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Prova Cirurgia Geral R3 2018 EaD(1)

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o aprendizado
607
Sumário
1 Questões para treinamento –Pré-operatório ..............................................................................5
2 Gabarito comentado ....................................................................................................................................21
3 Questões para treinamento – Resposta metabólica ao trauma e cirurgia ........39
4 Gabarito comentado ...................................................................................................................................43
5 Questões para treinamento – Pós-operatório .........................................................................49
6 Gabarito comentado ...................................................................................................................................67
7 Questões para treinamento – Cicatrização de feridas 
 e infecção em cirurgia ................................................................................................................................87
8 Gabarito comentado .................................................................................................................................101
9 Questões para treinamento – Hérnias e abdome agudo.............................................. 117
10 Gabarito comentado .................................................................................................................................153
11 Questões para treinamento – Queimaduras .......................................................................... 193
12 Gabarito comentado ................................................................................................................................ 201
UFPR – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
1. Em pacientes que necessitam antibioticoprofila-
xia cirúrgica, quando deve-se iniciar o seu uso?
a) 24 horas antes da operação
b) na manhã da operação
c) quando for chamado para o centro cirúrgico
d) na indução da anestesia
e) após certificar-se da sua necessidade durante 
a operação
UFPI – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
2. Em pacientes desnutridos, a adequação do re-
gime nutricional pode ser avaliada pela dosa-
gem de proteínas plasmáticas. Das proteínas 
abaixo, a que é mais sensível por apresentar 
uma meia vida mais curta é:
a) pré-albumina
b) albumina
c) globulina
d) proteína ligadora do estradiol
e) transferrina
UFPI – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
3. São indicações de terapia nutricional, EXCETO:
a) duração do jejum pré-operatório, superior a 7 dias
b) pacientes com doenças catabólicas (sepse, 
grande queimado)
c) perda superior a 10 % do peso corporal quan-
do da internação
d) valor de albumina sérica inferior a 3,5 g/dL me-
dida na ausência de estado inflamatório
e) ingestão oral inferior a 50% das necessidades 
energéticas totais
UFPI – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
4. Fazem parte do cuidado no pré-operatório, os 
seguintes procedimentos, EXCETO:
a) administrar prasozin associado a betablo-
queadores duas semanas antes da retirada de 
um feocromocitoma
b) não administrar hipoglicemiantes orais na vés-
pera do procedimento cirúrgico
c) não suspender betabloqueadores, em uso 
pelo paciente, na véspera da cirurgia
d) suspender os anticoagulantes orais, por exem-
plo, a rivaroxabana, entre 5-7 dias antes do 
procedimento cirúrgico
e) nos pacientes portadores de Diabetes Mellitus, 
é ideal manter os níveis glicêmicos (glicemia de 
jejum) entre 120 e 180 mg/dL, porém, são acei-
táveis níveis glicêmicos entre 200 e 250 mg/dL
UFPA – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
5. Paciente 50 anos, sexo feminino, diabética tipo 2 e 
hipertensa, em uso de hipoglicemiante oral e anti-
-hipertensivo, iniciou quadro de dor em hipocôn-
drio direito acompanhado de náuseas, procurou 
atendimento médico ambulatorial sendo diagnos-
ticada colelitíase por meio de USG de ABDOME 
total. Foi encaminhada ao cirurgião geral e iniciou 
o pré-operatório. Sobre os cuidados pré-operató-
rios desta paciente, é INCORRETO afirmar:
a) a glicemia capilar desta paciente até 2 horas 
antes do procedimento deve estar < 180 mg/dL
b) deve suspender o hipoglicemiante oral 48 ho-
ras antes da cirurgia e manter glicemia capilar 
6/6 horas com insulina regular suplementar
QUESTÕES PARA TREINAMENTO
Pré-operatório1
c) deve fazer uso do anti-hipertensivo até o dia 
da cirurgia
d) de acordo com a classificação da American 
Society of Anesthesiology (ASA), esta pacien-
te enquadra-se no estágio II
e) deve realizar exames complementares, tais 
como hemograma, glicemia jejum, ureia, crea-
tinina, coagulograma, raio X de tórax e ECG
UFMA – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
6. Paciente submetido à cistoscopia diagnósti-
ca deverá receber profilaxia antibiótica caso 
apresente qualquer dos fatores de risco abai-
xo, EXCETO:
a) desnutrição
b) tabagismo
c) hipertensão
d) idade avançada
e) imunodeficiência
UFMA – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
7. O emprego do suporte nutricional periopera-
tório é uma estratégia terapêutica que pode 
trazer importante contribuição nos resultados 
cirúrgicos. Em relação a esse tema, assinale a 
alternativa INCORRETA:
a) o suporte nutricional pós-operatório precoce 
(dentro das 24 horas iniciais) está proscrito 
nos pacientes submetidos a grandes cirurgias 
oncológicas gastrointestinais devido ao alto 
risco de pneumonia broncoaspirativa associa-
da ao íleo paralítico e vômitos pós-operatórios
b) o emprego do suporte nutricional especializa-
do pode envolver a administração de prepara-
dos enterais e a nutrição parenteral.
c) o emprego do suporte nutricional enteral pe-
rioperatório é uma opção terapêutica mais fi-
siológica, com menor custo e menor risco de 
infecção de corrente sanguínea em compara-
ção à nutrição parenteral
d) as dietas imunomoduladoras comumente es-
tão compostas por combinações de compo-
nentes tais como a arginina, glutamina, ácidos 
graxos ômega 3, as quais podem modular a 
resposta inflamatória
e) o suporte nutricional pré-operatório não está 
recomendado em todos os casos, portanto de-
veria ser reservado para um grupo específico 
de pacientes, nos quais o prognóstico pós-ope-
ratório fosse influenciado pela desnutrição
UFG – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
8. O fio de polipropileno, comumente utilizado 
em cirurgias gerais, é do tipo:
a) absorvível, monofilamentar, alta capilaridade, 
baixa reação tissular, dotado de memória
b) inabsorvível, multifilamentar, baixa capilarida-
de, alta reação tissular, não dotado de memória
c) inabsorvível, monofilamentar, baixa capilarida-
de, baixa reação tissular, dotado de memória
d) absorvível, multifilamentar, baixa capilaridade, 
alta reação tissular, não dotado de memória
UFG – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
9. Quanto à nutrição em pacientes cirúrgicos:
a) a relação caloria:nitrogênio ofertada deve ser 
de 150:1, para que as proteínas oferecidas 
não sejam utilizadas como fonte calórica
b) a oferta de aminoácidos aromáticos deve ser
aumentada e diminuída a oferta de aminoáci-
dos de cadeia ramificada, nos pacientes com 
insuficiência hepátic
c) a nutrição parenteral dá menos possibilidade 
de translocação bacteriana do que a nutrição 
enteral
d) os pacientes com insuficiência pulmonar de-
vem ter a carga de lipídios diminuída e aumen-
tada a de carboidratos
UFRN – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
10. O adequado suporte nutricional em pacientes 
candidatos à cirurgia é essencial para otimizar 
o resultado e prevenir complicações. Sobre 
avaliação e terapia nutricional em pacientes 
cirúrgicos, é CORRETO afirmar:
a) em pacientes candidatos à cirurgia, a terapia 
nutricional na forma de nutrição enteral deve-
ria ser iniciada imediatamente no pós-operató-
rio, em pacientes de alto risco nutricional e in-
capazes de manter a nutrição via oral, quando 
os níveis séricos de albumina forem menores 
que 3,0 mg/dL e houver edema periférico ou 
história de câncer
b) os pacientes candidatos à cirurgia do apare-
lho digestivo necessitam de avaliação nutricio-
nal rotineira, à exceção de pacientes que se 
submeterão a colecistectomia ou correção de 
doença do refluxo gastroesofágico
c) a terapia nutricional especializada não precisa 
ser iniciada em pacientes que vão se subme-
ter a cirurgia do aparelho digestivo, ainda que 
de grande porte, se eles estão em baixo risco 
nutricional, parecem bem nutridos e espera-se 
que retomem a alimentação em tempo menor 
que 5 dias após a internação
d) os métodos mais eficazes e reprodutíveis para 
definir quais pacientes estão em risco nutricio-
nal aumentado são as dosagens de albumina, 
pré-albumina e medidas como índice de mas-
sa corporal e dobras cutâneas de pele
6 Cirurgia geral | Questões para treinamento
SJT Residência Médica
UFRN – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
11. A escolha da via de suporte nutricional é im-
prescindível para otimizar resultado e prevenir 
complicações em pacientes cirúrgicos. Em re-
lação às diferentes vias para fornecer terapia 
nutricional, é CORRETO afirmar:
a) o uso de alimentação por sonda nasogástrica 
apresenta como vantagens a inserção mais 
fácil, início mais precoce da dieta e o menor 
preço da dieta quando comparado com a ali-
mentação por sonda nasoenteral
b) apesar do risco aumentado de isquemia intes-
tinal associada à alimentação enteral em pa-
cientes com uso de drogas vasoativas, quando 
estas estão em doses baixas estáveis, a dieta 
enteral pode ser utilizada e o seu início preco-
ce pode diminuir a mortalidade nesse cenário
c) em pacientes criticamente doentes, internados 
em unidade de terapia intensiva, a dieta deve 
ser prescrita por sonda nasoenteral posiciona-
da pós-pilórica, pois existe alto risco de aspira-
ção se a dieta for infundida no estômago
d) a dieta parenteral deve ser infundida preferen-
cialmente em pacientes em terapia intensiva, 
com os ruídos intestinais diminuídos ou au-
sentes, pois isso geralmente está associado 
com a disfunção do trato gastrintestinal, im-
possibilitando a nutrição pelo trato digestivo
UFRN – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
12. Durante a avaliação nutricional de pacientes 
cirúrgicos, é importante identificar indivíduos 
que podem apresentar deficiências vitamíni-
cas. Em relação às vitaminas e ao período pe-
rioperatório, é CORRETO afirmar:
a) quando há necessidade de reposição de vitamina 
B12 após cirurgias, esta deve ser necessariamen-
te parenteral, pois pacientes no pós-operatório 
geralmente têm deficiência dessa vitamina, em 
decorrência de insuficiência de fator intrínseco
b) pacientes que permanecem em dieta zero por 
mais de 5 dias no pré-operatório e vão se sub-
meter a cirurgia de grande porte devem fazer 
sua reposição de vitamina K profilática, pelo 
risco aumentado de sangramento no período 
perioperatório
c) as principais vitaminas associadas a alterações 
neurológicas, incluindo manifestações como 
neuropatias, convulsões, perda de memória e 
demência, são a tiamina (B1), niacina (B3), piri-
doxina (B6), cobalamina (B12) e a vitamina E
d) antes de iniciar o tratamento para deficiência 
de tiamina, o diagnóstico deve ser confirmado 
com a ativação da transcetolase eritrocitária 
ou com a medida do difosfato de tiamina no 
eritrócito, para evitar reposição inadequada
UFRN – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
13. Para a adequada avaliação do resultado da 
terapia nutricional, é importante a definição 
de metas baseadas em critérios clínicos e 
exames complementares. Sobre as metas nu-
tricionais em pacientes críticos, é CORRETO 
afirmar que:
a) pacientes que não podem manter a ingestão 
nos primeiros 5 dias de internação em unidade 
de terapia intensiva necessitam de terapia nu-
tricional especializada independente do risco 
nutricional, do estado nutricional prévio ou da 
gravidade da doença
b) a meta de ingestão proteica deve estar por vol-
ta de 1,2-1,5g/kg por dia ou 20% das necessi-
dades calóricas por dia, sendo dosagens mais 
elevadas desaconselháveis
c) a calorimetria indireta é o método mais caro 
e menos disponível, apresentando a mesma 
acurácia no cálculo das necessidades ca-
lóricas, quando comparado a fórmulas com 
equações preditivas
d) o cálculo da ingestão de proteínas deve ser 
determinado independente do cálculo das ne-
cessidades calóricas
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
14. Paciente feminina, 45 anos, foi diagnosticada 
com hérnia inguinal esquerda. É hipertensa e 
diabética. Quais os exames que devem cons-
tar na avaliação pré-operatória?
