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Petição inicial - Maria da Conceição Silva Santosx Pizzaria Ipanema

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Prévia do material em texto

AO DOUTO JUÍZO DA ____ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG
URGENTE: RESCISÃO INDIRETA
MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA SANTOS brasileira, casada, atendente, desempregado, inscrito no CPF de nº052.033.816-23, RG, 11.649.572(SSP/MG), Rua Trinta e um, nº121, Otis, Contagem/MG – Cep 32.341-360, por sua Procuradora que esta subscrevem, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de PIZZARIA IPANEMA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 05.703.611.001/10, Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, n°673 – Glória, Belo Horizonte/MG – CEP: 30870-100, pelos fatos e fundamentos que se seguem
1) DAS PUBLICAÇÕES/INTIMAÇÕES
	
Inicialmente requer, que todas as publicações e/ou intimações sejam realizadas em nome do DRA.MARINA ZICA , OAB/MG –193.032 escritório profissional na rua Senhor Simeone, nº 439, Bairro Jonas Veiga, Belo Horizonte/MG, sob pena de nulidade.
2) DA JUSTIÇA GRATUITA – ADIN 5766
Importante destacar que a parte reclamante não possui condições financeiras para custear eventuais custas e despesas processuais, nem tampouco honorários advocatícios, eis que sua renda é o mínimo necessário para sustento próprio e de sua família, sendo que qualquer eventual condenação no pagamento destes, comprometeria a renda de caráter alimentar.
Ademais, o direito á justiça gratuita, está previsto em nossa Constituição Federal, em seu art.5º,LXXIV, que assim prevê:
“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(...)
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Assim como na Lei 1.060/50, também estabelece a gratuidade da Justiça.
É certo que o legislador constituinte, ao prever, ao litigante carente de recursos, a assistência jurídica integral e gratuita, no inciso LXXIV da CF/88, não deixou lacunas. Assim, requer de forma o deferimento da Justiça Gratuita.
3) DA IRRETROATIVIDADE DA LEI 13.467/17 – PROTEÇÃO DO DIREITO ADQUIRIDO 
Na definição do marco temporal inicial da aplicação da Lei n. 13.467/17 no que comporta às suas normas de natureza material, cumpre ter presente que, consoante o art. 912 da CLT, os dispositivos de caráter imperativo da lei nova terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da sua entrada em vigor.
Desse modo, a Lei n. 13.467/17 não alcança os contratos firmados antes da sua entrada em vigor, mas possui efeitos imediatos, no sentindo de que deve ser aplicada aos contratos em execução no momento de sua entrada em vigor, estando fora do seu alcance, no entanto, as condições de trabalho definidas no momento da contratação.
Isto significa que não pode o empregador alterar as condições de trabalho com fundamento na entrada em vigor da Lei n. 13.467/17, ainda que conte com a aquiescência do trabalhador, por força do disposto no art. 2.035 do Código Civil e, ainda, no art. 468 da CLT, que veda a alteração contratual lesiva ao trabalhador, do art. 5º, XXXVI, da Constituição, que impõe o respeito ao direito adquirido, e do art. 7º, caput, da Constituição, que impede o retrocesso na condição social dos trabalhadores e impõe a aplicação da norma a ele mais favorável.
Face ao exposto, requer seja afastada a aplicação da LEI 13.467/17.
4) VALOR DADO Á CAUSA POR ESTIMATIVA/APROXIMAÇÃO – DIREITO A EVENTUAIS DIFERENÇAS CONFORME COMANDO EXEQUENDO
A reforma trabalhista determinou a mera estimativa dos valores e não a liquidação precisa dos cálculos, sob pena de afronta ao acesso à justiça, com uma dificuldade infindável especialmente para o empregado, tendo em vista que este é parte hipossuficiente no processo, não sendo possuidor de documentos indispensáveis para uma liquidação certa dos pedidos, como por exemplo a integralidade dos controles de jornada, dos contracheques, recibos diversos, documentos estes necessários para se fazer uma apuração exata dos valores de cada pedido, motivo pelo qual necessário se faz que diante a integralidade dessas documentações ao reclamante não reste outra alternativa que não a apresentação de uma “estimativa” de valores para cada pedido, ressalvando contudo o direito na percepção de eventuais diferenças a maior a serem apuradas na fase de liquidação de sentença.
