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Aula 02 Seguridade Social Parte II

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Direito Previdenciário
INSS
Seguridade Social – Parte II
CASSIUS GARCIA
Bacharel em Direito pela Universidade Federal 
de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Previ-
denciário para concursos desde 2013. Auditor-
-Fiscal da Receita Federal do Brasil.
CASSIUS GARCIA
Bacharel em Direito pela Universidade Federal 
de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Previ-
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SUMÁRIO
1. Origem da Seguridade Social ....................................................................7
2. Evolução Legislativa da Seguridade Social no Brasil ...................................18
3. Organização da Seguridade Social ...........................................................32
4. Legislação Previdenciária: Conteúdo, Fontes, Autonomia ............................45
5. Aplicação das Normas Previdenciárias ......................................................51
6. Legislação Previdenciária: Vigência, Hierarquia, Interpretação e Integração ......53
6.1. Vigência............................................................................................53
6.2. Hierarquia .........................................................................................59
6.3. Interpretação ....................................................................................61
6.4. Integração ........................................................................................62
7. Segurados e Dependentes – Conceito e Disposições Gerais .........................65
8. Segurados Obrigatórios – Disposições Específicas ......................................72
8.1. Empregado .......................................................................................72
8.2. Empregado Doméstico ........................................................................86
8.3. Contribuinte Individual .......................................................................90
8.4. Trabalhador Avulso ........................................................................... 103
8.5. Segurado Especial ............................................................................ 108
9. Segurado Facultativo – Disposições Específicas ....................................... 122
10. Filiação e Inscrição ............................................................................ 134
10.1. Filiação ......................................................................................... 134
10.2. Inscrição ....................................................................................... 137
11. Trabalhadores Excluídos do Regime Geral ............................................. 140
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12. Empresa e Empregador Doméstico – Conceito Previdenciário .................. 143
13. Dependentes .................................................................................... 146
Resumo ................................................................................................. 156
Questões Comentadas em Aula ................................................................ 174
Questões de Concurso ............................................................................. 184
Gabarito ................................................................................................ 196
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Olá, aluno(a)!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada.
Retomamos aqui nosso Curso de Direito Previdenciário para o INSS.
Como foram esses últimos dias? Você conseguiu vencer todo o conteúdo da nos-
sa primeira aula?? Se ainda ficou alguma dúvida – qualquer uma – pergunte ANTES 
de prosseguir. A compreensão plena daquele conteúdo introdutório é fundamental 
para prosseguirmos na matéria.
Pronto? Todas as dúvidas esclarecidas? Então vamos ao trabalho. Temos tem-
po de sobra, mas a matéria não tem fim. E quem quer chegar ao tão sonhado 
cargo público tem que ralar muito!!
Nesta aula, trataremos do seguinte:
TÓPICO
1. ORIGEM DA SEGURIDADE SOCIAL
2. EVOLUÇÃO LEGISLATIVA DA SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL
3. ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL
4. LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA: CONTEÚDO, FONTES, AUTONOMIA
5. APLICAÇÃO DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS
6. LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA: VIGÊNCIA, HIERARQUIA, INTERPRETAÇÃO E 
INTEGRAÇÃO
6.1. Vigência
6.2. Hierarquia
6.3. Interpretação
6.4. Integração
7. SEGURADOS E DEPENDENTES – CONCEITO E DISPOSIÇÕES GERAIS
8. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS
8.1. Empregado
8.2. Empregado Doméstico
8.3. Contribuinte Individual
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8.4. Trabalhador Avulso
8.5. Segurado Especial
9. SEGURADO FACULTATIVO – DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS
10. FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO
10.1. Filiação
10.2. Inscrição
11. TRABALHADORES EXCLUÍDOS DO REGIME GERAL
12. EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO – CONCEITO PREVIDENCIÁRIO
13. DEPENDENTES
14. RESUMO DA AULA
15. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA
16. QUESTÕES PROPOSTAS
17. GABARITO
Preparado(a)???? Então vamos em frente!
Um grande abraço. Bons estudos.
Que Deus permaneça conosco.
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1. Origem da Seguridade Social
Tá falando sério, professor? Por que eu preciso estudar isso?
O principal motivo é o mais óbvio: CAI NA PROVA. Não há um volume muito 
grande de questões sobre o tema – sendo mais exato, encontrei pouquíssimas – 
mas, ainda assim, considero relevante que o estudemos, basicamente por 2 razões:
(1) meu objetivo é que você acerte 100% da prova de Previdenciário.
Ah não, professor! 100% é impossível!
Opa! Peraí!! Autoconfiança (não confundir com excesso de confiança) é indis-
pensável nessa vida de concurseiro(a). Claro que é possível, ora! Sabemos que 
os examinadores são seres maléficos, que procuram as mais variadas maneiras de 
complicar a vida dos candidatos. Mas isso só torna o desafio mais prazeroso. Vou 
cobrir todo o edital e você terá total condição de gabaritar a prova; e
(2) a compreensão da evolução histórica e legislativa nos ajuda a entender e 
assimilaro sistema de seguridade social atual.
Ao trabalho, aluno(a)!
No decorrer do curso você perceberá que tudo no Direito Previdenciário é um 
pouco confuso. A legislação é extremamente ampla, com frequentes alterações em 
temas relevantes, posicionamentos variados da doutrina... Sequer na história e 
evolução há consenso doutrinário. Por isso, trarei para você as linhas gerais, aque-
les pontos em relação aos quais há pouca ou nenhuma divergência, pois é isso que 
realmente importa para as provas de concurso. As bancas não costumam mexer 
nos vespeiros, não cobram nada que não seja consenso ou, ao menos, entendi-
mento majoritário.
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A evolução da seguridade social se deu, até a atualidade, em três etapas:
Assistência 
Pública
Seguro 
Social
Seguridade 
Social
a) Assistência Pública: desde sempre, o homem se preocupou em garantir a 
satisfação de suas necessidades e a proteção contra os infortúnios da vida (carên-
cia econômica, doença, velhice...). A gênese da proteção social se deu, de fato, na 
família. Aos mais jovens, cabia o cuidado e o sustento dos idosos e dos incapaci-
tados.
Havia, no entanto, pessoas para as quais essa proteção familiar não existia 
ou era insuficiente. Com quem contar então? A única salvação era receber auxílio 
externo (não... FMI e ONU não existiam na época, não é desse tipo de auxílio ex-
terno que estou falando). Inexistia, originalmente, qualquer estrutura estatal de 
proteção, o auxílio era voluntário, incentivado e conduzido, em grande parte, pela 
Igreja. A assistência aos desamparados era, então, obra de caridade.
É óbvio que, para a realização da caridade, era necessário haver recursos dis-
poníveis – doações voluntárias. Portanto, fica nítido o caráter extremamente pre-
cário da proteção. Se a Igreja recebesse doações, auxiliaria os necessitados; caso 
contrário, não teria possibilidade.
Portanto, não havia direito subjetivo do necessitado à proteção social. A 
situação de necessidade lhe dava a expectativa de receber um auxílio, mas, no 
caso de insuficiência de recursos, ele não receberia tal suporte e não havia maneira 
de reclamar.
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Então, no ano de 1601, essa história começou a mudar. Foi editada, na Ingla-
terra, a Lei dos Pobres (Act for the Relief of the Poor), reconhecendo que cabia 
ao Estado amparar os comprovadamente necessitados. Na origem, a execução da 
proteção continuou com a Igreja, mas ela administrava um fundo formado por 
uma taxa obrigatória arrecadada da sociedade pelo Estado. Daí o necessitado 
passou a ter direito, professor? Ainda não! O que mudou com a Lei dos Pobres foi 
o caráter da contribuição, que passou de voluntário para obrigatório. Começou a se 
criar – na marra – a noção de solidariedade.
