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Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) Relatório da Pesquisa Relatório SEIS nº 2, Belo Horizonte, Novembro de 2014 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Governador: Alberto Pinto Coelho SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO Secretária: Renata Maria Paes de Vilhena FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO Presidente: Marilena Chaves CENTRO DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES Diretor: Frederico Poley Martins Ferreira ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Assessora-Chefe: Olívia Bittencourt SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E POLÍTICA URBANA Secretário: Alencar Santos Viana Filho Superintendente de Saneamento: Edicleusa Veloso COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS Diretor Presidente: Ricardo Augusto Simões Campos FICHA TÉCNICA Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento - SEIS/MG Coordenação Geral: Luiza de Marilac de Souza Gestão Administrativa e Financeira: Mauro de Oliveira Pessoa Pesquisadores: Denise Helena França Marques Maia Letícia Augusta Faria de Oliveira Misael Dieimes de Oliveira Laís Santos de Magalhães Cardoso Vera Taina Franco Vidal Mota Estagiários Ausier Vinicius de Oliveira Santos Cristiane da Silva Diniz Maria Flávia Ribeiro Rodrigues Administrativo Allan Valente de Moura Caldeira Polianne Costa Silva Supervisores Cleide Nilza Cândido Maria da Gloria Martins Maria Lúcia Coimbra Cristo Thânady Pereira Dias Entrevistadores Adilson Evangelista Cardozo Alexandro Antônio Silva Pires Carina Polastri Rabello de Lellis Conceição Aparecida de Castro Damião Santos Ferreira Daniel Cabral Loyola Denise Rosa Moreira Flávia Alves Pereira Francy Eide Nunes Leal Frederico Augusto de Oliveira e Franco Juscelita Cândida de Moura Leonardo Antônio Garcia Luana Maiara dos Santos Mara Rubia Martins Torres Marcelo Pereira Leite Márcia Regina Pereira Maria do Socorro Alves de Souza Marta Antônio Rodrigues Mônica Pereira de Araújo Patrícia de Freitas Renato Vargas Chaves Ricardo Luiz de Oliveira Sandro Henrique Mourão Lima Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) Relatório da Pesquisa Relatório SEIS nº 2, Belo Horizonte, Novembro de 2014. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 20 2. GESTÃO MUNICIPAL DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO EM MINAS GERAIS ............................................................................................................ 24 2.1. Instrumentos ............................................................................................................ 24 2.2. Prestação ................................................................................................................. 29 2.3. Regulação ................................................................................................................ 32 2.4. Finanças ................................................................................................................... 36 2.5. Relacionamento com a população ........................................................................... 41 2.6. Abastecimento de água............................................................................................ 47 2.7 Esgotamento sanitário .............................................................................................. 50 2.8. Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ........................................................ 53 Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas ............................................................... 69 3. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................. 77 4. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ........................................................................... 142 5. MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................. 191 6. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ...................... 216 7 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 241 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 244 LISTAS DE TABELAS Tabela 2.1: Municípios que possuíam instrumento de planejamento urbano - Minas Gerais – 2011. ................................................................................................... 25 Tabela 2.2: Itens exigidos pelos municípios para a aprovação de novos loteamentos ou ruas – Minas Gerais – 2011. ........................................................................ 28 Tabela 2.3: Serviços de saneamento básico em que havia atuação dos municípios por meio de consórcio(s) de saneamento básico - Minas Gerais – 2011. ......... 31 Tabela 2.4: Municípios que possuíam instrumento legal regulador segundo serviço de saneamento básico - Minas Gerais - 2011. ................................................ 34 Tabela 2.5: Municípios nos quais a prefeitura desenvolveu algum projeto para captação de recursos para investimento no setor de saneamento no período de referência (2010-2011) - Minas Gerais – 2011. ........................................... 38 Tabela 2.6: Origem dos recursos captados pelos municípios para investimento em saneamento - Minas Gerais – 2011. ................................................................. 39 Tabela 2.7: Município que possuía algum programa ativo de educação ambiental - Minas Gerais – 2011. ........................................................................................ 43 Tabela 2.8: Existência de Conselho Municipal de Saneamento ou outro órgão que permita a participação da população nas decisões sobre saneamento básico - Minas Gerais – 2011. ........................................................................................ 47 Tabela 2.9: Proporção de municípios que possuíam legislação ou algum programa de incentivo para exigir ou viabilizar o tratamento particular ou comunitário do esgoto sanitário - Minas Gerais - 2011 – (%). ............................................ 51 Tabela 2.10: Formas de destinação final de esgoto doméstico .................................... 52 Tabela 2.11: Formas de destinação final do esgoto doméstico além da rede de esgotamento - Minas Gerais - 2011 – (%). ....................................................... 53 Tabela 2.12: Municípios que possuíam Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) - Minas Gerais – 2011. ...................................... 55 Tabela 2.13:Percentual de municípios nos quais cada uma das ações era inclusa no serviço de limpeza pública - Minas Gerais – 2011. .......................................... 57 Tabela 2.14: Municípios nos quais existia serviço de coleta domiciliar indireta de resíduos sólidos - Minas Gerais – 2011. ........................................................... 58 Tabela 2.15: Percentual de municípios de acordo com o serviço de coleta especial existente - Minas Gerais – 2011. ...................................................................... 59 Tabela 2.16: Classificação dos resíduos de serviço de saúde ...................................... 60 Tabela 2.17: Municípios que possuíam programas de coleta seletiva de resíduos sólidos - Minas Gerais – 2011. ......................................................................... 63 Tabela2.18: Preço do material reciclável (preço da tonelada em real) em Itabira - Minas Gerais. .................................................................................................... 64 Tabela 2.19: Proporção de prefeituras segundo tipo de programa de incentivo e sensibilização social para o manejo adequado de resíduos sólidos - Minas Gerais - 2011 – (%)........................................................................................... 66 Tabela 2.20: Formas de destinação final de resíduos sólidos ...................................... 67 Tabela 2.21: Percentual de municípios de acordo a destinação final dos resíduos sólidos - Minas Gerais - 2011 – (%). ................................................................ 68 Tabela 2.22:Municípios que possuíam Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC) - Minas Gerais – 2011. ................................................................. 71 Tabela 2.23: Municípios que possuíam mapeamento de áreas de risco- Minas Gerais – 2011. ................................................................................................... 73 Tabela 2.24: Municípios que possuíam plano de contingência para o atendimento a desastres - Minas Gerais – 2011. ...................................................................... 75 Tabela 3.1: Grau de cobertura dos municípios, por região de planejamento – Minas Gerais – 2011. ................................................................................................... 81 Tabela 3.2: Constituição jurídica da empresa prestadora do serviço de abastecimento de água nas sedes municipais por região de planejamento – Minas Gerais - 2011.......................................................................................... 