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Residuos solidos de saude

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1 INTRODUÇÃO 
 
Um dos grandes desafios da humanidade é a disposição final dos 
resíduos. Segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), 
o manipulador é responsável pelo resíduo que gera até sua disposição final. No 
Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e o Conselho 
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA são os órgãos responsáveis por regular 
e definir regras no que se refere à geração e manejo dos resíduos de serviços 
de saúde, tendo como meta preservar a saúde da população e o meio ambiente. 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (IBGE, 2012) 
existem no país 83.379 unidades de saúde, que produzem diversos tipos de 
resíduos. Ferreira (2008) destaca que em muitas cidades, a questão da 
destinação final desses resíduos ainda não está bem resolvida, predominando 
os vazadouros a céu aberto (Lixões). 
A produção de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS), ou 
comumente chamado de lixo hospitalar, ocorre em qualquer unidade que preste 
o mais simples de serviço de saúde, tais como: hospitais, postos de saúde, 
laboratórios de análises clínicas, farmácias, clínicas médicas, veterinárias e 
odontológicas, ambulatórios, dentre outras. O resíduo ou lixo hospitalar é 
formado em sua maioria por seringas, agulhas, luvas, fraldas, sondas, cateteres 
e demais materiais descartáveis. Para Brenner (2001), o lixo hospitalar 
representa um grande perigo à saúde, uma vez que pode estar contaminado com 
micro-organismos causadores de doenças. Nesse sentido essas unidades tem 
enfrentado problemas quanto ao gerenciamento no descarte desse material. 
De acordo com a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental de 
São Paulo (Teixeira, 1996), os RSSS constituem os resíduos sépticos, ou seja, 
que contem inúmeros micro-organismos patogênicos, como bactérias, fungos e 
vírus. 
As particularidades patogênicas apresentadas pelos RSSS necessitam 
cuidados e técnicas especiais em todas as fases de seu manuseio, 
especialmente quanto ao tratamento e destino final, com a finalidade de evitar 
que os efeitos nocivos de sua decomposição causem danos ao ambiente e à 
qualidade de vida da população. Apesar do grau de nocividade os RSSS são 
tratados em alguns municípios como Resíduo Solido Urbano (RSU), sem a 
 
 
 
devida preocupação com a condição patogênica, sendo descartados sobre o 
solo a céu aberto, nos denominados lixões. 
A inadequada tratativa de disposição de resíduos estabelece problemas 
a estrutura de proteção ao meio ambiente e sociais face a limitação da atividade 
dos catadores aos resíduos ali depositados. Pereira (2009) destaca que o 
contato direto dos resíduos com o solo pode levar a contaminação das águas 
(subterrâneas e superficiais), e do próprio solo devido ao processo de 
decomposição do material orgânico, que gera o chorume. A diminuição na 
geração de resíduos e a correta destinação do que foi gerado, ultrapassa o 
quesito ambiental, chegando a relação com a segurança do trabalhador no setor 
de serviços de saúde. Um correto manejo e uma correta aplicação da 
segregação dos resíduos ajudariam a evitar grande parte dos acidentes com 
funcionários, bem como com catadores de lixo. 
O presente trabalho teve como objetivo descrever o gerenciamento dos 
Resíduos dos Serviços de Saúde e classificar os RSS produzidos nas Unidades 
Estratégia de Saúde da Família (ESF) no município de Solânea-PB. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Os problemas relacionados aos resíduos sólidos (RS) vem aumentando a 
cada dia, provocando a deterioração da qualidade de vida nos grandes centros 
urbanos. 
 A degradação do meio ambiente natural não pode ser desvinculada de 
um contexto que inclui comprometimentos da saúde física e mental. Nesse 
sentido, patologias como doenças infecciosas e degenerativas podem estar 
relacionadas ao descarte indevido desses resíduos. (Siqueira, 2009) 
De acordo com o IBGE (2010), 50,7% dos domicílios brasileiros não 
dispõem de um destino final adequado e depositam seus resíduos sólidos em 
lixão a céu aberto. Essa situação fica mais crítica quando se analisa a situação 
do Nordeste, onde de acordo com o projeto do IBGE, o PNSB (Pesquisa 
Nacional de Saneamento Básico), 89,3% dos municípios utilizam os lixões. 
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, 2010), 
baseado no conceito de responsabilidade compartilhada, União, Estados e 
Municípios, o setor produtivo e a sociedade em geral passou a ser responsável 
 