A Lei dos Pobres é considerada o primeiro ato relativo à assistência social pro-
priamente dita, ou seja, seu MARCO INICIAL.
b) Seguro Social: você percebeu que o modelo de Assistência Pública era im-
perfeito?
Não, professor, eu não percebi... me pareceu tudo muito lindo.
Então volte e leia de novo, especialmente a parte referente à inexistência de 
direito subjetivo à proteção. Os necessitados dependiam da suficiência de re-
cursos para receberem auxílio. Aí está o calcanhar de Aquiles daquele modelo.
Mesmo com o recolhimento de taxas compulsórias, podia ocorrer – e certamen-
te ocorria, caso contrário não haveria necessidade de evolução – falta de recursos, 
deixando inúmeros desamparados. Logicamente, o indutor da mudança não foi o 
Estado... ou você já viu o Estado se antecipar em alguma coisa?
A fim de criar novos mecanismos de proteção que não dependessem da gene-
rosidade de terceiros, surgiram as empresas seguradoras, com fins lucrativos.
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Mas professor, por que “generosidade” se havia uma taxa compulsória?
Boa pergunta! A assistência pública era voltada apenas aos desamparados. 
Quem tinha melhores condições recolhia a taxa compulsória para auxiliar no supor-
te aos carentes. Mas quem apoiaria esse contribuinte quando chegasse à velhice, 
já que não poderia ser considerado um necessitado? Novamente, o encargo cairia 
sobre a família, voltando à era anterior à assistência pública.
Com isso, como funcionava o seguro privado? De forma muito semelhante à 
hoje vigente. Havia uma contribuição – dessa vez facultativa – e a assinatura de 
um contrato. A proteção securitária era devida exclusivamente a quem contri-
buísse.
O Estado, então, viu a necessidade de prestar um serviço semelhante, de aces-
so mais amplo, favorecendo principalmente aqueles fragilizados economicamente.
O primeiro ato nesse sentido foi o projeto de seguro de doença, apresentado 
em 1883 pelo Chanceler Bismarck, na Alemanha, e aprovado pelo Parlamento.
Este é o primeiro plano de previdência social de que se tem notícia.
1. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Acerca da 
seguridade social, julgue o item que se segue.
Entre os principais marcos legislativos referentes à seguridade social incluem-se a 
edição do Poor Relief Act (Lei dos Pobres), em 1601, na Inglaterra, e a criação do 
seguro-doença, em 1883, na Alemanha.
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Certo.
O chato das questões relativas à história e evolução legislativa da seguridade social 
é que não há muito como “provar” o gabarito. Não há um dispositivo legislativo ou 
decisão judicial. Você deve se contentar em confiar na palavra deste professor.
E sim, o enunciado está CORRETÍSSIMO. Esses dois mencionados no enunciado fo-
ram os primeiros marcos legislativos relacionados à seguridade social no mundo, 
como acabamos de ver.
A Lei dos Pobres significou o reconhecimento de que cabia ao Estado ampa-
rar os comprovadamente necessitados. Na origem a execução da proteção social 
era realizada pela Igreja, que administrava um fundo formado por uma taxa 
obrigatória arrecadada da sociedade pelo Estado. O caráter da contribuição, 
outrora voluntário, se tornou compulsório. Foi criada – na marra – a noção de 
solidariedade.
O seguro de doença foi criado em 1883 por meio de um projeto apresentado 
pelo Chanceler Bismarck, na Alemanha, e aprovado pelo Parlamento. Esse é o pri-
meiro plano de previdência social de que se tem notícia.
Em 1884, criou-se o seguro de acidentes de trabalho e, em 1889, o seguro de 
invalidez evelhice. A proteção era garantida pelo Estado, mediante contribuições 
compulsórias (em contraposição à facultatividade do seguro privado) de todos os 
participantes do plano.
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Portanto, Bismarck criou um sistema de caráter contributivo e de participa-
ção compulsória. Qualquer semelhança com a previdência social atual não é mera 
coincidência. A organização e administração do seguro social era competência do 
Estado, mas o custeio era exclusivo dos empregados e empregadores. O Estado 
não botava a mão no bolso.
Medindo a sua atenção, pergunto: qual era mesmo a falha do sistema de Assis-
tência Pública?
Bah, prof., não lembro!
Tá bem, eu ajudo: AUSÊNCIA DE DIREITO SUBJETIVO AO ATENDIMENTO.
Hum... lembrei. :D
Pois a notícia interessante é que o sistema Bismarckiano fez nascer o direito 
público subjetivo do segurado à prestação previdenciária. Quem contribui tem 
direito à contraprestação. Simples assim.
Mas essa foi apenas a gênese. Com o passar dos anos, ampliou-se o rol de co-
berturas. Depois de doença, acidente, invalidez e velhice ainda vieram o desem-
prego e a morte.
Então aconteceu a Primeira Guerra Mundial. Pense em um problemão! Ima-
gine quantos inválidos, órfãos, viúvas, surgiram dessa infeliz marca de nossa his-
tória. Os sistemas de seguro social, logicamente, não conseguiram suportar o ônus 
financeiro. E houve um agravante: o seguro social era a gênese da previdência 
social. Você sabe que a Previdência é para quem Paga. E o que fazer com aqueles 
incontáveis “não segurados” que foram à guerra e retornaram inválidos? O que 
fazer com as viúvas e órfãos dos não segurados que pereceram na guerra? Che-
gou-se a um novo impasse, era indispensável ampliar a cobertura.
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Então, em 1919, o Tratado de Versalhes trouxe o compromisso de implanta-
ção de um regime universal de justiça social. Também fundou a Organização 
Internacional do Trabalho que, por meio da realização das Conferências Inter-
nacionais do Trabalho, apresentava recomendações referentes à ampliação da pro-
teção do seguro social. A partir delas, foi criado o seguro-desemprego e foi, lenta 
e gradualmente, ampliado o rol de segurados.
Um pouco antes, em 1917, tivemos a primeira manifestação constitucional 
relacionada à Previdência Social. Ela ocorreu na Constituição Mexicana, promul-
gada em 31 de janeiro de 1917. A segunda? A Constituição Soviética, de 1918. 
E a terceira? A Constituição Alemã (Constituição de Weimar), de 1919.
2. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Com relação 
à evolução histórica e à organização institucional da previdência social, julgue o 
item a seguir.
A Constituição de Weimar, de 1919, foi o primeiro diploma legal de magnitude cons-
titucional em que se tratou de tema previdenciário.
Errado.
Quase isso, meu(minha) amigo(a). A Constituição de Weimar foi a terceira no 
mundo, superada em dois anos pela Constituição do México de 1917, esta sim a 
pioneira a assegurar direitos previdenciários.
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E o Cespe gosta bastante da Constituição de Weimar, como podemos ver na 
questão a seguir:
3. (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO/2016) A respeito do surgimento e 
da evolução da seguridade social, julgue o item a seguir.
A Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição de Weimar de 1919, ao cons-
titucionalizar um conjunto de direitos sociais, colocando-os no mesmo plano dos 
direitos civis, marcaram o início da fase de consolidação da seguridade social.
Certo.
Eis o tipo de questão que só se resolve com decoreba. Não há raciocínio lógico, 
não há interpretação, nada disso é suficiente para matar a charada. Só responde 
adequadamente à questão se decorou algumas datas e fatos da história da segu-
ridade social.
