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A LEI N.º 13.728/2018 E O FIM DA DISCUSSÃO SOBRE O ENUNCIADO N.º 165 DO FONAJE

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Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
<http://emporiododireito.com.br/leitura/a-lei-n-13-728-2018-e-o-fim-da-discussao-sobre-o-
enunciado-n-165-do-
fonaje?fbclid=IwAR3F3YpmDNva1h3prPVuyR8uZ5LuvOq8Lld70eOXFyMgqspOlz7QAjCtMcw>
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**Qualquer reprodução (integral ou parcial) deste artigo que não esteja em conformidade com o 
art. 46, inc. I, da Lei n.º 9.610/1998, bem como sem a anuência do autor, estará sujeita às 
sanções civis e penais aplicáveis. 
 
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A LEI N.º 13.728/2018 E O FIM DA DISCUSSÃO SOBRE O ENUNCIADO N.º 
165 DO FONAJE 
 
Guilherme Christen Möller 
 
Na última quinta-feira (01/11/2018), recebi algumas mensagens de 
amigos e colegas informando-me acerca da vigência da Lei n.º 13.728, de 31 de 
outubro de 2018. Para minha surpresa, quando busquei conferir o teor dessa 
referida lei, observei que se tratava da sanção do PLS n.º 36/20181 (na Câmara 
dos Deputados, PL n.º 10.020/20182), responsável por alterar a Lei dos Juizados 
Especiais (Lei n.º 9.099/953), a qual passa a contar com a previsão do art. 12-A, 
dispondo que “na contagem de prazo em dias, estabelecidos por lei ou pelo juiz, 
para a prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de 
 
 Mestrando em Direito Público pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do 
Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Bolsista do Programa de Excelência Acadêmica (PROEX) 
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Bacharel em 
Direito pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Autor de obras jurídicas e de mais 
de duas dezenas de artigos científicos relacionados ao Direito Processual Civil, Teoria Geral 
do Processo e Direito Constitucional. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual 
(IBDP). Advogado (OAB/SC n.º 51.682) e Consultor Jurídico. Currículo Lattes: 
http://lattes.cnpq.br/0168074867678392. E-mail: contato.guilhermemoller@gmail.com. 
 
1 BRASIL. Senado Federal. Projeto de Lei do Senado n. 36/2018. Acrescenta o art. 12-A à Lei 
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, para estabelecer que na contagem de prazo para a 
prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de recursos, serão 
computados somente os dias úteis. Disponível em: 
<https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/132194>. Acesso em: 5 nov. 
2018. 
2 BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 10.020/2018. Altera a Lei nº 9.099, de 26 
de setembro de 1995, para estabelecer que na contagem de prazo para a prática de 
qualquer ato processual, inclusive para a interposição de recursos, serão computados 
somente os dias úteis. Disponível em: 
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2171928>. 
Acesso em: 5 nov. 2018. 
3 BRASIL. Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais 
Cíveis e Criminais e dá outras providências, Brasília, DF, set. 1995. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
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art. 46, inc. I, da Lei n.º 9.610/1998, bem como sem a anuência do autor, estará sujeita às 
sanções civis e penais aplicáveis. 
 
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recursos, computar-se-ão somente os dias úteis”4. Sobre essa temática, parece-
me que encontramos luz no final do túnel (antes tarde do que nunca). 
Não é de hoje que advogo em sentido contrário ao que dispõe o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE5, manifestei-me contra ele em pelo menos três 
ocasiões no ano passado (2017)6. Aliás, não sou uníssona nesse sentido, Luiz 
Henrique Volpe Camargo, Ricardo de Carvalho Aprigliano, Georges Abboud7 e 
meu caríssimo professor de hermenêutica jurídica aqui do Programa de Pós-
Graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), 
Dr. Lenio Luiz Streck8, caminham em mesmo sentido – ou melhor, eu caminho 
 
