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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE – REAL FHARMA SÃO LUÍS – MA 2020 REAL FHARMA EIRELI RUA PROFESSORA ARLETE LAGO SERRA, Nº9, LOTE 24, COHAMA C.N.P.J 37.790.356/0001-86 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - Farmácia de Manipulação IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO Razão Social: REAL FHARMA EIRELI Nome Fantasia: REAL FHARMA CNPJ: 37.790.356/0001-86 Endereço: Rua Professora Arlete Lago Serra, nº 9, Lote 24, COHAMA – São Luís. Responsável Legal (proprietário): Flávio Antônio Silva de Jesus Responsável Técnico: Paulo Leonardo Santos Gouveia – CREA 1119227950 MA INTRODUÇÃO A partir da segunda metade do século XX, com os novos padrões de consumo da sociedade industrial, a produção de resíduos vem crescendo continuamente em ritmo superior à capacidade de absorção da natureza. Isso pode ser visto no aumento da produção (velocidade de geração) e concepção dos produtos (alto grau de descartabilidade dos bens consumidos), como também nas características "não degradáveis" dos resíduos gerados. Além disso, aumenta a cada dia a diversidade de produtos com componentes e materiais de difícil degradação e maior toxicidade. O descarte inadequado de resíduos tem produzido passivos ambientais capazes de colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações. Os resíduos dos serviços de saúde - RSS se inserem dentro desta problemática e vêm assumindo grande importância nos últimos anos. Tais desafios têm gerado políticas públicas e legislações tendo como eixo de orientação a sustentabilidade do meio ambiente e a preservação da saúde. Grandes investimentos são realizados em sistemas e tecnologias de tratamento e minimização. No Brasil, órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA têm assumido o papel de orientar, definir regras e regular a conduta dos diferentes agentes, no que se refere à geração e ao manejo dos resíduos de serviços de saúde, com o objetivo de preservar a saúde e o meio ambiente, garantindo a sua sustentabilidade. Desde o início da década de 90, esforços no sentido da correta gestão, do correto gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde e da responsabilização do gerador estão sendo empregados. Um marco deste esforço foi a publicação da Resolução CONAMA no 005/93, que definiu a obrigatoriedade dos serviços de saúde elaborarem o Plano de Gerenciamento de seus resíduos. Este esforço se reflete, na atualidade, com as publicações da RDC ANVISA nº 306/04 e CONAMA nº 358/05. O presente manual vem ao encontro da necessidade emergencial e da obrigatoriedade dos estabelecimentos de saúde a implementarem o gerenciamento adequado dos resíduos de serviço de saúde (RSS) visando à redução dos riscos sanitários e ambientais, à melhoria da qualidade de vida e da saúde das populações e ao desenvolvimento sustentável. Está ancorado na RDC ANVISA no 306/04 e na Resolução CONAMA no 358/05 e tem o propósito de orientar a implementação do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, apoiando as equipes técnicas das instituições da área da saúde neste processo. OBJETIVO A REAL FHARMA - Farmácia de Manipulação se propõe a cumprir a RDC Nº 306 de 07/12/2004 que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS). Considerando os princípios de biossegurança e se propõe ao correto gerenciamento de todos os RSS por eles gerados, atendendo às normas e exigências legais, desde o momento de sua geração até a sua destinação final. DEFINIÇÃO Os Resíduos de Serviços de Saúde são compostos por diferentes frações geradas nos estabelecimentos de saúde, compreendendo desde os materiais perfurocortantes contaminados com agentes biológicos, peças anatômicas, produtos químicos tóxicos e materiais perigosos como solventes, quimioterápicos, vidros vazios, papelão, papel de escritório, plásticos e restos de alimentos. Resíduos sólidos são definidos como: resíduos, nos estados sólidos e semisólidos, que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia disponível (Cardoso, 1999). Farmácias de Manipulação Farmácias magistrais, popularmente conhecidas como farmácias de manipulação, são onde ocorre uma enorme participação do profissional farmacêutico, desta forma, a um resgate da prática de preparação de medicamento, (MIGUEL et al., 2002 apud MELO, 2009). De acordo com as drogarias convencionais, apenas apresentam autorização para liberação e comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais, enquanto que, a farmácia de manipulação é uma instituição que liberam seus produtos sem a necessidade de ser originalmente embalados, além de manipular fórmulas magistrais e farmacopeicas, (BRASIL, 2014). Segundo a ANVISA (2010), um médico tem que prescrever a fórmula magistral e a mesma caracteriza-se conforme a sua composição, a forma farmacêutica e a posologia, tornando-se um medicamento magistral, manipulado, feito na farmácia por um profissional farmacêutico apto ou perante sua supervisão. Ainda de acordo com a ANVISA (2010), a Farmacopeia Brasileira descreve como deve ser a fórmula farmacopeica. