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282742770 Aparelho Locomotor de Caes e Gatos

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA
ALINE MIRANDA
CAROLINA SANTOS
GABRIEL SANDER
MATEUS WATERLOO
THOMÁS SOUZA
WALESKA SILVA
APARELHO LOCOMOTOR DE CÃES E GATOS
 Disciplina: Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos
 Docente: Rosilda Maria Barreto Santos
RECIFE
2015
INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir faz um estudo sobre o sistema locomotor de cães e gatos.
O aparelho locomotor tem como função o trabalho mecânico. Compreende o estudo
da osteologia (osso), da artrologia (articulações) e da miologia (músculos). 
Osteologia
Parte da anatomia que é responsável pelo estudo dos ossos. 
 Ossos: Constituídos por tecidos conjuntivos mineralizados, são órgãos rígidos
e formam o esqueleto.
 Esqueleto: Conjunto de ossos e tecidos cartilaginosos que se unem para
proteger e sustentar o corpo.
Sistema esquelético: Divido em duas porções: esqueleto axial (ossos da cabeça,
pescoço e tronco) e o esqueleto apendicular (membros torácicos e pélvicos). As duas
porções são unidas através da cintura escapular e da cintura pélvica. 
Classificação dos ossos:
1
 Ossos longos: Tem comprimento maior que a largura e a espessura. Podem
ser chamados de ossos tubulares. Possuem duas epífises (extremidades), uma
diáfise (corpo) e uma cavidade medular. Ex.: fêmur, úmero, ulna. 
 Ossos planos: Tem o comprimento e a largura equivalentes, mas maiores que
a espessura. Pelo seu formato, também pode ser chamado de laminar. Ex.:
escápula.
 Ossos curtos: Tem o comprimento, a largura e a espessura equivalente. Ex.:
Ossos do carpo e do tarso. 
 Ossos irregulares: Tem uma morfologia que não pode ser comparado a
nenhuma figura geométrica. Ex.: vértebras. 
 Ossos pneumáticos: Apresentam cavidades, volume variável, contem ar no seu
interior. Ex.: ossos do crânio, como maxilar e frontal.
 Ossos sesamóides: São encontrados nas proximidades de uma articulação ou
de um tendão. Ex.: patela. 
Constituição de um Osso: É constituído pelo: periósteo (tecido conjuntivo fibroso
que reveste a superfície externa do osso), endósteo (tecido conjuntivo que reveste as
cavidades do osso), tecido ósseo esponjoso (delimitam os espaços intercomunicantes
ocupados pela medula óssea), tecido ósseo compacto (massa sólida), medula óssea
(preenche as pequenas cavidades do tecido esponjoso).
Células Ósseas: 
 Osteoblastos: Agem na síntese da matriz óssea
 Osteoclastos: Agem na reabsorção óssea
 Osteócitos: Células do osso maduro
Artrologia
Parte da anatomia que estuda os meios que os ossos se unem para formar o
esqueleto.
Classificação das articulações:
 Articulação Fibrosa: Quando a fenda articular é preenchida por tecido fibroso.
Existem três tipos: sutura (ocorre nos ossos do crânio), gonfose (raiz do dente
com o alvéolo), e sindesmose (articulação entre os metacarpos). 
 Articulação Cartilaginosa: Quando a fenda articular entre os ossos é
preenchida por cartilagem. Existem dois tipos: sincondrose (constituído por
cartilagem hialina, ex.: base do crânio e o osso hilóide) e sínfise (constituído
por cartilagem fibrosa, ex.: entre os corpos das vértebras, os discos
articulares). 
2
 Articulação Sinovial: Chamadas de conexões articulares verdadeiras possuem
uma cavidade articular e um fluido articular no seu interior. Podem ser
classificadas de acordo com o número de ossos que a formam:
- Articulação simples: Dois segmentos ósseos participam (Articulação do
ombro).
- Articulação composta: Mais de dois ossos a formam (Articulação do carpo).
3
Miologia
Parte da anatomia que estuda os músculos. Representa a parte ativa do
sistema locomotor. São os músculos que
fornecem a energia para o
movimento
esquelético. Os
músculos são revestidos por uma
lâmina delgada de tecido conjuntivo, o
perimísio.
4
Classificação dos músculos:
 Músculos lisos: São os músculos involuntários. Estão localizados na pele,
órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sanguíneos e aparelho
excretor.
 Músculos estriados: Sãs os músculos voluntários. Permitem os movimentos
dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto.
Forma do músculo: 
Ação funcional do músculo
Os músculos podem ser extensores, flexores, adutores, abdutores, rotadores,
esfinctéricos, dilatadores, elevadores e depressore
CÃES
ESQUELETO AXIAL DOS CÃES
5
CRÂNIO
O crânio resulta de uniões de ossos pares que formam uma caixa oco rígida,
contendo o encéfalo, os olhos, a face, a orelha e os órgãos do equilíbrio, bem como
os do olfato e da gustação. Além disso, o crânio encerra o segmento proximal do
aparelho respiratório e digestório, e as superfícies ósseas livres servem como locais
de inserção e origem da musculatura da mastigação e facial. Os ossos ímpares da
cabeça são unidos uns aos outros principalmente por suturas no crânio superior;
dentre esses ossos, são móveis e apostos ao crânio a mandíbula e o osso hióide. A
abóbada craniana é toda formada por ossificação desmal (osso de revestimento).
Os ossos ímpares desenvolvem-se a partir de centros independentes de
ossificação, os quais são unidos, nos animais jovens, com frequência por tecido
conjuntivo e mais raramente por tecido cartilaginoso. Esse princípio de construção
permite uma adaptação dinâmica do crânio durante o desenvolvimento pós-natal. 
1. OSSOS DO NEUROCRÂNIO (Ossa craanii)
Os ossos do neurocrânio circundam a cavidade craniana, a qual encerra o
encéfalo com seus envoltórios e os vasos necessários para o seu suprimento. Essa
parede óssea é formada por um grande número de unidades ósseas, que são, em
parte, construídas de maneira bastante diferenciada nos diversos animais. 
As paredes da cavidade craniana são compostas, em todas as espécies domésticas,
por diferentes ossos: 
- O assoalho
 Do osso ímpar occipital com sua parte basal;
 Do osso ímpar esfenoide ;
- A parede nucal
 Do osso ímpar occipital com a sua porção escamosa e com sua parte lateral;
- As paredes laterais
 Do ossos pares temporal;
6
 - O teto
 Dos osso pares frontais;
 Dos osso pares parietais;
 Do osso ímpar interparietal;
- A parede nasal
 Do osso ímpar etmoidal.
OSSO OCCIPITAL (Os occipitale)
O osso occipital compõe a parede nucal do crânio, e nele pode ser diferenciado
o corpo basal, a parte escamosa e as duas porções laterais. O occipital circunda o
grande orifício magno(For.magnum), que é a saída da cavidade craniana para o canal
vetebral
OSSO ESFENOIDE (Os sphenoidale)
O osso esfenoide forma os segmentos anteriores do assoalho da cavidade
craniana e é composto por duas partes semelhantes: o osso pré-esfenóide nasal e o
osso basisfenóide nucal. Ambos são compostos pelo corpoe lateralmente pelas asas,
respectivamente. Nos seres humanos, esses dois ossos unem-se nos anos iniciais de
vida em um só osso esfenóide. Nos animais domésticos, incialmente se mantêm
separados através de uma sutura cartilagínea, a qual, mais tarde, ossifica-se.
O processo pterigoide contém um canal alar na sua base em carnívoros e em
equinos, o qual se inicia com o forame alar caudal e termina como forame alar rostal.
Ele contém a artéria maxilar. 
7
OSSO TEMPORAL (Os temporale)
O osso temporal origina-se da fusão de várias unidades ósseas, as quais ainda
se encontram separadas. Entre elas, podem ser diferenciadas: 
- A porção escamosa do temporal
- A porção petrosa com um processo mastoideo
- Uma porção timpânica 
 Escamosa: colabora na formação da parede lateral da cavidade craniana com
sua face cavitária craniana e limita-se, por meio de suturas ósseas, com o osso
parietal, com oosso frontal e com o esfenóide.
 Petrosa: é também designada como a parte timpânica como pirâmide petrosa
e, apesar de fusionar-se nos carnívoros e bovinos com a porção escamosa,
permanece separada desse osso nos outros animais domésticos. 
 Processo mastoideo: este é normalmente aumentado em forma de tubérculo
nos equinos, sendo mais discreto nos outros animais domésticos.
 Porção timpânica: situada em sentido rostroventral à base do osso temporal,
contém na bula timpânica, a cavidade timpânica da orelha média.
OSSO FRONTAL (Os frontale)
O osso frontal posiciona-se de ambos os lados entre o parietal e o nasal, unido
na sutura interfrontal. Cada frontal contém um ou mais seios frontais, os quais se
diferenciam nas espécies animais. Conforme o local de cada um dos segmentos.
OSSO PARIETAL ( Os parietale)
O osso parietal é par, formando entre o occipital e o frontal superfícies do teto e
laterais. O processo tentorial sobressai-se na cavidade craniana e forma, nos cães, o
tentório ósseo do cerebelo com os processos occipital e interparietal.
OSSO INTERPARIETAL (Os interparietale)
O osso interparietal também é par e posiciona-se medianamente entre os
ossos parietais e o ossos occipital. Esse osso fusiona-se posteriormente com o
occipital e o parietal.
OSSO ETMOIDE (Os ethmoidale)
O osso etmoide posiciona-se na base do nariz entre as cavidades orbitárias, e
é constituído pela lâmina tectória, dirigida rostralmente pelas lâminas orbitais pares,
pela lâmina orbital e pela lâmina basal, as quais, unindo-se em uma disposição
tubular, formam a lâmina externa.
2. OSSOS DA FACE (Ossa faciei)
8
Os ossos da face formam a cavidade nasal, cujas superfícies ventrais formam,
ao mesmo tempo, o teto da cavidade bucal que tem por base a mandíbula e o hióide.