4 BRASIL. Lei n. 13.728, de 31 de outubro de 2018. Altera a Lei nº 9.099, de 26 de setembro 
de 1995, para estabelecer que, na contagem de prazo para a prática de qualquer ato 
processual, inclusive para a interposição de recursos, serão computados somente os 
dias úteis, Brasília, DF, out. 2018. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13728.htm#art1>. Acesso em: 
5 nov. 2018. 
5 “ENUNCIADO 165 - Nos Juizados Especiais Cíveis, todos os prazos serão contados de forma 
contínua (XXXIX Encontro - Maceió-AL)”. BRASIL. FONAJE, Fórum Nacional de Juizados 
Especiais. Enunciados. Disponível em: <http://www.amb.com.br/fonaje/?p=32>. Acesso em: 5 
nov. 2018. 
6 MÖLLER, Guilherme Christen. Afinal, os prazos no Juizado Especial voltaram a ser 
contados em dias úteis??? Vamos botar um ponto final nessa história!: Entendendo a 
discussão acerca do Enunciado n.º 165 do FONAJE, sua nulidade e sua aplicação após a 
realização da I Jornada de Direito Processual Civil. Salvador: Jusbrasil, 2017. Disponível em: 
<https://moller.jusbrasil.com.br/artigos/508751205/afinal-os-prazos-no-juizado-especial-
voltaram-a-ser-contados-em-dias-uteis-vamos-botar-um-ponto-final-nessa-historia>. Acesso 
em: 5 nov. 2018. MÖLLER, Guilherme Christen. Um desastroso exemplo sobre o que acontece 
quando o Direito Processual Civil não é observado sob a perspectiva da Teoria Geral do Direito: 
A nulidade do Enunciado n.º 165 do FONAJE (Fórum Nacional de Juizados Especiais) a partir 
da Teoria Geral do Direito e sua ineficiência prática. In: ______. Pontos controversos sobre 
o Código de Processo Civil de 2015. Curitiba: Prismas, 2018, p. 273 – 290. MÖLLER, 
Guilherme Christen. A nulidade do Enunciado n.º 165 do FONAJE (Fórum Nacional de Juizados 
Especiais) a partir da Teoria Geral do Direito e sua ineficiência prática. In: II Congresso de 
Direito UNISUL, Florianópolis. Anais do II Congresso de Direito UNISUL. Florianópolis: 
UNISUL, 2017. 
7 CAMARGO, Luiz Henrique Volpe; APRIGLIANO, Ricardo de Carvalho; ABBOUD, Georges. 
Enunciado 165 do Fonaje, sobre prazos nos juizados, deve ser cancelado. São Paulo: 
Consultor Jurídico, 2017. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-ago-29/opiniao-
fonaje-cancelar-enunciado-165-prazos-juizados>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
8 STRECK, Lenio Luiz. Enunciado cancela enunciado; uma “jurisdição enunciativa”? Quo 
vadis? São Paulo: Consultor Jurídico, 2017. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-
set-14/senso-incomum-enunciado-cancela-enunciado-jurisdicao-enunciativa-quo-vadis>. 
Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
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no mesmo sentido que eles, haja vista que suas publicações se antecederam em 
relação às minhas. 
Apenas para contextualizaro cerne do problema, como é sabido, o 
Código de Processo Civil de 2015 reformulou o sistema de contagem dos prazos 
processuais, de modo que eles, desde a vigência do CPC/2015 em 18/03/2016, 
passaram a ser computados tão somente em seus dias úteis, ou seja, feriados e 
finais de semana estão excluídos dessa contagem. Substitui-se, portanto, a 
contagem contínua dos prazos (como previsto no art. 177 do CPC/73), para uma 
contagem que se suspende quando dos dias não úteis (ref. art. 219 do 
CPC/2015). 
A mudança legislativa, no entanto, parece não ter agradado o Fórum 
Nacional de Juizados Especiais (FONAJE), que em seu XXXIX Encontro, 
realizado em Maceió (AL), aprovou o Enunciado n.º 165, dispondo que “nos 
Juizados Especiais Cíveis, todos os prazos serão contados de forma contínua”9, 
ou seja, contrariando-se aquilo que o Código de Processo Civil de 2015 trouxe 
como novo na seara do computo dos prazos processuais. Aqui, iniciou-se o caos 
jurídico nos Juizados Especiais Cíveis do Brasil (o qual – espera-se – finalizou-
se no último dia 31/10/2018 com a Lei n.º 13.728/2018). 
O caos que me refiro no parágrafo anterior está ligado à toda discussão 
que surgiu a partir da aprovação do referido enunciado. Criou-se uma 
insegurança jurídica (assim pode-se dizer) na atuação perante o procedimento 
cível previsto pela Lei n.º 9.099/95. Algumas unidades jurisdicionais com essa 
competência continuaram a seguir a proposta do Código de Processo Civil de 
2015, outras começaram a seguir a proposta do Enunciado n.º 165 do FONAJE. 
Em verdade, parece-me que, de mesma forma como Gunther Teubner explica 
sobre a fragmentação constitucional10, houve, no Brasil, uma fragmentação 
 