a) coagulograma, ureia e colesterol total e frações
b) hemograma, bilirrubina e glicemia
c) coagulograma, ureia e triglicerídeos
d) hemograma, tempo de protrombina e potássio
e) hemograma, creatinina e glicemia
CERMAM – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
15. A Classificação de Child reúne critérios de ava-
liação prognóstica clínica e cirúrgica. Qual dos 
itens abaixo NÃO é utilizado como critério?
a) ascite
b) albumina sérica
c) transaminase
d) bilirrubina
HAE – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
16. Um senhor de 70 anos tem hérnia inguinal 
direita, sempre redutível, há 2 anos. É obeso 
(IMC = 40 kg/m2), hipertenso e diabético. Tem 
apneia do sono grave e queixas urinárias que 
sugerem prostatismo moderado. Melhor con-
duta no pré-operatório:
a) estimular o uso de CPAP, manter a hemoglobi-
na glicada abaixo de 7%, fazer dieta orientada 
e procurar avaliação com urologista
71 Pré-operatório
SJT Residência Médica
b) manter a hemoglobina glicada abaixo de 10%, 
usar CPAP (continuous positive airway pressu-
re) e reduzir a ingestão de carboidratos
c) fazer fisioterapia e utilizar suplemento de pro-
teína
d) manter a hemoglobina glicada abaixo de 7%, 
fazer fisioterapia, manter a pressão sistólica 
abaixo de 100 mmHg e usar tansulosina
e) fazer dieta orientada com nutricionista, operar 
apenas quando IMC < 30 kg/m2 e usar tansu-
losina
HAE – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
17. Fator de coagulação que, junto com a trombo-
plastina tecidual e o cálcio, é responsável por 
ativar a via extrínseca da coagulação:
A) X
B) II
C) V
D) VII
E) IX
INCA – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
18. Sobre a avaliação e os cuidados no pré-ope-
ratório, qual das afirmativas, a seguir, é verda-
deira?
a) idade acima de 50 anos e perda ponderal aci-
ma de 5% nos últimos 6 meses são fatores 
de risco para complicações pulmonares pós-
operatórias
b) as classificações de Goldman e Detsky são 
utilizadas para avaliação do risco de complica-
ções pulmonares
c) os pacientes em uso de terapia antirretroviral 
devem suspender os inibidores de proteases 
48 horas antes das cirurgias eletivas
d) os pacientes com hipertireoidismo, em uso de 
Metimazol ou Propiltiouracil devem utilizar a 
dose habitual da medicação no dia da cirurgia
INCA – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
19. Em relação à antibioticoprofilaxia e às infec-
ções da ferida operatória, qual das afirmativas, 
a seguir, está INCORRETA?
a) os antibióticos devem ser administrados 60 
minutos antes do início da cirurgia, com exce-
ção das fluoroquinolonas e vancomicina (120 
minutos antes)
b) os pacientes que serão submetidos a cirurgias 
potencialmente contaminadas devem receber 
profilaxia por 48 horas
c) as cirurgias ortopédicas eletivas de mão ou 
pé, sem colocação de próteses, não necessi-
tam de antibioticoprofilaxia
d) a dose inicial de cefazolina para profilaxia em 
adultos é de 2 g
INCA – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
20. Um paciente de 63 anos, submetido a uma 
angioplastia com stent farmacológico há 2 
semanas, passa em consulta pré-operatória 
para orientações sobre a realização de uma 
herniorrafia inguinal eletiva (sem sinais de 
estrangulamento ou encarceramento). Encon-
trase em uso de AAS e Clopidogrel. Qual é a 
recomendação que deve ser dada ao paciente 
nesse caso?
a) adiar a cirurgia até completar pelo menos 30 
dias do procedimento e suspender apenas o 
AAS antes da cirurgia
b) informar que não há risco aumentado de inter-
venção cirúrgica nesse paciente, contanto que 
sejam mantidas as duas medicações
c) adiar a cirurgia até completar um ano da colo-
cação do stent farmacológico
d) a cirurgia deve ser realizada após 180 dias do 
procedimento e suspender ambas as drogas 
antes da cirurgia
PSU-CE – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
21. Sr. Antônio, 65 anos, sem comorbidades, 
agendado para colecistectomia videolaparos-
cópica, foi prescrito jejum desde 22 horas do 
dia anterior. Às 10h do dia da cirurgia ingeriu 
200 mL de água de coco, inadvertidamente. 
Foi encaminhado ao Centro Cirúrgico às 12 
horas para realização do procedimento cirúr-
gico. Diante do exposto, qual a conduta mais 
apropriada para esse paciente?
a) cancelar a cirurgia e reagendar para o dia se-
guinte
b) realizar a anestesia e cirurgia normalmente no 
horário de 12h
c) aguardar completar 4 horas de jejum para rea-
lizar o procedimento
d) aguardar completar 6 horas de jejum para rea-
lização do procedimento
PSU-CE – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
22. Sr. Otávio, 69 anos, com diagnóstico de obs-
trução intestinal, apresenta quadro de vômi-
tos que perduram há dois dias. Está indicado 
laparotomia exploradora. Diante do exposto, 
qual das estratégias abaixo descritas é a me-
lhor indicada com o objetivo de reduzir o risco 
de aspiração pulmonar durante o procedimen-
to anestésico-cirúrgico?
a) evitar uso de sonda nasogástrica
b) sedar previamente para diminuir a ansiedade
c) promover a intubação traqueal do paciente 
acordado
d) induzir a anestesia, ventilar os pulmões com 
máscara sob manobra de Sellick
8 Cirurgia geral | Questões para treinamento
SJT Residência Médica
PSU-CE – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
23. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ela-
borou um protocolo de Cirurgia Segura, de-
vido as complicações cirúrgicas evitáveis 
representarem uma grande proporção de le-
sões e mortes, no nível mundial. No Brasil, 
assim como em outros países em desenvol-
vimento, segurança cirúrgica não tem sido 
reconhecida como um problema de saúde 
pública significativo. A despesa frequente-
mente elevada dos cuidados cirúrgicos tem 
sido considerada de pouco relevância nos 
países pobres e em desenvolvimento. Como 
base no texto e nos seus conhecimentos so-
bre o Protocolo de Cirurgia Segura da OMS, 
é ERRADO afirmar:
a) o “time out” é uma pausa breve antes da inci-
são, para confirmar a identificação do doente, 
o procedimento e o local cirúrgico
b) o cirurgião deve referir, em voz alta, o nome do 
doente, a operação a ser realizada, o lado e o 
local da cirurgia. O enfermeiro e o profissional 
de anestesia devem confirmar que a informa-
ção está correta
c) o cirurgião que vai executar a cirurgia deve 
marcar o local com apenas uma marcação de 
caneta, mesmo casos que estruturas múltiplas 
ou níveis (por exemplo, um dedo da mão ou do 
pé, lesão da pele, vértebra)
d) antes da indução da anestesia, um membro 
da equipa deve confirmar que o doente está 
corretamente identificado, geralmente de for-
ma verbal com o doente ou um membro da 
família e com uma pulseira de identificação ou 
outros meios adequados de identificação físi-
ca. A identidade deve ser confirmada a partir 
não só do nome, mas também de um segundo 
identificador (por exemplo, data de nascimen-
to, endereço, número hospitalar)
PUC-PR – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
24. Determinados medicamentos têm efeitos ad-
versos com implicações importantes para o 
cirurgião. Seu conhecimento é fundamental 
para indicação de tratamentos e cuidados no 
pós-operatório. Assinale a alternativa que cor-
relaciona os medicamentos a seus efeitos co-
laterais listados a seguir, com implicações no 
paciente cirúrgico.
 I. Ibuprofeno, Naproxeno, Diclofenaco.
 II. Metronidazol.
 III. Clindamicina.
 IV. Ranitidina, Cimetidina, Omeprazol.
 V. Nimesulida, Cetoprofeno.
 ( ) Insuficiência renal pós nefrectomia total.
 ( ) Hemorragia digestiva alta.
 ( ) Colite pseudomembranosa por Clostridium 
difficile.
 ( ) Ginecomastia.