Sendo assim, não há dúvidas que todos os pedidos formulados na presente ação, que dependam de análise documental para elaboração exata dos cálculos, e/ou eventuais compensações serão apresentados com valores “estimados” de direito, sendo certo que a reclamada é a detentora dessa documentação, como por exemplo controles de jornada, contracheques, recibos diversos, o que dificulta o obreiro a apresentar a liquidação exata dos pedidos, motivo pelo qual requer a apresentação dos cálculos para liquidação dos pedidos em epígrafe, com valores “estimados/por aproximação” ressalvando contudo o direito na percepção de eventuais valores a maior apurados na fase de liquidação de sentença, conforme o comando exequendo.
5) DOS FATOS E FUNDAMENTOS
5.1) DADOS FUNCIONAIS
Admitida em 04/10/2012 a parte reclamante apesar de exercer também as funções de garçonete com salário de R$1.388,00 na em outubro de 2022, também era acionada na cozinha, na limpeza e atendimento ao cliente através de telemarketing.
A pizza para consumo era oferecida mediante humilhações, diziam que comeria o que eles deixassem, e sobras de clientes eram pagas para pudessem ser levadas, e a água consumida tinha que ser comprada porque nem sempre havia água no filtro, era descontada em notinhas, no acerto semanal que é feito, porém primeiro a reclamada paga em espécie e coleta recibo para depois fazer o desconto ilícito.
	Laborava de em média das 17hs às 00/03hs, com uma folga semanal, mas nunca domingo, a não ser que o empregado “pagasse” pela folga neste dia, um valor de R$64,00 por folga.
	Era constantemente assediada moralmente pelo Senhor Claumar, humilhada até que lhe restou outra opção a não ser se valer do Poder Judiciário para colocar fim a um contrato de trabalho tóxico, em que a parte reclamante é constantemente agredida de diversas maneiras.
5.2) JORNADA DE TRABALHO
No desempenho das atividades de terça-feira à domingos de 17hs às 00/03hs, com algumas supressões das pausas e extrapolações da jornada diária e semanal, além de labor em todos os feriados.
Apesar do denunciado, recebeu parcas horas extras e em percentual irrisório.
5.2.a) Das horas extras 
	
Estabelece o art. 7º, inciso XIII da CF que a duração do trabalho normal não será superior a 8 horas diárias e nem a 44 horas semanais.
In casu, são devidas as horas extras excedentes a 8ª diária e a 44ª semanal, que devem ser pagas com o adicional convencional, conforme prevê a CCT aplicável a categoria em anexo. Assim, por serem habituais, necessário o reflexo das horas extras no repouso semanal remunerado e destes no aviso prévio, nas férias + 1/3, das gratificações natalinas, FGTS e multa de 40%.
5.2.b) Horas extras intervalares
Em que pese à determinação legal, a reclamada não respeitou o intervalo intrajornada todos os dias laborados, devendo remunerar tal período como extra acrescido do adicional legal ou convencional, o que for mais benéfico, no §4º do art. 71 da CLT, bem como reflexos das horas suprimidas nos repousos semanais e destes no aviso prévio, nas férias mais 1/3, 13º salários e de tudo em FGTS e multa de 40% deste.
5.2.c) Indenização pelo trabalho realizado nos feriados
A parte reclamante trabalhou, durante todo o pacto, em feriados nacionais.
Neste sentido, a teor da súmula 146 do TST, considerando o trabalho realizado nos feriados nacionais, deve a reclamada ser condenada ao pagamento das HORAS EXTRAS pelo trabalho prestado nos feriados, , que devem ser pagas com o adicional convencional, conforme prevê a CCT aplicável a categoria em anexo, devendo ser considerado como base de cálculo as horas efetivamente trabalhada, por todo o pactolaboral, bem como seus reflexos em todas as parcelas, seja, no aviso prévio, nas férias + 1/3, das gratificações natalinas, FGTS e multa de 40%, o que desde já se requer.
5.2.d) Da venda da folga aos domingos – Ilicitude
Em que pese à determinação legal, a reclamada não respeitou as folgas preferenciais aos domingos, e pior, as vendeu, devendo remunerar em dobro tal período como extra acrescido do adicional legal ou convencional, o que for mais benéfico, bem como reflexos nos repousos semanais e destes no aviso prévio, nas férias mais 1/3, 13º salários e de tudo em FGTS e multa de 40% deste.