9 Cf. nota 5. 
10 TEUBNER, Gunther. Fragmentos constitucionais: Constitucionalismo social na 
globalização. São Paulo: Saraiva, 2016. 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
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processual, deixando-se mais claro, cada unidade jurisdicional brasileira que tem 
por competência o Juizado Especial Cível começou a ter o seu próprio “código” 
processual, de modo que, hipoteticamente (mesmo tendo presenciado situações 
análogas), caso um advogado atuasse nesse procedimento, deveria, antes de 
mais nada, diligenciar à respectiva unidade jurisdicional em que 
tramita/tramitaria seu processo a fim de compreender a posição do juiz sobre 
essa temática e não ser prejudicado (ou pior, prejudicar o interesse de seu 
cliente). 
Essa posição adotada pelo FONAJE sobre a aprovação do referido 
enunciado tem um pé (senão o corpo inteiro) numa proposta juridicamente 
ativista. Explica-se. Sabe-se que a lei dos Juizados Especiais nada regulava 
acerca do computo dos prazos processuais nesse procedimento, não havia uma 
disposição igual ao art. 12-A, de modo que deveria ser seguida a proposta 
estabelecida pelo Código de Processo Civil (como era feito à época do Código 
de Processo Civil de 1973). Dever-se-ia seguir o Código de Processo Civil por 
um simples motivo, não havia um conflito aparente de normas. 
O problema é que muitos juristas esquecem de (por muitas vezes) 
revisitar os ensinamentos kelsenianos – veja-se, estou falando em revistar, e não 
em retomar o Direito em Kelsen. Em sua Teoria Pura do Direito11, Hans Kelsen 
propõe que o sistema normativo de um Estado deva seguir uma proposta de 
hierarquia, ou seja, deve-se atentar ao peso de cada “camada normativa”. 
Seguindo-se essa proposta, evita-se, por exemplo, que a Constituição Federal 
seja hierarquicamente inferior à uma lei ordinária (como o CPC ou a Lei n.º 
9.099/95), outrossim, evita-se que a Constituição Federal seja aplicada à luz de 
uma lei ordinária, quando na realidade deveria ser o contrário diante de sua 
natureza. Nessa perspectiva, há, no topo desse sistema hierárquico de normas, 
a Constituição Federal, norma suprema do sistema, seguindo-se, para baixo, 
 