83 Tabela 3.3: Constituição jurídica da empresa prestadora do serviço de abastecimento de água nos distritos municipais por região de planejamento – Minas Gerais - 2011....................................................................................... 84 Tabela 3.4: Cobrança pelo serviço de abastecimento de água nas sedes municipais, por região de planejamento – Minas Gerais - 2011 .......................................... 87 Tabela 3.5: Cobrança pelo serviço de abastecimento de água nos distritos municipais, por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ..................... 88 Tabela 3.6: Existência de tarifa social nas sedes municipais que cobram pelo serviço de abastecimento de água, por região de planejamento – Minas Gerais - 2011..................................................................................................... 89 Tabela 3.7: Existência de tarifa social nos distritos municipais que cobram pelo serviço de abastecimento de água, por região de planejamento – Minas Gerais - 2011..................................................................................................... 89 Tabela 3.8: Disponibilização de informações sobre abastecimento de água nas sedes municipais, por região de planejamento – Minas Gerais - 2011 ............. 91 Tabela 3.9: Disponibilização de informações sobre abastecimento de água nos distritos municipais, por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ........ 92 Tabela 3.10: Formas de atendimento ao consumidor adotadas por sedes e distritos municipais – Minas Gerais - 2011 ................................................................... 92 Tabela 3.11: Reclamações sobre o serviço de abastecimento de água nas sedes municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais - 2011 ..................... 94 Tabela 3.12: Reclamações sobre o serviço de abastecimento de água nos distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais - 2011 .................... 95 Tabela 3.13: Existência de programas sociais para a preservação do meio ambiente nas sedes municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 ................................................. 97 Tabela 3.14: Existência de programas sociais para a preservação do meio ambiente nos distritos municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 ............................................ 97 Tabela 3.15: Captação de água nas sedes municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ...................................................................................... 99 Tabela 3.16: Captação de água nos distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................................................. 100 Tabela 3.17: Sedes municipais que possuíam outorga para o abastecimento de água, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................ 101 Tabela 3.18: Distritos municipais que possuíam outorga para o abastecimento de água, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................ 102 Tabela 3.19: Sedes municipais que realizam controle de qualidade da água para consumo humano conforme a Portaria nº 518 de 2004, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................................................. 106 Tabela 3.20: Distritos municipais que realizam controle de qualidade da água para consumo humano conforme a Portaria nº 518 de 2004, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................................................. 107 Tabela 3.21: Existência de rodízio na distribuição de água nas sedes municipais, por Região de Planejamento - Minas Gerais - 2011 ...................................... 112 Tabela 3.22: Existência de rodízio na distribuição de água nos distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ...................................... 113 Tabela 3.23: Existência de rodízio na distribuição de água nas sedes municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 .................................................................................... 114 Tabela 3.24: Existência de rodízio na distribuição de água nos distritos municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 .................................................................................... 114 Tabela 3.25: Existência de intermitência na distribuição de água nas sedes municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 .................. 115 Tabela 3.26: Existência de intermitência na distribuição de água nos distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 .................. 115 Tabela 3.27: Existência de intermitência na distribuição de água nas sedes municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 ............................................... 116 Tabela 3.28: Existência de intermitência na distribuição de água nos distritos, municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água– Minas Gerais - 2011 ................................................ 117 Tabela 3.29: Regime hidráulico da adutora de água bruta das sedes municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................................ 119 Tabela 3.30: Regime hidráulico da adutora de água bruta dos distritos municipais, por Região de Planejamento– Minas Gerais – 2011 ....................................... 120 Tabela 3.31: Tempo de funcionamento da adutora de água bruta em sedes e distritos municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 ............................................... 122 Tabela 3.32: Regime hidráulico da adutora de água tratada das sedes municipaisque realizavam tratamento da água, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 .................................................................................................. 124 Tabela 3.33: Regime hidráulico da adutora de água tratada nos distritos municipais que realizavam tratamento da água, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 .................................................................................................. 125 Tabela 3.34: Tempo de funcionamento da adutora de água tratada em sedes e distritos municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 ............................................... 127 Tabela 3.35: Sedes municipais que exportam água tratada, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................................................. 129 Tabela 3.36: Distritos municipais que exportam água tratada, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................................................. 130 Tabela 3.37: Quantidade média de reservatórios de água tratada existentes em sedes e distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ................................................................................................................ 131 Tabela 3.38: Existência de supervisão por engenheiro sanitarista nas sedes municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 .................. 132 Tabela 3.39: Existência de supervisão por engenheiro sanitarista nas sedes, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 ....................................................................................... 132 Tabela 3.40: Existência de supervisão por engenheiro sanitarista nos distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ................. 133 Tabela 3.41: Existência de supervisão por engenheiro sanitarista nos distritos municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 ............................................... 134 Tabela 3.42: Percentual médio de micromedição em sedes e distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ...................................... 135 Tabela 3.43: Percentual médio de micromedição em sedes e distritos municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 .................................................................................... 136 Tabela 3.44: Percentual médio de macromedição nas sedes municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 ........................................................ 137 Tabela 3.45: Percentual médio de macromedição em sedes e distritos municipais, por constituição jurídica da prestadora do serviço de abastecimento de água – Minas Gerais – 2011 .................................................................................... 137 Tabela 3.46: Realização de quantificação ou estimativa de perda de água nas sedes municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 .................. 139 Tabela 3.47: Realização de quantificação ou estimativa de perda de água nos distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 .... 140 Tabela 3.48: Percentual médio de perdas de água na distribuição de sedes e distritos municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011 .... 141 Tabela 4.1: Grau de cobertura dos municípios, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ...................................................................................... 