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SLIDES - AULA 2

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RELAÇÕES DE TRABALHO I
DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
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RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO 
AULA - 2
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RELAÇÃO DE TRABALHO
CONCEITO:
É toda e qualquer forma de contratação de energia de trabalho humano que seja admissível, frente ao sistema jurídico vigente.
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DISTINÇÃO ENTRE RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO
Relação de trabalho é gênero (toda espécie de trabalho humano), no qual a relação de emprego (relação de trabalho subordinado) é espécie.
Relação de trabalho
Relação de emprego
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PRINCIPAIS MODALIDADES DE RELAÇÕES TRABALHO
Emprego;
Trabalho autônomo;
Trabalho eventual;
Trabalho avulso;
Trabalho Portuário;
Trabalho Institucional;
Estágio;
Trabalho Cooperativo.
Cada uma dessas modalidades apresenta características próprias, que diferenciam das demais.
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TRABALHO AUTÔNOMO (prestador de serviços) 1/1
“pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não” (Lei 8.212/91, art. 12, V, “h”).
Não existe dependência ou subordinação jurídica entre o prestador de serviços e o respectivo tomador.
Contrato de resultado e não de atividade. 
Exemplos: marceneiro, pintor, eletricista, contrato de empreitada, serviços de profissionais liberais etc.
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TRABALHO EVENTUAL 1/1
CONCEITO 
	Trabalho realizado de forma esporádica, temporária, de curta duração, não relacionado com atividade –fim da empresa (regra). 
Caráter precário - “bico”!
Ex.: diarista.
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TRABALHO AVULSO 1/4
CONCEITO: “
 “aquele que, associado ou não a entidade sindical, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, mas com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra (OGMO) ou do sindicato da categoria” (Luciano Martinez).
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TRABALHO AVULSO 2/4
Características:
Necessidade de intermediação da mão- de - obra (terceiros  Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO ou sindicato). 
Sem vínculo de emprego.
Não é empregado, mas tem os mesmos direitos trabalhistas assegurados pela CF/88, em seu art. 7º, XXXIV.
Competência da Justiça do Trabalho (arts. 643,§3º e 652, V, ambos da CLT).
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TRABALHO AVULSO – ESPÉCIES 3/4
NÃO PORTUÁRIOS – Lei 12. 023/2009 (movimentação de mercadorias)
Se caracteriza pela intermediação obrigatória do sindicato profissional nos termos de instrumento coletivo negociado (ACT ou CCT).
Não é obrigatória a sindicalização para a intermediação (art. 8º da CF/88 – liberdade de sindicalização).
O sindicato deve repassar, em 72 horas, contadas do pagamento pelo tomador, a remuneração dos avulsos, sob pena de responsabilização pessoal e solidária dos dirigentes;
responsabilidade solidária do sindicato e dos tomadores dos serviços pela observância das normas de higiene, saúde e segurança do trabalho.
O recolhimento do FGTS e demais encargos sociais deve ser feito diretamente pelo tomador de serviços.
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TRABALHO AVULSO – ESPÉCIES 4/4
PORTUÁRIOS (exercido em porto): submetido à Lei 12.815/2013.
Necessidade de intermediação pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO)  escalação dos avulsos registrados (3 atores sociais);
Não se vincula ao tomador: Não gera vínculo.
Operador portuário representante do armador no porto;
Trabalhador portuário avulso estivadores, conferentes de carga, vigias portuários (de embarcações), arrumadores, trabalhadores de bloco etc.
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TRABALHO VOLUNTÁRIO 1/2
DEFINIÇÃO: 
 
	“... a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade” (Lei 9.608/1998 ).
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TRABALHO VOLUNTÁRIO – Características 2/2
Não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim”.
Possibilidade de ressarcimento pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias (art. 3º).
Formal: Necessidade de realização de termo de adesão entre a entidade pública ou privada e o prestador do serviço voluntário.
A não realização do termo de adesão configura a nulidade dessa contratação, todavia, não possui o condão de, por si só, gerar a existência de uma relação de emprego quando não presente o requisito indispensável da onerosidade.