 
 
pela gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Dessa forma, o 
cidadão é responsável não só pela disposição correta dos resíduos que gera, 
mas também é importante que repense e reveja o seu papel como consumidor. 
O setor privado, por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento 
ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia 
produtiva e pelas inovações nos produtos que tragam benefícios 
socioambientais, sempre que possível. Os governos federal, estaduais e 
municipais são responsáveis pela elaboração e implementação dos planos de 
gestão de resíduos sólidos, assim como dos demais instrumentos previstos na 
PNRS. 
Segundo Grippi (2006) os resíduos de serviço de saúde constituem os 
resíduos sépticos que contêm ou potencialmente podem conter germes 
patogênicos. Este resíduo é constituído de agulhas, seringas, gazes, bandagens, 
algodões, meios de cultura, animais usados em teste, sangue coagulado, luvas 
descartáveis, filmes radiológicos. 
No Brasil, a classificação dos RSS e regida pela Resolução no 358/2005, 
do CONAMA, pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e 
complementada pelas Normas Técnicas da ABNT. 
Percebe‑se que a classificação, tanto do CONAMA como da ABNT, é 
praticamente a mesma, sendo que a Resolução do CONAMA faz menção as 
Normas da ABNT. A Resolução do CONAMA bem como a Resolução da 
Diretoria Colegiada (RDC) no 306, de 7 de dezembro de 2004, determinam a 
necessidade da apresentação de um plano de gerenciamento dos RSS e 
apresentam uma classificação para os RSS estabelecendo que os resíduos 
infectantes não poderão ser dispostos no meio ambiente sem tratamento prévio 
que assegure a eliminação de suas características de periculosidade. 
Segundo o Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde 
(BRASIL, 2006), a classificação dos RSS passa por constantes mudanças, isso 
se deve ao avanço de tecnologias que, por sua vez, geram uma maior 
diversidade de resíduos nos diferentes tipos de estabelecimentos de saúde. 
Com o principal objetivo de associar os resíduos em função de suas 
características e consequentes riscos que podem acarretar ao meio ambiente e 
à saúde, e por ser considerado o ponto inicial para elaboração do plano de 
 
 
 
gerenciamento, a RDC da ANVISA 306 divide a geração de resíduos em cinco 
grupos (BRASIL, 2004): 
 
 Grupo A - Resíduos potencialmente infectantes; 
Fazem parte deste grupo, resíduos que possivelmente contenham agentes 
biológicos e, por suas características de maior virulência ou concentração, 
podem apresentar risco de infecção. 
 
 Grupo B - Resíduos químicos; 
Grupo constituído de resíduos contendo substancias químicas com 
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade, 
podendo causar risco a saúde pública ou ao meio ambiente. 
 
 Grupo C – Rejeitos radioativos; 
Englobam materiais oriundos de atividades humanas que possuem 
radionuclídeos em quantidades acima dos limites aceitáveis e para os quais a 
reutilização é impropria ou não prevista, segundo as normas da Comissão 
Nacional de Energia Nuclear (CNEN) 
 
 Grupo D – Resíduos equiparados aos resíduosdomiciliares; 
Neste grupo estão presentes os resíduos que não apresentam risco químico, 
biológico e nem radioativo para a saúde dos seres vivos, muito menos ao meio 
ambiente. Podem ser equiparados aos resíduos domiciliares. 
 
 Grupo E – Resíduos perfurocortantes 
Um dos grupos com maior causa de acidentes, pois são formados pelos 
materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, 
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas 
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas 
e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório 
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. 
 
 
 
 
 Gerenciar os RSS são procedimentos de gestão, sob orientação da 
legislação e normas, baseado em técnicas cientificas tem o objetivo de reduzir a 
produção de resíduos gerados pelos estabelecimentos de saúde, garantindo um 
encaminhamento seguro desses rejeitos, a fim de se evitar danos a saúde dos 
trabalhadores, a saúde pública e ao meio ambiente. 
Para Ferreira (2008) o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos 
pela sociedade é uma medida importante, em tempos que a questão ambiental 
está evidenciada. Nesse sentido esse é considerado como o momento ideal para 
conscientizar cada habitante do senso de responsabilidade e preservação do 
meio ambiente. 
Em relação ao correto gerenciamento de RSS deve ser usada uma gestão 
com diretrizes oriundas de bases técnico-cientifica, que atendam à legislação 
vigente, visando minimizar a produção dos resíduos e oferecer uma correta 
destinação a fim de proteger não só a saúde pública, mas também o meio 
ambiente (BRASIL, 2006). 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
A descrição do manejo e a classificação dos RSSS produzidos nas UBS 
do município de Solânea no estado da Paraíba (Brasil), localizado 
na microrregião do Curimataú Oriental. De acordo com o IBGE (Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era 
estimada em 26.693 habitantes. Para realização do presente trabalho foram 
realizadas a partir da observação in loco, sendo utilizado Check List 1 (Apêndice 
1) adaptado dos instrumentos produzidos e aplicados por Alves (2010). 
A coleta dos dados ocorreu em 3 unidades de Estratégia de Saúde da 
Família (ESF), durante o mês de Agosto de 2017, no qual cada unidade foram 
visitadas pelos pesquisadores semanalmente para obtenção das informações. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 As 3 unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) apresentaram 
como resíduos diários os classificados no tipo A, B, D e E. Não entraram na 
caracterização na pesquisa os resíduos do tipo C, uma vez que nessa 
 