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (Deliberação nº 3, de 23/02/94, Artigo 2º), farmácia de manipulação é o estabelecimento farmacêutico cujo funcionamento objetiva a preparação ou manipulação de fórmulas medicamentosas magistrais e oficinais, fitoterápicos e suplementos alimentares, além do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos de higiene pessoal, cosméticos e correlatos. E, neste caso, os imunoterápicos, (antirretrovirais), citostáticos, antimicrobianos, antibióticos e outras substâncias químicas com prazo de validade vencido, alteradas ou impróprias para o consumo, quando descartados tornam-se motivo de grande preocupação ambiental, social e de saúde pública, em função dos riscos de contaminação inerentes a esses resíduos (LEITÃO; LIMA, 2007). Conforme Melo (2009) a maioria das farmácias com manipulação são empresas pequenas, e uma administração malfeita do planejamento, controle de produção, dos estoques de insumos e embalagens pode ocasionar “prejuízos aos proprietários, já que a farmácia é responsável pelo resíduo que gera”. LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: LEI N° 12.305/2010 Trata-se de um completo e refinado conjunto de instrumentos e leis que busca promover o consumo sustentável, prevenindo e reduzindo a geração de lixo e promoção da reutilização e reciclagem de materiais, compartilhando com a sociedade civil, poderes públicos e empresas privadas responsabilidades por diversas etapas do gerenciamento de resíduos sólidos. Determina como deve ser feita a gestão de resíduos conforme a atividade realizada, incluindo suas formas de identificação, segregação, transporte e disposição final. Além disso, a lei também estabelece padrões como o monitoramento das possíveis emissões de gases tóxicos, que devem ser documentados e apresentados a órgãos municipais. NBR 10.004/2004 Conforme a norma NBR 10.004 os resíduos sólidos são classificados em: Resíduos classe I perigosos, resíduosnão perigosos classe II A não inertes e classe II B inertes. O Resíduo classe II B inerte é composto por um tipo de material onde não ocorreu transformações físicas, químicas ou biológicas, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo. Alguns exemplos de resíduos inertes são os entulhos de demolição, pedras, areia e sucata de ferro. Esses materiais possuem a característica de não se decompor e sofrer qualquer alteração em sua composição com o passar do tempo. Os resíduos classe II A não inertes são os que não se apresentam como inflamáveis, corrosivos, tóxicos, patogênicos, e nem possuem tendência a sofrer uma reação química. Os materiais desta classe podem apresentar propriedades biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água. Os Resíduos Perigosos Classe I são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais. São considerados resíduos perigosos: restos de tinta (são inflamáveis, podem ser tóxicas); material hospitalar (são patogênicos); produtos químicos (podem ser tóxicos, reativos ou corrosivos); produtos radioativos; lâmpadas fluorescentes; pilhas e baterias (têm vários metais em sua composição que podem ser corrosivos, reativos e tóxicos https://www.vgresiduos.com.br/blog/entenda-a-diferenca-entre-residuos-inertes-e-nao-inertes/ https://www.vgresiduos.com.br/blog/entenda-a-diferenca-entre-residuos-inertes-e-nao-inertes/ dependendo do ambiente). Os resíduos perigosos possuem as seguintes características: inflamabilidade; corrosividade; reatividade; toxicidade e; patogenicidade. RESOLUÇÃO RDC 67, DE 7 DE OUTUBRO DE 2007 É o documento responsável por apresentar os requisitos mínimos exigidos das farmácias que já manipulam ou desejam iniciar atividades de manipulação de preparações magistrais e oficinais. Portanto, esta resolução tem por finalidade dispor normas e padrões de instalações físicas; equipamentos e recursos humanos; aquisição e controle da qualidade da matéria-prima; armazenamento; avaliação farmacêutica da prescrição; manipulação; fracionamento; conservação; transporte e dispensação das preparações. Além disso, a atenção farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis também é um objetivo da RDC 67. Pois a garantia da qualidade de atendimento, segurança ao paciente, efetividade do medicamento formulado e promoção do seu uso seguro e racional são pontos indispensáveis para assegurar o bom desenvolvimento dos serviços de manipulação. RESOLUÇÃO RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004 : Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, além de nos informar que o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Resolução CONAMA no 358/05: Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. A Resolução CONAMA nº 358 foi instituída em 2005, para falar sobre o gerenciamento de resíduos sólidos. A partir da sua implementação, que revogou a resolução 005/93, ela passou a abranger “todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de atendimento domiciliar e de trabalhos de campo”. A Resolução n°358 ressalta a importância de ser feita a classificação correta dos resíduos de serviços de saúde (RSS) como forma de permitir a manipulação adequada, por parte dos geradores, sem proporcionar riscos aos trabalhadores, à saúde de pacientes e profissionais e, inclusive, ao meio ambiente. Isso porque, além de abrigar um grande volume de vírus, bactérias e agentes infecciosos, as instituições de saúde são responsáveis por uma considerável quantidade de resíduos descartáveis que são classificados como perigosos à saúde e ao meio ambiente. Assim, a implantação de ações que minimizem estes impactos é fundamental, tanto para integridade física das pessoas como para a preservação do meio ambiente. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE (RSS) A classificação dos RSS objetiva destacar a composição desses resíduos segundo as suas características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para o seu manejo seguro. De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e Resolução CONAMA no 358/05, os RSS são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E. Grupo A - engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. GRUPO B – RESÍDUOS COM RISCO QUÍMICO: Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às características próprias, tais como corrosividade, reatividade, inflamabilidade, toxicidade, citogenicidade e explosividade: Produtos antimicrobianos e hormônios sintéticos; citostáticos, imunossupressores, digitálicos, imunomoduladores, antirretrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes, resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores), além de efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas. GRUPO C – REJEITOS RADIOATIVOS: Não gerados no empreendimento. https://sa.sol-m.com/noticias/safety-products/a-importancia-em-ter-agulhas-e-seringas-de-seguranca-em-um-hospital GRUPO D – RESÍDUOS COMUNS: São todos os resíduos que não apresentam riscos biológicos, químicos ou radiológicos à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares, como por exemplo: Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia, equipo de soro e outros similares não classificados como A1; Resíduos provenientes das áreas administrativas dos EAS; Resíduos de Varrição, flores, podas e jardins; Restos alimentares de refeitório; Materiais passíveis de reciclagem; Embalagens em geral, etc. GRUPO E – PERFUROCORTANTES: São objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar, como por exemplo: Lâminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpem, ampolas de vidro, lancetas, tubos capilares, micropipetas, laminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrado no laboratório e outros similares. PLANO DO GERENCIAMENTO O gerenciamento dos resíduos constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão que tem com o objetivo minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Partindo do princípio que só uma pequena parte dos resíduos derivados da atenção à saúde necessita de cuidados especiais, uma adequada segregação diminui a quantidade de RSS contaminados, impedindo a contaminação da massa total dos resíduos gerados. A REAL FHARMA - Farmácia de manipulação gera resíduos dos grupos B, D e E, e o seu Programa de Gerenciamento de Resíduos Serviços de Saúde - PGRSS visa: Melhorar as medidas de segurança e higiene no trabalho. Proteger a saúde dos colaboradores, da população em geral e do meio ambiente. Cumprir a legislação vigente – manejo dos resíduos. Reduzir a quantidade e a periculosidade dos resíduos perigosos. Evitar a contaminação dos resíduos comuns (GRUPO D), além de promover sua recuperação e reciclagem. Descrição dos Resíduos: Descrição dos resíduos gerados no estabelecimento, de acordo com a legislação vigente (Res. RDC ANVISA 306/2004): GRUPO A NÃO É GERADO GRUPO B MEDICAMENTOS VENCIDOS GRUPO C NÃO É GERADO GRUPO D (comum) PAPEL HIGIÊNICO, PAPEL TOALHA, LIXO COMUM. GRUPO D (reciclável) PAPEL DE EMBALAGENS, PAPELÃO, PLÁSTICO. GRUPO E AGULHAS, SERINGAS, AMPOLAS. SEGREGAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E IDENTIFICAÇÃO. O acondicionamento consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes. A