5.3) DESVIO DE FUNÇÃO
Em que pese a reclamante ser contratada para ser garçonete, ela exerceu atividades que não eram específicas de seu cargo ou que guardassem similitudes. 
Com efeito houve incompatibilidade de tarefas e atribuições, em relação ao cargo original. 
Fato é que a reclamante ao agregar atribuições laborava em sobrelabor, o que significa que a ela foram atribuídas tarefas outras que não as específicas do cargo que acarretaram acúmulo de obrigações. 
Dado o caráter sinalagmático da contratação, impõe-se aos contratantes reciprocidade de direitos e obrigações. Portanto, não se mostra correto impor a reclamante o desempenho de tarefas incompatíveis com o cargo para o qual originalmente foi contratada.
O empregador se beneficia ao impor ao empregado o acúmulo de função, pois economiza deixando de contratar outro trabalhador, quando então, teria de pagar mais um salário e as contribuições sociais inerentes.
Autorizado está o juiz, à luz do disposto nos artigos 460 e 766, ambos da CLT, a arbitrar alteração quantitativa de salário, posto que salário é a contraprestação do serviço (CLT, art. 457). 
Assim, considerando-se que o empregador ultrapassou o jus variandi ao exigir o cumprimento de mais de uma função, com fulcro no art. 766, da CLT, requer seja deferido plus salarial, que se sugere não inferior a 10% da sua remuneração, bem como reflexos nos repousos semanais e destes no aviso prévio, nas férias mais 1/3, 13º salários e de tudo em FGTS e multa de 40% deste.
5.4) DOS DESCONTOS INDEVIDOS
Como se não bastasse, a obreira sofreu inúmeros descontos indevidos em seu salário.
Vejamos as notinhas:
 
É certo que a Ré descontava R$64,00 reais por dia de folga de domingo, e despesa com água quando acabava a do filtro, contudo, a parte Reclamante nunca concordou com os referidos descontos.
Dessa forma, pugna pela restituição dos descontos indevidos realizados nos salários, devidamente atualizados/corrigidos desde o desconto até a efetiva restituição.
5.5) DAS FÉRIAS EM DOBRO
Há 3 anos a parte reclamante não tira férias, sem contudo receber por isso.
Neste sentido:
TRT - RO - 11.254/01
RECORRENTES - 1 - Contagem Indústria e Comércio de Espumas e Colchões Ltda. 2 - Anderson Gomes de Oliveira
RECORRIDOS - Os mesmos
EMENTA - FÉRIAS - FRACIONAMENTO - IRREGULARIDADE - DOBRA
As férias podem ser fracionadas em casos excepcionais (/S 1-o do artigo 134 CLT). Na hipótese de prestação de labor durante o gozo das férias a que o trabalhador tem direito, intercalando sustação da atividade e trabalho, torna-se irregular a concessão, o que evidencia a circunstância de férias não concedidas em tempo hábil, atraindo a pena do artigo 137 ibidem.
Restando provado que a parte autora não usufruiu do repouso anual, que se reveste de caráter obrigatório, por força de norma de ordem pública, impõe-se a indenização dobrada do valor das férias. Demonstrado que as férias foram concedidas de forma fracionada, observado o labor intercalado no interregno em que a lei obriga a sustação da atividade, conforme minudenciei acima, o que se tem é a fruição parcial delas, impondo-se a dobra por atrair a aplicação do art. 137, caput, da CLT.
5.6) ASSÉDIO MORAL – DANOS MORAIS – REQUERIMENTO DE ENTREGA DE PROVAS
Conforme mencionado alhures, é certo que a parte Reclamante laborava em condições totalmente humilhe assediadora o que culminou no total adoecimento da trabalhadora.
O proprietário Claumar fazia xingamentos como burra, lerda, “manteiga derretida” sempre tentando imprimir na parte reclamante um tom de incapaz, assim como chamava as pessoas de palavrões e tratava aos “berros” a reclamante, chegando a debochar do fato da reclamante ter engravidado aos 43 anos. Pressionavam a autora até sobre reposições que não eram urgentes e sequer eram sua função originária, e quando ela tentava se manifestar o réu dizia: “está nervosinha, vai dá”.