146 Tabela 4.2: Sedes e distritos com rede de esgoto e que realizavam tratamento, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ........................................... 148 Tabela 4.3: Tratamento dos esgotos coletados em sedes, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. .. 149 Tabela 4.4: Tratamento dos esgotos coletados em distritos, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. .. 149 Tabela 4.5: Constituição jurídica da empresa prestadora do serviço de esgotamento sanitário nas sedes municipais, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ............................................................................................................ 150 Tabela 4.6: Constituição jurídica da empresa prestadora do serviço de esgotamento sanitário nos distritos, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. 151 Tabela 4.7: Existência de política tarifária para serviço de esgotamento sanitário nas sedes, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. .................... 155 Tabela 4.8: Existência de política tarifária para serviço de esgotamento sanitário nos distritos, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ............... 155 Tabela 4.9: Proporção (%) média da cobrança do serviço de esgoto em relação à cobrança do serviço de água nas sedes, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ....... 158 Tabela 4.10: Disponibilização de informações sobre o serviço de esgotamento sanitário nas sedes, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ..... 159 Tabela 4.11: Disponibilização de informações sobre o serviço de esgotamento sanitário nos distritos, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. 160 Tabela 4.12: Disponibilização de informações sobre o serviço de esgotamento sanitário nas sedes, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ............................................... 161 Tabela 4.13: Disponibilização de informações sobre o serviço de esgotamento sanitário nos distritos, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ............................................... 161 Tabela 4.14: Existência de programas sociais para a preservação do meio ambiente nas sedes, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. .................................................................... 166 Tabela 4.15: Existência de programas sociais para a preservação do meio ambiente nos distritos, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ............................................... 166 Tabela 4.16: Número médio de pessoas ocupadas, permanentemente ligadas ao serviço de esgotamento sanitário em sedes e distritos, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ............................................................................................................... 167 Tabela 4.17: Número médio de pessoas ocupadas, contratadas, terceirizadas ou somente comissionadas ligadas ao serviço de esgotamento sanitário em sedes e distritos, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ............................................... 168 Tabela 4.18: Existência de supervisão por engenheiro sanitarista nas sedes, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ........................................... 169 Tabela 4.19: Existência de supervisão por engenheiro sanitarista nos distrito, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ........................................... 169 Tabela 4.20: Existência de supervisão por engenheiro sanitarista nas sedes, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ......................................................................................170 Tabela 4.21: Existência de supervisão por engenheiro sanitarista nos distritos, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ...................................................................................... 171 Tabela 4.22: Número de sedes que possuíam uma ou mais ETEs projetadas, com projeto em andamento ou em construção; concluídas; em operação e inativas – Minas Gerais – 2011. ..................................................................... 173 Tabela 4.23: Número de distritos que possuíam uma ou mais ETEs projetadas, com projeto em andamento ou em construção; concluídas; em operação e inativas – Minas Gerais – 2011. ..................................................................... 174 Tabela 4.24: Distribuição relativa das sedes com rede de esgotamento sanitário, por estágio de licenciamento da ETE, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ................................................................................................. 177 Tabela 4.25: Distribuição relativa dos distritos com rede de esgotamento sanitário, por estágio de licenciamento da ETE, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ................................................................................................. 178 Tabela 4.26: Recebimento, em ETEs de sedes, dos esgotos de outros municípios, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ..................................... 182 Tabela 4.27: Recebimento, em ETEs de distritos, dos esgotos de outros municípios, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ..................................... 182 Tabela 4.28: Recebimento, em ETEs de sedes, dos esgotos de outros distritos do município, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. .................. 183 Tabela 4.29: Recebimento, em ETEs de distritos, dos esgotos de outros distritos do município, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. .................. 184 Tabela 4.30: Corpo receptor que recebia maior quantidade de esgoto lançado por ETEs em funcionamento nas sedes, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ................................................................................................. 185 Tabela 4.31: Corpo receptor que recebia maior quantidade de esgoto lançado por ETEs em funcionamento nos distritos, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ................................................................................................. 186 Tabela 4.32: Destinação final do lodo produzido no tratamento do esgoto das sedes, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. .......................... 189 Tabela 4.33: Destinação final do lodo produzido no tratamento do esgoto dos distritos, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ...................... 190 Tabela 5.1: Constituição jurídica das operadoras de manejo de resíduos sólidos nas sedes municipais por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ........... 195 Tabela 5.2: Constituição jurídica das operadoras de manejo de resíduos sólidos nos distritos por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ......................... 195 Tabela 5.3: Tipo de cobrança pelos serviços de coleta de resíduos sólidos nas sedes municipais por regiões de planejamento – Minas Gerais –2011 .................... 198 Tabela 5.4: Tipo de cobrança pelos serviços de coleta de resíduos sólidos nos distritos por regiões de planejamento – Minas Gerais – 2011 ........................ 198 Tabela 5.5: Distribuição da frequência de coleta indireta de resíduos sólidos nas sedes municipais por regiões de planejamento – Minas Gerais – 2011 ......... 204 Tabela 5.6: Distribuição da frequência de coleta indireta de resíduos sólidos nos distritos, por regiões de planejamento – Minas Gerais – 2011 ....................... 204 Tabela 5.7: Existência de serviço de coleta especial de resíduos sólidos nos municípios por tipo de serviço especial – Minas Gerais –2011 ..................... 205 Tabela 5.8: Destinação final dos resíduos de serviços de saúde (RSSS) nos municípios – Minas Gerais –2011 .................................................................. 206 Tabela 5.9: Participação absoluta e relativa das sedes municipais que realizam coleta seletiva em relação ao total daquelas que possuíam serviço de coleta de resíduos sólidos por porte populacional – Minas Gerais – 2011 ............... 208 Tabela 5.10: Participação dos distritos que realizavam coleta seletiva em relação ao total de distritos que possuíam serviço de coleta de resíduos sólidos por porte populacional – Minas Gerais – 2011 ..................................................... 208 Tabela 5.11: Participação das sedes municipais que realizavam coleta seletiva em relação ao total daqueles que possuíam serviço de coleta de resíduos sólidos por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ....................................... 209 Tabela 5.12: Participação dos distritos que realizavam coleta seletiva em relação ao total daqueles que possuíam serviço de coleta de resíduos sólidos, por região de planejamento – Minas Gerais – 2011......................................................... 209 Tabela 5.13: Distribuição do modo de processamento de resíduos sólidos nas sedes municipais por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ..................... 