de negócio 
 para o mercado internacional. 
15 Os dados da balança comercial brasileira 
 foram divulgados ontem pelo Ministério do 
 Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). 
 Estas informações são um parâmetro para se medir 
 a importância de cada cidade para o comércio 
20 exterior brasileiro. 
 No caso da Baixada Santista, os números 
 são amplificados naturalmente devido à 
 proximidade com o Porto de Santos, pelo qual 
 empresas e órgãos públicos de cada município 
25 podem promover despachos e desembaraços de 
 mercadorias, conforme suas necessidades e 
 contando com maior facilidade. 
(Samuel Rodrigues. A Tribuna. Santos, 16 de abril de 2010) 
21. (FGV/CODESP/TÉC. EM INFORMÁTICA/2010) No texto, há casos de 
palavras acentuadas por regras diferentes. Nas alternativas a seguir, 
encontram-se exemplos das regras presentes no texto, À EXCECÃO DE 
UMA. Assinale-a. 
(A) Panamá 
(B) rádio 
(C) parágrafo 
(D) saúde 
(E) fé 
 
 
 
 
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22. (FGV/BESC/NÍVEL SUPERIOR/2004) Assinale a alternativa em que a 
palavra NÃO siga a mesma regra de acentuação que “óbvio” (L.19). 
(A) necessário (L.8) 
(B) juízes (L.24) 
(C) início (L.46) 
(D) cenário (L.47) 
(E) monetário (L.53) 
 
23. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2009) Assinale a 
alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra 
distinta das demais. 
(A) Amazônia 
(B) planetária 
(C) resistência 
(D) níveis 
(E) países 
 
24. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Assinale a alternativa em que 
a palavra indicada tenha sido acentuadapor regra distinta das demais. 
(A) instituídas (L.4) 
(B) transparência (L.14) 
(C) remuneratório (L.6) 
(D) Judiciário (L.2) 
(E) Ministério (L.88) 
 
25. (FGV/POTIGÁS/CONTADOR JÚNIOR/2006) Assinale a alternativa em que a 
palavra tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que país (L.9). 
(A) Bolívia (L.9) 
(B) gás (L.24) 
 
 
 
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(C) pivô (L.59) 
(D) comércio (L.72) 
(E) reconstruí-la (l.77) 
 
26. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Assinale a palavra que 
NÃO tenha sido acentuada pela mesma regra que as demais. 
(A) até (L.73) 
(B) está (L.44) 
(C) País (L.35) 
(D) biogás (L.55) 
(E) contará (L.60) 
 
27. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Assinale a palavra que tenha 
sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8). 
(A) sócio 
(B) sofrê-lo 
(C) lúcidos 
(D) constituí 
(E) órfãos 
 
28. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR/2008 – adaptada) “E no alto da torre exibo-te o 
varal. Onde balança ao léu minh’alma” (versos 24 e 25). 
A respeito dos versos acima, julgue o item seguinte: o acento em “léu” se 
justifica como acento diferencial, para não se confundir com o verbo leu. 
 
29. (FGV/SSP-RJ/PERITO/2009 – adaptada) Julgue a assertiva abaixo: 
Em “O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a 
respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus 
 
 
 
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governantes chamam de dívidas ilegítimas.”, há uma palavra com grafia 
incorreta. 
 
30. (FGV/BADESC/NÍVEL MÉDIO/2010) A palavra têm, na frase “estes últimos 
têm consciência plena” (L.46), recebe acento gráfico porque: 
(A) está no plural. 
(B) termina em consoante. 
(C) é monossílaba átona. 
(D) começa com consoante. 
(E) contém vogal aberta. 
 
31. (Cesgranrio/2015/Banco do Brasil/Escriturário) No seguinte período, a 
palavra em destaque está grafada de acordo com a ortografia oficial: 
a) O sindicato se preocupa com o aspécto educativo da cartilha. 
b) Várias entidades mantêm convênio conosco. 
c) O consumidor tem de ser consciênte de seu papel de cidadão. 
d) O substântivo que traduz essa cartilha é “seriedade”. 
e) No rítmo em que a sociedade caminha, em breve exerceremos plena 
cidadania. 
 
 
 
 
 
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Gabarito das Questões Comentadas 
 
1. B 
2. A 
3. D 
4. D 
5. Item certo 
6. A 
7. D 
8. Item errado 
9. Item errado 
10. Item errado 
11. Item errado 
12. Item certo 
13. D 
14. B 
15. D 
16. C 
17. B 
18. D 
19. B 
20. D 
21. A 
22. B 
23. E 
24. A 
25. E 
26. C 
27. D 
28. Errado 
29. Errado 
30. A 
31. B 
Gabarito das Questões Comentadas

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