11 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009. 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
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encontram-se, respectivamente, as Leis Complementares, Leis Ordinárias, 
Medidas Provisórias e leis delegadas, e, ao fim dessa cadeia, estão as 
Resoluções, Portarias e Enunciados. Isso, claro, sem esquecer da norma 
hipotética fundamental, a qual sustenta essa proposta de Kelsen. A isso é 
atribuído o nome de “pirâmide kelseniana”. 
Fazendo um simples exercício de colocar cada um dos protagonistas 
desta reflexão nessa pirâmide normativa, tenho, na camada normativa das leis 
ordinárias, tanto o Código de Processo Civil, quanto a Lei dos Juizados 
Especiais. Os enunciados do FONAJE, por sua vez, estão no último piso 
normativo dessa pirâmide. Assim, aqueles que seguiram a proposta do 
Enunciado n.º 165 do FONAJE esqueceram de uma simples observação: os 
enunciados do FONAJE devem seguir o Código de Processo Civil, e não o 
contrário! Ou seja, são os Enunciados que devem seguir a lei ordinária. 
Supondo que existisse um conflito aparente de normas entre a posição 
do art. 219 do Código de Processo Civil de 2015 e qualquer outro dispositivo em 
mesmo sentido da Lei n.º 9.099/95, minha resposta seria outra, no caso, deve-
se tomar como ponto de partida para resolver esse conflito a observação do 
critério da especialidade, afinal, lex specialis derogat lex generalis. Essa é, de 
fato, a distinção entre a Lei dos Juizados Especiais e o Código de Processo Civil. 
Mesmo que em mesmo nível hierárquico das normas (vale frisar que ambas são 
leis ordinárias), o que as diferencia é a especialidade da Lei dos Juizados 
Especiais, enquanto o Código de Processo Civil assume a roupagem de uma lei 
geral. Se esse fosse o caso, dever-se-ia seguir a disposição contida na Lei dos 
Juizados Especiais, e não a do art. 219 do Código de Processo Civil. Entretanto, 
não foi esse o caso. 
O que ocorreu foi o seguinte, a partir da observação dos princípios 
contidos no art. 2º da Lei dos Juizados Especiais, em especial o da celeridade, 
entenderam, os membros do FONAJE, que o procedimento da Lei n.º 9.099/95 
não deveria seguir essa proposta do Código de Processo Civil de 2015, devendo-
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
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se, portanto, o computo dos prazos no Juizado Especial Cível continuar a ser de 
forma corrida, ou, como preferem na nota técnica 01/2016, “considerando o 
princípio da especialidade, o CPC/2015 somente terá aplicação ao Sistema dos 
Juizados Especiais nos casos de expressa e específica remissão ou na hipótese 
de compatibilidade com os critérios previstos no art. 2º da Lei 9.099/95”12. Assim, 
partindo-se do referido artigo, criou-se e aprovou-se o Enunciado n.º 165 do 
FONAJE, o qual passou a nortear a aplicação da contagem de prazos no 
procedimento do Juizado Especial Cível em detrimento ao proposto pelo Código 
de Processo Civil de 2015. Sendo mais claro, a partir de um princípio de uma lei 
ordinária (Lei dos Juizados Especiais), cria-se um enunciado (Enunciado n.º 165 
do FONAJE), uma regra, que funciona como uma espécie de complementação 
àquela lei, o que vai dar margem para que a disposição do art. 219 do Código de 
Processo Civil não seja aplicada ao Juizado Especial Cível por uma suposta 
“especialidade enunciativa”. Este seria o momento em que o prof. Streck soltaria 
o seu emblemático jargão: BINGO! 
Deixando-se o momento da brincadeira de lado, a situação é realmente 
preocupante. Há quem vá dizer (como dito por um leitor numa outra publicação 
sobre o tema) que eu estou equivocado, afinal, o art. 2º da Lei n.º 9.099/95 não 
representa um conjunto de princípios, mas sim de critérios. Bom, está certo e 
errado ao mesmo tempo. Não se pode, no entanto, esquecer que “norma” é 
gênero, do qual derivam o “princípio” e a “regra”13, e, revisitando as lições de 
 