211 Tabela 5.14: Distribuição do modo de processamento de resíduos sólidos nos distritos – Minas Gerais – 2011 ...................................................................... 211 Tabela 5.15: Participação absoluta e relativa das unidades de destinação final de resíduos sólidos coletados nas sedes municipais – Minas Gerais – 2011....... 213 Tabela 5.16: Participação absoluta e relativa das unidades de destinação final de resíduos sólidos coletados nos distritos – Minas Gerais – 2011 ..................... 214 Tabela 6.1: Distribuição das sedes e distritos com rede de drenagem pluvial urbana por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ....................................... 218 Tabela 6.2: Tipos de canais de atendimento à população quanto ao serviço de drenagem por sedes e distritos – Minas Gerais – 2011 .................................. 220 Tabela 6.3: Distribuição das sedes e distritos que tiveram problema de assoreamento na rede de drenagem por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 .................................................................................................. 223 Tabela 6.4: Distribuição das sedes e distritos que realizam consulta regular de informações pluviométricas e meteorológicas por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ....................................................................................... 225 Tabela 6.5: Distribuição dos tipos de rede de drenagem urbana e por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................................................. 227 Tabela 6.6: Tipos de captação de água pluvial por sedes e distritos – Minas Gerais – 2011 ............................................................................................................. 229 Tabela 6.7: Situação do principal curso d’água que cruza as áreas urbanas das sedes e distritos – Minas Gerais – 2011.......................................................... 234 Tabela 6.8: Distribuição dos principais problemas observados na rede de drenagem nas sedes municipais por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 – (%) .................................................................................................................. 238 Tabela 6.9: Distribuição dos principais problemas observados na rede de drenagem nos distritos por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 – (%) ........ 239Tabela 6.10: Distribuição das sedes e distritos que realizaram obras para instalação ou ampliação da rede de drenagem, por região de planejamento – Minas Gerais – 2011 .................................................................................................. 240 LISTAS DE GRÁFICOS Gráfico 2.1: Municípios que possuíam instrumento legal regulador do uso de ocupação do solo e expansão urbana – Minas Gerais – 2011. .......................... 26 Gráfico 2.2: Existência e tipo de instrumentos reguladores nos municípios segundo serviço de saneamento básico - Minas Gerais – 2011. ..................................... 35 Gráfico 2.3: Municípios que investiram recursos próprios em saneamento no período de referência (2010-2011) - Minas Gerais – 2011.............................. 40 Gráfico 2.4:Distribuição do número de investimentos com recursos próprios dos municípios segundo serviço de saneamento no período de referência (2010- 2011) - Minas Gerais – 2011. .......................................................................... 41 Gráfico 2.5: Distribuição das ações de programas ativos de educação ambiental segundo tipologia - Minas Gerais – 2011. ........................................................ 44 Gráfico 2.6:Distribuição dos programas ativos de educação ambiental segundo serviço de saneamento - Minas Gerais – 2011. ............................................... 45 Gráfico 2.7: Municípios que possuíam lei orgânica de proteção de mananciais - Minas Gerais – 2011. ........................................................................................ 49 Gráfico 2.8: Principal instituição operadora dos serviços de limpeza pública nos municípios - Minas Gerais – 2011. ................................................................... 56 Gráfico 2.9: Natureza da principal instituição operadora dos serviços de coleta domiciliar indireta de resíduos sólidos nos município - Minas Gerais - 2011. ................................................................................................................. 58 Gráfico 2.10: Principal instituição operadora dos serviços de coleta de resíduos de serviços de saúde no município - Minas Gerais - 2011 .................................... 61 Gráfico 2.11:Principal organização que participava de ações de coleta seletiva no município - Minas Gerais – 2011. .................................................................... 63 Gráfico 2.12: Destino do material proveniente de coleta seletiva nos municípios - Minas Gerais – 2011. ........................................................................................ 64 Gráfico 2.13: Municípios nos quais havia atuação de catadores - Minas Gerais – 2011. ................................................................................................................. 66 Gráfico 2.14:Distribuição dos municípios de acordo com localização da unidade de destinação final de resíduos sólidos - Minas Gerais – 2011. ........................... 69 Gráfico 2.15: Municípios cujas áreas urbanas possuíam sistema de manejo de águas pluviais - Minas Gerais – 2011. ............................................................. 70 Gráfico 2.16: Dificuldades que os municípios encontravam para criação da COMDEC - Minas Gerais – 2011. ................................................................... 72 Gráfico 2.17: Municípios que possuíam áreas de risco que demandavam drenagem especial - Minas Gerais – 2011. ........................................................................ 74 Gráfico 2.18: Municípios onde havia dispositivo de detenção ou amortecimento de vazão de águas pluviais urbanas - Minas Gerais – 2011. ................................ 76 Gráfico 3.1: Existência de rede pública de distribuição de água – Minas Gerais - 2011 .................................................................................................................. 79 Gráfico 3.2: Existência de rede pública de distribuição de água nas sedes municipais, por regiões de planejamento – Minas Gerais - 2011 ..................... 80 Gráfico 3.3: Existência de rede pública de distribuição de água nos distritos, por regiões de planejamento – Minas Gerais - 2011 ............................................... 80 Gráfico 3.4: Cobrança pelo serviço de abastecimento de água em sedes e distritos municipais - Minas Gerais - 2011 ................................................................... 86 Gráfico 3.5: Existência de programas sociais para a preservação do meio ambiente em sedes e distritos municipais – Minas Gerais - 2011 ................................... 96 Gráfico 3.6: Formas de tratamento de água adotadas por sedes e distritos municipais - Minas Gerais – 2011 ................................................................. 104 Gráfico 3.7: Formas de captação de água adotadas pelas sedes e distritos que não faziam tratamento da água - Minas Gerais – 2011 ........................................ 104 Gráfico 3.8: Parâmetros de qualidade da água analisados por sedes e distritos municipais – Minas Gerais – 2011 ................................................................. 108 Gráfico 3.9: Percentual de sedes e distritos municipais com amostra(s) fora dos padrões estabelecidos pela legislação - Minas Gerais – 2010 ........................ 109 Gráfico 3.10: Parâmetros de qualidade da água que apresentaram inconformidade com o proposto pela Portaria nº 518 de 2004 em sedes e distritos municipais – Minas Gerais – 2010 .................................................................................... 109 Gráfico 3.11: Sedes e distritos municipais com amostra(s) fora dos padrões estabelecidos pela legislação – Minas Gerais – 2011 – (%) ........................... 110 Gráfico 3.12: Parâmetros de qualidade da água que apresentaram inconformidade com o proposto pela Portaria nº 518 de 2004 nas sedes e distritos municipais – Minas Gerais - 2011.................................................................................... 111 Gráfico 3.13: Frequência da intermitência na distribuição de água em sedes e distritos municipais – Minas Gerais - 2011 .................................................... 117 Gráfico 3.14: Regime hidráulico da adutora de água bruta em sedes e distritos municipais – Minas Gerais – 2011 ................................................................. 118 Gráfico 3.15: Material da adutora de água bruta em sedes e distritos municipais – Minas Gerais – 2011 ....................................................................................... 121 Gráfico 3.16: Regime hidráulico da adutora de água tratada em sedes e distritos municipais que realizam tratamento da água – Minas Gerais – 2011 ............ 