Inserido profundamente na base do nariz, o osso etmoide separa a cavidade nasal da
cavidade craniana. Desde o osso etmoide, as conchas nasais projetam-se
rostralmente na cavidade nasal como endoturbinália I e II, juntamente com a concha
nasal ventral. Um septo nasal mediano divide a cavidade nasal em uma cavidade
direita e outra esquerda.
OSSO NASAL (Os nasale)
O osso nasal forma a base óssea do dorso do nariz e mostra uma face externa
plana, côncava como uma abóbada pouco profunda, podendo ser um pouco convexa
no gato, no suíno e em equinos com cabeça de perfil convexo. Nos carnívoros, o
processo septal projeta-se para o interior, sendo tal processo parte da linha divisória
nasal.
OSSO LACRIMAL (Os lacrimale)
O osso lacrimal é um osso pequeno, próximo ao ângulo medial do olho, em
parte na parede lateral da face e em parte situado na órbita óssea, e une-se com os
ossos frontal, zigomático e maxilar. Para os carnívoros existe adicionalmente margens
de contato com o osso palatino.
OSSO ZIGOMÁTICO (Os zyhomaticum)
O osso zigomático posiciona-se ventrolateralmente ao osso lacrimal. Ele auxilia
na formação da cavidade orbitária e no arco zigomático. Este arco é composto pelo
processo temporal do osso zigomático e pelo processo zigomático do osso temporal.
OSSO MAXILAR (Maxila)
O osso maxilar é par e forma a base óssea de grande parte da superfície facial;
forma as paredes laterais da face, a cavidade nasal e bucal, o teto do palato, unindo-
se aos outros osso da face.
OSSO INCISIVO (Os incisivum)
O osso incisivo par consiste de um corpo, do processo alveolar, com exceção
dos ruminantes, nos quais não existe, e do processo nasal. Estes segmentos formam
uma parede óssea na extremidade do esqueleto facial, estabelecendo uma divisão da
entrada da cavidade nasal e do teto palatino. Para o homem, é possível reconhecer
os incisivos como ossos separados somente até o quarto ano de vida. Após essa
idade, ele se funde com o maxilar.
OSSO PALATINO (Os palatinum)
O osso palatino par, posicionado entre o maxilar, o esfenóide e o pterigoide,
participa, por uma lâmina horizontal, na formação do palato duro e, com sua lâmina
9
perpendicular, na formação da parede lateral e do teto do meato nasofaríngeo, bem
como na coana. Posicionado profundamente no esqueleto da face, o osso palatino
une a cavidade nasal sobre o meato nasofaríngeo à coana.
VÔMER (Vomer)
O osso vômer ímpar posiciona-se profundamente no esqueleto do crânio,
atravessando a cavidade nasal, e descansa no plano longitudinal mediano da
cavidade nasal sobre a crista nasal. Com sua lâmina do assoalho, o vômer está unido
sobre a crista nasal com a lâmina horizontal do palatino, e caudalmente na crista do
vômer.
OSSO PTERIGOIDE (Os pterygoideum)
O osso pterigóide par está posicionado como um osso plano entre o esfenóide
e a lâmina perpendicular do palatino e forma o teto, ou seja, a parede lateral do meato
nasofaríngeo. 
MANDÍBULA(Mandibula)
A mandíbula desenvolve-se de forma par e origina-se no local do primórdio do
primeiro arco branquial e funde-se medialmente em um plano longitudinal mediano no
ângulo mentoniano através de uma sínfise intermandibular. Para os carnívoros e
ruminantes pode ocorrer uma sinostose mais tarde, mas pode ou não existir.
OSSO HIÓIDE, CONJUNTO HIÓDEO ( Apparatus hyoideus – Os hyoideum)
O osso hióide surge, em parte, do segundo e terceiro arcos branquiais, cujas
unidades cartilaginosas se ossificam muito cedo, unindo-se estreitamente umas às
outras, posicionando-se entre os ramos da mandíbula, tendo raiz da língua em
sentido rostral. O hióide articula-se com o osso temporal. Podem ser diferenciados
dois segmentos: o hióide, em um sentido restrito, posicionado lateralmente à língua, e
o aparelho de sustentação.
Seios paranasais (Sinus paranasales)
Os seios paranasais representam cavidades pneumatizades entre as lâminas
externa e interna dos ossos do crânio, cujos óstilos ocorrem através das cavidades
nasais.
10
Vista lateral esquerda do crânio
Vistas dorsal e ventral do crânio
COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral ou espinha faz parte do esqueleto axial e compreende a
base do crânio até a ponta da cauda. É composta por ossos (as vértebras) que são
unidas umas às outras pelos discos intervertebrais e ligamentos, que proporcionam
estabilidade mesmo não sendo rígida, trazendo o fortalecimento do eixo do corpo e
mantendo a postura do animal. 
11
Tem a função de envolver e proteger a medula espinhal e as estruturas do
canal central. Protege as estruturas do pescoço, tórax, abdome e pelve. São ossos
irregulares, que são preenchidos centralmente por uma substância esponjosa e são
envolvidos por uma substância compacta na superfície. As vértebras da coluna
recebem o nome de acordo com o local que está localizada. Nos cães seguem a
formula: C7(7 cervicais), T13(13 torácicas), L7(7 lombares), S3(3 sacrais). A
quantidade de vértebras caudais varia de animal para animal. 
1. VÉRTEBRAS 
1.1 CERVICAIS
Composta por sete ossos: o atlas, o áxis e mais cinco vértebras. Servem de base ao
pescoço do animal. 
ATLAS
È a primeira vértebra cervical, auxilia no movimento de rotação da cabeça com
o auxilio do áxis e das articulações atlanto-occipital e atlantoaxial. O atlas serve de
inserção das musculaturas flexoras, ventral e dorsal, da cabeça. É articulado
cranialmente com os côndilos do occipital e caudalmente com o áxis (segunda
vértebra cervical). É uma vértebra atípica, pois no lugar do corpo apresenta duas
12
massas laterais e dois arcos (dorsal e ventral) e o processo espinhoso foi substituído
pelo tubérculo dorsal. 
O atlas é composto por um arco dorsal com um tubérculo dorsal, um arco
ventral com um tubérculo ventral. Projetado dorsalmente temos o processo transverso
(asa do atlas), cranialmente temos a incisura alar, ao seu lado temos o forame
vertebral lateral. Caudalmente a asa do atlas temos o forame transverso. Noarco
ventral existem as faces articulares craniais (que faz a articulação com os côndilos do
occipital), caudalmente existe a fóvea do dente e lateralmente de ambos os lados
temos as facetas articulares caudais que se une ao processo articular cranial do áxis. 
Vista dorsal da primeira vértebra cervical (Atlas)
AXIS
É a segunda vértebra cervical e junto com o atlas auxilia no movimento de
rotação da cabeça. É caracterizado por seu comprimento (é a vértebra mais longa) e
pelo seu processo espinhoso. Apresenta um dente que permite que se articule
cranialmente com o atlas através da fóvea do dente e caudalmente com a terceira
vértebra cervical. Seu corpo é cilíndrico e é composto pelo dente, pelo processo
articular cranial, pela ampla incisura vertebral cranial, pelo processo espinhoso (larga
superfície plana que se estende do arco vertebral nos sentidos cranial e caudal). Na
parte caudal do processo espinhoso existe o processo articular caudal, abaixo dele
temos a incisura vertebral caudal. Existe também o processo transverso que é
atravessado pelo forame transverso (serve para a passagem da artéria, a veia e o
nervo vertebrais) e ventralmente apresenta a crista ventral.
13
Vista lateral da segunda vértebra cervical (Axis)
TERCEIRA À SETIMA VÉRTEBRAS CERVICAIS
 
A terceira, a quarta e a quinta vértebras cervicais têm a mesma morfologia.
Elas possuem a forma de cubo e aumentam á medida que vão à direção caudal. Até
a quinta vértebra existe na superfície ventral uma crista ventral, que marca as
posições dos discos intervertebrais. A partir da sexta vértebra, essa crista é muita
pequena ou inexistente. Os processos espinhosos aumentam em altura e em
inclinação cranial. Os processos transversos e articulares são desenvolvidos. Com
exceção da sétima vértebra, os processos transversos são atravessados na sua base
pelo forame transverso. O processo transverso é dividido em tubérculo cranioventral e
em caudodorsal, eles agem como um processo transverso de uma vértebra torácica.
Os processos articulares craniais e caudais são conformados e ficam na horizontal. O
arco vertebral mostra uma incisura cranial e caudal nas margens, que formam
forames intervertebrais amplos com as vértebras. O canal vertebral estreita-se no
meio da região cervical. O tubérculo ventral é ausente na sexta vértebra cervical. A
sétima vértebra cervical possui algumas características diferenciadas, ela possui um
processo espinhoso pontiagudo e não tem o forame transverso. 
14
Vista dorsal
das vértebras
cervicais
1.2 VÉRTEBRAS TORÁCICAS
15
Quinta vértebra, vista lateral.
6- processo espinhoso 7- processo
articular caudal 8- processo
transverso 9- corpo 10- processo
articular cranial 11- posição do
forame vertebral 
Essas vértebras se unem por articulações com as cabeças e os tubérculos das
costelas, por isso, o número de vértebras torácicas é o mesmo que o das costelas. No
cão, existem 13 vértebras torácicas. Elas possuem um corpo vertebral curto,
processos articulares curtos, processo espinhoso longo e situado no arco vertebral,
lateralmente a base do arco vertebral são formadas duas superfícies articulares nas
extremidades caudais e no processo transverso, para a articulação das cabeças das
costelas e para a tuberosidade costal, respectivamente, e espessos processos
articulares posicionados juntos. Apresentam incisuras vertebrais, sendo as craniais
rasas e as caudais profundas. O forame vertebral permite a passagem dos nervos
espinhais e dos vasos sanguíneos. A décima vértebra é chamada de vértebras
torácicas diafragmáticas – vértebras anticlinais. Os processos mamilares são curtas
projeções dorsais dos processos transversos e os processos acessórios surgem da
margem caudal do pedículo. 
