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RACIOCÍNIO LÓGICO
Apostila Digital Licenciada para william da silva martins - uillmartins92@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 1
RACIOCÍNIO LÓGICO
QUANTITATIVO
1. Estruturas lógicas; lógica de argumentação.
2. Diagramas lógicos.
3. Trigonometria.
4. Álgebra linear.
5. Probabilidades.
6. Combinações.
7. Arranjos e permutação.
8. Geometria básica.
As questões devem estabelecer a estrutura lógica de
relações arbitrárias entre pessoas, lugares, coisas ou
eventos fictícios e deduzir novas informações a partir
das relações fornecidas.. Nenhum conhecimento mais
profundo de lógica formal ou matemática será necessá-
rio para resolver as questões de raciocínio lógico-
analítico.
ÁLGEBRA LINEAR
EQUAÇÕES
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
IGUALDADES E PROPRIEDADES
São expressões constituídas por números e letras,
unidos por sinais de operações.
Exemplo: 3a2; –2axy + 4x2; xyz; 3
x
+ 2 , é o mesmo
que 3.a2; –2.a.x.y + 4.x2; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, x, y
e z representam um número qualquer.
Chama-se valor numérico de uma expressão algébri-
ca quando substituímos as letras pelos respectivos valo-
res dados:
Exemplo: 3x2 + 2y para x = –1 e y = 2, substituindo
os respectivos valores temos, 3.(–1)2 + 2.2 → 3 . 1+ 4
→ 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão.
Exercícios
Calcular os valores numéricos das expressões:
1) 3x – 3y para x = 1 e y =3
2) x + 2a para x =–2 e a = 0
3) 5x2 – 2y + a para x =1, y =2 e a =3
Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4
Termo algébrico ou monômio: é qualquer número
real, ou produto de números, ou ainda uma expressão
na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e
literais.
Exemplo: 5x4 , –2y, x3 , –4a , 3 , – x
Partes do termo algébrico ou monômio.
Exemplo:
sinal (–)
–3x5ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
x5ybz parte literal
Obs.:
1) As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas co-
mo variáveis (valor variável)
2) quando o termo algébrico não vier expresso o co-
eficiente ou parte numérica fica subentendido que
este coeficiente é igual a 1.
Exemplo: 1) a3bx4 = 1.a3bx4 2) –abc = –1.a.b.c
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se-
melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos
mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações.
Exemplos:
1) a3bx, –4a3bx e 2a3bx são termos semelhantes.
2) –x3 y, +3x3 y e 8x3 y são termos semelhantes.
Grau de um monômio ou termo algébrico: E a soma
dos expoentes da parte literal.
Exemplos:
1) 2 x4 y3 z = 2.x4.y3.z1 (somando os expoentes da
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
Expressão polinômio: É toda expressão literal
constituída por uma soma algébrica de termos ou mo-
nômios.
Exemplos: 1)2a2b – 5x 2)3x2 + 2b+ 1
Polinômios na variável x são expressões polinomiais
com uma só variável x, sem termos semelhantes.
Exemplo:
5x2 + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja
forma geral é a0 + a1x + a2x2 + a3x3 + ... + anxn, onde a0,
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes.
Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô-
mio de maior grau.
Exemplo: 5a2x – 3a4x2y + 2xy
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o
maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
Exercícios
1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios:
a)–3x y2 z grau coefciente__________
b)–a7 x2 z2 grau coeficiente__________
c) xyz grau coeficiente__________
2) Dar o grau dos polinômios:
a) 2x4y – 3xy2+ 2x grau __________
b) –2+xyz+2x5 y2 grau __________
Respostas:
1) a) grau 4, coeficiente –3
b) grau 11, coeficiente –1
c) grau 3, coeficiente 1
2) a) grau 5 b) grau 7
CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS
Adição e Subtração de monômios e expressões poli-
nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu-
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zem os termos semelhantes.
Exemplo:
3x2 + (2x – 1) – (–3a) + (x2 – 2x + 2) – (4a)
3x2 + 2x – 1 + 3a + x2 – 2x + 2 – 4a =
3x2 + 1.x2 + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 =
(3+1)x2 + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 =
4x2 + 0x – 1.a + 1 =
4x2 – a + 1
Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as
mesmas usadas para expressões numéricas no conjunto
Z.
Exercícios. Efetuar as operações:
1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a)
2) 4x2 – 7x + 6x2 + 2 + 4x – x2 + 1
Respostas: 1) 2x +3a 2) 9x2 – 3x + 3
MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os
coeficientes e após o produto dos coeficientes escre-
vem-se as letras em ordem alfabética, dando a cada
letra o novo expoente igual à soma de todos os expoen-
tes dessa letra e repetem-se em forma de produto as
letras que não são comuns aos dois monômios.
Exemplos:
1) 2x4 y3 z . 3xy2 z3 ab = 2.3 .x 4+1 . y 3+2. z 1+3.a.b =
6abx5y5z4
2) –3a2bx . 5ab= –3.5. a2+1.b1 +1. x = –15a3b2 x
Exercícios: Efetuar as multiplicações.
1) 2x2 yz . 4x3 y3 z =
2) –5abx3 . 2a2 b2 x2 =
Respostas: 1) 8x5 y4 z2 2) –10a3 b3 x5
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
que exprime uma relação de igualdade.
Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica
somente para determinado valor numérico atribuído à
variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.
Exemplo: 5 + x = 11
↓ ↓
1 0.membro 20.membro
onde x é a incógnita, variável ou oculta.
Resolução de equações
Para resolver uma equação (achar a raiz) seguire-
mos os princípios gerais que podem ser aplicados numa
igualdade.
Ao transportar um termo de um membro de uma i-
gualdade para outro, sua operação deverá ser invertida.
Exemplo: 2x + 3 = 8 + x
fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5
Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o
2.º membro com as operações invertidas.
Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di-
zemos ainda que é o conjunto verdade (V).
Exercícios
Resolva as equações :
1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0
3) 7x – 26 = 3x – 6
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4}
2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5}
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS
OU SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES
Resolução por adição.
Exemplo 1:
=−
=+
II- 1 y x
I - 7 y x
Soma-se membro a membro.
2x +0 =8
2x = 8
2
8
x =
x = 4
Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este va-
lor em qualquer uma das equações ( I ou II ),
Substitui em I fica:
4 + y = 7 ⇒ y = 7 – 4 ⇒ y = 3
Se quisermos verificar se está correto, devemos
substituir os valores encontrados x e y nas equações
x + y = 7 x – y = 1
4 +3 = 7 4 – 3 = 1
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)}
Exemplo 2 :
=+
=+
II- 8 y x
I - 11 y 2x
Note que temos apenas a operação +, portanto de-
vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1,esco-
lhendo a II, temos:
−=−
=+
→
=+
=+
8 y x -
11 y 2x
1)- ( . 8 y x
11 y 2x
soma-se membro a membro
3x
30x
8- y - x -
11 y 2x
=
=+
+
=
=+
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica
3 + y = 8, portanto y = 5
Exemplo 3:
ΙΙ=
Ι=+
- 2 y -3x
- 18 2y 5x
neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por
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2 (para “desaparecer” a variável y).
=−
=+
⇒
=
=+
426
1825
.(2) 2 y -3x
18 2y 5x
yx
yx
soma-se membro a membro:
5x + 2y = 18
6x – 2y = 4
11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x =
11
22
⇒ x = 2
Substituindo x = 2 na equação I:
5x + 2y = 18
5 . 2 + 2y = 18
10 + 2y = 18
2y = 18 – 10
2y = 8
y =
2
8
y =4
então V = {(2,4)}
Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear:
1)
=+
=−
16yx5
20yx7
2)
=−
=+
2y3x8
7yx5
3)
=−
=−
10y2x2
28y4x8
Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}
INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Distinguimos as equações das inequações pelo sinal,
na equação temos sinal de igualdade (=) nas inequa-
ções são sinais de desigualdade.
> maior que, ≥ maior ou igual, < menor que ,
≤ menor ou igual
Exemplo 1: Determine os números naturais de modo
que 4 + 2x > 12.
4 + 2x > 12
2x > 12 – 4
2x > 8 ⇒ x >
2
8
⇒ x > 4
Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo
que 4 + 2x ≤ 5x + 13
4+2x ≤ 5x + 13
2x – 5x ≤ 13 – 4
–3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
3x ≥ – 9, onde x ≥
3
9−
ou x ≥ – 3
Exercícios. Resolva:
1) x – 3 ≥ 1 – x,
2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x
Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
PRODUTOS NOTÁVEIS
1.º Caso: Quadrado da Soma
(a + b)2 = (a+b). (a+b)= a2 + ab + ab + b2
↓ ↓
1.º 2.º ⇒ a2 + 2ab +b2
Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua-
drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
quadrado do 2.º.
Exercícios. Resolver os produtos notáveis
1)(a+2)2 2) (3+2a)2 3) (x2+3a)2
Respostas: 1.º caso
1) a2 + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a2
3) x4 + 6x2a + 9a2
2.º Caso : Quadrado da diferença
(a – b)2 = (a – b). (a – b) = a2 – ab – ab - b2
↓ ↓
1.º 2.º ⇒ a2 – 2ab + b2
Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
quadrado do 2.º.
Exercícios. Resolver os produtos notáveis:
1) (a – 2)2 2) (4 – 3a)2 3) (y2 – 2b)2
Respostas: 2.º caso
1) a2 – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a2
3) y4 – 4y2b + 4b2
3.º Caso: Produto da soma pela diferença
(a – b) (a + b) = a2 – ab + ab +b2 = a2 – b2
↓ ↓ ↓ ↓
1.º 2.º 1.º 2.º
Resumindo: “O produto da soma pela diferença é
igual ao quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º.
Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife-
rença:
1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3)
3) (a2 – 1) (a2 + 1)
Respostas: 3.º caso
1) a2 – 4 2) 4a2 – 9
3) a4 – 1
FATORAÇÃO ALGÉBRICA
1.º Caso: Fator Comum
Exemplo 1:
2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica:
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos
no início (Fator comum e distributiva são “operações
inversas”)
Exercícios. Fatorar:
1) 5 a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab
Respostas: 1.º caso
1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x)
3) 4a. (c + b)
Exemplo 2:
3a2 + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
porque MDC (3, 6) = 3.
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O m.d.c. entre: “a e a2 é “a” (menor expoente), então
o fator comum da expressão 3a2 + 6a é 3a. Dividindo
3a2: 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2).
Exercícios. Fatorar:
1) 4a2 + 2a 2) 3ax + 6a2y 3) 4a3 + 2a2
Respostas: 1.º caso 1) 2a .(2a + 1)
2) 3a .(x + 2ay) 3) 2a2 (2a + 1)
2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope-
ração inversa” dos produtos notáveis caso 1)
Exemplo 1
a2 + 2ab + b2 ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-
tremo 2a + 2ab + 2b ⇒ 2a = a e 2b = b e o
termo do meio é 2.a.b, então a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
(quadrado da soma).
Exemplo 2:
4a2 + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos
2a4 + 4a + 1 ⇒ 2a4 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-
tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a2 + 4a + 1 = (2a + 1)2
Exercícios
Fatorar os trinômios (soma)
1) x2 + 2xy + y2 2) 9a2 + 6a + 1
3) 16 + 8a + a2
Respostas: 2.º caso 1) (x + y)2
2) (3a + 1)2 3) (4 + a)2
Fazendo com trinômio (quadrado da diferença)
x2 – 2xy + y2, extrair as raízes dos extremos
2x = x e 2y = y, o termo central é –2.x.y, então:
x2 – 2xy + y2 = (x – y)2
Exemplo 3:
16 – 8a + a2, extrair as raízes dos extremos
16 = 4 e 2a = a, termo central –2.4.a = –8a,
então: 16 – 8a + a2 = (4 – a)2
Exercícios
Fatorar:
1) x2 – 2xy + y2 2) 4 – 4a + a2 3) 4a2 – 8a + 4
Respostas: 2.º caso 1) (x – y)2
2) (2 – a)2 3) (2a – 2)2
3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que
é um binômio)
Exemplo 1
a2 – b2, extrair as raízes dos extremos 2a = a e
2b = b, então fica: a2 – b2 = (a + b) . (a – b)
Exemplo 2:
4 – a2 , extrair as raízes dos extremos 4 = 2, 2a
= a, fica: (4 – a2) = (2 – a). (2+ a)
Exercícios. Fatorar:
1) x2 – y2 2) 9 – b2 3) 16x2 – 1
Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y)
2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)
EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS
São Equações cujas variáveis estão no denominador
Ex:
x
4
= 2,
x
1
+
x2
3
= 8, note que nos dois exem-
plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre dife-
rente de zero.
Para resolver uma equação fracionária, devemos a-
char o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os
dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos
então uma equação do 1.º grau.
Ex:
x
1
+ 3 =
2
7
, x ≠ 0, m.m.c. = 2x
2x .
x
1
+3 =
2
7
. 2x
x
x2
+ 6x =
2
x14
, simplificando
2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau.
Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x
2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
Exercícios
Resolver as equações fracionárias:
1) 0 x
x2
3
2
1
x
3
≠=+
2) 0 x
x2
51
x
1
≠=+
Respostas: Equações: 1) V = {–3} 2) V = { 23 }
RADICAIS
416,39,11,24 ==== , etc., são raízes exa-
tas são números inteiros, portanto são racionais: 2 =
1,41421356..., 3 = 1,73205807..., 5 =
2,2360679775..., etc. não são raízes exatas, não são
números inteiros. São números irracionais.Do mesmo
modo 3 1 = 1, 283 = , 3273 = , 4643 = ,etc., são
racionais, já 3 9 = 2,080083823052.., 3 20 =
2,714417616595... são irracionais.
Nomes: ban = : n = índice; a = radicando = sinal
da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o
índice e o radicando forem iguais.
Exemplos:
1) 2- ,23 ,2 são semelhantes observe o n = 2
“raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 552 =
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2) 333 72 ,7 ,75 são semelhantes
Operações: Adição e Subtração
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan-
tes.
Exemplos:
1) ( ) 262523252223 =+−=+−
2) ( ) 33333 696735676365 =+−=+−
Multiplicação e Divisão de Radicais
Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e
usamos a propriedade: nnn abba =⋅
Exemplos
1) 242 . 222 ===⋅
2) 124 . 343 ==⋅
3) 3279 . 393 3333 ===⋅
4) 3333 204 . 545 ==⋅
5) 906 . 5 . 3653 ==⋅⋅
Exercícios
Efetuar as multiplicações
1) 83 ⋅ 2) 55 ⋅ 3) 333 546 ⋅⋅
Respostas: 1) 24 2) 5 3) 3 120
Para a divisão de radicais usamos a propriedade
também com índices iguais b:ab:a
b
a
==
Exemplos:
1) 392:182:18
2
18
====
2) 210:2010:20
10
20
===
3) 33333
3
35:155:15
5
15
===
Exercícios. Efetuar as divisões
1)
3
6
2) 3
3
2
16
3)
6
24
Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2
Simplificação de Radicais
Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-
zes exatas usando a propriedade n na simplificar índice
com expoente do radicando.
Exemplos:
1)Simplificar 12
decompor 12 em fatores primos:
12 2
6 2 32323212 2 22 =⋅=⋅=
3 3
1
2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica:
32 2
16 2
8 2
4 2
2 2
2422222222232 2 22 222 =⋅⋅=⋅⋅=⋅⋅=
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:
128 2
64 2
32 2
16 2
8 2
4 2
2 2
1
fica
3333 33 33 333 24222222222128 =⋅⋅=⋅⋅=⋅⋅=
Exercícios
Simplificar os radicais:
1) 20 2) 50 3) 3 40
Respostas: 1) 52 2) 25 3) 2. 3 5
Racionalização de Radiciação
Em uma fração quando o denominador for um radical
devemos racionalizá-lo. Exemplo:
3
2
devemos multipli-
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical
do denominador.
3
32
9
32
33
32
3
3
3
2
==
⋅
=⋅
3
2
e
3
32
são frações equivalentes. Dizemos que
3 é o fator racionalizante.
Exercícios
Racionalizar:
1)
5
1
2)
2
2
3)
2
3
Respostas: 1)
5
5
2) 2 3)
2
6
Outros exemplos: 3 2
2
devemos fazer:
3
3
3 3
3
3 21
3 2
3 2
3 2
3 1
4
2
42
2
42
22
22
2
2
2
2
===
⋅
⋅
=⋅
Exercícios.
Racionalizar:
1) 3 4
1
2)
3 22
3
3) 3
3
3
2
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 6
Respostas: 1)
4
163
2)
2
233
3)
3
183
EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com
variável toda equação de forma:
ax2 + bx + c = 0
onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0.
Exemplos:
3x2 - 6x + 8 = 0
2x2 + 8x + 1 = 0
x2 + 0x – 16 = 0 y2 - y + 9 = 0
- 3y2 - 9y+0 = 0 5x2 + 7x - 9 = 0
COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
Os números a, b, c são chamados de coeficientes da
equação do 2.º grau, sendo que:
• a representa sempre o coeficiente do termo x2.
• b representa sempre o coeficiente do termo x.
• c é chamado de termo independente ou termo
constante.
Exemplos:
a)3x2 + 4x + 1= 0 b) y2 + 0y + 3 = 0
a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3
c) – 2x2 –3x +1 = 0 d) 7y2 + 3y + 0 = 0
a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0
Exercícios
Destaque os coeficientes:
1)3y2 + 5y + 0 = 0 2)2x2 – 2x + 1 = 0
3)5y2 –2y + 3 = 0 4) 6x2 + 0x +3 = 0
Respostas:
1) a =3, b = 5 e c = 0
2)a = 2, b = –2 e c = 1
3) a = 5, b = –2 e c =3
4) a = 6, b = 0 e c =3
EQUAÇÕES COMPLETAS E INCOMPLETAS
Temos uma equação completa quando os
coeficientes a , b e c são diferentes de zero.
Exemplos:
3x2 – 2x – 1= 0
y2 – 2y – 3 = 0 São equações completas.
y2 + 2y + 5 = 0
Quando uma equação é incompleta, b = 0 ou c = 0,
costuma-se escrever a equação sem termos de coefici-
ente nulo.
Exemplos:
x2 – 16 = 0, b = 0 (Não está escrito o termo x)
x2 + 4x = 0, c = 0 (Não está escrito o termo inde-
pendente ou termo constante)
x2 = 0, b = 0, c = 0 (Não estão escritos
o termo x e termo independente)
FORMA NORMAL DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
ax 2 + bx + c = 0
EXERCÍCIOS
Escreva as equações na forma normal:
1) 7x2 + 9x = 3x2 – 1 2) 5x2 – 2x = 2x2 + 2
Respostas: 1) 4x2 + 9x + 1= 0 2) 3x2 – 2x –2 = 0
Resolução de Equações Completas
Para resolver a equação do 2.º Grau, vamos utilizar a
fórmula resolutiva ou fórmula de Báscara.
A expressão b2 - 4ac, chamado discriminante de
equação, é representada pela letra grega ∆ (lê-se deita).
∆ = b2 - 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:
a2
b
x
∆±−
=
RESUMO
NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:
a2
c a 42bb
x
−±−
=
ou ∆ = b2 - 4ac
a2
b
x
∆±−
=
Exemplos:
a) 2x2 + 7x + 3 = 0 a = 2, b =7, c = 3
a2
c a 42bb
x
−±−
= ⇒
( ) ( )
2 2
3 2 4277
x
⋅
⋅⋅−±+−
=
( )
4
24497
x
−±+−
= ⇒
( )
4
257
x
±+−
=
( )
4
57
x
±+−
= ⇒
2
-1
4
-2
4
57
' x ==
+−
=
3-
4
-12
4
57
" x ==
−−
=
−
= 3- ,
2
1S
ou
b) 2x2 +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3
∆ = b2 – 4.a. c
∆ =72 – 4 . 2 . 3
∆ = 49 – 24
∆ = 25
( )
4
257
x
±+−
= ⇒
( )
4
57
x
±+−
=
⇒ ‘
2
-1
4
-2
4
57
' x ==
+−
= e
3-
4
-12
4
57
" x ==
−−
=
−
= 3- ,
2
1S
Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA
DA FORMULA.
EXERCÍCIOS
Resolva as equações do 2.º grau completa:
1) x2 – 9x +20 = 0
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2) 2x2 + x – 3 = 0
3) 2x2 – 7x – 15 = 0
4) x2 +3x + 2 = 0
5) x2 – 4x +4 = 0
Respostas
1) V = { 4 , 5)
2) V = { 1,
2
3− }
3) V = { 5 ,
2
3− }
4) V = { –1 , –2 }
5) V = {2}
EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA
Estudaremos a resolução das equações incompletas
do 2.º grau no conjunto R. Equação da forma: ax2 + bx =
0 onde c = 0
Exemplo:
2x2 – 7x = 0 Colocando-se o fator x em evidência
(menor expoente)
x . (2x – 7) = 0 x = 0
ou 2x – 7 = 0 ⇒ x =
2
7
Os números reais 0 e
2
7
sãoas raízes da equação
S = { 0 ;
2
7
)
Equação da forma: ax2 + c = 0, onde b = 0
Exemplos
a) x2 – 81 = 0
x2 = 81→transportando-se o termo independente
para o 2.º termo.
x = 81± →pela relação fundamental.
x = ± 9 S = { 9; – 9 }
b) x2 +25 = 0
x2 = –25
x = ± 25− , 25− não representa número real,
isto é 25− ∉ R
a equação dada não tem raízes em IR.
S = φ ou S = { }
c) 9x2 – 81= 0
9x2 = 81
x2 =
9
81
x2 = 9
x = 9±
x = ± 3
S = { ±3}
Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0
A equação incompleta ax = 0 admite uma única
solução x = 0. Exemplo:
3x2 = 0
x2 =
3
0
x2 = 0
x2 = + 0
S = { 0 }
Exercícios Respostas:
1) 4x2 – 16 = 0 1) V = { –2, + 2}
2) 5x2 – 125 = 0 2) V = { –5, +5}
3) 3x2 + 75x = 0 3) V = { 0, –25}
Relações entre coeficiente e raízes
Seja a equação ax2 + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x”
as raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos
coeficientes a, b, c.
a2
b
' x
∆+−
= e
a2
b
" x
∆−−
=
RELAÇÃO: SOMA DAS RAÍZES
a2
b
a2
b
" x ' x
∆−−
+
∆+−
=+ ⇒
a2
bb
" x ' x
∆−−∆+−
=+
a
b
" x ' x
a2
b2
" x ' x −=+⇒
−
=+
Daí a soma das raízes é igual a -b/a ou seja, x’+ x” =
-b/a
Relação da soma:
a
b
" x ' x −=+
RELAÇÃO: PRODUTO DAS RAÍZES
a2
b
a2
b
" x ' x
∆−−
⋅
∆+−
=⋅ ⇒
( ) ( )
2a4
b b
" x ' x
∆−−⋅∆+−
=⋅
( )
ca42b2a4
2
2b
" x ' x ⋅⋅−=∆⇒
∆−
−
=⋅ ⇒
⇒
−−
=⋅ 2a4
ac42b 2b
" x ' x
⇒
+−
=⋅ 2a4
ac4b 2b
" x ' x
2
a
c
" x ' x 2a4
ac4
" x ' x =⋅⇒=⋅
Daí o produto das raízes é igual a
a
c
ou seja:
a
c
" x ' x =⋅
( Relação de produto)
Sua Representação:
• Representamos a Soma por S
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a
b
" x ' x S −=+=
• Representamos o Produto pôr P
a
c
" x ' x P =⋅=
Exemplos:
1) 9x2 – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45.
( ) 8
9
72
9
-72
-
a
b
" x ' x S ===−=+=
5
9
45
a
c
" x ' x P ===⋅=
2) 3x2 +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
( ) 7
3
21-
3
21
-
a
b
" x ' x S −===−=+=
( ) 8
3
24
3
24-
a
c
" x ' x P −=−=+==⋅=
a = 4,
3) 4x2 – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)
c = –16
0
4
0
a
b
" ' ==−=+= xxS
( ) 4
4
16
4
16-
a
c
" x ' x P −=−=+==⋅=
a = a+1
4) ( a+1) x2 – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1)
c = 2a+2
( )[ ] 1
1a
1a
1a
1a-
-
a
b
" x ' x S =
+
+
=
+
+
=−=+=
( ) 2
1a
1a2
1a
2a2
a
c
" x ' x P =
+
+
=
+
+
==⋅=
Se a = 1 essas relações podem ser escritas:
1
b
" x ' x −=+ b" x ' x −=+
1
c
" x ' x =⋅ c " x ' x =⋅
Exemplo:
x2 –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2
( ) 7
1
7-
-
a
b
" x ' x S ==−=+=
2
1
2
a
c
" x ' x P ===⋅=
EXERCÍCIOS
Calcule a Soma e Produto
1) 2x2 – 12x + 6 = 0
2) x2 – (a + b)x + ab = 0
3) ax2 + 3ax–- 1 = 0
4) x2 + 3x – 2 = 0
Respostas:
1) S = 6 e P = 3
2) S = (a + b) e P = ab
3) S = –3 e P =
a
1−
4) S = –3 e P = –2
APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x2
+ bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes
temos:
x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”)
x’ . x” = c c = x’ . x”
Daí temos: x2 + bx + c = 0
REPRESENTAÇÃO
Representando a soma x’ + x” = S
Representando o produto x’ . x” = P
E TEMOS A EQUAÇÃO: x2 – Sx + P = 0
Exemplos:
a) raízes 3 e – 4
S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
x – Sx + P = 0
x2 + x – 12 = 0
b) 0,2 e 0,3
S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
x2 – Sx + P = 0
x2 – 0,5x + 0,06 = 0
c)
2
5
e
4
3
S = x’+ x” =
2
5
+
4
3
=
4
13
4
310
=
+
P = x . x =
2
5
.
4
3
=
8
15
x2 – Sx + P = 0
x2 –
4
13
x +
8
15
= 0
d) 4 e – 4
S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0
P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16
x2 – Sx + P = 0
x2 –16 = 0
Exercícios
Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são:
1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e
5
4−
4) 3 + 5 e 3 – 5 5) 6 e 0
Respostas:
1) x2 – 5x+6= 0 2) x2 – x – 30 = 0
3)x2 –
5
6x−
–
5
8
= 0
4) x2 – 6x + 4 = 0 5) x2 – 6x = 0
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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por meio
de uma equação ou de um sistema de equações do 2.º
grau.
Para resolver um problema do segundo grau deve-se
seguir três etapas:
• Estabelecer a equação ou sistema de equações cor-
respondente ao problema (traduzir matemati-
camente), o enunciado do problema para linguagem
simbólica.
• Resolver a equação ou sistema
• Interpretar as raízes ou solução encontradas
Exemplo:
Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
seu dobro é igual a 15?
número procurado : x
equação: x2 + 2x = 15
Resolução:
x2 + 2x –15 = 0
∆ =b2 – 4ac ∆ = (2)2 – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
∆ = 64
1 2
642
x
⋅
±−
=
2
82
x
±−
=
3
2
6
2
82
' x ==
+−
=
5
2
10
2
82
" x −=
−
=
−−
=
Os números são 3 e – 5.
Verificação:
x2 + 2x –15 = 0 x2 + 2x –15 = 0
(3)2 + 2 (3) – 15 = 0 (–5)2 + 2 (–5) – 15 = 0
9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0
0 = 0 0 = 0
( V ) ( V )
S = { 3 , –5 }
RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:
1) O quadrado de um número adicionado com o quá-
druplo do mesmo número é igual a 32.
2) A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo
número é igual a 10. Determine esse número.
3) O triplo do quadrado de um número mais o próprio
número é igual a 30. Determine esse numero.
4) A soma do quadrado de um número com seu quín-
tuplo é igual a 8 vezes esse número, determine-o.
Respostas:
1) 4 e – 8 2) – 5 e 2
3) 310− e 3 4) 0 e 3
FUNÇÃO DO 1º GRAU
As funções linear e afim são chamadas, de modo
geral, funções do 1º grau.
Assim são funções do primeiro grau:
f definida pela equação y = 3x
f definida pela equação y = x + 4
f definida pela equação y = – x
f definida pela equação y = – 4x + 1
FUNÇÃO CONSTANTE
Consideremos uma função f de IR em IR tal que, para
todo x Є lR, tenhamos f(x) = c, onde c Є lR; esta função
será chamada de função constante.
O gráfico da função constante é uma reta paralela ou
coincidente com o eixo x ; podemos ter três casos:
a) c > 0 b) c = 0 c) c < 0
Observações:
Na função constante,f ( x ) = c ; o conjunto imagem é
unitário.
A função constante não é sobrejetora, não é injetora e
não é bijetora; e, em consequência disto, ela não admite
inversa.
Exemplo:
Consideremos a função y = 3, na qual a = 0 e b = 3
Atribuindo valores para x Є lR determinamos y Є lR
x Є R y = 0 . X + 3 y Є lR (x, y)
– 3 y = 0 .(–3)+ 3 y = 3 (–3, 3)
–2 y = 0. (–2) + 3 y = 3 (–2, 3)
–1 y = 0. (–1) + 3 y = 3 (–1, 3)
0 y = 0. 0 + 3 y = 3 ( 0, 3)
1 y = 0. 1 + 3 y = 3 (1 , 3)
2 y = 0. 2 + 3 y = 3 ( 2, 3)
Você deve ter percebido que qualquer que seja o valor
atribuído a x, y será sempre igual a 3.
Representação gráfica:
Toda função linear, onde a = 0, recebe o nome de
função constante.
FUNÇÃO IDENTIDADE
Consideremos a função f de IR em IR tal que, para to-
do x Є R, tenhamos f(x) = x; esta função será chamada
função identidade.
Observemos algumas determinações de imagens na
função identidade.
x = 0 ⇒ f ( 0 ) = 0 ⇒ y = 0; logo, (0, 0) é um ponto
do gráfico dessa função.
x = 1 ⇒ f ( 1) = 1 ⇒ y = 1; logo (1, 1) é um ponto
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do gráfico dessa função.
x = –1 ⇒ f (–1) = – 1 ⇒ y = –1; logo (–1,–1) é um
ponto gráfico dessa função.
Usando estes pontos, como apoio, concluímos que o
gráfico da função identidade é uma reta, que é a bissetriz
dos primeiro e terceiro quadrantes.
VARIAÇÃO DO SINAL DA FUNÇÃO LINEAR
A variação do sinal da função linear y = ax + b é forne-
cida pelo sinal dos valores que y adquire, quando atribuí-
mos valores para x.
1º CASO: a > 0
Consideremos a função y = 2x – 4, onde a = 2 e
b= – 4.
Observando o gráfico podemos afirmar:
a) para x = 2 obtém-se y = 0
b) para x > 2 obtém-se para y valores positivos, isto
é, y > 0.
c) para x < 2 obtém-se para y valores negativos, isto
é, y < 0.
Resumindo:
0 y 2 x | lR x >⇒>∈∀
0 y 2 x | lR x <⇒<∈∀
0 y 2 x | lR x =⇒=∈∀
Esquematizando:
2º CASO: a < 0
Consideremos a função y = –2x + 6, onde a = – 2 e
b = 6.
Observando o gráfico podemos afirmar:
a) para x = 3 obtém-se y = 0
b) para x > 3 obtêm-se para y valores negativos, isto
é, y < 0.
c) para x < 3 obtêm-se para y valores positivos, isto
é, y > 0.
Resumindo:
0 y 3 x | lR x <⇒>∈∀
0 y 3 x | lR x >⇒<∈∀
0 y 3 x | lR x =⇒=∈∃
Esquematizando:
De um modo geral podemos utilizar a seguinte técnica
para o estudo da variação do sinal da função linear:
y tem o mesmo sinal de a quando x assume valores
maiores que a raiz.
y tem sinal contrário ao de a quando x assume valores
menores que a raiz.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01) Determine o domínio das funções definidas por:
a) f ( x ) = x2 + 1
b) f ( x ) =
4x
1x3
−
+
c) f ( x ) =
2x
1x
−
−
Solução:
a) Para todo x real as operações indicadas na
fórmula são possíveis e geram como resultado
um número real dai: D ( f ) = IR
b) Para que as operações indicadas na fórmula se-
jam possíveis, deve-se ter: x – 4 ≠ 0, isto é, x
≠ 4. D ( f ) = { x Є lR | x ≠ 4}
c) Devemos ter:
x –1 ≥ 0 e x – 2 ≠ 0
x ≥ 1 x ≠ 2
e daí: D ( f ) = { x Є lR | x ≥ 1 e x ≠ 2 }
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02) Verificar quais dos gráficos abaixo representam
funções:
Resposta:
Somente o gráfico 3 não é função, porque existe x
com mais de uma imagem y, ou seja, traçando-se uma
reta paralela ao eixo y, ela pode Interceptar a curva em
mais de um ponto. Ou seja:
Os pontos P e Q têm a mesma abscissa, o que não
satisfaz a definição de função.
2) Estudar o sinal da função y = 2x – 6
Solução a = +2 (sinal de a)
b = – 6
a) Determinação da raiz:
y = 2x – 6 = 0 ⇒ 2x = 6 ⇒ x = 3
Portanto, y = 0 para x = 3.
b) Determinação do sinal de y:
Se x > 3 , então y > 0 (mesmo sinal de a)
Se x < 3 , então y < 0 (sinal contrário de a)
04) Estudar o sinal da fundão y = –3x + 5
Solução:
a = –3 (sinal de a) b = + 5
a) Determinação da raiz:
y = –3x + 5 = 0 ⇒ –3x = – 5 ⇒ x =
3
5
Portanto, y = 0 para x =
3
5
b) Determinação do sinal de y:
se x >
3
5
, então y < 0 (mesmo sinal de a)
se x <
3
5
, então y > 0 (sinal contrário de a)
05) Dentre os diagramas seguintes, assinale os que
representam função e dê D ( f ) e Im( f )
Respostas:
1) È função ; D(f) = {a.b,c,d} e Im(f) = {e,f }
2) Não é função
3) È função ; D(f) = {1, 2, 3} e Im(f) = { 4, 5, 6 }
4) È função ; D(f) = {1, 2, 3 } e Im(f) = { 3, 4, 5}
5) Não é função
6) È função ; D(f) = {5, 6, 7, 8, 9} e Im(f) = {3}
7) É função ; D(f) = { 2 } e Im(f) = { 3 }
06) Construa o gráfico das funções:
a) f(x) = 3x b) g ( x ) = –
2
1
x
c) h ( x ) = 5x + 2 d) i ( x ) =
2
5
x
3
2
+
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e) y = – x
Solução:
07) Uma função f, definida por f ( x ) = 2x – 1, tem
domínio D(f ) = { x Є lR | –1 ≤ x ≤ 2} Determine
o conjunto-imagem
Solução:
Desenhamos o gráfico de f e o projetamos sobre o
eixo 0x
x y O segmento AB é o gráfico de f; sua
projeção sobre o eixo 0y nos dá:
Im ( f ) = [ – 3 , 3 ]
–1
2
–3
3
08) Classifique as seguintes funções lineares em
crescentes ou decrescentes:
a) y = f ( x ) = – 2x – 1
b) y = g ( x ) = – 3 + x
c) y = h ( x ) =
2
1
x – 5
d) y = t ( x ) = – x
Respostas:
a) decrescente b) crescente
c) crescente d) decrescente
09) Fazer o estudo da variação do sinal das funções:
1) y = 3x + 6 6) y = 5x – 25
2) y = 2x + 8 7) y = –9x –12
3) y = –4x + 8 8) y = –3x –15
4) y = –2x + 6 9) y = 2x + 10
5) y = 4x – 8
Respostas:
1) x > –2 ⇒ y > 0; x = –2 ⇒ y = 0; x < –2 ⇒ y < 0
2) x > –4 ⇒ y > 0; x = –4 ⇒ y = 0; x < –4 ⇒ y < 0
3) x > 2 ⇒ y < 0; x = 2 ⇒ y = 0; x < 2 ⇒ y > 0
4) x > 3 ⇒ y < 0; x = 3 ⇒ y = 0; x < 3 ⇒ y > 0
5) x > 2 ⇒ y > 0; x = 2 ⇒ y = 0; x < 2 ⇒ y < 0
6) x > 5 ⇒ y > 0; x = 5 ⇒ y = 0; x < 5 ⇒ y < 0
7) x > –
3
4
⇒ y < 0; x = –
3
4
⇒ y = 0; x < –
3
4
⇒ y > 0
8) x > –5 ⇒ y < 0; x = –5 ⇒ y = 0; x < –5 ⇒ y > 0
9) x > –5 ⇒ y > 0; x = –5 ⇒ y = 0; x < –5 ⇒ y < 0
ANÁLISE COMBINATÓRIA
Princípio fundamental da contagem (PFC)
Se um primeiro evento pode ocorrer de m maneiras
diferentes e um segundo evento, de k maneiras diferen-
tes, então, para ocorrerem os dois sucessivamente,existem m . k maneiras diferentes.
Aplicações
1) Uma moça dispõe de 4 blusas e 3 saias. De
quantos modos distintos ela pode se vestir?
Solução:
A escolha de uma blusa pode ser feita de 4 manei-
ras diferentes e a de uma saia, de 3 maneiras diferen-
tes.
Pelo PFC, temos: 4 . 3 = 12 possibilidades para a
escolha da blusa e saia. Podemos resumir a resolução
no seguinte esquema;
Blusa saia
4 . 3 = 12 modos diferentes
2) Existem 4 caminhos ligando os pontos A e B, e
5 caminhos ligando os pontos B e C. Para ir de
A a C, passando pelo ponto B, qual o número
de trajetos diferentes que podem ser realiza-
dos?
Solução:
Escolher um trajeto de A a C significa escolher um
caminho de A a B e depois outro, de B a C.
Como para cada percurso escolhido de A a B temos
ainda 5 possibilidades para ir de B a C, o número de
trajetos pedido é dado por: 4 . 5 = 20.
Esquema:
Percurso
AB
Percurso
BC
4 . 5 = 20
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3) Quantos números de três algarismos podemos
escrever com os algarismos ímpares?
Solução:
Os números devem ser formados com os algaris-
mos: 1, 3, 5, 7, 9. Existem 5 possibilidades para a esco-
lha do algarismo das centenas, 5 possibilidades para o
das dezenas e 5 para o das unidades.
Assim, temos, para a escolha do número, 5 . 5 . 5 =
125.
algarismos
da centena
algarismos
da dezena
algarismos
da unidade
5 . 5 . 5 = 125
4) Quantas placas poderão ser confeccionadas se
forem utilizados três letras e três algarismos pa-
ra a identificação de um veículo? (Considerar 26
letras, supondo que não há nenhuma restrição.)
Solução:
Como dispomos de 26 letras, temos 26 possibilida-
des para cada posição a ser preenchida por letras. Por
outro lado, como dispomos de dez algarismos (0, 1, 2,
3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), temos 10 possibilidades para cada
posição a ser preenchida por algarismos. Portanto, pelo
PFC o número total de placas é dado por:
5) Quantos números de 2 algarismos distintos po-
demos formar com os algarismos 1, 2, 3 e 4?