12 BRASIL. FONAJE, Fórum Nacional de Juizados Especiais. Nota técnica n.º 01/2016. 
Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/0B0ZgIqiDzc7yeXNMakdwMGRpQkk/view>. 
Acesso em: 2 out. 2017. 
13 Nesse sentido, deve-se ter em mente a clara distinção entre “regra” e “princípios”: “a 
observação é importante. A distinção entre regras e princípios tem grande importância prática. 
São normas com estruturas distintas e formas de aplicação próprias, orientadas por padrões 
de ‘argumentação específicos, que favorecem o estabelecimento de ônus argumentativos 
diferentes e impactam diretamente na definição daquilo que deve ser exigido de forma 
definitiva’, por meio da solução jurisdicional”. LIMA, Rafael Bellem de. Regras na teoria dos 
princípios. São Paulo: Malheiros, 2014. p. 52. 
 
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Canotilho14, tenho que se distinguem por cinco critérios, (i) o grau de abstração 
de uma regra é inferior ao de um princípio, (ii) o seu grau de determinação, 
outrossim, os princípios possuem um grau de determinação, uma vagueza, 
superior à precisão da regra, (iii) na posição hierárquica do sistêmica das fontes, 
os princípios devem ser observados como normas de natureza estruturante, (iv) 
diferentemente dos princípios, as regras são de natureza vinculativa, cujo 
conteúdo é tão somente funcional, e (v) os princípios são os fundamentos das 
regras15. Desse modo, a menos que mudaram, a fim de incluir o “critério” como 
mais uma espécie ao gênero “norma” e não me avisaram, é, e tão somente, 
derivante do gênero “norma”, a “regra” e o “princípio”. Assim, partindo-se dos 
cinco critérios apresentados acima por Canotilho, tenho, senão, que o art. 2º da 
Lei dos Juizados Especiais é uma norma-princípio, ou melhor, um conjunto de 
princípios que orientam a Lei n.º 9.099/95 – nesse mesmo sentido, tenho as 
primeiras doze disposições do Código de Processo Civil de 2015, notadamente 
as “normas fundamentais do processo civil”, sendo elas “eixos normativos a partir 
dos quais o processo civil deve ser interpretado, aplicado e estruturado”16. Ainda 
na linha de Canotilho, tenho que o Enunciado n.º 165 do FONAJE é uma norma-
regra. Não há mistério. 
Entre o conflito normativo do art. 219 do Código de Processo Civil e do 
Enunciado n.º 165 do FONAJE, o que deveria ser feito é orientar-se pelo critério 
da hierarquia. Como o Código de Processo Civil (lei ordinária) está 
 
14 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7. ed. 
Coimbra: Almedina, 2004. 
15 Nesse sentido, Mello propõe que “princípios” são: “mandamento nuclear de um sistema, 
verdadeiro alicerce deste, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas 
comparando-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, 
exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a 
tônica e lhe dá sentido harmônico”. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Conteúdo jurídico do 
princípio da igualdade. 3. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. p. 68. 
16 MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. O novo Processo 
Civil. 2. ed. rev. atual. e ampl. de acordo com a Lei 13.256/2016. São Paulo: Editora Revista 
dos Tribunais, 2016. p. 165. 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
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sanções civis e penais aplicáveis. 
 
