Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ADM 250 Matemática Financeira III Regime de Capitalização Composta Introdução O Regime de Capitalização Composta (RCC), também conhecido como juros sobre juros, é caracterizado pela capitalização dos rendimentos, formando um novo valor para cálculo de rendimentos no período seguinte. Ou seja, nesse regime, apenas no fim do primeiro período os juros são calculados sobre o capital inicialmente aplicado; nos períodos seguintes, a partir do segundo, os juros incidem sobre o montante constituído no período anterior. Cálculo dos Juros, Montante e Capital Se um capital (VP) for aplicado a uma taxa (i) dada para certo período de tempo , os montantes (VF) constituídos no fim de cada um dos n períodos em que o capital ficar aplicado serão, respectivamente: VF1 = VP (1 + i) VF2 = VF1 (1 + i) = VP (1 + i)2 ... VFn = VFn-1 (1 + i) = VP (1 + i)n VF1 = VP (1 + i) VF2 = VF1 (1 + i) = VP (1 + i)2 ... VFn = VFn-1 (1 + i) = VP (1 + i)n Cálculo dos Juros, Montante e Capital Montante (VF): é o valor do capital inicial (VP) somado aos juros acumulados (J) no decorrer do período, como descrito nas seguintes fórmulas: Cálculo dos Juros, Montante e Capital Por meio das fórmulas básicas de valor futuro podemos extrair outras fórmulas para facilitar o cálculo de outras variáveis, como: n= Log (VFVP ) Log (1+i )Valor Presente Número de Períodos Taxa de Juros Cálculo dos Juros, Montante e Capital Exemplo: Qual o montante produzido por um capital de R$ 250.000,00 que ficou aplicado durante um ano e dois meses à taxa de 7,5% a.m. de juros compostos? Resolução: VF = VP (1 + i)n = 250.000 . (1,0075)14 = VF = R$ 688.111,01 Cálculo dos juros para número não inteiro de períodos Quando o número de períodos em que o capital fica empregado não é inteiro e a taxa é dada para esse período, existem duas formas de se capitalizarem os juros correspondentes à parte fracionária do período: pela convenção linear, usando regime de juros simples, ou pela convenção exponencial, usando regime de juros compostos. Cálculo dos juros para número não inteiro de períodos Ou então, quando o cálculo dos juros da parte inteira do período é feito no regime de juros compostos e o da parte fracionária é feito no regime de juros simples, diz-se que o montante correspondente foi calculado com capitalização mista. Cálculo dos juros para número não inteiro de períodos Exemplo: Calcular no regime de capitalização mista e composta, o montante do capital de R$ 150.000,00, aplicado a 8,4% a.m., durante 6 meses e 17 dias. Resolução: VF = VP (1 + i)n = 150.000 (1,084)6 = 243.369,95 a) Mista: VF = VP (1 + in) = 243.369,95 (1 + 0,084. ) = 254.954,36 b) Composta: VF = VP (1 + i)n = 243.369,65 (1 + 0,084) = 254.751,58 Taxas Proporcionais Taxas proporcionais são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que, ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo, no regime de capitalização simples (RCS). Por exemplo, quando se tem uma taxa ao ano, e o período do problema é em meses, basta dividir a taxa por 12, ou seja, um (1) ano tem doze (12) meses. •i= 12% a.a. 1% a.m. •i= 8% a.s. 1,33% a.m. Taxas Proporcionais No Regime de Capitalização Composta (RCC), embora as taxas sejam proporcionais (24% a.a., 12% a.s., 2% a.m.), quando forem aplicadas sobre capitais iguais, por prazos iguais, produzirão montantes diferentes, sendo tanto maior o montante quanto maior for o número de capitalizações ocorridas durante o ano. Taxas Equivalentes O cálculo de taxas equivalentes, no RCC, não se restringe a uma simples proporção, como ocorre no RCS. Portanto, taxas equivalentes são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo. Exemplo: O capital de R$ 10.000,00 aplicado à taxa de 