Não há muito o que acrescentar aqui. De fato, a primeira Constituição a expressa-
mente prever ampla gama de direitos sociais foi a Mexicana, de 1917, seguida logo 
após pela Constituição de Weimar, de 1919. Nas palavras de Renato Hallen Arantes1:
Nessa esteira, houve o início da constitucionalização dos direitos sociais, destacando-se 
as Constituições do México de 1917 e a Alemã de 1919 – Constituição de Weimar – que 
alçaram os direitos sociais ao nível constitucional, consagrando-os como normas pro-
gramáticas. A partir desse ponto, a seguridade social passou a ser entendida como 
um conjunto de medidas que deveriam agregar, no mínimo, os seguros sociais 
e a assistência social, que deveriam ser organizadas e coordenadas publica-
mente, visando atender o desenvolvimento de toda a população, e não só os 
trabalhadores, haveria o compromisso do Estado democrático com um nível de 
vida minimamente digno aos seus cidadãos.
1 Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-origem-e-a-evolucao-historica-da-segurida-
de-social-brasileira,52731.html
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Se você tiver tempo disponível e quiser ler uma análise profunda do texto de ambos 
os diplomas constitucionais, recomendo outra leitura2.
De resto, meu(minha) amigo(a), nada mais posso acrescentar. História é história, 
não admite – ao menos não deveria admitir – interpretações distintas. Fatos são 
fatos. E a afirmação do enunciado vai perfeitamente ao encontro dos fatos históri-
cos ocorridos.
c) Seguridade Social: e a paulatina (significa “vagarosa”, “feita pouco a pouco”) 
evolução no seguro social, decorrente principalmente das recomendações da OIT, 
foi bruscamente interrompida. Iniciou-se a Segunda Grande Guerra.
Digo novamente: PENSE EM UM PROBLEMÃO! Miséria, gente mutilada, órfãos, 
viúvas... Depois de passada a Primeira Grande Guerra, já era nítida a certeza de 
que o seguro social – criado para proteger os trabalhadores EMPREGADOS, que 
contribuíam – era insuficiente para as demandas da sociedade. Era indispensável 
e urgente a criação de um sistema protetivo mais abrangente (se lembra da UCA – 
Universalidade da Cobertura e do Atendimento?).
Esse novo sistema começou a ser delineado em 1941, na Inglaterra. O Gover-
no inglês formou uma comissão para estudar os planos de seguro social existen-
tes e propor melhorias. Essa comissão foi presidida por Sir William Beveridge; a 
conclusão dos trabalhos e a apresentação do relatório – denominado Plano Be-
veridge – se deu em 1942.
2 http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/92449/Pinheiro%20Maria.pdf?sequence=2O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para LEANDRO DO VALE DA SILVA - 93557825272, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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O Plano Beveridge é considerado o marco inicial da Seguridade Social, pois 
atribui ao Estado a responsabilidade não só pelo seguro social, mas também pela 
saúde e assistência. Você se lembra do tripé? Previdência (equivalente ao que na 
época se chamava seguro social), Assistência e Saúde: PAS.
Uma das constatações do relatório foi a óbvia insuficiência do seguro social para 
atender às necessidades. Ele era limitado apenas aos trabalhadores empregados. 
Aqueles que trabalhavam por conta própria – em sua maioria trabalhadores ma-
nuais, integrantes das camadas mais necessitadas da população – permaneciam 
alijados do sistema protetivo.
Além da necessidade de ampliar a proteção às demais categorias de traba-
lhadores, era urgente que fossem atendidos os carentes e desempregados. Isso 
também foi previsto no Plano Beveridge. A Previdência Social (ou seja, o estágio 
mais evoluído do seguro social), portanto, seria complementada, naquilo que não 
se encontrasse em seu âmbito de atuação, pela assistência social.
Principais conclusões do Plano Beveridge:
• participação compulsória – todos devem participar do sistema protetivo. Aos 
necessitados, é garantido o mínimo essencial para a sobrevivência;
• tríplice fonte de custeio – o Estado começa a contribuir, somando-se aos em-
pregados e empregadores;
• unificação das contribuições – acredite se quiser: antes existiam contribuições 
diferentes para benefícios diferentes. Imagine a confusão! Desde Beveridge, 
a contribuição é destinada ao sistema, e habilita o contribuinte a receber, em 
regra, qualquer benefício;
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• extensão do seguro a todos os trabalhadores – dispensa explicações. Todo 
trabalhador deve contribuir e tem direito subjetivo à contraprestação;
• incentivo de permanência em atividade – veja bem: em 1942, já se falava 
em mecanismos para “obrigar” o trabalhador a permanecer o máximo possí-
vel em atividade. Tal medida é importantíssima para a saúde financeira dos 
planos previdenciários fundados na repartição, como o nosso. A ideia era 
simples: quanto mais tarde se aposenta o trabalhador, maior o valor da apo-
sentadoria.
Espero que tenha conseguido perceber a mudança assombrosa que se deu na 
evolução do Seguro Social para a Seguridade Social. O Seguro Social era, gros-
so modo, um sistema previdenciário extremamente restrito. A Seguridade Social, 
apresentada pelo Plano Beveridge, já continha o tripé PAS. O Seguro Social cobria 
riscos, podia ser considerado indenizatório. A Seguridade Social trabalha com 
contingências, ou seja, situações – indesejadas (riscos) ou não – que geram ne-
cessidades.
Um exemplo claríssimo seria o salário-maternidade. O nascimento não é – ou 
ao menos não deveria ser – uma ocorrência indesejada; não pode, em hipótese 
alguma, ser considerado um “risco” passível de cobertura indenizatória. Mas é ine-
gável que gera uma necessidade: a mãe necessita de afastamento do trabalho 
para tratar do bebê. Durante esse afastamento, não pode ficar desamparada. Por 
isso, há o salário-maternidade.
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Professor, então qualquer necessidade é atendida pela seguridade?
NÃO!!!!! Essa era, acredite, uma das conclusões de Beveridge: ele queria a uni-
versalidade plena. Nem mencionei isso antes para não gerar mais confusão. Como 
sabemos, o princípio da Universalidade da Cobertura e do Atendimento é mitiga-
do/minimizado/suavizado/ relativizado pela Seletividade. As necessidades cobertas 
são, portanto, aquelas consideradas realmente relevantes.
Por quem, prof.?
Pela sociedade. Em última análise, é a sociedade, por intermédio de seus 
representantes no Congresso, que dá aplicabilidade ao princípio da Seleti-
vidade e Distributividade.
Encerramos aqui o longo processo evolutivo da Seguridade Social no mundo. 
Parece confuso, né? E É MESMO! Os pontos principais foram abordados nesta se-
ção. Não deixe passar nada. Leia, releia, e se surgir qualquer dúvida, por mais 
simples que possa parecer, PERGUNTE. Na preparação para concursos, não 
existe dúvida boba, absolutamente nada é desprezível.
2. Evolução Legislativa da Seguridade Social no Brasil
Agora, adivinhe se vai ser fácil falar disso!
Claro que vai, prof.! História é história, não deve ser muito confusa.
QUEM ME DERA, aluno(a). Até nisso a doutrina jurídica consegue encontrar di-
vergências. A seguir, apresento os principais fatos históricos. Leia tudo, mas não 
precisa se preocupar em memorizar cada data. Vou destacar para você aquilo que 
considero com mais chances de ser cobrado. Não sei ler a mente do examina-
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dor; aliás, ninguém sabe. Mas, a partir da análise de questões anteriores, é possí-
vel entender o que eles consideram relevante. Além disso, as bancas não podem – 
ou ao menos não deveriam, e se o fizerem vamos recorrer – exigir nada que reflita 
posicionamento isolado de um doutrinador.