Solução:
Observe que temos 4 possibilidades para o primeiro
algarismo e, para cada uma delas, 3 possibilidades
para o segundo, visto que não é permitida a repetição.
Assim, o número total de possibilidades é: 4 . 3 =12
Esquema:
6) Quantos números de 3 algarismos distintos po-
demos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8 e 9?
Solução:
Existem 9 possibilidades para o primeiro algarismo,
apenas 8 para o segundo e apenas 7 para o terceiro.
Assim, o número total de possibilidades é: 9 . 8 . 7 =
504
Esquema:
7) Quantos são os números de 3 algarismos distin-
tos?
Solução:
Existem 10 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Temos 9 possibilidades para a escolha do primeiro
algarismo, pois ele não pode ser igual a zero. Para o
segundo algarismo, temos também 9 possibilidades,
pois um deles foi usado anteriormente.
Para o terceiro algarismo existem, então, 8 possibi-
lidades, pois dois deles já foram usados. O numero
total de possibilidades é: 9 . 9 . 8 = 648
Esquema:
8) Quantos números entre 2000 e 5000 podemos
formar com os algarismos pares, sem os
repetir?
Solução:
Os candidatos a formar os números são : 0, 2, 4, 6 e
8. Como os números devem estar compreendidos entre
2000 e 5000, o primeiro algarismo só pode ser 2 ou 4.
Assim, temos apenas duas possibilidades para o
primeiro algarismo e 4 para o segundo, três para o
terceiro e duas paia o quarto.
O número total de possibilidades é: 2 . 4 . 3 . 2 = 48
Esquema:
Exercícios
1) Uma indústria automobilística oferece um determi-
nado veículo em três padrões quanto ao luxo, três
tipos de motores e sete tonalidades de cor. Quan-
tas são as opções para um comprador desse car-
ro?
2) Sabendo-se que num prédio existem 3 entradas
diferentes, que o prédio é dotado de 4 elevadores e
que cada apartamento possui uma única porta de
entrada, de quantos modos diferentes um morador
pode chegar à rua?
3) Se um quarto tem 5 portas, qual o número de ma-
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neiras distintas de se entrar nele e sair do mesmo
por uma porta diferente da que se utilizou para en-
trar?
4) Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A à
cidade B, e 4 outras ligando B à cidade C. Uma
pessoa deseja viajar de A a C, passando por B.
Quantas linhas de ônibus diferentes poderá utilizar
na viagem de ida e volta, sem utilizar duas vezes a
mesma linha?
5) Quantas placas poderão ser confeccionadas para a
identificação de um veículo se forem utilizados du-
as letras e quatro algarismos? (Observação: dis-
pomos de 26 letras e supomos que não haverá ne-
nhuma restrição)
6) No exercício anterior, quantas placas poderão ser
confeccionadas se forem utilizados 4 letras e 2 al-
garismos?
7) Quantos números de 3 algarismos podemos formar
com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?
8) Quantos números de três algarismos podemos
formar com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5?
9) Quantos números de 4 algarismos distintos pode-
mos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?
10) Quantos números de 5 algarismos não repetidos
podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6
e 7?
11) Quantos números, com 4 algarismos distintos, po-
demos formar com os algarismos ímpares?
12) Quantos números, com 4 algarismos distintos, po-
demos formar com o nosso sistema de numera-
ção?
13) Quantos números ímpares com 3 algarismos distin-
tos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5
e 6?
14) Quantos números múltiplos de 5 e com 4 algaris-
mos podemos formar com os algarismos 1, 2, 4, 5
e 7, sem os repetir?
15) Quantos números pares, de 3 algarismos distintos,
podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6
e 7? E quantos ímpares?
16) Obtenha o total de números de 3 algarismos distin-
tos, escolhidos entre os elementos do conjunto (1,
2, 4, 5, 9), que contêm 1 e não contêm 9.
17) Quantos números compreendidos entre 2000 e
7000 podemos escrever com os algarismos ímpa-
res, sem os repetir?
18) Quantos números de 3 algarismos distintos possu-
em o zero como algarismo de dezena?
19) Quantos números de 5 algarismos distintos possu-
em o zero como algarismo das dezenas e come-
çam por um algarismo ímpar?
20) Quantos números de 4 algarismos diferentes tem
o algarismo da unidade de milhar igual a 2?
21) Quantos números se podem escrever com os alga-
rismos ímpares, sem os repetir, que estejam com-
preendidos entre 700 e 1 500?
22) Em um ônibus há cinco lugares vagos. Duas pes-
soas tomam o ônibus. De quantas maneiras dife-
rentes elas podem ocupar os lugares?
23) Dez times participam de um campeonato de fute-
bol. De quantas formas se podem obter os três
primeiros colocados?
24) A placa de um automóvel é formada por duas letras
seguidas e um número de quatro algarismos. Com
as letras A e R e os algarismos pares, quantas pla-
casdiferentes podem ser confeccionadas, de modo
que o número não tenha nenhum algarismo repeti-
do?
25) Calcular quantos números múltiplos de 3 de quatro
algarismos distintos podem ser formados com 2, 3,
4, 6 e 9.
26) Obtenha o total de números múltiplos de 4 com
quatro algarismos distintos que podem ser forma-
dos com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
ARRANJOS SIMPLES
Introdução:
Na aplicação An,p, calculamos quantos números de 2
algarismos distintos podemos formar com 1, 2, 3 e 4.
Os números são :
12 13 14 21 23 24 31 32 34 41 42 43
Observe que os números em questão diferem ou
pela ordem dentro do agrupamento (12 ≠ 21) ou pelos
elementos componentes (13 ≠ 24). Cada número se
comporta como uma sequência, isto é :
(1,2) ≠ (2,1) e (1,3) ≠ (3,4)
A esse tipo de agrupamento chamamos arranjo
simples.
Definição:
Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se ar-
ranjo simples dos n elementos de /, tomados p a p, a
toda sequência de p elementos distintos, escolhidos
entre os elementos de l ( P ≤ n).
O número de arranjos simples dos n elementos,
tomados p a p, é indicado por An,p
Fórmula:
Aplicações
1) Calcular:
a) A7,1 b) A7,2 c) A7,3 d) A7,4
Solução:
a) A7,1 = 7 c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210
b) A7,2 = 7 . 6 = 42 d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840
2) Resolver a equação Ax,3 = 3 . Ax,2.
Solução:
x . ( x - 1) . ( x – 2 ) = 3 . x . ( x - 1) ⇒
⇒ x ( x – 1) (x –2) - 3x ( x – 1) =0
∴ x( x – 1)[ x – 2 – 3 ] = 0
x = 0 (não convém)
ou
x = 1 ( não convém)
ou
x = 5 (convém)
S = { }5
3) Quantos números de 3 algarismos distintos
A n ,p = n . (n -1) . (n –2) . . . (n – (p – 1)),
{ } IN n p, e ⊂≤ np
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podemos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4,
5, 6, 7, 8 e 9?
Solução:
Essa mesma aplicação já foi feita, usando-se o prin-
cipio fundamental da contagem. Utilizando-se a fórmu-
la, o número de arranjos simples é:
A9, 3 =9 . 8 . 7 = 504 números
Observação: Podemos resolver os problemas sobre
arranjos simples usando apenas o principio fundamen-
tal da contagem.
Exercícios
1) Calcule:
a) A8,1 b) A8,2 c ) A8,3 d) A8,4
2) Efetue:
a) A7,1 + 7A5,2 – 2A4,3 – A 10,2 b)
1,102,5
4,72,8
AA
AA
−
+
3) Resolva as equações:
a) Ax,2 = Ax,3 b) Ax,2 = 12 c) Ax,3 = 3x(x – 1)
FATORIAL
Definição:
• Chama-se fatorial de um número natural n, n ≥
2, ao produto de todos os números naturais de 1
até n. Assim :
• n ! = n( n - 1) (n - 2) . . . 2 . 1, n ≥ 2 (lê-se: n
fatorial)
• 1! = 1
• 0! = 1
Fórmula de arranjos simples com o auxílio de
fatorial:
Aplicações
1) Calcular:
a) 5! c)
! 6
! 8
e)
2)! - (n
! n
b)
! 4
! 5
d)
! 10
! 10 ! 11 +
Solução:
a) 5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120
b) 5
! 4
! 4 5
! 4
! 5
=
⋅
=
c) 56
! 6
! 6 7 8
! 6
! 8
=
⋅⋅
=
d) ( ) 12
! 10
111! 10
!10
! 10 ! 10 11
! 10
! 10 ! 11
=
+
=
+⋅
=
+
e) ( ) ( )( ) nn
n
−=
⋅
=
2
! 2 -n
! 2 -n 1 -n
2)! -(n
!n
2) Obter n, de modo que An,2 = 30.
Solução:
Utilizando a fórmula, vem :
∴=⇒= 30
2)! - (n
! 2) - n ( 1) - n ( n30
2)! - (n
! n
n = 6
n2 – n – 30 = 0 ou
n = –5 ( não convém)
3) Obter n, tal que: 4 . An-1,3 = 3 . An,3.
Solução:
( )
( ) ( )
( )
( ) ( ) ∴⋅=
⋅
⇒⋅=
⋅
! 1 - n
! n3
! 4 - n
! 3 - n 4
! 3 - n
! n3
! 4 - n
! 1 - n 4
( )( )
( )
( )
( )
21n n312n4
! 1 - n
! 1 - n n3
! 4 - n
! 4 - n 3 - n 4
=∴=−∴
⋅=
⋅
4) Obter n, tal que : 4
! n
! ) 1n ( - ! ) 2 n (
=
++
Solução:
∴=
⋅+⋅++ 4
!
! n ) 1 n ( - !n ) 1n ( ) 2 n (
n
[ ] 4
!
1- 2 n ) 1 n ( !n
=
+⋅+
⇒
n
n + 1 = 2 ∴n =1
∴ (n + 1 )2 = 4
n + 1 = –2 ∴ n = –3 (não
convém )
Exercícios
1) Assinale a alternativa correta:
a) 10 ! = 5! + 5 ! d)
! 2
! 10
= 5
b) 10 ! = 2! . 5 ! e) 10 ! =10. 9. 8. 7!
c) 10 ! = 11! -1!
2) Assinale a alternativa falsa;
a) n! = n ( n-1)! d) ( n –1)! = (n- 1)(n-2)!
b) n! = n(n - 1) (n - 2)! e) (n - 1)! = n(n -1)
c) n! = n(n – 1) (n - 2) (n - 3)!
3) Calcule:
a)
! 10
! 12
c)
! 4 ! 3
! 7
b)
! 5
! 5 ! 7 +
d)
! 5
! 6 - ! 8
4) Simplifique:
a)
! 1) - n (
! n
d)
! 1) - n ( n
! n
b) ( )( )[ ]2 ! 1 n
! n ! 2 n
+
+
e)
! M
! ) 1 - M ( 2 - ! 5M
( ) { } lN np, e n p ,! pn
! nA P,N ⊂≤
−
=
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c)
! n
! ) 1 n ( ! n ++
5) Obtenha n, em:
a) 10
! n
1)!(n
=
+
b) n!+( n - 1)! = 6 ( n - 1)!
c) 6
2)! - (n
1)! - (n n
= d) (n - 1)! = 120
6) Efetuando
1)! (n
n
! n
1
+
− , obtém-se:
a)
! 1)(n
1
+
d)
! 1)(n
1 2n
+
+
b)
! n
1
e) 0
c)
1 - n
! 1) n ( ! n +
7) Resolva as equações:
a) Ax,3 = 8Ax,2 b) Ax,3 = 3 . ( x - 1)
8) Obtenha n, que verifique 8n! =
1 n
! 1) (n ! 2) (n
+
+++
9) O número n está para o número de seus
arranjos 3 a 3 como 1 está para 240, obtenha n.
PERMUTAÇÕES SIMPLES
Introdução:
Consideremos os números de três algarismos
distintos formados com os algarismos 1, 2 e 3. Esses
números são : 123 132 213 231 312 321
A quantidade desses números é dada por A3,3= 6.
Esses números diferem entre si somente pela posi-
ção de seus elementos. Cada número é chamado de
permutação simples, obtida com os algarismos 1, 2 e 3.
Definição:
Seja I um conjunto com n elementos. Chama-se
permutação simples dos n elementos de l a toda a se-
quência dos n elementos.
O número de permutações simples de n elementos
é indicado por Pn.
OBSERVA ÇÃO: Pn = An,n .
Fórmula:
Aplicações
1) Considere a palavra ATREVIDO.
a) quantos anagramas (permutações simples)
podemos formar?
b) quantos anagramas começam por A?
c) quantos anagramas começam pela sílaba TRE?
d) quantos anagramas possuem a sílaba TR E?
e) quantos anagramas possuem as letras T, R e E
juntas?
f) quantos anagramas começam por vogal e
terminam em consoante?
Solução:
a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições
disponíveis.
Assim:
Ou então, P8 = 8 ! = 40.320 anagramas
b) A primeira posição deve ser ocupada pela letra A;
assim, devemos distribuir as 7 letras restantes em 7
posições, Então:
c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas
pela sílaba TRE, devemos distribuir as 5 letras restan-
tes em 5 posições. Então:
d) considerando a sílaba TRE como um único
elemento, devemos permutar entre si 6 elementos,
e) Devemos permutar entre si 6 elementos,tendo
considerado as letras T, R, E como um único elemento:
Devemos também permutar as letras T, R, E, pois
não foi especificada a ordem :
Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E
podem ser dispostas de P3 maneiras. Assim, para P6
agrupamentos, temos
P6 . P3 anagramas. Então:
P6 . P3 = 6! . 3! = 720 . 6 = 4 320 anagramas
f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4
consoantes. Assim:
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Exercícios
1) Considere a palavra CAPITULO:
a) quantos anagramas podemos formar?
b) quantos anagramas começam por C?
c) quantos anagramas começam pelas letras C, A
e P juntas e nesta ordem?
d) quantos anagramas possuem as letras C, A e P
juntas e nesta ordem?
e) quantos anagramas possuem as letras C, A e P
juntas?
f) quantos anagramas começam por vogal e ter-
minam em consoante?
2) Quantos anagramas da palavra MOLEZA
começam e terminam por vogal?
3) Quantos anagramas da palavra ESCOLA
possuem as vogais e consoantes alternadas?
4) De quantos modos diferentes podemos dispor
as letras da palavra ESPANTO, de modo que as
vogais e consoantes apareçam juntas, em
qualquer ordem?
5) obtenha o número de anagramas formados com
as letras da palavra REPÚBLICA nas quais as
vogais se mantenham nas respectivas posições.
PERMUTAÇÕES SIMPLES, COM ELEMENTOS RE-
PETIDOS
Dados n elementos, dos quais :
1α são iguais a
2α são iguais a
. . . . . . . . . . . . . . . . .
rα são iguais a
sendo ainda que: r2 1 . . . ααα +++ = n, e indicando-
se por ) . . . , ,(p r21n ααα o número das permutações
simples dos n elementos, tem-se que:
Aplicações
1) Obter a quantidade de números de 4 algarismos
formados pelos algarismos 2 e 3 de maneira
que cada um apareça duas vezes na formação
do número.
Solução:
os números são
3223 3232 3322
2332 2323 2233
A quantidade desses números pode ser obtida por:
( ) números 6
1 2 ! 2
! 2 3 4
! 2 ! 2
! 4P 2,24 =
⋅⋅
⋅⋅
==
2) Quantos anagramas podemos formar com as
letras da palavra AMADA?
solução:
Temos:
Assim:
( ) anagramas 20
! 3
! 3 4 5
! 1 ! 1 ! 3
! 5
p 1,1,35 =
⋅⋅
==
3) Quantos anagramas da palavra GARRAFA
começam pela sílaba RA?
Solução:
Usando R e A nas duas primeiras posições, restam
5 letras para serem permutadas, sendo que:
Assim, temos:
( ) anagramas 60
! 2
! 2 3 4 5
p 1,1,25 =
⋅⋅⋅
=
Exercícios
1) O número de anagramas que podemos formar
com as letras da palavra ARARA é:
a) 120 c) 20 e) 30
b) 60 d) 10
2) O número de permutações distintas possíveis
com as oito letras da palavra PARALELA,
começando todas com a letra P, será de ;
a) 120 c) 420 e) 360
b) 720 d) 24
3) Quantos números de 5 algarismos podemos
formar com os algarismos 3 e 4 de maneira que
o 3 apareça três vezes em todos os números?
a) 10 c) 120 e) 6
b) 20 d) 24
4) Quantos números pares de cinco algarismos
podemos escrever apenas com os dígitos 1, 1,
2, 2 e 3, respeitadas as repetições
apresentadas?
a) 120 c) 20 e) 6 b) 24 d) 12
5) Quantos anagramas da palavra MATEMÁTICA
terminam pela sílaba MA?
a) 10 800 c) 5 040 e) 40 320
b) 10 080 d) 5 400
COMBINAÇÕES SIMPLES
Introdução:
Consideremos as retas determinadas pelos quatro
pontos, conforme a figura.
1 13
D M A A,,A
{{{
1121
F R AA, G
1
11 11 a ., . . , a ,a a
α
→
2
2222 a , . . . ,a ,a a
α
→
r
rrrr a , . . . ,a ,a a
α
→
! . . . ! !
! n) . . . , ,(p
r1
r21n ααα
ααα =
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 18
Só temos 6 retas distintas ,CD ,BC ,AB(
)AD e BD ,AC porque , . . . ,BA e AB DC e CD represen-
tam retas coincidentes.
Os agrupamentos {A, B}, {A, C} etc. constituem
subconjuntos do conjunto formado por A, B, C e D.
Diferem entre si apenas pelos elementos
componentes, e são chamados combinações simples
dos 4 elementos tomados 2 a 2.
O número de combinações simples dos n elementos
tomados p a p é indicado por Cn,p ou
p
n
.
OBSERVAÇÃO: Cn,p . p! = An,p.
Fórmula:
Aplicações
1) calcular:
a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4
Solução:
a) C7,1 = 7! 6
! 6 7
! 6 ! 1
! 7
=
⋅
=
b) C7,2 = 21! 5 1 2
! 5 6 7
! 5 ! 2
! 7
=
⋅⋅
⋅⋅
=
c) C7,3 = 35! 4 1 2 3
! 4 5 6 7
! 4 ! 3
! 7
=
⋅⋅⋅
⋅⋅⋅
=
d) C7,4= 35
1 2 3 ! 4
! 4 5 6 7
! 3 ! 4
! 7
=
⋅⋅⋅
⋅⋅⋅
=
2) Quantos subconjuntos de 3 elementos tem um
conjunto de 5 elementos?
ossubconjunt 10
1 2 ! 3
! 3 4 5
! 2 ! 3
! 5
C5,3 =
⋅⋅
⋅⋅
==
3) obter n, tal que
3
4
C
C
n,2
n,3
=
Solução:
∴=⋅⇒=
3
4
! n
! ) 2- n ( ! 2
) 3 - n ( ! 3
! n
3
4
! ) 2 - n ( ! 2
! n
! ) 3 - n ( ! 3
! n
42-n
3
4
! ) 3 - n ( 2 3
! ) 3 - n ( ) 2 - n ( 2
=∴=
⋅⋅
⋅
∴
convém
4) Obter n, tal que Cn,2 = 28.
Solução:
∴=
−
⇒= 56
! )2(
! ) 2 -n ( ) 1 -n ( 28)! 2 -n ( ! 2
!n
n
n
n = 8
n2 – n – 56 = 0
n = -7 (não convém)
5) Numa circunferência marcam-se 8 pontos, 2 a 2
distintos. Obter o número de triângulos que po-
demos formar com vértice nos pontos indicados:
Solução:
Um triângulo fica identificado quando escolhemos 3
desses pontos, não importando a ordem. Assim, o nú-
mero de triângulos é dado por:
56
! 5 . 2 3
! 5 . 6 7 8
! 5 ! 3
! 8C8,3 =
⋅
⋅⋅
==
6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5
moças. Quantas comissões de 5 pessoas, 3 ra-
pazes e 2 moças, podem ser formadas?
Solução:
Na escolha de elementos para formar uma
comissão, não importa a ordem. Sendo assim :
• escolher 3 rapazes: C6,3 = ! 3 ! 3
! 6
= 20 modos
• escolher 2 moças: C5,2= 3! 2!
! 5
= 10 modos
Como para cada uma das 20 triplas de rapazes te-
mos 10 pares de moças para compor cada comissão,
então, o total de comissões é C6,3 . C5,2 = 200.
7) Sobre uma reta são marcados 6 pontos, e sobre
uma outra reta, paralela á primeira, 4 pontos.
a) Quantas retas esses pontos determinam?
b) Quantos triângulos existem com vértices em
três desses pontos?
Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se combi-
nação simples dos n elementos de /, tomados p a p, a
qualquer subconjunto de p elementos do conjunto l.
n = 6
lN } n p, { e np ,
! ) p - n ( ! p
! n
C p, n ⊂≤=
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 19
Solução:
a) C10,2 – C6,2 – C4,2 + 2 = 26 retas onde
C6,2 é o maior número de retas possíveis de serem
determinadas por seis pontos C4,2 é o maior número
de retas possíveis de serem determinadas por
quatro pontos .
b) C10,3 – C6,3 – C4,3 = 96 triângulos onde
C6,3 é o total de combinações determinadas por três
pontos alinhados em uma das retas, pois pontos
colineares não determinam triângulo.
C4,3 é o total de combinações determinadas por três
pontos alinhados da outra reta.
8) Uma urna contém 10 bolas brancas e 6 pretas.
De quantos modos é possível tirar 7 bolas das
quais pelo menos 4 sejam pretas?
Solução:
As retiradas podem ser efetuadas da seguinte
forma:
4 pretas e 3 brancas ⇒ C6,4 . C10,3 = 1 800 ou
5 pretas e 2 brancas ⇒ C6,5 . C10,2 = 270 ou
6 pretas e1 branca ⇒ C6,6 . C10,1 = 10
Logo. 1 800 + 270 + 10 = 2 080 modos
Exercícios
1) Calcule:
a) C8,1 + C9,2 – C7,7 + C10,0
b) C5,2 +P2 – C5,3
c) An,p . Pp
2) Obtenha n, tal que :
a) Cn,2 = 21
b) Cn-1,2 = 36
c) 5 . Cn,n - 1 + Cn,n -3 = An,3
3) Resolva a equação Cx,2 = x.
4) Quantos subconjuntos de 4 elementos possui
um conjunto de 8 elementos?
5) Numa reunião de 7 pessoas, quantas
comissões de 3 pessoas podemos formar?
6) Um conjunto A tem 45 subconjuntos de 2
elementos. Obtenha o número de elementos de
A
7) Obtenha o valor de p na equação: 12
C
A
4,p
3,p
= .
8) Obtenha x na equação Cx,3 = 3 . Ax , 2.
9) Numa circunferência marcam-se 7 pontos
distintos. Obtenha:
a) o número de retas distintas que esses
pontos determinam;
b) o número de triângulos com vértices nesses
pontos;
c) o número de quadriláteros com vértices
nesses pontos;
d) o número de hexágonos com vértices
nesses pontos.
10) A diretoria de uma firma é constituída por 7 dire-
tores brasileiros e 4 japoneses. Quantas comis-
sões de 3 brasileiros e 3 japoneses podem ser
formadas?
11) Uma urna contém 10 bolas brancas e 4 bolas
pretas. De quantos modos é possível tirar 5 bo-
las, das quais duas sejam brancas e 3 sejam
pretas?
12) Em uma prova existem 10 questões para que os
alunos escolham 5 delas. De quantos modos is-
to pode ser feito?
13) De quantas maneiras distintas um grupo de 10
pessoas pode ser dividido em 3 grupos conten-
do, respectivamente, 5, 3 e duas pessoas?
14) Quantas diagonais possui um polígono de n la-
dos?
15) São dadas duas retas distintas e paralelas. So-
bre a primeira marcam-se 8 pontos e sobre a
segunda marcam-se 4 pontos. Obter:
a) o número de triângulos com vértices nos
pontos marcados;
b) o número de quadriláteros convexos com
vértices nos pontos marcados.
16) São dados 12 pontos em um plano, dos quais 5,
e somente 5, estão alinhados. Quantos triângu-
los distintos podem ser formados com vértices
em três quaisquer dos 12 pontos?
17) Uma urna contém 5 bolas brancas, 3 bolas pre-
tas e 4 azuis. De quantos modos podemos tirar
6 bolas das quais:
a) nenhuma seja azul
b) três bolas sejam azuis
c) pelo menos três sejam azuis
18) De quantos modos podemos separar os
números de 1 a 8 em dois conjuntos de 4
elementos?
19) De quantos modos podemos separar os
números de 1 a 8 em dois conjuntos de 4
elementos, de modo que o 2 e o 6 não estejam
no mesmo conjunto?
20) Dentre 5 números positivos e 5 números
negativos, de quantos modos podemos escolher
quatro números cujo produto seja positivo?
21) Em um piano marcam-se vinte pontos, não
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 20
alinhados 3 a 3, exceto cinco que estão sobre
uma reta. O número de retas determinadas por
estes pontos é:
a) 180
b) 1140
c) 380
d) 190
e) 181
22) Quantos paralelogramos são determinados por
um conjunto de sete retas paralelas,
interceptando um outro conjunto de quatro retas
paralelas?
a) 162
b) 126
c) 106
d) 84
e) 33
23) Uma lanchonete que vende cachorro quente o-
ferece ao freguês: pimenta, cebola, mostarda e
molho de tomate, como tempero adicional.
Quantos tipos de cachorros quentes diferentes
(Pela adição ou não de algum tempero) podem
ser vendidos?
a) 12
b) 24
c) 16
d) 4
e) 10
24) O número de triângulos que podem ser traçados
utilizando-se 12 pontos de um plano, não ha-
vendo 3 pontos em linha reta, é:
a) 4368
b) 220
c) 48
d) 144
e) 180
25) O time de futebol é formado por 1 goleiro, 4 de-
fensores, 3 jogadores de meio de campo e 3 a-
tacantes. Um técnico dispõe de 21 jogadores,
sendo 3 goleiros, 7 defensores, 6 jogadores de
meio campo e 5 atacantes. De quantas manei-
ras poderá escalar sua equipe?
a) 630
b) 7 000
c) 2,26 . 109
d) 21000
e) n.d.a.
26) Sendo 5 . Cn, n - 1 + Cn, n - 3, calcular n.
27) Um conjunto A possui n elementos, sendo n ≥
4. O número de subconjuntos de A com 4
elementos é:
a) [ ] ) 4 - n (24
! n
c) ( n – 4 ) ! e) 4 !
b) ) 4 - n (
! n
d) n !
28) No cardápio de uma festa constam 10 diferentes
tipos de salgadinhos, dos quais apenas 4 serão
servidos quentes. O garçom encarregado de ar-
rumar a travessa e servi-la foi instruído para que
a mesma contenha sempre só dois tipos dife-
rentes de salgadinhos frios e dois diferentes dos
quentes. De quantos modos diversos pode o
garçom, respeitando as instruções, selecionar
os salgadinhos para compor a travessa?
a) 90 d) 38
b) 21 e) n.d.a.
c) 240
29) Em uma sacola há 20 bolas de mesma dimen-
são: 4 são azuis e as restantes, vermelhas. De
quantas maneiras distintas podemos extrair um
conjunto de 4 bolas desta sacola, de modo que
haja pelo menos uma azul entre elas?
a)
! 12
! 16
! 16
! 20
− d)
−⋅
! 12
! 16
! 16
! 20
! 4
1
b)
! 16 ! 4
! 20
e)n.d.a.
c)
! 16
! 20
30) Uma classe tem 10 meninos e 9 meninas.
Quantas comissões diferentes podemos formar
com 4 meninos e 3 meninas, incluindo obrigato-
riamente o melhor aluno dentre os meninos e a
melhor aluna dentre as meninas?
a) A10,4 . A9,3 c) A9,2 – A8,3 e) C19,7
b) C10,4 - C9, 3 d) C9,3 - C8,2
31) Numa classe de 10 estudantes, um grupo de 4
será selecionado para uma excursão, De quan-
tas maneiras distintas o grupo pode ser forma-
do, sabendo que dos dez estudantes dois são
marido e mulher e apenas irão se juntos?
a) 126 b) 98 c) 115 d)165 e) 122
RESPOSTAS
Principio fundamental da contagem
1) 63
2) 12
3) 20
4) 72
5) 6 760 000
6) 45 697 600
7) 216
8) 180
9) 360
10) 2 520
11) 120
12) 4 536
13) 60
14) 24
15) 90 pares e 120 ím-
pares
16) 18
17) 48
18) 72
19) 1 680
20) 504
21) 30
22) 20
23) 720
24) 48
25) 72
26) 96
Arranjos simples
1) a) 8 c) 336
b) 56 d) 1680
2) a) 9 b) 89,6
3) a) s = {3} b) S = {4} c) S = {5}
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Raciocínio Lógico Quantitativo AOpção Certa Para a Sua Realização 21
Fatorial
1) e 2) e
3) a) 132 b) 43 c) 35 d) 330
4) a) n b)
1n
2n
+
+
c) n + 2 d) 1 e)
M
2M5 −
5) n = 9 b) n = 5 c) n = 3 d) n = 6
6) a
7) a) S = {10} b) S = {3}
8) n = 5
9) n = 17
Permutações simples
1) a) 40 320 d) 720
b) 5 040 e) 4 320
c) 120 f) 11 520
2) 144
3) 72
4) 288
5) 120
Permutações simples com elementos repetidos
1) d 2) c 3) a 4) d 5) b
Combinações simples
1) a) 44 c) )!pn(
!p!n
−
b) 2
2) a) n = 7 b) n = 10
c) n = 4
3) S = {3}
4) 70
5) 35
6) 10
7) p=5
8) S={20}
9) a) 21 c) 35
b) 35 d) 7
10) 140
11) 180
12) 252
13) 2 520
14)
2
)3n(n −
15) a) 160 b) 168
16) 210
17) a) 28 c) 252
b) 224
18) 70
19) 55
20) 105
21) e
22) b
23) c
24) b
25) d
26) n =4
27) a
28) a
29) d
30) d
31) b
PROBABILIDADE
ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO
Suponha que em uma urna existam cinco bolas ver-
melhas e uma bola branca. Extraindo-se, ao acaso, uma
das bolas, é mais provável que esta seja vermelha. Isto
irão significa que não saia a bola branca, mas que é
mais fácil a extração de uma vermelha. Os casos possí-
veis seu seis:
Cinco são favoráveis á extração da bola vermelha.
Dizemos que a probabilidade da extração de uma bola
vermelha é
6
5
e a da bola branca,
6
1
.
Se as bolas da urna fossem todas vermelhas, a ex-
tração de uma vermelha seria certa e de probabilidade
igual a 1. Consequentemente, a extração de uma bola
branca seria impossível e de probabilidade igual a zero.
Espaço amostral:
Dado um fenômeno aleatório, isto é, sujeito ás leis do
acaso, chamamos espaço amostral ao conjunto de todos
os resultados possíveis de ocorrerem. Vamos indica-lo
pela letra E.
EXEMPLOS:
Lançamento de um dado e observação da face
voltada para cima:
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Lançamento de uma moeda e observação da face
voltada para cima :
E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa.
Lançamento de duas moedas diferentes e
observação das faces voltadas para cima:
E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) }
Evento:
Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço
amostral. Tomemos, por exemplo, o lançamento de um
dado :
• ocorrência do resultado 3: {3}
• ocorrência do resultado par: {2, 4, 6}
• ocorrência de resultado 1 até 6: E (evento certo)
• ocorrência de resultado maior que 6 : φ (evento
impossível)
Como evento é um conjunto, podemos aplicar-lhe as
operações entre conjuntos apresentadas a seguir.
• União de dois eventos - Dados os eventos A e B,
chama-se união de A e B ao evento formado pe-
los resultados de A ou de B, indica-se por A ∪ B.
• Intersecção de dois eventos - Dados os eventos
A e B, chama-se intersecção de A e B ao evento
formado pelos resultados de A e de B. Indica-se
por A ∩ B.
Se A ∩ B =φ , dizemos que os eventos A e B são mu-
tuamente exclusivos, isto é, a ocorrência de um deles eli-
mina a possibilidade de ocorrência do outro.
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 22
• Evento complementar – Chama-se evento comple-
mentar do evento A àquele formado pelos resulta-
dos que não são de A. indica-se por A .
Aplicações
1) Considerar o experimento "registrar as faces
voltadas para cima", em três lançamentos de
uma moeda.
a) Quantos elementos tem o espaço amostral?
b) Escreva o espaço amostral.
Solução:
a) o espaço amostral tem 8 elementos, pois para
cada lançamento temos duas possibilidades e,
assim: 2 . 2 . 2 = 8.
b) E = { (C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R,
R,C), (R, C, R), (C, R, R), (R, R, R) }
2) Descrever o evento "obter pelo menos uma cara
no lançamento de duas moedas".
Solução:
Cada elemento do evento será representado por um
par ordenado. Indicando o evento pela letra A, temos: A
= {(C,R), (R,C), (C,C)}
3) Obter o número de elementos do evento "soma
de pontos maior que 9 no lançamento de dois
dados".
Solução:
O evento pode ser tomado por pares ordenados com
soma 10, soma 11 ou soma 12. Indicando o evento pela
letra S, temos:
S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} ⇒
⇒ n(S) = 6 elementos
4) Lançando-se um dado duas vezes, obter o nú-
mero de elementos do evento "número par no
primeiro lançamento e soma dos pontos igual a
7".
Solução:
Indicando o evento pela letra B, temos:
B = { (2, 5), (4, 3), (6, 1)} ⇒ n(B) = 3 elementos
Exercícios
1) Dois dados são lançados. O número de
elementos do evento "produto ímpar dos pontos
obtidos nas faces voltadas para cima" é:
a) 6 b) 9 c) 18 d) 27 e) 30
2) Num grupo de 10 pessoas, seja o evento ''esco-
lher 3 pessoas sendo que uma determinada este-
ja sempre presente na comissão". Qual o número
de elementos desse evento?
a) 120 b) 90 c) 45 d) 36 e) 28
3) Lançando três dados, considere o evento "obter
pontos distintos". O número de elementos desse
evento é:
a) 216 b) 210 c) 6 d) 30 e) 36
4) Uma urna contém 7 bolas brancas, 5 vermelhas
e 2 azuis. De quantas maneiras podemos retirar
4 bolas dessa urna, não importando a ordem em
que são retiradas, sem recoloca-las?
a) 1 001 d) 6 006
b) 24 024 e)
! 2 ! 5 ! 7
! 14
c) 14!
PROBABILIDADE
Sendo n(A) o número de elementos do evento A, e
n(E) o número de elementos do espaço amostral E ( A
⊂ E), a probabilidade de ocorrência do evento A, que se
indica por P(A), é o número real:
OBSERVAÇÕES:
1) Dizemos que n(A) é o número de casos favoráveis
ao evento A e n(E) o número de casos possíveis.
2) Esta definição só vale se todos os elementos do
espaço amostral tiverem a mesma probabilidade.
3) A é o complementar do evento A.
Propriedades:
Aplicações
4) No lançamento de duas moedas, qual a
probabilidade de obtermos cara em ambas?
Solução:
Espaço amostral:
E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} ⇒ n(E).= 4
Evento A : A = {(C, C)}⇒ n(A) =1
Assim:
4
1
) E ( n
) A ( n
) A ( P ==
5) Jogando-se uma moeda três vezes, qual a
probabilidade de se obter cara pelo menos uma
vez?
Solução:
E = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,
C), (R, C, R), (C, R, R), (R. R, R)} ⇒ n(E)= 8
A = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,
C), (R, C, R), (C, R, R) ⇒ n(A) = 7
) E ( n
) A ( n
) A ( P =
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 23
8
7P(A) ) E ( n
) A ( n
) A ( P =⇒=
6) (Cesgranrio) Um prédio de três andares, com
dois apartamentos por andar, tem apenas três
apartamentos ocupados. A probabilidade de que
cada um dos três andares tenha exatamente um
apartamento ocupado é :
a) 2/5 c) 1/2 e) 2/3
b) 3/5 d) 1/3
Solução:
O número de elementos do espaço amostral é dado
por : n(E) = C6,3 = ! 3 ! 3
! 6
= 20
O número de casos favoráveis é dado por n (A) = 2 .
2 . 2 = 8, poisem cada andar temos duas possibilidades
para ocupa-lo. Portanto, a probabilidade pedida é:
5
2
20
8
) E ( n
) A ( n
) A ( P === (alternativa a)
7) Numa experiência, existem somente duas
possibilidades para o resultado. Se a
probabilidade de um resultado é
3
1
, calcular a
probabilidade do outro, sabendo que eles são
complementares.
Solução:
Indicando por A o evento que tem probabilidade
3
1
,
vamos indicar por A o outro evento. Se eles são
complementares, devemos ter:
P(A) + P( A ) = 1
3
1
⇒ + P( A ) = 1 ∴
8) No lançamento de um dado, qual a probabilidade
de obtermos na face voltada para cima um
número primo?
Solução:
Espaço amostral : E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} ⇒ n(E) = 6
Evento A : A = {2, 3, 5} ⇒ n(A) = 3
Assim:
2
1)A(P
6
3
) E ( n
) A ( n
) A ( P =⇒==
9) No lançamento de dois dados, qual a
probabilidade de se obter soma dos pontos igual
a 10?
Solução:
Considere a tabela, a seguir, indicando a soma dos
pontos:
A
B
1
2
3
4
5
6
1 2 3 4 5 6 7
2 3 4 5 6 7 8
3 4 5 6 7 8 9
4 5 6 7 8 9 10
5 6 7 8 9 10 11
6 7 8 9 10 11 12
Da tabela: n(E) = 36 e n(A) = 3
Assim:
12
1
36
3
) E ( n
) A ( n
) A ( P ===
Exercícios
1) Jogamos dois dados. A probabilidade de obtermos
pontos iguais nos dois é:
a)
3
1
c)
6
1
e)
36
7
b)
36
5
d)
36
1
2) A probabilidade de se obter pelo menos duas
caras num lançamento de três moedas é;
a)
8
3
c)
4
1
e)
5
1
b)
2
1
d)
3
1
ADIÇÃO DE PROBABILIDADES
Sendo A e B eventos do mesmo espaço amostral E,
tem-se que:
"A probabilidade da união de dois eventos A e B é i-
gual á soma das probabilidades de A e B, menos a pro-
babilidade da intersecção de A com B."
Justificativa:
Sendo n (A ∪ B) e n (A ∩ B) o número de
elementos dos eventos A ∪ B e A ∩ B, temos que:
n( A ∪ B) = n(A) +n(B) – n(A ∩ B)⇒
∴
∩
−+=
∪
⇒ )E(n
)BA(n
)E(n
)B(n
)E(n
)A(n
)E(n
)BA(n
∴P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
OBSERVA ÇÃO:
Se A e B são eventos mutuamente exclusivos, isto é:
A ∩ B =φ , então, P(A ∪ B) = P(A) + P(B).
Aplicações
1) Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 verdes e 4
azuis. Retirando-se uma bola da urna, qual a
probabilidade de que ela seja branca ou verde?