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hierarquicamente superior aos Enunciados do FONAJE (Enunciado) – e não há, 
portanto, um conflito orientado pelo critério da especialidade –, tenho que, a partir 
da Teoria do Direito, a invalidade do respectivo enunciado e a consequente 
aplicação do disposto no Código de Processo Civil ao procedimento do Juizado 
Especial Cível. Os prazos no Juizado Especial Cível devem ser contados na 
forma do art. 219 do CPC/2015. Aliás, em sendo o entendimento pela 
continuidade da contagem dos prazos na Lei dos Juizados Especiais 
(especialmente no Juizado Especial Cível) de forma corrida, deveria ter sido feito 
pela via ordinária, no caso, com a edição da Lei n.º 9.099/95, o que de fato foi 
feito com a Lei n.º 13.728/2018, entretanto, em sentido contrário ao Enunciado 
n.º 165 do FONAJE. 
Em meio a esse caos, houve a aprovação de outros enunciados 
(Enunciado n.º 45 do ENFAM17, o Enunciado n.º 175 do FONAJEF18 e o 
Enunciado n.º 19 da I Jornada de Direito Processual Civil19) que além de 
caminhar em sentido contrário ao do proposto pelo FONAJE, davam a entender 
que estavam anulando esse enunciado. Chegou-se a era da “jurisdição 
enunciativa”, da “febre enunciativa”, ou seja, é enunciado anulando enunciado 
livremente, sem qualquer preocupação para com sistema jurídico brasileiro.20 
Espero que a vigência da Lei n.º 13.728/2018 consiga dar um basta 
nessa discussão sobre a aplicação do Enunciado n.º165 do FONAJE e não do 
 
17 BRASIL. ENFAM, Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados. 
Enunciados Aprovados. Disponível em: <http://www.enfam.jus.br/wp-
content/uploads/2015/09/ENUNCIADOS-VERSÃO-DEFINITIVA-.pdf>. Acesso em: 5 nov. 
2018. 
18 BRASIL. FONAJEF, Fórum Nacional de Juizados Especiais Federais. Enunciados. Disponível 
em: <http://www.ajufe.org/static/ajufe/arquivos/downloads/fonajef-enunciados-compilados-i-
ao-xiii-definitivo-1151152.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
19 BRASIL. I Jornada de Direito Processual Civil. Enunciados. Disponível em: 
<http://www.cjf.jus.br/cjf/noticias/2017/setembro/copy_of_Enunciadosaprovadosvfpub.pdf>. 
Acesso em: 5 nov. 2018. 
20 STRECK, Lenio Luiz. Enunciado cancela enunciado; uma “jurisdição enunciativa”? Quo 
vadis? São Paulo: Consultor Jurídico, 2017. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-
set-14/senso-incomum-enunciado-cancela-enunciado-jurisdicao-enunciativa-quo-vadis>. 
Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
<http://emporiododireito.com.br/leitura/a-lei-n-13-728-2018-e-o-fim-da-discussao-sobre-o-
enunciado-n-165-do-
fonaje?fbclid=IwAR3F3YpmDNva1h3prPVuyR8uZ5LuvOq8Lld70eOXFyMgqspOlz7QAjCtMcw>
. 
 
**Qualquer reprodução (integral ou parcial) deste artigo que não esteja em conformidade com o 
art. 46, inc. I, da Lei n.º 9.610/1998, bem como sem a anuência do autor, estará sujeita às 
sanções civis e penais aplicáveis. 
 
Pág. 9 
art. 219 do Código de Processo Civil. O art. 12-A da Lei n.º 9.099/95 segue a 
proposta da referida disposição do CPC/2015. Gosto de pensar, a partir de uma 
reflexão do prof. Streck21, que em meio a essa caótica situação, não há vencidos 
ou vencedores, houveram muitos processos que foram realmente afetados por 
isso que eu apenas posso chamar de “aventura jurídica”. Que dessa discussão 
fique a seguinte lição: se há dúvidas acerca da aplicação de qualquer que seja 
a lei, antes de mais nada, interprete o problema a luz da Teoria do Direito. A lei 
não é um casulo em si, a sua interpretação à luz do todo é sempre muito bem-
vinda. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados 
Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências, Brasília, DF, set. 
1995. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm>. 
Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
______. Senado Federal. Projeto de Lei do Senado n. 36/2018. Acrescenta o 
art. 12-A à Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, para estabelecer que na 
contagem de prazo para a prática de qualquer ato processual, inclusive 
para a interposição de recursos, serão computados somente os dias úteis. 
Disponível em: <https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-
/materia/132194>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
 