• A proteção social brasileira iniciou-se em 1543, com a criação das Santas 
Casas de Misericórdia, que atuavam no segmento de assistência, ou seja, 
eram o “braço brasileiro” do sistema precedente à assistência pública. Depen-
diam da caridade e auxiliavam apenas os carentes e desamparados.
• Muitos anos depois, em 1795, foi criado o Plano de Benefícios dos Ór-
fãos e Viúvas dos Oficiais da Marinha, que é considerada a mais anti-
ga experiência brasileira na área previdenciária.
4. (CESPE/TC-DF/ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2014) Com relação à 
origem, à evolução legislativa, aos princípios constitucionais e à organização da 
seguridade social no Brasil, julgue o item.
O plano de benefícios dos órfãos e viúvas dos oficiais da Marinha consubstancia 
exemplo histórico da proteção social brasileira.
Certo.
Quer um exemplo histórico mais importante que esse? Acabei de dizer que o Plano 
de Benefícios foi o primeiro passo do Brasil na proteção previdenciária. Por sua 
abrangência restrita, não detém o título de marco inicial da Previdência Social no 
Brasil (logo veremos a qual iniciativa foi concedida tal honra), mas sua importância 
na evolução da proteção social no Brasil é inegável.
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Prosseguindo nossa linha do tempo...
• A seguir, no ano de 1808, foi criado o Montepio para a Guarda Pessoal de D. 
João VI. Um montepio é uma espécie de ‘seguro’ sem participação ou inter-
venção estatal, no qual o segurado verte contribuições com o objetivo de, em 
caso de óbito, deixar uma pensão aos dependentes por ele designados.
• A Constituição de 1824 garantiu, em seu art. 179, inciso XXXI, os socorros 
públicos.
XXXI. A Constituição tambem garante os soccorros publicos.
5. (CESPE/DPE-CE/DEFENSOR PÚBLICO ESTADUAL/2008) Julgue o item a seguir, 
relacionado à seguridade social.
No ordenamento jurídico brasileiro, a primeira referência a instituições que promo-
vessem ações relacionadas ao que hoje se denomina seguridade social foi feita pela 
Constituição de 1824, que criou as casas de socorros, consideradas embriões das 
santas casas de misericórdia.
Certo.
Apresentei aqui a questão por abordar justamente o assunto tratado, mas adianto 
que o gabarito oficial é altamente discutível, em minha humilde opinião.
Acabamos de ver os primeiros passos do nascimento da Seguridade Social no Bra-
sil, iniciando em 1543 e chegando até o ano de 1824, ano em que a Constituição 
garantiu os socorros públicos.
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Portanto, a primeira parte do enunciado está certa, sem sombra de dúvida. A parte 
final, no entanto, é que me deixa em dúvida. Eu, ao menos, quando digo que uma 
coisa “é embrião” da outra, tenho intenção de dizer que PRECEDE a outra. E não 
estou sozinho nesse entendimento: no dicionário Aurélio, “embrião” é “Princípio, 
começo, origem”. Rápida pesquisa no Google com a expressão “é embrião” aponta 
inúmeras ocorrências em que o uso ocorre no sentido de antecedente, realmente:
Violência escolar é embrião de crime.
Mostra é embrião de futuro museu.
Biometria é embrião do voto pela internet
Portanto, para mim, é indiscutível que o Cespe, ao dizer que a casa de socorros é 
embrião das Santas Casas, está dizendo que elas vieram ANTES.
Mas NÃO FOI essa a interpretação dada ao termo “embrião” pelo Cespe. Em vez do 
reconhecido sentido figurado que se encontra registrado no Aurélio, aparentemente 
fizeram analogia com a biologia para considerar que o embrião é algo “gerado a 
partir de”, assim como o embrião humano vem depois dos pais, gerado pelos pais, 
as Casas de Socorros vieram depois das Santas Casas. É ESDRÚXULA essa inter-
pretação, mas como o gabarito aponta que o enunciado está CORRETO, é a única 
possibilidade de não ver erro na assertiva.
Portanto, meu(minha) caro(a), o que recomendo é MUITA TORCIDA para não se 
deparar com a palavra “embrião” em uma prova do Cespe. E vamos prosseguir, 
porque o tempo é curto, e a matéria é LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOONGA.
• Em 1835, foi criado o primeiro plano previdenciário de abrangência am-
pla. O MONGERAL – Montepio Geral dos Servidores do Estado.
• Pulando para 1888, temos o Decreto n. 9.912, que previu o direito à apo-
sentadoria dos empregados dos Correios.
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• Três anos depois, em 1891, foi editada a primeira Constituição a conter 
a palavra aposentadoria. Nela, foi garantido o direito à aposentadoria por 
invalidez dos funcionários públicos. E só. Tal benefício era custeado exclusi-
vamente pelo Estado.
• Em 1919, o Decreto-Lei n. 3.724, criou o Seguro de Acidentes de Traba-
lho, sob responsabilidade do empregador. No caso de acidente de trabalho, 
o empregador deveria indenizar o empregado ou sua família. Não havia o pa-
gamento de prestação mensal, mas indenização única. Há quem entenda ser 
essa a pedra fundamental da Previdência Social no Brasil.
• E eis que em 1923 é editada a Lei Eloy Chaves – Decreto-Lei n. 4.682 – que 
determinou a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAP – 
para os ferroviários.
ESSA É A LEI CONSIDERADA MARCO INICIAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
BRASILEIRA. Ao Estado, cabia a regulação do sistema, mas a manutenção 
e administração cabiam aos empregadores (as empresas ferroviárias). Eram 
previstas apenas a aposentadoria por invalidez e a “ordinária”, semelhante à que 
hoje conhecemos por Aposentadoria por Tempo de Contribuição.
Esse acontecimento é muito cobrado nas provas. Fique atento(a)!
6. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2016) No que se refere à segurida-
de social no Brasil, julgue o item seguinte.
A Lei Eloy Chaves, que criou em cada uma das empresas de estradas de ferro exis-
tentes no país uma caixa de aposentadoria e pensões para os respectivos empre-
gados, foi o primeiro ato normativo a tratar de seguridade social no Brasil.
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Errado.
Embora a doutrina reconheça com unanimidade a Lei Eloy Chaves como o marco 
inicial da Previdência Social no Brasil, ela não é, nem de longe, o primeiro ato nor-
mativo a tratar de Seguridade Social. Antes dela, já havia decretos estabelecendo 
direitos de aposentadoria e até mesmo uma Constituição – a de 1891 –, contendo 
a palavra aposentadoria.
Vale destacar, ainda, que a Seguridade Social, como conjunto de ações, só foi 
assim sistematizada a partir de 1988, com a Constituição atualmente vigente. Mas 
previdência, assistência e saúde já existiam, de forma individualizada.
E vamos em frente...
• A partir daí, surgiram outras Caixas de Pensão. Após a Revolução de 30, com 
o início do Governo Vargas, a estrutura previdenciária nacional sofreu uma 
reestruturação, organizando-se por categorias profissionais, reunidas nos 
IAP (Instituto de Aposentadoria e Pensões). O controle público na área previ-
denciária foi consolidado, pois os IAP tinham natureza autárquica e eram 
subordinados à União.
Dessa forma, nasceram:
a) IAPM (1933) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos;
b) IAPC (1934) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários;
c) IAPB (1934) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários;
d) IAPI (1936) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários;
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e) IPASE (1938) – Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do 
Estado;
f) IAPETC (1938) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em 
Transportes e Cargas.