 ( ) Rubor, calor, vômitos e taquicardia após 
consumo de bebida alcoólica.
a) V, I, II, III, IV
b) I, V, II, IV, III
c) IV, V, I, II, II
d) V, IV, III, II, I
e) I, V, III, IV, II
SES-GO – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
25. No pré-operatório de pneumopatas e não 
pneumopatas que serão submetidos à cirur-
gia envolvendo tórax ou abdome superior, a 
avaliação mínima da função respiratória inclui 
a realização de um espirograma e a análise 
dos gases arteriais, em repouso. Os parâme-
tros espirométricos mais importantes para 
essa avaliação são o volume expiratório força-
do no primeiro segundo (VEF1), a capacidade 
vital forçada (CVF) e a relação VEF1 / CVF. Em 
princípio, o paciente que apresente um VEF1 
maior do que 2L pode ser considerado apto, 
do ponto de vista de função pulmonar. Para 
uma taxa de mortalidade pós-operatória infe-
rior a 5%, a porcentagem do VEF1 (%) no pré-
-operatório deve ser superior a:
a) 20%
b) 40%
c) 60%
d) 80%
UNITAU – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
26. São contraindicações de autotransfusão, EXCETO:
a) angina pectoris instável
b) peso abaixo de 50 kg
c) pacientes com antecedente de reações trans-
fusionais graves
d) doenças infecciosas (endocardites, absces-
sos)
e) pacientes com peso abaixo de 40 kg
UNICAMP – R3 Clínica Cirúrgica – 2018
27. O logaritmo MELD (Model for End Liver Dise-
ase), utilizado na legislação vigente para alo-
cação de pacientes em lista de transplante 
hepático, leva em consideração os parâmetros 
bilirrubina, creatinina e coagulograma, porém, 
com pesos diferentes em relação a sua partici-
pação no cálculo final do valor. Em ordem cres-
cente, qual é essa sequência de importância:
91 Pré-operatório
SJT Residência Médica
a) creatinina, RNI e bilirrubina
b) bilirrubina, RNI e creatinina
c) bilirrubina, creatinina e RNI
d) RNI, creatinina e bilirrubina
UNAERP – 2018
28. Dentro do que preconiza o tratado da cirurgia 
Sabiston para a solicitação de exames subsi-
diários de rotina para avaliação pré-anestési-
ca de um indivíduo hígido de 40 anos de idade 
para correção eletiva de hérnia inguinal unila-
teral por técnica convencional (não videolapa-
roscópica)?
a) hematócrito ou hemoglobina, glicemia e ele-
trocardiograma
b) hematócrito ou hemoglobina, glicemia, eletro-
cardiograma e creatinina
c) hematócrito ou hemoglobina, glicemia, eletro-
cardiograma, creatinina e radiografia de tórax
d) apenas hematócrito ou hemoglobina
e) nenhum exame de rotina
PUC-PR – 2017 
29. Paciente adulto, com menos de 40 anos e sem 
comorbidades, será submetido a um procedi-
mento cirúrgico sem risco de sangramento. 
Com relação à avaliação pré-operatória, assi-
nale a alternativa CORRETA: 
a) é
necessário solicitar eletrocardiograma, ra-
diografia de tórax, ureia e creatinina, glicemia 
e hemograma 
b) é necessário solicitar eletrocardiograma e ra-
diografia de tórax 
c) é necessário solicitar ureia e creatinina, glice-
mia e hemograma 
d) é necessário solicitar eletrocardiograma, ra-
diografia de tórax, ureia e creatinina, glicemia 
e hemograma e coagulograma 
e) não é necessário fazer exame algum pré-ope-
ratório 
PSU-CE – 2017 
30. Mulher de 64 anos, diabética, em uso de me-
tformina, 1 comprimido (850 mg) 2 vezes ao 
dia, às refeições. Internou-se para realiza-
ção de colecistectomia videolaparoscópica, 
agendada para 14 horas. Não apresenta outras 
comorbidades. Os exames pré-operatórios 
mostram glicemia em jejum 118 mg/dL, hemo-
globina glicada 6,8%, demais exames normais. 
Diante do exposto, em relação ao diabetes, 
qual a conduta recomendada para essa pa-
ciente, no dia da cirurgia? 
a) suspender o uso da metformina 
b) substituir a metformina por sulfonilureia 
c) administrar insulina regular pela manhã e soro 
glicosado 
d) administrar insulina de longa duração no pe-
ríodo da manhã 
AMP – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
31. Paciente masculino, 60 anos, renal crônico, 
hemodialítico, em pré-operatório para corre-
ção de hérnia umbilical e colocação de cateter 
para diálise peritoneal. Sem outras comorbi-
dades e sem alterações significativas no exa-
me físico. Assinale a alternativa que contenha 
medida a ser realizada para este paciente no 
pré ou no perioperatório. 
a) aumento da hidratação no pré-operatório com 
intuito de correção da hiponatremia 
b) solicitação de radiografia de tórax, exame de 
urina e análise dos eletrólitos urinários 
c) correção com bicarbonato de sódio dos qua-
dros de acidose metabólica associados a hi-
poperfusão
d) realização de hemodiálise antes da operação 
para equilibrar seu volume intravascular e con-
trolar o nível de potássio
e) a anemia quando presente é de caráter con-
servado, não sendo necessário tratamento es-
pecífico pois sua correção é realizada durante 
a hemodiálise pré-operatória
AMP – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
32. Paciente masculino 60 anos, em avaliação pré-
-operatória de artroplastia de joelho. Ex-tabagis-
ta, apresentando atualmente, bronquite crônica 
em uso de terapia broncodilatadora. Analise as 
medidas abaixo e assinale aquelas que podem 
diminuir as complicações pulmonares no perío-
do pós-operatório deste paciente. 
 I. Uso de anestesia peridural. 
 II. Terapia continuada com broncodilatador no 
período perioperatório. 
 III. Fisioterapia pré e pós-operatória. 
 IV. Uso de antibioticoterapia de amplo espectro. 
 
 Estão CORRETAS: 
a) I e III apenas 
b) III e IV apenas 
c) I, II e III apenas 
d) I, III e IV apenas 
e) todas estão corretas 
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
33. Em relação ao manejo das medicações de uso 
contínuo pelos pacientes no período pré-ope-
ratório, é CORRETO afirmar que: 
a) hipoglicemiantes orais devem ser administra-
dos em dose reduzida (metade) no dia da ci-
rurgia
b) warfarin deve ser suspenso de 7 a 10 dias an-
tes da cirurgia, em todos os casos
10 Cirurgia geral | Questões para treinamento
SJT Residência Médica
c) medicações para a asma devem ser suspen-
sas 2 dias antes da cirurgia
d) aspirina deve ser sempre suspensa 7 dias an-
tes da cirurgia
e) estatinas devem ser continuadas mesmo no 
dia da cirurgia
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
34. Paciente de 50 anos, feminina, sem comorbi-
dades, vai ser submetida a uma colecistecto-
mia videolaparoscópica por colelitíase. Que 
exame(s) deveria(m) ser solicitado(s), entre 
outros, com vistas a avaliação pré-operatória?
a) hemograma e glicose de jejum 
b) ecocardiograma 
c) antígeno carcinoembriônico 
d) polissonografia
e) colesterol e triglicerídeos
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
35. NÃO é considerada cirurgia de risco cardíaco 
intermediário (1-5%):
a) endarterectomia de carótida 
b) cirurgia intraperitoneal 
c) cirurgia de próstata 
d) cirurgia de mama 
e) cirurgia ortopédica
HAC – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
36. Segundo a classificação da Sociedade Ameri-
cana de Anestesistas (ASA). Um paciente em 
pré-operatório que apresenta risco ASA III é: 
a) paciente com doença sistêmica moderada 
b) paciente com doença que o deixa incapacita-
do e que é uma ameaça constante à vida 
c) paciente com doença sistêmica grave que limita 
atividades, mas não o deixa incapacitado 
d) paciente normal e saudável 
e) paciente moribundo, que não tem expectativa 
de vida de 24h com ou sem operação
HAC – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
37. Com relação à transfusão de plaquetas. Assi-
nale a alternativa CORRETA: 
a) indicada para contagem de plaquetas recente 
< 30000/mm³
b) após transfusão o número de plaquetas au-
menta no mínimo 50000 mm³
c) indicada em caso de hipotermia com sangra-
mento 
d) transfusões repetidas nunca alteram resposta 
a transfusão 
e) indicada profilaticamente em cirurgias de 
grande porte em paciente com leucemia com 
50.000 plaquetas/mm³
HAC – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
38. Sobre os fios utilizados para sutura, pode-se 
afirmar que: 
a) o fio de poliglactina 910 (vicryl) é totalmente ab-
sorvido num prazo máximo de 45 dias da sutu-
ra na aponeurose da parede abdominal 
b) o fio de seda é um fio de absorção lenta, es-
tando ainda intacto após 6 meses de seu uso 
em suturas intestinais 
c) fio de polidioxanona (PDS) tem sua absorção 
iniciada após 90 dias e é completamente ab-
sorvido após 6 meses
d) o fio de algodão tem mais resistência e menor 
tendência a floculação quando comparado ao 
fio de seda 
e) o fio de Nylon é o fio mais utilizado para sutu-
ras da pele por ser multifilamentar, o que con-
fere resistência a grandes tensões
INCA – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
39. O paciente com cirrose pode ser avaliado uti-
lizando-se a classificação de Child-Pugh, que 
estratifica o risco cirúrgico de acordo com, 
EXCETO: 
a) níveis alterados de albumina
b) níveis alterados de bilirrubina
c) grau de ascite
d) níveis alterados de fosfatase alcalina
PUC-PR – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
40. Já se foram os tempos em que o cirurgião se 
restringia aos aspectos técnicos apenas do 
ato operatório. Hoje, um bom cirurgião deve 
estar envolvido em todas as fases relaciona-
das à cirurgia. Em relação ao pré, per e pós-
-operatório, assinale a alternativa CORRETA. 