Vista caudal da décima terceira vértebra torácica
1.3 VÉRTEBRAS LOMBARES
16
No cão, a coluna é composta por sete vértebras lombares. Elas apresentam
corpo mais extenso e uniforme, é caracterizado por longos e achatados processos
transversos que se orientam cranioventralmente, por processos espinhosos mais
baixos e caudocranial. Os processos mamilares são fundidos com os processos
articulares craniais na região lombar. Os processos articulares são enganchados. Os
processos transversos e espinhosos oferecem uma superfície ampla para a
musculatura do abdômen, dos membros e da pelve. O espaço que existe entre a
ultima vértebra lombar e a primeira sacral é chamado de espaço lombossacral (usado
para aplicação de injeções e punções). 
1.4 VÉRTEBRAS SACRAIS
17
O cão apresenta três vértebras sacrais. As vértebras sacrais são ossificadas junto
com os discos intervertebrais no osso sacro. Essa fusão impossibilita a movimentação
da região sacral, traz estabilidade à cintura pélvica. O osso sacro está localizado entre
as asas do ílio e tem o formato quadrangular. É composto por uma base óssea
(cranialmente), duas porções laterais (onde estão localizadas as asas do sacro). A
superfície dorsal da asa, chamada de face auricular é unida as asas do ílio através de
uma articulação. Na face dorsal apresenta processos espinhosos, que servem como
superfície para a inserção para a musculatura ilíaca. A face ventral é lisa e côncava.
Existem os forames sacrais ventrais e os forames sacrais dorsais, que servem para a
passagem dos nervos do plexo lombossacral desde o canal vertebral. A junção da
face ventral com a extremidade cranial forma o promontório. Dorsalmente,
encontramos os processos articulares craniais que são pouco desenvolvidos. 
18
1.5 VÉRTEBRAS CAUDAIS
As vértebras caudais variam de animal para animal e vão diminuindo de tamanho
na direção da extremidade caudal. Essa diminuição também vem acompanhada de
perda de algumas características, como a perda do arco e dos processos. Existe a
formação de um processo hemal, que pode fechar-se em um arco hemal, são
responsáveis por receber os vasos caudais. 
19
Discos intervertebrais 
Está presente em todos os espaços
intervertebrais, com exceção do espaço entre o atlas e
o áxis. Ele ajuda na flexibilidade da coluna e na
distribuição da pressão que atua na coluna. Problemas
nos discos intervertebrais acarretam em vários outros
problemas. 
2. OSSOS DO TÓRAX
O tórax é composto pelas vértebras torácicas, as costelas e o esterno. 
2.1 COSTELAS
O cão possui 13 pares de costelas. Elas formam a parede óssea lateral da
cavidade torácica, são dispostas em pares, é encurvada e entre elas existem os
espaços intercostais. Cada costela tem uma parte dorsal (que se articula com a
coluna vertebral) e uma parte cartilaginosa ventral (que se articula diretamente com o
esterno). Elas se encontram na articulação costocondral. As cartilagens costais das
costelas “falsas” se combinam e formam o arco costal. A primeira costela se articula
diretamente com o manúbrio esternal. Na juntura do esterno com as costelas, após a
cartilagem costal, temos um encurvamento que origina o joelho da costela.
Classificação das costelas
- Costelas verdadeiras ou esternais: São conectadas diretamente com o esterno
pelo seu prolongamento cartilaginoso distal. 
- Costelas falsas ou asternais: Encontram conexão com o esterno pelas cartilagens
costais. 
20
Discos 
intervertebrais 
- Costelas flutuantes: A cartilagem da ultima costela não se articula com sua vizinha,
ficando esse ultimo par livre.
A costela é composta pela cabeça que fica na extremidade proximal, acima do
colo da costela, possui uma face articular cranial e outra caudal. Essas duas faces
são separadas por uma área de superfície irregular que se conecta com o disco
intervertebral. Existe uma depressão na superfície que é chamada de sulco da
cabeça. Próximoa cabeça tem o tubérculo da costela que fica articulado com o
processo transverso da vértebra torácica. O corpo da costela tem uma superfície que
serve de inserção para os músculos do tronco, na sua margem caudal existe o sulco
costal que serve de leito para os vasos e nervos intercostais. 
21
2.2 ESTERNO
O esterno é composto por três partes que se juntam por causa da ossificação
da cartilagem juntacional.
- Parte cranial: Manúbrio. Apresenta o formato de um bastão e está localizado na
parte cranial do esterno. Tem uma fossa articular para o primeiro par de costelas. 
- Corpo do esterno: Apresenta o formato cilíndrico, constituído por seis estérnebras.
Na margem dorsolateral apresenta incisuras costais para articulação das cartilagens
costais das costelas. 
- Processo xifoide: Cartilagem achatada que é mais projetada entre as partes mais
baixas dos arcos costais. Ela é responsável por suportar a parede abdominal ventral.
ESQUELETO APENDICULAR
1. MEMBRO TORÁCICO
O membro torácico dos cães é formado pela cinta torácica (clavícula e escápula),
braço (úmero), antebraço (rádio e ulna) e mão (carpos, metacarpo, falanges e ossos
sesamóides).
22
1.1 CINTA TORÁCICA
 CLAVÍCULA
Placa óssea ou cartilaginosa, fina e irregular que não se articula ao resto do
esqueleto. Está encaixada no m. braquiocefálico. 
 
 ESCÁPULA
23
É um osso plano preso à porção cranial da parede do tórax. Articula-se com o
Úmero distalmente. 
Na face lateral, a espinha divide a face lateral em duas fossas, a supra-espinhosa
e a infra-espinhosas. Essas fossas são ponto de origem dos músculos que levam o
mesmo nome.
Na extremidade distal da espinha situa-se o acrômio, presente não apenas nos
cães como também nos ruminantes. Mas apenas nos cães pode ser encontrado o
Processo Hamato, saliência presente no acrômio.
Face lateral da escápula esquerda
Na face medial, há uma depressão rasa chamada fossa subescapular.
Cranialmente à ela encontra-se a face serrátil, área áspera que é inserção do m.
serrátil ventral. Na extremidade distal da face medial da encontra-se a Cavidade
Glenóide, onde ocorre a junção da escápula com o Úmero.
24
Face medial da escápula esquerda
1.2 BRAÇO
É formado por um único osso chamado Úmero. Este osso é longo e
desempenha função importante no movimento do membro torácico, apresentando
forte musculatura. Articula-se proximalmente com a Escápula e distalmente com o
Rádio e a Ulna.
A cabeça do úmero, nos cães, é dividida em Tubérculo maior, na direção
craniolateral e em Tubérculo menor, no sentido crânio medial. Os tubérculos são
separados pelo Sulco Intertubercular.
A Tuberosidade Deltoide situa-se lateralmente na metade proximal, onde o m.
deltoide se insere.
Na extremidade distal encontra-se o Côndilo do úmero, onde ocorre a
articulação com o Rádio e a Ulna. Proximalmente ao côndilo situa-se a fossa radial.
Apenas nos cães existe o Forame supratroclear, localizado no interior dessa fossa.
25
Vista cranial do úmero esquerdo
Vista cranial do úmero esquerdo
1.3 ANTEBRAÇO
É formado por dois ossos, o Rádio e a Ulna. São dois ossos longos que se
articulam um com o outro em cada extremidade. O seus eixos são separados pelo
espaço interósseo.
 RÁDIO
 Esse osso articula-se proximalmente, junto com a ulna, ao Úmero e
distalmente aos ossos do carpo.
Sua extremidade proximal é formada pela cabeça do Rádio e pela Fóvea da 
cabeça do Rádio, que junto com a incisura troclear da Ulna e da superfície distal do 
26
Úmero, formam a articulação ulnar. A extremidade proximal também possui a 
tuberosidade radial, onde o m. bíceps braquial é inserido.
A face cranial do corpo do rádio é lisa e a caudal, é extensivamente fundida 
com a ulna, com o espaço interósseo entre os dois ossos.
A extremidade distal é mais larga que a proximal e em sua superfície forma-se 
uma tróclea, que se conecta com a face articular do carpo. Une-se distalmente com a 
ulna na superfície articular ulnar.
Vista caudal do rádio (independente da ulna) esquerdo Vista craniolateral do Rádio e Ulna esquerdos
ULNA
Em sua extremidade proximal encontra-se o Olécrano e seu processo terminal
(tuberosidade do olécrano). Esse processo está situado acima da superfície articular
com o úmero.
27
O olécrano apresenta uma
incisura troclear na sua articulação com
o úmero e também serve como inserção
do músculo tríceps braquial.
O corpo da ulna é grande e tem
formato triangular em seus dois terços
proximais e é menor e mais arredondado
distalmente. Posiciona-se caudalmente
ao rádio.
A extremidade distal é pequena e
possui o processo estiloide e a superfície
articular distal que se articula com a
fileira proximal dos ossos do carpo.
 
 Vista cranial da ulna esquerda Vista cranial do Rádio e Ulna esquerdos
1.4 MÃO
O esqueleto da mão é formado pelos ossos do carpo, ossos do metacarpo e
pelas falanges. Esses ossos formam a extremidade dos membros torácicos e
articulam-se proximalmente (fileira proximal dos ossos do carpo) com o Rádio e a
Ulna.
28
OSSOS
DO CARPO
O carpo
é
formado por duas fileiras (proximal e distal), totalizando sete ossos. A fileira proximal
articula-se proximalmente com o Rádio e a Ulna e distalmente com a fileira distal do
carpo. Essa, por sua vez, articula-se distalmente com os ossos metacárpicos.