• Em 1934,foi inserida na Constituição, pela primeira vez, a forma tripartite 
de custeio da Previdência (trabalhadores, empregadores e Poder Público).
• Em 1945, surgiu a primeira tentativa de criação de um sistema nacional de 
Previdência Social, o ISSB – Instituto de Serviços Sociais do Brasil, com o 
Decreto-Lei n. 7.526. Não chegou a ser implementado.
• A Constituição de 1946 teve como principal mérito na área a utilização, pela 
primeira vez, da expressão “Previdência Social”, em vez da até então vi-
gente “Seguro Social”.
• Em 1949, foi dado um passo mais efetivo em direção à unificação dos IAPs, 
por meio do Regulamento Geral das Caixas de Aposentadorias e Pensões – 
Decreto n. 26.778 – que padronizou as regras de concessão de benefí-
cios. Foi dado um importante passo em direção à unificação, mas não foi, 
ainda, dessa vez realizada a unificação.
• Em 1960, há a criação do Ministério do Trabalho e Previdência Social e a pro-
mulgação da LOPS – Lei Orgânica da Previdência Social. Ainda não unificou 
os diversos organismos previdenciários, mas criou normas uniformes 
para o amparo a segurados e dependentes dos vários institutos. Todavia, 
ainda permaneceram excluídos da proteção previdenciária os trabalhadores 
rurais e os domésticos.
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7. (CESPE/DETRAN-ES/ADVOGADO/2010) A respeito da evolução legislativa, da 
organização e dos princípios constitucionais da seguridade social, julgue o item 
seguinte.
A Lei n. 3.807/1960, conhecida como Lei Orgânica da Previdência Social, notabili-
zou-se por ter uniformizado a legislação previdenciária dos diversos institutos de 
aposentadoria e pensão.
Certo.
Leia o parágrafo que está antes do enunciado da questão. Nada mais a acrescentar.
• Em 1963, foi criado o Funrural – Fundo de Assistência e Previdência do Traba-
lhador Rural, pela Lei n. 4.214. O fundo era constituído por 1% do valor dos 
produtos comercializados e era recolhido pelo produtor ao IAPI.
• Finalmente, o Decreto-Lei n. 72, de 1966, unificou os IAPs e criou o 
INPS – Instituto Nacional de Previdência Social.
• No ano seguinte, a nova Constituição – de 1967 – foi a primeira a prever o 
seguro-desemprego.
• Nesse mesmo ano de 1967, a Lei n. 5.316/1967 integrou o seguro de aci-
dentes de trabalho à Previdência Social. Ele deixou de ser responsabilidade 
da empresa e passou para o Estado. Tal alteração era necessária, pois os 
trabalhadores, ou seus herdeiros, tinham imensa dificuldade em receber as 
indenizações previstas.
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• Em 1969, o Decreto-Lei n. 564, que instituiu o Plano Básico da área rural, 
estendeu a proteção aos trabalhadores da agroindústria canavieira e das 
empresas de outras atividades. Portanto, o Funrural deixou de ser exclusivo 
dos produtores. No mesmo ano, o Decreto-Lei n. 704 incluiu os empregados 
das empresas fornecedoras de produtos agrários in natura, além dos empre-
gados de empreiteiros ou outras organizações não empresariais produtoras 
de produtos agrários in natura.
• No ano de 1971, a Lei Complementar n. 11 criou o Prorural – Programa de 
Assistência ao Trabalhador Rural. Tinha o nobre objetivo de auxiliar aquele 
trabalhador rural que não se enquadrasse no Funrural e tinha como principais 
benefícios a aposentadoria por velhice aos 65 anos e a aposentadoria por 
invalidez, ambas equivalentes a 50% do salário-mínimo e concedidas ape-
nas ao arrimo de família. A mesma lei deu natureza autárquica ao Funrural 
e extinguiu o Plano Básico.
• Posteriormente, foi editado o Decreto n. 77.077/1976, que agrupou as nor-
mas previdenciárias esparsas. Foi a primeira CLPS (Consolidação das Leis 
da Previdência Social).
• Em 1977, a Lei n. 6.439 instituiu o Sinpas – Sistema Nacional de Previdência 
e Assistência Social, composto pelas seguintes entidades:
(1) INPS – Instituto Nacional de Previdência Social;
(2) Inamps – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social;
(3) LBA – Fundação Legião Brasileira de Assistência;
(4) Funabem – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor;
(5) Dataprev – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social;
(6) Iapas – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistên-
cia Social;
(7) Ceme – Central de Medicamentos.
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• A segunda CLPS foi editada por meio do Decreto n. 89.312/1984, mais abran-
gente que o anterior, que vigorou até 1991.
• A Constituição de 1988 alçou a Previdência Social à categoria de direito 
fundamental e dedicou um capítulo inteiro à Seguridade Social.
A SEGURIDADE SOCIAL, COMO CONJUNTO INTEGRADO DE AÇÕES DE PREVI-
DÊNCIA, ASSISTÊNCIA E SAÚDE, SÓ SURGIU EFETIVAMENTE NO BRASIL COM 
A PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988.
• Em 1990 foi criado, pela Lei n. 8.029, o INSS – Instituto Nacional do Seguro 
Social, extinguindo o Sinpas e fundindo INPS e IAPAS. Reuniu-se, em um 
único órgão, o custeio e o benefício. A mesma lei extinguiu a Funabem. 
O Inamps foi extinto apenas em 1993; a LBA, em 1995; o Ceme, em 1997.
• No mesmo ano de 1990, foi editada a LEI DO SUS – Lei n. 8.080/1990, que
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a orga-
nização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
• No ano de 1991, foram editadas as Leis n. 8.212 (Lei de Custeio) e Lei 
n. 8.213 (Lei de Benefícios), que vigoram até hoje e regulam o Siste-
ma Previdenciário nacional. Ambas são regulamentadas pelo Decreto n. 
3.048/1999.
• Em 1993, foi criada a LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social, Lei n. 8.742, 
tratando principalmente do amparo assistencial ao idoso e ao deficiente em 
situação de miserabilidade. É regulamentada pelo Decreto n. 6.124/2007.
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Depois, foram editados vários outros estatutos, alterando as regras de custeio 
e contribuição, algumas para o bem, outras para o mal. A Constituição também 
recebeu algumas emendas com repercussão na nossa matéria. Várias dessas nor-
mas contribuíram para o enrijecimento dos critérios de concessão de benefícios 
e sistemáticas de cálculo, com o claro objetivo de reduzir o propalado “deficit da 
previdência”, não importando a que custo. Logicamente, não vou falar de cada uma 
das leis, decretos e emendas constitucionais, pois isso só serviria para tornar nossa 
aula mais extensa, sem resultados práticosna prova. Trago apenas as normas mais 
relevantes – e justifico a escolha. Fixem-se nas mudanças impostas pelas leis e 
emendas constitucionais, sem se preocupar com a data.
• Lei n. 9.032/1995 – fez profundas mudanças nas Leis n. 8.212 e n. 8.213, 
destacando-se a fixação do valor da renda mensal da aposentadoria por 
invalidez, aposentadoria especial e pensão por morte em 100% do salário de 
benefício, e do auxílio-acidente em 50% do salário de benefício. Não se pre-
ocupe com esses conceitos, serão estudados posteriormente.
• Lei n. 9.528/1997 – também alterou diversos artigos das duas leis previdenci-
árias. O destaque fica com a supressão da vitaliciedade do auxílio-acidente.
• Emenda Constitucional n. 20/1998 – fez uma verdadeira revolução no RGPS. 