10% a.m. produziu o montante de R$ 31.384,28 no fim de um ano. Qual a taxa semestral capaz de fazer esse mesmo capital produzir esse mesmo montante nesse mesmo espaço de tempo? Resolução: VF = VP (1 + i)n 31.384,28 = 10.000 (1 + i)2 i = = 0,7716 R: A taxa é 77,16% a.s. Como no dia-a-dia os períodos a que se referem às taxas que se tem e taxas que se quer são os mais variados, vamos apresentar uma fórmula genérica, que possa ser utilizada para qualquer caso, ou seja: Para efeito de memorização denominamos as variáveis como segue: iq = taxa para o prazo que eu quero it = taxa para o prazo que eu tenho q = prazo que eu quero t = prazo que eu tenho Vejamos alguns exemplos: 6) Determinar a taxa para 183 dias, equivalente a 65% ao ano: i183 = (1 + 0,65)183/360 – 1 = 28,99% 7) Determinar a taxa para 491 dias, equivalente a 5% ao mês: i491 = (1 + 0,05)491/30 – 1 = 122,23% 8) Determinar a taxa para 27 dias, equivalente a 13% ao trimestre: i27 = (1 + 0,13)27/90 – 1 = 3,73% Taxa Nominal e Efetiva A taxa de juros contratada numa operação financeira chama-se taxa nominal. Essa taxa nem sempre é igual à taxa efetiva, que é a taxa de rendimento que a operação financeira proporciona efetivamente. Isto acontece em razão de existirem obrigações, taxas e impostos que comprometem ou oneram os pagamentos de juros. Taxa Nominal e Efetiva No RCC é costume indicar uma taxa para um período com capitalizações em período distinto. Assim, é comum falar em taxa de 60% a.a.capitalizada trimestralmente ou taxa de 100% a.s. capitalizada mensalmente etc. Neste caso, deve-se tomar a taxa proporcional correspondente como taxa efetiva e considerar a taxa dada como taxa nominal. Exemplo: Eduardo tomou um empréstimo de R$10.000,00 para pagar após três meses de juros de 18% a.a. capitalizados mensalmente. Na data da liberação do empréstimo pagou uma taxa de serviço de 2,5% sobre o valor do empréstimo. Qual a taxa efetiva mensal paga pelo tomador ? Resolução: Taxa mensal efetiva: 2,5% de 10.000,00 = 250,00 Empréstimo efetivo: 10.000-250 = 9.750,00 Pagamento final: VF = VP (1 + i)n VF = 10.000 (1 + 0,015)3 VF = 10.466,78 Taxa efetiva mensal: i = 0,0236 R: A taxa efetiva mensal é 2,36% a.m. Desconto Composto A operação de desconto ocorre quando um título ou dívida é liquidado antecipadamente. Os descontos podem ser racionais ou comerciais. Assim como os juros, os descontos também podem ser considerados como uma sucessão de descontos simples, calculados período por período. Na prática, os descontos compostos tem pouca aplicação. O racional é utilizado para equivalência de capitais com juros compostos e o comercial é utilizado em uma técnica de depreciação. Desconto Racional O valor nominal (VF) e o valor atual (VP) do título ou dívida pode ser calculado através das seguintes fórmulas: Desconto Comercial O valor nominal (VF) e o valor atual (VP) do título ou dívida pode ser calculado através das seguintes fórmulas: No RCC, dois (ou mais) capitais são equivalentes, com uma taxa dada, se seus valores, calculados em qualquer data (data focal), com essa taxa, forem iguais. Para equivalência feita com juros compostos, tem-se: Para equivalência feita com desconto comercial, tem-se: Equivalência de Capitais VF1 (1 + i)-n1= VF2 (1 + i)-n2VF1 (1 + i)-n1= VF2 (1 + i)-n2 VF1 (1 - i)-n1= VF2 (1 - i)-n2VF1 (1 - i)-n1= VF2 (1 - i)-n2 Exemplo Um título de R$ 100.000,00 para 62 dias vai ser trocado por outrode R$ 150.000,00. Qual será o prazo desse novo título, se a troca será feita com desconto racional composto à taxa de 12% a.m.? Resolução: VF1 (1 + i)-n1= VF2 (1 + i)-n2 100.000 . 1,004-62 = 150.000 . 1,004-n 1,004-n = 0,5275 n= n=169,3 R: O prazo será de 169 dias. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24
Compartilhar