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TRABALHO INSTITUCIONAL
CONCEITO
Relação de trabalho entre o trabalhador e a Administração Pública, regida por estatuto (servidor estatutário), e não pela legislação trabalhista.
Servidor Público (estatutário) é diferente de Empregado Público (trabalhador contratado pela Adm. Pública - Celetista). Ex.: empregados de empresas públicas e sociedade de economia mista.
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OUTRAS MODALIDADES TRABALHO SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO
Associado de Cooperativa: Não possui vínculo de emprego com sua cooperativa nem com seus tomadores de serviço, (art. 442, CLT ), salvo presente os requisitos do art. 3º, da CLT.
Cabo Eleitoral: Trabalhadores contratados para exercer atividades em uma campanha eleitoral.  Não gera vínculo de emprego, consoante art. 100 da Lei 9.504/1997:
Médico – residente X instituição de saúde responsável por sua qualificação profissional  não há relação de emprego. Curso de pós-graduação, tendo regulamentação própria pela Lei 6.932/1981 e pelo Decreto 80.281/1977.
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ESTÁGIO 1/12
CONCEITO
É ato escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos.
Definição legal (Lei 11.788/2008, art. 1º):
	“Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos”.
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ESTÁGIO 2/12
 MODALIDADES: 
Será obrigatório se constituir pré-requisito para conclusão e obtenção de certificado do curso. 
Será não obrigatório se previsto no programa do curso como atividade opcional, que se realizada será acrescida à carga horária obrigatória.
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ESTÁGIO 3/12
 REQUISITOS E CARACTERÍSTICAS:
Idade mínima de 16 anos, salvo aprendiz (aos 14 anos).
É extensível aos estrangeiros, desde que portador de visto temporário de estudante e matriculado em curso superior no Brasil.
NÃO tem vínculo de emprego, desde que observados os requisitos da Lei 11.788/2008, em seu art. 3º, dentre os quais se destacam:
Matrícula e frequência regular do educando no respectivo curso;
Celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio (empresa) e a instituição de ensino;
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ESTÁGIO 4/12
 REQUISITOS E CARACTERÍSTICAS:
Compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso;
Acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente (ato educativo escolar supervisionado).
Necessidade de comprovação do acompanhamento, pelo professor, através de vistos nos relatórios das atividades (inciso IV, do art. 7º).
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ESTÁGIO 5/12
 Agentes de Integração
	É facultada a presença de agentes de integração (públicos ou privados) quando da formalização do contrato de estágio, vedada, entretanto, a cobrança de qualquer valor do estudante.
Responsabilidade (art.5º, §3º da Lei 11.788/2008):
		“Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem 	estagiários para a realização de atividades não compatíveis com a 	programação curricular estabelecida para cada curso, assim, como 	estagiários matriculados em
cursos ou instituições para as quais não há 	previsão de estágio curricular´”. 
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ESTÁGIO 6/12
 ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO (pela IE e concedente)  Regras:
A instituição de ensino deve destacar, dentre os profissionais vinculados à área de atuação do estagiário, o orientador que ficará responsável pelo acompanhamento e avaliação do estagiário.
O aluno deve apresentar, no mínimo, a cada 6 (seis) meses, relatório de atividades.
A parte concedente deve indicar empregado que tenha formação ou experiência na área de atuação do estagiário, a fim de que oriente e supervisione até dez estagiários de cada vez; 
A parte concedente deve, ainda, enviar à instituição de ensino, no mínimo, a cada 6 (seis) meses, relatório das atividades do estagiário.