A partir dela, a aposentadoria por tempo de serviço foi extinta, dando lugar 
à aposentadoria por tempo de contribuição; acabou também com a aposen-
tadoria proporcional a quem ingressou no RGPS após a vigência da referida 
emenda (para os que já eram filiados foi criada uma regra de transição); a 
aposentadoria do professor, com um bônus de cinco anos, passou a valer 
apenas para os docentes do ensino fundamental e médio; salário-família 
e auxílio-reclusão se tornaram benefícios acessíveis apenas aos segurados de 
baixa renda.
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• Lei n. 9.876/1999 – provavelmente, a Lei de maior impacto sobre o RGPS 
desde 1991. Alterou diversas disposições das duas leis previdenciárias, com 
destaque inegável para a mudança da denominação do segurado autôno-
mo para contribuinte individual e, mais ainda, para a instituição da sis-
temática de cálculo atualmente vigente para os benefícios previdenciários 
(com a criação do famigerado fator previdenciário).
• Lei n. 10.666/2003 – estendeu o direito à aposentadoria especial ao segurado 
contribuinte individual filiado a cooperativa de trabalho; dispensou o preen-
chimento concomitante dos requisitos (idade e carência) para a concessão da 
aposentadoria por idade.
• Lei n. 10.741/2003 – Estatuto do Idoso. Ele reduziu a idade mínima para 
a concessão do benefício assistencial ao idoso, previsto na LOAS – Lei n. 
8.742/1993, de 70 para 65 anos.
• Emenda Constitucional n. 41/2003 – fez mudanças radicais no Regime Próprio 
dos Servidores Públicos; no RGPS fez uma única alteração, importantíssima: 
previu a criação do sistema especial de inclusão previdenciária, destinado a 
abranger os trabalhadores de baixa renda. Em 2005, a EC n. 47 alterou o 
dispositivo, incluindo na determinação os(as) donos(as) de casa integrantes 
de família de baixa renda.
• Lei n. 11.457/2007 – extingue a Secretaria da Receita Previdenciária e trans-
fere para a Receita Federal – doravante denominada Receita Federal do 
Brasil – a atribuição de fiscalizar e arrecadar as contribuições previdenciárias.
• Lei Complementar n. 123/2006 – atende à inovação constitucional trazida 
pela EC n. 41, com a criação do Microempreendedor Individual – MEI e a 
instituição de alíquota diferenciada de contribuição para os segurados de bai-
xa renda que abdiquem do direito à aposentadoria por tempo de contribuição.
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• Lei n. 12.470/2011 – conclui o serviço começado pela LC n. 123, ao criar alí-
quota diferenciada de contribuição para o MEI e para o(a) dono(a) de casa de 
baixa renda.
• Lei Complementar n. 142/2013 – com alguns anos de atraso (8, para ser bem 
exato) estabeleceu os critérios diferenciados a serem observados para a 
concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, cumprindo, fi-
nalmente, uma previsão inserida na Constituição em 2005.
• Decretos n. 8.424 e n. 8.499/2015 – alteraram o RPS (Decreto n. 3.048/1999), 
para melhor descrever o pescador artesanal e para criar a figura do asse-
melhado ao pescador artesanal.
• Lei Complementar n. 150/2015 – regulamentou a famosa PEC das Domés-
ticas (Emenda Constitucional n. 72/2013), que ampliou consideravelmente 
os direitos previdenciários dos empregados domésticos. Os segurados per-
tencentes a essa classe passaram a ter direito a salário-família, auxílio-aci-
dente, auxílio-doença e aposentadoria por invalidez decorrentes de acidente 
do trabalho. Foi substancialmente modificado o formato de contribuição do 
empregador doméstico, com a instituição do que se denominou simples 
doméstico.
• Lei n. 13.135/2015 – resultado da conversão da Medida Provisória n. 664/2014, 
realizou diversas alterações na LBPS, atingindo, principalmente, o auxílio-do-
ença e a pensão por morte.
• Lei n. 13.183/2015 – oriunda da conversão da MP n. 676/2015, teve como 
principal objetivo tornar facultativa a incidência do fator previdenciário no 
cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição. Trouxe, ainda, pequenas 
alterações na pensão por morte, na classificação dos segurados especiais, 
entre outras.
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• Lei n. 13.457/2017 – oriunda da conversão da MP n. 767/2017, dispôs prin-
cipalmente sobre as perícias médicas previdenciárias, mas também trouxe 
mudança importante nas regras de carência.
• Lei n. 13.467/2017 – Reforma Trabalhista. No âmbito previdenciário, operou 
pequenas alterações na Lei n. 8.212, especificamente em relação às parcelas 
não integrantes do salário de contribuição.
• Lei n. 13.606/2018 – alterou a alíquota de contribuição do produtor rural 
pessoa física.
Pronto, aluno(a). Com isso, encerramos o estudo da evolução legislativa da 
Seguridade Social no Brasil. Antes de prosseguir, se ainda estiver inseguro(a), re-
tome o conteúdo e não hesite em enviar suas dúvidas. Não siga para o próximo 
ponto enquanto não estiver firme nessa matéria.
8. (CESPE/SEMAD-ARACAJU/PROCURADOR MUNICIPAL/2008) Julgue o item sub-
sequente, relacionado à seguridade social e a seu custeio.
A positivação do modelo de seguridade social na ordem jurídica nacional ocorreu a 
partir da Constituição de 1937, seguindo o modelo do bem-estar social, em voga na 
Europa naquele momento. No caso brasileiro, as áreas representativas dessa forma 
de atuação são saúde, assistência e previdência social.
Errado.
CUIDADO COM A PEGADINHA! A Constituição de 1937 trouxe pela primeira vez 
o uso da expressão Seguro Social. A Seguridade Social surgiu no mundo apenas 
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em 1942, com o Plano Beveridge. Você acredita que o Brasil estariacinco anos à 
frente da Inglaterra na proteção social? Se você acha que sim, trago uma triste no-
tícia: a Seguridade Social só ingressou na ordem constitucional brasileira em 1988.
Agora vamos continuar. O tempo é curto e a matéria é longa. MUITO longa.
3. Organização da Seguridade Social
Você certamente já conhece a Lei n. 8.212/1991, também chamada LOCSS – 
Lei da Organização e Custeio da Seguridade Social.
Se ela tem esse nome, adivinhe de onde extrairemos as regras relacionadas à 
organização da Seguridade Social?
Antes de entrar nas regras de custeio, que compõem seu tema principal, a LO-
CSS tem nove artigos, que são importantes por um único motivo: caem na prova. 
Como as bancas cobram, nesse caso, simples decoreba legislativa, só o que me 
resta é trazer o texto legal para você, com alguns comentários que eu considero 
pertinentes. BOA LEITURA, meu(minha) amigo(a).
Comecemos pelo princípio, ou melhor, pelos princípios do art. 1º da LOCSS. Ele 
é cópia quase literal do art. 194 da Constituição, nosso velho conhecido. Por essa 
razão, vou transcrever o único ponto divergente.
Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à 
previdência e à assistência social.
Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
(...)
g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a participação 
da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.
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Sentiu falta de alguma coisa nesse princípio? Percebeu que não há menção à 
participação do Governo nos órgãos colegiados? Isso porque esse artigo repete a 
redação original do art. 194 da Constituição. Em 1998 é que foi alterada a alínea 
ora divergente, passando a constar o texto que estudamos. Então, o importante 
é que você, embora tenha a obrigação de estudar a legislação, não se esqueça 
de que o último princípio é o CDDGQ – Caráter Democrático e Descentralizado da 
administração, mediante Gestão Quadripartite. E essa “quadripartição” é o GATE – 
Governo, Aposentados, Trabalhadores e Empregadores. Simples assim.