123 Gráfico 3.17: Material da adutora de água tratada em sedes e distritos municipais – Minas Gerais – 2011 ....................................................................................... 126 Gráfico 3.18: Medidas adotadas por sedes e distritos municipais para preservação do manancial – Minas Gerais – 2011 ............................................................. 128 Gráfico 4.1: Existência de rede de esgotamento sanitário – Minas Gerais - 2011 .... 143 Gráfico 4.2: Sedes que possuíam rede de esgoto sanitário, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ........................................................... 144 Gráfico 4.3: Distritos que possuíam rede de esgoto sanitário, por Região de Planejamento – Minas Gerais - 2011 .............................................................. 145 Gráfico 4.4: Existência de política tarifária para serviço de esgotamento sanitário em sedes municipais – Minas Gerais – 2011. ................................................. 153 Gráfico 4.5: Existênciade política tarifária para serviço de esgotamento sanitário em distritos – Minas Gerais – 2011. ............................................................... 153 Gráfico 4.6: Política tarifária adotada para serviço de esgotamento sanitário em sedes e distritos – Minas Gerais – 2011.......................................................... 154 Gráfico 4.7: Existência de tarifa social ou outro subsídio em sedes e distritos que adotavam algum tipo de política tarifária para serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. .................................................................... 156 Gráfico 4.8: Existência de tarifa social nas sedes que cobravam pelo serviço de esgotamento sanitário no ano de 2011, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ....... 157 Gráfico 4.9: Existência de tarifa social nos distritos que cobravam pelo serviço de esgotamento sanitário, por constituição jurídica da prestadora do serviço de esgotamento sanitário – Minas Gerais – 2011. ............................................... 157 Gráfico 4.10: Formas de atendimento ao consumidor adotadas por sedes e distritos – Minas Gerais – 2011. ................................................................................... 162 Gráfico 4.11: Reclamações sobre o serviço de esgotamento sanitário nas sedes, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ........................................... 163 Gráfico 4.12: Reclamações sobre o serviço de esgotamento sanitário nos distritos, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ..................................... 164 Gráfico 4.13: Existência de programas sociais para a preservação do meio ambiente nas sedes, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. .... 165 Gráfico 4.14: Existência de programas sociais para a preservação do meio ambiente nos distritos, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. 165 Gráfico 4.15: Forma de coleta do esgoto em sedes e distritos– Minas Gerais – 2011. ............................................................................................................... 172 Gráfico 4.16: Tipo de tratamento do esgoto em ETEs de sedes e distritos – Minas Gerais – 2011. ................................................................................................. 179 Gráfico 4.17: Frequência de análise de DB, do afluente e efluente da ETE de maior vazão das sedes, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ......... 180 Gráfico 4.18: Frequência de análise de DBO do afluente e efluente da ETE de maior vazão dos distritos, por Região de Planejamento – Minas Gerais – 2011. ............................................................................................................... 181 Gráfico 4.19: Uso a jusante do principal corpo receptor de efluentes das ETEs de sedes e distritos – Minas Gerais – 2011.......................................................... 187 Gráfico 4.20: Uso a jusante do principal corpo receptor de efluentes de sedes e distritos que não possuíam ETE em operação – Minas Gerais – 2011 ........... 188 Gráfico 5.1: Tipos de instrumento legal regulador do manejo de resíduos sólidos nos municípios – Minas Gerais – 2011........................................................... 193 Gráfico 5.2: Tipos de cobrança pelos serviços de coleta direta e indireta de resíduos sólidos nas sedes municipais – Minas Gerais – 2011 ..................................... 196 Gráfico 5.3: Tipos de cobrança pelos serviços de coleta direta e indireta de resíduos sólidos nos distritos – Minas Gerais – 2011 ................................................... 197 Gráfico 5.4: Frequência de coleta direta de resíduos sólidos nas sedes municipais por regiões de planejamento – Minas Gerais – 2011 ...................................... 200 Gráfico 5.5: Frequência de coleta direta de resíduos sólidos nos distritos por regiões de planejamento – Minas Gerais – 2011 ............................................ 201 Gráfico 5.6: Tipos de veículos utilizados na coleta direta de resíduos sólidos nas sedes municipais – Minas Gerais – 2011 ........................................................ 202 Gráfico 5.7: Tipos de veículos utilizados na coleta direta de resíduos sólidos nos distritos – Minas Gerais – 2011 ...................................................................... 202 Gráfico 5.8: Existência de coleta seletiva de resíduos sólidos nas sedes municipais – Minas Gerais – 2011 .................................................................................... 207 Gráfico 5.9: Existência de coleta seletiva de resíduos sólidos nos distritos – Minas Gerais – 2011 .................................................................................................. 207 Gráfico 5.10: Localização da destinação final dos resíduos sólidos nas sedes – Minas Gerais – 2011 ....................................................................................... 215 Gráfico 5.11: Localização da destinação final dos resíduos sólidos nos distritos – Minas Gerais – 2011 ....................................................................................... 215 Gráfico 6.1: Proporção das sedes e distritos municipais que responderam aos questionários do projeto SEIS na primeira (2009) e na segunda (2011) rodada de coleta de dados – Minas Gerais – 2011.......................................... 217 Gráfico 6.2: Existência de sistema de atendimento à população relativo à drenagem urbana por sedes e distritos – Minas Gerais – 2011 ....................................... 219 Gráfico 6.3: Tipos de reclamações e/ou solicitações da população quanto à prestação do serviço por sedes e distritos – Minas Gerais – 2011.................. 220 Gráfico 6.4: Distribuição da frequência do monitoramento do sistema de drenagem pluvial urbana por sedes e distritos – Minas Gerais – 2011 ........................... 221 Gráfico 6.5: Distribuição da existência ou não de assoreamento na rede de drenagem por sedes e distritos – Minas Gerais – 2011 .................................. 222 Gráfico 6.6: Distribuição das sedes e distritos que realizam consulta regular de informações pluviométricas e meteorológicas – Minas Gerais – 2011 .......... 224 Gráfico 6.7: Distribuição dos tipos de rede de drenagem urbana por sede e distrito – Minas Gerais – 2011 .................................................................................... 226 Gráfico 6.8: Distribuição dos locais de lançamento das águas pluviais nas sedes e distritos – Minas Gerais – 2011 ...................................................................... 231 Gráfico 6.9: Distribuição dos destinos das águas pluviais nas sedes com rede de drenagem unitária ou mista – Minas Gerais – 2011 ....................................... 232 Gráfico 6.10: Distribuição dos destinos das águas pluviais nos distritos com rede de drenagem unitária ou mista – Minas Gerais – 2011 .................................. 232 Gráfico 6.11: Distribuição de existência de cursos d’água passando nas áreas urbanas das sedes e distritos – Minas Gerais – 2011 ...................................... 233 Gráfico 6.12: Distribuição de ocorrência de inundação nas sedes e distritos – Minas Gerais – 2011 .................................................................................................. 234 Gráfico 6.13: Distribuição dos tipos de contaminação dos cursos d’água que passavam nas áreas urbanas das sedes municipais – Minas Gerais – 2011 .... 235 Gráfico 6.14: Distribuição dos tipos de contaminação dos cursos d’água que passavam nas áreas urbanas dos distritos – Minas Gerais – 2011 .................. 235 Gráfico 6.15: Distribuição dos tipos de manutenção das redes de drenagem urbana, nas sedes e distritos – MinasGerais – 2011 ................................................... 237 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 2.1: Simbologia de orientação de descarte seletivo................................................. 