A fileira distal é formada pelos seguintes ossos (no sentido medial-lateral): osso
cárpico primeiro, que é o menor e articula-se lateralmente com o cárpico segundo e
distalmente com o osso metacárpico primeiro; osso cárpico segundo, cuja superfície
distal é côncava e articula-se com o segundo osso metacárpico; osso cárpico terceiro,
que se assemelha ao segundo e articula-se distalmente com o terceiro metacarpo; e o
osso cárpico quarto, que é o maior da fileira e articula-se com o quarto e quinto
metacarpos.
A fileira proximal possui um dedo a menos que a distal. Esse fato deve-se à
fusão do osso radial com o osso intermédio, que juntos constituem um osso chamado
intermédio-radial. Esse osso se articula com a superfície distal do rádio e com os
ossos da fileira distal. O osso carpo ulnar é longo e articula-se proximalmente com o
rádio e a ulna e palmarmente com o osso acessório do carpo. Ele também repousa
distalmente no osso cárpico quarto e se prolonga para também articular-se com o
quinto osso do metacarpo. O osso acessório posiciona-se na direção palmar e
articula-se com a ulna e com o osso carpo ulnar. 
Obs.: É possível identificar um osso sesamóide articulado à face medial do
osso intermédio-radial.
A figura ao lado é uma representação esquemática dos ossos do carpo em uma
mão esquerda.
29
> R: Rádio | U: Ulna 
> a: Acessório | u: Carpo ulnar | r+i:
intermédio-radial
> 1;2;3;4: ossos cárpicos da fileira distal
OSSOS METACÁRPICOS
Os cães apresentam os cinco metacarpos. Eles articulam-se proximalmente com
o carpo e distalmente com as falanges e com os sesamóides frontais e palmares. O
primeiro metacarpo, posicionado medialmente, é o mais curto e estreito. Os principais
ossos metacárpicos são os intermédios (terceiro e quarto), que são mais longos que o
segundo e quinto. 
OSSOS DIGITAIS DA MÃO
Os ossos da mão são constituídos por cinco dedos. Cada um deles é formado
por três falanges, exceto pelo primeiro, que é formado por duas. O primeiro dígito é
bastante curto e não entra em contato com o solo. Os dígitos mais longos são os
intermédios (terceiro e quarto).
As falanges proximais são as mais longas e se articulam proximalmente com os
metacarpos correspondentes. Na porção distal possuem uma tróclea que se articulacom a falange média. Esta, que é a faltante no primeiro dígito, se articula na falange
distal. As falanges distais correspondem à forma das garras do cão
Ossos sesamóides- há geralmente dez ossos sesamóides palmares e cinco
sesamóides dorsais. Eles se articulam com a extremidade distal do osso metacárpico
e com as facetas que as falanges possuem proximalmente.
30
Vista dorsal da
mão direita
Vista lateral da mão
direita
2. MEMBRO
PÉLVICO
31
O membro pélvico dos cães é formado pela cinta pélvica (ossos coxais e
sacro), coxa (fêmur), perna (tíbia e fíbula) e pés (tarsos, metatarsos, falanges e ossos
sesamóides).
1 CINTA PÉLVICA
32
OSSO COXAL
O osso coxal é maior entre os ossos planos. Ele é formado por três ossos que
se fundem, são eles o ísquio, o ílio e o púbis. Os três ossos se unem no acetábulo,
uma cavidade profunda que se articula com a cabeça do fêmur.
ÍLIO
É a porção dorsocranial do osso coxal, formado por uma porção cranial, as
asas do ílio e uma porção caudal, o corpo do ílio.
Cada asa possui uma tuberosidade sacral, a qual apresenta duas espinhas
iíacas dorsais (cranial e caudal) e uma tuberosidade coxal, que apresenta espinhas
ilíacas ventrais (cranial e caudal). A superfície externa (face glútea) das asas é uma
região côncava onde há a inserção dos músculos glúteos. A superfície interna (face
sacropélvica) é uma região praticamente plana e em sua porção lateral há a inserção
dos músculos da coxa.
No corpo do ílio, a margem ventral prolonga-se na linha arqueada. Na porção
medial dessa linha eleva-se o tubérculo do m. psoas, onde esse músculo é inserido.
PÚBIS
É composto pelo corpo, pelo ramo acetabular cranial e pelo ramo caudal.
Identifica-se uma grande abertura, o forame obturado, por onde passa o nervo
obturador.
O ramo acetabular cranial forma o pécten do osso púbis e as eminências
iliopúbicas (lateral e medial), onde há a inserção da musculatura abdominal.
O púbis une-se ao ísquio através da sínfise pélvica (tecido conjuntivo
cartilagíneo). No púbis, identifica-se a porção púbica dessa sínfise, localizada no
segmento cranial deste osso.
ÍSQUIO
33
É composto pelo corpo, pela tábua do osso ísquio e pelo ramo isquiático. O
corpo contribui na formação do acetábulo e forma uma espinha isquiática juntamente
com o ílio. 
A tábua delimita o forame obturado e eleva-se caudolateralmente, formando
uma tuberosidade isquiática saliente. As duas tábuas do osso ísquio se unem no arco
isquiático, no limite caudal. Já o ramo forma a sínfise isquiática, segmento caudal da
sínfise pélvica.
Vista ventral dos ossos coxais.
34
Vista lateral esquerda dos ossos coxais.
2.2 COXA
É formada por um único osso chamado Fêmur, que é o maior dentro todos os
ossos longos. No esqueleto da coxa também são encontrados quatro ossos
sesamóides, cujo mais conhecido é a Patela.
FÊMUR
 Desempenha funções importantes no movimento e do suporte do peso. Pode
ser divido em três segmentos: extremidade proximal, corpo do fêmur e extremidade
distal.
A extremidade proximal articula-se com o acetábulo do osso coxal através da
cabeça do fêmur. Esta, por sua vez, tem formato esferoidal e posui uma área articular
sem cartilagem, a fóvea da cabeça, onde se insere o ligamento da cabeça do fêmur.
Ainda na extremidade proximal, encontra-se o trocanter maior, na região lateral, onde
acontece a inserção do músculo glúteo médio. Na parte medial, situa-se o trocanter
menos, onde há a inserção do m. Iliopsoas.
Na porção caudal do corpo do fêmur há a inserção da musculatura adutora e
na extremidade distal (em sua porção caudal) encontram-se os côndilos lateral e
medial, que se articulam com a tíbia. Entre esses côndilos há uma fossa intercondilar
35
e acima deles, encontram-se os epicôndilos lateral e medial. Na porção cranial, há a
tróclea do osso femoral, que possui duas eminências arredondadas e de tamanhos
similares. Nessa extremidade ocorre a articulação do fêmur com a patela e a tíbia. 
Vistas cranial e caudal do fêmur esquerdo
36
 Vista lateral
do fêmur esquerdo
PATELA
É um osso sesamóide longo e estreito. Sua superfície livre é convexa e situa-
se sob a pele; já sua superfície articular, voltada para o fêmur, é convexa de lado a
lado e côncava próximo-distalmente.
2.3 PERNA
É formada por dois ossos, a tíbia e a fíbula. Assim como o rádio e a ulna, são
dois ossos longos que se articulam um com o outro. A tíbia articula-se proximalmente
com o fêmur e distalmente com o osso maleolar e com os ossos do tarso.
 TÍBIA
 Sua extremidade proximal tem um formato triangular e possui dois côndilos,
lateral e medial que são separados por uma eminência intercondilar. Cada côndilo
possui uma face articular lateral que se articula com os côndilos do fêmur e os
meniscos. O côndilo lateral possui a face articular para a cabeça da fíbula.
37
Sua extremidade distal pode ser identificada pela cóclea da tíbia (que é
articulada com a tróclea do talo) e pelos maléolos lateral e medial. O maléolo medial é
o ponto de junção da tíbia com a fíbula..
FÍBULA
A fíbula é delgada e se estende por todo comprimento da tíbia da qual é
separada por um grande espaço interósseo na parte proximal. Na região sua distal, a
fíbula é achatada e sua extremidade se funde com a tíbia no maléolo lateral.
 Vistas cranial e caudal da tíbia e fíbula esquerdas.
38
Vista lateral da tíbia e
 fíbula esquerdas
2.4 PÉ
O esqueleto do pé é formado pelos ossos do tarso, ossos do metatarso e pelas
falanges. Esses ossos formam a extremidade dos membros pélvicos e articulam-se
proximalmente (fileira proximal dos ossos do tarso) com a tíbia e a fíbula.
OSSOS DO TARSO
O carpo é formado por três fileiras (proximal, intertarsal e distal), totalizando
sete ossos. A fileira proximal articula-se proximalmente com a tíbia e a fíbula e
distalmente com a fileira distal do tarso. Essa, por sua vez, articula-se distalmente
com os ossos do metatarso.
A fileira proximal é formada (no sentido medial-lateral) pelo talo e pelo
calcâneo. O talo é caracterizado por um corpo compacto que se articula distalmente
(através da sua tróclea) com a cóclea da tíbia. O calcâneo possui na sua extremidade
livre uma tuberosidade calcânea, que é um ponto palpável do osso. Distalmente,
possui o processo coracóide, que se articula com o quarto osso do tarso.
Na fileira intertarsal se encontra, medialmente, o osso central do tarso, que
possui uma superfície proximal côncava adaptada para a cabeça do talo. Sua
extremidade distal articula-se com o primeiro, segundo e terceiro ossos társicos, que
são ossos pequenos localizados na fileira distal do tarso. O quarto osso társico é mais
elevado que os outros; sua superfície proximal é articulada com o calcâneo e a distal
39
se articula com o quarto e quinto ossos do metatarso. Medialmente, o quarto osso
articula-se com o osso central do tarso. 
A figura ao lado é uma representação esquemática dos ossos do tarso em um pé
esquerdo.