21 STRECK, Lenio Luiz. Enunciado cancela enunciado; uma “jurisdição enunciativa”? Quo 
vadis? São Paulo: Consultor Jurídico, 2017. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-
set-14/senso-incomum-enunciado-cancela-enunciado-jurisdicao-enunciativa-quo-vadis>. 
Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
<http://emporiododireito.com.br/leitura/a-lei-n-13-728-2018-e-o-fim-da-discussao-sobre-o-
enunciado-n-165-do-
fonaje?fbclid=IwAR3F3YpmDNva1h3prPVuyR8uZ5LuvOq8Lld70eOXFyMgqspOlz7QAjCtMcw>
. 
 
**Qualquer reprodução (integral ou parcial) deste artigo que não esteja em conformidade com o 
art. 46, inc. I, da Lei n.º 9.610/1998, bem como sem a anuência do autor, estará sujeita às 
sanções civis e penais aplicáveis. 
 
Pág. 10 
______. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 10.020/2018. Altera a Lei nº 
9.099, de 26 de setembro de 1995, para estabelecer que na contagem de 
prazo para a prática de qualquer ato processual, inclusive para a 
interposição de recursos, serão computados somente os dias úteis. 
Disponível em: 
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2
17192>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
______. Lei n. 13.728, de 31 de outubro de 2018. Altera a Lei nº 9.099, de 26 
de setembro de 1995, para estabelecer que, na contagem de prazo para a 
prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de 
recursos, serão computados somente os dias úteis, Brasília, DF, out. 2018. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2018/Lei/L13728.htm#art1>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
______. FONAJE, Fórum Nacional de Juizados Especiais. Enunciados. 
Disponível em: <http://www.amb.com.br/fonaje/?p=32>. Acesso em: 5 nov. 
2018. 
 
______. FONAJE, Fórum Nacional de Juizados Especiais. Nota técnica n.º 
01/2016. Disponível em: 
<https://drive.google.com/file/d/0B0ZgIqiDzc7yeXNMakdwMGRpQkk/view>. 
Acesso em: 2 out. 2017. 
 
______. ENFAM, Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de 
Magistrados. Enunciados Aprovados. Disponível em: 
<http://www.enfam.jus.br/wp-content/uploads/2015/09/ENUNCIADOS-
VERSÃO-DEFINITIVA-.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
<http://emporiododireito.com.br/leitura/a-lei-n-13-728-2018-e-o-fim-da-discussao-sobre-o-
enunciado-n-165-do-
fonaje?fbclid=IwAR3F3YpmDNva1h3prPVuyR8uZ5LuvOq8Lld70eOXFyMgqspOlz7QAjCtMcw>
. 
 
**Qualquer reprodução (integral ou parcial) deste artigo que não esteja em conformidade com o 
art. 46, inc. I, da Lei n.º 9.610/1998, bem como sem a anuência do autor, estará sujeita às 
sanções civis e penais aplicáveis. 
 
Pág. 11 
______. FONAJEF, Fórum Nacional de Juizados Especiais Federais. 
Enunciados. Disponível em: 
<http://www.ajufe.org/static/ajufe/arquivos/downloads/fonajef-enunciados-
compilados-i-ao-xiii-definitivo-1151152.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
______. I Jornada de Direito Processual Civil. Enunciados. Disponível em: 
<http://www.cjf.jus.br/cjf/noticias/2017/setembro/copy_of_Enunciadosaprovados
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ABBOUD, Georges. Enunciado 165 do Fonaje, sobre prazos nos juizados, 
deve ser cancelado. São Paulo: Consultor Jurídico, 2017. Disponível em: 
<https://www.conjur.com.br/2017-ago-29/opiniao-fonaje-cancelar-enunciado-
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CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da 
Constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2004. 
 