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ESTÁGIO 7/12
 Podem admitir estagiários (concedente):
Pessoas jurídicas de direito privado;
Órgãos da administração pública direta e indireta;
Profissionais liberais de nível superior, desde que inscritos no órgão de classe;
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ESTÁGIO – Direitos 8/12
 Direitos (Lei 11.788/2008):
Seguros contra acidentes pessoais, que deve ser compatível com os valores de mercado (art. 9º, IV);
Limitação de jornada, compatível com as atividades escolares (art. 10, da Lei 11.788/2008) :
4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais  estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;
6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais  estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular;
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ESTÁGIO – Direitos 9/12
Possibilidade de jornada de até 40 horas  estágio cujo curso alterne teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais;
Possibilidade de redução da carga horária (estágio) pela metade Se a IE adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, desde que estipulado no termo de compromisso e para garantir o bom desempenho do estudante.
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ESTÁGIO – Direitos 10/12
 DURAÇÃO DO ESTÁGIO: 
Até 2 (dois) anos, na mesma parte cedente, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência (art. 11).
 BOLSA E AUXÍLIO TRANSPORTE (E NÃO VALE – TRANSPORTE):
É obrigatória  no caso de estágio não obrigatório (art. 12). 
Facultativa  no caso de estágio obrigatório (não caracteriza vínculo).
Não cabe desconto, pois não se encontra na seara trabalhista.
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ESTÁGIO- Direitos 11/12
Recesso (e não férias) de 30 dias para estágios iguais ou superiores a 1 ano (art. 12, caput). 
Por não se tratar de férias e sim de recesso, indevido o adicional de 1/3.
Estágio pactuado por período inferior a 1 ano, o recesso deve ser concedido de forma proporcional.
Implementação da legislação relacionada à segurança e à saúde (responsabilidade da parte concedente)  garantir proteção mínima para saúde e segurança do estagiário 
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ESTÁGIO 12/12
 Proporção entre estagiários e empregados regulares:
Obs.: 10% das vagas de estágio oferecidas pela parte concedente devem ser destinadas às pessoas portadoras de deficiência.
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RELAÇÃO DE EMPREGO (características essenciais):
Subordinação  Jurídica (decorre do contrato de trabalho); sem autonomia/ trabalho por conta alheia. A subordinação não precisa ser direta ou constante, basta a possibilidade de intervenção do empregador na atividade do empregado. Ex.: costureira de empresa de confecção que labora em casa. 
Trabalho por pessoa física  somente pessoa natural (humana/ física) pode ser empregada, pessoa jurídica não (art. 3º da CLT).
Pessoalidade  (intuitu personae - em razão da pessoa): o empregado presta serviços pessoalmente. Não se aplica ao empregador (arts. 10 e 448 CLT- sucessão).
Onerosidade  direito do trabalhador ao salário (contraprestação ao serviço prestado). Exceção: Serviços gratuitos (voluntário) ou gracioso - Lei 9.608/98 (mera relação de trabalho). Basta a intenção onerosa (animus contrahendi).
Não eventualidade (ou habitualidade ou Permanência):  É o trabalho prestado de forma repetida (continua), permanente, na qual o obreiro passa a fazer parte integrante da cadeia produtiva da empresa, mesmo que desenvolvendo uma atividade-meio. Ex.: pedreiro, vendedor e faxineiro que trabalham em concessionária.
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RELAÇÃO DE EMPREGO
 Alteridade (apenas para alguns autores): trabalho por conta alheia; o que significa que não corre o risco do negócio (é extraído do art. 2º da CLT).
Se não houver alteridade, haverá autonomia (mera relação de trabalho).
 Exclusividade: Não é requisito para configuração da relação de emprego! É vontade das partes.
Pode haver cumulação de empregos, desde que compatíveis os horários (ex.: professor, médico, enfermeiros etc.)
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO
 DEFINIÇÃO (art. 3º, da CLT): Empregado urbano.
“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
Soma-se, ainda, a alteridade e a pessoalidade (c/c art. 2º da CLT).
ATENÇÃO: Em questão de prova, muitas vezes, só é cobrado os requisitos do art. 3º (não eventualidade, onerosidade e subordinação); o que está certo, se não houver opção completa .