O limite final de tantra humilhação foi no dia 29/01/2023 oportunidade que o reclamado gritou muito, batia as mãos com muita força próximo ao rosto da reclamante, num afã de agressão e só não chegou as vias de fato porque o filho dele, menor de 15 anos que labora no local, apartou, tudo isso pode ser comprovado com as filmagens internas que desde já se requer, sob pena do art. 400 NCPC.
A própria sobrinha confessa conforme provas em anexo:
	“Meu tio é assim mesmo, é complicado”. – Vide áudio em anexo.
A saber:
Ressalta-se que, a Reclamada não proporcionava condições para que o Reclamante realizasse uma alimentação apropriada, e as vezes ela era compelida a comprar água para consumir durante o trabalho, porque no filtro acabava.
Existem mais provas que do comportamento assediador:
Diante dessa situação, a parte Reclamante adoeceu CID F.43, conforme documentos em anexo.
In casu, inequívoco que a reclamante teve a seu moral abalada, tendo a reclamada ferido de forma indelével os direitos subjetivos do reclamante, destruindo sua paz interior, devendo por tal razão ser condenada a pagar justa indenização pelos danos ocasionados.
Estabelece o art. 186 do CCB, a saber:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Resta claramente demonstrado que o reclamante, em virtude da conduta da Reclamada, sofreu prejuízos de ordem moral, face as situações humilhantes e constrangedoras, que passou.
Assim restam perfeitamente caracterizados todos os elementos para configuração do ato ilícito: a conduta dolosa ou culposa contrária à norma jurídica, o dano moral suportado pelo autor e o nexo de causalidade entre a conduta e o dano, latente no caso em tela.
Estabelece o art. 5º, X da CR/88 que são invioláveis a intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, assegurado o direito a justa indenização decorrente de sua violação. 
Em consonância com o preceito constitucional, o Código Civil Brasileiro determina a obrigação de reparação de danos àquele que, por ato ilícito art. 186 e 187, CC, causar dano a outrem art. 927 do CCB. 
Assim, presentes os requisitos que amparam a pretensão indenizatória entre o evento e a perda sofrida, devida justa indenização como meio de amenizar a dor da vítima e punir o autor do dano. 
Requer que o juízo intime a ré nos termos do Art. 396 c/c 400 do NCPC a apresentar as imagens da câmera de segurança dos dias 28 e 29 de Janeiro de 2023.
Deste modo, com base na legislação vigente, podemos constatar que a reclamada cometeu ato ilícito e por tal razão, deve ser responsabilizada, sendo que o dano deve ser indenizado, num patamar de razoabilidade, pois, não obstante a ofensa à dignidade da pessoa humana ser de difícil aferição econômica, não pode o CAUSADOR DO DANO MORAL ficar impune, além de que é preciso compensar de alguma forma o sofrimento da vítima. Daí a justificativa para o pagamento da indenização por danos morais, no valor no qual sugere seja de no mínimo R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por ser condizente com a extensão do dano sofrido pelo reclamante, como preceitua o art. 944 do CCB.
5.7) RESCISÃO INDIRETA
A autora ao ser vítima de tantas irregularidades narradas, a exemplo: falta de pagamento de extras, humilhações, assédios, ausência de férias não tem condições físicas e mentais de prosseguir com o contrato de trabalho.
Logo, pleiteia a declaração da rescisão indireta do contrato de trabalho, com a consequente condenação da reclamada a pagar asparcelas rescisórias devidas, quais sejam, aviso prévio indenizado; Saldo Salário, 13º salários, Férias integrais e proporcionais + 1/3 e FGTS + Multa de 40% deste, bem como proceder à entrega das guias TRCT/SJ2, garantida a integralidade dos depósitos fundiários, chave de conectividade social e CD/SD, sob pena de indenização substitutiva, devendo para tanto ser observado a data da aptidão e projeção da estabilidade provisória, para declaração da Rescisão Indireta, por este D. Juízo.