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8. ed. São Paulo: Editora WMF Martins 
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LIMA, Rafael Bellem de. Regras na teoria dos princípios. São Paulo: 
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MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. O 
novo Processo Civil. 2. ed. rev. atual. e ampl. de acordo com a Lei 13.256/2016. 
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016. 
 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
<http://emporiododireito.com.br/leitura/a-lei-n-13-728-2018-e-o-fim-da-discussao-sobre-o-
enunciado-n-165-do-
fonaje?fbclid=IwAR3F3YpmDNva1h3prPVuyR8uZ5LuvOq8Lld70eOXFyMgqspOlz7QAjCtMcw>
. 
 
**Qualquer reprodução (integral ou parcial) deste artigo que não esteja em conformidade com o 
art. 46, inc. I,da Lei n.º 9.610/1998, bem como sem a anuência do autor, estará sujeita às 
sanções civis e penais aplicáveis. 
 
Pág. 12 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Conteúdo jurídico do princípio da 
igualdade. 3. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. 
 
MÖLLER, Guilherme Christen. Afinal, os prazos no Juizado Especial 
voltaram a ser contados em dias úteis??? Vamos botar um ponto final 
nessa história!: Entendendo a discussão acerca do Enunciado n.º 165 do 
FONAJE, sua nulidade e sua aplicação após a realização da I Jornada de Direito 
Processual Civil. Salvador: Jusbrasil, 2017. Disponível em: 
<https://moller.jusbrasil.com.br/artigos/508751205/afinal-os-prazos-no-juizado-
especial-voltaram-a-ser-contados-em-dias-uteis-vamos-botar-um-ponto-final-
nessa-historia>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
______. Um desastroso exemplo sobre o que acontece quando o Direito 
Processual Civil não é observado sob a perspectiva da Teoria Geral do Direito: 
A nulidade do Enunciado n.º 165 do FONAJE (Fórum Nacional de Juizados 
Especiais) a partir da Teoria Geral do Direito e sua ineficiência prática. In: 
______. Pontos controversos sobre o Código de Processo Civil de 2015. 
Curitiba: Prismas, 2018, p. 273 – 290. 
 
______. A nulidade do Enunciado n.º 165 do FONAJE (Fórum Nacional de 
Juizados Especiais) a partir da Teoria Geral do Direito e sua ineficiência prática. 
In: II Congresso de Direito UNISUL, Florianópolis. Anais do II Congresso de 
Direito UNISUL. Florianópolis: UNISUL, 2017. 
 
STRECK, Lenio Luiz. Enunciado cancela enunciado; uma “jurisdição 
enunciativa”? Quo vadis? São Paulo: Consultor Jurídico, 2017. Disponível em: 
<https://www.conjur.com.br/2017-set-14/senso-incomum-enunciado-cancela-
enunciado-jurisdicao-enunciativa-quo-vadis>. Acesso em: 5 nov. 2018. 
 
 
Como citar: MÖLLER, Guilherme Christen. A Lei n.º 13.728/2018 e o fim da discussão sobre o 
Enunciado n.º 165 do FONAJE. Empório do Direito, v. 2018, p. 1-4, 2018. Disponível em: 
<http://emporiododireito.com.br/leitura/a-lei-n-13-728-2018-e-o-fim-da-discussao-sobre-o-
enunciado-n-165-do-
fonaje?fbclid=IwAR3F3YpmDNva1h3prPVuyR8uZ5LuvOq8Lld70eOXFyMgqspOlz7QAjCtMcw>
. 
 
**Qualquer reprodução (integral ou parcial) deste artigo que não esteja em conformidade com o 
art. 46, inc. I, da Lei n.º 9.610/1998, bem como sem a anuência do autor, estará sujeita às 
sanções civis e penais aplicáveis. 
 
Pág. 13 
TEUBNER, Gunther. Fragmentos constitucionais: Constitucionalismo social 
na globalização. São Paulo: Saraiva, 2016.

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