P(A ∪ B) = P (A) + P(B) – P(A ∩ B)
3
2)A(P =
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Solução:
Número de bolas brancas : n(B) = 2
Número de bolas verdes: n(V) = 3
Número de bolas azuis: n(A) = 4
A probabilidade de obtermos uma bola branca ou
uma bola verde é dada por:
P( B ∪ V) = P(B) + P(V) - P(B ∩ V)
Porém, P(B ∩ V) = 0, pois o evento bola branca e o
evento bola verde são mutuamente exclusivos.
Logo: P(B ∪ V) = P(B) + P(V), ou seja:
P(B ∪ V) =
9
5)VB(P
9
3
9
2
=∪⇒+
2) Jogando-se um dado, qual a probabilidade de se
obter o número 4 ou um número par?
Solução:
O número de elementos do evento número 4 é n(A) =
1.
O número de elementos do evento número par é n(B)
= 3.
Observando que n(A ∩ B) = 1, temos:
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)⇒
⇒ P(A ∪ B) =
2
1)BA(P
6
3
6
1
6
3
6
1
=∪∴=−+
3) A probabilidade de que a população atual de um
pais seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é
8%. Calcular a probabilidade de ser 110 milhões.
Solução:
Temos P(A) = 95% e P(B) = 8%.
A probabilidade de ser 110 milhões é P(A ∩ B).
Observando que P(A ∪ B) = 100%, temos:
P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) ⇒
⇒ 100% = 95% + 8% - P(A ∩ B) ∴
(A ∩ B) = 3%
Exercícios
1) (Cescem) Uma urna contém 20 bolas numeradas
de 1 a 20. Seja o experimento "retirada de uma
bola" e considere os eventos;
A = a bola retirada possui um número múltiplo de
2
B = a bola retirada possui um número múltiplo de
5
Então a probabilidade do evento A ∪ B é:
a)
20
13
c)
10
7
e)
20
11
b)
5
4
d)
5
3
2) (Santa casa) Num grupo de 60 pessoas, 10 são
torcedoras do São Paulo, 5 são torcedoras do
Palmeiras e as demais são torcedoras do Corin-
thians. Escolhido ao acaso um elemento do gru-
po, a probabilidade de ele ser torcedor do São
Paulo ou do Palmeiras é:
a) 0,40 c) 0,50 e) n.d.a.
b) 0,25 d) 0,30
3) (São Carlos) S é um espaço amostral, A e B e-
ventos quaisquer em S e P(C) denota a probabi-
lidade associada a um evento genérico C em S.
Assinale a alternativa correta.
a) P(A ∩ C) = P(A) desde que C contenha A
b) P(A ∪ B) ≠ P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
c) P(A ∩ B) < P(B)
d) P(A) + P(B) ≤ 1
e) Se P(A) = P(B) então A = B
4) (Cescem) Num espaço amostral (A; B), as
probabilidades P(A) e P(B) valem
respectivamente
3
1
e
3
2
Assinale qual das
alternativas seguintes não é verdadeira.
a) S BA =∪ d) A ∪ B = B
b) A ∪ B = φ e) (A ∩ B) ∪ (A ∪ B) = S
c) A ∩ B = BA ∩
5) (PUC) Num grupo, 50 pessoas pertencem a um
clube A, 70 a um clube B, 30 a um clube C, 20
pertencem aos clubes A e B, 22 aos clubes A e
C, 18 aos clubes B e C e 10 pertencem aos três
clubes. Escolhida ao acaso uma das pessoas
presentes, a probabilidade de ela:
a) Pertencer aos três Clubes é
5
3
;
b) pertencer somente ao clube C é zero;
c) Pertencer a dois clubes, pelo menos, é 60%;
d) não pertencer ao clube B é 40%;
e) n.d.a.
6) (Maringá) Um número é escolhido ao acaso entre
os 20 inteiros, de 1 a 20. A probabilidade de o
número escolhido ser primo ou quadrado perfeito
é:
a)
5
1
c)
25
4
e)
5
3
b)
25
2
d)
5
2
PROBABILIDADE CONDICIONAL
Muitas vezes, o fato de sabermos que certo evento
ocorreu modifica a probabilidade que atribuímos a outro
evento. Indicaremos por P(B/A) a probabilidade do even-
to B, tendo ocorrido o evento A (probabilidade condicio-
nal de B em relação a A). Podemos escrever:
Multiplicação de probabilidades:
A probabilidade da intersecção de dois eventos A e B
)A( n
)BA( n)A/B(P ∩=
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A)
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é igual ao produto da probabilidade de um deles pela
probabilidade do outro em relação ao primeiro.
Em símbolos:
Justificativa:
⇒
∩
= )A( n
)BA( n)A/B(P ∴
∩
=
)E(n
)A( n
)E(n
)BA( n
)A/B(P
)A( P
)BA( P)A/B(P ∩=∴
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A)
Analogamente:
P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B)
Eventos independentes:
Dois eventos A e B são independentes se, e somente
se: P(A/B) = P(A) ou P(B/A) = P(B)
Da relação P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), e se A e B
forem independentes, temos:
Aplicações:
1) Escolhida uma carta de baralho de 52 cartas e
sabendo-se que esta carta é de ouros, qual a
probabilidade de ser dama?Solução:
Um baralho com 52 cartas tem 13 cartas de ouro, 13
de copas, 13 de paus e 13 de espadas, tendo uma dama
de cada naipe.
Observe que queremos a probabilidade de a carta
ser uma dama de ouros num novo espaço amostral mo-
dificado, que é o das cartas de ouros. Chamando de:
• evento A: cartas de ouros
• evento B: dama
• evento A ∩ B : dama de ouros
Temos:
2) Jogam-se um dado e uma moeda. Dê a
probabilidade de obtermos cara na moeda e o
número 5 no dado.
Solução:
Evento A : A = {C} ⇒ n(A) = 1
Evento B : B = { 5 } ⇒ n ( B ) = 1
Sendo A e B eventos independentes, temos:
P(A ∩ B) = P(A) . P(B) ⇒ P(A ∩ B) = ∴⋅
6
1
2
1
P(A ∩ B) =
12
1
3) (Cesgranrio) Um juiz de futebol possui três cartões
no bolso. Um é todo amarelo, outro é todo vermelho,
e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do
outro. Num determinado lance, o juiz retira, ao
acaso, um cartão do bolso e mostra a um jogador. A
probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e
de a outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é:
a)
2
1
b)
5
2
c)
5
1
d)
3
2
e )
6
1
Solução:
Evento A : cartão com as duas cores
Evento B: face para o juiz vermelha e face para o
jogador amarela, tendo saído o cartão de duas cores
Temos:
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), isto é, P(A ∩ B) =
2
1
3
1
⋅
P(A ∩ B) =
6
1
(alternativa e)
Respostas:
Espaço amostral e evento
1) b 2) d 3) b 4) a
Probabilidade
1) c 2) b
Adição de probabilidades
1) d 2) b 3) a 4) b 5) b 6) e
GEOMETRIA NO PLANO E NO ESPAÇO.
PERÍMETRO.
1.POSTULADOS
a) A reta é ilimitada; não tem origem nem
extremidades.
b) Na reta existem infinitos pontos.
c) Dois pontos distintos determinam uma única reta
(AB).
2. SEMI-RETA
Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois
subconjuntos, denominando-se cada um deles semi-
reta.
3. SEGMENTO
P(A ∩ B) = P(A) . P(B)
13
1
)A( n
)BA( n)A/B(P =∩=
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Sejam A e B dois pontos distintos sobre a reta AB .
Ficam determinadas as semi-retas: AB e BA .
A intersecção das duas semi-retas define o
segmento AB .
4. ÂNGULO
A união de duas semi-retas de mesma origem é um
ângulo.
5. ANGULO RASO
É formado por semi-retas opostas.
6. ANGULOS SUPLEMENTARES
São ângulos que determinam por soma um ângulo
raso.
7. CONGRUÊNCIA DE ÂNGULOS
O conceito de congruência é primitivo. Não há
definição. lntuitivamente, quando imaginamos dois
ângulos coincidindo ponto a ponto, dizemos que
possuem a mesma medida ou são congruentes (sinal
de congruência: ≅ ).
8. ÂNGULO RETO
Considerando ângulos suplementares e con-
gruentes entre si, diremos que se trata de ângulos
retos.
9. MEDIDAS
1 reto ↔ 90° (noventa graus)
1 raso ↔ 2 retos ↔ 180°
1° ↔ 60' (um grau - sessenta minutos)
1' ↔ 60" (um minuto - sessenta segundos)
As subdivisões do segundo são: décimos,
centésimos etc.
10. ÂNGULOS COMPLEMENTARES
São ângulos cuja soma é igual a um ângulo reto.
11. REPRESENTAÇÃO
x é o ângulo; (90° – x) seu complemento e
(180° – x) seu suplemento.
12. BISSETRIZ
É a semi-reta que tem origem no vértice do ângulo e
o divide em dois ângulos congruentes.
13. ANGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE
São ângulos formados com as semi-retas apostas
duas a duas.
ABBAAB =∩
90o = 89o 59’ 60”
Ângulos apostos pelo vértice são congruentes
(Teorema).
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14. TEOREMA FUNDAMENTAL SOBRE RETAS
PARALELAS
Se uma reta transversal forma com duas retas de
um plano ângulos correspondentes congruentes, então
as retas são paralelas.
≅
≅
≅
≅
qd
pc
nb
ma
))
))
))
))
ângulos correspondentes congruentes
Consequências:
a) ângulos alternos congruentes:
externos) qb internos) 180mc
(alternos pa (alternos 180
0
0
))))
))))
≅=≅
≅=≅ nd
b) ângulos colaterais suplementares:
internos) s(colaterai
180
180 m d
) (
180
180 q a
o
o
=+
=+
=+
=+
o
o
nc
externoscolaterais
pb
))
))
))
))
15. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Determine o complemento de 34°15'34".
Resolução:
89° 59' 60"
- 34° 15' 34"
55° 44' 26"
Resp.: 55° 44' 26"
2) As medidas 2x + 20° e 5x – 70° são de ângulos
opostos pelo vértice. Determine-as.
Resolução:
2x + 20° = 5x – 70° ⇔
⇔ + 70° + 20° = 5x – 2x ⇔
⇔ 90° = 3x ⇔
Resp. : os ângulos medem 80º
3) As medidas de dois ângulos complementares
estão entre si como 2 está para 7. Calcule-as.
Resolução: Sejam x e y as medidas de 2
ângulos complementares. Então:
⇔
+=+
=+
⇔
=
=+
1
7
2
1
y
x
90 y x
7
2
y
x
90 y x o o
=
=+
⇔
=
+
=+
7
990
y
90 y x
7
9
y
yx
90 y x
o
oo
⇒ x = 20° e y = 70°
Resp.: As medidas são 20° e 70°.
4) Duas retas paralelas cortadas por uma
transversal formam 8 ângulos. Sendo 320° a
soma dos ângulos obtusos internos, calcule os
demais ângulos.
Resolução:
De acordo com a figura seguinte, teremos pelo
enunciado:
â + â = 320° ⇔ 2â = 320° ⇔
Sendo b a medida dos ângulos agudos, vem:
a
)
+ b
)
= 180° ou 160° + b
)
= 180° ⇒ b
)
= 20°
Resp.: Os ângulos obtusos medem 160° e os
agudos 20°.
5) Na figura, determine x.
Resolução: Pelos ângulos alternos internos:
x + 30° = 50° ⇒
16. TRIÂNGULOS
16.1 – Ângulos
externos angulos são C ;B ;A
internos ângulos são C ;B ;A
lados os são ;BC ;
BC AB ABC
exexex
)))
)))
CAAB
CA∪∪=∆
LEI ANGULAR DE THALES:
x = 30°
â = 160°
x = 20°
°=++ 180 C B
)))
A
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Consequências:
C B
180 C B A
180 A ex )))
)))
))
+=⇒
°=++
°=+
exA
A
Analogamente:
Soma dos ângulos externos:
16.2 – Classificação
Obs. : Se o triângulo possui os 3 ângulos menores
que 90°, é acutângulo; e se possui um dos seus
ângulos maior do que 90°, é obtusângulo.
16.3 - Congruência de triângulos
Dizemos que dois triângulos são congruentes
quando os seiselementos de um forem congruentes
com os seis elementos correspondentes do outro.
≅
≅
≅
≅
≅
≅
C'A' AC
'C'B BC
B'A' AB
e
'C C
'B B
'A A
))
))
))
C'B'A' ∆≅∆⇔ ABC
16.4 - Critérios de congruência
LAL: Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem dois lados e o ângulo entre eles
congruentes.
LLL: Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem os três lados respectivamente con-
gruentes.
ALA : Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem dois ângulos e o lado entre eles
congruentes.
LAAO : Dois triângulos serão congruentes se pos-
suírem dois ângulos e o lado oposto a um
deles congruentes.
16.5 - Pontos notáveis do triângulo
a) O segmento que une o vértice ao ponto médio
do lado oposto é denominado MEDIANA.
O encontro das medianas é denominado
BARICENTRO.
G é o baricentro
Propriedade: AG = 2GM
BG = 2GN
CG = 2GP
b) A perpendicular baixada do vértice ao lado
oposto é denominada ALTURA.
O encontro das alturas é denominado
ORTOCENTRO.
c) INCENTRO é o encontro das bissetrizes in-
ternas do triângulo. (É centro da circunferência
inscrita.)
d) CIRCUNCENTRO é o encontro das mediatrizes
dos lados do triângulo, lÉ centro da
circunferência circunscrita.)
16.6 – Desigualdades
A B C
C A
ex
)))
)))
+=
+=exB
°=++ 360 C B A exexex
)))
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Teorema: Em todo triângulo ao maior lado se opõe
o maior ângulo e vice-Versa.
Em qualquer triângulo cada lado é menor do que a
soma dos outros dois.
16.7 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Sendo 8cm e 6cm as medidas de dois lados de
um triângulo, determine o maior número inteiro
possível para ser medida do terceiro lado em
cm.
Resolução:
x < 6 + 8 ⇒ x < 14
6 < x + 8 ⇒ x > – 2 ⇒ 2 < x < 14
8 < x + 6 ⇒ x > 2
Assim, o maior numero inteiro possível para medir o
terceiro lado é 13.
2) O perímetro de um triângulo é 13 cm. Um dos
lados é o dobro do outro e a soma destes dois
lados é 9 cm. Calcule as medidas dos lados.
Resolução:
a + b + c = 13
a = 2b 3b = 9
a + b = 9
e
Portanto:
As medidas são : 3 cm; 4 cm; 6 cm
3) Num triângulo isósceles um dos ângulos da
base mede 47°32'. Calcule o ângulo do vértice.
Resolução:
x + 47° 32' + 47° 32' = 180° ⇔
x + 94° 64' = 180° ⇔
x + 95° 04' = 180° ⇔
x = 180° – 95° 04' ⇔
x = 84° 56'
rascunho:
179° 60'
– 95° 04'
84° 56'
Resp. : O ângulo do vértice é 84° 56'.
4) Determine x nas figuras:
a)
b)
Resolução:
a) 80° + x = 120° ⇒ x = 40°
b) x + 150° + 130° = 360° ⇒ x = 80°
5) Determine x no triângulo:
Resolução:
Sendo ABC∆ isósceles, vem: C
))
≅B e portanto:
°=≅ 50 C
))
B , pois °=++ 180 C B
)))
A .
Assim, x = 80° + 50° ⇒ x = 130°
17. POLIGONOS
b = 3 a = 6
c = 4
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O triângulo é um polígono com o menor número de
lados possível (n = 3),
De um modo geral dizemos; polígono de n lados.
17.1 - Número de diagonais
( n = número de lados )
De 1 vértice saem (n – 3) diagonais.
De n vértices saem n . (n – 3) diagonais; mas, cada
uma é considerada duas vezes.
Logo ;
2
)3 -n (n
=d
17.2 - Soma dos ângulos internos
17.3 - Soma dos ângulos externos
17.4 – Quadriláteros
a) Trapézio:
"Dois lados paralelos".
DC // AB
b) Paralelogramo:
“Lados opostos paralelos dois a dois”.
BC // AD e DC // AB
Propriedades:
1) Lados opostos congruentes.
2) Ângulos apostos congruentes.
3) Diagonais se encontram no ponto médio
c) Retângulo:
"Paralelogramo com um ângulo reto".
Propriedades:
1) Todas as do paralelogramo.
2) Diagonais congruentes.
d) Losango:
"Paralelogramo com os quatro lados congruentes".
Propriedades:
1) Todas as do paralelogramo.
2) Diagonais são perpendiculares.
3) Diagonais são bissetrizes internas.
e) Quadrado:
"Retângulo e losango ao mesmo tempo".
Obs: um polígono é regular quando é equiângulo e
equilátero.
SEMELHANÇAS
1. TEOREMA DE THALES
Um feixe de retas paralelas determina sobre um
feixe de retas concorrentes segmentos cor-
respondentes proporcionais.
2
)3 -n (n
=d
Si = 180° ( n – 2 )
Se = 360°
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etc...
...
NP
MP
FG
EG
BC
AC
...
PQ
MN
GH
EF
===
===
CD
AB
2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Dada a correspondência entre dois triângulos,
dizemos que são semelhantes quando os ângulos
correspondentes forem congruentes e os lados
correspondentes proporcionais.
3. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA
a) (AAL) Dois triângulos possuindo dois ângulos
correspondentes congruentes são
semelhantes.
b) (LAL) Dois triângulos, possuindo dois
lados proporcionais e os ângulos entre
eles formados congruentes, são seme-
lhantes.
c) (LLL) Dois triângulos, possuindo os
três lados proporcionais, são
semelhantes.
Representação:
k
C'A'
AC
C'B'
BC
B'A'
AB
e
'C C
'B B
'A
C'B'A' ~
===
≅
≅
≅
⇔∆∆
))
))
))
A
ABC
razão de semelhança
Exemplo: calcule x
Resolução :
6 x
6
9
4
x
MC
AC
MN
AB
MNC ~
=∴=⇒=
⇔∆∆ABC
4. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO
RETÂNGULO
Na figura:
A é vértice do ângulo reto (Â = 90° )
°=+ 90 C
))
B
m = projeção do cateto c sobre a hipotenusa a
n = projeção do cateto b sobre a hipotenusa a
H é o pé da altura AH = h.
4.1 – Relações
a)
HB
CB
AB
CAB ~ AHB
2
⋅=⇔
⇔⇔⇔∆∆
CBAB
AB
HB
ou (I)
HCBCAC
AC
HC
⋅=⇔
⇔=⇔∆∆
2
BC
AC
BAC~ AHC
ou (II)
b)
HBCHAH
HA
HBAHB
⋅=⇔
⇔=⇔∆∆
2
CH
AH
CHA ~
ou (III)
Consequências:
(I) + (II) vem:
4.2 - TEOREMA DE PITÁGORAS
Exemplo:
Na figura, M é pontomédio de BC , Â = 90°
e Mˆ = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.
c2 = a . m
b2 = a . n
Cada cateto é média proporcional entre a
hipotenusa e a sua projeção sobre a mesma.
h2 = m . n
A altura é média proporcional entre os seg-
mentos que determina sobre a hipotenusa
a2 + b2 = c2
( )
222
22
22 b
abc
nmabc
anamc
a
=+⇔
⇔+=+⇔
⇔+=+
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Resolução:
a) Teorema de Pitágoras:
⇒+=⇒+= 2 22222 2 5 BC AC AB BC
e 38,529 ≅=⇒ BC
b) ou ~
BI
BC
MB
ABMBIABC =⇔∆∆
9,2
10
2929
2
29
5
==⇔= BI
BI
Logo, sendo AI = AB - BI, teremos:
AI = 5 - 2,9 ⇒
5. RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO
Nas figuras valem as seguintes relações:
2δ =PA . PB=PM . PN
o número 2δ é denominado Potência do ponto
P em relação à circunferência.
2δ = 22 Rd −
6. POLÍGONOS REGULARES
a) Quadrado:
AB = lado do quadrado ( l 4)
OM = apótema do quadrado (a4)
OA = OB = R = raio do círculo
Relações:
• ⇒+= 222 RRAB
• ⇒=
2
ABOM
• Área do quadrado:
b) Triângulo equilátero:
AC = 3l (lado do triângulo)
OA = R (raio do círculo)
OH = a (apótema do triângulo)
Relações:
• AC2 = AH2 + HC2 ⇒
(altura em função do lado)
• AO = 2 OH ⇒
(o raio é o dobro do apótema)
• (lado em função do raio)
• Área:
(área do triângulo equilátero em função do lado)
c) Hexágono regular: O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
quadrados dos catetos.
2
29
=MB
AI = 2,1
2
4
4
l
=a
2
44 l=S
2
33l
=h
R = 2a
33 R=l
4
323l
=S
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AB = 6l (lado do hexágono)
OA = OB = R (raio do círculo)
OM = a (apótema)
Relações:
• ∆ OAB é equilátero ⇒
• OM é altura ∆ OAB ⇒
• Área:
ABCSS ∆⋅= 6 ⇒
7. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 9 cm
e 12 cm. Calcule as suas projeções sobre a
hipotenusa.
Resolução:
a) Pitágoras: a2 = b2 + c2 ⇒
⇒ a2 =122 + 92⇒
b) C2 = a . m ⇒ 92 = 15 . m ⇒
c) b2 = a . n ⇒ 122 = 15 . n ⇒
2) As diagonais de um losango medem 6m e 8m.
Calcule o seu perímetro:
Resolução:
⇒+= 222 34l
O perímetro é:
3) Calcule x na figura:
Resolução:
PA . PB = PM . PN ⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10
⇔
4 + 2 x = 40 ⇔ 2 x = 36 ⇔
⇔
4) Calcule a altura de um triângulo equilátero cuja
área é 39 m2:
Resolução:
∴=⇒=
4
339
4
3 22 llS
∴=⇒=
2
36
2
3 hh l
32
222
2
22
642
422
RRRV
RRRA
RRRA
T
pipi
pipipi
pipi
=⋅=
=+⋅=
=⋅=
l
TEOREMA DE PITÁGORAS
Relembrando: Triângulo retângulo é todo triângulo
que possui um ângulo interno reto. ( = 90º)
Obs: Num triângulo retângulo o lado oposto ao ân-
gulo reto é chamado hipotenusa e os lados adjacentes
ao ângulo reto são chamados catetos.
Teorema de Pitágoras
Enunciado: Num triângulo retângulo, o quadrado da
medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados
das medidas dos catetos.
Exemplo:
Exemplo numérico:
2
3R
a =
2
33 2RS =
a = 15 cm
m = 5,4
cm
n = 9,6
cm
m 5=l
P = 4 X 5 m = 20 m
x=18
m 6=l
m h 33=
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Exercícios:
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 8 cm
e 6 cm; a hipotenusa mede:
a) 5 cm
b) 14 cm
c) 100 cm
d) 10 cm
2) Num triângulo retângulo os catetos medem 5 cm
e 12 cm. A hipotenusa mede:
a) 13cm b) 17 cm c) 169 cm d) 7 cm
3) O valor de x na figura abaixo é:
Respostas: 1) d 2) a 3) x = 3
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS DO TRIÂNGU-
LO RETÂNGULO
Vamos observar o triângulo retângulo ABC (reto em
A).
Nos estudos que faremos nesta unidade, se faz ne-
cessário diferenciar os dois catetos do triângulo. Usa-
mos para isso a figura que acabamos de ver.
Tomando como referência o ângulo E. dizemos que:
• AC é o cateto oposto de B:
• AB é o cateto adjacente ao ângulo B.
Tomando como referência o ângulo C, dizemos que:
• AC o cateto adjacente ao ângulo C;
• AB é o cateto oposto ao ângulo C.
Razões trigonométricas
Num triângulo retângulo, chama-se seno de um ân-
gulo agudo o número que expressa a razão entre a
medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da
hipotenusa.
O seno de um ângulo o indica-se por sen α.
a
b
B sen
hipotenusa da medida
B a oposto cateto do medida
B sen =⇒=
a
c
Csen
hipotenusa da
C a oposto cateto do medida
Csen =⇒=
medida
Num triângulo retângulo, chama-se cos-
seno de um ângulo agudo o número que
expressa a razão entre a medida do cateto
adjacente ao ângulo e a medida da hipote-
nusa.
O cosseno de um ângulo a indica-se por cos α.
a
c
B cos
hipotenusa da medida
B a adjacente cateto do medida
B cos =⇒=
a
b
C cos
hipotenusa da medida
C a adjacente cateto do medida
C cos =⇒=
Num triângulo retângulo chama-se tangente de um
ângulo agudo o número que expressa a razão entre a
medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacen-
te a esse ângulo.
A tangente de um ângulo a indica-se por tg α
b
c
C tg
C a adjacente
C a oposto cateto
C tg =⇒=
cateto
.
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NUM TRIÂN-
GULO QUALQUER
No triângulo da figura destacamos:
• h1 : medida de altura relativa ao lado BC:
• h2 : medida da altura relativa ao lado AB,
no ∆ retângulo ABH1 ( H1 é reto):
B sen ch
c
h
B sen 11 ⋅=⇒=
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No ∆ retângulo ACH1 ( H1 é reto):
C h
b
h
Csen 11 senb ⋅=⇒=
Comparando 1 e 2. temos:
c . sen B = b . sen C
B sen
b
C sen
c
=⇒
No ∆ retângulo BCH2 ( H é reto):
sen B = 22 h a
h
⇒ = a . sen B
No ∆ retângulo ACH2 (H é reto):
sen A = 22 h b
h
⇒ = b . sen A
Comparando 4 e 5, temos:
a . sen B = b . sen A
B sen
b
Asen
a=⇒
Comparando 3 e 5. temos:
C sen
c
B sen
b
Asen
a
==
Observação: A expressão encontrada foi desen-
volvida a partir de um triângulo acutângulo. No entanto,
chegaríamos à mesma expressão se tivéssemos parti-
do de qualquer triângulo. Daí temos a lei dos senos:
C sen
c
B sen
b
Asen
a
==
Exemplo: No triângulo da figura calcular a medida x:
Resolução:
Pela lei dos senos:
2
3
x
2
2
8
60 sen
x
45 sen
8
=⇒
°
=
°
2
2
.
2
38
2
2
2
38
=⇒=⇒ x
x
6 4 x
2
68
x ` =⇒=⇒
LEI DOS COSENOS
1. No triângulo acutângulo ABC, temos b2 = a2 +
c2 - 2am
No triângulo retângulo ABH. temos: cos B =
c
m
⇒
m = C . cos b
Substituindo 2 em 1: b2 = a2 + c2 - 2ac . cos B
A expressão foi mostrada para um triângulo acutân-
gulo. Vejamos, agora, como ela é válida, também. para
os triângulos obtusângulos:
No triângulo obtusângulo ABC, temos: b2 = a2 + c2
+ 2am
No triângulo retângulo AHB. temos: cos ( 180º – B)
=
c
m
Como cos (180º – B) = – cos B, por uma propriedade
não provada aqui, temos que:
– cos B =
c
m
⇒ m = – c . cos B
Substituindo 2 em 1, temos:
b2 = a2 + c2 + 2 . a .( –c . cos B )
b2 = a2 + c2 – 2 a c . cos B
Dai a lei dos cosenos:
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a2 = b2 + c2 – 2 b . c . cos A
b2 = a2 + c2 – 2 a . c . cos B
c2 = a2 + b2 – 2 a . b . cos C
Exemplo:
No triângulo abaixo calcular a medida de b
Resolução: Aplicando ao triângulo dado a lei dos
cosenos:
b2 = 102 + 62 – 2 . 10 . 6 . cos 60º
b2 = 100 + 36 – 120 .
2
1
b2 = 76 ⇒ b = 76 ⇒ b = 192
Exercícios
Resolva os seguintes problemas:
1) Num triângulo ABC, calcule b e c, sendo Aˆ = 30º,
Bˆ = 45º e a = 2cm
2) Num triângulo ABC, calcule Aˆ e Cˆ , sendo Bˆ =
105º, b =
2
2
cm e c =
2
26 −
cm.
3) Calcule o perímetro do triângulo abaixo:
4) Calcule x na figura:
5) Calcule Aˆ e Cˆ num triângulo ABC onde b = 1, c
= 3 +1 e Bˆ = 15º.
6) Calcule a num triângulo ABC, onde b = 4 cm, c =
3 cm e Aˆ = 30º.
7) Calcule as diagonais de um paralelogramo cujos
lados medem 6cm e 2 cm e formam um ângulo de
45º.
8) Calcule a área de um triângulo ABC, sabendo
que o lado AB mede 2cm, o lado BC mede 5cm e que
esses lados formam entre si um ângulo de 30º.
9) Calcule a medida da diagonal maior do losango
da figura abaixo:
Respostas
1) b = 2 2 cm, c = 6 + 2 cm
2) Aˆ = 30º ; Cˆ = 45º
3) ( 2 3 + 6 – 2 ) cm
4) x = 100 2 cm
5) Cˆ = 45º; Aˆ = 120º
6) a = 7 cm
7) d1 = 26 ; d2 = 50
8) 2,5 cm2
9) 108 cm
ÁREA DAS FIGURAS PLANAS
RETÂNGULO
A = b . h
A = área b = base h = altura
Perímetro: 2b + 2h
Exemplo 1
Qual a área de um retângulo cuja altura é 2 cm e
seu perímetro 12 cm?
Solução: A = b. h
h = 2 cm
2 + b + 2 + b = 12
2 b + 4 = 12
2b = 12 - 4
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2b = 8
b = 8 ÷ 2=4
b =4cm
A = 4 . 2
A = 8 cm2
QUADRADO
PERÍMETRO: L + L + L + L = 4L
Área do quadrado:
Exemplo 2
Qual a área do quadrado de 5 cm de lado?
Solução: A = l2
l = 5 cm
A = 52
A = 25 cm2
PARALELOGRAMO
A = área do paralelogramo:
Perímetro: 2b + 2h
Exemplo 3
A altura de um paralelogramo é 4 cm e é a
metade de sua base. Qual é suá área ?
Solução: A = b .h
h = 4cm
b = 2 . h
b = 2 . 4 = 8cm
A = 8 . 4 A = 32 m2
TRIÂNGULO
Perímetro: é a soma dos três lados.
Área do triângulo:
Exemplo 4:
A altura de um triângulo é 8 cm e a sua base é a
metade da altura. Calcular sua área.
Solução: A = b h
2
⋅
h = 8cm
b = h
2
8
2
4= = cm
2
4 8
=
⋅A
A = 16 m2
TRAPÉZIO
Perímetro: B + b + a soma dos dois lados.
Área do trapézio:
B = base maior
b = base menor
h = altura
Exemplo 5:
Calcular a área do trapézio de base maior de 6 cm,
base menor de 4 cm. e altura de 3 cm.
Solução:
( )
2
b +B
=A
h⋅
B = 6 cm
b = 4 cm
h = 3 cm
( )A = 6 + 4 ⋅ 3
2
A = 15 cm2
LOSANGO
D= diagonal maior
d = diagonal menor
Perímetro = é a soma dos quatro lados.
Área do losango:
Exemplo 6:
A = = 2 l l l⋅
A = B . H
A = b h
2
⋅
A = D d
2
⋅
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Calcular a área do losango de diagonais 6 cm
e 5 cm.
Solução: A = D d
2
⋅
A = 6 5
2
⋅
A = 15 cm2
CIRCULO
Área do círculo:
A = área do círculo
R = raio
pi = 3,14
Exemplo 7
O raio de uma circunferência é 3 cm. Calcular a sua
área.
A = R2pi
A = 3,14 . 32
A = 3,14 . 9
A = 28,26 cm2
Geometria no Espaço
1. PRISMAS
São sólidos que possuem duas faces apostas
paralelas e congruentes denominadas bases.
l
a = arestas laterais
h = altura (distância entre as bases)
Cálculos:
bA = área do polígono da base.
l
A = soma das áreas laterais.
(área total).
(volume)
1.1 – Cubo
O cubo é um prisma onde todas as faces são
quadradas.
(área total)
(volume)
a = aresta
Para o cálculo das diagonais teremos:
(diagonal de uma face)
(diagonal do cubo)
1.2 - Paralelepípedo reto retângulo
dimensões a, b, c
(área total)
(volume)
(diagonal)
2. PIRÂMIDES
São sólidos com uma base plana e um vértice fora
do plano dessa base.
Para a pirâmide temos:
bA = área da base
l
A = álea dos triângulos faces laterais
(área total)
A = R2pi
bT AAA 2+= l
V = Ab . h
AT = 6 . a2
V = a3
2ad =
3aD =
AT = 2 ( ab + ac + bc )
V = abc
222 cbaD ++=
bT AAA += l
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(volume)
2.1 - Tetraedro regular
É a pirâmide onde todas as faces são triângulos
equiláteros.
Tetraedro de aresta a :
( altura )
(área total)
( volume )
3. CILINDRO CIRCULAR RETO
As bases são paralelas e circulares; possui uma
superfície lateral.
( área da base)
( área lateral )
( área total )
( volume )
3.1 - Cilindro equilátero
Quando a secção meridiana do cilindro for
quadrada, este será equilátero.
Logo:
32
222
2
22
642
422
RRRV
RRRA
RRRA
T
pipi
pipipi
pipi
=⋅=
=+⋅=
=⋅=
l
4. CONE CIRCULAR RETO
g é geratriz.
∆ ABC é secção meridiana.
g2 = h2 + R2
RgA pi=
l
(área lateral)
2RA b pi= (área da base)
bT AAA += l (área total)
(volume)
4.1 - Cone equilátero
Se o ∆ ABC for equilátero, o cone será deno-
minado equilátero.
hAV b ⋅= 3
1
3
6ah =
32aA T =
12
23aV =
2RA b pi=
hRA ⋅= pi2
l
l
AAA bT += 2
hAV b ⋅=
hAv b ⋅⋅= 3
1
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3Rh = (altura)
2RA b pi= (base)
222 RRRA pipi =⋅=
l
(área lateral)
23 RA T pi= (área total)
(volume)
5. ESFERA
Perímetro do círculo maior: 2pi R
Área da superfície: 4pi R2
Volume:
Área da secção meridiana: pi R2.
EXERCICIOS PROPOSTOS 1
1) Os 3/4 do valor do suplemento de um angulo de
60° são:
a) 30° b) 70º c) 60º d) 90º e) 100º
2) A medida de um ângulo igual ao dobro do seu
complemento é:
a) 60° b) 20º c) 35º d) 40º e) 50°
3) O suplemento de 36°12'28" é:
a) 140º 27’12” b) 143°47'32"
c) 143°57'42" d) 134°03'03"
e) n.d.a.
4) número de diagonais de um polígono convexo de
7 lados é:
a) 6 b) 8 c) 14 d) 11 e) 7
5) O polígono que tem o número de lados igual ao
número de diagonais é o:
a) quadrado b) pentágono
c) hexágono d) de15 lados
e) não existe
6) O número de diagonais de um polígono convexo é
o dobro do número de vértices do mesmo. Então o
número de lados desse polígono é:
a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 7
7) A soma dos ângulos internos de um pentágono é
igual a:
a) 180° b) 90° c) 360°
d) 540° e) 720°
8) Um polígono regular tem 8 lados; a medida de um
dos seus ângulos internos é:
a) 135° b) 45° c) 20°
d) 90° e) 120°
9) O encontro das bissetrizes internas de um
triângulo é o:
a) bicentro
b) baricentro
c) incentro
d) metacentro
e) n.d.a.
10) As medianas de um triângulo se cruzam num
ponto, dividindo-se em dois segmentos tais que
um deles é:
a) o triplo do outro
b) a metade do outro
c) um quinto do outro
d) os
3
2 do outro
e) n.d.a.
11) Entre os.critérios abaixo, aquele que não garante a
congruência de triângulos é:
a) LLL b) ALA c) LAAO d) AAA
e) LAL
12) O menor valor inteiro para o terceiro lado de um
triângulo, cujos outros dois medem 6 e 9, será:
a) 4 b) 10 c) 6 d) 7 e) 1
13) Num paralelogramo de perímetro 32cm e um dos
lados10cm, a medida para um dos outros lados é:
a) 6 cm b) 12 cm c) 20 cm
d) 22 cm e) 5 cm
RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
1) d
2) a
6) e
7) d
11) d
12) a
3
3
1 3RV pi=
3
3
4 Rpi
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3) b
4) c
5) b
8) a
9) c
10) b
13) a
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2
1) Na figura
AB = 4 cm BC = 6 cm MN = 8 cm
Então, NP vale:
a) 10 cm b) 8 cm c) 1 2 cm d) 6 cm
e) 9 cm
2) Com as retas suportes dos lados (AD e BC) não
paralelos do trapézio ABCD, construímos o ∆ ABE.
Sendo AE = 12 cm; AD = 5 cm; BC = 3 cm. O valor de
BE é:
a) 6,4cm b) 7,2 cm c) 3,8 cm d) 5,2 cm e) 8,2cm
3) O lado AB de um ∆ ABC mede 16 cm. Pelo ponto D
pertencente ao lado AB, distante 5 cm de A, constrói-
se paralela ao lado BC que encontra o lado AC em E
a 8 cm de A. A medida de AC é:
a) 15,8 cm b) 13,9 cm c) 22,6 cm
d) 25,6 cm e) 14 cm
4) A paralela a um dos lados de um triângulo divide os
outros dois na razão 3/4. Sendo 21cm e 42 cm as
medidas desses dois lados. O maior dos segmentos
determinado pela paralela mede:
a) 9cm b) 12cm c) 18 cm
d) 25 cm e) 24 cm
5) Num trapézio os lados não paralelos prolongados
determinam um triângulo de lados 24 dm e 36 dm. O
menor dos lados não paralelos do trapézio mede 10
dm. O outro lado do trapézio mede:
a) 6 dm b) 9 dm c) 10 dm
d) 13 dm e) 15 dm
6) Num triângulo os lados medem 8 cm; 10 cm e 15 cm.
O lado correspondente ao menor deles, num segundo
triângulo semelhante ao primeiro, mede 16cm. O
perímetro deste último triângulo é:
a) 60 cm b) 62 cm c) 66 cm
d) 70 cm e) 80 cm
7) Dois triângulos semelhantes possuem os seguintes
perímetros: 36 cm e 108 cm. Sendo 12 cm a medida
de um dos lados do primeiro, a medida do lado
correspondente do segundo será:
a) 36 cm b) 48 cm c) 27 cm
d) 11 cm e) 25 cm
8) A base e a altura de um retângulo estão na razão
5
12
. Se a diagonal mede 26cm, a base medida será:
a) 12 cm b) 24 cm c) 16 cm
d) 8 cm e) 5 cm
9) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo mede
14,4 dm e a projeção de um dos catetos sobre a
mesma 10,8 dm. O perímetro do triângulo é:
a) 15 dm b) 32 dm c) 60 dm
d) 72 dm e) 81 dm
10) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo
retângulo de catetos 5 cm e 12 cm, mede:
a) 4,61cm b) 3,12 cm c) 8,1 cm
d) 13,2 cm e) 4 cm
11) Duas cordas se cruzam num círculo. Os segmentos
de uma delas medem 3 cm e 6 cm; um dos
segmentos da outra mede 2 cm. Então o outro
segmento medirá:
a) 7 cm b) 9 cm c) 10 cm
d) 11 cm e) 5 cm
RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
1) c
2) b
3) d
4) e
5) e
6) c
7) a
8) b
9) d
10) a
11) b
TRIGONOMETRIA
O papel da Trigonometria
A palavra Trigonometria é formada por três radicais gre-
gos: tri (três), gonos (ângulos) e metron (medir). Daí vem seu
significado mais amplo: Medida dos Triângulos, assim atra-
vés do estudo da Trigonometria podemos calcular as medi-
das dos elementos do triângulo (lados e ângulos).
