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Nome: Edja Camila Gonçalves da Silva Soares Ra: 3283150 EXECUÇÕES CÍVEIS Atividade 1: Numa execução de título executivo extrajudicial, o juiz de direito da 2ª Vara Cível determinou a penhora de 30% dos vencimentos do executado, sob o argumento de que tal penhora preserva o suficiente para a manutenção do executado e da sua família. Considerando que o crédito não tem natureza alimentar e que a penhora não incidiu sobre o excedente a 50 salários-mínimos mensais, analise a decisão judicial à luz do art. 833 do CPC e da ponderação entre os interesses envolvidos, especialmente o direito do exequente à satisfação do crédito e a proteção da dignidade do executado e de sua família. IMPENHORALIBILIDADE DE SALÁRIO O Artigo. 833 do CPP prevê algumas hipóteses de impenhorabilidade, são elas os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal. A determinação da penhora de 30% dos vencimentos do executado deve ser analisada, pois prevê a impenhorabilidade de salários e rendimentos, exceto em casos de pensão alimentícia. Ademias, segundo a Corte Especial do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), é possível relativizar a regra da impenhorabilidade de verbas de natureza processual para pagamento de dívida não alimentar, independente do montante do devedor, visto que, assegure a subsistência digna para o devedor e sua família. A jurisprudência do STJ prevê que, em regra geral a impenhorabilidade das verbas de natureza salarial possui algumas exceções, que são elas as hipóteses de pagamento de prestação alimentícia de qualquer origem e o pagamento de qualquer outra dívida não alimentar, quando os valores recebidos forem superiores a 50 salários mínimos mensais. A fixação desse limite não traduz o verdadeiros escopo da impenhorabilidade que é a manutenção de uma reserva digna para o sustento do devedor e de sua família. No entanto, o relator destacou que essa rigidez não reflete a realidade brasileira não garante a dignidade do devedor. Assim, a decisão da Corte Especial abre espaço para uma interpretação mais flexível da lei, permitindo a penhora de salários inferiores a 50 salários mínimos, visto que, cada caso deve ser analisado em particular, buscando analisar se a penhora afetará ou não a subsistência do devedor, e em qual porcentagem os valores devem ser penhorados, respeitando a dignidade do executado.
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