A seguir, a LOCSS traz disposições gerais relacionadas à saúde. Muito do que 
ali consta também está nos artigos 196 a 200 da Constituição – o que garantirá a 
você, profundo(a) conhecedor(a) das disposições constitucionais da Seguridade, 
certa sensação de déjà vu – mas redigido de forma diferente. Quem estudar só 
pela CF pode se confundir quando o examinador colar o artigo da LOCSS. Como 
minha meta é que você gabarite a prova, tenho que apresentar todo o conteúdo 
necessário, não é? Lá vai...
Art. 2º A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas so-
ciais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recu-
peração.
Parágrafo único. As atividades de saúde são de relevância pública e sua organização 
obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes:
a) acesso universal e igualitário;
b) provimento das ações e serviços através de rede regionalizada e hierarquizada, inte-
grados em sistema único;
c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
d) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas;
e) participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento das 
ações e serviços de saúde;
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Não sei se você lembra, mas a CF (art. 198, III) prevê, simplesmente, a “parti-
cipação da comunidade”. A LOCSS vai mais longe, deixando claro em que consiste 
essa participação.
f) participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os preceitos 
constitucionais.
Logo a seguir, a LOCSS nos traz regras relacionadas à Previdência Social. No-
vamente, tudo muito parecido com a Constituição – e não pense que o erro está 
no fato de a lei repetir a Constituição. A falha, em minha humilde opinião, está 
no legislador constitucional, que elaborou uma Constituição hipertrofiada, re-
pleta de regras e normas que poderiam perfeitamente caber em leis e decretos. 
Vejamos:
Art. 3º A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indis-
pensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo 
de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte 
daqueles de quem dependiam economicamente.
Disposição bem semelhante também está no art. 1º da LBPS – Lei n. 8.213/1991. 
E acredite, JÁ VI CAIR EM PROVA. Portanto – preciso dizer? – DECORE!!
Parágrafo único. A organização da Previdência Social obedecerá aos seguintes princípios 
e diretrizes:
a) universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante contribuição;
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NÃO CONFUNDA com o princípio da Seguridade Social apelidado de UCA – Uni-
versalidade da Cobertura e do Atendimento. Embora conste o termo “universalida-
de”, não se pode entender que todo mundo é atendido pela Previdência. As duas 
últimas palavrinhas fazem toda a diferença. A participação nos planos previdenciá-
rios é garantida a todos QUE CONTRIBUÍREM!
b) valor da renda mensal dos benefícios, substitutos do salário de contribuição ou do 
rendimento do trabalho do segurado, não inferior ao do salário-mínimo;
Encontramos essa mesma regra no art. 201, § 2º da CF. O salário-mínimo na-
cional é o limite mínimo de boa parte dos benefícios previdenciários. Mas existem 
dois benefícios que podem ser inferiores ao mínimo: o salário-família e o auxí-
lio-acidente.
Mas, professor! Aí a lei está sendo descumprida!
Não está, meu(minha) caro(a). Esses dois benefícios não são “substitutos do 
salário de contribuição ou do rendimento do trabalho”. O salário-família COMPLE-
MENTA os rendimentos; o auxílio-acidente tem natureza INDENIZATÓRIA.
c) cálculo dos benefícios considerando-se os salários de contribuição, corrigidos mone-
tariamente;
d) preservação do valor real dos benefícios;
As alíneas c e d reproduzem disposições constitucionais – art. 201, parágrafos 
3º e 4º. Creio que são de fácil compreensão, dispensando maiores explicações.
e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional.
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Você sabe que o art.202 da CF trata do regime de previdência privada, de ca-
ráter COMPLEMENTAR e FACULTATIVO. Essa alínea simplesmente reitera o que a 
Constituição já diz, em outras palavras.
Prosseguindo na leitura da LOCSS, chegamos ao art. 4º, que trata – adivinhe? – 
do 3º pilar da Seguridade Social. Já falamos de Previdência e de Saúde... O que falta? 
A ASSISTÊNCIA SOCIAL:
Art. 4º A Assistência Social é a política social que provê o atendimento das necessi-
dades básicas – memorizem isso –, traduzidas em proteção à família, à materni-
dade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, 
independentemente de contribuição à Seguridade Social.
Sublinhada está a principal distinção em relação à Previdência: a desnecessi-
dade de contribuição.
Parágrafo único. A organização da Assistência Social obedecerá às seguintes diretrizes:
a) descentralização político-administrativa;
b) participação da população na formulação e controle das ações em todos os níveis.
Temos aí mais um artigo de fácil interpretação. Chamo a atenção, no entanto, 
para as situações protegidas pela Assistência Social. Tome cuidado para NÃO 
CONFUNDIR com os objetos de proteção da Previdência ou Saúde, ok??
Depois – calma, aluno(a), já está quase acabando – temos três artigos que tra-
tam, aí sim, especificamente, da ORGANIZAÇÃO da Seguridade Social, comple-
mentando as disposições constitucionais acerca do tema (artigos 194 a 204 da CF, 
que, espero, você já sabe de cor):
Art. 5º As ações nas áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social, conforme 
o disposto no Capítulo II do Título VIII da Constituição Federal, serão organizadas 
em Sistema Nacional de Seguridade Social, na forma desta Lei.
Art. 6º (Revogado pela Medida Provisória n. 2.216-37, de 2001).
Art. 7º (Revogado pela Medida Provisória n. 2.216-37, de 2001).
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Esses dois artigos revogados tratavam da composição e das atribuições do Con-
selho Nacional de Seguridade Social. De fato, não havia motivo para a existência 
desse Conselho, pois as três áreas da Seguridade já possuíam seus próprios 
órgãos colegiados.
Art. 8º As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social 
serão elaboradas por Comissão integrada por 3 (três) representantes, sendo 1 
(um) da área da saúde, 1 (um) da área da previdência social e 1 (um) da área 
de assistência social.
Esse artigo é, sem sombra de dúvida, o MAIS COBRADO sobre organiza-
ção da Seguridade Social.
Ele vai cair na minha prova, professor?
Bem... se eu tivesse a capacidade de prever algo assim, seria o professor mais 
disputado pelos cursos no Brasil. O que faço é ANÁLISE HISTÓRICA (para ver o que 
foi mais cobrado em provas anteriores) e ACOMPANHAMENTO LEGISLATIVO (pois 
as bancas têm tara por cobrar alterações recentes nas leis). O que afirmo, com 
convicção, é que é importante DECORAR esse artigo 8º porque, SE CAIR alguma 
questão relativa a essa parte inicial da LOCSS, é ALTÍSSIMA a probabilidade de ser 
relacionada a ele.
Art. 9º As áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social são objeto de leis 
específicas, que regulamentarão sua organização e funcionamento.
Apenas a título de CURIOSIDADE, esclareço que essas leis específicas já exis-
tem. São a Lei n. 8.080/1990, que trata do SUS; a Lei n. 8.213/1991, que cuida 
dos Benefícios Previdenciários; e a Lei n. 8.742/1993, relativa à Assistência Social.
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E como as diversas áreas da Seguridade Social (PAS) cumprem o princípio da 
CDDGQ? De que forma se respeita o Caráter Democrático e Descentralizado da 
Administração? Cadê o GATE?
Relembre o inciso VII do parágrafo único do art. 194 da CF:
Art. 194. (...) Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar 
a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: (...)
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadri-
partite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do 
Governo nos órgãos colegiados.