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO
 Critério de identificação do empregado:
O trabalho tem de ser lícito, proibida a distinção entre trabalho manual, técnico ou intelectual (art. 7º, XXXII, da CF/88 e art. 3º, parágrafo único, da CLT);
Não importa o local de prestação de serviços  pode o trabalho ser realizado na empresa, no domicílio do empregado, ou mesmo à distância (art. 6º, da CLT). Ex.: Costureira que trabalha em casa, sujeita a controle de cota e produção.
Não se exige a exclusividade.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO
Empregados com Tratamento legal diferenciado:
Altos empregados (redução da subordinação jurídica  mais liberdade): 
Detentores de cargos ou funções de gestão ou de confiança (exceto bancário). Art. 62 caput , II e art. 469, §1º, ambos da CLT;
Detentores de cargos ou funções de gestão ou de confiança do segmento bancário (art. 224, §2º, da CLT)  não se limita a jornada do bancário; vinculação à percepção de adicional de 1/3.
Diretor de Sociedade Anônima (súmula 269 TST): “O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.”
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 1/5
 Empregado Doméstico 
	“aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas (art. 1º da Lei 5.859/72).”
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 2/5 
 Requisitos para caracterização do doméstico:
Pessoalidade
Continuidade (ao invés de não eventualidade)
Onerosidade
Subordinação
Atividade sem finalidade lucrativa
O tomador dos serviços deve ser pessoa física ou família (ou, no máximo, grupo de pessoas físicas).
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 3/5
 DOMÉSTICO:
ATENÇÃO: Se o serviço doméstico prestado pelo trabalhador for acumulado com a prestação de serviços em atividade lucrativa, prevalecerá o regime mais favorável ao trabalhador, qual seja, o da CLT.
A Emenda Constitucional nº: 72 estendeu aos domésticos, por meio do art. 7º, parágrafo único, da CF/88, diversos direitos concedidos aos trabalhadores urbanos e rurais (IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI, XXXIII).
Dependentes de regulamentação: incisos: I, II, III, IX, XII, XXV, XXVIII.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 4/5
 Peculiaridades quanto
ao Doméstico:
Estabilidade da empregada doméstica gestante, desde a confirmação da gravidez até a 5 meses após o parto.
Proibição de descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia (caput do art. 2º, da Lei 5.859/72).
Exceção: moradia (caput do art.2º da Lei 5.859/72), quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviços e, desde que, essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes (precisa de autorização do empregado).
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 5/5
Direito a vale-transporte: estendido ao trabalhador doméstico por força do Decreto 95.247/87 (art. 1º, II);
Morte do empregador doméstico: em caso de morte do empregador doméstico, não há sucessão trabalhista, devendo, todavia, os herdeiros responderem pelas verbas rescisórias devidas ao obreiro do lar.
Possibilidade de representação em audiência por qualquer pessoa da família (súmula 377 do TST).
Proibição do trabalho doméstico ao menor de 18 anos (decreto nº: 6.481/2008 que regulamentou os arts. 3º e 4º da Convenção 182 da OIT ). 
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 1/6
 Empregado rural (rurícola): 
	“é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário” (art. 2º da Lei 5.889/73).
		 Imóvel rural: localizado em zona rural.
		 Prédio rústico: destinado a exploração de atividade agroeconômica de 	qualquer natureza (não importa a localização  zona urbana ou rural).
O que determinará ser ou não rurícola é a atividade desenvolvida pelo empregador (OJ 315 e 419, ambas da SDI-1 do TST).		
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 2/6
 Requisitos caracterizadores do empregado rural:
Pessoalidade;
Não eventualidade;
Onerosidade;
Subordinação;
O tomador de serviços ser empregador rural (requisito específico): o empregado será rural sempre que seu empregador se dedique a explorar, com finalidade econômica (visando lucro), atividade rural. 
Alteridade.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 3/6
 Direitos assegurados ao trabalhador rural:
Os mesmos direitos constitucionais assegurados ao trabalhador urbano (art. 7º, caput da CF/88);
Lei nº: 5.889/73 (Estatuto do Trabalhador Rural);
Os direitos previstos na CLT, naquilo em que não colidirem com a lei específica (Lei 5.889/73);
DSR e feriados (lei 605/49);
Décimo terceiro salário.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 4/6
 Peculiaridades quanto ao regime jurídico do trabalhador rural:
Intervalo intrajornada é de, no mínimo, uma hora e o máximo varia conforme os usos e costumes da região (art. 5º da Lei 5.889/73).