Com o uso de triângulos semelhantes podemos calcular
distâncias inacessíveis, como a altura de uma torre, a altura
de uma pirâmide, distância entre duas ilhas, o raio da terra,
largura de um rio, entre outras.
A Trigonometria é um instrumento potente de cálculo, que
além de seu uso na Matemática, também é usado no estudo
de fenômenos físicos, Eletricidade,Mecânica, Música, Topo-
grafia, Engenharia entre outros.
PONTO MÓVEL SOBRE UMA CURVA
Consideremos uma curva no plano cartesiano. Se um
ponto P está localizado sobre esta curva, simplesmente di-
zemos P pertence à curva e que P é um ponto fixo na mes-
ma. Se assumirmos que este ponto possa ser deslocado
sobre a curva, este ponto receberá o nome de ponto móvel.
Um ponto móvel localiza-
do sobre uma circunferência,
partindo de um ponto A pode
percorrer esta circunferência
em dois sentidos opostos. Por
convenção, o sentido anti-
horário (contrário aos pontei-
ros de um relógio) é adotado
como sentido positivo.
Arcos da circunferência
Se um ponto móvel em uma circunferência partir de A e
parar em M, ele descreve um arco AM. O ponto A é a origem
do arco e M é a extremidade do arco.
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Quando escolhemos um dos sentidos de percurso, o arco
é denominado arco orientado e simplesmente pode ser deno-
tado por AB se o sentido de percurso for de A para B e BA
quando o sentido de percurso for de B para A.
Quando não consideramos a orientação dos arcos forma-
dos por dois pontos A e B sobre uma circunferência, temos
dois arcos não orientados sendo A e B as suas extremidades.
Medida de um arco
A medida de um arco de circunferência é feita por compa-
ração com um outro arco da mesma circunferência tomado
como a unidade de arco. Se u for um arco de comprimento
unitário (igual a 1), a medida do arco AB, é o número de ve-
zes que o arco u cabe no arco AB.
Na figura em anexo, a medida do arco AB é 5 vezes a
medida do arco u. Denotando a medida do arco AB por
m(AB) e a medida do arco u por m(u), temos m(AB)=5 m(u).
A medida de um arco
de circunferência é a mes-
ma em qualquer um dos
sentidos. A medida algébri-
ca de um arco AB desta
circunferência, é o compri-
mento deste arco, associa-
do a um sinal positivo se o
sentido de A para B for
anti-horário, e negativo se
o sentido for horário.
O número pi
Para toda circunferência, a razão entre o perímetro e o di-
âmetro é constante. Esta constante é denotada pela letra
grega pi, que é um número irracional, isto é, não pode ser
expresso como a divisão de dois números inteiros. Uma a-
proximação para o número pié dada por:
pi = 3,1415926535897932384626433832795...
Unidades de medida de arcos
A unidade de medida de arco do Sistema Internacional
(SI) é o radiano, mas existem outras medidas utilizadas pelos
técnicos que são o grau e o grado. Este último não é muito
comum.
Radiano: Medida de um arco que tem o mesmo compri-
mento que o raio da circunferência na qual estamos medindo
o arco. Assim o arco tomado como unidade tem comprimento
igual ao comprimento do raio ou 1 radiano, que denotaremos
por 1 rad.
Grau: Medida de um arco que corresponde a 1/360 do ar-
co completo da circunferência na qual estamos medindo o
arco.
Grado: É a medida de um arco igual a 1/400 do arco
completo da circunferência na qual estamos medindo o arco.
Exemplo: Para determinar a medida em radianos de um
arco de comprimento igual a 12 cm, em uma circunferência
de raio medindo 8 cm, fazemos,
m(AB)=
comprimento do arco(AB)
comprimento do raio
=
12
8
Portanto m(AB)=1,5 radianos
Arcos de uma volta
Se AB é o arco correspondente à volta completa de uma
circunferência, a medida do arco é igual a C=2pir, então:
m(AB)=
comprimento do arco(AB)
comprimento do raio
=
2pir
r
= 2pi
Assim a medida em radianos de um arco de uma volta é
2pi rad, isto é,
2pi rad=360 graus
Podemos estabelecer os resultados seguintes
Desenho
Grau 90 180 270 360
Grado 100 200 300 400
Radiano pi/2 pi 3pi/2 2pi
0 graus = 0 grado = 0 radianos
MUDANÇA DE UNIDADES
Consideremos um arco AB de medida R em radianos, esta
medida corresponde a G graus. A relação entre estas medi-
das é obtida pela seguinte proporção,
2 pirad …………… 360 graus
R rad …………… G graus
Assim, temos a igualdade R/2pi=G/360, ou ainda,
R
=
G
180
Exemplos
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Para determinar a medida em radianos de um arco de medi-
da 60 graus, fazemos
R
pi
=
60
180
Assim R=pi/3 ou 60 graus=pi/3 rad
Para determinar a medida em graus de um arco de medida 1
radiano, fazemos:
1
pi
=
G
180
Asim 1 rad=180/pi graus.
TRIGONOMETRIA: EXERCÍCIOS SOBRE ELEMENTOS
GERAIS
Um arco AB de uma circunferência tem comprimento L. Se o
raio da circunferência mede 4 cm, qual a medida em ra-
dianos do arco AB, se:
(a) L=6cm (b) L=16cm (c) L=22cm (d) L=30cm
Resposta:
A medida em radianos de um arco AB é dada por
m(AB)=
comprimento do arco(AB)
comprimento do raio
(a) m(AB) = ( 6cm)/( 4cm) = 1,5 rad
(b) m(AB) = (16cm)/(4cm) = 4 rad
(c) m(AB) = (22cm)/(4cm) = 5,5 rad
(d) m(AB) = (28cm)/(4cm) = 7 rad
Em uma circunferência de raio R, calcule a medida de um
arco em radianos, que tem o triplo do comprimento do
raio.
Resposta:
m(AB)=
comprimento do arco(AB)
comprimento do raio
Assim, como o comprimento do arco é o triplo do com-
primento do raio
m(AB) = 3R/R = 3rad
Um atleta percorre 1/3 de uma pista circular, correndo sobre
uma única raia. Qual é a medida do arco percorrido em
graus? E em radianos?
Resposta:
Uma volta inteira na pista equivale a 360 graus, assim
1/3 de 360 graus é 120 graus.
Uma volta inteira na pista equivale a 2pi radianos, então o
atleta percorreu (2/3) pi.
Em uma pista de atletismo circular com quatro raias, a medi-
da do raio da circunferência até o meio da primeira raia
(onde o atleta corre) é 100 metros e a distância entre ca-
da raia é de 2 metros. Se todos os atletas corressem até
completar uma volta inteira, quantos metros cada um dos
atletas correria?
Resposta:
Para simplificar os resultados supomos pi=3,1415 e e-
numeramos as raias de dentro para fora como C1, C2,
C3, C4 e C5.
A primeira raia C1 tem raio de medida 10 m, então:
m(C1)=2pi100=200pi=200 x 3,1415=628,3 metros
A raia C2 tem raio de medida 12 m, então:
m(C2)=2pi102=204pi=204 x 3,1415=640,87 metros
A raia C3 tem raio de medida 14 m, então:
m(C3)=2pi104=208pi=208 x 3,1415=653,43 metros
A raia C4 tem raio de medida 16 m, então:
m(C4)=2pi106=212pi=212 x 3,1415=665,99 metros
Qual é a medida (em graus) de três ângulos, sendo que a
soma das medidas do primeiro com o segundo é 14
graus, a do segundo com o terceiro é 12 graus e a soma
das medidas do primeiro com o terceiro é 8 graus.
Resposta:
Sejam a, b e c os três ângulos, assim
m(a)+m(b)=14 graus
m(b)+m(c)=12 graus
m(a)+m(c)= 8 graus
resolvendo o sistema de equações, obtemos:
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m(a)=5 graus
m(b)=9 graus
m(c)=3 graus
Qual é a medida do ângulo que o ponteiro das horas de um
relógio descreve em um minuto? Calcule o ângulo em
graus e em radianos.
Resposta:
O ponteiro das horas percorre em cada hora um ângulo
de 30 graus, que corresponde a 360/12 graus. Como 1
hora possui 60 minutos, então o ângulo percorido é igual
a a=0,5 graus, que é obtido pela regra de três:
60 min ………………… 30 graus
1 min ………………… a graus
Convertemos agora a medida do ângulo para radianos,
para obter a=pi/360 rad, através da regra de três:
180graus ………………… pirad
0,5 graus ………………… a rad
Os dois ponteiros de um relógio se sobrepoem à 0 horas. Em
que momento os dois ponteiros coincidem pela primeira
vez novamente?
Resposta:
O ponteiro dos minutos percorre 360° enquanto o pontei-
ro das horas percorre 360°/12=30º. Até 1:00h os pontei-
ros não se encontraram, o que ocorrerá entre 1:00h e
2:00h.
Consideraremos a situação original à 1:00h, deste instan-
te até o momento do encontro o ponteiro dos minutos des-
locou aº e o ponteiro das horas deslocou (a-30)º, como
está na figura, assim:
Ponteiro dos minutos ponteiro das horas
360º 30º
aº (a-30)º
Pela tabela, tem-se que: 360(a-30)=30.a, de onde segue
que 330a=10800e assim podemos concluir que
a=32,7272º
O ponteiro dos minutos deslocou 32,7272º após 1:00h,
mas ainda precisamos verificar quantos minutos corres-
ponde este ângulo.
5 min ………………… 30 graus
x min …………… 32,7272 graus
A regra de três fornece x=5,4545'=5'27,27''. Assim, os
ponteiros coincidem novamente após às 12:00h à 1 ho-
ra,5 minutos e 27,27 segundos
Calcular o menor ângulo formado pelos ponteiros de um
relógio que marca 12h e 20minutos.
Resposta:
O ponteiro das horas
percorre em cada hora um
ângulo de 360/12 graus =
30 graus. Em vinte minutos
ele percorre o ângulo a
60 min ……… 30 graus
20 min ……… a graus
A regra de três fornece a=10 graus, logo o ângulo forma-
do entre os números 12 e 4 é de 120 graus, então o ân-
gulo entre os ponteiros é 120-10=110 graus.
Em um polígono regular um ângulo externo mede pi/14 rad.
Quantos lados tem esse polígono?
28 lados
Escreva o ângulo a=12°28' em radianos.
Resposta:
Usando o fato de que 1 grau possui 60 minutos, temos
1 grau …………… 60 minutos
x graus …………… 28 minutos
A regra de três garante que x=28/60=0,4666 grause des-
se modo segue que 12°
28'=(12+28/60)°=12+0,4666=12,4666°
Representando por M a medida do ângulo em radianos,
temos
180°……………pi rad
12,4666°……………M rad
e da regra de três segue que:
M=12,4666. pi/180=0,2211 rad
Escreva o ângulo a=36°12'58" em radianos.
Resposta:
Usando o fato de que 1 minuto possui 60 segundos, te-
mos
1 min ……………60 segundos
x min ……………58 segundos
x=58/60=0,967 min, logo
36°12'58''=36°(12+0,967)'=36°12,967'
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Como 1 grau corresponde a 60', então:
1 grau ……………60 minutos
x graus ……………12,967 minutos
x=12,967/60=0,2161° e
36°12'58''=(36+0,2161)°=36,2161°
A medida M do ângulo em radianos, é
M=36,2161°.pi/180=0,6321 rad, que foi obtida como solu-
ção da regra de três:
180° ……………pi rad
36,2161° ……………M rad
Dados os ângulos x=0,47623rad e y=0.25412rad, escreva-os
em graus, minutos e segundos.
Resposta:
(a)Considere a seguinte regra de três,
180°…………………pi rad
x……………0,47623 rad
Assim: x=0,47623 . 180/pi
=27,2911°=27°17,466'=27°17'27''
(b) Analogamente obtemos:
y=0.25412×180/pi=14,56°=14°33,6'=14°33'36''
Em uma circunferência de raio r, calcular a medida do arco
subtendido pelo ângulo A em cada caso:
a. A=0°17'48" r = 6,2935cm
b. A=121°6'18" r = 0,2163cm
Resposta:
(a) Primeiro convertemos o ângulo para radianos para
obter:
a=0°17'48''=0°(17+48/60)'=(0+17,8)'=(0+17,8/60)°=0,296
7°
Com a regra de três:
180°……………pi rad
0,2967°………… a rad
obtemos a=0,2967. pi/180=0,0051778 rad e como a me-
dida do arco é dada pela medida do ângulo(rad) x medi-
da do raio, temos que medida do ar-
co=0,0051778×6,2935 = 0,03286cm
(b) Analogamente, a = 121° 6' 18'' =121,105°. Em radia-
nos, a medida do ângulo se torna a=121,105
pi/180=2,1137rad
Assim, a medida do arco=
2,1137×0,2163=0,4572cm
Em uma circunferência de centro O e raio r, calcule a medida
do ângulo AÔB subtendido pelo arco AB nos seguintes
casos.
a. AB = 0,16296 cm
r = 12,587cm.
b. AB = 1,3672cm
r = 1,2978cm.
Resposta:
(a) A medida do ângulo AÔB é dada pelo comprimento
de AB dividido pelo comprimento do raio, assim
m(AÔB)=0,16296/12,587=0,012947 rad = 0° 44' 30''
(b) Analogamente:
m(AÔB)=1,3672/1,2978=1,0535rad=60,360°=60°21,6'=6
0°21'35''
Em uma circunferência, dado o comprimento do arco AB e o
ângulo AÔB subtendido a este arco, calcule a medida do
raio.
AÔB=0°44'30" AB=0,032592cm
AÔB=60°21'6" AB=0,4572cm
Resposta:
a. Primeiramente devemos exprimir o ângulo em radia-
nos.
AÔB = 0° 44' 30''=0,7417° = 0,7417 x pi/180 = 0,01294
rad
A medida do raio é dada pelo comprimento de AB dividi-
do por m(AÔB), logo:
comprimento do raio = 0,032592/0,01294 = 2,518 cm
b. Analogamente,
AÔB=60°21'6''=60,3517°=60,3517× /180=1,0533rad
comprimento do raio =
0,4572/1,0533=0,4340cm
Círculo Trigonométrico
Considere uma circunferência de raio unitário com centro
na origem de um sistema cartesiano ortogonal e o ponto
A=(1,0). O ponto A será tomado como a origem dos arcos
orientados nesta circunferência e o sentido positivo conside-
rado será o anti-horário. A região contendo esta circunferên-
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cia e todos os seus pontos interiores, é denominada círculo
trigonométrico
.
Nos livros de língua inglesa, a palavra círculo se refere à
curva envolvente da região circular enquanto circunferência
de círculo é a medida desta curva. No Brasil, a circunferência
é a curva que envolve a região circular.
Os eixos OX e OY decompõem o círculo trigonométrico
em quatro quadrantes que são enumerados como segue:
2º. quadrante
abscissa: negativa
ordenada: positiva
90º<ângulo<180º
1º. quadrante
abscissa: positiva
ordenada: positiva
0º<ângulo<90º
3º. quadrante
abscissa: negativa
ordenada: negati-
va
180º<ângulo<270º
4º. quadrante
abscissa: positiva
ordenada: negati-
va
270º<ângulo<360º
Os quadrantes são usados para localizar pontos e a ca-
racterização de ângulos trigonométricos. Por convenção, os
pontos situados sobre os eixos não pertencem a qualquer um
dos quadrantes.
Arcos com mais de uma volta
Em Trigonometria, algumas vezes precisamos considerar
arcos cujas medidas sejam maiores do que 360º. Por exem-
plo, se um ponto móvel parte de um ponto A sobre uma cir-
cunferência no sentido anti-horário e para em um ponto M,
ele descreve um arco AM. A medida deste arco (em graus)
poderá ser menor ou igual a 360º ou ser maior do que 360º.
Se esta medida for menor ou igual a 360º, dizemos que este
arco está em sua primeira determinação.
Acontece que o ponto móvel poderá percorrer a circunfe-
rênciauma ou mais vezes em um determinado sentido, antes
de parar no ponto M, determinando arcos maiores do que
360º ou arcos com mais de uma volta. Existe uma infinidade
de arcos mas com medidas diferentes, cuja origem é o ponto
A e cuja extremidade é o ponto M.
Seja o arco AM cuja primeira determinação tenha medida
igual a m. Um ponto móvel que parte de A e pare em M, pode
ter várias medidas algébricas, dependendo do percurso.
Se o sentido for o anti-horário, o ponto M da circunferên-
cia trigonométrica será extremidade de uma infinidade de
arcos positivos de medidas
m, m+2pi, m+4pi, m+6pi, ...
Se o sentido for o horário, o ponto M será extremidade de
uma infinidade de arcos negativos de medidas algébricas
m-2pi, m-4pi, m-6pi, ...
e temos assim uma coleção infinita de arcos com extremi-
dade no ponto M.
Generalizando este conceito, se m é a medida da primeira
determinação positiva do arco AM, podemos representar as
medidas destes arcos por:
µ(AM) = m + 2kpi
onde k é um número inteiro, isto é, k pertence ao conjunto
Z={...,-2,-3,-1,0,1,2,3,...}.
Família de arcos: Uma família de arcos {AM} é o conjunto
de todos os arcos com ponto inicial em A e extremidade em
M.
Exemplo: Se um arco de circunferência tem origem em A
e extremidade em M, com a primeira determinação positiva
medindo 2pi/3, então os arcos desta família {AM}, medem:
Determinações positivas (sentido anti-horário)
k=0 µ(AM)=2pi/3
k=1 µ(AM)=2pi/3+2pi=8pi/3
k=2 µ(AM)=2pi/3+4pi=14pi/3
k=3 µ(AM)=2pi/3+6pi=20pi/3
... ...
k=n µ(AM)=2pi/3+2npi=(2+6n) pi/3
Determinações negativas (sentido horário)
k=-1 µ(AM)=2pi/3-2pi=-4pi/3
k=-2 µ(AM)=2pi/3-4pi=-6pi/3
k=-3 µ(AM)=2pi/3-6pi=-16pi/3
k=-4 µ(AM)=2pi/3-8pi=-22pi/3
... ...
k=-n µ(AM)=2pi/3-2npi=(2-6n) pi/3
Arcos côngruos e Ângulos
Arcos côngruos: Dois arcos são côngruos se a diferença
de suas medidas é um múltiplo de 2pi.
Exemplo: Arcos de uma mesma família são côngruos.
Ângulos: As noções de orientação e medida algébrica de
arcos podem ser estendidas para ângulos, uma vez que a
cada arco AM da circunferência trigonométrica corresponde a
um ângulo central determinado pelas semi-retas OA e OM.
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Como no caso dos arcos, podemos considerar dois ângu-
los orientados um positivo (sentido anti-horário) com medida
algébrica a correspondente ao arco AM e outro negativo
(sentido horário) com medida b=a-2pi correspondente ao arco
AM.
Existem também ângulos com
mais de uma volta e as mesmas
noções apresentadas para arcos
se aplicam para ângulos.
Arcos de mesma origem, simétricos em relação ao eixo
OX
Sejam os arcos AM e
AM' na circunferência trigo-
nométrica, com A=(1,0) e
os pontos M e M' simétricos
em relação ao eixo horizon-
tal OX. Se a medida do
arco AM é igual a m, então
a medida do arco AM' é
dada por: µ(AM')=2pi-m.
Os arcos da família {AM}, aqueles que têm origem em A e
extremidades em M, têm medidas iguais a 2kpi+m, onde k é
um número inteiro e os arcos da família {AM'} têm medidas
iguais a 2kpi-m, onde k é um número inteiro.
Arcos de mesma origem, simétricos em relação ao eixo
OY
Sejam os arcos AM e AM'
na circunferência trigonomé-
trica com A=(1,0) e os pontos
M e M' simétricos em relação
ao eixo vertical OY. Se a
medida do arco AM for igual a
m, então a medida do arco
AM' será dada pela expressão
µ(AM')= pi-m.
Os arcos da família {AM'}, isto é, aqueles com origem em
A e extremidade em M', medem 2kpi+pi-m=(2k+1) pi-m onde k
é um número inteiro.
Arcos com a mesma origem e extremidades simétricas
em relação à origem
Sejam os arcos AM e AM' na
circunferência trigonométrica com
A=(1,0) e os pontos M e M' simé-
tricos em relação a origem (0,0).
Se a medida do arco AM é i-
gual a m, então a medida do arco
AM' é dada por: µ(AM')= pi+m.
Arcos genéricos com origem em A
e extremidade em M' medem:
µ(AM') = 2k pi+ pi+ m = (2k+1) pi + m
Trigonometria: Exercícios sobre o círculo trigonométri-
co
Calcule a primeira determinação positiva do conjunto de ar-
cos de mesma extremidade que o arco A de medida:
A= 810 graus.
Resposta:
Para o arco de 810° devemos obter quantas voltas com-
pletas este arco tem pois 810°>360°. Dividindo 810 por
360, obteremos:
810 360
90 2
Este resultado significa que precisaremos dar duas voltas
completas e mais 90° para completarmos o arco de 810°.
Assim a primeira determinação positiva será 90°.
Calcule a primeira determinação positiva do conjunto de ar-
cos de mesma extremidade que o arco A de medida A=-
2000 graus.
Resposta:
Para o arco de medida -2000°
devemos obter quantas voltas
completas este arco tem pois
2000°>360°. Dividindo 2000° por
360° teremos.
2000 360
20 5
Como a orientação é negativa, o ponto móvel se desloca
no sentido horário. O resultado da divisão significa que o
ponto móvel percorre a circunferência 5 vezes mais um arco
de 20° no sentido horário, como pode ser observado na figura
ao lado.
A 1a. determinação positiva é dada por 360°-20°=340°.
Calcule a primeira determinação positiva do conjunto de ar-
cos de mesma extremidade que o arco de medida 38pi/3
Respota:
Como 2pi=6pi/3=6.( pi/3) e 38pi/3=38.( pi/3), então dividindo
38 por 6, obtemos 6 voltas inteiras mais o resto que é 2
Multiplicando o resto 2 por pi/3, dá a medida do ângulo
procurado A=2pi/3
Calcule a primeira determinação positiva do conjunto de ar-
cos de mesma extremidade que o arco de medida:
(a) A=1620° (b) A=-37pi/3 (c)A=-600° (d) A=125pi/11
Respota:
a) 180 graus
b) 5pi/3rad
c) 336 graus
d) 14pi/11rad
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 48
Unindo as extremidades dos arcos da forma (3n+2) pi/6, para
n=0,1,2,..., obtém-se qual dos polígonos regulares?
(a) Quadrado (b) Hexágono (c) Octógono
Respota:
O correto é o ítem a: Quadrado, pois tomando An como
os arcos para n=0,1,2,..., teremos:
A0= 5pi/6, A1= 8pi/6, A2=11pi/6, A3=14pi/6,
A4=17pi/6=5pi/6+2pi.
Isto quer dizer que para n=4 temos a segunda determina-
ção do arco 5pi/6 e para n>4 os arcos coincidem com os ar-
cos determinados anteriomente.
Além disso, estes 4 pontos
dividem a circunferência em 4
partes iguais pois eles estão
3pi/6=pi/2 (rad) distantes um do
outro.
Assim as extremidades dos
arcos determinam um quadrado.
Verifique se os arcos de medidas 7pi/3 e 19pi/3 são arcos
côngruos?
Respota:
Como a diferença entre as medidas de dois arcos dados
é:
d=19pi/3-7pi/3=4pi
que é um múltiplo de 2pi, então os arcos são côngruos.
Marcar no círculo trigonométrico as extremidades dos arcos
de medidas x=2kpi/3, onde k é um número inteiro.
Respota:
Para para cada k: x0, x1,
x2, ... são as medidas dos
arcos, logo:
x0 = 0
x1 =2pi/3
x2 =4pi/3
x3 =6pi/3=2pi
Marcar no círculo trigonométrico as extremidades dos arcos
de medidas x=pi/4+2kpi/3, onde k é um número inteiro.
Respota:
Para para cada k: x0, x1, x2, ... são as medidas dos arcos,
logo:
x0=pi/4
x1=pi/4+2pi/3=11pi/12
x3=pi/4+4pi/3=19pi/12
x4=pi/4+6pi/3=pi/4+2piSeno e cosseno
Dada uma circunferência trigonométrica contendo o ponto
A=(1,0) e um número real x, existe sempre um arco orientado
AM sobre esta circunferência, cuja medida algébrica corres-
ponde a x radianos.
Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circunfe-
rência trigonométrica, de centro em (0,0) e raio unitário. Seja
M=(x',y') um ponto desta circunferência, localizado no primei-
ro quadrante, este ponto determina um arco AM que corres-
ponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do ponto M
sobre o eixo OX determina um ponto C=(x',0) e a projeção
ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina outro ponto
B=(0,y').
A medida do segmento
OB coincide com a ordena-
da y' do ponto M e é defini-
da como o seno do arco
AM que corresponde ao
ângulo a, denotado por
sen(AM) ou sen(a).
Como temos várias determinações para o mesmo ângulo,
escreveremos
sen(AM)=sen(a)=sen(a+2kpi)=y'
Para simplificar os enunciados e definições seguintes, es-
creveremos sen(x) para denotar o seno do arco de medida x
radianos.
Cosseno: O cosseno do
arco AM correspondente ao
ângulo a, denotado por
cos(AM) ou cos(a), é a
medida do segmento 0C,
que coincide com a abscis-
sa x' do ponto M.
Como antes, existem várias determinações para este ân-
gulo, razão pela qual, escrevemos
cos(AM) = cos(a) = cos(a+2kpi) = x'
Tangente
Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no
ponto A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao eixo OX. A reta
que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência inter-
secta a reta tangente t no ponto T=(1,t').
A ordenada deste ponto
T, é definida como a tan-
gente do arco AM corres-
pondente ao ângulo a.
Assim a tangente do
ângulo a é dada pelas suas
várias determinações:
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tan(AM) = tan(a) = tan(a+kpi) = µ(AT) = t'
Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)), para
cada ângulo a do primeiro quadrante. O seno, o cosseno e a
tangente de ângulos do primeiro quadrante são todos positi-
vos.
Um caso particular importante é quando o ponto M está
sobre o eixo horizontal OX. Neste caso:
cos(0)=1, sen(0)=0 e tan(0)=0
Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros qua-
drantes
Ângulos no segundo quadrante
Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto M
no segundo quadrante, então o ângulo a entre o eixo OX e o
segmento OM pertence ao intervalo pi/2<a<pi. Do mesmo
modo que no primeiro quadrante, o cosseno está relacionado
com a abscissa do ponto M e o seno com a ordenada deste
ponto. Como o ponto M=(x,y) possui abscissa negativa e
ordenada positiva, o sinal do seno do ângulo a no segundo
quadrante é positivo, o cosseno do ângulo a é negativo e a
tangente do ângulo a é negativa.
Outro caso particular importante é quando o ponto M está
sobre o eixo vertical OY e neste caso:
cos(pi/2)=0 e sen(pi/2)=1
A tangente não está definida, pois a reta OM não intercep-
ta a reta t, pois elas são paralelas.
Ângulos no terceiro quadrante
O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante, o
que significa que o ângulo pertence ao intervalo: pi<a<3pi/2.
Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto M'=(-x,-y) do primeiro
quadrante, em relação à origem do sistema, indicando que
tanto a sua abscissa como a sua ordenada são negativos. O
seno e o cosseno de um ângulo no terceiro quadrante são
negativos e a tangente é positiva.
Em particular, se a=pi radianos, temos que
cos(pi)=-1, sen(pi)=0 e tan(pi)=0
Ângulos no quarto quadrante
O ponto M está no quar-
to quadrante, 3pi/2<a< 2pi.
O seno de ângulos no quar-
to quadrante é negativo, o
cosseno é positivo e a
tangente é negativa.
Quando o ângulo mede 3pi/2, a tangente não está definida
pois a reta OP não intercepta a reta t, estas são paralelas.
Quando a=3pi/2, temos:
cos(3pi/2)=0, sin(3pi/2)=-1
Simetria em relação ao eixo OX
Em uma circunferência
trigonométrica, se M é um
ponto no primeiro quadran-
te e M' o simétrico de M em
relação ao eixo OX, estes
pontos M e M' possuem a
mesma abscissa e as or-
denadas possuem sinais
opostos.
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente ao
arco AM', obtemos:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = cos(b)
tan(a) = -tan(b)
Simetria em relação ao eixo OU
Seja M um ponto da cir-
cunferência trigonométrica
localizado no primeiro qua-
drante, e seja M' simétrico a M
em relação ao eixo OY, estes
pontos M e M' possuem a
mesma ordenada e as abscis-
sa são simétricas.
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente ao
arco AM'. Desse modo:
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sen(a) = sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = -tan(b)
Simetria em relação à origem
Seja M um ponto da cir-
cunferência trigonométrica
localizado no primeiro qua-
drante, e seja M' simétrico
de M em relação a origem,
estes pontos M e M' possu-
em ordenadas e abscissas
simétricas.
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente ao
arco AM'. Desse modo:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = tan(b)
Senos e cossenos de alguns ângulos notáveis
Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de al-
guns ângulos que aparecem com muita frequência em exer-
cícios e aplicações, sem necessidade de memorização, é
através de simples observação no círculo trigonométrico.
Primeira relação fundamental
Uma identidade fundamental na trigonometria, que realiza
um papel muito importante em todas as áreas da Matemática
e também das aplicações é:
sin²(a) + cos²(a) = 1
que é verdadeira para todo ângulo a.
Necessitaremos do conceito de distância entre dois pon-
tos no plano cartesiano, que nada mais é do que a relação de
Pitágoras. Sejam dois pontos, A=(x',y') e B=(x",y").
Definimos a distância entre A e B, denotando-a por
d(A,B), como:
D(A, B) = ( ) ( )2"2" y'yx'x −+−
Se M é um ponto da
circunferência trigonomé-
trica, cujas coordenadas
são indicadas por
(cos(a),sen(a)) e a distân-
cia deste ponto até a
origem (0,0) é igual a 1.
Utilizando a fórmula da
distância, aplicada a estes
pontos, d(M,0) = [(cos(a)-
0)²+(sen(a)-0)²]1/2, de
onde segue que
1=cos²(a)+sin²(a).
Segunda relação fundamental
Outra relação fundamental na trigonometria, muitas vezes
tomada como a definição da função tangente, é dada por:
tan(a) =
sen(a)
cos(a)
Deve ficar claro, que este quociente somente fará sentido
quando o denominador não se anular.
Se a=0, a=pi ou a=2pi, temos que sen(a)=0, implicando
que tan(a)=0, mas se a=pi/2 ou a=3pi/2, segue que cos(a)=0 e
a divisão acima não tem sentido, assim a relação
tan(a)=sen(a)/cos(a) não é verdadeira para estes últimos
valores de a.
Para a ≠ 0, a ≠ pi, a ≠ 2pi, a ≠ pi/2 e a ≠ 3pi/2, considere no-
vamente a circunferência trigonométrica na figura seguinte.
Os triângulos OMN e
OTA são semelhantes,
logo:
AT
MN
=
OA
ON
Como AT=|tan(a)|,MN=|sen(a)|, OA=1 e ON=|cos(a)|, pa-
ra todo ângulo a, 0<a<2pi com a ≠ pi/2 e a ≠ 3pi/2 temos
tan(a) =
sen(a)
cos(a)
Forma polar dos números complexos
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 51
Um número complexo não nulo z=x+yi, pode ser repre-
sentado pela sua forma polar:
z = r [cos(c) + i sen(c)]
onde r=|z|=R[x²+y²], i²=-1 e c é o argumento (ângulo for-
mado entre o segmento Oz e o eixo OX) do número comple-
xo z.
A multiplicação de dois números complexos na forma po-
lar:
A = |A| [cos(a)+isen(a)]
B = |B| [cos(b)+isen(b)]
é dada pela Fórmula de De Moivre:
AB = |A||B| [cos(a+b)+isen(a+b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas
formas trigonométricas, devemos multiplicar os seus módulos
e somar os seus argumentos.
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1
e |B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b)
Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a+b) + i sen(a+b)
Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída
a Euler (lê-se "óiler"), garantindo que para todo número com-
plexo z e também para todo número real z:
eiz = cos(z) + i sen(z)
Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de
Cálculo Diferencial, e, ela permite uma outra forma para re-
presentar números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)
onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. As-
sim,
ei(a+b) = cos(a+b)+isen(a+b)
Por outro lado
ei(a+b) = eia . eib = [cos(a)+isen(a)] [cos(b)+isen(b)]
e desse modo
ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
+ i [cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)]
Para que dois números complexos sejam iguais, suas par-
tes reais e imaginárias devem ser iguais, logo
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a+b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)
Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas fór-
mulas da soma
cos(a+(-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
sen(a+(-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)
para obter
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a-b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)
Seno, cosseno e tangente da soma e da diferença
Na circunferência trigonométrica, sejam os ângulos a e b
com 0a2pi e 0b2pi, a>b, então;
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos:
tan(a+b)=
sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)
Dividindo todos os quatro termos da fração por
cos(a)cos(b), segue a fórmula:
tan(a+b)=
tan(a)+tan(b)
1-tan(a)tan(b)
Como
sen(a-b) = sen(a)cos(b) - cos(a)sen(b)
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
podemos dividir a expressão de cima pela de baixo, para
obter:
tan(a-b)=
tan(a)-tan(b)
1+tan(a)tan(b)
Trigonometria: Exercícios sobre seno, cosseno e tan-
gente
Determine o valor de sen(4290°).
Solução:
Dividindo 4290 por 360, obtemos:
4290 360
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690
330
11
Assim, 4290=11.360+330, isto é, os arcos de medidas
4290° e 330° são côngruos. Então: sen(4290°)=sen(330°)=-
1/2.
Determine os valores de cos(3555°) e de sen(3555°).
Solução:
Dividindo 3555 por 360, obtemos
3555 360
315 9
Assim, 3555=9.360+315 e isto quer dizer que os arcos de
medidas 3555° e 315° são côngruos, logo:
cos(3555°)=cos(315°)= 2 /2
sen(3555°)=sen(315°)=- 2 /2
Determine o valor de sen(-17pi/6).
Solução:
Como
sen(-17pi/6)=sen(-17pi/6+4pi)=sen(7pi/6)
Então
sen(-17pi/6)=-1/2
Determine o valor de cos(9pi/4).
Solução:
Como
cos(9pi/4)=cos(9pi/4-2pi)=cos(pi/4)
Então
cos(9pi/4)= 2 /2
Determine o valor de tan(510°).
Solução:
Como
tan(510°)=tan(510°-360°)=tan(150°)
Então
tan(510°) = - 3 /3
Determine o valor de tan(-35pi/4).
Solução:
Como
tan(-35pi/4)=tan(-35pi/4+5.2pi)=tan(5pi/4)
Portanto
tan(-35pi/4)=1
Se x está no segundo quadrante e cos(x)=-12/13, qual é o
valor de sen(x)?
Solução:
Como sen²(x)+cos²(x)=1, então:
sen²(x)+(-12/13)²=1
sen²(x)=1-(144/169)
sen²(x)=25/169
Como o ângulo x pertence ao segundo quadrante, o
sen(x) deve ser positivo, logo:
sen(x)=5/13
Quais são os valores de y que satisfazem a ambas as igual-
dades:
sen(x)=(y+2)/y e cos(x)=(y+1)/y
Solução:
Como sen²(x)+cos²(x)=1, segue que:
[(y+2)/y]²+[(y+1)/y]²=1
(y²+4y+4)/y²+(y²+2y+1)/y²=1
y²+6y+5=0
y=3 e y=-1
Quais são os valores de m que satisfazem à igualdade
cos(x)=2m-1?
Solução:
Para que a igualdade cos(x)=2m-1 seja satisfeita, deve-
mos ter
-1 < 2m-1 < 1
0 < 2m < 2
0 < m < 1
Quais são os valores de m que satisfazem à igualdade
sen(x)=2m-5?
Solução:
Para que a igualdade sen(x)=2m-5 seja satisfeita, deve-
mos ter
-1 < 2m-5 < 1
4 < 2m < 6
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2 < m < 3
Mostre que a função definida por f(x)=cos(x) é par, isto é,
cos(-a)=cos(a), para qualquer a real.
Solução:
cos(-a) = cos(2pi-a)
= cos(2pi).cos(a) + sen(2pi).sen(a)
= 1.cos(a) + 0.sen(a)
= cos(a)
Mostre que a função definida por f(x)=sen(x) é ímpar, isto é,
sen(-a)=-sen(a), para qualquer a real.
Solução:
sen(-a) = sen(2pi-a)
= sen(2pi).cos(a) - cos(2pi).sen(a)
= 0 . cos(a) - 1 . sen(a)
= -sen(a)
Mostre que a função definida por f(x)=tan(x) é ímpar, isto é,
tan(-a)=-tan(a), para qualquer a real, tal que cos(a) 0.
Solução:
tan(-a)=sen(-a)/cos(-a)=-sen(a)/cos(a)=-tan(a)
Se x está no terceiro quadrante e tan(x)=3/4, calcular o valor
de cos(x).
Solução:
Se tan(x)=3/4, então sen(x)/cos(x)=3/4, logo:
sen(x)=(3/4)cos(x)
Substituindo este último resultado na relação fundamental
da trigonometria: sen²(x)+cos²(x)=1, obtemos:
(9/16)cos²(x)+cos²(x)=1
Como x pertence ao terceiro quadrante, cos(x) é negativo
e resolvendo esta equação do segundo grau, segue que:
cos(x)=-4/5.
Se x pertence ao segundo quadrante e sen(x)=1/ 26 , calcu-
lar o valor de tan(x).
Solução:
Seja sen(x)=1/ 26 . Substituindo este dado na relação
fundamental da trigonometria: sen²(x)+cos²(x)=1, obte-
mos:
(1/ 26 )²+cos²(x)=1
Como x pertence ao segundo quadrante, cos(x) é negati-
vo e resolvendo a equação do segundo grau, segue que:
cos(x)=-5/ 26
tan(x)=(1/ 26 )/(-5/ 26 )=-1/5
Cotangente
Seja a reta s tangente à
circunferência trigonométri-
ca no ponto B=(0,1). Esta
reta é perpendicular ao
eixo OY. A reta que passa
pelo ponto M e pelo centro
da circunferência intersecta
a reta tangente s no ponto
S=(s',1).
A abscissa s' deste ponto, é definida como a cotangente
do arco AM correspondente ao ângulo a.