Saldo de salário (29/30): ...................................................R$1.341,73;
Aviso prévio (60 dias, de acordo com a Lei 12.506/2011)...R$2.776,00; 
Décimo terceiro proporcional (1/12) ........................R$115,67; 
Décimo terceiro indenizado (2/12) ........................R$231,33;
Férias proporcionais (4/12) ........................ R$462,67; 
1/3 sobre férias proporcionais........................ R$154,22; 
Férias indenizadas (2/12) ........................ R$231,33; 
1/3 sobre férias indenizadas........................ R$77,11; 
FGTS + 40% (124 meses)...............................R$19.276,54;
Guias CD/SD...................................................R$100,00;
Requer, ainda, que seja baixada a CTPS da obreira considerando a projeção do aviso prévio, bem como o seu recebimento, de acordo com o que dispõem a Lei 12.506/11 e bem como o artigo 487 § 4º da CLT e o artigo 7º inciso XXI da CF/88.
Na eventualidade deste juízo não entender pela rescisão indireta do contrato de trabalho, o que se diz por argumentar, requer seja autorizado o retorno da empregada ao labor (se tiver se afastado), e que a reclamada sane as irregularidades bem como pague as parcelas devidas.
5.8) BENESSES CONVENCIONAIS - INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA
Verifica-se a existência de negociação realizada entre os sindicatos que representam ambos os polos do presente litígio. Documento anexo, mas a título de amostragem:
E:
Ainda:
Resta averbado protestos interruptivos do prazo prescricional para o particular.
Para o deslinde, deve-se considerar a referida norma e condenar a empresa pela inobservância de todas as cláusulas, a indenizar a reclamante por todo o pacto laboral. 
5.8.a) MULTA CONVENCIONAL
A norma coletiva está sendo desrespeitada pela reclamada, notadamente com relação a venda de folgas aos domingos, plano de saúde, seguro de vida, ausência de férias e etc.
Logo, pugna pelo deferimento de multa convencional nos moldes e valores estabelecidos nos instrumentos normativos da categoria por todo o pacto laboral.
5.9) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A reclamada descumpriu obrigações contratuais básicas, dando causa ao ajuizamento da reclamação trabalhista e aos gastos com contratação de advogado. 
	Neste sentido estabelece a Constituição Federal/88, art. 133, “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.”
O artigo 389 do C.C. estabelece que, descumprida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos, acrescidos de juros, atualização monetária e honorários advocatícios. Nos termos do artigo 404 do mesmo diploma legal, as perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, abrangem juros, custas e honorários de advogados. 
Dessa forma, pelo princípio da isonomia, tem-se que os honorários advocatícios, devem ser fixados no percentual de 20% sobre o valor da condenação, conforme preceitua art. 85 do NCPC:
A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
Na eventualidade do magistrado entender pela aplicabilidade da “reforma trabalhista”,e não entender pela aplicabilidade do art. 85 do NCPC, certo é que o artigo 791-A da Lei 13.467/17,  inovou ao impor um ônus à parte que perde o processo. Até então, a justiça do trabalho seguia a regra da súmula 219 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o que a partir de então, não será necessário mais a assistência de sindicato para tanto, podendo ser deferido em ações patrocinadas por advogados particulares.
Sendo assim, pugna pelo pagamento dos honorários advocatícios, a serem arbitrados por este juízo, mas que sugere que não seja inferior á 15% do valor da condenação. 
6) DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
	
1. A citação da reclamada para que tome ciência de todos os termos desta Reclamatória e pague as verbas devidas ou conteste a presente demanda, sob pena de confissão e revelia;
2. Requer o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, pelas razões expostas na presente ação, restando o reclamante dispensado de recolher custas processuais, depósitos recursais/preparo, honorários periciais, bem assim os honorários de sucumbência, caso haja.