Quais são os órgãos colegiados responsáveis pela gestão da Seguridade Social?
• CNPS – Conselho Nacional da Previdência Social;
• CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social;
• CNS – Conselho Nacional de Saúde.
No âmbito da Previdência Social, ainda temos...
• CPS – Conselho de Previdência Social;
• CRPS – Conselho de Recursos da Previdência Social.
Vamos ver, rapidamente, as atribuições e características de cada um desses 
Conselhos?
CNPS
É um órgão superior de deliberação colegiada. Foi criado pela LBPS – Lei n. 
8.213/1991, em seu art. 3º. Suas atribuições básicas estão no art. 4º da LBPS:
Art. 4º Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS:
I – estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à Previ-
dência Social;
II – participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária;
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III – apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência Social;
IV – apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previdência Social, an-
tes de sua consolidação na proposta orçamentária da Seguridade Social;
V – acompanhar e apreciar, através de relatórios gerenciais por ele definidos, a execu-
ção dos planos, programas e orçamentos no âmbito da Previdência Social;
VI – acompanhar a aplicação da legislação pertinente à Previdência Social;
VII – apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas da 
União, podendo, se for necessário, contratar auditoria externa;
VIII – estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida a anuên-
cia prévia do Procurador-Geral ou do Presidente do INSS para formalização de desistên-
cia ou transigência judiciais, conforme o disposto no art. 132;
IX – elaborar e aprovar seu regimento interno.
Parágrafo único. As decisões proferidas pelo CNPS deverão ser publicadas no Diário 
Oficial da União.
O CNPS possui quinze representantes: seis do Governo Federal e nove da So-
ciedade Civil (três aposentados/pensionistas + três trabalhadores + três empre-
gadores). Todos são nomeados pelo Presidente da República, tendo os repre-
sentantes da Sociedade Civil mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos, de 
imediato, uma única vez.
Os representantes dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, dos em-
pregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas centrais sindicais e 
confederações nacionais. A eles (titulares e suplentes) é assegurada a estabili-
dade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de 
representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regular-
mente comprovada por meio de processo judicial.
O CNPS reunir-se-á, ordinariamente, uma vezpor mês, por convocação de 
seu Presidente, não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias se 
houver requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros.
Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu Presidente ou a re-
querimento de um terço de seus membros, conforme dispuser o regimento in-
terno do CNPS.
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As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, 
decorrentes das atividades do Conselho, serão abonadas, computando-se como 
jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais.
9. (CESPE/CPRM/ANALISTA EM GEOCIÊNCIAS/2013) Com base nas normas que 
regem a seguridade social, julgue o item subsequente.
O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), órgão superior de deliberação 
colegiada, é composto por representantes do governo e da sociedade civil (aposen-
tados e pensionistas, trabalhadores em atividade e empregadores), sendo correto 
afirmar que a composição do CNPS representa uma forma de concretização do ca-
ráter democrático e descentralizado da administração da previdência social.
Certo.
O CNPS foi instituído pelo art. 3º da LBPS:
Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão superior 
de deliberação colegiada, que terá como membros:
I – seis representantes do Governo Federal;
II – nove representantes da sociedade civil, sendo:
a) três representantes dos aposentados e pensionistas;
b) três representantes dos trabalhadores em atividade;
c) três representantes dos empregadores.
Você tem dúvida de que isso decorre do princípio do CDDGQ? Art. 194, parágrafo 
único, inciso VII da VF:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saú-
de, à previdência e à assistência social.
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Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade 
social, com base nos seguintes objetivos: (...)
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão qua-
dripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposenta-
dos e do Governo nos órgãos colegiados.
O CNS e o CNAS integram a legislação específica da saúde e da assistência so-
cial, que não constam no edital. Por essa razão, não precisaremos nos debruçar 
sobre eles. O que nos resta para encerrar de vez o tema organização da Seguri-
dade Social é:
CPS
Os Conselhos de Previdência Social, instituídos pelo art. 296-A do Regulamento 
da Previdência Social (RPS) – Decreto n. 3.048/1999, são unidades descentra-
lizadas do CNPS, com caráter consultivo e de assessoramento. Funcionam 
junto às Gerências Executivas do INSS. Seu regimento interno é estipulado por 
resolução do CNPS.
Os CPS são compostos por dez conselheiros e respectivos suplentes, designa-
dos pelo titular da Gerência Executiva na qual for instalado: quatro representantes 
do Governo Federal e seis representantes da Sociedade Civil (dois empregadores 
+ dois trabalhadores + dois aposentados/pensionistas).
Os representantes da sociedade civil, a exemplo da regra já estudada quanto 
ao CNPS, serão indicados pelas respectivas entidades sindicais ou associações 
representativas.
As reuniões serão mensais ou bimensais, a critério do respectivo CPS, e 
abertas ao público, cabendo a sua organização e funcionamento ao titular da Ge-
rência-Executiva na qual for instalado o colegiado.
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CRPS
O Conselho de Recursos da Previdência Social – CRPS, colegiado integrante da 
estrutura do Ministério da Previdência Social, é órgão de controle jurisdicional 
das decisões do INSS, nos processos referentes a benefícios a cargo dessa au-
tarquia.
O CRPS é formado por 29 (vinte e nove) Juntas de Recursos – JRPS, com 
a competência para julgar, em primeira instância, os recursos interpostos contra 
as decisões prolatadas pelos órgãos regionais do INSS, em matéria de interesse de 
seus beneficiários, e por quatro Câmaras de Julgamento, com sede em Brasília, 
com a competência para julgar, em segunda instância, os recursos interpostos 
contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, regu-
lamento, enunciado ou ato normativo ministerial. Há ainda um Conselho Pleno, 
com a competência para uniformizar a jurisprudência previdenciária mediante 
enunciados.
10. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2016) Mateus requereu ao órgão 
regional do INSS a conversão de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez. O 
INSS indeferiu o pedido de Mateus por considerar que a doença que o acometera 
era curável, e que, por isso, ele era suscetível de reabilitação.
Acerca dessa situação hipotética e dos recursos nos processos administrativos de 
competência do INSS, julgue o item que segue.
Contra a decisão do INSS pelo indeferimento, Mateus poderá interpor recurso ad-
ministrativo, que será julgado, em primeira instância, pela Câmara de Julgamento 
da Previdência Social.
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Errado.
Acabei de apresentar as instâncias de julgamento do Conselho de Recursos da Pre-
vidência Social (CRPS). A leitura do parágrafo em que trato disso é suficiente para 
a resolução da questão.
No entanto, vou apresentar a você a base normativa da minha afirmação. O RPS – 
Decreto n. 3.048/1999 – inicia o regramento do CRPS – Conselho de Recursos da 
Previdência Social no seu art. 303. É ele que diz a quem compete julgar os recursos 
em primeira e segunda instância.
Art. 303. O Conselho de Recursos da Previdência Social – CRPS, colegiado integrante 
da estrutura do Ministério da Previdência Social, é órgão de controle jurisdicional das 
decisões do INSS, nos processos referentes a benefícios a cargo desta Autarquia.
§ 1º O Conselho de Recursos da Previdência Social compreende os seguintes órgãos:
I – vinte e nove Juntas de Recursos, com a competência para julgar, em primeira 
instância, os recursos interpostos contra as decisões prolatadas pelos órgãos regionais 
do INSS, em matéria de interesse de seus beneficiários;
II – quatro Câmaras de Julgamento, com sede em Brasília, com a competência para 
julgar, em segunda instância, os recursos interpostos contra as decisões proferidas 
pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo

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