Assim a cotangente do ângulo a é dada pelas suas várias
determinações
cot(AM) = cot(a) = cot(a+2kpi) = µ(BS) = s'
Os triângulos OBS e ONMsão semelhantes, logo:
BS
OB
=
ON
MN
Como a circunferência é unitária |OB|=1
cot(a)=
cos(a)
sen(a)
que é equivalente a
cot(a)=
1
tan(a)
A cotangente de ângulos do primeiro quadrante é positiva.
Quando a=0, a cotangente não existe, pois as retas s e
OM são paralelas.
Ângulos no segundo quadrante
Se o ponto M está no
segundo quadrante, de
modo que o ângulo perten-
ce ao intervalo pi/2<a<pi,
então a cotangente de a é
negativa. Quando a=pi/2,
tem-se que cot(pi/2)=0.
Ângulos no terceiro quadrante
Se o ponto M está no
terceiro quadrante, o ângu-
lo está no intervalo
pi<a<3pi/2 e nesse caso, a
cotangente é positiva.
Quando a=pi, a cotangente
não existe, as retas que
passam por OM e BS são
paralelas.
Ângulos no quarto quadrante
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Se o ponto M está
no quarto quadrante, o
ângulo a pertence ao
intervalo 3pi/2<a<2pi,
assim a cotangente de
a é negativa. Se
a=3pi/2, cot(3pi/2)=0.
Secante e cossecante
Seja a reta r tangente à
circunferência trigonométri-
ca no ponto M=(x',y'). Esta
reta é perpendicular à reta
que contém o segmento
OM. A interseção da reta r
com o eixo OX determina o
ponto V=(v,0). A abscissa
do ponto V, é definida co-
mo a secante do arco AM
correspondente ao ângulo
a.
Assim a secante do ângulo a é dada pelas suas várias de-
terminações:
sec(AM) = sec(a) = sec(a+2kpi) = µ(OV) = v
A interseção da reta r com o eixo OY é o ponto U=(0,u). A
ordenada do ponto U, é definida como a cossecante do arco
AM correspondente ao ângulo a. Então a cossecante do
ângulo a é dada pelas suas várias determinações
csc(AM) = csc(a) = csc(a+2kpi) = µ(OU) = u
Os triângulos OMV e Ox'M são semelhantes, deste modo,
OV
OM
=
OM
Ox'
que pode ser escrito como
sec(a)=
1
cos(a)
se cos(a) é diferente de zero.
Os triângulos OMU e Ox'M são semelhantes, logo:
OU
OM
=
OM
x'M
que pode ser escrito como
csc(a)=
1
sen(a)
desde que sen(a) seja diferente de zero.
Algumas propriedades da secante e da cossecante
Observando as representações geométricas da secante e
da cossecante, podemos constatar as seguintes proprieda-
des.
Como os pontos U e V sempre estão no exterior da circunfe-
rência trigonométrica, as suas distâncias até o centro da
circunferência é sempre maior ou igual à medida do raio
unitário. Daí segue que:
sec(a)<-1 ou sec(a)>1
csc(a)<-1 ou csc(a)>1
O sinal da secante varia nos quadrantes como o sinal do
cosseno, positivo no 1o. e no 4o. quadrantes e negativo
no 2o. e no 3o. quadrantes.
O sinal da cossecante varia nos quadrantes como o sinal do
seno, positivo no 1o. e no 2o. quadrantes e negativo no
3o. e no 4o. quadrantes.
Não existe a secante de ângulos da forma a=pi/2+kpi, onde k é
um número inteiro, pois nesses ângulos o cosseno é ze-
ro.
Não existe a cossecante de ângulos da forma a=kpi, onde k é
um número inteiro, pois são ângulos cujo seno é zero.
Relações trigonométricas com secante e cossecante
Valem as seguintes relações trigonométricas
sec²(a) = 1 + tan²(a)
csc²(a) = 1 + cot²(a)
Estas fórmulas são justificadas como segue
1+tan²(a)=1+
sen²(a)
cos²(a)
=
1
cos²(a)
=sec²(a)
1+cot²(a)=1+
cos²(a)
sen²(a)
=
1
sen²(a)
=csc²(a)
Trigonometria: Exercícios sobre cotangente, secante
e cossecante
Calcular:
(a) sec(405°) (b) csc(-150°) (c) cot(19pi/3)
Solução:
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a) sec(405°)=
sec(405°-360°)=
sec(45°)=2/ 2 = 2
b) csc(-150°)=
csc(-150°+360°)=
1/sen(210°)=1/-sen(30°)=-2
c) cot(19pi/3)=cot(pi/3)=
cos(pi/3)/sen(pi/3)=(1/2)/( 3 /2)=1/ 3
Mostre que:
sen²(x)+2 cos²(x)
sen(x)cos(x)
= tan(x)+2cot(x)
Solução:
sen²(x)+2cos²(x)
sen(x)cos(x)
=
sen²(x)
sen(x)cos(x)
+
2cos²(x)
sen(x)cos(x)
=
sen(x)
cos(x)
+
2cos(x)
sen(x)
= tan(x)+2cot(x)
Mostre que:
tan(x)+cot(x) = csc(x)
cos(x)
Solução:
tan(x)+cot(x) = sen(x) + cos(x)
cos(x) sen(x)
=
sen²(x)+cos²(x)
sen(x)cos(x)
=
1
sen(x)cos(x)
=
csc(x)
cos(x)
Verifique que
sen4(x)-cos4(x) = sen²(x) - cos²(x)
Solução:
Sen4(x)-cos4(x) = [sen²(x)-cos²(x)].[sen²(x)+cos²(x)]
= [sen²(x)-cos²(x)].1
= sen²(x)-cos²(x)
Fazendo a substituição x=5 cos(t), com t no primeiro qua-
drante, demonstre que
(25-x²)1/2 = 5 sen(t)
Solução:
[25-x²]1/2 = [25-(5cos(t))²]1/2
= [25-25cos²(t)]1/2
= [25(1-cos²(t))]1/2
= [25sen²(t)]1/2
= 5|sen(t)|
Como t é um ângulo do primeiro quadrante sen(t)>0 en-
tão 5|sen(t)|=5sen(t).
Fazendo a substituição x=2 tan(t), com t no quarto qua-
drante, demonstre que
1/(4+x²)1/2 = cos(t)/2
Solução:
[4+x²]1/2 = [4-(2tan t)²]1/2
= [4-4tan²(t)]1/2
= [4(1+tan²(t))]1/2
= [4sec²(t)]1/2
= 2|sec(t)|
Como t é um ângulo do quarto quadrante, então cos(t)>0,
logo:
2|sec(t)|=2|1/cos(t)|=2/cos(t).
Assim:
1/(4+x²)1/2=cos(t)/2
Fórmulas de arco duplo, arco triplo e arco metade
Conhecendo-se as relações trigonométricas de um arco
de medida a, podemos obter estas relações trigonométriuca
para arcos de medidas 2a, 3a e a/2, que são consequências
imediatas das fórmulas de soma de arcos.
Fórmulas de arco duplo
Como:
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
dividindo a primeira expressão pela segunda, obtemos:
tan(a+b) = sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)
Dividindo todos os 4 termos da fração por cos(a)cos(b),
segue a fórmula:
tan(a+b) = tan(a)+tan(b)
1-tan(a)tan(b)
Tomando b=a, obtemos algumas fórmulas do arco duplo:
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sen(2a)=
sen(a)cos(a)+cos(a)sen(a)=
2sen(a)cos(a) cos(2a)=
cos(a)cos(a)-sen(a)sen(a)=
cos²(a)-sin²(a)
de onde segue que
tan(2a)=
tan(a)+tan(a)
1-tan(a)tan(a)
=
2tan(a)
1-tan²(a)
Substituindo sin²(a)=1-cos²(a) nas relações acima, obte-
mos uma relação entre o cosseno do arco duplo com o cos-
seno do arco:
cos(2a) = cos²(a) - sin²(a)
= cos²(a) - (1-cos²(a)
= 2 cos²(a) - 1
Substituindo cos²(a)=1-sin²(a) nas relações acima, obte-
mos uma relação entre o seno do arco duplo com o seno do
arco:
cos(2a) = cos²(a) - sin²(a)
= 1 - sin²(a) - sin²(a))
= 1 - 2sin²(a)
Fórmulas de arco triplo
Se b=2a em
sen(a+b)=sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b), então
sen(3a)= sen(a+2a)
= sen(a)cos(2a) + cos(a)sen(2a)
= sen(a)[1-2sin²(a)]+[2sen(a)cos(a)]cos(a)
=sen(a)[1-2sin²(a)]+2sen(a)cos²(a))
= sen(a)[1-2sin²(a)]+2sen(a)[1-sin²(a)]
= sen(a)-2sin³(a))+2sen(a)-2sin²(a))
= 3 sen(a) - 4 sin³(a)
Se b=2a em
cos(a+b)=cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b), então
cos(3a)= cos(a+2a)
= cos(a)cos(2a) - sen(a)sen(2a)
= cos(a)[2cos²(a)-1]-sen(a)[2sen(a)cos(a)]
= cos(a)[2cos²(a)-1]-2sen²(a)cos(a)
= cos(a)[2cos²(a)-1-2(1-cos²(a))]
= cos(a)[2cos²(a)-3+2cos²(a)]
= cos(a)[4cos²(a)-3]
= 4 cos³(a) - 3 cos(a)
As fórmulas do arco triplo são
sen(3a) = 3sen(a)-4sin³(a)
cos(3a) = 4cos³(3a)-3cos(a)
Fórmulas de arco metade
Partindo das fórmulas do arco duplo
cos(2a) = 2cos²(a) – 1
cos(2a) = 1 - 2sin²(a)
e substituindo 2a=c, obtemos:
cos(c) = 2cos²(c/2) – 1
cos(c) = 1 - 2sin²(c/2)
Assim
sen²(c/2) = 1-cos(c)
2
cos²(c/2) = 1+cos(c)
2
Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos a
tangente da metade do arco, dada por:
tan²(c/2)=
1-cos(c)
1+cos(c)
Extraindo a raiz quadrada de ambos os membros, obte-
mos uma fórmula que expressa a tangente da metade do
arco em função do cosseno do arco.
Trigonometria: Exercícios sobre adição e subtra-
ção de arcos
Se cos(a)=3/5 e sen(b)=1/3, com a pertencente ao 3o. qua-
drante e b pertencente ao 2o. quadrante, calcular:
a) sen(a+b)
b) sen(a-b)
c) csc(a+b)
d) csc(a-b)
Solução:
Sabemos que
sen(a±b)=sen(a)cos(b)±sen(b)cos(a) e que vale a relação
fundamental cos²(x)+sen²(x)=1, para todo x real, assim:
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sen²(a)=1-(3/5)²=4/5 e cos²(b)=1-(1/3)²=8/9
Com a notação R[x], para a raiz quadrada de x>0, segue:
sen(a)=-2/R[5] (a pertence ao 3º quadrante)
cos(b)=-2R[2]/3 (b pertence ao 2º quadrante)
Assim:
sen(a+b)=(-2/R[5])(-2R[2]/3)+(1/3)(3/5)=
4R[10]/15+1/5sen(a-b) =
(-2/R[5])(-2R[2]/3)-(1/3)(3/5)=
4R[10]/15-1/5 csc(a+b) =
1/sen(a+b) = 15/(4R[10]+3)csc(a-b) =
1/sen(a-b) = 15/(4R[10]-3)
Se sen(a)=2/3 e cos(b)=3/4, com a pertencente ao 2o. qua-
drante e b pertencente ao 1o. quadrante, calcular:
a) sen(a+b)
b) sen(a-b)
c) cos(a+b)
d) cos(a-b)
Solução: Temos que
sen(a±b)=sen(a)cos(b)±sen(b)cos(a),
que vale a relação fundamental
cos²(x)+sen²(x)=1, para todo x real e:
cos(a+b)=cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)
cos(a-b)=cos(a)cos(b)+sen(a)sen(b)
Calcularemos agora os valores de sen(b) e de cos(a).
sen²(b)=1-(2/3)²=5/9 e cos²(a)=1-(3/4)²=7/16
Usando a notação R[x] para a raiz quadrada de x>0, obte-
remos:
sen(b)=R[5]/3 (a pertence ao 2º quadrante)
cos(a)=R[7]/4 (b pertence ao 1º quadrante)
Assim,
sen(a+b)=
(2/3)(3/4)+(R[5]/3)(R[7]/4)=
R[35]/12+1/2sen(a-b)=
(2/3)(3/4)-(R[5]/3)(R[7]/4)=
1/2-R[35]/12 cos(a+b)=
(R[7]/4)(3/4)-(2/3)(R[5]/3)=
3R[7]/16-2R[5]/9cos(a-b)=
(R[7]/4)(3/4)+(2/3)(R[5]/3)=
3R[7]/16+2R[5]/9
Dado o ângulo de medida a=pi/12 radianos, determinar:
sen(a) (b) cos(a) (c) tan(a)
Solução:
Como pi/3 e pi/4 são arcos notáveis, escreva pi/12=pi/3-pi/4,
basta utilizar as fórmulas do seno e do cosseno da dife-
rença de dois ângulos:
sen(pi/12)=
sen(pi/3-pi/4)=
sen(pi/3)cos(pi/4)-sen(pi/4)cos(pi/3)=
cos(pi/12)=cos(pi/3-pi/4)=
cos(pi/3)cos(pi/4)-sen(pi/4)sen(pi/3)=...
tan(pi/12)=sen(pi/12)/cos(pi/12)=...
Dado o ângulo de medida a=15 graus, determinar:
a) sen(a)
b) cos(a)
c) tan(a)
Solução: Como 45º e 30º são ângulos notáveis, escreva
15º=45º-30º e utilize as fórmulas:
sen(15°)=sen(45°-30°)=
sen(45°)cos(30°)-sen(30°)cos(45°)=
cos(15°)=cos(45°-30°)=
cos(45°)cos(30°)-sen(30°)sen(45°)=
tan(15°)=sen(15°)/cos(15°)=...
Fonte: http://pessoal.sercomtel.com.br
RACIOCÍNIO LÓGICO
ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA
António Aníbal Padrão
Introdução
Todas as disciplinas têm um objecto de estudo. O objeto
de estudo de uma disciplina é aquilo que essa disciplina es-
tuda. Então, qual é o objecto de estudo da lógica? O que é
que a lógica estuda? A lógica estuda e sistematiza a validade
ou invalidade da argumentação. Também se diz que estuda
inferências ou raciocínios. Podes considerar que argumentos,
inferências e raciocínios são termos equivalentes.
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 58
Muito bem, a lógica estuda argumentos. Mas qual é o in-
teresse disso para a filosofia? Bem, tenho de te lembrar que
a argumentação é o coração da filosofia. Em filosofia temos a
liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sus-
tentar o que defendemos com bons argumentos e, é claro,
também temos de aceitar discutir os nossos argumentos.
Os argumentos constituem um dos três elementos cen-
trais da filosofia. Os outros dois são os problemas e as teori-
as. Com efeito, ao longo dos séculos, os filósofos têm procu-
rado resolver problemas, criando teorias que se apoiam em
argumentos.
Estás a ver por que é que o estudo dos argumentos é im-
portante, isto é, por que é que a lógica é importante. É impor-
tante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos válidos
dos inválidos, permite-nos compreender por que razão uns
são válidos e outros não e ensina-nos a argumentar correc-
tamente. E isto é fundamental para a filosofia.
O que é um argumento?
Um argumento é um conjunto de proposições que utiliza-
mos para justificar (provar, dar razão, suportar) algo. A pro-
posição que queremos justificar tem o nome de conclusão; as
proposições que pretendem apoiar a conclusão ou a justifi-
cam têm o nome de premissas.
Supõe que queres pedir aos teus pais um aumento da
"mesada". Como justificas este aumento? Recorrendo a ra-
zões, não é? Dirás qualquer coisa como:
Os preços no bar da escola subiram;
como eu lancho no bar da escola, o lanche
fica me mais caro. Portanto, preciso de um
aumento da "mesada".
Temos aqui um argumento, cuja conclusão é: "preciso de
um aumento da 'mesada'". E como justificas esta conclusão?
Com a subida dos preços no bar da escola e com o facto de
lanchares no bar. Então, estas são as premissas do teu ar-
gumento, são as razões que utilizas para defender a conclu-
são.
Este exemplo permite-nos esclarecer outro aspecto dos
argumentos, que é o seguinte: embora um argumento seja
um conjunto de proposições, nem todos os conjuntos de
proposições são argumentos. Por exemplo, o seguinte con-
junto de proposições não é um argumento:
Eu lancho no bar da escola, mas o João não.
A Joana come pipocas no cinema.
O Rui foi ao museu.
Neste caso, não temos um argumento, porque não há ne-
nhuma pretensão de justificar uma proposição com base nas
outras. Nem há nenhuma pretensão de apresentar um con-
junto de proposições com alguma relação entre si. Há apenas
uma sequência de afirmações. E um argumento é, como já
vimos, um conjunto de proposições em que se pretende que
uma delas seja sustentada ou justificada pelas outras — o
que não acontece no exemplo anterior.
Um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas só
pode ter uma conclusão.
Exemplos de argumentos com uma só premissa:
Exemplo 1
Premissa: Todos os portugueses são europeus.
Conclusão: Logo, alguns europeus sãoportugueses.
Exemplo 2
Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Exemplos de argumentos com duas premissas:
Exemplo 1
Premissa 1: Se o João é um aluno do 11.º ano, então es-
tuda filosofia.
Premissa 2: O João é um aluno do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João estuda filosofia.
Exemplo 2
Premissa 1: Se não houvesse vida para além da morte,
então a vida não faria sentido.
Premissa 2: Mas a vida faz sentido.
Conclusão: Logo, há vida para além da morte.
Exemplo 3:
Premissa 1: Todos os minhotos são portugueses.
Premissa 2: Todos os portugueses são europeus.
Conclusão: Todos os minhotos são europeus.
É claro que a maior parte das vezes os argumentos
não se apresentam nesta forma. Repara, por exemplo, no
argumento de Kant a favor do valor objectivo da felicida-
de, tal como é apresentado por Aires Almeida et al.
(2003b) no site de apoio ao manual A Arte de Pensar:
"De um ponto de vista imparcial, cada pessoa é um fim
em si. Mas se cada pessoa é um fim em si, a felicidade de
cada pessoa tem valor de um ponto de vista imparcial e
não apenas do ponto de vista de cada pessoa. Dado que
cada pessoa é realmente um fim em si, podemos concluir
que a felicidade tem valor de um ponto de vista imparcial."
Neste argumento, a conclusão está claramente identifica-
da ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto aconte-
ce. Contudo, há certas expressões que nos ajudam a perce-
ber qual é a conclusão do argumento e quais são as premis-
sas. Repara, no argumento anterior, na expressão "dado
que". Esta expressão é um indicador de premissa: ficamos a
saber que o que se segue a esta expressão é uma premissa
do argumento. Também há indicadores de conclusão: dois
dos mais utilizados são "logo" e "portanto".
Um indicador é um articulador do discurso, é uma palavra
ou expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma
premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta
alguns indicadores de premissa e de conclusão:
Indicadores de premis-
sa
Indicadores de conclu-
são
pois
porque
dado que
como foi dito
visto que
devido a
por isso
por conseguinte
implica que
logo
portanto
então
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 59
a razão é que
admitindo que
sabendo-se que
assumindo que
daí que
segue-se que
pode-se inferir que
consequentemente
É claro que nem sempre as premissas e a conclusão são
precedidas por indicadores. Por exemplo, no argumento:
O Mourinho é treinador de futebol e ganha mais de 100000
euros por mês. Portanto, há treinadores de futebol que ga-
nham mais de 100000 euros por mês.
A conclusão é precedida do indicador "Portanto", mas as
premissas não têm nenhum indicador.
Por outro lado, aqueles indicadores (palavras e expres-
sões) podem aparecer em frases sem que essas frases se-
jam premissas ou conclusões de argumentos. Por exemplo,
se eu disser:
Depois de se separar do dono, o cão nunca mais foi o
mesmo. Então, um dia ele partiu e nunca mais foi visto.
Admitindo que não morreu, onde estará?
O que se segue à palavra "Então" não é conclusão de ne-
nhum argumento, e o que segue a "Admitindo que" não é
premissa, pois nem sequer tenho aqui um argumento. Por
isso, embora seja útil, deves usar a informação do quadro de
indicadores de premissa e de conclusão criticamente e não
de forma automática.
Proposições e frases
Um argumento é um conjunto de proposições. Quer as
premissas quer a conclusão de um argumento são proposi-
ções. Mas o que é uma proposição?
Uma proposição é o pensamento que uma frase
declarativa exprime literalmente.
Não deves confundir proposições com frases. Uma frase
é uma entidade linguística, é a unidade gramatical mínima de
sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "Braga é uma"
não é uma frase. Mas o conjunto de palavras "Braga é uma
cidade" é uma frase, pois já se apresenta com sentido grama-
tical.
Há vários tipos de frases: declarativas, interrogativas, im-
perativas e exclamativas. Mas só as frases declarativas ex-
primem proposições. Uma frase só exprime uma proposição
quando o que ela afirma tem valor de verdade.
Por exemplo, as seguintes frases não exprimem proposi-
ções, porque não têm valor de verdade, isto é, não são ver-
dadeiras nem falsas:
1. Que horas são?
2. Traz o livro.
3. Prometo ir contigo ao cinema.
4. Quem me dera gostar de Matemática.
Mas as frases seguintes exprimem proposições, porque
têm valor de verdade, isto é, são verdadeiras ou falsas, ainda
que, acerca de algumas, não saibamos, neste momento, se
são verdadeiras ou falsas:
1. Braga é a capital de Portugal.
2. Braga é uma cidade minhota.
3. A neve é branca.
4. Há seres extraterrestres inteligentes.
A frase 1 é falsa, a 2 e a 3 são verdadeiras. E a 4? Bem,
não sabemos qual é o seu valor de verdade, não sabemos se
é verdadeira ou falsa, mas sabemos que tem de ser verdadei-
ra ou falsa. Por isso, também exprime uma proposição.
Uma proposição é uma entidade abstracta, é o pensa-
mento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
frases. Por isso, a mesma proposição pode ser expressa por
diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
pelo governo" exprimem a mesma proposição. As frases
seguintes também exprimem a mesma proposição: "A neve é
branca" e "Snow is white".
Ambiguidade e vagueza
Para além de podermos ter a mesma proposição expres-
sa por diferentes frases, também pode acontecer que a
mesma frase exprima mais do que uma proposição. Neste
caso dizemos que a frase é ambígua. A frase "Em cada dez
minutos, um homem português pega numa mulher ao colo" é
ambígua, porque exprime mais do que uma proposição: tanto
pode querer dizer que existe um homem português (sempre o
mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao
colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um
homem português (diferente) pega numa mulher ao colo (a
sua).
Por vezes, deparamo-nos com frases que não sabemos
com exactidão o que significam. São as frases vagas. Uma
frase vaga é uma frase que dá origem a casos de fronteira
indecidíveis. Por exemplo, "O professor de Filosofia é calvo" é
uma frase vaga, porque não sabemos a partir de quantos
cabelos é que podemos considerar que alguém é calvo. Qui-
nhentos? Cem? Dez? Outro exemplo de frase vaga é o se-
guinte: "Muitos alunos tiveram negativa no teste de Filosofia".
Muitos, mas quantos? Dez? Vinte? Em filosofia devemos
evitar as frases vagas, pois, se não comunicarmos com exac-
tidão o nosso pensamento, como é que podemos esperar que
os outros nos compreendam?
Validade e verdade
A verdade é uma propriedade das proposições. A valida-
de é uma propriedade dos argumentos. É incorrecto falar em
proposições válidas. As proposições não são válidas nem
inválidas. As proposições só podem ser verdadeiras ou fal-
sas. Também é incorrecto dizer que os argumentos são ver-
dadeiros ou que são falsos. Os argumentos não são verda-
deiros nem falsos. Os argumentos dizem-se válidos ou inváli-
dos.
Quando é que um argumento é válido? Por agora, referirei
apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento dedu-
tivo é válido quando é impossível que as suas premissas
sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Repara que, para um
argumento ser válido, não basta que as premissas e a con-
clusão sejam verdadeiras. É precisoque seja impossível que
sendo as premissas verdadeiras, a conclusão seja falsa.
Considera o seguinte argumento:
Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais
de 100000 euros por mês.
Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol.
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000
euros por mês.
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Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é
treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem
premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo,
não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos
perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mourinho
ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exemplo, o
Mourinho como treinador de um clube do campeonato regio-
nal de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste caso,
a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas serem
verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido.
Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente
apresentado:
Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Este argumento é válido, pois é impossível que a pre-
missa seja verdadeira e a conclusão falsa. Ao contrário do
argumento que envolve o Mourinho, neste não podemos
imaginar nenhuma circunstância em que a premissa seja
verdadeira e a conclusão falsa. Podes imaginar o caso em
que o João não é aluno do 11.º ano. Bem, isto significa
que a conclusão é falsa, mas a premissa também é falsa.
Repara, agora, no seguinte argumento:
Premissa 1: Todos os números primos são pares.
Premissa 2: Nove é um número primo.
Conclusão: Logo, nove é um número par.
Este argumento é válido, apesar de quer as premissas
quer a conclusão serem falsas. Continua a aplicar-se a noção
de validade dedutiva anteriormente apresentada: é impossí-
vel que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
A validade de um argumento dedutivo depende da conexão
lógica entre as premissas e a conclusão do argumento e não
do valor de verdade das proposições que constituem o argu-
mento. Como vês, a validade é uma propriedade diferente da
verdade. A verdade é uma propriedade das proposições que
constituem os argumentos (mas não dos argumentos) e a
validade é uma propriedade dos argumentos (mas não das
proposições).
Então, repara que podemos ter:
Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
são verdadeira;
Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão fal-
sa;
Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
verdadeira;
Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
clusão verdadeira;
Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
clusão falsa;
Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
falsa; e
Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
verdadeira.
Mas não podemos ter:
Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
são falsa.
Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
lido? Podes seguir esta regra:
Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
alguma circunstância em que, considerando as premissas
verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
não é válido. Se não, então o argumento é válido.
Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
Argumentos sólidos e argumentos bons
Em filosofia não é suficiente termos argumentos válidos,
pois, como viste, podemos ter argumentos válidos com con-
clusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa).
Em filosofia pretendemos chegar a conclusões verdadeiras.
Por isso, precisamos de argumentos sólidos.
Um argumento sólido é um argumento válido
com premissas verdadeiras.
Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois,
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a
validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
ras e conclusão falsa.
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido:
Todos os minhotos são alentejanos.
Todos os bracarenses são minhotos.
Logo, todos os bracarenses são alenteja-
nos.
Este argumento não é sólido, porque a primeira premissa
é falsa (os minhotos não são alentejanos). E é porque tem
uma premissa falsa que a conclusão é falsa, apesar de o
argumento ser válido.
O seguinte argumento é sólido (é válido e tem premissas
verdadeiras):
Todos os minhotos são portugueses.
Todos os bracarenses são minhotos.
Logo, todos os bracarenses são portugue-
ses.
Também podemos ter argumentos sólidos deste tipo:
Sócrates era grego.
Logo, Sócrates era grego.
(É claro que me estou a referir ao Sócrates, filósofo grego
e mestre de Platão, e não ao Sócrates, candidato a secretário
geral do Partido Socialista. Por isso, a premissa e a conclu-
são são verdadeiras.)
Este argumento é sólido, porque tem premissa verdadeira
e é impossível que, sendo a premissa verdadeira, a conclu-
são seja falsa. É sólido, mas não é um bom argumento, por-
que a conclusão se limita a repetir a premissa.
Um argumento bom (ou forte) é um argumento válido per-
suasivo (persuasivo, do ponto de vista racional).
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Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con-
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o
argumento não é persuasivo.
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen-
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a
esta:
— Pai, preciso de um aumento da "mesa-
da".
— Porquê?
— Porque sim.
O que temos aqui? O seguinte argumento:
Preciso de um aumento da "mesada".
Logo, preciso de um aumento da "mesada".
Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu-
são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para
esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja,
"Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse-
gues persuadir ninguém.
Mas não penses que só os argumentos em que a conclu-
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é mau
(ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do que
a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumento:
Se a vida não faz sentido, então Deus não
existe.
Mas Deus existe.
Logo, a vida faz sentido.
Este argumento é válido, mas não é um bom argumento,
porque as premissas não são menos discutíveis do que a
conclusão.
Para que um argumento seja bom (ou forte), as premissas
têm de ser mais plausíveis do que a conclusão, como acon-
tece no seguinte exemplo:
Se não se aumentarem os níveis de exigência de estudo e de
trabalho dos alunos no ensino básico, então os alunos conti-
nuarão a enfrentar dificuldades quando chegarem ao ensino
secundário.
Ora, não se aumentaramos níveis de exigência de estudo e
de trabalho dos alunos no ensino básico.
Logo, os alunos continuarão a enfrentar dificuldades quando
chegarem ao ensino secundário.
Este argumento pode ser considerado bom (ou forte),
porque, além de ser válido, tem premissas menos discutíveis
do que a conclusão.
As noções de lógica que acabei de apresentar são ele-
mentares, é certo, mas, se as dominares, ajudar-te-ão a fazer
um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porventura,
noutras.
Proposições simples e compostas
As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
racterizadas por apresentarem mais de uma proposição co-
nectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas letras
maiúsculas: P, Q, R, S, T...
Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando que
a proposição composta Q é formada pelas proposições sim-
ples r, s e t.
Exemplo:
Proposições simples:
p: O número 24 é múltiplo de 3.
q: Brasília é a capital do Brasil.
r: 8 + 1 = 3 . 3
s: O número 7 é ímpar
t: O número 17 é primo
Proposições compostas
P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24.
Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3.
R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo.
Noções de Lógica
Sérgio Biagi Gregório
1. CONCEITO DE LÓGICA
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte
de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um sis-
tema de conhecimentos certos, baseados em princípios uni-
versais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica se
apresenta como ciência normativa, uma vez que seu objeto
não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é,
as normas do pensamento correto.
A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo
que define os princípios universais do pensamento, estabele-
ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1).
2. EXTENSÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS
Ao examinarmos um conceito, em termos lógicos, deve-
mos considerar a sua extensão e a sua compreensão.
Vejamos, por exemplo, o conceito homem.
A extensão desse conceito refere-se a todo o conjunto de
indivíduos aos quais se possa aplicar a designação homem.
A compreensão do conceito homem refere-se ao conjun-
to de qualidades que um indivíduo deve possuir para ser
designado pelo termo homem: animal, vertebrado, mamífero,
bípede, racional.
Esta última qualidade é aquela que efetivamente distingue
o homem dentre os demais seres vivos (2).
3. JUÍZO E O RACIOCÍNIO
Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou nega-
ção entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, por
exemplo, que “este livro é de filosofia”, acabamos de formu-
lar um juízo.
O enunciado verbal de um juízo é denomina-
do proposição ou premissa.
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 62
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coor-
denar dois ou mais juízos antecedentes, em busca de um
juízo novo, denominado conclusão ou inferência.
Vejamos um exemplo típico de raciocínio:
1ª) premissa - o ser humano é racional;
2ª) premissa - você é um ser humano;
conclusão - logo, você é racional.
O enunciado de um raciocínio através da linguagem fala-
da ou escrita é chamado de argumento. Argumentar signifi-
ca, portanto, expressar verbalmente um raciocínio (2).
4. SILOGISMO
Silogismo é o raciocínio composto de três proposições,
dispostas de tal maneira que a terceira, chamada conclusão,
deriva logicamente das duas primeiras, chamadas premissas.
Todo silogismo regular contém, portanto, três proposi-
ções nas quais três termos são comparados, dois a dois.
Exemplo: toda a virtude é louvável; ora, a caridade é uma
virtude; logo, a caridade é louvável (1).
5. SOFISMA
Sofisma é um raciocínio falso que se apresenta com apa-
rência de verdadeiro. Todo erro provém de um raciocínio
ilegítimo, portanto, de um sofisma.
O erro pode derivar de duas espécies de causas:
das palavras que o exprimem ou das idéias que o constituem.
No primeiro, os sofismas de palavras ou verbais; no segun-
do, os sofismas de idéias ou intelectuais.
Exemplo de sofisma verbal: usar mesma palavra com
duplo sentido; tomar a figura pela realidade.
Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o
que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante-
cedente ou mera circunstância acidental (3).
LÓGICA
Lógica - do grego logos significa “palavra”, “expressão”,
“pensamento”, “conceito”, “discurso”, “razão”. Para Aristóte-
les, a lógica é a “ciência da demonstração”; Maritain a define
como a “arte que nos faz proceder, com ordem, facilmente e
sem erro, no ato próprio da razão”; para Liard é “a ciência das
formas do pensamento”. Poderíamos ainda acrescentar: “É a
ciência das leis do pensamento e a arte de aplicá-las corre-
tamente na procura e demonstração da verdade.
A filosofia, no correr dos séculos, sempre se preocupou
com o conhecimento, formulando a esse respeito várias
questões: Qual a origem do conhecimento? Qual a sua es-
sência? Quais os tipos de conhecimentos? Qual o critério da
verdade? É possível o conhecimento? À lógica não interessa
nenhuma dessas perguntas, mas apenas dar as regrasdo
pensamento correto. A lógica é, portanto, uma disciplina
propedêutica.
Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da lógi-
ca. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamente,
as leis do pensamento. Suas pesquisas lógicas foram reuni-
das, sob o nome de Organon, por Diógenes Laércio. As leis
do pensamento formuladas por Aristóteles se caracterizam
pelo rigor e pela exatidão. Por isso, foram adotadas pelos
pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, são admitidas
por muitos filósofos.
O objetivo primacial da lógica é, portanto, o estudo da in-
teligência sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
É ela que fornece ao filósofo o instrumento e a técnica ne-
cessária para a investigação segura da verdade. Mas, para
atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e racio-
cinar corretamente, a fim de que o espírito não caia em con-
tradição consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, são. Daí as várias divisões
da lógica.
Assim sendo, a extensão e compreensão do conceito, o
juízo e o raciocínio, o argumento, o silogismo e o sofisma são
estudados dentro do tema lógica. O silogismo, que é um
raciocínio composto de três proposições, dispostos de tal
maneira que a terceira, chamada conclusão, deriva logica-
mente das duas primeiras chamadas premissas, tem lugar de
destaque. É que todos os argumentos começam com uma
afirmação caminhando depois por etapas até chegar à con-
clusão. Sérgio Biagi Gregório
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
1. Introdução
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de
Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular-
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro
seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
raciocínio.
Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
quanto o produto dessaatividade. Esse, por sua vez, pode
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estudar
o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico
ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do
raciocínio”.
Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aque-
la motivação, se respeita ou não a moral social, se teve influ-
ências das emoções ou não, se está de acordo com uma
doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa
embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi-
derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as
relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi
formulado etc.
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini-
ções e outras referências à lógica:
“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos per-
mite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio ato
da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain).
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para
distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi).
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento).
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 63
“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto,
sua história demonstra o poder que a mesma possui quando
bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como o
fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico
ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel-
ler).
1.1. Lógica formal e Lógica material
Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os es-
tudos da lógica orientaram-se em duas direções principais: a
da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a da
lógica material, também conhecida como “lógica maior”.
A lógica formal preocupa-se com a correção formal do
pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do
ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí-
nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos
de realidade dos fatos.
No entanto, o erro não está no seu aspecto formal e, sim,
na sua matéria. Por exemplo, partindo das premissas que
(1) todos os brasileiros são europeus
e que
(2) Pedro é brasileiro,
formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
(3) Pedro é europeu.
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a experi-
ência nos diz que a premissa é falsa.
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
dos casos, processaformalmente informações nele previa-
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o
valor empírico de tais informações.
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das o-
perações do pensamento à realidade, de acordo com a natu-
reza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, interessa
que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas que
também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdocor-
responda à natureza do objeto a que se refere. Neste caso,
trata-se da correspondência entrepensamento e realidade.
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar de
dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade material.
A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a
forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, tem-
se a verdade.
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas à
produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se à
consecução da verdade, seja ela formal ou material. Relacio-
nando a lógica com a prática, pode-se dizer que é importante
que se obtenha não somente uma verdade formal, mas, tam-
bém, uma verdade que corresponda à experiência. Que seja,
portanto, materialmente válida. A conexão entre os princípios
formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios pode ser
denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma lógica
aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.
1.2. Raciocínio e Argumentação
Três são as principais operações do intelecto humano: a
simples apreensão, os juízos e o raciocínio.
A simples apreensão consiste na captação direta (através
dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de uma
realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito (p. ex.,
de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, por sua
vez, recebe uma denominação (as palavras ou termos, p.
ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”).
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento”
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições
orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a
mesa da sala”
O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte-
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
para se chegar a conclusões que devem ser adequadas.
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte
e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi-
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar-
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
de convencer mediante o discurso.
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aquilo
que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as
decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá
atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias
propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer
com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Mui-
tas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom argu-
mento opiniões que, na verdade, não passam de preconcei-
tos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas
de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argu-
mentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem
ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
forte etc.
De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
mente, manter-se num plano distante da existência humana,
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo-
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçarnos
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En-
fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten-
tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização
do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
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1.3. Inferência Lógica
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ra-
ciocínio válido, visando à verdade.
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
podem ser chamadas de proposições ou juízos.
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos:
“a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas
frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda-
deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso
das interrogações ou das frases que expressam estados
emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou
ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem
verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina-
das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, constitu-
indo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
(1) Não há crime sem uma lei que o defina;
(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
(3) logo, não é crime matar ET’s.
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
sas) deve levar a conclusões óbvias.
1.4. Termo e Conceito
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala-
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
ficações de significado. Observe-se o exemplo:
Os jaguares são quadrúpedes;
Meu carro é um Jaguar
logo, meu carro é um quadrúpede.
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao
longo do raciocínio, por isso, não tem validade.
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen-
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”,
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo.
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
“mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às
quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma
nota característica comum a todos os elementos do conjunto,
de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental.
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada
como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou
aquela cuja trajetória existencial destaca-se pela bondade,
virtude, afetividade e equilíbrio.
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre-
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos termos
empregados no discurso.
1.5. Princípios lógicos
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua non
para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa ocor-
rer. Podem ser entendidos como princípios que se referem
tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto ao
pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral
devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento
deve respeitá-los. São eles:
a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali-
dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez
conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao
longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de um
homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a
Antônio.
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é,
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são; c)
Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o falso e o
verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verdadeiro. Ou
está chovendo ou não está, não é possível um terceiro termo:
está meio chovendo ou coisa parecida.
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve-
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído,
admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro,
como também ao indeterminado.
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos
sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí-
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou
persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor
lógico do raciocínio empregado na argumentação.
Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser
dotado de duas características fundamentais: ter premissas
aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria-
das. Dos raciocínios mais empregados na argumentação,
merecem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
formal.
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A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
como argumento contra a existência da alma o fato de esta
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do corpo
humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon-
trou.Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado
para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
ordem metafísica, não física.
2.1. Raciocínio analógico
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No ra-
ciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
da vivência direta ou indireta da situação-referência.