a) a tricotomia, quando possível, deve ser feita 
em ambiente domiciliar pelo próprio paciente, 
24 horas antes do ato operatório. Essa técnica 
reduz o ingresso de micro-organismos no sítio 
cirúrgico, reduzindo, assim, o risco de desen-
volvimento de infecções da ferida operatória
b) paciente ASA II é o paciente que apresenta 
distúrbio sistêmico de grau leve, como conse-
quência do processo que motivou a operação 
ou de doenças associadas. Ou seja, alteração 
sistêmica leve ou moderada relacionada com 
patologia cirúrgica ou enfermidade geral 
c) embolia gasosa é uma complicação grave no 
pós-operatório. O quadro clínico simula uma 
embolia pulmonar e pode ocorrer nas infusões 
venosas com frascos de vidro, principalmente 
se sob pressão. Uma das medidas de profila-
xia é, ao introduzir ou retirar cateteres na veia 
cava superior, fazer essa retirada com o pa-
ciente na posição sentada 
111 Pré-operatório
SJT Residência Médica
d) a colecistite aguda alitiásica representa cerca 
de 5 a 10% do total das colecistites. Ocorre 
com menos frequência em pacientes trauma-
tizados e sua incidência é maior em pacientes 
jovens, do sexo feminino e com uma taxa de 
mortalidade menos elevada
e) nos pacientes submetidos à raquianestesia 
existe uma vasoconstrição na região aneste-
siada e um consequente aumento relativo da 
volemia, que causa, em geral, picos hiperten-
sivos logo após a indução anestésica
UERJ – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
41. O manejo perioperatório do paciente diabéti-
co é fundamental para um bom resultado da 
cirurgia. Em relação a um paciente com dia-
betes tipo 2, é CORRETO afirmar que: 
a) a metformina deve ser suspensa pelo menos 
24 horas antes da cirurgia 
b) a insulina regular deve ser substituída por in-
sulina NPH na véspera da cirurgia 
c) está contraindicado o uso de soluções com 
glicose na reposição volêmica durante o pós-
-operatório 
d) deve-se aplicar, na manhã do dia da cirurgia, o 
dobro da dose habitual de insulina regular para 
prevenção de hiperglicemia durante a cirurgia
UERJ – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
42. O envelhecimento da população tem aumenta-
do o número de pacientes com idade elevada 
que precisam ser submetidos a um procedi-
mento cirúrgico. Entre as alterações fisiológi-
cas identificadas nesse grupo, encontra-se o 
aumento no(a):
a) dependência da pré-carga para manutenção 
do débito cardíaco 
b) resposta ventilatória à hipoxemia 
c) fluxo sanguíneo renal
d) número de miócitos 
UERJ – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
43. Mulher de 57 anos, com diagnóstico de lúpus 
eritematoso sistêmico e em uso crônico de 
prednisona 30 mg/d, foi diagnosticada com 
quadro de adenocarcinoma em antro gástrico. 
No período perioperatório, essa paciente de-
verá receber: 
a) dose habitual de corticosteroides 
b) 60 mg de prednisona na manhã do dia da ci-
rurgia 
c) 50 mg de dexametasona nas primeiras 24h de 
pós-operatório 
d) reposição venosa de hidrocortisona no ato anes-
tésico e nas primeiras 72h de pós-operatório 
UFG – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
44. É uma das medidas preconizadas pelo proto-
colo ERAS – Enhence Recovery After Surgery: 
a) ingestão de carboidrato até duas horas antes 
da cirurgia
b) analgesia com opioide
c) sonda nasoenteral para alimentação precoce
d) hidratação generosa
UFRN – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
45. É imprescindível ao cirurgião o pleno conheci-
mento sobre as características dos fios cirúrgi-
cos, tais como força tênsil, capacidade e tem-
po médio de absorção, coeficiente de atrito e 
construção filamentar (monofilamento ou poli-
filamento). São considerados fios absorvíveis: 
a) ácido poliglicólico e seda
b) ácido poliglicólico e polidioxanona
c) polipropileno e categute cromado
d) polidioxanona e seda
UNAERP – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
46. A efetividade da profilaxia antibiótica sistêmi-
ca em pacientes cirúrgicos depende principal-
mente de uso de antibiótico 
a) em múltiplas doses, por um curto período
b) bactericida
c) de largo espectro
d) antes da cirurgia, na indução anestésica
e) no pós-operatório imediato
UNESP – R3 Clínica Cirúrgica – 2016
47. Com relação à antibioticoterapia profilática 
em cirurgias eletivas de hemorroidectomia, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) não está indicada antibioticoterapia profilática, 
mas sim terapêutica por trata-se de cirurgia 
contaminada
b) antibioticoterapia profilática por 24 horas
c) dose única de antibiótico que deve ser admi-
nistrada na indução anestésica
d) não é necessário antibioticoterapia profilática 
e nem terapêutica
UNAERP – R3 Clínica Cirúrgica – 2015
48. Qual das seguintes é uma das variáveis do 
escore MELD (modelo para doença hepática 
terminal)?
a) creatinina
b) idade
c) grau de encefalopatia
d) causa da insuficiência
e) sangramento digestivo
UNICAMP – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
49. Em relação aos índices de gravidade de pacien-
tes cirúrgicos, assinale a alternativa CORRETA:
12 Cirurgia geral | Questões para treinamento
SJT Residência Médica
a) são definidos como uma classificação numéri-
ca relacionada a determinadas características 
apresentadas pelos pacientes e não propor-
cionam meios para avaliar as probabilidades 
de mortalidade
b) os índices de gravidade Acute Physiology 
and Chronic Health Evaluation (APACHE) e o 
Simplified Acute Physiological Score (SAPS) 
devem ser utilizados após 48 horas de inter-
nação
c) em pacientes submetidos à cirurgia eletiva o 
melhor índice de gravidade é o Injury Severity 
Score (ISS)
d) para descrever a disfunção orgânica dos pa-
cientes cirúrgicos é indicado o uso do Sequen-
tial Organ Failure Assessment (SOFA)
UNIFESP – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
50. Qual a diretriz atual para a solicitação de exa-
mes subsidiários de rotina para avaliação pré-
-anestésica de um indivíduo hígido de 40 anos 
de idade para correção eletiva de hérnia ingui-
nal unilateral por técnica convencional (não 
videolaparoscópica)?
a) hematócrito ou hemoglobina, glicemia e ele-
trocardiograma
b) hematócrito ou hemoglobina, glicemia, eletro-
cardiograma e creatinina
c) hematócrito ou hemoglobina, glicemia, eletro-
cardiograma, creatinina e radiografia de tórax
d) apenas hematócrito ou hemoglobina
e) nenhum exame de rotina
IAMSPE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
51. ‘Sobre o jejum prolongado no paciente cirúrgi-
co, assinale a alternativa CORRETA.
a) as alterações endócrinas metabólicas não são 
encontradas para um jejum até 12h no pré-
-operatório
b) o paciente pode apresentar diminuição do me-
tabolismo de drogas anestésicas, dificultando 
a anestesia
c) o paciente pode apresentar aumento de insuli-
na e glucagon
d) o paciente apresenta diminuição do tempo de 
internação hospitalar, pois reduz o risco de 
broncoaspiração quanto maior o tempo de je-
jum em todas as cirurgias
e) encontram-se lipólise, glicogenólise, proteó-
lise e resistência insulínica, processo seme-
lhante às alterações do trauma
IAMSPE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
52. Paciente de 62 anos, com câncer gástrico não 
obstrutivo, tem indicação de gastrectomia 
total (com possibilidade de ressecção total 
curativa). Está com hiporexia, porém sem vô-
mitos, ingerindo dieta com baixo teor calórico 
(< 60% do VCT) há 2 semanas. Apresenta per-
da de peso de 8 kg em 5 meses. Tem 1,70 m, 
peso habitual = 78 kg, peso atual = 70 kg, IMC 
atual = 24,2 kg/m². Apresenta albumina sérica 
de 3,8 g/dl e hematócrito de 37%. Na avaliação 
nutricional pré-operatória, pode-se inferir que 
este paciente está:
 I. nutrido, apesar da perda de peso, pois o IMC 
está normal.
 II. nutrido, pois a albumina sérica está normal.
 III. desnutrido pelo parâmetro de IMC para idoso.
 IV. desnutrido, pois tem perda de peso > 10%.
 É CORRETO o que está contido em:
a) I, apenas
b) II, apenas
c) III, apenas
d) IV, apenas
e) I e II, apenas
IAMSPE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
53. Sobre a prescrição de dieta enteral para os pa-
cientes gravemente enfermos, assinale a alter-
nativa CORRETA.
a) suplementação enteral deve ser realizada na-
queles que não têm a ingestão calórica ade-
quada
b) os dados antropométricos e as dosagens sé-
ricas de albumina e pré-albumina são melho-
res para avaliar o estado nutricional do que a 
história de perda de peso e a ingesta calórica 
prévias
c) deve ocorrer no máximo até 7 dias nos pacien-
tes eutróficos e desnutridos leves
d) o uso de noradrenalina ou dopamina deve retar-
dar o início do suporte nutricional enteral
e) só deve ser realizada após a ausculta dos ruí-
dos hidroaéreos peristálticos ou a eliminação 
de flatos ou fezes
Santa Casa-BH – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
54. A Nutrição Parenteral – NP –, é indicada nos 
casos clínicos a seguir, EXCETO:
a) em pacientes com sangramento gastrointesti-
nal com necessidade de repouso prolongado 
do trânsito digestivo
b) em pacientes submetidos a cirurgias extensas 
com previsão de íleo prolongado por mais de 
5 a 7 dias
c) em pacientes com diarreia grave por má ab-
sorção
d) em pacientes com instabilidade hemodinâmica
131 Pré-operatório
SJT Residência Médica
Santa Casa-BH – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
55. São testes laboratoriais aconselháveis para a
identificação de alterações metabólicas, em 
pacientes estáveis em uso de Nutrição Paren-
teral – NP, EXCETO:
a) eletrólitos: Na+, K+, Cl-, CO2, Mg
++, Ca++, Cr, com 
controle de uma a duas vezes por semana
b) hemograma com plaquetas e leucometria, 
uma vez por semana
c) triglicérides plasmáticos, uma vez por semana
d) triglicérides plasmáticos e proteína visceral trans-
ferrina ou pré-albumina uma vez por semana
Santa Casa-BH – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
56. Referente à antibioticoterapia na prevenção de 
Infecção do Sítio Cirúrgico – ISC –, assinale a 
alternativa INCORRETA.