> Tib: Tíbia | F: Fíbula
> T: Talo | C: Calcâneo
> c: Osso central do tarso
> 1;2;3;4: ossos distais do tarso
OSSOS DO METATARSO
Os cães apresentam os cinco
metatarsos. Eles articulam-se
proximalmente com o tarso e
distalmente com as falanges e com os sesamóides frontais e plantares. O primeiro
metacarpo, posicionado medialmente, é muito pequeno, podendo sofrer fusão com o
primeiro osso do tarso em alguns casos. Os demais metatarsos têm características
semelhantes aos ossos do metacarpo, sendo geralmente mais longos. 
OSSOS DIGITAIS DO PÉ
Os ossos do pé têm características semelhantes aos ossos digitais da mão e
são constituídospor três falanges cada, exceto pelo primeiro, dígito, que na maioria
dos casos está ausente. Quando está presente é formado por duas falanges.
40
Vista lateral
da mão direita
Vista dorsal
da mão direita
ARTICULAÇÕES DO CRÂNIO 
41
As articulações tem como função a proteção, inserção, alavanca, locomoção,
angulação, torção ou deslocamento, etc.
O crânio é majoritariamente composto por sinartroses ou articulação por
continuidade, pois são unidas por tecido fibroso, não apresentam cavidade articular,
são temporárias e tendem a sinostose.
Tipos de articulações de continuidade encontradas no crânio: 
 Gonfose: existe pouquíssimo tecido; articulação do tipo pino e encaixe.
Encontrada nos dentes e alvéolos dentários
 Suturas: São caracterizadas pela proximidade entre os ossos; a maioria
encontra-se na cabeça e existe pouco tecido conjuntivo separando os ossos.
Existem 4 tipo de suturas: Serrátil, Escamosa, Plana e Folheada.
- Serrátil: Bordas (dentículos) que se engrenam. Ex: Sutura interfrontal ou
interparietal
- Escamosa: Bordas em forma de Bisel, ficando superpostas. Ex: Entre a
porção escamosa do temporal e parietal.
- Plana: Margens ósseas planas e lisas ou levemente enrugadas. Ex: Sutura
Nasal. 
- Folheada: Margens que se engrenam como folhas de dois livros. Ex: entre o
nasal e o frontal do suíno. 
Vista lateral
esquerda do crânio
ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL 
42
As articulações servem para proteger, unir os ossos firmemente e possibilitar a
livre movimentação. As vértebras formam dois conjuntos de articulações: cartilaginoso
e outro sinovial. Existem também ligamentos, que se estendem por muitas vértebras. 
1. União do esqueleto do crânio com a coluna vertebral
Permite uma divisão funcional em uma união cranial entre a primeira vértebra
cervical e o occipital. 
1.1Articulação atlanto-occipital: 
Composta por duas articulações elipsóides. Formada entre os côndilos do
crânio e as concavidades correspondentes do atlas. Cada superfície articular é
envolta por uma cápsula articular, espessada por uma membrana ventral e outra
dorsal. Existem três ligamentos, presentes no canal vertebral, que auxiliam na
articulação. São eles: Ligamentos alares (unem a borda lateral do dente ao côndilo
occipital), ligamento apical do dente (une o ápice do dente ao osso basioccipital) e o
ligamento transverso do atlas. As membranas atlanto-occipital ventral e dorsal
servem de reforço conjuntivo da cápsula articular, elas passam dos arcos do atlas às
partes correspondentes da margem do forame magno. A primeira articulação realiza o
movimento de extensão e flexão.
 
1.2Articulação atlantoaxial
43
Articulação atlanto-occipital, vista 
dorsal. 
1- crânio 
2- cápsula da articulação atlanto-
occipital
3- asa do atlas 3’- arco dorsal do 
atlas
4- cápsula da articulação 
atlantoaxial 
5- áxis 5’- espinha do áxis 
6- dente 
7- ligamento transverso do atlas
8- ligamentos alares
9- ligamento apical do dente 
10-margem dorsal do forame magno
É uma articulação trocóide. É a conexão articular entre o dente do áxis e a
fóvea do dente do atlas. O ligamento atlantoaxial dorsal impõe pouca resistência. O
dente do áxis é seguro por ligamentos que se prendem á parte adjacente da
superfície dorsal do arco ventral do atlas. Encontramos também a fóvea articular
cranial do áxis e a fóvea articular caudal do atlas. Essas superfícies são envolvidas
por uma cápsula articular em comum, formando apenas uma cavidade articular. A
membrana atlantoaxial dorsal reforça a cápsula articular. O ligamento axial dorsal é
responsável por unir os arcos vertebrais. Os ligamentos alares que surgem do dente
do áxis e inserem-se na superfície medial dos côndilos. O ligamento transverso do
atlas, evita que o dente do áxis se movimente de encontro com o canal vertebral. A
segunda articulação é responsável pelo movimento de rotação.
2. Conexões das vértebras entre si
44
As articulações intervertebrais combinam sínfises entre os corpos e
articulações sinoviais entre os processos articulares. São pouco flexíveis devido à
sínfise intervertebral com os discos intervertebrais. 
Discos intervertebrais 
Está presente em todos os espaços intervertebrais, com
exceção do espaço entre o atlas e o áxis. Ele ajuda na
flexibilidade da coluna e na distribuição da pressão que
atua nela. Cada um dos discos intervertebrais é
composto de um núcleo pulposo envolvido por um anel
de fibras cartilaginosas.
Ligamentos da coluna vertebral
Ligamentos curtos: Unem apenas vértebras vizinhas.
 Ligamentos entre os arcos: Atuam como uma lâmina elástica cobrindo os
espaços interarcos. Sustentam o peso do corpo.
45
Discos 
intervertebrais 
 Ligamentos interespinhais: Estão entre os processos espinhais, são
musculares na região torácica e lombar. Evitam o deslocamento dorsal do
corpo vertebral.
 Ligamentos intertransversais: Localizados entre os processos transversos das
vértebras lombares.
Ligamentos articulares sobrepostos longos:
 Ligamento longitudinal dorsal: Localizado no canal vertebral, do dente do
áxis até o sacro.
 Ligamento longitudinal ventral: Une-se da 8° vértebra torácica até o osso
sacro com a superfície ventral das vértebras e no disco intervertebral. 
 Ligamento supra-espinhal: Segue sobre os ápices espinhosos das vértebras
torácicas e lombares. Se funde aos tendões dos músculos epaxiais. Uma
continuação cranial desse ligamento deixa os processos espinhosos mais alto
e segue pela rota mais curta até se fixar na superfície da nuca.
46
 Ligamento nucal: Pequena faixa fibrosa. No cão, é formado um funículo
nucal. Surge no processo espinhoso do áxis e inserem-se nos processos
espinhosos das primeiras vértebras torácicas. Da primeira vértebra torácica em
diante, modifica-se para ligamento supra-espinhal.
3. Uniões das costelas com as vértebras: 
São funcionalmente articulações esferoidais, servem para ampliação e
estreitamento da cavidade torácica.
3.1 Articulação da cabeça da costela
Articulação costovertebral: Articulam-se as superfícies articulares da cabeça
da costela, cada uma com as facetas articulares de duas vértebras torácicas vizinhas.
47
A cavidade articular é dividida em dois compartimentos pelo ligamento intercapital,
que se origina da crista interarticular da cabeça da costela. 
Articulação costotransversária: É do tipo deslizante, onde a superfície
articular do tubérculo da costela se articula com cada um dos processos transversos
da vértebra torácica. É envolvida por apenas uma cápsula articular. É sustentada por
um ligamento que passa entre o colo da costela e o processo transverso da vértebra. 
Ligamentos das costelas com as vértebras
Ligamento intercapital: Surge no sulco da cabeça da costela, divide a
cavidade articular em dois compartimentos, passa pelo forame intervertebral, cruza a
superfície do canal vertebral e insere-se na costela do outro lado. É separado do
Ligamento longitudinal dorsal por uma bolsa sinovial. Entre o ligamento intercapital e
o disco intervertebral existe uma bainha sinovial. 
ARTICULAÇÕES DO TÓRAX
As articulações entre o esterno e as costelas são diretas, enquanto as
cartilagens das falsas costelas são encontradas em sequência caudoventral e são
unidos por tecido conjuntivo fibroelástico, construindo o arco costal.
 Articulação costocondral: A parte óssea dorsal e uma parte cartilaginosa
ventral da costela se encontram na articulação costocondral.
48
 Articulações costoesternais: São sinoviais, deconformação cilíndrica. A
cartilagem da costela verdadeira apresenta um côndilo articular e o esterno, a
cavidade articular. São envolvidas por uma cápsula articular bem ajustada. 
 Articulações intercondrais: Nas costelas asternais são sindesmoses de
natureza elástica. 
 Articulações interesternais: São as sindesmoses mais inconstantes. 
 
ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS
1. MEMBRO TORÁCICO
1.1 ARTICULAÇÃO DO OMBRO
A articulação do ombro (escápuloumeral) une a escápula ao úmero do cão. A
cavidade glenóide da escápula se articula com a cabeça do úmero com uma
articulação do tipo esferoide. Ela proporciona os movimentos de adução, abdução,
rotação, flexão e extensão
Trata-se de uma diartrose simples (entre dois ossos), discordante (contato
incompleto entre os ossos) e independente.
49
Envolvendo as articulações, há uma ampla cápsula articular, que se aprofunda
ao lado de duas evaginações craniais com uma extensão caudolateral.
Vistas lateral e medial da articulação do ombro esquerdo (com bolsa articular).
Os ligamentos glenoumerais lateral e medial são reforços fibrosos
colágenos e elásticos que atuam como suporte da parede da cápsula, estando
localizados internamente a ela.
O ligamento transverso do úmero oferece suporte pra o tendão de origem do
m. bíceps braquial. Esse tendão projeta-se na altura do sulco intertubercular e forma
uma bainha sinovial intertubercular.
50
Vistas lateral e medial da articulação do ombro esquerdo.
Vistas lateral e medial 
da articulação do 
ombro esquerdo 
(capsula articular 
extendidas).
1.2 ARTICULAÇÃO DO COTOVELO
A articulação do cotovelo une o úmero com o rádio e a ulna através de duas
maneiras: da incisura troclear ulnar e da fóvea da cabeça do rádio. Logo, ela é
composta pela articulação umeroulnar e da articulação umerorradial.