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto de
apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia é
um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, é
fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também tem
servido de inspiração para muitos gênios das ciências e das
artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do
empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou
de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun-
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba-
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314).
A força de uma analogia depende, basicamente, de três
aspectos:
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e im-
portantes;
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
ção e outra deve ser significativo;
c) não devem existir divergências marcantes na compara-
ção.
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, ca-
sos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões ade-
quadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor é
um meio de transporte que necessita de um condutor. Este,
tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de bom
senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente
seu papel.
Aplicação das regras acima a exemplos:
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
levantes, não imaginários ou insignificantes.tc
"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
levantes, não imaginários ou insignificantes."
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as
roupas de sua filha.
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
fume francês e é um bom advogado;
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; lo-
go, deve ser um bom advogado.
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação
e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos
semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati-
vo."
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
de vida.
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
c) Não devem existir divergências marcantes na compara-
ção.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na com-
paração.."
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por
ocasião de tormentas e tempestades;
a pescaria marinha não está tendo sucesso porque troveja
muito.
Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o salá-
rio mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros, tal
como os operários suíços, também recebe um salário míni-
mo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive
bem, como os suíços.
Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi-
derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi-
tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente,
isto caso cumpram-se as exigências acima.
Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral do
raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
sariamente válida.
O esquema básico do raciocínio analógico é:
A é N, L, Y, X;
B, tal como A, é N, L, Y, X;
A é, também, Z
logo, B, tal como A, é também Z.
Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
gico é precário, ele é muito importante na formulação de
hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante pro-
cedimentos indutivos ou dedutivos.
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 66
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e pro-
fessor de ciência da computação da Universidade de Michi-
gan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo da
computação, uma situação semelhante à que ocorre no da
genética. Assim como na natureza espécies diferentes po-
dem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento gené-
tico - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na informá-
tica, também o cruzamento de programas pode contribuir
para montar um programa mais adequado para resolver um
determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa mais
bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: uma
com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. “Para
resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos um pro-
grama que dê conta de uma parte do problema e cruzamos
com outro programa que solucione outra parte. Entre as vá-
rias soluções possíveis, selecionam-se aquelas que parecem
mais adequadas. Esse processo se repete por várias gera-
ções - sempre selecionando o melhor programa - até obter o
descendente que mais se adapta à questão. É, portanto,
semelhante ao processo de seleção natural, em que só so-
brevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, 19/10/95, 1º cad.,
p. 12).
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi-
guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de ra-
ciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não.
2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral
Ainda que alguns autores considerem a analogia como
uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibili-
dade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos e,
na maioria dos casos, também da verificação experimental.
Como dificilmente são investigados todos os casos possíveis,
acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.
Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
sejam indicadores da validade das generalizações contidas
nas conclusões.
O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
B é A e é X;
C é A e também é X;
D é A e também é X;
E éA e também é X;
logo, todos os A são X
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos par-
ticulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral.
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa;
A caninana é uma cobra e também não voa;
A urutu é uma cobra e também não voa;
A cascavel é uma cobra e também não voa;
logo, as cobras não voam.
Contudo,
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo,
ver um gato preto traz azar.
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do valor
lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um
caso particular discorde da generalização obtida das premis-
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probalida-
de de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
há casos em que
uma simples análise das premissas é suficiente para de-
tectar a sua fraqueza.
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o comporta-
mento de alguns de seus componentes:
1. Adriana é mulher e dirige mal;
Ana Maria é mulher e dirige mal;
Mônica é mulher e dirige mal;
Carla é mulher e dirige mal;
logo, todas as mulheres dirigem mal.
2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
Fernando é político e é corrupto;
Paulo é político e é corrupto;
Estevão é político e é corrupto;
logo, todos os políticos são corruptos.
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta-
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe-
cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução.
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos
para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. Um
exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta
da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, acredita-
va-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os
até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro
cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra.
2.2.1. Procedimentos indutivos
Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen-
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien-
te e o da indução por enumeração completa.
a. Indução por enumeração incompleta suficiente
Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
particular, os que foram enumerados são representativos do
todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
b. Indução por enumeração completa
Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
baseado na enumeração completa.
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela ocor-
re quando:
b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 67
Exemplos correspondentes às duas formas de indução por
enumeração completa:
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
em cada uma delas foi constatada uma característica própria
desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
cabeça é um dos sintomas da dengue.
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, poden-
do-se classificá-los como formas de indução forte, mesmo
que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa cientí-
fica.
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado nos
moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso pela
maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou orde-
nada. Observem-se os exemplos:
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a
corrupção do cenário político brasileiro.
Depois da série de protestos realizados pela população,
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
nação.
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto
alguns insinuavam a suaculpa, eu continuava seguro de sua
inocência.
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou
fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con-
duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
portamento do amigo infere-se sua inocência.
Analogia, indução e probabilidade
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas
não são sinônimas de certezas.
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a
moral e a natural.
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin-
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de-
nominador representa os casos possíveis e o numerador o
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%.
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos
destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação
alegre ou triste etc.
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é
provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo...
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o
receba bem, mas...
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos natu-
rais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas. A
previsão meteorológica é um exemplo particular de probali-
dade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevi-
sibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
eventos naturais.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
são passíveis de conclusões inexatas.
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas
conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade hu-
mana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
respeito à construção do conhecimento.
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particularO raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es-
tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici-
ências da analogia e da indução.
No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para
se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a pre-
missa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de raciocí-
nio:
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. univer-
sal
Premissa menor: Pedro é homem.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
podem-se tirar conclusões de cunho particular.
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na qual,
colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue neces-
sariamente, somente pelo fato de terem sido postas”. Uma
vez posto que todos os homens são mamíferos e que Pedro
é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pedro é um
mamífero. De certo modo, a conclusão já está presente nas
premissas, basta observar algumas regras e inferir a conclu-
são.
2.3.1. Construção do Silogismo
A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
conclusão adequada.
Eis um exemplo de silogismo:
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Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Maior
A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor
Logo, a concussão é punível Conclusão
O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da lógi-
ca, as premissas são chamadas de proposições que, por sua
vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas ou
juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (normal-
mente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima, punível
é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e concus-
são é o menor.
2.3.1.1. As Regras do Silogismo
Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio
perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às
relações entre os termos e as demais dizem respeito às rela-
ções entre as premissas. São elas:
2.3.1.1.1. Regras dos Termos
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior,
médio e menor.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.
Termo Médio: Mimi é um gato.
Termo Menor: Mimi é um mamífero.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.
Termo Médio: Maria é uma gata(2).
Termo Menor: Maria é quadrúpede.
O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro
termos ao invés de três.
2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
sos que os termos das premissas.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Termo Médio: Nikita é uma onça.
Termo Menor: Nikita é feroz.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Antônio e José são poetas.
Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos os
surfistas”.
3) O predicado do termo médio não pode entrar na conclu-
são.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a
lei.
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é ino-
portuna.
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em
sua extensão universal.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida-
des.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Alguns homens são sábios.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
O predicado “homens” do termo médio não é universal,
mas particular.
2.3.1.1.2. Regras das Premissas
5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
Conclusão: (?).
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclu-
são negativa.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser deseja-
dos.
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.
7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A
premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais não voam.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais voam.
8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Mimi é um gato.
Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Conclusão: (?)
http://www.guiadoconcursopublico.com.br/apostilas/24_12
0.pdf
LÓGICA SENTENCIAL E DE PRIMEIRA ORDEM
Elementos de Lógica sentencial
1. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de pre-
dicados
A lógica divide-se em lógica sentencial e lógica de predi-
cados. A lógica sentencial estuda argumentos que não de-
pendem da estrutura interna das sentenças. Por exemplo:
(1)
Se Deus existe, então a felicidade eterna é possível.
Deus existe.
Logo, a felicidade eterna é possível.
A validade do argumento (1) depende do modo pelo qual
as sentenças são conectadas, mas não depende da estrutura
interna das sentenças. A forma lógica de (1) deixa isso claro:
(1a)
Se A, então B.
A.
Logo, B.
Diferentemente, a lógica de predicados estuda argumen-
tos cuja validade depende da estrutura interna das senten-
ças. Por exemplo:
(2)
Todos os cariocas são brasileiros.
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Alguns cariocas são flamenguistas.
Logo, alguns brasileiros são flamenguistas.
A forma lógica de (2) é a seguinte:
(2a)
Todo A é B.
Algum A é C.
Logo, algum B é A.
A primeira premissa do argumento (2) diz que o conjunto
dos indivíduos que são cariocas está contido no conjunto dos
brasileiros. A segunda, diz que ‘dentro’ do conjunto dos cario-
cas, há alguns indivíduos que são flamenguistas. É fácil con-
cluir então que existem alguns brasileiros que são flamen-
guistas, poisesses flamenguistas que são cariocas serão
também brasileiros. Essa conclusão se segue das premissas.
Note, entretanto, que as sentenças ‘todos os cariocas são
brasileiros’ e ‘alguns cariocas são flamenguistas’ têm uma
estrutura diferente da sentença ‘se Deus existe, a felicidade
eterna é possível’. Esta última é formada a partir de duas
outras sentenças ‘Deus existe’ e ‘a felicidade eterna é possí-
vel’, conectadas pelo operador lógico se...então. Já para
analisar o argumento (2) precisamos analisar a estrutura
interna das sentenças, e não apenas o modo pelo qual sen-
tenças são conectadas umas às outras. O que caracteriza a
lógica de predicados é o uso dos quantificadores todo, algum
e nenhum. É por esse motivo que a validade de um argumen-
to como o (2) depende da estrutura interna das sentenças. A
diferença entre a lógica sentencial e a lógica de predicados
ficará mais clara no decorrer desta e da próxima unidade.
Usualmente o estudo da lógica começa pela lógica sen-
tencial, e seguiremos esse caminho aqui. Nesta unidade
vamos estudar alguns elementos da lógica sentencial. Na
próxima unidade, estudaremos elementos da lógica de predi-
cados.
2. Sentenças atômicas e moleculares
Considere-se a sentença
(1) Lula é brasileiro.
A sentença (1) é composta por um nome próprio, ‘Lula’, e
um predicado, ‘... é brasileiro’. Em lógica, para evitar o uso de
‘...’, usamos uma variável para marcar o(s) lugar(es) em que
podemos completar um predicado. Aqui, expressões do tipo x
é brasileiro designam predicados. Considere agora a senten-
ça (2) Xuxa é mãe de Sasha.
A sentença (2) pode ser analisada de três maneiras dife-
rentes, que correspondem a três predicados diferentes que
podem ser formados a partir de (2):
(2a) x é mãe de Sasha;
(2b) Xuxa é mãe de x;
(2c) x é mãe de y.
Do ponto de vista lógico, em (2c) temos o que é chamado
de um predicado binário, isto é, um predicado que, diferente-
mente de x é brasileiro, deve completado por dois nomes
próprios para formar uma sentença.
As sentenças (1) e (2) acima são denominadas sentenças
atômicas. Uma sentença atômica é uma sentença formada
por um predicado com um ou mais espaços vazios, sendo
todos os espaços vazios completados por nomes próprios.
Sentenças atômicas não contêm nenhum dos operadores
lógicos e, ou, se...então etc., nem os quantificadores todo,
nenhum, algum etc.
Sentenças moleculares são sentenças formadas com o
auxílio dos operadores sentenciais. Exemplos de sentenças
moleculares são
(3) Lula é brasileiro e Zidane é francês,
(4) Se você beber, não dirija,
(5) João vai à praia ou vai ao clube.
3. A interpretação vero-funcional dos operadores senten-
ciais
Os operadores sentenciais que estudaremos aqui são as
partículas do português não, ou, e, se...então, se, e somente
se. A lógica sentencial interpreta esses operadores como
funções de verdade ou vero-funcionalmente. Isso significa
que eles operam apenas com os valores de verdade dos
seus operandos, ou em outras palavras, o valor de verdade
de uma sentença formada com um dos operadores é deter-
minado somente pelos valores de verdade das sentenças que
a constituem.
Os operadores sentenciais se comportam de uma manei-
ra análoga às funções matemáticas. Estas recebem números
como argumentos e produzem números como valores. Os
operadores sentenciais são funções porque recebem valores
de verdade como argumentos e produzem valores de verda-
de. Considere-se a seguinte função matemática:
(4) y =x + 1.
Dizemos que y =f(x), isto é, ‘y é função de x’, o que signi-
fica que o valor de y depende do valor atribuído a x.
Quando x =1, y =2;
x =2, y =3;
x = 3, y =4,
e assim por diante. Analogamente a uma função matemá-
tica, uma função de verdade recebe valores de verdade como
argumentos e produz valores de verdade como valores.
As chamadas tabelas de verdade mostram como os ope-
radores da lógica sentencial funcionam.
No lado esquerdo da tabela de verdade temos as senten-
ças a partir das quais a sentença composta foi formada – no
caso da negação, uma única sentença. O valor produzido
pela função de verdade está na coluna da direita. As letras V
e F representam os valores de verdade verdadeiro e falso.
4. A negação
Comecemos pelo operador sentencial mais simples, a ne-
gação. A tabela de verdade da negação de uma sentença A é
A não A
V F
F V
A negação simplesmente troca o valor de verdade da sen-
tença. Uma sentença verdadeira, quando negada, produz
uma sentença falsa, e vice-versa.
Há diferentes maneiras de negar uma sentença atômica
em português. Considere a sentença verdadeira
(5) Lula é brasileiro.
As sentenças
(6) Não é o caso que Lula é brasileiro,
(7) Não é verdade que Lula é brasileiro
e
(8) É falso que Lula é brasileiro
são diferentes maneiras de negar (5). Como (5) é uma
sentença atômica, podemos também negar (5) por meio da
sentença
(9) Lula não é brasileiro.
A negação em (9) é denominada negação predicativa,
pois nega o predicado, ao passo que em (6) há uma negação
sentencial porque toda a sentença é negada. No caso de
sentenças atômicas, a negação predicativa é equivalente à
negação sentencial, mas veremos que isso não ocorre com
sentenças moleculares e sentenças com quantificadores.
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 70
Note que negar duas vezes uma sentença equivale a a-
firmar a própria sentença. A negação de
(5) Lula é brasileiro
é
(9) Lula não é brasileiro,
e a negação de (9),
(10) Não é o caso que Lula não é brasileiro, é a negação
da negação de (5), que é equivalente à própria sentença (5).
5. A conjunção
Uma sentença do tipo A e B é denominada uma conjun-
ção. Considere-se a sentença
(11) João foi à praia e Pedro foi ao futebol.
A sentença (1) é composta por duas sentenças,
(12) João foi à praia
e
(13) Pedro foi ao futebol
conectadas pelo operador lógico e. Na interpretação vero-
funcional do operador e, o valor de verdade de (11) depende
apenas dos valores de verdade das sentenças (12) e (13). É
fácil perceber que (11) é verdadeira somente em uma situa-
ção: quando (12) e (13) são ambas verdadeiras. A tabela de
verdade de uma conjunção A e B é a seguinte:
A B A e B
V V V
V F F
F V F
F F F
Note que, na interpretação vero-funcional da conjunção, A
e B é equivalente a B e A. Não faz diferença alguma afirmar-
mos (11) ou (14) Pedro foi ao futebol e João foi à praia.
É importante observar que a interpretação vero-funcional
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em
português. A sentença
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
quivalente a
(16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho.
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) não é
uma função de verdade.
6. A disjunção
Uma sentença do tipo A ou B é denominada uma disjun-
ção. Há dois tipos de disjunção, a inclusiva e a exclusiva.
Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e
produzem um valor de verdade como resultado. Começarei
pela disjunção inclusiva. Considere-se a sentença
(17) Ou João vai à praia ou João vai ao clube, que é for-
mada pela sentenças
(18) João vai à praia
e
(19) João vai ao clube combinadas pelo operador ou. A
sentença (17) é verdadeira em três situações:
(i) João vai à praia e também vai ao clube;
(ii) João vai à praia mas não vai ao clube e
(iii) João não vai à praiamas vai ao clube.
A tabela de verdade da disjunção inclusiva é a seguinte:
A B A ou B
V V V
V F V
F V V
F F F
No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é verda-
deira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou
quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente
verdadeiras.
No sentido exclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver-
dadeira apenas em duas situações:
(i) A é verdadeira e B é falsa;
(ii) B é verdadeira e A e falsa.
Não há, na disjunção exclusiva, a possibilidade de serem
ambas as sentenças verdadeiras. A tabela de verdade da
disjunção exclusiva é
A B A ou B
V V F
V F V
F V V
F F F
Um exemplo de disjunção exnclusiva é
(20) Ou o PMDB ou o PP receberá o ministério da saúde,
que é formada a partir das sentenças:
(21) o PMDB receberá o ministério da saúde;
(22) o PP receberá o ministério da saúde.
Quando se diz que um determinado partido receberá um
ministério, isso significa que um membro de tal partido será
nomeado ministro. Posto que há somente um ministro da
saúde, não é possível que (21) e (22) sejam simultaneamente
verdadeiras. O ou da sentença (20), portanto, é exclusivo.
Na lógica simbólica, são usados símbolos diferentes para
designar o ou inclusivo e o exclusivo. No latim, há duas pala-
vras diferentes, vel para a disjunção inclusiva e aut para a
exclusiva. No português isso não ocorre. Na maioria das
vezes é apenas o contexto que deixa claro se se trata de uma
disjunção inclusiva ou exclusiva.
Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e
B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo
quanto para o exclusivo.
7. A condicional
Uma condicional é uma sentença da forma se A, então B.
A é denominado o antecedente e B o conseqüente da condi-
cional.
Em primeiro lugar, é importante deixar clara a diferença
entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se
A, então B.
Em (23) a verdade tanto de A quanto de B é afirmada. No-
te que o que vem depois do ‘logo’ é afirmado como verdadei-
ro e é a conclusão do argumento. Já em (24), nada se diz
acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A
é verdadeira, B também será verdadeira. Note que apesar de
uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em
(23) dizemos que A é o antecedente do argumento, e B é o
conseqüente do argumento. Em (24), dizemos que A é o
antecedente da condicional, e B é o conseqüente da condi-
cional.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun-
ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Anali-
sada vero-funcionalmente, a condicional é denominada con-
dicional material.
Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta-
ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos
se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de
A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma
explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do
se...então como uma função de verdade. A tabela de verdade
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da condicional material é a seguinte:
A B se A, então B
V V V
V F F
F V V
F F V
Uma condicional material é falsa apenas em um caso:
quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso.
A terceira e a quarta linhas da tabela de verdade da con-
dicional material costumam causar problemas para estudan-
tes iniciantes de lógica. Parece estranho que uma condicional
seja verdadeira sempre que o antecedente é falso, mas ve-
remos que isso é menos estranho do que parece.
Suponha que você não conhece Victor, mas sabe que
Victor é um parente do seu vizinho que acabou de chegar da
França. Você não sabe mais nada sobre Victor. Agora consi-
dere a sentença:
(25) Se Victor é carioca, então Victor é brasileiro.
O antecedente de (25) é (26) Victor é carioca e o conse-
qüente é (27) Victor é brasileiro.
A sentença (25) é verdadeira, pois sabemos que todo ca-
rioca é brasileiro. Em outras palavras, é impossível que al-
guém simultaneamente seja carioca e não seja brasileiro. Por
esse motivo, a terceira linha da tabela de verdade, que torna-
ria a condicional falsa, nunca ocorre.
Descartada a terceira linha, ainda há três possibilidades,
que correspondem às seguintes situações:
(a) Victor é carioca.
(b) Victor é paulista.
(c) Victor é francês.
Suponha que Victor é carioca. Nesse caso, o antecedente
e o conseqüente da condicional são verdadeiros.
Temos a primeira linha da tabela de verdade. Até aqui
não há problema algum.
Suponha agora que Victor é paulista. Nesse caso, o ante-
cedente da condicional (26) Victor é carioca é falso, mas o
conseqüente (27) Victor é brasileiro é verdadeiro.
Temos nesse caso a terceira linha da tabela de verdade
da condicional. Note que a condicional (25) continua sendo
verdadeira mesmo que Victor seja paulista, isto é, quando o
antecedente é falso.
Por fim, suponha que Victor é francês. Nesse caso, tanto
(26) Victor é carioca quanto (27) Victor é brasileiro são falsas.
Temos aqui a quarta linha da tabela de verdade da condicio-
nal material. Mas, ainda assim, a sentença (25) é verdadeira.
Vejamos outro exemplo. Considere a condicional
(28) Se Pedro não jogar na loteria, não ganhará o prêmio.
Essa é uma condicional verdadeira. Por quê? Porque é
impossível (em uma situação normal) o antecedente ser ver-
dadeiro e o conseqüente falso. Isto é, não é possível Pedro
não jogar e ganhar na loteria. Fica como exercício para o
leitor a construção da tabela de verdade de (28).
Não é difícil perceber, em casos como (25) e (28) acima,
por que uma condicional é verdadeira quando o antecedente
é falso. O problema é que, sendo a condicional material uma
função de verdade, coisas como (29) se 2 + 2 = 5, então a
Lua é de queijo são verdadeiras. Sem dúvida, esse é um
resultado contra-intuitivo. Note que toda condicional material
com antecedente falso será verdadeira. Mas no uso corrente
da linguagem normalmente não formulamos condicionais com
o antecedente falso.
Mas cabe perguntar: se a condicional material de fato não
expressa todos os usos do se...então em português e, além
disso, produz resultados contra-intuitivos como a sentença
(29), por que ela é útil para o estudo de argumentos construí-
dos com a linguagem natural? A resposta é muito simples. O
caso em que a condicional material é falsa, a segunda linha
da tabela de verdade, corresponde exatamente ao caso em
que, no uso corrente da linguagem, uma sentença se A, en-
tão B é falsa. Considere-se a sentença (30) Se Lula conse-
guir o apoio do PMDB, então fará um bom governo.
Em (30), o ponto é que Lula fará um bom governo porque
tem o apoio do PMDB. Há um suposto nexo explicativo e
causal entre o antecedente e o conseqüente. Suponha, entre-
tanto, que Lula obtém o apoio do PMDB durante todo o seu
mandato, mas ainda assim faz um mau governo. Nesse caso,
em que o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso,
(30) é falsa.
Abaixo, você encontra diferentes maneiras de expressar,
na linguagem natural, uma condicional se A, então B, todas
equivalentes.
Se A, B
B, se A
Caso A, BB, caso A
As expressões abaixo também são equivalentes a se A,
então B:
A, somente se B
Somente se B, A
A é condição suficiente para B
B é condição necessária para A,mas elas serão vistas
com mais atenção na seção sobre condições necessárias e
suficientes.
8. Variantes da condicional material
Partindo de uma condicional
(31) Se A, então B
podemos construir sua conversa,
(32) Se B, então A
sua inversa
(33) Se não A, então não B e sua contrapositiva (34) Se
não B, então não A.
Há dois pontos importantes sobre as sentenças acima
que precisam ser observados. Vimos que A e B e B e A,
assim como A ou B e B ou A são equivalentes. Entretanto, se
A, então B e se B então A NÃO SÃO EQUIVALENTES!!!
Isso pode ser constatado facilmente pela construção das
respectivas tabelas de verdade, que fica como exercício para
o leitor. Mas pode ser também intuitivamente percebido. Con-
sidere as sentenças: (35) Se João é carioca, João é brasileiro
e
(36) Se João é brasileiro, João é carioca.
Enquanto a sentença (35) é verdadeira, é evidente que
(36) pode ser falsa, pois João pode perfeitamente ser brasilei-
ro sem ser carioca.
Uma condicional se A, então B e sua contrapositiva se
não B, então não A são equivalentes. Isso pode ser constata-
do pela construção da tabela de verdade, que fica como um
exercício para o leitor. Mas note que a contrapositiva de (35),
(37) Se João não é brasileiro, não é carioca, é verdadeira nas
mesmas circunstâncias em que (35) é verdadeira. A diferença
entre (35) e (37) é que (35) enfatiza que ser carioca é condi-
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ção suficiente para ser brasileiro, enquanto (37) enfatiza que
ser brasileiro é condição necessária para ser carioca. Isso
ficará mais claro na seção sobre condições necessárias e
suficientes.
9. Negações
Agora nós vamos aprender a negar sentenças construí-
das com os operadores sentenciais.
Negar uma sentença é o mesmo afirmar que a sentença é
falsa. Por esse motivo, para negar uma sentença construída
com os operadores sentenciais e, ou e se...então, basta afir-
mar a(s) linha(s) da tabela de verdade em que a sentença é
falsa.
9a. Negação da disjunção
Comecemos pelos caso mais simples, a disjunção (inclu-
siva). Como vimos, uma disjunção A ou B é falsa no caso em
que tanto A quanto B são falsas. Logo, para negar uma dis-
junção, nós precisamos dizer que A é falsa e também que B é
falsa, isto é, não A e não B. Fica como exercício para o leitor
a construção das tabelas de verdade de A ou B e não A e
não B para constatar que são idênticas.
(1) João comprou um carro ou uma moto.
A negação de (1) é:
(2) João não comprou um carro e não comprou uma moto,
ou
(3) João nem comprou um carro, nem comprou uma moto.
Na linguagem natural, freqüentemente formulamos a ne-
gação de uma disjunção com a expressão nem...nem. Nem
A, nem B significa o mesmo que não A e não B.
(4) O PMDB receberá o ministério da saúde ou o PP re-
ceberá o ministério da cultura.
A negação de (4) é:
(5) Nem o PMDB receberá o ministério da saúde, nem o
PP receberá o ministério da cultura.
Exercício: complete a coluna da direita da tabela abaixo
com a negação das sentenças do lado esquerdo.
DISJUNÇÃO NEGAÇÃO
A ou B não A e não B
A ou não B
não A ou B
não A ou não B
9b. Negação da conjunção
Por um raciocínio análogo ao utilizado na negação da dis-
junção, para negar uma conjunção precisamos afirmar os
casos em que a conjunção é falsa. Esses casos são a se-
gunda, a terceira e a quarta linhas da tabela de verdade. Isto
é, A e B é falsa quando:
(i) A é falsa,
(ii) B é falsa ou
(iii) A e B são ambas falsas.
É fácil perceber que basta uma das sentenças ligadas pe-
lo e ser falsa para a conjunção ser falsa. A negação de A e B,
portanto, é não A ou não B. Fica como exercício para o leitor
a construção das tabelas de verdade de A e B e não A ou
não B para constatar que são idênticas.
Exemplos de negações de conjunções:
(6) O PMDB receberá o ministério da saúde e o ministério
da cultura.
A negação de (6) é
(6a) Ou PMDB não receberá o ministério da saúde, ou
não receberá o ministério da cultura.
(7) Beba e dirija.
A negação de (7) é
(7a) não beba ou não dirija.
Fonte: http://abilioazambuja.sites.uol.com.br/1d.pdf
Questões:
Sendo p a proposição Paulo é paulista e q a proposição Ro-
naldo é carioca, traduzir para a linguagem corrente as seguin-
tes proposições:
a) ~q
b) p ^ q
c) p v q
d) p " q
e) p " (~q)
02. Sendo p a proposição Roberto fala inglês e q a proposi-
ção Ricardo fala italiano traduzir para a linguagem simbólica
as seguintes proposições:
a) Roberto fala inglês e Ricardo fala italiano.
b) Ou Roberto não fala inglês ou Ricardo fala italiano.
c) Se Ricardo fala italiano então Roberto fala inglês.
d) Roberto não fala inglês e Ricardo não fala italiano.
03. (UFB) Se p é uma proposição verdadeira, então:
a) p ^ q é verdadeira, qualquer que seja q;
b) p v q é verdadeira, qualquer que seja q;
c) p ^ q é verdadeira só se q for falsa;
d) p =>q é falsa, qualquer que seja q
e) n.d.a.
04. (MACK) Duas grandezas x e y são tais que "se x = 3
então y = 7". Pode-se concluir que:
a) se x 3 antão y 7
b) se y = 7 então x = 3
c) se y 7 então x 3
d) se x = 5 então y = 5
e) se x = 7 então y = 3
05. (ABC) Assinale a proposição composta logicamente ver-
dadeira:
a) (2 = 3) => (2 . 3 = 5)
b) (2 = 2) => (2 . 3 = 5)
c) (2 = 3) e (2 . 3 = 5)
d) (2 = 3) ou (2 . 3 = 5)
e) (2 = 3) e (~ ( 2= 2))
06. (UGF) A negação de x > -2 é:
a) x > 2
b) x #-2
c) x < -2
d) x < 2
e) x #2
07. (ABC) A negação de todos os gatos são pardos é:
a) nenhum gato é pardo;
b) existe gato pardo;
c) existe gato não pardo;
d) existe um e um só gato pardo;
e) nenhum gato não é pardo.
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08. (ABC) Se A negação de o gato mia e o rato chia é:
a) o gato não mia e o rato não chia;
b) o gato mia ou o rato chia;
c) o gato não mia ou o rato não chia;
d) o gato e o rato não chiam nem miam;
e) o gato chia e o rato mia.
09. Duas grandezas A e B são tais que "se A = 2 então B =
5". Pode-se concluir que:
a) se A 2 antão B 5
b) se A = 5 então B = 2
c) se B 5 então A 2
d) se A = 2 então B = 2
e) se A = 5 então B 2
10. (VUNESP) Um jantar reúne 13 pessoas de uma mesma
família. Das afirmações a seguir, referentes às pessoas reu-
nidas, a única necessariamente verdadeira é:
a) pelo menos uma delas tem altura superior a 1,90m;
b) pelo menos duas delas são do sexo feminino;
c) pelo menos duas delas fazem aniversário no mesmo mês;
d) pelo menos uma delas nasceu num dia par;
e) pelo menos uma delas nasceu em janeiro ou fevereiro.
Resolução:
01. a) Paulo não é paulista.
b) Paulo é paulista e Ronaldo é carioca.
c) Paulo é paulista ou Ronaldo é carioca.
d) Se Paulo é paulista então Ronaldo é carioca.
e) Se Paulo é paulista então Ronaldo não é carioca.
02. a) p ^ q
b) (~p) v p
c) q " p
d) (~p) ^ (~q)
03. B 04. C 05. A 06. C
07. C 08.C 09. C 10. C
http://www.coladaweb.com/matematica/logica
ESTRUTURAS LÓGICAS
As questões de Raciocínio Lógico sempre vão ser com-
postas por proposições que provam, dão suporte, dão razão
a algo, ou seja, são afirmações que expressam um pensa-
mento de sentindo completo. Essas proposições podem ter
um sentindo positivo ou negativo.
Exemplo 1: João anda de bicicleta.
Exemplo 2: Maria não gosta de banana.
Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirma-
ção/proposição.
A base das estruturas lógicas é saber o que é verdade
ou mentira (verdadeiro/falso).
Os resultados das proposições SEMPRE tem que dar
verdadeiro.
Há alguns princípios básicos:
Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e
falsa ao mesmo tempo.
Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas con-
traditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição
ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico
(“mais ou menos”, meio verdade ou meio mentira).
Ex. Estudar é fácil. (o contrário seria: “Estudar é difícil”.
Não existe meio termo, ou estudar é fácil ou estudar é difícil).
Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-se
os Conectivos Lógicos, que são símbolos que comprovam a
veracidade das informações e unem as proposições uma a
outra ou as transformam numa terceira proposição.
Veja abaixo:
(~) “não”: negação
(Λ) “e”: conjunção
(V) “ou”: disjunção
(→) “se...então”: condicional
(↔) “se e somente se”: bicondicional
Agora, vejamos na prática como funcionam estes conecti-
vos:
Temos as seguintes proposições:
O Pão é barato. O Queijo não é bom.
A letra P, representa a primeira proposição e a letra Q, a
segunda. Assim, temos:
P: O Pão é barato.
Q: O Queijo não é bom.
NEGAÇÃO (símbolo ~):
Quando usamos a negação de uma proposição inverte-
mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos:
Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi-
ca de P)
~Q (não Q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de Q)
Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a nega-
ção vira falsa.
Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vi-
ra verdadeira.
Regrinha para o conectivo de negação (~):
P ~P
V F
F V
CONJUNÇÃO (símbolo Λ):
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Este conectivo é utilizado para unir duas proposições for-
mando uma terceira. O resultado dessa união somente será
verdadeiro se as duas proposições (P e Q) forem verdadei-
ras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado será
FALSO.
Ex.2: P Λ Q. (O Pão é barato e o Queijo não é bom.) Λ =
“e”
Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ):
P
ΛQ
V
F
F
F
DISJUNÇÃO (símbolo V):
Este conectivo também serve para unir duas proposições.
O resultado será verdadeiro se pelo menos uma das proposi-
ções for verdadeira.
Ex3.: P V Q. (Ou o Pão é barato ou o Queijo não é bom.)
V = “ou”
Regrinha para o conectivo de disjunção (V):
P
VQ
V
V
V
F
CONDICIONAL (símbolo →)
Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra
proposição exista. “P” será condição suficiente para “Q” e “Q”
é condição necessária para “P”.
Ex4.: P → Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é
bom.) → = “se...então”
Regrinha para o conectivo condicional (→):
P
→Q
V
F
V
V
BICONDICIONAL (símbolo ↔)
O resultado dessas proposições será verdadeiro se e so-
mente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
duas falsas). “P” será condição suficiente e necessária para
“Q”
Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo
não é bom.) ↔ = “se e somente se”
Regrinha para o conectivo bicondicional (↔):
P
↔Q
V
F
F
V
Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/
TABELA VERDADE
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para
determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é
correto.
As tabelas-verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege,
Charles Peirce e outros da década de 1880, e tomaram a
forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e
Ludwig Wittgenstein. A publicação do Tractatus Logico-
Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para
classificar funções veritativas em uma série. A vasta
influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de
tabelas-verdade.
Como construir uma Tabela Verdade
Uma tabela de verdade consiste em:
1º) Uma linha em que estão contidos todas as
subfórmulas de uma fórmula. Por exemplo, a fórmula
¬((A∧B)→C) tem o seguinte conjuntos de subfórmulas:
{ ¬((A∋B) ∧ ∧→C) , (A B)→C , A B , A , B , C}
2º) l linhas em que estão todos possíveis valores que os
termos podem receber e os valores cujas as fórmulas
moleculares tem dados os valores destes termos.
O número destas linhas é l = nt , sendo n o número de
valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do Cálculo
Proposicional Clássico) e t o número de termos que a fórmula
contém. Assim, se uma fórmula contém 2 termos, o número
de linhas que expressam a permutações entre estes será 4:
um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V), dois
casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F V) e
um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a fórmula
contiver 3 termos, o número de linhas que expressam a
permutações entre estes será 8: um caso de todos termos
serem verdadeiros (V V V), três casos de apenas dois termos
serem verdadeiros (V V F , V F V , F V V), três casos de
apenas um dos termos ser verdadeiro (V F F , F V F , F F V)
e um caso no qual todos termos são falsos (F F F).
Tabelas das Principais Operações do Cálculo
Proposicional Dei
Negação
A
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A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de
maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e vice-
versa.
Conjunção (E)
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos
são verdadeiros
A
^B
V
F
F
F
Disjunção (OU)
A disjunção é falsa se, e somente se ambos os operandos
forem falsos
A
vB
V
V
V
F
Condicional (Se... Então) [Implicação]
A conjunção é falsa se, e somente se, o primeiro
operando é verdadeiro e o segundo operando é falso
A
→B
V
F
V
V
Bicondicional (Se e somente se) [Equivalência]
A conjunção é verdadeira se, e somente se, ambos
operandos forem falsos ou ambos verdadeiros
A
↔B
V
F
F
V
DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR)
A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um
dos operandos for verdadeiro
A
((((B
F
V
V
F
Adaga de Quine (NOR)
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos
são falsos
A
((((B
A
↓B
V F
V F
V F
F V
Como usar tabelas para verificar a validade de
argumentos
Verifique se a conclusão nunca é falsa quando
as premissas são verdadeiros. Em caso positivo, o
argumento é válido. Em caso negativo, é inválido.
Alguns argumentos válidos
Modus ponens
A
→B
V
F
V
V
Modus tollens
A B
A
→B
V
F
V
V
Silogismo HipotéticoA
→B
B
→C
A
→C
V V V
V F F
F V V
F V F
V V V
V F V
V V V
V V V
Algumas falácias
Afirmação do conseqüente
Se A, então B. (A→B)
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B.
Logo, A.
A
→B
V
F
V
V
Comutação dos Condicionais
A implica B. (A→B)
Logo, B implica A. (B→A)
A
→B
B
→A
V V
F V
V F
V V
Fonte: Wikipédia
DIAGRAMAS LÓGICOS
História
Para entender os diagramas lógicos vamos dar uma rápi-
da passada em sua origem.
O suíço Leonhard Euler (1707 – 1783) por volta de 1770,
ao escrever cartas a uma princesa da Alemanha, usou os
diagramas ao explicar o significado das quatro proposições
categóricas:
Todo A é B.
Algum A é B.
Nenhum A é B.
Algum A não é B.
Mais de 100 anos depois de Euler, o logicista inglês John
Venn (1834 – 1923) aperfeiçoou o emprego dos diagramas,
utilizando sempre círculos. Desta forma, hoje conhecemos
como diagramas de Euler/Venn.
Tipos
Existem três possíveis tipos de relacionamento entre dois
diferentes conjuntos:
Indica que um con-
junto está ompleta-
mente contido no
outro, mas o inverso
não é verdadeiro.
Indica que os dois
conjuntos tem alguns
elementos em co-
mum, mas não todos.
Indica que não exis-
tem elementos co-
muns entre os con-
juntos.
OBS: CONSIDERE QUE O TAMANHO DOS CÍRCULOS
NÃO INDICA O TAMANHO RELATIVO DOS CONJUNTOS.
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS,
INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.
1. Introdução
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de
Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular-
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro
seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
raciocínio.
Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estudar
o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico
ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do
raciocínio”.
Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aque-
la motivação, se respeita ou não a moral social, se teve influ-
ências das emoções ou não, se está de acordo com uma
doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa
embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi-
derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as
relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi
formulado etc.
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini-
ções e outras referências à lógica:
“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos
permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio
ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain).
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados pa-
ra distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi).
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento).
“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto,
sua história demonstra o poder que a mesma possui quando
bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como o
fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico
ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel-
ler).
1.1. Lógica formal e Lógica material
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Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os
estudos da lógica orientaram-se em duas direções principais:
a da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a
da lógica material, também conhecida como “lógica maior”.
A lógica formal preocupa-se com a correção formal do
pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do
ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí-
nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos
de realidade dos fatos. No entanto, o erro não está no seu
aspecto formal e, sim, na sua matéria. Por exemplo, partindo
das premissas que
(1) todos os brasileiros são europeus
e que
(2) Pedro é brasileiro,
formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
(3) Pedro é europeu.
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a expe-
riência nos diz que a premissa é falsa.
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
dos casos, processa formalmente informações nele previa-
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o
valor empírico de tais informações.
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das
operações do pensamento à realidade, de acordo com a
natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, inte-
ressa que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas
que também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdo
corresponda à natureza do objeto a que se refere. Neste
caso, trata-se da correspondência entre pensamento e reali-
dade.