a) a ISC é responsável por um terço das infec-
ções relacionadas à assistência à saúde
b) o uso profilático de antibióticos é um compo-
nente importante no programa de prevenção 
da ISC
c) a primeira dose de antimicrobiano, em antibio-
ticoprofilaxia, deve ser feita 2 horas antes do 
início da cirurgia
d) a antibioticoprofilaxia em cirurgia é definida 
como a utilização de antimicrobianos em pa-
cientes sem evidência da ISC
Santa Casa-BH – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
57. Em relação à antibioticoprofilaxia e antibioti-
coterapia, assinale a alternativa INCORRETA.
a) cirurgias limpas não requerem antibioticoprofila-
xia, exceto quando se utilizam próteses
b) cirurgias potencialmente contaminadas devem 
ser abordadas por antibioticoprofilaxia
c) cirurgias infectadas são cirurgias realizadas 
em tecidos com quadro infeccioso previamen-
te instalado
d) cirurgias infectadas têm como indicação a anti-
bioticoprofilaxia, independente do sítio cirúrgico
Santa Casa-BH – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
58. Quanto à prevenção do tromboembolismo 
(TEV e TEP) na cirurgia abdominal, assinale a 
alternativa INCORRETA.
a) pacientes submetidos à cirurgia abdominal, 
com riscos moderado e alto de TEV, devem re-
ceber profilaxia medicamentosa com heparina 
(HNF ou HBPM)
b) pacientes com alto risco de TVP beneficiam-se 
da profilaxia de longa duração (duas a três se-
manas após alta hospitalar) com heparina
c) pacientes com idades inferiores há 40 anos 
não necessitam receber profilaxia específica 
para TEV
d) pacientes submetidos a cirurgias videolapa-
roscópicas com a utilização do pneumoperitô-
nio, mesmo diminuindo o retorno venoso, não 
aumenta o risco de TEV
Santa Casa-BH – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
59. PC, 72 anos, masculino, portador de diabetes 
e hipertensão arterial, com controle regular 
das patologias de base, sem complicações, 
independente para as atividades de vida diária 
e praticante de atividades físicas regulares.
 Comparece ao setor de emergência com quei-
xa de dor abdominal em hipocôndrio direito, 
com 24 horas de evolução, em cólica e de forte 
intensidade, associada à febre, náusea e vô-
mitos. Apresenta melhora parcial da dor após 
analgesia com escopolamina e dipirona. Ao 
exame físico encontrado presença de sinal de 
Murphy. Exames laboratoriais evidenciam leu-
cocitose com desvio para esquerda, PCR ele-
vada, discreta elevação de TGO, TGP, fosfata-
se alcalina e G-GT. Realizado US de abdômen 
que evidenciou espessamento de parede de 
vesícula biliar, vesícula biliar distendida e de 
tamanho aumentado. Foi realizado tratamento 
cirúrgico imediato considerando-se tratar-se 
de paciente idoso e diabético.
 Utilizando a classificação do risco anestesio-
lógico proposta pela Sociedade Americana 
de Anestesiologia, assinale a alternativa que 
apresenta a classificação de risco cirúrgico 
desse paciente.
a) ASA 1
b) ASA 2
c) ASA 3
d) ASA 4
Santa Casa-BH – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
60. No preparo pré-operatório do paciente com ic-
terícia obstrutiva NÃO está indicado.
a) administração da vitamina K+
b) antibioticoterapia
c) hidratação com solução glicosada
d) hiparinização profilática para tromboembolismo
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
61. Paciente portador de isquemia miocárdica, em 
tratamento com antiagregante plaquetário, será 
submetido à colecistectomia videolaparoscó-
pica. Quanto tempo antes do precedimento de-
vemos suspender o uso da medicação?
a) 24 horas
b) 48 horas
c) 7 dias
d) 9 dias
e) 10 dias
14 Cirurgia geral | Questões para treinamento
SJT Residência Médica
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
62. Alguns eventos aumentam o risco cirúrgico, 
um dos mais importantes e o Infarto Agudo do 
Miocárdio (IAM).
 Quanto tempo geralmente deve-se aguardar, 
após o IAM, para realizar uma cirurgia eletiva?
a) duas a quatro semanas
b) quatro a seis semanas
c) seis a oito semanas
d) oito a dez semanas
e) dez a doze semanas
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
63. Em 2007, o estudo POISE mostrou os riscos e 
benefícios do uso do betabloqueador no pe-
ríodo perioperatório. Qual o risco destacado 
por esse estudo?
a) aumento do risco de IAM
b) aumento do risco de morte cardiovascular
c) aumento da mortalidade total
d) aumento de paradas cardíacas
e) aumento de infarto pulmonar
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
64. O teste de subir dois lances de escada e um 
método prático e barato de avaliar o risco car-
diopulmonar para cirurgias não cardíacas de 
grande porte. A incapacidade de realizar esse 
teste significa:
a) preditor independente de mortalidade peri 
operatória
b) preditor independente de mortalidade pós-
-operatória
c) preditor independente de morbidade pós-
-operatória
d) preditor independente de mortalidade e morbi-
dade perioperatória
e) preditor independente de morbidade peri 
operatória
AMRIGS – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
65. Qual a função da avaliação pré-operatória no 
paciente idoso?
a) identificar e quantificar as magnitudes das co-
morbidades e otimizar a condição pré-operatória
b) identificar a condição cardiovascular, corrigin-
do todas as alterações
c) identificar e quantificar a condição cardiovas-
cular e respiratória para corrigir as alterações 
encontradas
d) quantificar os níveis de hemoglobina e creati-
nina, corrigindo esses níveis para os valores 
normais
e) identificar e quantificar as comorbidades para 
prevenção de complicações pós-operatórias
SURCE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015
66. Sra. Joana, de 58 anos, portadora de insufi-
ciência renal crônica oligúrica, realiza diálise 
três vezes por semana, deverá ser submetida 
a uma gastrectomia subtotal por adenocar-
cinoma de antro. No pré-operatório, qual das 
opções abaixo relacionadas representa o exa-
me que NÃO tem importância na avaliação e 
preparo dessa paciente?
a) sumário de urina
b) eletrólitos séricos
c) eletrocardiograma
d) hemograma completo
SURCE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015
67. Mulher de 75 anos, portadora de HAS (com-
pensada por uso de três medicações), DM e 
história de AVC há 3 anos com sequela de he-
miplegia à esquerda, deverá ser submetida a 
colecistectomia por videolaparoscopia eleti-
va. Segundo a Sociedade Americana de Anes-
tesiologia (ASA), qual a sua classificação?
a) II
b) III
c) IV
d) V
SURCE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015
68. Sra. Joana, 41 anos, com passado de Trombo-
se Venosa Profunda de membro inferior direi-
to, irá se submeter a histerectomia. Foi pro-
gramado uso de dispositivos de compressão 
pneumática no intraoperatório. Na abordagem 
pré-operatória, qual outro cuidado está mais 
indicado para essa paciente?
a) heparina regular em infusão contínua via intra-
venosa
b) heparina de baixo peso molecular via subcutânea
c) implante de filtro de veia cava inferior
d) uso de warfarina via oral
SURCE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015
69. O uso de β-bloqueadores no período pós-ope-
ratório tem-se provado valioso na redução do 
impacto negativo de comorbidades cardíacas 
em pacientes com fatores de risco de compli-
cações cardíacas. Qual das opções abaixo, 
por si só, representa uma indicação do uso de 
β-bloqueador perioperatório?
a) cardiopatia isquêmica
b) idade > 65 anos
c) hipertensão
d) tabagismo
FMABC – R3 Clínica Cirúrgica – 2015
70. Paciente masculino com 54 anos de idade, 
sob tratamento com warfarina, chega ao Pron-
to-Socorro vítima de ferimento por arma de 
fogo no flanco esquerdo. O paciente está páli-
do e hipotenso e você suspeita de uma lesão 
151 Pré-operatório
SJT Residência Médica
esplênica com indicação cirúrgica. Seu INR 
está em 3,0. De que maneira você poderá con-
verter o estado de hipocoagulabilidade deste 
paciente com vistas à cirurgia de emergência? 
a) transfusão de plasma fresco congelado 
b) vitamina K+ via oral 
c) vitamina K+ intravenosa 
d) transfusão de unidades de glóbulos vermelhos
UNAERP – R3 Clínica Cirúrgica – 2015
71. Um paciente em tratamento crônico com var-
farina apresenta apendicite aguda. A razão 
normatizada internacional é de 1,4. Qual das 
seguintes é a conduta mais adequada?
a) parar a varfarina, administrar o plasma fresco 
congelado e prosseguir com a cirurgia
b) proceder, imediatamente, à cirurgia sem parar 
com a varfarina
c) parar a varfarina e prosseguir à cirurgia em 8 a 
12 horas
d) parar a varfarina e prosseguir à cirurgia em 24 
a 36 horas
e) proceder à cirurgia parando com uso da varfarina
UNIFESP – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
72. Qual a diretriz atual sobre ingestão de água, 
chá, café ou refrigerantes e sucos sem resí-
duos sólidos no período pré-operatório de pa-
cientes hígidos que serão submetidos a cirur-
gias eletivas?
a) liberado até duas horas antes do início da 
anestesia
b) liberado até quatro horas antes do início da 
anestesia
c) liberado até seis horas antes do início da anestesia
d) liberado até oito horas antes do início da anestesia
e) liberado até às 22:00 horas da noite que ante-
cede a cirurgia
IAMSPE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
73. Em relação ao jejum pré-operatório, assinale a 
alternativa CORRETA
a) o jejum prolongado diminui a resistência insu-
línica periférica
b) o teste para avaliar a resistência à insulina é o 
Índice de Homa
c) o jejum para sólidos deve ser de, no mínimo, 3h
d) apesar dos benefícios comprovados da abre-
viação do jejum, a Sociedade Americana de 
Anestesiologia não recomenda esta prática
e) o jejum para líquidos é de 6h para cirurgia eletiva
UFG – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
74. Na profilaxia antimicrobiana em cirurgia, 
quando a droga de escolha é a Vancomicina, o 
período correto de início da infusão, antes da 
incisão na pele, em minutos, é de: 
a) 20 a 30
b) 30 a 60
c) 60 a 120
d) 90 a 120
UFF – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
75. A alternativa em que estão arroladas as cefa-
losporinas de segunda geração ativas contra 
bacteroides é:
a) cefoxitina e cefmetazol
b) cefazolina e cefapirina
c) cefalotina e ceftriaxona
d) aztreonam e meropenen
e) cefalexina e cafadroxil
Santa Casa-BH – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
76. No preparo pré-operatório do paciente com ic-
terícia obstrutiva NÃO está indicado.
a) administração da vitamina K
b) antibioticoterapia
c) hidratação com solução glicosada
d) heparinização profilática para tromboembolismo
HAE – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
77. O uso de antibiótico profilático traz maiores 
benefícios para a seguinte operação: 
a) ressecção de lipoma da parede anterior do ab-
dome 
b) tireoidectomia total 
c) retossigmoidectomia 
d) herniorrafia umbilical 
e) colecistectomia eletiva 
HAC – R3 Clínica Cirúrgica – 2015 
78. A aspirina exerce sua ação por meio de:
a) agonismo total 
b) agonismo parcial 
c) antagonismo competitivo 
d) antagonismo não competitivo 
e) nenhuma
UFPR – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
79. Nas primeiras horas do jejum não complicado, 
a glicemia é mantida por: 
a) glicogenólise hepática e periférica
b) gliconeogênese a partir dos aminoácidos
c) lipólise e gliconeogênese a partir do glicerol
d) degradação dos corpos cetônicos
e) gliconeogênese a partir da glutamina
UFPR – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
80. Desnutrição pré-operatória associa-se a maior 
número de complicações pós-operatórias. As-
sim, é importante reconhecer fatores de risco 
para desnutrição no período pré-operatório. 