59 Figura 5.1: Caminhão compactador e basculante utilizados na coleta direta de resíduos sólidos ................................................................................................................................198 Figura 5.2: Corte esquemático da seção um aterro sanitário .............................................207 Figura 6.1: Esquema de boca de lobo componente do sistema de microdrenagem ..........223 Figura 6.2: Esquema de conexão entre elementos de um sistema de microdrenagem.......223 Figura 6.3: Funcionamento de um sistema de macrodrenagem.........................................225 20 1. INTRODUÇÃO De acordo com a Constituição Federal, compete à união “instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos” (artigo 21, inciso XX, BRASIL, 1988). Apesar dessa menção aos serviços de saneamento básico na Carta Magna, não há uma definição exata da titularidade dos serviços. A Lei 11.107/2005 regulamentou o dispositivo 241 da Constituição, o qual disciplina a possibilidade de gestão associada entre os entes federados, por meio de consórcios públicos e convênios de cooperação - uma possibilidade de resolver o problema da titularidade dos serviços. A Lei nº 11.445/2007, (BRASIL, 2007), a qual estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, também não definiu a questão da titularidade. Não obstante essa indefinição quanto à titularidade dos serviços, a Lei 11.445/2007 deixou claro as responsabilidades dos municípios quanto a esses serviços de utilidade pública. Cabe a eles decidir sobre a delegação da organização dos serviços de saneamento, a regulação, fiscalização e prestação dos serviços (artigo 8º), tendo como responsabilidade indelegável a política pública de saneamento básico e, desta forma, a elaboração do Plano de Saneamento Básico (artigo 9°, BRASIL, 2007). O Plano de Saneamento Básico assume papel chave e indispensável para a gestão dos serviços, uma vez que a validade dos contratos de prestação dos serviços depende de sua existência; os investimentos e projetos dos prestadores devem estar alinhados com suas diretrizes; a instituição reguladora e fiscalizadora deve verificar seu cumprimento; e constitui-se num instrumento obrigatório para ter acesso aos recursos onerosos e não onerosos do governo federal. Para efeitos da Lei nº 11.445/2007, os serviços públicos de saneamento básico são definidos como o conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de: 21 a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra- estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra- estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas (BRASIL, 2007). Todavia, é importante salientar que não constituem serviços públicos as ações de saneamento executadas por meio de soluções individuais bem como as ações e serviços de saneamento básico de responsabilidade privada, incluindo o manejo de resíduos de responsabilidade do gerador, a exemplo dos resíduos sólidos de serviços de saúde (RSSS) (artigo 5º, BRASIL, 2007). Os municípios devem formular a respectiva política pública de saneamento básico, devendo, para tanto: I. elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei [11.445/2007]; II. prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação; III. adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água; 22 IV. fixar os direitos e os deveres dos usuários; V. estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do caput do artigo 3º desta Lei; VI. estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento [SNIS]; VII. intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos documentos contratuais. (artigo 9º, BRASIL, 2007). Dentre os itens apresentados, os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB), as normas de regulação, as audiências e consultas públicas, estas últimas relacionadas ao controle social, são condições de validade dos contratos de prestação dos serviços (artigo 11, BRASIL, 2007). É também oportuno destacar que estes três itens estão intimamente ligados ao diagnóstico da prestação dos serviços, o qual possibilita o fornecimento de informações importantes para a elaboração dos PMSB, de valores e condições de referência para edição de normas reguladoras e a publicação de dados sobre a qualidade dos serviços prestados para a população. Por conseguinte, os contratos não devem conter cláusulas que prejudiquem o acesso às informações sobre os serviços contratados (artigo 11, § 3°, BRASIL, 2007). Nesse sentido, o Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) veio de encontro com os preceitos da Lei do Saneamento, constituindo-se em elemento básico e essencial para o processo de planejamento dos serviços. O SEIS foi criado em 2009, por meio do Decreto nº 45.137, com a finalidade de caracterizar os serviços de saneamento básico do estado por meio da coleta de dados bianual, sistematização e divulgação de informações (MINAS GERAIS, 2009). O sistema é composto pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (SEDRU) e pela Fundação João Pinheiro (FJP), tendo o apoio técnico da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA). 23 O presente relatório é fruto do levantamento de dados do Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) realizado em 2011. Os demais produtos da pesquisa do SEIS abrangem detalhadamente quatro temas: serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais. Tais produtos consideram as sedes municipais e os distritos do estado, cuja síntese de dados é apresentada separadamente. O questionário referente à gestão municipal é o único dos cinco que tem como unidade de análise o município como um todo, sem desagregação em distrito sede e demais distritos. Este relatório tem caráter descritivo, apresentando características gerais dos serviços e da gestão do saneamento básico nos municípios do estado. Para tanto, o universode coleta de dados compreendeu os 853 sedes municipais e 778 distritos. A síntese dos dados é exposta segundo cada uma das dez regiões de planejamento, acrescidas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), cujos municípios foram destacados do conjunto da região Central. Logo, os dados da região Central, citada ao longo do relatório e originalmente composta por 158 municípios, não abrangem a RMBH, a qual abarca 34 municípios. Além desta introdução, o relatório está organizado em sete capítulos: o segundo capítulo traça um panorama da gestão municipal em saneamento; o terceiro capítulo é dedicado à apresentação descritiva dos dados relacionados ao Abastecimento de Água; no quarto são abordadas questões relacionadas ao Esgotamento Sanitário; o Capítulo 5 o foco é sobre o Manejo dos Resíduos Sólidos e, no Capítulo 6, a ênfase recai sobre a Drenagem e o Manejo de Águas Pluviais Urbanas; o Capítulo 7 é dedicado às Considerações Finais e finalizando no Capitulo 8, as Referências Bibliográficas. 24 2. GESTÃO MUNICIPAL DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO EM MINAS GERAIS Inicialmente, foi avaliado o conhecimento acerca da Lei nº 11.445/2007, a qual dispõe sobre diretrizes nacionais para o saneamento básico. Verificou-se que 74,3% dos representantes dos municípios que responderam ao questionário tinham ciência da referida Lei, com maior percentual verificado para os municípios da RMBH (88,2%). Os menores percentuais foram para as regiões de Triângulo e Alto Paranaíba, com 28,6% e 32,3%, respectivamente. A proporção dos que declararam desconhecimento foi de 17,6%. A verificação do conhecimento dos municípios acerca da legislação é indispensável sob o ponto de vista da gestão municipal de saneamento básico, complementando a gestão nos demais níveis da federação (estados e União). 2.1. Instrumentos Após o estabelecimento de diretrizes, os instrumentos são elementos fundamentais para especificar e detalhar como a política pode ser implementada. Nesse sentido, no Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001) são estabelecidas diretrizes gerais da política urbana e instrumentos específicos para o planejamento municipal, em especial: plano diretor, disciplinas de uso e ocupação do solo, zoneamento ambiental, plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual, gestão orçamentária participativa, planos/programas e projetos setoriais e planos de desenvolvimento econômico e social (artigo 4º, inciso III, BRASIL, 2001). A presença de instrumento de planejamento urbano, no ano de referência da pesquisa (2011), foi constatada em apenas 41,6% dos municípios do estado, conforme Tabela 2.1. Na RMBH, o percentual de municípios com algum instrumento atingiu 67,6%. Já nas regiões Zona da Mata, Norte de Minas e Rio Doce, mais de 60% dos municípios declararam não possuir nenhum tipo de instrumento, alcançando 72,7% na região de planejamento Jequitinhonha/Mucuri. 