Aviso Prévio: 30 dias  1 dia livre por semana. 
O Trabalho noturno do rurícola é diferente do aplicável ao trabalhador urbano:
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 5/6
 Fornecimento de utilidades ao trabalhador rural DESCONTOS:
Até 20% para habitação/moradia;
Até 25% para alimentação sadia e farta.
Calculadas sobre o salário mínimo, independentemente do salário recebido pelo empregado.
O desconto deve ser previamente autorizado pelo empregado.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 6/6 
 Contratação de trabalhador rural por pequeno prazo (produtor rural, pessoa física).
Prazo máximo de 2 meses, dentro do período de 1 ano, sob pena de conversão em contrato de trabalho por prazo indeterminado (Art. 14-A da Lei 5.889/73).
Formalização: Anotação na CTPS ou contrato escrito (autorização em CCT ou ACT).
 Demais direitos Trabalhistas do empregado rural:
FGTS (art. 7º, caput e inciso III, da CF/88);
Salário –família (a partir da Lei 8.213/91).
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: MÃE SOCIAL 1/1
 Mãe Social (Lei 7.644/87): Empregada que trabalha em casa-lares, cuja atividade consiste na assistência de menores abandonados.
 Requisitos:
deve residir na casa-lar com até 10 menores;
vinculo com a entidade de assistência social para a qual trabalha (instituição sem finalidade lucrativa ou de utilidade pública de assistência ao menor abandonado, que estão autorizadas a utilizar os serviços de mãe sociais;
 Direitos: Salário Mínimo, RSR, anotação na CTPS, férias, 13º salário, previdência e FGTS.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 1/5
 APRENDIZ (arts. 428-433, da CLT).
 
CONCEITO:
	“Contrato de trabalho especial, que mescla a prestação de serviços tradicional à aprendizagem profissional do trabalhador, a fim de lhe garantir qualificação e formação profissional metódica” (Ricardo Resende).
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 2/5
 Peculiaridades:
Forma solene (contrato escrito);
prazo determinado: máximo de 2 anos, salvo para o trabalhador portador de necessidades especiais;
Podem ser aprendizes: trabalhadores entre 14 e 24 anos (salvo se o aprendiz for portador de necessidades especiais, hipótese em que não se aplica a idade máxima);
matrícula no curso de aprendizagem técnico-profissional metódica, frequência regular a escola e anotação das circunstâncias especiais do contrato na CTPS;
comprovação de matrícula e frequência à escola, caso o aprendiz não tenha completado o ensino médio;
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 3/5
Direito ao salário mínimo hora, salvo previsão mais benéfica em contrato ou norma coletiva.
FGTS é recolhido com alíquota diferenciada (2%);
Jornada de trabalho: limitada a seis horas (regra). Exceção: já tiver completado o ensino fundamental (8 horas);
Vedadas a prorrogação e a compensação de jornada;
Férias: 
Menor de 18 anos  necessariamente junto com as férias escolares; e não podem ser fracionadas. 	 
Maior de 18 anos  preferencialmente coincidir com as férias escolares.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 4/5
 Obrigatoriedade de contratação de aprendizes (cota mínima e máxima):
Mínimo de 5% e máximo de 15%, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional;
Frações de unidade dão lugar à contratação de um aprendiz (arredondamento para mais);
Micro e pequena empresa não são obrigadas a contratar aprendizes.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 5/5
 Extinção do contrato de aprendizagem (taxativas):
Termo final do contrato (extinção normal);
Quando o aprendiz completar 24 anos, salvo o Portador de Necessidades Especiais (neste caso, extinção normal);
Por desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
Por falta disciplinar grave;
Por ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;
A pedido do aprendiz;
Não há possibilidade de dispensa sem justa causa pelo empregador;

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