16 Cirurgia geral | Questões para treinamento
SJT Residência Médica
Qual dos seguintes pacientes apresenta maior 
risco de estar desnutrido? 
a) paciente com 70 anos com diverticulite aguda 
há 2 dias
b) paciente com 32 anos que sofreu politrauma 
há 24 horas
c) paciente com 65 anos com úlcera hemorrágica
d) paciente com 63 anos com plano de gastrecto-
mia por câncer gástrico, internado há 15 dias, 
com pneumonia aspirativa
e) paciente com 55 anos com diagnóstico de 
câncer de mama há 10 dias
UFG – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
81. Qual é a melhor opção de profilaxia medica-
mentosa para um paciente cirúrgico, do sexo 
masculino, com 90 kg, considerado de alto ris-
co para desenvolvimento de trombose venosa 
profunda?
a) dalteparina 15.000 UI, via subcutânea, uma vez/dia
b) enoxaparina 40 mg, via subcutânea, uma vez/dia
c) heparina 5.000 UI, via subcutânea, uma vez/dia
d) nadroparina 2.850 UI, via subcutânea, uma vez/dia
UFG – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
82. Paciente do sexo masculino teve diagnóstico 
de pólipo séssil de 1,5 centímetros de diâme-
tro em sigmoide. Foi submetido a cirurgia car-
díaca há cinco meses, com colocação de bio-
prótese valvar. Faz uso contínuo de warfarin, 
com INR de 3,2. As recomendações para a rea-
lização de polipectomia endoscópica incluem:
a) interromper o uso de warfarin por um período 
mínimo de três dias e, se INR estiver abaixo 
de 2, realizar a polipectomia endoscópica com 
antibioticoprofilaxia administrada meia hora 
antes do procedimento
b) reduzir a dose do warfarin pela metade e as-
sociar a aspirina na dose de 80 mg por cinco 
dias e, se INR estiver abaixo de 2,5, realizar a 
polipectomia e iniciar antibiótico oral seis ho-
ras antes do procedimento e mantê-lo até o 5º 
dia após o procedimento
c) prescrever, por três dias, ácido vanoleico e, 30 
minutos antes do procedimento, associação 
venosa de ampicilina e gentaminina; se INR 
estiver abaixo de 3, realizar a polipectomia 
com bisturi de argônio, seguida da administra-
ção de 1 grama de amoxacilina
d) manter o warfarin em dose plena, desde que 
INR se mantenha em 3,2, e devido à baixa in-
cidência de complicações sépticas, associar 
antibiótico no pós-operatório caso o paciente 
apresente sinais de bacteremia, como cala-
frios, febre e taquicardia
UFPI – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
83. Na avaliação pré-operatória de homem de 55 
anos com hérnia umbilical, encontrou-se bai-
xos níveis de transaminase e uma relação as-
partato/alanina transaminase (AST/ALT) maior 
que 2. Isto sugere: 
a) hepatite alcoólica
b) hepatite A 
c) hepatite B
d) hepatite C
e) cirrose
UFPI – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
84. Sobre o uso de antibioticoprofilaxia em cirur-
gia, pode-se afirmar: 
a) nunca deve ser realizado em cirurgias limpas, a 
fim de se evitar resistência bacteriana
b) deve ser administrado sempre em dose única 
e antes da incisão da pele
c) a melhor indicação é para as cirurgias classe II 
(potencialmente contaminada)
d) nas cirurgias classe III, a cefazolina é o anti-
biótico de eleição
e) nas cirurgias por vídeo, não há justificativa 
para seu uso
UFRN – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
85. Para reverter a anticoagulação causada pelo 
uso da heparina, utilizam-se:
a) infusão de antitrombina III e plasma fresco
b) vitamina K e plasma fresco
c) plasma fresco e sulfato de protamina
d) ácido épsilon aminocaproico e sulfato de pro-
tamina
UNESP – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
86. Assinale a alternativa correta sobre os antico-
agulantes.
a) as heparinas de baixo peso molecular atuam so-
bre o fator XIIa e têm risco de sangramento mais 
elevados do que as heparinas não fracionadas
b) as heparinas de baixo peso
molecular atuam so-
bre a antitrombina III e têm risco de sangramento 
menor do que as heparinas não fracionadas
c) as heparinas de baixo peso molecular atuam 
sobre o fator VII e têm risco de sangramento 
igual ao das heparinas não fracionadas
d) as heparinas de baixo peso molecular atuam so-
bre o fator V e têm risco de sangramento mais 
elevado do que as heparinas não fracionadas
e) as heparinas de baixo peso molecular atuam 
sobre o fator Xa e têm risco de sangramento 
similar ao das heparinas não fracionadas
171 Pré-operatório
SJT Residência Médica
AMP – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
87. Paciente masculino, 40 anos, realizando ava-
liação pré-operatória para herniorrafia ingui-
nal esquerda, vem a consulta pré-anestésica 
com história de diabetes insulino dependente 
há 3 anos. Sem outras comorbidades e quei-
xas. É medida perioperatória a ser adotada a 
este paciente: 
a) suspensão da insulina de longa duração e 
substituição por doses menores de insulina de 
ação intermediária
b) infusão de solução glicosada com insulina de 
longa duração a partir do início do procedi-
mento cirúrgico
c) insulina de ação intermediária em infusão con-
tínua e solução fisiológica 0,9%
d) infusão de insulina de ação intermediária na 
manhã da cirurgia
e) infusão de solução de glicose hipertônica e hi-
dratação adequada
SURCE – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
88. Paciente, 37 anos, com quadro de hipertensão 
grave, refratária, em uso de três medicações 
com controle parcial, investiga nódulo suprar-
renal. Exames laboratoriais: hemoglobina: 
normal; sódio: normal; potássio: normal; ca-
tecolaminas séricas: elevadas; catecolaminas 
urinárias: elevadas. Foi indicada cirurgia para 
remoção do nódulo. Qual dos seguintes anti-
-hipertensivos deve ser iniciado duas sema-
nas antes da cirurgia para efetivamente dimi-
nuir a mortalidade perioperatória?
a) alfabloqueador
b) betabloqueador
c) epironolactona
d) furosemida
UERJ – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
89. Uma das causas de plaquetopenia secundá-
ria à diminuição da produção plaquetária pela 
medula óssea, que pode estar associada a 
maior incidência de complicações hemorrági-
cas em pacientes cirúrgicos é:
a) intoxicação alcoólica aguda
b) trombocitopenia idiopática
c) hipertensão portal
d) linfoma
PUC-PR – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
90. Em relação à terapia nutricional enteral (TNE), 
terapia nutricional parenteral (TNP) e compli-
cações relacionadas à nutroterapia, assinale a 
alternativa CORRETA.
a) pacientes que serão submetidos a cirurgias de 
grande porte de cabeça e pescoço (laringecto-
mia e faringectomia); cirurgia de grande porte 
para tratamento de câncer e pacientes politrau-
matizados não se beneficiam com o uso de 
imunonutrientes no pré-operatório
b) a TNE deve ser utilizada sempre que o pacien-
te não pode, não deve ou não quer deglutir e 
quando o uso do trato gastrointestinal tem a 
função preservada. Porém ela só pode ser in-
dicada e iniciada se o paciente estiver estável 
hemodinamicamente
c) a via de administração da TNP é exclusiva-
mente feita por acesso venoso central. O 
acesso periférico é contra indicação absoluta 
para TNP pelo alto risco de flebite e desenca-
deamento de processo infeccioso
d) a monitorização laboratorial do paciente em 
TNP deve ser feita somente após o sétimo dia 
de uso de TNP, pois somente a partir deste 
período que os distúrbios hidroeletrolíticos são 
significativos
e) um dos sintomas e sinais clínicos das carências 
de micronutrientes secundários à desnutrição 
em pacientes submetidos a jejum prolongado é 
a hipovitaminose D que tem como manifestação 
clínica principal a xeroftalmia
PUC-PR – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
91. Sobre terapia nutricional no paciente cirúrgi-
co, são, feitas as seguintes assertivas:
 I. A calorimetria indireta permite o cálculo pre-
ciso da necessidade calórica.
 II. As fórmulas enterais poliméricas são cons-
tituídas por aminoácidos ou oligopeptídeos, 
monossacarídeos e triglicerídeos.
 III. Aminoácidos, carboidratos e lipídios são 
nutrientes que habitualmente compõem as 
soluções de nutrição parenteral.
 Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I, apenas
b) II, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II e III
HNSG – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
92. Em relação à avaliação pré-operatória é IN-
CORRETO afirmar que:
a) pacientes saudáveis, com menos de 40 anos, 
submetidos a procedimentos eletivos geral-
mente não necessitam nenhum exame pré-
-operatório
b) paciente com doença sistêmica grave, com li-
mitação da função, porém não incapacitante 
são classificados como ASA IV
18 Cirurgia geral | Questões para treinamento
SJT Residência Médica
c) a suspensão do tabagismo, por pelo menos 4 
a 8 semanas, diminui o risco de complicações 
pulmonares
d) as complicações cardíacas são a principal 
causa de óbito após anestesia e procedimento 
cirúrgico em geral
e) paciente com cardiopatia hipertrófica vai reali-
zar colecistectomia laparoscópica têm indica-
ção de profilaxia para endocardite bacteriana 
com amoxacilina 2 g via oral uma hora antes 
do procedimento
Unificado-MG – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
93. Em relação às condutas no perioperatório de 
tireoidectomia em paciente com diagnóstico de 
hipertireoidismo, assinale a afirmativa ERRADA:
a) manter o uso de soluções iodadas por via oral 
no pré-operatório pode reduzir o fluxo sanguí-
neo, a friabilidade e o sangramento da tireoide 
no pré-operatório
b) está contraindicado o uso de iodo por via oral 
no pré-operatório de tireoidectomia em pa-
ciente com bócio nodular tóxico
c) na presença de tireotoxicose, é necessário ad-
ministrar drogas antitireoidianas, betabloquea-
dores e glicocorticoides antes da tireoidecto-
mia
d) soluções iodadas e tionamida devem ser man-
tidas por, pelo menos, cinco dias após a tireoi-
dectomia
Unificado-MG – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
94. Pacientes com distúrbios de coagulação são, 
frequentemente, um desafio para o cirurgião. 
A avaliação e o controle pré, per e pós-opera-
tórios desses pacientes incluem, além da his-
tória e de exame clínicos, uma série de testes 
complementares. Sobre a coagulação é COR-
RETO afirmar:
a) o tempo de protrombina mede a função do fa-
tor VII e da via intrínseca da coagulação
b) o tempo da trombopalstina parcial ativado de-
tecta níveis baixos dos fatores das vias extrín-
secas e comum
c) a warfarina bloqueia a síntese dos fatores de-
pendentes da vitamina K (fatores VIII, IX, XI da 
coagulação)
d) a tromboelastografia pode avaliar a hipercoa-
gulabilidade, a hipocoagulabilidade, a função 
plaquetária e a fibrinólise
Unificado-MG – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
95. Paciente H. D. P. de 55 anos, sexo masculino, 
publicitário, estava em uso de warfarina em 
doses adequadas, com RNI mantido em tor-
no de 2,0 quando apresentou dor abdominal 
aguda. Ao exame foi encontrado abdome em 
tábua e a radiografia simples de abdome e tó-
rax confirmou pneumoperitônio. Em relação a 
este caso assinale a afirmativa correta:
a) a administração de plasma fresco congelado 
possibilita a operação de urgência
b) a droga deve ser suspensa e o paciente ser 
operado tão logo o RNI chegue a valores abai-
xo de 1,5
c) a relação custo-benefício justifica uma cirurgia 
de urgência sem necessidade de condutas 
adicionais
d) deve-se administrar vit K e aguardar a diminui-
ção do RNI para 1,5 antes de operar
Unificado-MG – R3 Clínica Cirúrgica – 2014 
96. K. P. S., 70 anos, sexo masculino, empresário, fa-
zia controle de hipertensão arterial e usava AAS 
há vários anos, quando foi diagnosticada neo-
plasia gástrica. No preparo para a cirurgia, foi de-
tectada piora da doença coronariana prévia. Em 
relação às possíveis condutas para este paciente 
listadas abaixo, assinale a
afirmativa ERRADA:
a) em caso de coloração de stent a cirurgia onco-
lógica pode ser efetuada após sete dias
b) o uso de AAS não é contraindicação para a 
coloração de stent 
c) o uso de betabloqueador deve ser incentivado 
por ocasião da cirurgia oncológica
d) se for realizada a revascularização miocárdi-
ca, a cirurgia oncológica deve ser protelada 
por, pelo menos, 30 dias
191 Pré-operatório
SJT Residência Médica
1. O antibiótico usado para profilaxia deve ter espec-
tro direcionado aos patógenos mais comuns do sítio 
cirúrgico e é fundamental que sua concentração sé-
rica esteja adequada no momento da incisão. Desta 
forma, recomenda-se administração durante indução 
anestésica, idealmente 30 minutos antes da agressão 
tissular, observando a repetição da dose conforme 
duração do procedimento e meia-vida do fármaco. 
Resposta d.
2. A pré-albumina ou transtirretina é o parâmetro mais 
sensível para avaliar mudanças recentes do estado nu-
tricional, devido sua curta meia-vida de 3-5 dias. Já a 
albumina tem meia-vida e 14-21 dias, adequada para 
uma avaliação a longo prazo. Globulinas são obtidas da 
subtração de proteínas totais menos albumina, sendo 
fraco indicador do metabolismo proteico devido varia-
bilidade em caso de processos infecciosos. A proteína 
ligadora do estradiol não apresenta correlação fidedig-
na com status nutricional, além de ser influenciada por 
hormônios. A transferrina tem meia-vida de 7 dias e 
pode se elevar na vigência de processo infeccioso ou 
inflamatório. Resposta a.
3. A terapia nutricional pré-operatória por 7-14 dias está 
associada a redução de infecções pós-operatórias e 
tempo de internação, sendo a perda de peso prévia di-
retamente relacionada ao pior prognóstico do paciente. 
Está indicada no paciente com risco nutricional grave 
candidato a operações eletivas de médio e grande por-
te: Perda de peso > 10% em menos de 6 meses; IMC < 
18,5 kg/m²; Avaliação global subjetiva: C ou albumina < 
3 mg/dL. No pós-operatório, é indicada na vigência de 
complicações operatórias ou do trauma, que impeçam 
a alimentação digestiva, com tempo de jejum superior 
a cinco dias ou ingesta inferior a 50% das necessida-
des energéticas. Pacientes com elevado gasto calórico, 
como queimados, neoplasias, sepse; também deve re-
ceber suporte. Resposta d.
4. O feocromocitoma induz descarga adrenérgica 
quando manipulado cirurgicamente, sendo necessá-
rio no pré-operatório o bloqueio “alfabético” (lembre-
-se deste macete para lembrar que o bloqueio alfa 
é realizado primeiro). A droga ideal é a fenoxibenza-
mina, alfabloqueador não seletivo que estabiliza a 
labilidade hemodinâmica, mas rotineiramente utiliza-
-se o prasozin para normalizar frequência cardíaca e 
pressão arterial, devendo ser mantida por pelo menos 
2 semanas. Os efeitos colaterais mais comuns são hi-
potensão e congestão nasal. Os betabloqueadores 
podem ser administrados após obtenção do alfa-blo-
queio adequado, naqueles pacientes com taquicardia 
ou arritmia persistente. Os hipoglicemiantes orais têm 
indicação de suspensão na véspera da cirurgia devido 
risco de acidose láctica, sendo as sulfonilureias 48h 
antes e biguanidas (metformina) 24-48h antes. Com 
isso, o controle deve ser realizado com dextro 4/4h 
e correção com insulina regular, instalando SG5% 
100ml/h a partir do início do jejum.
Anti-hipertensivos devem ser continuados até a ma-
nhã da cirurgia, com cuidado especial com betablo-
queadores e clonidina, uma vez que há possibilidade 
da síndrome da retirada. Além disso, há aumento na 
mortalidade diante da descontinuação perioperatória 
de betabloqueadores.
Pacientes em uso crônico da rivaroxabana devem ter 
a medicação suspensa 24h antes da cirurgia. Em caso 
de insuficiência renal moderada ou em alto risco de 
sangramento (como neurocirurgia, cardíaca), orienta-
-se suspensão 48h antes. Se for realizada retirada de 
cateter peridural, retornar esta medicação 6h após o 
evento. Pacientes diabéticos devem manter idealmen-
te a glicemia entre pré-prandial < 120 e pós-prandial 
< 180 mg/dL, sendo níveis inferiores arriscados para 
hipoglicemia, enquanto níveis superiores leva à perda 
renal de glicose e diurese osmótica, estando os níveis 
glicêmicos diretamente relacionados à morbimortalida-
de. Resposta d.
2
GABARITO COMENTADO
Pré-operatório
5. Recomenda-se níveis glicêmicos no per e pós-opera-
tório entre 120 e 180mg/dL. Níveis acima deste, levam 
à perda renal de glicose e diurese osmótica, estando os 
níveis glicêmicos diretamente relacionados à morbimor-
talidade. Anti-hipertensivos não devem ser suspensos no 
perioperatório, diferente dos hipoglicemiantes orais, que 
têm indicação de suspensão na véspera da cirurgia de-
vido risco de acidose láctica, sendo as sulfonilureias 48h 
antes e biguanidas (metformina) 24 a 48h antes. Com 
isso, o controle deve ser realizado com dextro 4/4h (ob-
serve que este período depende da referência utilizada) e 
correção com insulina regular, instalando SG5% 100ml/h 
a partir do início do jejum. Em diabéticos dependentes de 
insulina NPH, esta deve ter sua dose reduzida a 1/3 ou 
½ da dose na manhã da cirurgia. Paciente com comor-
bidades em uso adequado da terapêutica é classificado 
como ASA II: doença sistêmica leve ou moderada, sem 
limitação funcional. Lembre-se que gestação, uso social 
de álcool e obesidade com IMC>30 também fazem parte 
desta classificação. Os exames pré-operatórios também 
são variáveis conforme a referência. Pacientes hiperten-
sos usualmente requerem hemograma, ECG para avaliar 
alterações estruturais e Rx de tórax em investigação de 
cardiomegalia. Para diabéticos, recomenda-se além des-
tes exames, glicemia de jejum e função renal, especial-
mente se uso de metformina. Resposta b.
6. Pacientes idosos, imunodeprimidos e desnutridos 
têm recomendação de antibioticoprofilaxia mesmo em 
procedimentos limpos, devido incompetência imuno-
lógica. Além disso, em procedimentos urológicos está 
indicada em diabetes mellitus, tabagismo, obesidade, 
coexistência de infecção à distância, colocação mate-
rial protésico, ITU prévia, cálculos de estruvia, presen-
ça de cateter de nefrostomia prévio ou antecedentes 
de pielonefrite de repetição e tumores vesicais exten-
sos ou com tecido necrosado. Resposta c.