3. Requer a apresentação dos cálculos para liquidação dos pedidos em epígrafe, com valores “estimados/por aproximação” ressalvando, contudo, o direito na percepção de eventuais valores a maior apurados na fase de liquidação de sentença, conforme o comando exeqüendo;
4. Rescisão indireta:
Saldo de salário (29/30): ...................................................R$1.341,73;
Aviso prévio (60 dias, de acordo com a Lei 12.506/2011)...R$2.776,00; 
Décimo terceiro proporcional (1/12) ........................R$115,67; 
Décimo terceiro indenizado (2/12) ........................R$231,33;
Férias proporcionais (4/12) ........................ R$462,67; 
1/3 sobre férias proporcionais........................ R$154,22; 
Férias indenizadas (2/12) ........................ R$231,33; 
1/3 sobre férias indenizadas........................ R$77,11; 
FGTS + 40% (124 meses)...............................R$19.276,54;
Guias CD/SD, Chave conectividade......................R$100,00;
5. HORAS EXTRAS ou diferenças, excedentes a 8ª diária e a 44ª semanal, com o adicional convencional, por todo o pacto laboral, bem como reflexos das horas extras no repouso semanal remunerado e destes aviso prévio, nas férias + 1/3, 13º salário, e de tudo em FGTS e multa de 40%.............................................................................................R$2.300;
6. Horas extras ou diferenças, do intervalo intrajornada, devendo ser pagas com o adicional convencional, por todo o pacto laboral, bem como reflexos das horas intervalares no repouso semanal remunerado e destes no aviso prévio, nas férias + 1/3, 13º salário, e de tudo em FGTS e multa de 40%................................................................R$1.750;
7. HORAS EXTRAS, ou diferenças, pelo trabalho prestado nos feriados, devendo ser considerado como base de cálculo as horas efetivamente trabalhada, por todo o pacto laboral, bem como seus reflexos em todas as parcelas, seja, aviso prévio, nas férias + 1/3, 13º salário, e de tudo em FGTS e multa de 40% .......................................................................................R$2.850,00;
8. D.S.R aos domingos conforme causa de pedir 5.2.d) devendo ser considerado como base de cálculo as horas efetivamente trabalhada, por todo o pacto laboral, bem como seus reflexos em todas as parcelas, conforme lei vigente........................................................... R$1.500,00;
9. Descontos indevidos via notinhas e pagamento de folga aos domingos........................................................... R$1.648,70;
10. Indenização por não fornecimento de benesses convencionais........................R$3.000,00; 
11. Multa convencional por cada cláusula violada e na eventualidade por cada ano de instrumentonormativo violado........................R$138,80;
12. Três últimas férias em dobro e os devidos reflexos, devendo ser considerado como base de cálculo as horas efetivamente trabalhada, por todo o pacto laboral, bem como seus reflexos em todas as parcelas, conforme lei vigente........................................................... R$8.575,00;
13. Plus salaria por desvio de função e os devidos reflexos, devendo ser considerado como base de cálculo as horas efetivamente trabalhada, por todo o pacto laboral, bem como seus reflexos em todas as parcelas, conforme lei vigente........................................................... R$1.500,00;
14. Pagamento da indenização por danos morais, detalhado na causa de pedir alhures, no valor no qual sugere seja de no mínimo R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por ser condizente com a extensão do dano sofrido pelo reclamante, como preceitua o art. 944 do CCB. ....................................................................R30.000,00;
15. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS no importe mínimo de 20% sob valor da condenação. Ou na eventualidade do magistrado entender pela aplicabilidade da “reforma trabalhista”, e não entender pela aplicabilidade do art. 85 do NCPC, requer condenação dos HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS no importe mínimo de 15% do valor da condenação.............................R$ 11.254,36;
Tudo devidamente corrigido e com juros nos termos da legislação trabalhista específica. 
O reclamante autoriza desde já a compensação de parcela paga a mesmo título, que eventualmente tenha sido requerida.
Requer seja compelida a reclamada, nos termos do art. 396 do CPC e sob pena do estabelecido no art. 400 do CPC, a juntarem aos autos documentos relacionados ao labor do reclamante e já requeridos no bojo desta peça de ingresso.
Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal, pericial, e pelo depoimento pessoal do Reclamado, o que se requer sob pena de confissão.
Confirmada a sentença, e a fim de se evitar a procrastinação do processo, desde já requer que seja estipulada multa diária a favor da Requerente.
Requer, que todas as publicações e/ou intimações sejam realizadas em nome do represente legal já identificado alhures, sob pena de nulidade processual.
Á presente atribui-se o valor de R$ 86.283,46 (oitenta e seis mil duzentos e oitenta e três reais e quarente e seis centavos) para os devidos fins.
Nestes termos, pede deferimento.
Contagem, 23 de fevereiro de 2023.
MARINA ZICA BUCHACRA BARREIROS
OAB/MG - 193.032
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