Trata-se de uma diartrose composta (entre mais de dois ossos), discordante e
independente do tipo gínglimo. Ela proporciona apenas os movimentos de flexão e
extensão.
A cápsula envolve ambas as articulações e também a cavidade articular da
articulação radioulnar.
51
O ligamento colateral lateral nasce do epicôndilo lateral do úmero e se insere
no rádio com uma porção cranial forte; e na ulna com uma porção caudal mais fraca.
O ligamento colateral medial nasce do epicôndilo medial do úmero e se
insere na tuberosidade do rádio com uma porção media; e na ulna com uma porção
caudal.
O ligamento do olecrano também surge do epicôndilo medial do úmero e se
estende até o processo ancôneo.
 Articulações do rádio com a ulna
Existem duas articulações que ligam o rádio à ulna, são elas: articulação
radioulnar proximal e a articulação radioulnar distal. 
Na radioulnar proximal, a superfície articular proximal do rádio se articula com a
incisura troclear da ulna e é formada pelos seguintes ligamentos:
 Ligamento do olécrano – descrito acima.
 Ligamento anular do rádio – envolve a cabeça do rádio e cruza
distalmente os ligamentos colaterais, inserindo-se na incisura
radioulnar.
 Ligamento interósseo do antebraço – articula o rádio e a ulna na
metade proximal do espaço interósseo e atua como reforço da
membrana interóssea do antebraço.
52
A radioulnar distal é composta de uma superfície articular cartilagínea do rádio
e por uma incisura cartilagínea da ulna. Possui o ligamento radioulnar, que se projeta
entre a tróclea do rádio e o processo estiloide.
Vistas medial e lateral flexionada da articulação do cotovelo esquerdo
Vistas lateral e medial da articulação do cotovelo esquerdo.
53
1.3 ARTICULAÇÕES DA MÃO
1.3.1 Articulações do carpo
A articulação do carpo une os ossos do antebraço, ossos do carpo e do
metacarpo. Trata-se de uma diartrose composta, discordante e independente do tipo
gínglimo que proporciona movimentos de extensão e flexão. Também permite, com
grau restrito, movimentos de rotação e lateralidade.
É formada por três articulações:
 Articulações antebráquio-cárpicas (proximais) – une a extremidade
distal do rádio e ulna com a fileira proximal do carpo. 
 Articulações mediocárpicas (médias) – une o osso acessório com
ambas as fileiras do carpo. Tem uma liberdade bastante restrita de
movimentos.
 Articulações carpometacárpicas – une a fileira distal do carpo com os
ossos do metacarpo. É to tipo plana e possui conexões articulares
fibrosas e cápsulas articulares ajustadas.
O retináculo extensor atua com um reforço do estrato fibroso da cápsula
articular. Nele estão incluídos os tendões dos músculos extensores.
O retináculo flexor cobre o canal cárpico e contém os tendões dos músculos
flexores. Situa-se no lado flexor da articulação do carpo
O ligamento cárpico colateral lateral se origina no processo estiloide lateral
da ulna e se insere com o osso carpo ulnar.
O ligamento cárpico colateral medial se origina no processo estiloide medial
da ulna e se insere no segundo osso do carpo.
Os ligamentos suspensores do osso carpo acessório são ligamentos
isolados que se desenvolvem lateral e medialmente. Eles seguem proximalmente
para a ulna, osso carpo ulnar e osso cárpico quarto. Distalmente, seguem para os
ossos metacárpicos quarto e quinto.
54
Vista lateral dos ligamentos da articulação do carpo esquerdo. 
Vista palmar dos ligamentos da articulação do carpo esquerdo.
1.3.2 Articulações do dedo
Os dedos possuem basicamente três articulações cada. São elas: articulação
metacarpofalangeana; a articulação interfalangeana proximal da mão; e a articulação
interfalangeana distal da mão.
Articulação metacarpofalangeana
É troclear do tipo gínglimo e articula a tróclea da extremidade distal do osso
metacárpico com a face articular proximal da falange correspondente e com os
sesamóides da face palmar. Esses dois ossos sesamóides são envolvidos pela
cápsula articular, que é bastante ampla.
55
Os ligamentos colaterais medial e lateral unem o metacarpo com a falange
proximal.
Os ligamentos sesamóideos são divididos em proximais, médios e distais.
Os ligamentos distais unem os sesamóides com a falange proximal.
Articulações interfalangeanas proximais da mão
São do tipo gínglimo e têm promovem movimentos de extensão e flexão (e
movimento moderado de lateralidade). Elas se formam apenas no segundo e quinto
dedos e conectam o côndilo da falange proximal com a fossa articular da falange
média. Há evaginações nas direções dorsal e palmar da cápsula articular e um
reforço cartilaginoso na direção dorsal. Possuem um ligamento colateral médio e um
ligamento colateral lateral.
Articulações interfalangeanas distais da mão
São do tipo gínglimo e também promovem movimentos de extensão e flexão.
Elas são formadas em todos os dedos e unem a tróclea da falange média com a fossa
articular da falange distal. 
Possuem ligamentos colaterais mediais e laterais de um lado e ligamentos
dorsais elásticos no outro lado. Possui também ligamentos dorsais longos entra a
falange média e a superfície lateral da falange distal.
56
Vista dorsal dos ligamentos da articulação da mão direita.
2. MEMBRO PÉLVICO
2.1 ARTICULAÇÃO SACROILÍCA
Os ossos coxais (ílio, ísquio e púbis) são unidos através de um tecido
fibrocartilaginoso na sínfise pélvica. Esse cinturão pélvico, por sua vez, se une ao
tronco do cão através da articulação sacroilíaca. Essa articulação é uma juntura
sinovial plana que une as faces articulares da asa do ílio com a asa do sacro.
Os ligamentos Sacroilíacos ventrais reforçam a cápsula articular na região
ventral.
Os ligamentos sacroilíacos interósseos se estendem entre a tuberosidade
ilíaca até a superfície dorsal da asa do sacro.
Os ligamentossacroilíacos dorsais apresentam uma parte curta, que vai da
tuberosidade sacral da asa do ílio até os processos mamilares; e uma parte longa,
que vai da tuberosidade sacral passa na direção caudal e termina na parte lateral do
sacro.
O ligamento sacrotuberoso situa-se caudolateralmente e liga o processo
transverso da última vértebra sacral até a tuberosidade isquiática. 
57
Representação do ligamento sacrotuberoso.
2.2 ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL
Essa articulação une a o fêmur com o cinturão pélvico. O acetábulo dos ossos
coxais se articula com a cabeça do fêmur com uma articulação do tipo esferoide. 
Trata-se de uma diartrose simples, concordante (perfeita justaposição) e
independente. E proporciona os movimentos de extensão, flexão e certa liberdade de
movimentos de lateralidade.
A cápsula articular é fixada no lábio acetabular, cavidade ampla que recebe o
ligamento da cabeça do fêmur. Esse ligamento se estende da fossa do acetábulo
até a fóvea da cabeça do fêmur, sendo envolvido pela membrana sinovial.
O ligamento transverso do acetábulo mantém o ligamento da cabeça do
fêmur em posição, estendendo-se como uma ponte sobre a incisura do acetábulo.
2.3 ARTICULAÇÃO DO JOELHO
A articulação do joelho une o fêmur com a Tiba e a fíbula por meio da
articulação femorotibial e da articulação femoropatelar.
Trata-se de uma diartrose composta, discordante e independente do tipo gínglimo.
Ela proporciona apenas os movimentos de flexão e extensão.
A cápsula envolve ambas as articulações e também a cavidade articular da
articulação radioulnar.
58
2.3.1 Articulação femorotibial
Nessa articulação, que é do tipo condilar, os côndilos do fêmur ficam em
oposição aos côndilos da tíbia. Isso é corrigido através de meniscos articulares, que
são estruturas formadas por tecido fibrocartilagíneo que se posiciona entre os
côndilos dos dois ossos. 
Na margem externa dos meniscos, é fixada a cápsula articular através de sua
membrana fibrosa, envolvendo assim os côndilos. A membrana sinovial se separa da
lâmina externa, projetando-se entre os processos articulares. Desse modo, ela forma
uma cavidade sinovial individual para cada côndilo. Essas bolsas (articulares lateral e
medial) estão sempre em conexão e se comunicam também a articulação
femoropatelar.
Ligamentos dos meniscos:
Os ligamentos tibiais craniais dos meniscos unem a margem cranial dos
mesmos com a área intercondilar lateral e medial da tíbia.
Os ligamentos tibiais caudais dos meniscos originam-se na margem caudal
dos mesmos; o do menisco medial vai até a área intercondilar caudal da tíbia,
enquanto que o do menisco lateral alcança a incisura poplítea da tíbia.
O ligamento menisco femoral se origina na margem caudal do menisco
lateral e alcança a área intercondilar do côndilo medial do fêmur.
O ligamento transverso do joelho une os dois meniscos cranialmente.
Ligamentos da articulação femorotibial:
Os ligamentos colaterais lateral e medial se situam entre os epicôndilos do
fêmur e da tíbia. O lateral se insere no côndilo lateral da tíbia e na cabeça da fíbula e
o medial se insere no côndilo medial da tíbia.
Os ligamentos cruzados do joelho se situam entra as duas cavidades
sinoviais.
O ligamento cruzado cranial se fixa no côndilo lateral do fêmur e na área
intercondilar central da tíbia, enquanto o lig. cruzado caudal se estende do côndilo
medial do fêmur até a incisura poplítea da tíbia.
2.3.2 Articulação femoropatelar
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Nessa articulação, que é do tipo troclear, a patela se articula com a tróclea do
fêmur, deslizando sobre ela a cada movimento de articulação do joelho.
O ligamento femoropatelar medial une a patela ao côndilo medial do fêmur,
enquanto que o ligamento femoropatelar lateral, que é mais forte que o medial,
surge no côndilo lateral e projeta-se para a parte também lateral da patela. 