25 Tabela 2.1: Municípios que possuíam instrumento de planejamento urbano - Minas Gerais – 2011. Especificação Sim Não Não soube avaliar/ Total de municípios (Nº abs.) Não respondeu Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Alto Paranaíba 16 51,6 14 45,2 1 3,2 31 Central 51 41,1 65 52,4 8 6,5 124 Centro Oeste de Minas 31 55,4 24 42,9 1 1,8 56 Jequitinhonha/Mucuri 18 27,3 48 72,7 - - 66 Mata 46 32,4 88 62 8 5,6 142 Noroeste de Minas 9 47,4 9 47,4 1 5,3 19 Norte de Minas 30 33,7 57 64 2 2,2 89 Rio Doce 38 37,3 63 61,8 1 1 102 Sul de Minas 77 49,7 71 45,8 7 4,5 155 Triângulo 16 45,7 17 48,6 2 5,7 35 RMBH 23 67,6 10 29,4 1 2,9 34 Minas Gerais 355 41,6 466 54,6 32 3,8 853 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP); Centro de Estatística e Informação (CEI); Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS). Nota: Sinal convencional utilizado: - dado numérico igual zero não resultante de arredondamento. Quanto à existência de instrumento legal regulador específico para uso e ocupação do solo e expansão urbana (Gráfico 2.1), novamente observou-se discrepância entre a RMBH e as demais regiões do estado, o que justifica a desagregação dos municípios que a compõe dos da região Central. No geral, 47,8% dos municípios do estado não possuíam esse tipo de instrumento. O fato de se tratar de região urbanizada, incluindo os municípios do entorno da capital, contribui para a demanda e criação desse tipo de instrumento. 26 Gráfico 2.1: Municípios que possuíam instrumento legal regulador do uso de ocupação do solo e expansão urbana – Minas Gerais – 2011. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP); Centro de Estatística e Informação (CEI); Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) Dentre os instrumentos apresentados, o plano diretor municipal é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. Leis municipais específicas para área incluída no plano diretor podem determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, fixando as condições e os prazos para implementação da referida obrigação (artigo 41, BRASIL, 2001). O plano diretor é obrigatório para cidades: I – com mais de vinte mil habitantes; II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do artigo 182 da Constituição Federal; IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico; V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. 0 20 40 60 80 100 Minas Gerais RMBH Triângulo Sul de Minas Rio Doce Norte de Minas Noroeste de Minas Mata Jequitinhonha/Mucuri Centro Oeste de Minas Central Alto Paranaíba 49,0 82,4 51,4 60,0 48,0 38,2 63,2 36,6 31,8 44,6 54,8 48,4 47,5 17,6 40,0 34,8 50,0 57,3 36,8 58,5 68,2 55,4 41,1 48,4 3,5 0,0 8,6 5,2 2,0 0,0 4,9 0,0 0,0 4,0 3,2 Proporção de municípios (%) R eg iã o d e p la n ej am en to Sim Não Não soube avaliar/Não respondeu 27 VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) Ainda com relação à expansão urbana, na Tabela 2.2 são apresentados os itens exigidos pelos municípios para a aprovação de novos loteamentos ou ruas. Houve distribuição praticamente homogênea entre os quesitos sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo de águas pluviais, presença de meio fio/guias, pavimentação e existência de sarjetas. Entretanto, chama a atenção o fato de que em 4,6% dos municípios do estado não havia nenhum tipo de exigência, situação agravada nas regiões Jequitinhonha/Mucuri e Norte de Minas, nas quais os percentuais atingiram 19,8% e 21,9%, respectivamente. 28 Tabela 2.2: Itens exigidos pelos municípios para a aprovação de novos loteamentos ou ruas – Minas Gerais – 2011. Especificação Meio fio/ guias Sarjetas Pavimentação Sistema de abastecimento de água Sistema de esgotamento sanitário Sistema de manejo de águas pluviais Não há exigências Total de itens (Nº abs.) Alto Paranaíba 16,8 16,8 16,8 16,8 16,8 12,9 3,2 155 Central 18,6 13,6 14,8 18,2 17 13,8 4 500 Centro Oeste 18,1 14,3 17,4 18,8 18,8 12,2 0,3 287 de Minas Jequitinhonha/ Mucuri 15,6 9,6 9,6 17,4 16,8 11,4 19,8 167 Mata 18,3 13,8 13,8 18,1 18,3 14,3 3,3607 Noroeste de 17,7 13,9 15,2 19 16,5 12,7 5,1 79 Minas Norte de 16,8 11,7 13,3 15,8 12,2 8,2 21,9 196 Minas Rio Doce 16,4 13,9 14,1 17,7 17,2 14,6 6,1 396 Sul de Minas 17,4 16,2 15,3 17,3 17,3 15,1 1,4 776 Triângulo 17,1 17,1 15,4 18,9 18,9 12 0,6 175 RMBH 16,8 14,5 16,8 17,3 17,9 16,2 0,6 173 Minas Gerais 17,5 14,4 14,8 17,7 17,3 13,7 4,6 3.511 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP); Centro de Estatística e Informação (CEI); Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) Unidades em porcentagem (%). Obs.: cada uma das sedes e distritos podia selecionar mais de uma opção como resposta. Logo, os somatórios dos valores absolutos não correspondem ao total de sedes e distritos. De acordo com a Lei nº 6.766/1979, antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deve solicitar à prefeitura municipal, que defina as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário (artigo 6º, BRASIL, 1979). Nesse contexto, consideram-se urbanos, dentre outros, os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos e de coletas de águas pluviais. Em Minas Gerais, o mesmo é estabelecido no Decreto nº 44.646/2007, o qual atribui competência à SEDRU para a definição das diretrizes para o uso do solo. Tais diretrizes devem incluir a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamento urbano e comunitário e das áreas livres de uso público e as faixas sanitárias do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as faixas não edificáveis e de preservação permanente (artigo 19, MINAS GERAIS, 2007). 29 2.2. Prestação A prestação dos serviços pode dar-se por meio de órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa pública, sociedade de economia mista (estadual, do Distrito Federal, ou municipal), ou ainda por meio de empresa a que se tenha concedido os serviços (artigo 16, BRASIL, 2007a). Em meio a essas formas de prestação, o consórcio público é definido, no Decreto nº 6.017/2007, como pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da federação para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos (artigo 2º, inciso I, BRASIL, 2007b). Os consórcios são interessantes principalmente para determinados problemas que não podem ser solucionados adequadamente quando limitados aos níveis federal, estadual ou municipal, a exemplo do transporte coletivo e coleta de resíduos sólidos (BATISTA, 2011). A integração dos serviços locais possibilita a “obtenção de escalas ótimas e/ou a ampliação do escopo dos serviços prestados visando à universalização e sustentabilidade dos mesmos” (PEIXOTO, 2008, p. 12). Na Tabela 2.3 são apresentados dados sobre a participação dos municípios em consórcios no setor de saneamento básico. O grande destaque é a região de planejamento Zona da Mata, com maior percentual de municípios consorciados (33,8%), seguida pela região Central (31,5%). Como exemplo, pode-se citar o Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico da Zona da Mata de Minas Gerais (CISAB Zona da Mata). Constituído 2008, o CISAB Zona da Mata inclui 27 municípios e abrange todos os serviços de saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos, manejo de águas pluviais) (CISAB ZONA DA MATA, 2007). As regiões com menor participação de municípios em consórcios foram Triângulo (11,4%) e Jequitinhonha/Mucuri (7,6%). 30 Em relação á participação dos serviços de saneamento básico nos consórcios públicos, o manejo de resíduos sólidos foi o principal, com 13,6% dos municípios do estado, seguido pelo abastecimento de água (8,1%) e esgotamento sanitário (8,1%). O manejo de águas pluviais teve a menor participação entre os quatro serviços de saneamento analisados, sendo gerido na forma de consórcio por apenas 13 municípios (1,5%) de Minas Gerais. A participação em consórcios relativos a outros tipos de serviços acumulou 2,0% (17 municípios). Dos 853 municípios, 661 declararam não constituir nenhum consórcio no setor de saneamento básico. Na prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico, os consórcios públicos de direito público integrado pelos titulares dos serviços podem também ser empregados nas atividades de regulação e fiscalização, conforme artigo 15 da Lei nº 11.445/2007 (BRASIL, 2007a). Outros itens específicos que podem ser objeto de interesse de consórcios públicos incluem (BATISTA, 2011): • laboratórios regionais de análise de água, efluentes e resíduos; • centro de formação e qualificação; • política tarifária; • programas de proteção e recuperação de mananciais de abastecimento de água; • planos de macrodrenagem; e • projetos técnicos específicos de combate a enchentes. 31 Tabela 2.3: Serviços de saneamento básico em que havia atuação dos municípios por meio de consórcio(s) de saneamento básico - Minas Gerais – 2011. Especificação Abastecimento de água Manejo de resíduos sólidos Esgotamento sanitário Manejo de águas pluviais Outros Não possuía Total de municípios (Nº abs.) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Alto Paranaíba - - 4 12,9 - - - - - - 27 87,1 31 Central 3 2,4 34 27,4 1 0,8 - - 2 1,6 85 68,5 124 Centro Oeste de Minas 2 3,6 4 7,1 1 1,8 - - 1 1,8 49 87,5 56 Jequitinhonha/Mucuri 1 1,5 2 3 1 1,5 2 3 4 6,1 61 92,4 66 Mata 26 18,3 30 21,1 16 11,3 5 3,5 6 4,2 94 66,2 142 Noroeste de Minas 2 10,5 1 5,3 1 5,3 - - - - 16 84,2 19 Norte de Minas 8 9 10 11,2 6 6,7 3 3,4 2 2,2 67 75,3 89 Rio Doce 11 10,8 4 3,9 5 4,9 1 1 1 1 87 85,3 102 Sul de Minas 11 7,1 19 12,3 3 1,9 1 0,6 1 0,6 118 76,1 155 Triângulo 2 5,7 1 2,9 1 2,9 - - - - 31 88,6 35 RMBH 3 8,8 7 20,6 2 5,9 1 2,9 - - 26 76,5 34 Minas Gerais 69 8,1 116 13,6 37 4,3 13 1,5 17 2 661 77,5 853 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP); Centro de Estatística e Informação (CEI); Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS). Nota: Sinal convencional utilizado: - dado numérico igual zero não resultante de arredondamento. Obs.: na coleta de dados foi aceita mais de uma alternativa para cada município. 32 2.3. Regulação As principais motivações para a regulação dos serviços giram em torno de duas razões principais, conforme Galvão Júnior et al. (2006). A primeira refere-se à correção das falhas de mercado que, devido a diversas características dos serviços de saneamento, dificultam a concorrência no setor e podem levar à prestação de serviços inadequados ou a preços elevados. A segunda razão diz respeito à manutenção de equilíbrio nas relações entre as partes envolvidas na prestação dos serviços, abrangendo o poder concedente (titular/município), o prestador de serviço (pode ser o próprio titular, por meio de órgão específico) e o consumidor/usuário. Segundo o Decreto nº 7.217/2010, a regulação é definida como: (…) todo e qualquer ato que discipline ou organize determinado serviço público, incluindo suas características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e outros preços públicos (…); (artigo 2º, inciso II, BRASIL, 2010a) Na Tabela 2.4 são apresentados os percentuais de municípios, em cada região, que possuíam instrumentos legais reguladores. A região Centro Oeste de Minasfoi a que apresentou o maior percentual de municípios que dispunham de algum instrumento regulador do serviço de saneamento básico (62,5%), alcançando o maior percentual para o serviço de esgotamento sanitário dentre todas as demais regiões. Já a região do Jequitinhonha/Mucuri apresentou o menor percentual, ficando em 34,8%. Além de deter o menor percentual geral, foi a região com maiores deficiências de instrumentos reguladores para os serviços de abastecimento de água, manejo de resíduos sólidos e esgotamento sanitário. Em termos gerais, verificou-se que os instrumentos reguladores estão mais presentes no serviço de abastecimento de água, na qual um em cada três municípios do estado o possuía. Já o serviço de manejo de águas pluviais mostrou-se o 33 mais carente de tais instrumentos, estando presente em apenas 9,6% dos municípios. Foi possível notar também que é mais usual o emprego de instrumentos individuais (um para cada serviço) do que instrumentos integrados. No Gráfico 2.2 os instrumentos reguladores são discriminados segundo tipo. No Gráfico 2.2-a observa-se que, dentre as alternativas apresentadas aos representantes dos municípios no questionário de coleta de dados, não há preferência clara pelo uso de plano diretor de abastecimento de água, de plano diretor de desenvolvimento urbano ou de plano municipal de saneamento como meio de regulação do serviço de abastecimento de água. O plano diretor de bacias hidrográficas, entretanto, foi o menos utilizado pelos municípios, totalizando 3%. Com relação ao esgotamento sanitário, apresentado no Gráfico 2.2-b, os meios de regulação mais utilizados foram os contratos de concessão, as leis municipais e os planos diretores, novamente sem preferência por um ou outro. Outros tipos de instrumentos somaram apenas 4%. Dentre os municípios que não possuíam nenhum instrumento regulador, nota-se que os serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos e de drenagem e manejo de águas pluviais apresentam percentuais muito superiores (67% e 76%, respectivamente) que os serviços de abastecimento de água (54%) e esgotamento sanitário (52%). Os principais meios de regulação dos serviços de manejo de resíduos sólidos (Gráfico 2.2-c) foram o plano diretor de desenvolvimento urbano e plano diretor de manejo de resíduos sólidos. Merece destaque o percentual relativamente elevado da categoria “outros” (12%), revelando o uso de instrumentos legais não comtemplados nas alternativas do questionário de coleta de dados. No caso da drenagem urbana e manejo de águas pluviais (Gráfico 2.2-d), o principal instrumento legal foi o plano diretor de desenvolvimento urbano. 34 Tabela 2.4: Municípios que possuíam instrumento legal regulador segundo serviço de saneamento básico - Minas Gerais - 2011. Especificação Abastecimento de água Manejo de resíduos sólidos Instrumento integrado de saneamento Esgotamento sanitário Manejo de águas pluviais Outros Não possuía Total de municípios (Nº abs.) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Nº abs. (%) Alto Paranaíba 9 29 5 16,1 2 6,5 9 29 2 6,5 1 3,2 20 64,5 31 Central 42 33,9 28 22,6 18 14,5 24 19,4 14 11,3 3 2,4 70 56,5 124 Centro Oeste de Minas 29 51,8 10 17,9 2 3,6 24 42,9 7 12,5 2 3,6 21 37,5 56 Jequitinhonha/Mucuri 17 25,8 6 9,1 3 4,5 11 16,7 3 4,5 2 3 43 65,2 66 Mata 46 32,4 33 23,2 7 4,9 30 21,1 17 12 6 4,2 79 55,6 142 Noroeste de Minas 10 52,6 2 10,5 2 10,5 7 36,8 2 10,5 1 5,3 8 42,1 19 Norte de Minas 30 33,7 16 18 4 4,5 19 21,3 3 3,4 1 1,1 49 55,1 89 Rio Doce 36 35,3 18 17,6 9 8,8 17 16,7 8 7,8 8 7,8 54 52,9 102 Sul de Minas 61 39,4 33 21,3 17 11 36 23,2 18 11,6 9 5,8 68 43,9 155 Triângulo 14 40 7 20 4 11,4 13 37,1 5 14,3 2 5,7 17 48,6 35 RMBH 16 47,1 8 23,5 2 5,9 13 38,2 3 8,8 2 5,9 14 41,2 34 Minas Gerais 310 36,3 166 19,5 70 8,2 203 23,8 82 9,6 37 4,3 443 51,9 853 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP); Centro de Estatística e Informação (CEI); Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) Obs.: na coleta de dados foi aceita mais de uma alternativa para cada município. 35 Gráfico 2.2: Existência e tipo de instrumentos reguladores nos municípios segundo serviço de saneamento básico - Minas Gerais – 2011. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP); Centro de Estatística e Informação (CEI); Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) Obs.: na coleta de dados foi aceita mais de uma alternativa para cada município. 54% 13% 11% 10% 9% 3% Abastecimento de água Não possui Outros Plano diretor de abastecimento de água Plano diretor de desenvolvimento urbano Plano municipal de saneamento Plano diretor de bacias hidrográficas (a) 52% 15% 15% 14% 4% Esgotamento sanitário Não possui Contratos de concessão Leis municipais Planos diretores Outros (b) 67% 12% 10% 9% 2% Manejo de resíduos sólidos urbanos Não possui Outro Plano diretor de desenvolvimento urbano Plano diretor de manejo de resíduos solidos Plano integrado de saneamento (c) 76% 10% 6% 4% 2% 2% Drenagem e manejo de águas pluviais Não possui Plano diretor de desenvolvimento urbano Outros Plano diretor de manejo de águas pluviais Plano integrado de saneamento Plano diretor de bacias hidrográficas (d) 36 2.4. Finanças Segundo a Lei nº 11.445/2007, os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços (artigo 29, BRASIL, 2007). Ou seja, deve-se evitar o uso de recursos financeiros oriundos de outras fontes para o custeamento, por exemplo, de serviço de manejo de resíduos sólidos urbanos. Para tanto, a estrutura de remuneração e cobrança dos serviços públicos de saneamento básico poderá levar em consideração os seguintes fatores: I. categorias de usuários, distribuídas por faixas ou quantidades crescentes de utilização ou de consumo; II. padrões de uso ou de qualidade requeridos; III. quantidade mínima de consumo ou de utilização do serviço, visando à garantia de objetivos sociais, como a preservação da saúde pública, o adequado atendimento dos usuários de menor renda e a proteção do meio ambiente; IV. custo mínimo necessário para disponibilidade do serviço em quantidade e qualidade adequadas; V. ciclos significativos de aumento da demanda dos serviços, em períodos distintos; VI. capacidade de pagamento dos consumidores. Para os serviços de manejo de manejo de resíduos sólidos urbanos e de manejo de águas pluviais urbanas, na legislação são detalhados os aspectos a serem considerados na definição de taxas ou tarifas. Para o manejo de resíduos sólidos urbanos deve-se levar em conta a adequada destinação dos resíduos coletados, bem como: I. nível de renda da população da área atendida; II. características dos lotes urbanos e áreas neles edificadas; 37 III. peso ou volume médio coletado por habitante ou por domicílio (artigo 35, BRASIL, 2007). Já a cobrança pela prestação do serviço público de manejo de águas pluviais urbanas deverá levar em conta, em cada lote urbano, o percentual de área impermeabilizada e a existência de dispositivos de amortecimento ou de retenção da água pluvial, bem como poderá considerar o nível de renda da população da área atendida e as características dos lotes urbanos e das áreas que neles podem ser edificadas (artigo 36, BRASIL, 2007). Nesse contexto, foi avaliada a existência de projetos para captação de recursos para investimento no setor de saneamento, conforme
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