7. A terapia de nutricional enteral (TNE) precoce melhora 
a resposta imunológica local e sistêmica, evita translo-
cação bacteriana, melhora o trofismo e integridade da 
barreira intestinal, minimiza a resposta metabólica ao 
trauma e diminui ocorrência de sepse, sendo ideal em 
pacientes oncológicos, observando uso de sonda em 
posição enteral para reduzir riscos de broncoaspiração 
e vômitos. Os preparados para suporte englobam uma 
grande variedade de dietas enterais (artesanais, polimé-
ricas, elementar, semielementar...) e parenterais (total 
ou parcial periférica), sendo a via mais fisiológica sem-
pre almejada. Em pacientes com TGI íntegro, estável, 
sem obstrução funcional ou física, está recomendada 
dieta enteral, devido seu menor custo, menor taxas de 
complicações e praticidade. Dietas imunomoduladoras 
são compostas geralmente por glutamina, arginina, nu-
cleotídeos, ácidos graxos ômega-3 e antioxidantes que 
melhoram a resposta imunológica ao trauma em esta-
dos catabólicos. A glutamina se mostrou precursora de 
diversas proteínas e fonte de energia para mucosa in-
testinal, fibroblastos e linfócitos. Terapia nutricional pré-
-operatória está indicada, por um período de 7-14 dias, 
no paciente com risco nutricional grave candidato a 
operações eletivas de médio e grande porte. Entende-
-se risco nutricional grave quando existe, pelo menos: 
perda de peso > 10% em 6 meses; avaliação subjetiva 
global <C; IMC < 18,5 kg/m²; albumina < 3 mg/dL (sem 
evidência de disfunção hepática e renal). Resposta a.
8. O polipropileno (nome
comercial Prolene) é o fio de 
uso rotineiro que mais se aproxima das condições do 
fio ideal: sintético, que implica em uma menor reação 
tecidual; monofilamentar, o que causa menor acúmulo 
de antígenos e menor reação tecidual quando compa-
rado à trama dos multifilamentares; inabsorvível com 
força tênsil imutável ao longo dos anos; baixa capila-
ridade que impede acúmulo de líquidos e torna fácil 
esterilização;, além de ser dotado de memória, carac-
terística que facilita manutenção dos nós. Resposta c.
9. A quantidade de calorias e proteínas ofertada deve ser 
adequada para a situação clínica do paciente. Por exem-
plo, pacientes em sepse, devem receber 30-35 kcal/kg, 
sendo 1.5-2 g/kg de proteína. De forma geral, uma oferta 
maior que a proporção citada na letra A leva à gliconeo-
gênese, o que torna a proteína fonte de glicose para o or-
ganismo. Pacientes hepatopatas se beneficiam da suple-
mentação de aminoácidos de cadeia ramificada (valina, 
leucina, isoleucina), uma vez que estes desempenham 
papel na desintoxicação da amônia no organismo, do-
ando nitrogênio para a formação de glutamato, que, por 
sua vez, reage com a amônia. A nutrição enteral estimula 
o trofismo intestinal, impedindo a translocação bacteria-
na, uma vez que a microbiota intestinal é um importante 
estimulador do sistema imune. Já a parenteral está as-
sociada a mudanças morfológicas,  translocação bacte-
riana e perda de barreira, por não estimular enterócitos. 
Recomenda-se uma dieta hiperproteica para os pacien-
tes pneumopatas, a fim de se restaurar a força pulmonar 
e muscular e promover melhoria na função imunológica, 
devendo o valor de proteínas situar-se na faixa de 1-1,5 g/
kg de peso/dia. Resposta a.
10. Em pacientes com risco nutricional nas condições 
citadas na alternativa “A”, o suporte nutricional é indicado 
7-14 dias antes da cirurgia, e não apenas no pós ope-
ratório. A indicação de avaliação nutricional é indicada a 
pacientes em risco nutricional, independente da cirurgia 
proposta. Da mesma forma, pacientes bem nutridos e 
com previsão de retorno rápido à alimentação via oral, 
não necessitam de terapia nutricional especializada. A 
Avaliação Subjetiva Global (ASG) é uma ferramenta uti-
lizada em situações clínicas com o intuito de identificar 
grupos de paciente com algum risco nutricional, assim 
diferencia-se dos demais métodos de avaliação nutricio-
nal utilizados na prática clínica por englobar não ape-
nas alterações da composição corporal, mas também 
alterações funcionais do paciente. Aplica-se o método 
ASG para diagnosticar e classificar a desnutrição crô-
nica ou já instalada, como percentual de perda de peso 
nos últimos seis meses, modificação na consistência 
dos alimentos ingeridos, sintomatologia gastrointestinal 
22 Cirurgia geral | Gabarito comentado
SJT Residência Médica
persistente por mais de duas semanas e presença de 
perda de gordura subcutânea e de edema. Além disso, 
é o único método que valoriza alterações funcionais que 
possam estar presentes. Resposta c.
11. A sonda nasogástrica (Levine) é usualmente emprega-
da para descompressão do conteúdo gástrico, não sendo 
ideal para alimentação devido risco de refluxo e broncoas-
piração, principalmente se mal posicionada em pacientes 
sem reflexo de tosse (sedados, ventilação mecânica...). Já 
a sonda enteral (Dobhoff), deve ser posicionada pós pilóri-
ca e confirmada por radiografia que evidencia a ponta ra-
diopaca abaixo do nível das costelas e à direita da coluna 
vertebral. Ambas são adequadas vias alimentares e usual-
mente as dietas não apresentam diferenças significativas 
nos valores ou tempo de início. Pacientes críticos podem 
ter dieta realizada por SNG também, não sendo apenas a 
via enteral necessária. A ausência de ruídos não contrain-
dica início da dieta, devendo ser interrompida em caso de 
vômitos, distensão e piora do estado geral. O íleo adinâ-
mico é causado por aumento da atividade simpática dos 
nervos esplâncnicos, resultante da manipulação de alças 
intestinais. Assim, o peristaltismo é estimado a retornar pri-
meiro no intestino delgado (6-24h), depois estômago (24-
48h) seguido pelo cólon (48-72h), sendo a evacuação o 
sinal mais fidedigno da resolução do íleo. Resposta b.
12. Em humanos, a vitamina B12 é responsável por 
duas reações conhecidas: a conversão de ácido metil-
malônico em succinil-coenzima A e a conversão de ho-
mocisteína em metionina. A deficiência de vitamina B12 
poderia, portanto, levar a aumento de ácido metilmalôni-
co e de metionina. Sua deficiência pós-operatória ocorre 
devido insuficiente ingestão de proteína e de cobalami-
na, má digestão da cobalamina com proteína ligada, 
secreção insuficiente do fator intrínseco, má absorção 
do complexo fator intrínseco/cobalamina. A reposição é 
feita por via oral, com doses diárias de 200 mcg por 120 
dias ou intramuscular, com injeções de 1000 mcg 3x/
semana, por duas semanas, seguidas de uma injeção 
mensal por mais três meses. A reposição profilática de 
vitamina K não é recomendada de forma rotineira, ha-
vendo indicação em INR baixo e em pacientes com uso 
prolongado de parenteral sem ingesta via oral, na qual 
deve-se administrar 10 mg semanalmente. As vitaminas 
citadas na alternativa “C” podem causar manifestações 
neurológicas, com especial atenção para vitamina B1, 
que pode causar beri beri seco (manifestações neu-
rológicas) ou molhado (cardiológicas). Casos severos 
podem evoluir para Síndrome de Wernicke-Korsakoff, 
caracterizada por perda de memória e confusão mental. 
O padrão de aminoácidos plasmáticos é distorcido, com 
níveis elevados de prolina e hidroxiprolina. A reposição 
é feita com 100 mg de tiamina por dia, sem necessidade 
dos exames citados na alternativa “D”. Resposta c.
13. A terapia nutricional deve ser instituída nas primeiras 
24-48 horas, especialmente em pacientes com diagnós-
tico de desnutrição e (ou) catabolismo intenso decorren-
te do quadro patológico, e quando não houver previsão 
de ingestão adequada em 3-5 dias. Com relação ao 
aporte calórico e proteico, o paciente deva receber cerca 
25-27 kcal/kg e 1,5g de proteína/kg. Esta recomendação 
se altera para 20-25 kcal/kg e 1,5-2 g de proteina/kg para 
paciente em fase aguda e aumenta para 25-30 kcal/kg 
e 1,5-2,5 g/kg em fases de anabolismo e também para 
pacientes com desnutrição grave. A calorimetria indireta 
é um método preciso de determinação do gasto ener-
gético e pode evitar oferta nutricional inadequada, mas 
não há evidência na literatura de que seu uso propor-
cione menor morbimortalidade. A maioria das fórmulas 
superestima as necessidades iniciais, aumentando o 
risco de hiperalimentação, e podem subestimá-las em 
alguma fase do tratamento. Resposta d.
14. Observe a Tabela do Sabiston: 
Anestesia geral Assistência anestésica ou anestesia 
regional (homens e mulheres)
Anestesia local (ho-
mens e mulheresIdade Homens Mulheres
< 40 
anos
Nenhuma
Hb ou Hct
Teste de gravidez?
Nenhuma Nenhuma
40-50 
anos
ECG
Hb ou Hct
Teste de gravidez?
Nenhuma Nenhuma
50-64 
anos
Hb ou Hct
ECG
Hb ou Hct
ECG
Teste de gravidez?
Hb ou Hct* Nenhuma
65-74 
anos
Hb ou Hct
ECG
Creatinina/ureia
Hb ou Hct
ECG
Creatinina/ureia
Hb ou Hct*
ECG
Hb ou Hct*
> 74 
anos
Hb ou Hct
ECG
Creatinina/ureia
Glicose
Radiografia de 
tórax?
Hb ou Hct
ECG
Creatinina/ureia
Glicose
Radiografia de tórax?
Hb ou Hct*
ECG
Creatinina/ureia
Glicose
Hb ou Hct*
ECG
Creatinina/ureia
232 Pré-operatório
SJT Residência Médica
Diante da idade da paciente, não seriam necessários mais exames. No entanto, diante das comorbidades, faz-se 
necessária avaliação da função renal (creatinina é o exame inicial de triagem) e glicemia devido DM2. Lembrando 
que as referências bibliográficas do concurso devem orientar a solicitação

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