O ligamento patelar estabiliza a articulação femoropatelar, sendo constituído
no tendão de inserção do m. quadríceps femoral. Ele liga a patela à extremidade
proximal da tíbia.
 Articulação da tíbia com a fíbula
Existem duas articulações que ligam a tíbia à fíbula, são elas: articulação
tibiofibular proximal e a articulação tibiofibular distal. Há ainda uma membrana
interóssea crural entro os corpos dos dois ossos. Essa membrana é formada por
tecido conjuntivo.
As articulações tibiofibular proximal e medial são junturas sinoviais planas. Na
proximal, a cavidade articular comunica-se com a bolsa sinovial da articulação
femorotibial. A tibiofibular distal articula a extremidade distal da tíbia com a da fíbula.
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Vistas cranial e cranial com extensão da cápsula da articulação do joelho esquerdo.
Vista medial dos ligamentos cruzados e vista caudal da articulação do joelho esquerdo.
61
Vistas cranial e caudal da articulação do joelho esquerdo.
2.4 ARTICULAÇÕES DO PÉ
 - A articulação do tarso une os ossos da perna, ossos do carpo e do metacarpo.
Trata-se de uma diartrose composta, discordante e independente do tipo gínglimo que
proporciona movimentos de extensão e flexão. Também permite, com grau restrito,
movimentos de rotação e lateralidade.
A cápsula fixa-se na tíbia e envolve as articulações do tarso e do metatarso e
sua membrana forma quatro bolsas sinoviais.
É formada por três articulações:
 Articulação tarsocrural – troclear do tipo gínglimo; a tróclea do talo se
articula com a cóclea da tíbia e com a superfície distal da fíbula. 
 Articulações talocalcânea central – unem o talo e o calcâneo com o
osso társico central. Promove amplos movimentos de rotação e
lateralidade.
 Articulação centrodistal – juntura sinovial plana; articula o osso társico
central com o primeiro, segundo e terceiro ossos társicos.
 Articulações intertársicas – tipo sinovial plana; ossos de uma fileira se
articulam entre si.
 Articulações tarsometatársicas – tipo sinovial plano; articula os ossos da
fileira distal com os ossos do metatarso
O ligamento társico colateral lateral longo se origina no maléolo lateral
(fíbula) e se estende até os ossos metatársicos laterais (terceiro e quarto).
O ligamento társico colateral lateral curto surge no maléolo lateral (fíbula) e
se insere no calcâneo e talo.
O ligamento társico colateral medial longo se origina no maléolo medial e se
estende até os ossos metatársicos mediais (segundo e terceiro)
O ligamento társico colateral medial curto parte do maléolo medial e se
insere no calcâneo e talo, se prolongando em forma de leque até os ossos
metatársicos mediais.
O ligamento társico dorsal tem forma de leque, surgindo na saliência medial
do talo e alcançando os metatarsosno maléolo medial e se insere no calcâneo e talo,
se prolongando em forma de leque até os ossos metatársicos mediais (segundo e
terceiro).
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O ligamento plantar longo surge distalmente ao calcâneo e se insere
proximalmente aos ossos társico central e tarsal quarto e nos metatarsos terceiro e
quarto.
- As articulações entre os ossos do metatarso e as falanges são similares
àquelas mencionadas no membro torácicos, com diferenças mínimas.
MÚSCULOS DO CRÂNIO
A superfície da cabeça e do tronco é envolta, sob a pele, por fáscias que
servem à origem ou a à inserção dos músculos sob a forma de tecido conjuntivo
denso e superficialmente estendido. Além disso, providenciam sua mobilidade entre si
e formam envoltórios para órgãos profundos (por exemplo, no pescoço, para o
esôfago, para a traqueia, para as glândulas salivares). As fáscias envolvem,
superficialmente, em seus espaços intersticiais profundos, ao lado de vasos e nervos,
a musculatura cutânea. Conforme a posição que ocupam, podem ser distinguidas as
seguintes fáscias:fáscias superficiais e fáscias profundas. 
Fáscia superficial da cabeça
Envolve, nos carnívoros, toda a cabeça, sendo facilmente deslocável. Cobre a
glândula parótida, o músculo masseter e o músculo temporal. Além disso, ela envolve
os músculos cutâneos da cabeça, bem como a musculatura lateral superficial da
orelha. Em direção ao ápice do nariz (rostral), inserem-se nela os músculos da
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bochecha e do nariz; em direção ventral e caudalmente, ela se prolonga com a fáscia
cervical.
Fáscia profunda da cabeça
A fáscia profunda da cabeça recobre, como fáscia bucofaríngea, amplas
regiões da superfície lateral da mandíbula, fundindo-se em alguns lugares com a
fáscia superficial da cabeça. Uma lâmina da fáscia profunda da cabeça liga-se com a
mucosa da bochecha, enquanto uma camada situada superficialmente ocorre sob o
músculo masseter e passa sobre a musculatura da face para a crista facial, inserindo-
se nela. Algumas unidades musculares da face (por exemplo, o m. bucinador
ou m. canino) são envolvidos por essa fáscia ,e, na região dorsal do nariz, a fáscia
profunda une-se à fáscia superficial. Em direção ao pescoço, a fáscia profunda da
cabeça se dirige para a fáscia faríngea, que se origina no esfenoide e se e se insere
dorsalmente na margem mandibular, assim como no estilo-hióide e no tireo-hióide. A
fáscia profunda da cabeça situa-se sempre sob os vasos maiores da cabeça.
1. Músculos cutâneos da cabeça
Os músculos cutâneos da cabeça estão dispostos na fáscia superficial e, como
parte da musculatura fácil, são inervados exclusivamente pelo nervo facial. Dentre
eles, podem ser distinguidos:
- músculo esfíncter superficial do pescoço
- músculo cutâneo da face
- músculo esfíncter profundo do pescoço
- músculo frontal
- músculo zigomático
O músculo esfíncter superficial do pescoço atua apenas nos carnívoros
como tensor da fáscia laringomandibular e estende-se como um fino ligamento
muscular transversal e ventral da região laríngea em direção caudal ao longo do
pescoço. 
O músculo cutâneo da face representa uma extensa lâmina muscular sobre o
músculo masseter. Ele retrai o ângulo comissural da boca e atua na tensão e
movimentação da pele da cabeça. 
O músculo esfíncter profundo do pescoço situa-se sob o platisma, ou
músculo cutâneo da face, na superfície lateral do pescoço e da cabeça. 
O músculo frontal, nos suínos e nos ruminantes, atua no enrugamento e na
movimentação da pele da fronte, já nos carnívoros não desempenha essa função.
2. Músculos da cabeça (Musculi capitis)
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Os músculos da cabeça agrupam-se de acordo com seu desenvolvimento
embrionário, sua inervação ou sua função.
A musculatura facial e mastigatória do primeiro e do segundo arcos branquiais, e,
a partir do terceiro e do quarto arcos, desenvolvem-se as paredes laterais e ventrais
da parte superior da faringe e seus órgãos. Os nervos do arco branquial que as
acompanham, o quinto, sétimo, nono e o décimo nervo cranianos, ficam durante toda
a vida ligados a esses músculos.
3. Musculatura da face ou facial
A musculatura da face ou facial divide-se em uma camada superficial e em
uma profunda, sendo ambas fundamentalmente inervadas pelo nervo facial.
A camada superficial inclui a musculatura cutânea da cabeça e do pescoço,
bem como um grande número de músculos menores, responsáveis pelo movimento
dos lábios, das fossas nasais, das bochechas, das pálpebras e das orelhas. Esse
grupo muscular superficial também pode ser designado, em um sentido mais geral,
como musculatura mímica.
A camada mais profunda abrange os músculos dispersos na cabeça, os quais
estão conectados com o hióide ou são compreendidos como parte do músculo
digástrico ou situados na orelha média. A musculatura facial profunda é inervada por
ramos profundos do VII nervo craniano, o nervo facial.
A musculatura facial classifica-se em:
 Músculos dos lábios e das bochechas:
- músculo orbicular da boca;
- músculos incisivos;
- músculo levantador nasolabial;
- músculo canino;
- músculo depressor do lábio superior;
- músculo depressor do lábio inferior;
- músculo mentoniano;
- músculo zigomático;
- músculo bucinador.
 Músculos do nariz
- músculo dilatador apical do nariz;
- músculo dilatador médio do nariz;
- músculo nasal lateral;
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- músculo transverso do nariz.
 Músculos extra-orbitais das pálpebras
- músculo orbicular do olho;
- músculo levantador ângulo medial do olho;
- músculo retrator ângulo lateral do olho;
- músculo malar.
 Músculo da orelha
- músculo tensor da cartilagem escutiforme;
- músculo parotidoauricular;
- músculo auriculares caudais
- músculo auriculares dorsais
- músculo auriculares rostrais
- músculo auriculares profundos
- músculo estiloauriculares
Músculos do lábio e da bochecha 
Nome / inervação Origem Inserção Função
M.orbicular da
boca 
N. facial
Músculo
esfinctérico
 / / / / / / / / / / / / / / / Fechar a fenda
bucal
Mm.incisivos
N. facial
Arco alveolar M.orbicular da
boca
Eleva o lábio
superior e Traciona
os lábios
M.elevador
Nasolabial
N.facial
Fronte e dorso do
nariz
M.orbicular da
boca lateralmente
ao orifício nasal
Aumenta o orifício
nasal e Eleva o
lábio superior
M.canino
N.facial
Rostral à crista
facial
Lateralmente ao
orifício nasal
Dilata o
orificionasal e
traciona
caudalmente o
lábio superior
M.zigomático Arco zigomático M.orbicular da Traciona
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N. facial boca caudalmente o
ângulo da boca
M.bucinador
N. facial
Borda da
mandíbula
Tendão central Estreita o vestíbulo
da bochecha.