 
 
classificação se enquadram os resíduos radioativos e estes não estão presentes 
nas unidades de saúde. 
 De forma geral o gerenciamento dos quatro tipos de resíduos nas três 
unidades seguiram o mesmo padrão de acondicionamento, descarte e 
manipulação. 
 
4.1 Gerenciamento dos Resíduos do Grupo A (RGA) 
 
Com base no levantamento de dados verificou-se que os RGA, segundo 
os profissionais entrevistados, são descartados em saco plástico leitoso com 
símbolo de material infectante, contudo os mesmos não são constituídos de 
materiais resistentes à ruptura e vazamento, seguindo a RDC Nº 306. Um ponto 
positivo quanto ao descarte é que verificou-se que não há hábito de 
esvaziamento ou reaproveitamento dos sacos de descarte. 
Os tipos de materiais relatados nessa classificação foram os descartes de 
vacina, sobras de amostras contendo sangue ou líquidos corpóreos e recipientes 
e materiais resultantes do processo de assistência à saúde. 
Segundo o check list aplicado os sacos plásticos para os RGA, são 
substituídos quando atingem 2/3 da capacidade máxima, sendo o volume dos 
recipientes compatíveis com o volume de produção diária. Os recipientes para 
descarte foram caracterizados como materiais laváveis resistentes a rupturas, 
vazamento ou tombamento. A frequência de coleta interna varia de uma a duas 
vezes ao dia, sendo a forma de coleta mais comum a manual. 
As unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF), não oferecem 
tratamento para os resíduos da classe A produzidos nas mesmas. 
 
4.2 Gerenciamento dos Resíduos do Grupo B (RGB) 
 
Segundo a RDC 306 (2004), os RGB são caracterizados como 
substâncias químicas com potencial efeito de risco à saúde pública ou ao meio 
ambiente como produtos antimicrobianos, insumos farmacêuticos dos 
medicamentos controlados pela Portaria MS 344 (1998), resíduos de saneantes, 
desinfetantes, desinfestantes, demais produtos considerados perigosos, 
 
 
 
conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT5 (tóxicos, corrosivos, 
inflamáveis e reativos). 
Nas unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) em que foram 
aplicados os check list, verificou-se que existe um cuidado quanto ao 
acondicionamento uma vez que são utilizados recipientes constituídos de 
material compatível com o líquido a ser armazenado. Contudo, segundo os 
profissionais das unidades, os recipientes de acondicionamento não possuem 
tampa rosqueada e vedante. 
Quanto ao local próprio para o armazenamento, foi relatado que são 
utilizados sacos separados, mas sem especificação do tipo de material. 
Considerando essa informação, percebe-se que não existe um local físico 
apropriado para o acondicionamento para esse tipo de resíduo. A coleta é 
realizada a cada quinze dias e não existe tratamento dos RGBs produzidos nas 
unidade antes do descarte. 
 
4.3 Gerenciamento dos Resíduos do Grupo D (RGD) 
 
São os resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou 
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos 
domiciliares. Enquadram-se neste grupo papéis de uso sanitário e fraldas, peças 
descartáveis de vestuário, restos alimentares de paciente, materiais utilizados 
em antissepsia, equipos de soro e outros similares não classificados como A. 
Todas as unidades produziram RGD e seguiram o mesmo padrão de 
gerenciamento. Foi observado nas respostas o descarte sendo feito em sacos 
plásticos identificados e substituídos quando atingem 2/3 de sua capacidade, 
contudo sujeitos a ruptura e vazamento. O acondicionamento é realizado em 
recipientes providos de tampa acionada por pedal. Estes recipientes são 
compatíveis com a geração diária. 
Nenhuma das unidades de saúde apresentam comportamento para 
reciclagem ou reutilização dos resíduos, sendo a coleta realizada uma vez ao 
dia. Também não foi observado reaproveitamento para ração animal. Esse 
processo seria mais complicado uma vez que segundo a RDC 306 (2004): 
 
 
 
 
“Os restos e sobras de alimentos só podem ser utilizados 
para fins de ração animal, se forem submetidos ao 
processo de tratamento que garanta a inocuidade do 
composto, devidamente avaliado e comprovado por órgão 
competente da Agricultura e de Vigilância Sanitária do 
Município, Estado ou do Distrito Federal.” 
 