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar
de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade mate-
rial. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a
forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, tem-
se a verdade.
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas
à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se
à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela-
cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor-
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas,
também, uma verdade que corresponda à experiência. Que
seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios
pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma
lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.
1.2. Raciocínio e Argumentação
Três são as principais operações do intelecto humano: a
simples apreensão, os juízos e o raciocínio.
A simples apreensão consiste na captação direta (atra-
vés dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de
uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que,
por sua vez, recebeuma denominação (as palavras ou ter-
mos, p. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”).
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento”
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições
orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a
mesa da sala”
O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte-
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
para se chegar a conclusões que devem ser adequadas.
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
Quando os raciocínios são organizados com técnica e ar-
te e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi-
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar-
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
de convencer mediante o discurso.
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aqui-
lo que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as
decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá
atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias
propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer
com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Mui-
tas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom argu-
mento opiniões que, na verdade, não passam de preconcei-
tos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas
de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argu-
mentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem
ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
forte etc.
De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
mente, manter-se num plano distante da existência humana,
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo-
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En-
fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten-
tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização
do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
1.3. Inferência Lógica
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ra-
ciocínio válido, visando à verdade.
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
podem ser chamadas de proposições ou juízos.
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Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos:
“a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas
frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda-
deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso
das interrogações ou das frases que expressam estados
emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou
ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem
verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina-
das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, constitu-
indo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
(1) Não há crime sem uma lei que o defina;
(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
(3) logo, não é crime matar ET’s.
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
sas) deve levar a conclusões óbvias.
1.4. Termo e Conceito
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala-
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
ficações de significado. Observe-se o exemplo:
Os jaguares são quadrúpedes;
Meu carro é um Jaguar
logo, meu carro é um quadrúpede.
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao
longo do raciocínio, por isso, não tem validade.
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen-
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”,
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo.
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
“mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às
quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma
nota característica comum a todos os elementos do conjunto,
de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental.
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada
como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou
aquela cuja trajetóriaexistencial destaca-se pela bondade,
virtude, afetividade e equilíbrio.
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre-
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos termos
empregados no discurso.
1.5. Princípios lógicos
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua
non para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa
ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se refe-
rem tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto
ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral
devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento
deve respeitá-los. São eles:
a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali-
dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez
conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao
longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de um
homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a
Antônio.
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é,
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são;
c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o fal-
so e o verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verda-
deiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um
terceiro termo: está meio chovendo ou coisa parecida.
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve-
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído,
admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro,
como também ao indeterminado.
2. Argumentaçãoe Tipos de Raciocínio
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos
sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí-
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou
persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor
lógico do raciocínio empregado na argumentação.
Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser
dotado de duas características fundamentais: ter premissas
aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria-
das.
Dos raciocínios mais empregados na argumentação, me-
recem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
formal.
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
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Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
como argumento contra a existência da alma o fato de esta
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do corpo
humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon-
trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado
para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
ordem metafísica, não física.
2.1. Raciocínio analógico
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No ra-
ciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
da vivência direta ou indireta da situação-referência.
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto
de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia
é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado,
é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também
tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do
empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou
de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun-
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba-
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314).
A força de uma analogia depende, basicamente, de três
aspectos:
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e
importantes;
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
ção e outra deve ser significativo;
c) não devem existir divergências marcantes na compara-
ção.
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações,
casos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões
adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor
é um meio de transporte que necessita de um condutor. Este,
tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de bom
senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente
seu papel.
Aplicação das regras acima a exemplos:
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
levantes, não imaginários ou insignificantes.tc
"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e
relevantes, não imaginários ou insignificantes."
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as
roupas de sua filha.
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
fume francês e é um bom advogado;
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês;
logo, deve ser um bom advogado.
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situa-
ção e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos
semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati-
vo."
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
de vida.
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
c) Não devem existir divergências marcantes na compa-
ração.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na
comparação.."
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por
ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria marinha não
está tendo sucesso porque troveja muito.
Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o sa-
lário mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros,
tal como os operários suíços, também recebe um salário
mínimo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive
bem, como os suíços.
Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi-
derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi-
tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente,
isto caso cumpram-se as exigências acima.
Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral
do raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
sariamente válida.
O esquema básico do raciocínio analógico é:
A é N, L, Y, X;
B, tal como A, é N, L, Y, X;
A é, também, Z
logo, B, tal como A, é também Z.
Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
gico é precário, ele é muito importante na formulação de
hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante pro-
cedimentos indutivos ou dedutivos.
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Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e
professor de ciência da computaçãoda Universidade de
Michigan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo
da computação, uma situação semelhante à que ocorre no da
genética. Assim como na natureza espécies diferentes po-
dem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento gené-
tico - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na informá-
tica, também o cruzamento de programas pode contribuir
para montar um programa mais adequado para resolver um
determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa mais
bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: uma
com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. “Para
resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos um pro-
grama que dê conta de uma parte do problema e cruzamos
com outro programa que solucione outra parte. Entre as vá-
rias soluções possíveis, selecionam-se aquelas que parecem
mais adequadas. Esse processo se repete por várias gera-
ções - sempre selecionando o melhor programa - até obter o
descendente que mais se adapta à questão. É, portanto,
semelhante ao processo de seleção natural, em que só so-
brevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, 19/10/95, 1º cad.,
p. 12).
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi-
guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de ra-
ciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não.
2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral
Ainda que alguns autores considerem a analogia como
uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibili-
dade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos e,
na maioria dos casos, também da verificação experimental.
Como dificilmente são investigados todos os casos possíveis,
acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.
Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
sejam indicadores da validade das generalizações contidas
nas conclusões.
O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
B é A e é X;
C é A e também é X;
D é A e também é X;
E é A e também é X;
logo, todos os A são X
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos
particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral.
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa;
A caninana é uma cobra e também não voa;
A urutu é uma cobra e também não voa;
A cascavel é uma cobra e também não voa;
logo, as cobras não voam.
Contudo,
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo,
ver um gato preto traz azar.
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va-
lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um
caso particular discorde da generalização obtida das premis-
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probalida-
de de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
há casos em que uma simples análise das premissas é sufi-
ciente para detectar a sua fraqueza.
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o comporta-
mento de alguns de seus componentes:
1. Adriana é mulher e dirige mal;
Ana Maria é mulher e dirige mal;
Mônica é mulher e dirige mal;
Carla é mulher e dirige mal;
logo, todas as mulheres dirigem mal.
2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
Fernando é político e é corrupto;
Paulo é político e é corrupto;
Estevão é político e é corrupto;
logo, todos os políticos são corruptos.
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta-
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe-
cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução.
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos
para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. Um
exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta
da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, acredita-
va-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os
até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro
cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra.
2.2.1. Procedimentos indutivos
Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen-
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien-
te e o da indução por enumeração completa.
a. Indução por enumeração incompleta suficiente
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 81
Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
particular, os que foram enumerados são representativos do
todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
b. Indução por enumeração completa
Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
baseado na enumeração completa.
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela o-
corre quando:
b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
Exemplos correspondentes às duas formas de indução
por enumeração completa:
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
em cada uma delas foi constatada uma característica própria
desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
cabeça é um dos sintomas da dengue.
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po-
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mesmo
que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa cientí-
fica.
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado
nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou
ordenada. Observem-se os exemplos:
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a
corrupção do cenário político brasileiro.
Depois da série de protestos realizados pela população,
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
nação.
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto
alguns insinuavam a sua culpa,eu continuava seguro de sua
inocência.
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou
fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con-
duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
portamento do amigo infere-se sua inocência.
Analogia, indução e probabilidade
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas
não são sinônimas de certezas.
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a
moral e a natural.
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin-
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de-
nominador representa os casos possíveis e o numerador o
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%.
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos
destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação
alegre ou triste etc.
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é
provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo...
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o
receba bem, mas...
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na-
turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas.
A previsão meteorológica é um exemplo particular de probali-
dade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevi-
sibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
eventos naturais.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
são passíveis de conclusões inexatas.
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as su-
as conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
respeito à construção do conhecimento.
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es-
tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici-
ências da analogia e da indução.
No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para
se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a pre-
missa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de raciocí-
nio:
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni-
versal
Premissa menor: Pedro é homem.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
podem-se tirar conclusões de cunho particular.
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 82
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”.
Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que
Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre-
sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
a conclusão.
2.3.1. Construção do Silogismo
A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
conclusão adequada.
Eis um exemplo de silogismo:
Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Mai-
or A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor
Logo, a concussão é punível Conclusão
O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló-
gica, as premissas são chamadas de proposições que, por
sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas
ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (normal-
mente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima, punível
é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e concus-
são é o menor.
2.3.1.1. As Regras do Silogismo
Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio
perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às
relações entre os termos e as demais dizem respeito às rela-
ções entre as premissas. São elas:
2.3.1.1.1. Regras dos Termos
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior,
médio e menor.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.
Termo Médio: Mimi é um gato.
Termo Menor: Mimi é um mamífero.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.
Termo Médio: Maria é uma gata(2).
Termo Menor: Maria é quadrúpede.
O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro
termos ao invés de três.
2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
sos que os termos das premissas.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Termo Médio: Nikita é uma onça.
Termo Menor: Nikita é feroz.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Antônio e José são poetas.
Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos
os surfistas”.
3) O predicado do termo médio não pode entrar na con-
clusão.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a
lei.
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é i-
noportuna.
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em
sua extensão universal.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida-
des.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Alguns homens são sábios.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
O predicado “homens” do termo médio não é universal,
mas particular.
2.3.1.1.2. Regras das Premissas
5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
Conclusão: (?).
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclu-
são negativa.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser dese-
jados.
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A
premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais não voam.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais voam.
8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Mimi é um gato.
Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Conclusão: (?)
Fonte: estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logica-
argumentacao.pdf
A FUNDAÇÃO DA LÓGICA
Anthony Kenny
Universidade de Oxford
Muitas das ciências para as quais Aristóteles contribuiu
foram disciplinas que ele próprio fundou. Afirma-o explicita-
mente em apenas um caso: o da lógica. No fim de uma das
suas obras de lógica, escreveu:
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No caso da retórica existiam muito es-
critos antigos para nos apoiarmos, mas no
caso da lógica nada tínhamos absoluta-
mente a referir até termos passado muito
tempo em laboriosa investigação.
As principais investigações lógicas de Aristóteles incidiam
sobre as relações entre as frases que fazem afirmações.
Quais delas são consistentes ou inconsistentes com as ou-
tras? Quando temos uma ou mais afirmações verdadeiras,
que outras verdades podemos inferir delas unicamente por
meio do raciocínio? Estas questões são respondidas na sua
obra Analíticos Posteriores.
Ao contrário de Platão, Aristóteles não toma como ele-
mentos básicos da estrutura lógica as frases simples com-
postas por substantivo e verbo, como "Teeteto está sentado".
Está muito mais interessado em classificar frases que come-
çam por "todos", "nenhum" e "alguns", e em avaliar as infe-
rências entre elas. Consideremos as duas inferências seguin-
tes:
1)
Todos os gregos são europeus.
Alguns gregos são do sexo masculino.
Logo, alguns europeus são do sexo masculino.
2)
Todas as vacas são mamíferos.
Alguns mamíferos são quadrúpedes.
Logo, todas as vacas são quadrúpedes.
As duas inferências têm muitas coisas em comum. São
ambas inferências que retiram uma conclusão a partir de
duas premissas. Em cada inferência há uma palavra-chave
que surge no sujeito gramatical da conclusão e numa das
premissas, e uma outra palavra-chave que surge no predica-
do gramatical da conclusão e na outra premissa. Aristóteles
dedicou muita atenção às inferências que apresentam esta
característica, hoje chamadas "silogismos", a partir da palavra
grega que ele usou para as designar. Ao ramo da lógica que
estuda a validade de inferências deste tipo, iniciado por Aris-
tóteles, chamamos "silogística".
Uma inferência válida é uma inferência que nunca conduz
de premissas verdadeiras a uma conclusão falsa. Das duas
inferências apresentadas acima, a primeira é válida, e a se-
gunda inválida. É verdade que, em ambos os casos, tanto as
premissas como a conclusão são verdadeiras. Não podemos
rejeitar a segunda inferência com base na falsidade das fra-
ses que a constituem. Mas podemos rejeitá-la com base no
"portanto": a conclusão pode ser verdadeira, mas não se
segue das premissas.
Podemos esclarecer melhor este assunto se conceber-
mos uma inferência paralela que, partindo de premissas ver-
dadeiras, conduza a uma conclusão falsa. Por exemplo:
3)
Todas as baleias são mamíferos.
Alguns mamíferos são animais terrestres.
Logo, todas as baleias são animais terrestres.
Esta inferência tem a mesma forma que a inferência 2),
como poderemos verificar se mostrarmos a sua estrutura por
meio de letras esquemáticas:
4)
Todo o A é B.
Algum B é C.
Logo, todo o A é C.
Uma vez que a inferência 3) conduz a uma falsa conclu-
são a partir de premissas verdadeiras, podemos ver que a
forma do argumento 4) não é de confiança. Daí a não valida-
de da inferência 2), não obstante a sua conclusão ser de
facto verdadeira.
A lógica não teria conseguido avançar além dos seus pri-
meiros passos sem as letras esquemáticas, e a sua utilização
é hoje entendida como um dado adquirido; mas foi Aristóteles
quem primeiro começou a utilizá-las, e a sua invenção foi tão
importante para a lógica quanto a invenção da álgebra para a
matemática.
Uma forma de definir a lógica é dizer que é uma disciplina
que distingue entre as boas e as más inferências. Aristóteles
estuda todas as formas possíveis de inferência silogística e
estabelece um conjunto de princípios que permitem distinguir
os bons silogismos dos maus. Começa por classificar indivi-
dualmente as frases ou proposições das premissas. Aquelas
que começam pela palavra "todos" são proposições univer-
sais; aquelas que começam com "alguns" são proposições
particulares. Aquelas que contêm a palavra "não" são propo-
sições negativas; as outras são afirmativas. Aristóteles ser-
viu-se então destas classificações para estabelecer regras
para avaliar as inferências. Por exemplo, para que um silo-
gismo seja válido é necessário que pelo menos uma premis-
sa seja afirmativa e que pelo menos uma seja universal; se
ambas as premissas forem negativas, a conclusão tem de ser
negativa. Na sua totalidade, as regras de Aristóteles bastam
para validar os silogismos válidos e para eliminar os inváli-
dos. São suficientes, por exemplo, para que aceitemos a
inferência 1) e rejeitemos a inferência 2).
Aristóteles pensava que a sua silogística era suficiente
para lidar com todas as inferências válidas possíveis. Estava
enganado. De facto, o sistema, ainda que completo em si
mesmo, corresponde apenas a uma fracção da lógica. E
apresenta dois pontos fracos. Em primeiro lugar, só lida com
as inferências que dependem de palavras como "todos" e
"alguns", que se ligam a substantivos, mas não com as infe-
rências que dependem de palavras como "se…, então ", que
interligam as frases. Só alguns séculos mais tarde se pôde
formalizar padrões de inferência como este: "Se não é de dia,
é de noite; mas não é de dia; portanto é de noite". Em segun-
do lugar, mesmo no seu próprio campo de acção, a lógica de
Aristóteles não é capaz de lidar com inferências nas quais
palavras como "todos" e "alguns" (ou "cada um" e "nenhum")
surjam não na posição do sujeito, mas algures no predicado
gramatical. As regras de Aristóteles não nos permitem deter-
minar, por exemplo, a validade de inferências que contenham
premissas como "Todos os estudantes conhecem algumas
datas" ou "Algumas pessoas detestam os polícias todos". Só
22 séculos após a morte de Aristóteles esta lacuna seria
colmatada.
A lógica é utilizada em todas as diversas ciências que A-
ristóteles estudou; talvez não seja tanto uma ciência em si
mesma, mas mais um instrumento ou ferramenta das ciên-
cias. Foi essa a ideia que os sucessores de Aristóteles retira-
ram das suas obras de lógica, denominadas "Organon" a
partir da palavra grega para instrumento.
A obra Analíticos Anteriores mostra-nos de que modo a
lógica funciona nas ciências. Quem estudou geometria eucli-
diana na escola recorda-se certamente das muitas verdades
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geométricas, ou teoremas, alcançadas por raciocínio dedutivo
a partir de um pequeno conjunto de outras verdades chama-
das "axiomas". Embora o próprio Euclides tivesse nascido
numa altura tardia da vida de Aristóteles, este método axio-
mático era já familiar aos geómetras, e Aristóteles pensava
que podia ser amplamente aplicado. A lógica forneceria as
regras para a derivação de teoremas a partir de axiomas, e
cada ciência teria o seu próprio conjunto especial de axio-
mas. As ciências poderiam ser ordenadas hierarquicamente,
com as ciências inferiores tratando como axiomas proposi-
ções que poderiam ser teoremas de uma ciência superior.
Se tomarmos o termo "ciência" numa acepção ampla, a-
firma Aristóteles, é possível distinguir três tipos de ciências:
as produtivas, as práticas e as teóricas. As ciências produti-
vas incluem a engenharia e a arquitectura, e disciplinas como
a retórica e a dramaturgia, cujos produtos são menos concre-
tos. As ciências práticas são aquelas que guiam os compor-
tamentos, destacando-se entre elas a política e a ética. As
ciências teóricas são aquelas que não possuem um objectivo
produtivo nem prático, mas que procuram a verdade pela
verdade.
Por sua vez, a ciência teórica é tripartida. Aristóteles no-
meia as suas três divisões: "física, matemática, teologia"; mas
nesta classificação só a matemática é aquilo que parece ser.
O termo "física" designa a filosofia natural ou o estudo da
natureza (physis); inclui, além das disciplinas que hoje inte-
graríamos no campo da física, a química, a biologia e a psico-
logia humana e animal. A "teologia" é, para Aristóteles, o
estudo de entidades superiores e acima do ser humano, ou
seja, os céus estrelados, bem como todas as divindades que
poderão habitá-los. Aristóteles não se refere à "metafísica";
de facto, a palavra significa apenas "depois da física" e foi
utilizada para referenciar as obras de Aristóteles catalogadas
a seguir à sua Física. Mas muito daquilo que Aristóteles es-
creveu seria hoje naturalmente descrito como "metafísica"; e
ele tinha de facto a sua própria designação para essa disci-
plina, como veremos mais à frente. Anthony Kenny
ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS
Desidério Murcho
É comum falar em argumentos dedutivos, opondo-os aos
indutivos. Este artigo procura mostrar que há um conjunto de
aspectos subtis que devem ser tidos em linha de conta, caso
contrário será tudo muito confuso.
Antes de mais: a expressão "argumento indutivo" ou "in-
dução" dá origem a confusões porque se pode ter dois tipos
muito diferentes de argumentos: as generalizações e as pre-
visões. Uma generalização é um argumento como
Todos os corvos observados até hoje são pretos.
Logo, todos os corvos são pretos.
Numa generalização parte-se de algumas verdades
acerca de alguns membros de um dado domínio e genera-
liza-se essas verdades para todos os membros desse
domínio, ou pelo menos para mais.
Uma previsão é um argumento como
Todos os corvos observados até hoje são pretos.
Logo, o próximo corvo que observarmos será preto.
Uma pessoa imaginativa e com vontade de reduzir
coisas — uma síndrome comum em filosofia — pode que-
rer afirmar que podemos reduzir as previsões às generali-
zações via dedução: a conclusão da previsão acima se-
gue-se dedutivamente da conclusão da generalização an-
terior. Não acho que isto capta de modo algum a natureza
lógica ou conceptual da previsão, mas isso não é relevan-
te neste artigo. O que conta é que, mesmo que a previsão
seja redutível à generalização mais dedução, continua a
ser um modo comum de falar e uma parte importante do
nosso pensamento.
Numa veia ainda reducionista, algumas pessoas pode-
rão querer dizer que todos os outros tipos de argumentos
não dedutivos se reduzem à generalização e à previsão.
Assim, não valeria a pena falar de argumentos de autori-
dade, por exemplo, que são argumentos como o seguinte:
Einstein afirmou que não se pode viajar mais depressa do
que a luz.
Logo, não se pode viajar mais depressa do que a luz.
Uma vez mais: pode ser que este tipo de argumentos seja
redutível à generalização e à previsão. Mas é útil compreen-
der que este tipo de argumentos tem exigências próprias e
portanto é útil falar deles explicitamente, ainda que se trate
de um tipo de inferência redutível a qualquer outro tipo ou
tipos.
Dados estes esclarecimentos, importa agora esclarecer o
seguinte: O que é um argumento dedutivo? E como se distin-
gue tal coisa de um argumento indutivo?
Vou começar por dizer o modo como não se deve enten-
der estas noções. A primeira coisa a não fazer é pensar que
um argumento dedutivo se caracteriza por ser impossível a
sua conclusão ser falsa se as suas premissas forem verda-
deiras. Pensar isto provoca confusão porque significaria que
não há argumentos dedutivos inválidos. Porquê? Porque só
nos argumentos dedutivos válidos é impossível a conclusão
ser falsa se as suas premissas forem verdadeiras; nos argu-
mentos dedutivos inválidos, nas falácias (como a afirmação
da antecedente, por exemplo) é perfeitamente possível as
premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
Em termos rigorosos, não há problem algum com esta op-
ção; significa apenas que estamos a dar ao termo "dedução"
força factiva, como damos ao termo "demonstração". Do
mesmo modo que não há demonstrações inválidas, também
não há, de acordo com esta opção, deduções inválidas. Se é
uma dedução, é válida; se é uma demostração, é válida. Uma
"demonstração" inválida nada demonstra; uma "dedução"
inválida nada deduz.
O primeiro problema desta opção é exigir a reforma do
modo como geralmente se fala e escreve sobre argumentos
dedutivos — pois é comum falar de argumentos dedutivos
inválidos, como as falácias formais (por oposição às infor-
mais). Este problema não é decisivo, caso não se levantasse
outro problema: o segundo.
O segundo problema é o seguinte: Dado que todos os ar-
gumentos são dedutivos ou não dedutivos (ou indutivos, se
quisermos reduzir todo o campo da não dedução à indução),
e dado que não faz muito sentido usar o termo "dedução"
factivamente e o termo "indução" não factivamente, o resulta-
do bizarro é que deixa de haver argumentos inválidos. O
termo "argumento" torna-se factivo tal como os termos "dedu-
ção" e "indução". E isto já é demasiado rebuscado; as pesso-
as não usam mesmo o termo deste modo, nunca; passamos
a vida a falar de argumentos inválidos. E faz todo o sentido
que o façamos, pois se adoptarmos o entendimento factivo
do termo um "argumento" inválido não é de todo em todo um
argumento: é apenas um conjunto de proposições.
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É sem dúvida possível aceitar o resultado bizarro, e pas-
sar a usar o termo "argumento" factivamente. Mas se tiver-
mos a possibilidade de o evitar, de forma fundamentada e
reflectida, estaremos a facilitar as coisas — sobretudo ao
nível do ensino.
E temos possibilidade de evitar este resultado bizarro, e
manter o uso de "argumento" de tal modo que faça sentido
falar de argumentos inválidos, de deduções inválidas e de
induções inválidas. Para o fazer temos de distinguir cuidado-
samente a noção de argumento (dedutivo ou não) da noção
de validade (dedutiva ou não). Podemos, claro, usar um ter-
mo diferente para a validade não dedutiva, e reservar o termo
"validade" para a validade dedutiva, mas esta é uma mera
opção terminológica: tanto faz. O que é crucial é poder dizer
que um argumento é dedutivo, apesar deinválido, ou induti-
vo, apesar de inválido. E como se faz isso?
Apresentando os argumentos dedutivos como argumentos
cuja validade ou invalidade depende exclusivamente da sua
forma lógica; e os argumentos não dedutivos como argumen-
tos cuja validade ou invalidade não depende exclusivamente
da sua forma lógica. Evidentemente, isto não se aplica a
todos os argumentos dedutivos, mas esta é uma complicação
que esclareceremos dentro de momentos. Para já, vejamos
alguns exemplos:
Se Sócrates era ateniense, era grego.
Sócrates era grego.
Logo, era ateniense.
Se Sócrates era ateniense, era grego.
Sócrates era ateniense.
Logo, era grego.
O primeiro argumento é inválido. Mas qualquer argumento
indutivo, ainda que válido, sofre deste tipo de invalidade de-
dutiva. Devemos então dizer que os argumentos dedutiva-
mente inválidos não se distinguem dos argumentos indutivos
válidos? Claro que não, dado que eles se distinguem muito
claramente uns dos outros.
O primeiro argumento é dedutivamente inválido porque a
sua invalidade pode ser explicada recorrendo unicamente à
sua forma lógica. Mas seria uma enorme falta de sensibilida-
de lógica abandonar uma indução boa com base no facto de
a sua forma lógica e a verdade das suas premissas não ga-
rantir a verdade da sua conclusão.
Assim, um argumento é dedutivo ou indutivo em função
da explicação mais adequada que tivermos para a sua vali-
dade ou invalidade. Um argumento dedutivo inválido explica-
se adequadamente recorrendo unicamente à sua forma lógi-
ca, no sentido em que a sua forma lógica é suficiente para
distinguir os argumentos dedutivos inválidos dos válidos; o
mesmo não acontece com os argumentos indutivos, pois a
sua validade ou invalidade não depende exclusivamente da
sua forma lógica.
Deste modo, podemos manter a tradição de falar de ar-
gumentos dedutivos e indutivos; e podemos dizer que há
argumentos dedutivos inválidos; e não somos forçados a
aceitar que todo o argumento indutivo, por melhor que seja, é
sempre um argumento dedutivo inválido. Isto não acontece
porque os argumentos dedutivos nunca são indutivos, ainda
que sejam inválidos. Porque o que conta é o tipo de explica-
ção adequada para a sua validade ou invalidade.
Em termos primitivos, pois, o que conta é a validade e in-
validade; há diferentes tipos de validade e invalidade: a dedu-
tiva e a indutiva. E os argumentos são dedutivos ou indutivos
consoante a sua validade ou invalidade for dedutiva ou indu-
tiva.
É agora tempo de esclarecer que nem todos os argumen-
tos dedutivos dependem exclusivamente da sua forma lógica;
há argumentos dedutivos de carácter conceptual, como "O
João é casado; logo, não é solteiro". Não é difícil acomodar
estas variedades de dedução não formal no esquema aqui
proposto: tudo depende da melhor explicação disponível para
a validade ou invalidade em causa.
Podemos assim continuar a falar de argumentos deduti-
vos e indutivos, validos ou inválidos. E os argumentos deduti-
vos inválidos nunca são uma subclasse dos argumentos
indutivos.
DIAGRAMAS LÓGICOS
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES
Introdução
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários
problemas.
Uma situação que esses diagramas poderão ser usados, é na
determinação da quantidade de elementos que apresentam
uma determinada característica.
Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18
que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-
se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente
carro ou ainda quantas dirigem somente motos.
Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que
representam os motoristas de motos e motoristas de carros.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersec-
ção e depois completaremos os outros espaços.
Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo
esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.
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A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.
a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.
b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
seguinte tabela:
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente
montar os diagramas que representam cada conjunto.
A colocação dos valores começará pela intersecção dos três
conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por
último às regiões que representam cada conjunto individual-
mente.
Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo
que indicará o conjunto universo da pesquisa.
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são
leitores de nenhum dos três jornais.
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes
elementos:
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas
lêem apenas o jornal A.
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES
Verificamos que 500 pessoas não lêem o jornal C, pois é a
soma 205 + 30 + 115 + 150.
Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é
a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 +
150.
EXERCÍCIOS DE CONCURSOS
Diagramas Lógicos
1. De um total de 30 agentes administrativos sabe-se que:
I. 18 gostam de cinema
II. 14 gostam de teatro
III. 2 não gostam de cinema, nem de teatro
O número de agentes que gostam de cinema e de teatro
corresponde a:
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 87
2. De um grupo de N auxiliares técnicos de produção, 44
lêem jornal A, 42 o jornal B e 18 lêem ambos os jornais. sa-
bendo que todo auxiliar deste grupo é leitor de pelo menos
um dos jornais, o número N de auxiliares é:
3. Em uma turma, 45% dos alunos falam inglês e 33% falam
francês. Se 25% dos alunos não falam nenhuma duas lín-
guas, a porcentagem de alunos que falam francês, mas não
falam inglês é de:
a) 3%
b) 15%
c) 27%
d) 30%
e) 33%
4. Realizou-se uma pesquisa e verificou-se que, das pessoas
consultadas, 200 ouviam a rádio A, 300 ouviam a rádio B, 20
ouviam as duas rádios (A e B) e 220 não ouviam nenhuma
das duas rádios.
Quantas pessoas foram consultadas?
a) 520
b) 560
c) 640
d) 680
e) 700
5. Em uma pesquisa, foram entrevistados 100 telespectado-
res. 60 assistiam à televisão à noite e 50 assistiam à televi-
são de dia. Quantos assistiam à televisão de dia e de noite?
a) 5
b) 10
c) 15
d) 20
e) 25
6. Em uma pesquisa, foram entrevistadas 200 pessoas. 100
delas iam regularmente ao cinema, 60 iam regularmente ao
teatro e 50 não iam regularmente nem ao cinema nem ao
teatro.Quantas
dessas pessoas iam regularmente a ambos?
a) 10
b) 20
c) 30
d) 40
e) 50
7. (NCNB_02) Uma professora levou alguns alunos ao par-
que de diversões chamado Sonho. Desses alunos:
16 já haviam ido ao parque Sonho, mas nunca andaram de
montanha russa.
6 já andaram de montanha russa, mas nunca haviam ido
ao parque Sonho.
Ao todo, 20 já andaram de montanha russa.
Ao todo, 18 nunca haviam ido ao parque Sonho.
Pode-se afirmar que a professora levou ao parque Sonho:
a) 60 alunos
b) 48 alunos
c) 42 alunos
d) 366alunos
e) 32 alunos
8. (ICMS_97_VUNESP) Em uma classe, há 20 alunos que
praticam futebol mas não praticam vôlei e há 8 alunos que
praticam vôlei mas não praticam futebol. O total dos que
praticam vôlei é 15.
Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol. O nú-
mero de alunos da classe é:
a) 30
b) 35
c) 37
d) 42
e) 44
9. Suponhamos que numa equipe de 10 estudantes, 6 usam
óculos e 8 usam relógio. O numero de estudantes que usa ao
mesmo tempo, óculos e relógio é:
a) exatamente 6
b) exatamente 2
c) no mínimo 6
d) no máximo 5
e) no mínimo 4
10. Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias
pessoas acerca de suas preferências em relação a 3 produ-
tos: A, B e C. Os resultados da pesquisa indicaram que:
210 pessoas compram o produto A.
210 pessoas compram o produto N.
250 pessoas compram o produto C.
20 pessoas compram os três produtos.
100 pessoas não compram nenhum dos 3 produtos.
60 pessoas compram o produto A e B.
70 pessoas compram os produtos A eC.
50 pessoas compram os produtos B e C.
Quantas pessoas foram entrevistadas:
a) 670
b) 970
c) 870
d) 610
e) 510
11. No problema anterior, calcular quantas pessoas compram
apenas o produto A; apenas o produto B; apenas o produto
C.
a) 210;210;250
b) 150;150;180
c) 100;120;150
d) 120;140;170
e) n.d.a.
12. (A_MPU_ESAF_04) Um colégio oferece a seus alunos à
prática de um ou mais de um dos seguintes esportes: futebol,
basquete e vôlei. Sabe-se que, no atual semestre, 20 alu-
nos praticam vôlei e basquete;
60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete;
21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei;
o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao
número dos alunos que praticam só vôlei;
17 alunos praticam futebol e vôlei;
45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45, não
praticam vôlei;
O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é
igual a:
a) 93
b) 114
c) 103
d) 110
e) 99
13. (ESAF_97) Uma pesquisa entre 800 consumidores -
sendo 400 homens e 400 mulheres- mostrou os seguintes
resultados:
Do total de pessoas entrevistadas:
500 assinam o jornal X
350 têm curso superior
250 assinam o jornal X e têm nível superior
Do total de mulheres entrevistadas:
200 assinam o jornal X
150 têm curso superior
50 assinam o jornal X e têm nível superior
O número de homens entrevistados que não assinam o jornal
X e não têm curso superior é, portanto, igual a:
a) 100
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 88
b) 200
c) 0
d) 50
e) 25
14. No diagrama abaixo, considere os conjuntos A, B, C e U (
universo ).
A região sombreada corresponde à seguinte operação:
a) A ∪ B ∪ C
b) (A ∪ B) ∩ C
c) A ∩ B∩ C
d) (A ∩ B) ∪ C
QUESTÕES CERTO / ERRADO (CESPE / UNB)
15. (UNB) Numa entrevista realizada pelo Departamento de
Ciências Econômicas da UCG com 50 pessoas, da classe
média de Goiânia, acerca de suas preferências por aplica-
ções de seus excedentes financeiros, obteve-se o seguinte
resultado: 21 pessoas disseram que aplicam em fundos de
renda fixa; 34 em cadernetas de poupança e 50 não aplicam
em nenhuma dasmodalidades. Deste modo, 10 pessoas
aplicam nas duas modalidades (obs.: uma mesma pessoa
pode aplicar em mais de uma modalidade).
16. (MPU_99UNB) Em exames de sangue realizados em 500
moradores de uma região com péssimas condições sanitárias
foi constatada a presença de três tipos de vírus: A, B, C . O
resultado dos exames revelou que o vírus A estava presente
em 210 moradores; o vírus B, em 230; os vírus A e B, em 80;
os vírus A e C, em 90; e os vírus B e C, em 70. Além disso,
em 5 moradores não foi detectado nenhum dos três vírus e o
numero de moradores infectados pelo vírus C era igual ao
dobro dos infectados apenas pelo vírus B.
Com base nessa situação, julgues os itens abaixo:
I. O número de pessoas contaminadas pelo três vírus simul-
taneamente representa 9% do total de
pessoas examinadas.
II. O número de moradores que apresentam o vírus C é igual
a 230.
III. 345 moradores apresentam somente um dos vírus.
IV. Mais de 140 moradores apresentaram pelo menos, dois
vírus.
V. O número de moradores que não foram contaminados
pelos vírus B e C representa menos de 16% do total de pes-
soas examinadas.
17. Pedro, candidato ao cargo de Escrivão de Polícia Federal,
necessitando adquirir livros para se preparar para o concurso,
utilizou um site de busca da Internet e pesquisou em uma
livraria virtual, especializada nas áreas de direito, administra-
ção e economia, que vende livros nacionais e importados.
Nessa livraria, alguns livros de direito e todos os de adminis-
tração fazem parte dos produtos nacionais. Alem disso, não
há livro nacional disponível de capa dura. Com base nas
informações acima é possível que Pedro, em sua pesquisa,
tenha:
I. Encontrado um livro de administração de capa dura.
II. Adquirido dessa livraria um livro de economia de capa
flexível.
III. Selecionado para compra um livro nacional de direito de
capa dura.
IV. Comprado um livro importado de direito de capa flexível.
Respostas exercícios: 1-C 2-A 3-A 4-B 5-B
RESPOSTAS
1.B
2.C
3.D
4.E
5.B
6.A
7.B
8.E
9.E
10.D
11.C
12.E
13.A
14.C
15.C (certo)
16.C,E,C,C,E
17.E,C,E,C
EQUIVALÊNCIA LÓGICA
Na lógica, as asserções p e q são ditas logicamente
equivalentes ou simplesmente equivalentes, se p = q e q =
p .
Em termos intuitivos, duas sentenças são logicamente
equivalentes se possuem o mesmo "conteúdo lógico".
Do ponto de vista da teoria da demonstração, p e q são
equivalentes se cada uma delas pode ser derivada a partir da
outra. Semanticamente, p e q são equivalentes se elas têm
os mesmos valores para qualquer interpretação.
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NOTÁVEIS
Negação da Negação (Dupla Negação)
~(~p) p
p ~q ~(p)
F V F
V F V
Como as tabelas-verdade são idênticas podemos dizer
que ~(~p)⇔⇔⇔⇔ p.
Exemplo: "Não é verdade que Mario não é estudioso" é
logicamente equivalente a "Mario é estudioso".
Exemplos:
a)
p: Não tem ninguém aqui.
~p: Tem ninguém aqui.
~(~p): Tem alguém aqui.
Logicamente falando, "Não tem ninguém aqui" é equiva-
lente à "Tem alguém aqui".
b)
p: Não dá para não ler.
~p: Dá para não ler.
~(~p): Dá para ler.
Logicamente falando, "Não dá para não ler" é equivalente
à "Dá para ler".
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ARGUMENTOS VÁLIDOS E INVÁLIDOS
Eduardo O C Chaves
Conceituação de ArgumentoUm argumento é um conjunto de enunciados -- mas não
um conjunto qualquer de enunciados. Num argumento os
enunciados têm que ter uma certa relação entre si e é neces-
sário que um deles seja apresentado como uma tese, ou uma
conclusão, e os demais como justificativa da tese, ou premis-
sas para a conclusão. Normalmente argumentos são utiliza-
dos para provar ou disprovar algum enunciado ou para con-
vencer alguém da verdade ou da falsidade de um enunciado.
Assim sendo, o seguinte conjunto de enunciados não é,
na realidade, um argumento:
1. Todos os metais se dilatam com o calor
2. Todas os meses há pelo menos quatro domingos
3. Logo, a UNICAMP é uma boa universidade.
Neste caso, embora todos os enunciados sejam (pelo
menos à primeira vista) verdadeiros, e embora eles se dispo-
nham numa forma geralmente associada com a de um argu-
mento (premissa 1, premissa 2, e conclusão, precedida por
"logo"), não temos um argumento porque os enunciados não
têm a menor relação entre si. Não devemos sequer afirmar
que temos um argumento inválido aqui, porque mesmo num
argumento inválido as premissas e a conclusão precisam ter
uma certa relação entre si.
Por outro lado, o seguinte é um argumento:
4. Todos os homens são mortais
5. Sócrates é homem
6. Logo, Sócrates é mortal.
Neste caso, temos um argumento válido, em que todas as
premissas são verdadeiras e a conclusão também -- ou pelo
menos assim parecem à primeira vista.
A Forma de um Argumento
Argumentos têm uma certa forma ou estrutura. O argu-
mento constituído pelo conjunto de enunciados (2) tem a
seguinte forma:
7. Todos os x são y
8. z é x
9. Logo, z é y.
Imaginemos o seguinte argumento, que tem a mesma
forma do argumento constituído pelo conjunto de enunciados
4-6:
10. Todos os homens são analfabetos
11. Raquel de Queiroz é homem
12. Logo, Raquel de Queiroz é analfabeta.
Este argumento, diferentemente do argumento constituído
pelos enunciados 4-6, tem premissas e conclusão todas fal-
sas. No entanto, tem exatamente a mesma forma ou estrutu-
ra do argumento anterior (forma explicitada nos enunciados
7-9). Se o argumento anterior (4-6) é válido (e é), este (10-12)
também é.