M.mentalis
N.facial
Lateralmente à
parte incisiva da
mandíbula
Mento Movimenta o mento
M.drepressor da
lábio inf.
Tuberosidade
maxilar
Labio inferior Baixa o lábio
enferior
N.facial
4. Músculos do nariz
Os músculos do nariz são formados rudimentarmente nos carnívoros e no suíno;
somente nos ruminantes e nos equinos são dignos de atenção.
5. Músculos extra-orbitais das pálpebras
O músculo orbicular do olho representa uma lâmina muscular circular, ampla e
fechada em si mesma, que adere em torno da fenda palpebral, como músculo de
fechamento.
O músculo levantador da pálpebra superior, representado por uma lâmina
muscular tênue, mais desenvolvida nos carnívoros, origina-se na fáscia frontal e
insere-se na pálpebra superior. No cão, a contração desse músculo provoca a
frequente ‘’ expressão de piedade’’.
O músculo retrator do ângulo lateral do olho, que só ocorre nos carnívoros,
origina-se na fáscia temporal e traciona as pálpebras caudalmente.
O músculo malar é visto como um segmento do músculo esfíncter profundo do
pescoço e é pouco desenvolvido, com exceção dos ruminantes. No cão, esse
músculo origina-se na fáscia rostral e órbita, parcialmente coberto pelo platisma, com
alguns feixes isolados, que seguem em direção dorsoventral da margem mandibular e
ventralmente para a região do maxilar. 
6. Músculos do pavilhão auricular
Os animais domésticos possuem um grande número de pequenos músculos
auriculares, os quais parcialmente se originam da lâmina cartilaginosa triangular ou
quadradra, da cartilagem escutular, ou diretamente do crânio, inserindo-se, com fibras
radiais em forma de estrela, no pavilhão auricular.
O grupo tensor da cartilagem escutular é representado por finas lâminas
musculares aderidas ao crânio, podendo alterar a sua posição. Segundo sua posição,
distingue-se o músculo frontoescutular, o músculo entre as cartilagens e o músculo
cervicoescutular.
67
O músculo parotidoauricular é uma estreita lâmina muscular com origem na
fáscia cervicalventral e inserção na base do pavilhão auricular, tracionando a orelha
para baixo e para trás.
Os músculos auriculares caudais permitem distinguir um abdutor longo e um
abdutor curto, ambos oriundos da região caudal da cabeça e da região cervical
cranial, inserindo-se lateralmente no pavilhão auricular. Os dois músculos deslocam
os pavilhões auriculares para fora, sendo capazes também de puxá-los para trás.
Os músculos auriculares dorsais representam um grupo de três músculos que
se originam na região cervical, na abóbada craniana e no pavilhão auricular, dirigindo-
se para a superfície dorsal do pavilhão auricular. Além da função de elevar o pavilhão
da orelha, esses músculos são capazes de puxar a orelha para trás e para frente
Os músculos auriculares rostrais são um grupo quatro músculos menores,
classificados segundo a sua posição. Podem ser diferenciados um adutor, um adutor
médio, um adutor inferior e um abdutor. Todos os músculos aproximam-se da margem
dorsomedial da orelha e participam da elevação da orelha
Os músculos auriculares profundos têm origem na face profunda da cartilagem
escutiforme e inserem-se na base da concha. Conforme sua extensão, diferenciam-se
um rotador longo e um rotador curto.
O músculo estiloauricular é um músculo estreito, que vai para o bordo medial
da orelha e encurta o conduto auditivo. A inervação dos músculos do pavilhão
auricular ocorre através de dois ramos do nervo facial. Estes ramificam-se após a
saída do forame estilomastóideo e seguem em direção rostral e caudal para os
músculos auriculares dorsais.
7. Musculatura da mastigação e superficial da laringe
A musculatura da mastigação e superficial da laringe é inervada pelo nervo
mandibular, o principal dos três ramos emitidos pelo primeiro nervo do arco branquial,
o nervo trigêmeo. Esse grupo muscular promove a elevação da mandíbula. Esses
músculos proporcionam, como os mais importantes músculos da mandíbula, o
deslocamento para cima, a compressão, a tração para o lado e os movimentos
mastigatórios. 
Os músculos da mastigação e superficiais do espaço mandibular podem ser divididos
em:
 Musculatura da mastigação
- músculo massater
- músculos pterigoideos
- músculo temporal
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 Musculatura superficial do espaço mandibular
- músculo digástrico
- músculo milo- hioideo
8. Músculos superficiais da laringe
 Os músculos superficiais da laringe desempenham a função de sustentar os
músculos mastigatórios situam-se na musculatura profunda da língua
 O músculo digástrico só tem seu nome justificado no equino, porque somente
neste animal observam-se dois ventres separados por um tendão intermediário. Nos
outros animais domésticos, esta separação é marcada apenas por um feixe conjuntivo
fibroso. O músculo digástrico origina-se no processo paracondilar. O ventre rostral
do músculo digástrico é invervado pelo nervo milo-hióideo, ramo do nervo mandibular,
e o ventre caudal pelo ramo digástrico, ramo do nervo facial.
Nos carnívoros, esse músculo possui um ventre resistente, apresentando fibras
tendinosas separando as duas estruturas musculares.
O músculo milo-hiódeo é, em sentido geral, um músculo auxilar da língua, tendo
em vista a sua inervação pelo nervo milo-hiódeo, ramo do nervo mandibular. É
considerado também um músculo auxiliar da mastigação. Esse músculo situa-se
entre as duas faces mediais da mandíbula. A partir de sua origem na linha milo-
hiódea, as fibras musculares laminares, de forma plana, dirigem-se em sentido ventral
e medial, juntando-se medianamente em uma rafe conjuntiva; sobre essa
musculatura, situa-se a língua ,que, na contração desse músculo, é pressionada
contra a abóbada palatina.
9. Movimentadores especiais da cabeça
Os movimentadores especiais da cabeça poderiam ser designados de modo
sistemático como músculos cervicais, uma vez que são funcionalmente vistos como
prolongamentos da musculatura do pescoço. Os músculos movimentadores especiais
da cabeça atuam na coordenação dos movimentos, principalmente das articulações
atlanto-occipital e atlantoaxial. A este grupo pertencem os músculos que inclinam e
movimentam bruscamente a cabeça, mas também que mudam o posicionamento da
cabeça obliquamente de trás para frente na limpeza do corpo. 
O músculo reto dorsal maior da cabeça situa-se entre o processo espinhoso do
áxis e a porção escamosa do occipital. Nesse músculo, é possível reconhecer uma
porção superficial e uma profunda, as quais, nos carnívoros e nos suínos, unem-se no
plano longitudinal mediano.
O músculo reto dorsal menor da cabeça situa-se sobre a membrana atlanto-
occipital dorsal. Recoberto pelo músculo reto dorsal maior da cabeça, ele se origina
no atlas e se insere no occipital. Nos carnívoros, assim como nos equinos, ele atua
sobre o arco dorsal do atlas e superfície nucal do osso occipital. Ambos os músculos
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retos da cabeça atuam como extensores da articulação atlanto-occipital e, desta
forma, elevam a cabeça.
O músculo reto lateral da cabeça apresenta-se como uma lâmina muscular
tênue na fossa atlântica, tracionando o arco ventral do atlas até o processo
paracondilar. Ele flexiona a articulação atlanto-occipital e inclina a cabeça
O músculo reto ventral da cabeça situa-se entre o arco ventral do atlas e o
basioccipital, no qual ele se insere entre o tubérculo muscular e a bula timpânica
flexiona a articulação atlanto-occipital.
O músculo oblíquo cranial da cabeça é um músculo curto, que se situa entre o
atlas e o occipital, recoberto pelo músculo esplênio e por uma parte do músculo
braquiocefálico. Nos carnívoros, sua porção principal encontra-se ventrolateralmente
à asa do atlas, inserindo-se no processo mastóideo do osso temporal e na cristal
nucal. Esse músculo, agindo em conjunto, é extensor da cabeça e isoladamente
flexiona a cabeça ventrolateralmente.
O músculo oblíquo caudal da cabeça apresenta suas fibras dispostas
obliquamente do processo espinhoso do áxis até a asa do atlas. Agindo isoladamente,
ele permite que a cabeça gire lateralmente e, atuando em conjunto, fixa a articulação
atlantoaxial.
O músculo longo da cabeça, agindo em conjunto, é flexor da cabeça e,
isoladamente, desvia a cabeça lateralmente. Esse músculo situa-se, nos carnívoros,
profundamente, fixando-se nos processos transversos da 2º a 6º vértebras cervicais,
inserindo-se no processo muscular do basioccipital. Esse músculo flexiona as
vértebras lateralmente. Ele é inervado pelos ramos ventrais do 1º até o 6º ramo
ventral dos nervos cervicais.
 
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Face lateral direita dos músculos crânio/ Dissecação superficial
Face lateral direita dos músculos do crânio/ Dissecação Profunda
MÚSCULOS DO PESCOÇO, TRONCO E CAUDA
Do tronco do animal originam-se músculos para a cabeça, mas também para
as extremidades, servindo para a fixação dos membros toráxicos ao tronco. Este, por
sua vez, divide-se em tórax e abdômen.
Os músculos que constituem essa região do corpo animal dividem-se em:
- Mm. cervicais;
- Mm. dorsais;
- Mm. torácicos;
- Mm. abdominais e
- Mm. da cauda.
72
1. MÚSCULOS CERVICAIS
Os músculos cervicais estendem-se da nuca e superfície lateral do pescoço ao
tórax, e alguns deles estão associados com o aparelho hióideo.
O M. esplênio situa-se entre o occipital e a cernelha. Ele é lateralmente coberto de
forma ampla pelos músculos superficiais, localizando-se, por sua vez, sobre os
músculos longos do pescoço. Tem sua origem no ligamento dorso-escapular e no
ligamento da nuca, e termina nos processos transversais das vértebras cervicais
médias (da 3ª até a 5ª vértebra). O músculo esplênio, em ação

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