 
.4.4 Gerenciamento dos Resíduos do Grupo E (RGE) 
 
Nesse grupo enquadram-se os materiais perfurocortantes ou 
escarificantes dentre os quais são mais comuns em unidades de saúde agulhas, 
escalpes, ampolas de vidro lâminas de bisturi, lancetas e tubos capilares. 
De acordo com as respostas os RGEs são descartados em recipientes 
rígidos, resistentes à ruptura, punctura e vazamento que apresentam volume 
com a geração diária, sendo substituídos ao atingirem 2/3 de sua capacidade. 
Os recipientes são alocados em suportes apropriados e devidamente 
identificados. 
Quanto à coleta, é realizada de forma manual sendo realizadauma vez 
ao dia. 
 
4.5 Gerenciamento do Transporte dos Resíduos 
 
As unidades de saúde participantes da pesquisa apresentaram uma rotina 
idêntica no que diz respeito ao transporte dos resíduos produzidos. O transporte 
interno ocorre dentro de um roteiro previamente determinado em horários que 
não há grande fluxo de usuários dos serviços de saúde. 
 Existe um cuidado no transporte quanto à separação dos resíduos de 
acordo com o grupo de resíduos e é realizado em recipientes apropriados para 
cada grupo, sendo identificados com o símbolo correspondente ao conteúdo 
contido em cada um. Foi afirmado que os recipientes para o transporte interno 
são constituídos de material rígido, impermeável e com tampa articulada no 
corpo do equipamento. O cronograma proposto para o transporte interno permite 
que não haja a contaminação dos ambientes durante o transporte. 
 A coleta e o transporte externo é de responsabilidade da Secretaria 
Municipal de Saúde ocorrendo a cada 2 dias através de carros da própria 
Secretaria. Já os resíduos infectantes são coletados a cada 15 dias. 
 
 
 
 
4.6 Armazenamento e Tratamento 
 
Todas as unidades apresentam local para armazenamento temporário e 
os sacos usados no descarte são conservados em recipientes de 
acondicionamento. O abrigo é identificado e isolado, e apresenta iluminação e 
piso e paredes lisas e laváveis. O piso permite o tráfego dos materiais coletores 
com um grau de resistência. Os resíduos de fácil putrefação se permanecem por 
mais de 24 horas nesse ambiente são acondicionados sob refrigeração. 
Quanto ao armazenamento externo, os profissionais de saúde relataram 
que não existe local específico para os RGBs e a porta não apresenta tela para 
proteção contra roedores e vetores. Os RGAs, RGDs e RGEs têm um local 
específco para armazenamento. Os abrigos são de acesso restrito aos 
funcionários do gerenciamento de resíduos. O piso é revestido de material liso, 
impermeável e de fácil higienização e isolado com chave. Foi relatado que existe 
uma rotina para descontaminação. 
Não existe nenhum tratamento para os resíduos gerados nas unidades. 
O aproveitamento dos resíduos sólidos, por meio da recuperação seletiva 
das substancias neles contidas ou de sua transformação entre outras, 
apresenta-se como uma solução que pode contribuir para aliviar os problemas 
diminuindo as dificuldades e os custos de eliminação, evitando uma maior 
contaminação do ambiente e auxiliando na conservação dos recursos naturais. 
(Sartori HJF-1995). 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Com base nos resultados coletados foi observado que as unidades de 
saúde de forma geral seguem as recomendações das normas para 
gerenciamento dos resíduos gerados quanto aos espaço físico, armazenamento 
e transporte. Contudo ainda não existe uma política para tratamento. Esse é um 
fator importante, pois ainda não são realizadas coletas seletivas e muitas vezes 
os resíduos podem ser misturados aos lixos comuns do município com destino 
final inadequado, no lixão, vindo a prejudicar o meio ambiente. 
 
 
 
Assim a cobrança contínua pelos serviços de gerenciamento dos resíduos 
das unidades de saúde, é a única forma de garantir efetividades nas ações do 
Poder Público Municipal para os problemas ambientais de disposição 
inadequada. 
 
 
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