Quando dois ou mais argumentos têm a mesma forma, se
um deles é válido, todos os outros também são, e se um
deles é inválido, todos os outros também são. Como o argu-
mento constituído pelos enunciados 4-6 é válido, e o argu-
mento constituído pelos enunciados 10-12 tem a mesma
forma (7-9), este (1012) também é válido.
A Forma de um Argumento e a Verdade das Premissas
O último exemplo mostra que um argumento pode ser vá-
lido apesar de todas as suas premissas e a sua conclusão
serem falsas. Isso é indicativo do fato de que a validade de
um argumento não depende de serem suas premissas e sua
conclusão efetivamente verdadeiras.
Mas se esse é o caso, quando é um argumento válido?
Argumentos Válidos e Inválidos
Um argumento é válido quando, se todas as suas premis-
sas forem verdadeiras, a sua conclusão tiver que, necessari-
amente, ser verdadeira (sob pena de auto-contradição).
Considere os dois argumentos seguintes, constituídos,
respectivamente, pelos enunciados 13-15 e 16-18
Primeiro:
13. Se eu ganhar sozinho na Sena, fico milionário
14. Ganhei sozinho na Sena
15. Logo, fiquei milionário
Segundo:
16. Se eu ganhar sozinho na Sena, fico milionário
17. Não ganhei sozinho na Sena
18. Logo, não fiquei milionário
Esses dois argumentos são muito parecidos. A forma do
primeiro é:
19. Se p, q
20. p
21. Logo, q
A forma do segundo é:
22. Se p, q
23. não-p
24. Logo, não-q
O primeiro argumento é válido porque se as duas premis-
sas forem verdadeiras a conclusão tem que, necessariamen-
te, ser verdadeira. Se eu argumentar com 13 e 14, e concluir
que não fiquei milionário, estou me contradizendo.
O segundo argumento é inválido porque mesmo que as
duas premissas sejam verdadeiras a conclusão pode ser
falsa (na hipótese, por exemplo, de eu herdar uma fortuna
enorme de uma tia rica).
Falácias e Argumentos Sólidos ou Cogentes
Argumentos da forma representada pelos enunciados 22-
24 são todos inválidos. Dá-se o nome de falácia a um argu-
mento inválido, mas não, geralmente, a um argumento válido
que possua premissas falsas.
A um argumento válido cujas premissas são todas verda-
deiras (e, portanto, cuja conclusão também é verdadeira) dá-
se o nome de um argumento cogente ou sólido.
Argumentos, Convicção e Persuasão
Um argumento cogente ou sólido deveria convencer a to-
dos, pois é válido e suas premissas são verdadeiras. Sua
conclusão, portanto, segue das premissas. Contudo, nem
sempre isso acontece.
Em primeiro lugar, muitas pessoas podem não admitir que
o argumento é cogente ou sólido. Podem admitir a verdade
de suas premissas e negar sua validade. Ou podem admitir
sua validade e negar a verdade de uma ou mais de suas
premissas.
Em segundo lugar, algumas pessoas podem estar certas
da validade de um argumento e estar absolutamente convic-
tas de que a conclusão é inaceitável, ou falsa. Neste caso,
podem usar o mesmo argumento para mostrar que pelo me-
nos uma de suas premissas tem que ser falsa.
Um argumento inválido (falácia), ou um argumento válido
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 90
com premissas falsas, não deveria convencer ninguém. No
entanto, muitas pessoas são persuadidas por argumentos
desse tipo.
A questão da validade ou não de um argumento é intei-
ramente lógica.
A questão da cogência ou solidez de um argumento é ao
mesmo tempo lógica (porque depende da sua validade) e
epistemológica (porque depende de suas premissas serem
verdadeiras).
A questão da força persuasiva de um argumento é uma
questão psicológica, ou psicossocial.
Contradição
Diz-se que há contradição quando se afirma e se nega
simultaneamente algo sobre a mesma coisa. O princípio da
contradição informa que duas proposições contraditórias
não podem ser ambas falsas ou ambas verdadeiras ao
mesmo tempo.Existe relação de simetria, não podem ter o
mesmo valor de verdade.
Por exemplo, imaginando-se que se tem um conjunto de
bolas, a afirmação "Toda Bola é Vermelha" e a afirmação
"Alguma Bola não é Vermelha" formam uma contradição,
visto que:
se "Toda Bola é Vermelha" for verdadeira, "Alguma Bola
não é Vermelha" tem que ser falsa
se "Toda Bola é Vermelha" for falsa, "Alguma Bola não é
Vermelha" tem que ser verdadeira
se "Alguma Bola não é Vermelha" for verdadeira, "Toda
Bola é Vermelha" tem que ser falsa
e
se "Alguma Bola não é Vermelha" for falsa, "Toda Bola é
Vermelha" tem que ser verdadeira
Por outro lado, a afirmação "Toda Bola é Vermelha" e a
afirmação "Nenhuma Bola é Vermelha", não formam uma
contradição, visto que
se "Toda Bola é Vermelha" for verdadeira, "Nenhuma Bola
é Vermelha" tem que ser falsa
mas
se "Toda Bola é Vermelha" for falsa, "Nenhuma Bola é
Vermelha" pode tanto ser verdadeira quanto falsa
e
se "Nenhuma Bola é Vermelha" for verdadeira, "Toda Bola
é Vermelha" tem que ser falsa
mas
se "Nenhuma Bola é Vermelha" for falsa, "Toda Bola é
Vermelha" pode tanto ser verdadeira quanto falsa
E sendo uma negação total (ao nível da quantidade e da
qualidade) a contraditória da afirmação "As contraditórias das
grandes verdades são grandes verdades"seria: Algumas
contraditórias das grandes verdades não são grandes
verdades.
A noção de contradição é, geralmente estudada sob a
forma de um princípio: o «princípio de contradição» ou «prin-
cípio de não contradição». Com frequência, tal princípio é
considerado um princípio ontológico e, neste sentido, enunci-
a-se do seguinte modo:
«É impossível que uma coisa seja e não seja ao mesmo
tempo, a mesma coisa». Outras vezes, é considerado como
um princípio lógico, e então enunciado do modo seguinte:
«não se pode ter p e não p», onde p é símbolo de um enun-
ciado declarativo.
O primeiro pensador que apresentou este princípio de
forma suficientemente ampla foi Aristóteles. Várias partes da
sua obra estão consagradas a este tema, mas nem sempre o
princípio é formulado do mesmo modo. Às vezes apresenta-o
como uma das «noções comuns» ou «axiomas» que servem
de premissa para a demonstração, sem poderem ser de-
monstradas. Noutras ocasiões, apresenta-o como uma «no-
ção comum», usada para a prova de algumas conclusões.
Apresenta ainda este princípio como uma tese segundo a
qual se uma proposição é verdadeira, a sua negação é falsa
e se uma proposição é falsa, a sua negação é verdadeira,
quer dizer, como a tese segundo a qual, duas proposições
contraditórias não podem ser ambas verdadeiras ou ambas
falsas.
Estas formulações podem reduzir-se a três interpretações
do mesmo princípio: ontológica, lógica e metalógica. No pri-
meiro caso o princípio refere-se à realidade; no segundo,
converte-se numa formula lógica ou numa tautologia de lógi-
ca sequencial, que se enuncia do seguinte modo:
¬(p Ù ¬p)
e que se chama geralmente de lei de contradição. No ter-
ceiro caso, o princípio é uma regra que permite realizar infe-
rências lógicas.
As discussões em torno do princípio de contradição têm
diferido consoante se acentua o lado ontológico ou o lado
lógico e metalógico. Quando se dá mais relevância ao lado
ontológico, trata-se sobretudo de afirmar o princípio como
expressão da estrutura constitutiva do real, ou de o negar
supondo que a própria realidade é contraditória (Hereclito) ou
que, no processo dialético da sua evolução, a realidade
supera, transcende ou vai mais além do princípio de
contradição (Hegel). Quando predomina o lado lógico e
metalógico, trata-se então de saber se o princípio deve ser
considerado como um axioma evidente por si mesmo ou
como uma convenção da nossa linguagem que nos permite
falar acerca da realidade.
LEIS DE AUGUSTUS DE MORGAN
1. O complementar da reunião de dois conjuntos A e B é
a interseção dos complementares desses conjuntos.
(A B)c = Ac Bc
2. O complementar da reunião de uma coleção finita de
conjuntos é a interseção dos complementares desses
conjuntos.
(A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc
3. O complementar da interseção de dois conjuntos A e
B é a reunião dos complementares desses conjuntos.
(A B)c = Ac Bc
4. O complementar da interseção de uma coleção finita
de conjuntos é a reunião dos complementares desses
conjuntos.
(A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc
Tautologia
Na lógica proposicional, uma tautologia (do grego
ταυτολογία) é uma fórmula proposicional que é verdadeira
para todas as possíveis valorações de suas variáveis
proposicionais. A negação de uma tautologia é uma
contradição ou antilogia, uma fórmula proposicional que é
falsa independentemente dos valores de verdade de suas
variáveis. Tais proposições são ditas insatísfatíveis.
Reciprocamente, a negação de uma contradição é uma
tautologia. Uma fórmula que não é nem uma tautologia nem
uma contradição é dita logicamente contingente. Tal
fórmula pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos valores
atribuídos para suas variáveis proposicionais.
Uma propriedade fundamental das tautologias é que
existe um procedimento efetivo para testar se uma dada
fórmula é sempre satisfeita (ou, equivalentemente, se seu
complemento é insatisfatível). Um método deste tipo usa as
tabelas-verdade. O problema de decisão de determinar se
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 91
uma fórmula é satisfatível é o problema de satisfabilidade
booleano, um exemplo importante de um problema NP-
completo na teoria da complexidade computacional.
O SILOGISMO
O silogismo é uma forma de inferência mediata, ou racio-
cínio dedutivo. São duas as espécies de silogismos que estu-
daremos aqui, que recebem a sua designação do tipo de
juízo ou proposição que forma a primeira premissa:
O silogismo categórico
A natureza do silogismo, o elo de necessidade lógica que
liga as premissas à conclusão, está bem patente no exemplo
que daremos a seguir, e que servirá de ponto de partida para
o nosso estudo desta forma de dedução:
Se todos os homens são mortais e todos os franceses são
homens, então todos os franceses são mortais.
Em primeiro lugar, notemos que o silogismo categórico é
composto de três proposições ou juízos: duas premissas –
"Todos os homens são mortais" e "Todos os franceses são
homens" – e uma conclusão – "Todos os franceses são mor-
tais". Neste caso as premissas e a conclusão são todas pro-
posições universais afirmativas (A), mas cada uma poderia
em princípio ser de qualquer outro tipo: universal negativa
(E), particular afirmativa (I) ou particular negativa (O).
Em segundo lugar, nas três proposições entram unica-
mente três termos: "mortais", "homens" e "franceses". Um
destes termos entra nas premissas mas não na conclusão: é
o chamado termo médio, que simbolizaremos pela letra M. Os
outros dois termos são o termo maior, que figura na primeira
premissa, que por isso é também designada de premissa
maior; e o termo menor, que figura na segunda premissa ou
premissa menor. Estes dois termos são simbolizados res-
pectivamente pelas letras P e S. Assimilaremos melhor este
simbolismo se tivermos em conta que, na conclusão, o termo
maior, P, é predicado e o termo menor, S, é sujeito.
Finalmente, embora a forma que utilizamos para apresen-
tar o silogismo seja a melhor para dar conta da ligação lógica
entre as premissas e a conclusão e esteja mais de acordo
com a formulação original de Aristóteles, existem outras duas
formas mais vulgarizadas, uma das quais será aquela que
utilizaremos com mais frequência.
Todo o M é P.
Todo o S é M.
Logo todo o S é P.
Todo o M é P.
Todo o S é M.
Todo o S é P.
Regras do silogismo
São em número de oito. Quatro referem-se aos termos e
as outras quatro às premissas.
Regras dos termos
1. Apenas existem três termos num silogismo: maior,
médio e menor. Esta regra pode ser violada facilmente quan-
do se usa um termo com mais de um significado: "Se o cão é
pai e o cão é teu, então é teu pai." Aqui o termo "teu" tem
dois significados, posse na segunda premissa e parentesco
na conclusão, o que faz com que este silogismo apresente na
realidade quatro termos.
2. Nenhum termo deve ter maior extensão na conclu-
são do que nas premissas: "Se as orcas são ferozes e
algumas baleias são orcas, então as baleias são ferozes." O
termo "baleias" é particular na premissa e universal na con-
clusão, o que invalida o raciocínio, pois nada é dito nas pre-
missas acerca das baleias que não são orcas, e que podem
muito bem não ser ferozes.
3. O termo médio não pode entrar na conclusão.
4. Pelo menos uma vez o termo médio deve possuir
uma extensão universal:"Se os britânicos são homens e
alguns homens são sábios, então os britânicos são sábios."
Como é que podemos saber se todos os britânicos perten-
cem à mesma sub-classe que os homens sábios? É preciso
notar que na primeira premissa "homens" é predicado e tem
uma extensão particular.
Regras das premissas
5. De duas premissas negativas, nada se pode conclu-
ir: "Se o homem não é réptil e o réptil não é peixe, então..."
Que conclusão se pode tirar daqui acerca do "homem" e do
"peixe"?
6. De duas premissas afirmativas não se pode tirar
conclusão negativa.
7. A conclusão segue sempre a premissa mais fraca.
A particular é mais fraca do que a universal e a negativa mais
fraca do que a afirmativa. Isto significa que se uma das pre-
missas for particular, a conclusão sê-lo-á igualmente; o mes-
mo acontecendo se uma das premissas for negativa: "Se os
europeus não são brasileiros e os franceses são europeus,
então os franceses não são brasileiros." Que outra conclusão
se poderia tirar?
8. Nada se pode concluir de duas premissas particula-
res. De "Alguns homens são ricos" e "Alguns homens são
sábios" nada se pode concluir, pois não se sabe que relação
existe entre os dois grupos de homens considerados. Aliás,
um silogismo com estas premissas violaria também a regra 4.
Modo e figura do silogismo
Consideremos os três silogismos seguintes, com os res-
pectivos esquemas:
Nenhum asiático é europeu. (Nenhum M é P.)
Todos os coreanos são asiáti-
cos.
(Todo o S é M.)
Portanto nenhum coreano é
europeu.
(Portanto nenhum S é
P.)
Ý
Nenhum ladrão é sábio. (Nenhum P é M.)
Alguns políticos são sábios. (Algum S é M.)
Portanto alguns políticos não são
ladrões.
(Portanto algum S não
é P.)
Todos os jovens são alegres. (Todo o M é P.)
Todos os jovens são travessos. (Todo o M é S.)
Portanto alguns travessos são
alegres.
(Portanto algum S é
P.)
Estes silogismos são, evidentemente, diferentes, não
apenas em relação às proposições concretas que os formam,
mas igualmente em relação à quantidade e qualidade dessas
proposições e à maneira como o termo médio nelas se apre-
senta, como no-lo indicam os esquemas que os acompa-
nham. Assim, no primeiro silogismo temos uma proposição
universal negativa (E), uma universal afirmativa (A) e mais
uma universal negativa (E); no segundo, temos a sequência
E, I, O; no terceiro, A, A, I. Quanto à posição do termo médio,
verificamos que no primeiro silogismo ele é sujeito na premis-
sa maior e predicado na premissa menor; no segundo, é
predicado em ambas as premissas; e no terceiro silogismo é
sujeito também tanto na maior como na menor. Fazendo
variar todos estes factores de todas as maneiras possíveis
obteremos provavelmente uma soma assustadora de silogis-
mos diferentes.
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Modo do silogismo
Assim, se considerarmos o modo do silogismo, que é a
forma como os diferentes tipos de proposição – A, E, I, O –
nele se dispõem, teremos 64 (sessenta e quatro) silogismos
possíveis, número que é obtido quando fazemos todas as
combinações possíveis das quatro letras em grupos de três,
que é o número de proposições num silogismo categórico.
Figura do silogismo
Todavia, para além do modo, temos de ter em considera-
ção a figura, que é definida pelo papel, sujeito ou predicado,
que o termo médio desempenha nas duas premissas. Exis-
tem quatro figuras possíveis: 1) sujeito-predicado, 2) predica-
do-predicado, 3) sujeito-sujeito e 4) predicado-sujeito, corres-
pondendo as três primeiras aos exemplos dados. Se combi-
narmos estas quatro figuras com os sessenta e quatro modos
encontrados acima, obtemos o bonito produto de 256 silo-
gismos. Felizmente para nós muitos desses silogismos são
repetições – por exemplo, o modo AEE equivale a EAE –, ou
infringem diversas das regras do silogismo – por exemplo, o
modo IIO compõe-se de duas premissas particulares, pelo
que, pela regra 8, não é válido –, de maneira que não se
conseguem mais do que dezanove silogismos concludentes.
Modos válidos
Assim, na primeira figura, em que o termo médio é sujeito
na premissa maior e predicado na menor, apenas são válidos
os modos seguintes: AAA, EAE, AII, EIO. Para memorizar
melhor estes modos, os lógicos medievais associaram-nos a
determinadas palavras, que se tornaram uma espécie de
designação para os mesmos: são elas, respectivamente,
Barbara, Celarent, Darii, Ferio. O primeiro exemplo que
demos neste ponto, sobre os asiáticos e os coreanos, é um
exemplo de silogismo na primeira figura, modo Celarent. Os
modos válidos das outras figuras teriam também as suas
designações mnemónicas próprias:
2.ª figura: Cesare, Camestres, Festino, Baroco.
3.ª figura: Darapti, Felapton, Disamis, Bocardo, Ferison.
4.ª figura: Bamalip, Calemes, Dimatis, Fesapo, Fresison.
Existe uma particularidade importante em relação às di-
versas figuras. Através de diversos procedimentos, dos quais
o mais importante é a conversão, é possível reduzir silogis-
mos de uma figura a outra figura, ou seja, pegar, por exem-
plo, num silogismo na segunda figura e transformá-lo num
silogismo na primeira figura.
Nenhum ladrão é sábio.
Alguns políticos são sábios.
Portanto alguns políticos não são ladrões.
Nenhum sábio é ladrão.
Alguns políticos são sábios.
Portanto alguns políticos não são ladrões.
Aqui o primeiro silogismo tem o termo médio na posição
de predicado das duas premissas. Trata-se portanto de um
silogismo da segunda figura, modo Festino. Através da con-
versão da premissa maior – um processo simples neste caso,
mas convém rever o que dissemos anteriormente sobre o
assunto (cf. Inferência imediata ) –, transformámo-lo num
silogismo categórico da primeira figura, em que o termo mé-
dio desempenha o papel de sujeito na premissa maior e pre-
dicado na menor. O modo do novo silogismo é Ferio.
Tradicionalmente, a primeira figura tem sido considerada
como a mais importante, aquela em que a evidência da de-
dução é mais forte. Reduzir os silogismos nas outras figuras
a silogismos equivalentes na primeira figura seria uma manei-
ra de demonstrar a validade dos mesmos. A utilidade de
decorar os diversos modos válidos é relativa, uma vez que a
aplicação das regras do silogismo permitem perfeitamente
definir se um qualquer silogismo é ou não válido.
O silogismo hipotético
No silogismo categórico, estão em causa dois termos, o
maior e o menor, que são comparados com um terceiro ter-
mo, o médio, daí se chegando a uma conclusão acerca da
relação existente entre os dois primeiros: "Se todos os lagar-
tos são répteis e alguns animais não são lagartos, então
alguns animais não são répteis." No silogismo hipotético
lidaremos, não com os termos, mas com as proposições em
si. Vejamos um exemplo:
Se João estuda então passa no exame;
João estuda,
Portanto passa no exame.
Neste caso, a primeira premissa, ou premissa maior, é
constituída por uma proposição composta por duas outras
proposições: "João estuda" e "João passa no exame", ligadas
entre si pelas partículas "se... então...", ou outras equivalen-
tes; poder-se-ia dizer também, com o mesmo sentido: "Estu-
dar implica, para João, passar no exame", ou "João passa no
exame desde que estude". O importante é notarmos que uma
das proposições surge como consequência da outra, constitu-
indo aquilo que designamos por juízo hipotético ou condicio-
nal: daí designarmosuma delas como antecedente – neste
caso, "João estuda" – e a outra como consequente – "João
passa no exame." A premissa menor limita-se a repetir, a
afirmar, uma das proposições que compõem a primeira pre-
missa – neste caso, o antecedente –, mas é precisamente
dessa afirmação que decorre logicamente a conclusão – que
não é outra coisa senão o consequente.
Se simbolizássemos a primeira proposição por "p" e a se-
gunda por "q", poderíamos reduzir o silogismo anterior a este
esquema:
Se p, então q;
ora p;
logo q.
Numa formulação mais intuitiva, o que isto quer dizer é
que, face a uma condição como a que é estabelecida na
premissa maior, afirmar a verdade do antecedente é afirmar
simultaneamente a verdade do consequente. Poderíamos
substituir as letras "p" e "q" por outras proposições verdadei-
ras que o raciocínio continuaria válido.
O silogismo hipotético possui duas figuras válidas ou mo-
dos:
Modus ponens
Modus ponens, que corresponde ao exemplo dado, e que
poderíamos sintetizar nas seguintes regras:
1. Num juízo hipotético, a afirmação do antecedente o-
briga à afirmação do consequente.
2. Da afirmação do consequente nada se pode concluir.
Modus tollens
Modus tollens, que corresponde ao seguinte esquema:
"se p, então q; ora não q; logo não p", e cuja mecânica pode-
ríamos sintetizar nas seguintes regras:
1. Num juízo hipotético, a negação do consequente torna
necessária a negação do antecedente.
2. Da negação do antecedente nada se pode concluir.
Formas muito vulgarizadas, mas não válidas, de si-
logismo hipotético, são aquelas que quebram as regras atrás
expostas. Por exemplo, afirmar o consequente para afirmar o
antecedente, como em: "Se chovesse, o chão estaria molha-
do; ora o chão está molhado, logo choveu." Evidentemente, é
provável que o chão esteja molhado por causa da chuva, mas
também o pode estar outros motivos, como o facto de alguém
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o ter regado, etc. Outro exemplo: "Se Roberto tomasse vene-
no ficaria doente; ora Roberto não tomou veneno, portanto
não ficou doente". Quem nos garante isso? Podia ter apa-
nhado uma gripe.
PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM
Por meio do princípio fundamental da contagem, podemos
determinar quantas vezes, de modo diferente, um
acontecimento pode ocorrer.
Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas e
independentes, de maneira que o número de possibilidades:
Na 1a etapa é k1,
Na 2a etapa é k2,
Na 33 etapa é k3,
..........................
Na enésima etapa é kn, então o número total de
possibilidades de ocorrer o referido evento é o produto k1, k2,
k3 ... kn.
O princípio fundamental da contagem nos diz que sempre
devemos multiplicar os números de opções entre as escolhas
que podemos fazer. Por exemplo, para montar um computa-
dor, temos 3 diferentes tipos de monitores, 4 tipos de tecla-
dos, 2 tipos de impressora e 3 tipos de "CPU". Para saber o
numero de diferentes possibilidades de computadores que
podem ser montados com essas peças, somente multiplica-
mos as opções:
3 x 4 x 2 x 3 = 72
Então, têm-se 72 possibilidades de configurações diferen-
tes.
Um problema que ocorre é quando aparece a palavra
"ou", como na questão:
Quantos pratos diferentes podem ser solicitados por um
cliente de restaurante, tendo disponível 3 tipos de arroz, 2 de
feijão, 3 de macarrão, 2 tipos de cervejas e 3 tipos de refrige-
rante, sendo que o cliente não pode pedir cerveja e refrige-
rante ao mesmo tempo, e que ele obrigatoriamente tenha de
escolher uma opção de cada alimento?
A resolução é simples: 3 x 2 x 3 = 18 , somente pela co-
mida. Como o cliente não pode pedir cerveja e refrigerantes
juntos, não podemos multiplicar as opções de refrigerante
pelas opções de cerveja. O que devemos fazer aqui é apenas
somar essas possibilidades:
(3 x 2 x 3) x (2 + 3) = 90
Resposta para o problema: existem 90 possibilidades de
pratos que podem ser montados com as comidas e bebidas
disponíveis.
Outro exemplo:
No sistema brasileiro de placas de carro, cada placa é
formada por três letras e quatro algarismos. Quantas placas
onde o número formado pelos algarismos seja par, podem
ser formadas?
Primeiro, temos de saber que existem 26 letras. Segundo,
para que o numero formado seja par, teremos de limitar o
ultimo algarismo à um numero par. Depois, basta multiplicar.
26 x 26 x 26 = 17.567 -> parte das letras
10 x 10 x 10 x 5 = 5.000 -> parte dos algarismos, note que
na última casa temos apenas 5 possibilidades, pois queremos
um número par (0, 2 , 4 , 6 , 8).
Agora é só multiplicar as partes: 17.567 x 5.000 =
87.835.000
Resposta para a questão: existem 87.835.000 placas on-
de a parte dos algarismos formem um número par.
PRINCÍPIO DA ADIÇÃO
Suponhamos um procedimento executado em k fases. A
fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2
maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser
executada. As fases são excludentes entre si, ou seja, não é
possível que duas ou mais das fases sejam realizadas em
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk
maneiras de ser realizado.
Exemplo
Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a
cidade B. Existem 5 caminhos possíveis para a cidade A e 3
possíveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possíveis.
PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO
Suponhamos um procedimento executado em k fases,
concomitantes entre si. A fase 1 tem n1 maneiras de ser
executada, a fase 2 possui n2 maneiras de ser executada e a
fase k tem nk modos de ser executada. A fase 1 poderá ser
seguida da fase 2 até a fase k, uma vez que são
concomitantes. Logo, há n1 . n2 . ... . nk maneiras de
executar o procedimento.
Exemplo
Supondo uma viagem para a cidade C, mas para chegar
até lá você deve passar pelas cidades A e B. Da sua cidade
até a cidade A existem 2 caminhos possíveis; da cidade A até
a B existem 4 caminhos disponíveis e da cidade B até a C há
3 rotas possíveis. Portanto, há 2 x 4 x 3 = 24 diferentes
caminhos possíveis de ida da sua cidade até a cidade C.
Os princípios enunciados acima são bastante intuitivos.
Contudo, apresentaremos ainda alguns exemplos um pouco
mais complexos de aplicação.
Quantos números naturais pares de três algarismos
distintos podemos formar?
Inicialmente, devemos observar que não podemos colocar
o zero como primeiro algarismo do número. Como os
números devem ser pares, existem apenas 5 formas de
escrever o último algarismo (0, 2, 4, 6, 8). Contudo, se
colocamos o zero como último algarismo do número, nossas
escolhas para distribuição dos algarismos mudam. Portanto,
podemos pensar na construção desse número como um
processo composto de 2 fases excludentes entre si.
Fixando o zero como último algarismo do número, temos
as seguintes possibilidades de escrever os demais
algarismos:
1º algarismo: 9 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9)
2º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9), porém
excluímos a escolha feita para o 1º algarismo;
3º algarismo: 1 possibilidade (fixamos o zero).
Logo, há 9 x 8 x 1 = 72 formas de escrever um número de
três algarismos distintos tendo o zero como último algarismo.
Sem fixar o zero, temos:
3º algarismo: 4 possibilidades (2,4,6,8)
1º algarismo:8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9),
excluindo a escolha feita para o último algarismo;
2º algarismo: 8 possibilidades (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) , porém
excluindo as escolhas feitas para o primeiro e último
algarismos.
Portanto, temos 8 x 8 x 4 = 256 maneiras de escrever um
número de três algarismos distintos sem zero no último
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algarismo.
Ao todo, temos 72 + 256 = 328 formas de escrever o
número.
TEORIA DOS CONJUNTOS
CONJUNTO
Em matemática, um conjunto é uma coleção de
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os
elementos estão listados na coleção. Em contraste, uma
coleção de elementos na qual a multiplicidade, mas não a
ordem, é relevante, é chamada multiconjunto.
Conjuntos são um dos conceitos básicos da matemática.
Um conjunto é apenas uma coleção de entidades, chamadas
de elementos. A notação padrão lista os elementos
separados por vírgulas entre chaves (o uso de "parênteses"
ou "colchetes" é incomum) como os seguintes exemplos:
{1, 2, 3}
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}
Os três exemplos acima são maneiras diferentes de
representar o mesmo conjunto.
É possível descrever o mesmo conjunto de diferentes
maneiras: listando os seus elementos (ideal para conjuntos
pequenos e finitos) ou definindo uma propriedade de seus
elementos. Dizemos que dois conjuntos são iguais se e
somente se cada elemento de um é também elemento do
outro, não importando a quantidade e nem a ordem das
ocorrências dos elementos.
Conceitos essenciais
Conjunto: representa uma coleção de objetos,
geralmente representado por letras maiúsculas;
Elemento: qualquer um dos componentes de um
conjunto, geralmente representado por letras minúsculas;
Pertinência: é a característica associada a um elemento
que faz parte de um conjunto;
Pertence ou não pertence
Se é um elemento de , nós podemos dizer que o
elemento pertence ao conjunto e podemos escrever
. Se não é um elemento de , nós podemos
dizer que o elemento não pertence ao conjunto e
podemos escrever .
1. Conceitos primitivos
Antes de mais nada devemos saber que conceitos
primitivos são noções que adotamos sem definição.
Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto,
o de elemento e o de pertinência de um elemento a um con-
junto. Assim, devemos entender perfeitamente a frase: de-
terminado elemento pertence a um conjunto, sem que te-
nhamos definido o que é conjunto, o que é elemento e o que
significa dizer que um elemento pertence ou não a um con-
junto.
2 Notação
Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a
seguinte notação:
os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A, B, C,
... ;
os elementos são indicados por letras minúsculas: a, b, c,
x, y, ... ;
o fato de um elemento x pertencer a um conjunto C é
indicado com x ∈ C;
o fato de um elemento y não pertencer a um conjunto C é
indicado y ∉ C.
3. Representação dos conjuntos
Um conjunto pode ser representado de três maneiras:
por enumeração de seus elementos;
por descrição de uma propriedade característica do
conjunto;
através de uma representação gráfica.
Um conjunto é representado por enumeração quando
todos os seus elementos são indicados e colocados dentro
de um par de chaves.
Exemplo:
A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto formado
pelos algarismos do nosso sistema de numeração.
B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z
) indica o conjunto formado pelas letras do nosso alfabeto.
Quando um conjunto possui número elevado de
elementos, porém apresenta lei de formação bem clara,
podemos representa-lo, por enumeração, indicando os
primeiros e os últimos elementos, intercalados por
reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto
dos números pares positivos, menores do que100.
Ainda usando reticências, podemos representar, por
enumeração, conjuntos com infinitas elementos que tenham
uma lei de formação bem clara, como os seguintes:
D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números
inteiros não negativos;
E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos números
inteiros;
F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números
ímpares positivos.
A representação de um conjunto por meio da descrição de
uma propriedade característica é mais sintética que sua re-
presentação por enumeração. Neste caso, um conjunto C, de
elementos x, será representado da seguinte maneira:
C = { x | x possui uma determinada propriedade }
que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que possui
uma determinada propriedade:
Exemplos
O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira: A = { x | x
é algarismo do nosso sistema de numeração }
O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser representado por
descrição da seguinte maneira G = { x | x é vogal do nosso
alfabeto }
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 95
O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser representado
por descrição da seguinte maneira:
H = { x | x é par positivo }
A representação gráfica de um conjunto é bastante cômo-
da. Através dela, os elementos de um conjunto são represen-
tados por pontos interiores a uma linha fechada que não se
entrelaça. Os pontos exteriores a esta linha representam os
elementos que não pertencem ao conjunto.
Exemplo
Por esse tipo de representação gráfica, chamada
diagrama de Euler-Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈ C, z
∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ C, d ∉ C.
4 Número de elementos de um conjunto
Consideremos um conjunto C. Chamamos de número de
elementos deste conjunto, e indicamos com n(C), ao número
de elementos diferentes entre si, que pertencem ao conjunto.
Exemplos
O conjunto A = { a; e; i; o; u }
é tal que n(A) = 5.
O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal que n(B) =
10.
O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n (C) = 99.
5 Conjunto unitário e conjunto vazio
Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C, tal que
n (C) = 1.
Exemplo: C = ( 3 )
E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c, tal que
n(C) = 0.
Exemplo: M = { x | x2 = -25}
O conjunto vazio é representado por { } ou por ∅ .
Exercício resolvido
Determine o número de elementos dos seguintes com
juntos :
A = { x | x é letra da palavra amor }
B = { x | x é letra da palavra alegria }
c é o conjunto esquematizado a seguir
D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
E é o conjunto dos pontos comuns às relas r e s,
esquematizadas a seguir :
Resolução
n(A) = 4
n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de possuir dote
letras, possui apenas seis letras distintas entre si.
n(C) = 2, pois há dois elementos que pertencem a C: c e
C e d e C
observe que:
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo
8 = 2 . 4 é o 4º par positivo
. .. .
. .
98 = 2 . 49 é o 49º par positivo
logo: n(D) = 49
As duas retas, esquematizadas na figura, possuem
apenas um ponto comum.
Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário.
6 igualdade de conjuntos
Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e indica-
remos com A = 8, se ambos possuírem os mesmos elemen-
tos. Quando isto não ocorrer, diremos que os conjuntos são
diferentes e indicaremos com A ≠ B. Exemplos .
a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o}
e) { x | x2 = 100} = {10; -10}
f) { x | x2 = 400} ≠ {20}
7 Subconjuntos de um conjunto
Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de um
conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, também
pertencer a B.
Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o
conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B :
Indicamos que A é um subconjunto de B de duas
maneiras:
A ⊂ B; que deve ser lido : A é subconjunto de B ou A está
contido em B ou A é parte de B;
B ⊃ A; que deve ser lido: B contém A ou B inclui A.
Exemplo
Sejam os conjuntos A = {x | x é mineiro} e B = { x | x é
brasileiro} ; temos então que A ⊂ B e que B ⊃ A.
Observações:
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 96
Quando A não é subconjunto de B, indicamos com A ⊄
B ou B A.
Admitiremos que o conjunto vazio está contido em
qualquer conjunto.
8 Número de subconjuntos de um conjunto dado
Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n elementos,
então este conjunto terá 2n subconjuntos. Exemplo
O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo, ele
terá 22 = 4 subconjuntos.
Exercício resolvido:
1. Determine o número de subconjuntos do conjunto C =
(a; e; i; o; u ) .
Resolução: Como o conjunto C possui cinco elementos, o
número dos seus subconjuntos será 25 = 32.
Exercícios propostas:
2. Determine o número de subconjuntos do conjunto
C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }
Resposta: 1024
3. Determine o número de subconjuntos do conjunto
C =
1
2
1
3
1
4
2
4
3
4
3
5
; ; ; ; ;
Resposta: 32
B) OPERAÇÕES COM CONJUNTOS
1 União de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou reunião
de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído
por todos os elementos que pertencem a A ou a B.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando
com hachuras a interseção dos conjuntos, temos:
Exemplos
{a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}
{a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d}
{a;b;c} U {a;c}={a;b;c}
2 Intersecção de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseção de
A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído
por todos os elementos que pertencem a A e a B.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando
com hachuras a intersecção dos conjuntos, temos:
Exemplos
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}
Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia, como no
exemplo a, dizemos que os conjuntos são disjuntos.
Exercícios resolvidos
Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t ),
determinar os seguintes conjuntos:
a) A ∪ B f) B ∩ C
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C
c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C)
e) B ∪ C
Resolução
A ∪ B = {x; y; z; w; v }
A ∩ B = {x }
A ∪ C = {x; y;z; u; t }
A ∩ C = {y }
B ∪ C={x;w;v;y;u;t}
B ∩ C= ∅
A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t}
A ∩ B ∩ C= ∅
(A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y}
2. Dado o diagrama seguinte, represente com hachuras
os conjuntos: :
a) A ∩ B ∩ C
b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
.Resolução
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Raciocínio Lógico Quantitativo A Opção Certa Para a Sua Realização 97
3. No diagrama seguinte temos:
n(A) = 20
n(B) = 30
n(A ∩ B) = 5
Determine n(A ∪ B).
Resolução
Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30 elementos de
B, estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas
vezes; o que, evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este
erro, devemos subtrair uma vez os 5 elementos de A n B;
teremos então:
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja:
n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então:
n(A ∪ B) = 45.
4 Conjunto complementar
Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A, chamamos
de conjunto complementar de B em relação a A, e indicamos
com CA B, ao conjunto A - B.
Observação: O complementar é um caso particular de
diferença em que o segundo conjunto é subconjunto do
primeiro.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando
com hachuras o complementar de B em relação a A, temos:
Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}
Observação: O conjunto complementar de B em
relação a A é formado pelos elementos que faltam para
"B chegar a A"; isto é, para B se igualar a A.
Exercícios resolvidos:
4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y; u; t
}, determinar os seguintes conjuntos:
A – B
B – A
C - A
B – C
A – C
C – B
Resolução
A - B = { y; z }
B - A= {w;v}
A - C= {x;z}
C – A = {u;t}
B – C = {x;w;v}
C – B = {y;u;t}
PROVA SIMULADA
1. Todos os marinheiros são republicanos. Assim sendo,
(A) o conjunto dos marinheiros contém o conjunto dos
republicanos.
(B) o conjunto dos republicanos contém o conjunto
dos marinheiros.
(C) todos os republicanos são marinheiros.
(D) algum marinheiro não é republicano.
(E) nenhum marinheiro é republicano.
2. Assinale a alternativa que apresenta uma contra-
dição.
(A) Todo espião não é vegetariano e algum vegetari-
ano é espião.
(B) Todo espião é vegetariano e algum vegetariano
não é espião.
(C) Nenhum espião é vegetariano e algum es pião
não é vegetariano.
(D) Algum espião é vegetariano e algum es pião não
é vegetariano.
(E) Todo vegetariano é espião e algum espião não é
vegetariano.
3. Todos os que conhecem João e Maria admiram
Maria. Alguns que conhecem Maria não a admi-
ram. Logo,
(A) todos os que conhecem Maria a admiram.
(B) ninguém admira Maria.
(C) alguns que conhecem Maria não conhecem João.
(D) quem conhece João admira Maria.
(E) só quem conhece João e Maria conhece Maria.
4. Válter tem inveja de quem é mais rico do que ele. Ge-
raldo não é mais rico do que quem o inveja. Logo,
(A) quem não é mais rico do que Válter é mais pobre
do que Válter.
(B) Geraldo é mais rico do que Válter.
(C) Válter não tem inveja de quem não é mais rico do
que ele.
(D) Válter inveja só quem é mais rico do que ele.
(E) Geraldo não é mais rico do que Válter.
5. Em uma avenida reta, a padaria fica entre o posto de
gasolina e a banca de jornal, e o posto de gasolina
fica entre a banca de jornal e a sapataria. Logo,
(A) a sapataria fica entre a banca de jornal e a pada-
ria.
(B) a banca de jornal fica entre o posto de gasolina e
a padaria.
(C)