capacidade dos recipientes de acondicionamento é compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os sacos de acondicionamento são constituídos de material resistente à ruptura e vazamento, impermeável, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Os sacos estão contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser resistentes ao tombamento. Os resíduos perfurocortantes ou escarificantes - grupo E - devem ser acondicionados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipiente rígido, estanque, resistente a punctura, ruptura e vazamento, impermeável, com tampa, contendo a simbologia. Descrição do acondicionamento conforme o grupo dos RSS: GRUPO A NÃO É GERADO GRUPO B Em caixas de papelão identificadas GRUPO C NÃO É GERADO GRUPO D (comum) Em lixeiras com saco plástico escuro (preto) GRUPO D (reciclável) Em lixeiras com saco plástico claro (azul) GRUPO E Em sacos em embalagens que chegam os insumos e ativos para as preparações magistrais. TRANSPORTE INTERNO A coleta e transporte interno dos RSS consistem no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de disponibilização para a coleta. O recolhimento dos resíduos gerados se dará conforme a necessidade. GRUPO A NÃO É GERADO GRUPO B Recolhido das dependências da farmácia para o veículo da empresa nos dias de coleta. GRUPO C NÃO É GERADO GRUPO D (comum) Recolhido do interior do estabelecimento para as lixeiras externas, conforme a necessidade e observando o horário da coleta pela prefeitura. GRUPO D (reciclável) Recolhido do interior do estabelecimento para as lixeiras externas, conforme a necessidade. GRUPO E Recolhido das dependências da farmácia para o veículo da empresa nos dias de coleta. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e aperfeiçoar/otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à disponibilização para coleta externa. Os materiais perfurocortantes (PC) devem ser acondicionados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso. É expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. É proibido reencapar ou proceder a retirada manual das agulhas descartáveis. Os recipientes que acondicionam os PC devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 cm de distância da boca do recipiente, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Descrição do local onde os resíduos ficarão armazenados até o momento da coleta: GRUPO A NÃO É GERADO GRUPO B Isolado, identificado como impróprio para comercialização. GRUPO C NÃO É GERADO GRUPO D (comum) Em lixeiras, até a coleta pela prefeitura. GRUPO D (reciclável) Em lixeiras ou acumulado para doação. GRUPO E Descartex até a coleta especializada. COLETA E TRANSPORTE A coleta externa consiste na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final. GRUPO FREQUÊNCIA EMPRESA CNPJ ENDEREÇO A NÃO É GERADO B Cada 90 dias Empresa terceirizada de coleta de resíduos de saúde. C NÃO É GERADO D (comum) Todos os dias da semana. Prefeitura - - D (reciclável) Todos os dias da semana. Prefeitura - - E Cada 90 dias Empresa terceirizada de coleta de resíduos de saúde. TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL A Resolução CONAMA n.º 358/2005 (CONAMA, 2005) dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos RSS, com a proposta de regulamentar o gerenciamento desses resíduos no Brasil com os órgãos federais, estaduais e municipais de meio ambiente, de saúde e de limpeza urbana. É necessário que no PGRSS constem todas as etapas e formas do manejo dos RSS interno e externo, incluindo desde a geração até a disposição final, sempre preservando a segurança dos profissionais e pessoas envolvidas, garantindo a eficácia do controle dos resíduos e a saúde do trabalhador (BARROS et al., 2010). Os estabelecimentos devem executar corretamente o planejamento, garantindo uma maior segurança aos profissionais que trabalham no local. Os profissionais deverão sempre cumprir as normas de prevenção, inclusive as relacionadas ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), os quais a empresa tem por obrigação fornecer gratuitamente em perfeito estado de conservação e funcionamento (ANVISA, 2006). Dessa forma, a destinação final será a seguinte: GRUPO EMPRESA TRATAMENTO GRUPO A NÃO É GERADO GRUPO B Incineração GRUPO C NÃO É GERADO GRUPO D (comum) Prefeitura - GRUPO D (reciclável) Prefeitura/ Catador Reciclagem/ Venda GRUPO E Incineração AÇÕES PREVENTIVAS CORRETIVAS EM CASO DE GERENCIAMENTO INCORRETO OU ACIDENTE Para correto gerenciamento dos resíduos gerados, as seguintes ações preventivas e corretivas devem ser praticadas: ▪ Isolamento, identificação e sinalização da área onde serão armazenados os resíduos; ▪ Seleção e contratação de fornecedores licenciados; ▪ Treinamento periódico de colaboradores; ▪ Definição nominal dos responsáveis pelo PGRSS; ▪ Monitoramento; ▪ Inspeção periódica de equipamentos e estruturas; ▪ Registro e tratamento de incidentes e acidentes; ▪ Remediação imediata em caso de acidentes e contaminação e monitoramento; ▪ Controle de documentação legal; ▪ Revisão anual do PGRSS; Em Caso de contato com resíduos infectantes no corpo: ▪ Remover a roupa contaminada; ▪ Colocar o jaleco, roupa e qualquer outra peça do vestiário em saco plástico identificado e com o símbolo de risco biológico; ▪ Lavar cuidadosamente a área do corpo, exposta ao agente de Risco Biológico, usando água e sabão, por pelo menos cinco minutos; ▪ Sangue ou outro agente de Risco Biológico que atinja os olhos deve ser lavado imediatamente; ▪ Encaminhar ao atendimento médico; ▪ Monitorar todo o pessoal envolvido no derramamento e na limpeza através de exames e acompanhamento médico; ▪ Comunicar o ocorrido ao responsável pelo serviço; ▪ Registrar o acidente; Em caso de derramamento de resíduos químicos: ▪ Isolar a área com equipamento de proteção coletiva (fita sinalizadora) e/ou placa de advertência, utilizando os equipamentos de proteção individual (Kit de contenção), luva descartável; ▪ Cobrir a área com papel absorvente, areia ou substância granulada quimicamente inerte; ▪ Acondicionar em recipiente adequado e descartar o material de acordo com as regras de proteção ao meio ambiente, descritas no PGRSS; ▪ No caso de produtos tóxicos, inflamáveis e corrosivos, evacuar o local e seguir os procedimentos de segurança e emergência; ▪ Retirar as luvas de borracha e descartá-la como resíduoquímico; ▪ Higienizar as mãos após o procedimento; ▪ Liberar a área após a retirada da fita sinalizadora; ▪ Encaminhar o resíduo para a incineração (se necessário); ▪ Notificar o coordenador e encaminhar para o serviço médico; ▪ Preencher a ficha de registro de acidente. Em caso de princípio de incêndio, o fogo deve ser combatido com elementos de ação abafador de preferência pó químico ou extintor de dióxido de carbono. Em caso da indisponibilidade dos mesmos, pode-se usar água ou outros produtos apropriados. Situações de emergência deverão ser imediatamente comunicadas aos setores de saúde e segurança e meio ambiente. METAS E PROCEDIMENTOS DE MINIMIZAÇÃO ▪ Programas de comunicação coorporativa focadas em ações de redução de desperdício de materiais e consequente geração de resíduos; ▪ Retirada de copos plásticos nas áreas administrativas e substituição por copos reutilizáveis; ▪ Incentivo à redução de impressão de documentos, visando a redução de ao menos 10% do uso e papel; ▪ Reuso de papéis como rascunho; ▪ Recarga de cartuchos e tonners; ▪ Compra em atacado; ▪ Preferência por produtos sem ou com pouca embalagem (p. ex. a granel ou concentrados); ▪ Configurar a impressora para modo imprimir frente e verso; ▪ Distribuição de coletores identificados pelas áreas, visando despertar a importância da reciclagem; ▪ Manipulação adequada dos produtos e materiais; ▪ Treinamento e conscientização dos integrantes e parceiros com a divulgação do presente plano de gerenciamento, principalmente através de palestras interativas; ▪ Fomento a reutilização de resíduos, bem como otimização na compra de insumos e materiais; ▪ Informativos de meio ambiente em todos os locais onde haja mais de um coletor de resíduos, mostrando a importância da segregação conforme classificação; ▪ Utilização de técnicas apropriadas e fiscalização rigorosa da execução dos atendimentos; ▪ Treinamentos e Diálogos Diários direcionados as equipes que atuam em alguma etapa do processo de gerenciamento de resíduos, abordando os temas: a) Segregação de resíduos e coleta seletiva; b) Ações de minimização na geração de resíduos; c) Manuseio de resíduos e uso de EPIs; d) Riscos e Perigos e) Responsabilidade ambiental. CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS O sucesso no controle de qualquer infestação por pragas consiste em identificá-las corretamente. As mais comuns são: Insetos (baratas, formigas, mosquito, moscas), cupins, ratos. Os profissionais devem ter consciência de que o defensivo químico é apenas mais uma ferramenta que pode, ou não, ser indicada em determinadas situações. ESTRATÉGIA: A estratégia principal para o controle da maioria das espécies de pragas consiste em localizar e eliminar os focos. Tradicionalmente o controle de pragas sempre foi visto quase que exclusivamente química. Atualmente deve-se ter consciência que o defensivo é apenas mais uma ferramenta que pode ou não, ser indicada em determinada situação. Deve-se preocupar com os riscos de contaminação toxicológicos ou ambientais. PLANO DE CONTROLE DE PRAGAS ▪ Localizar e fechar todas as rachaduras e frestas, após o tratamento, sepultando no interior do vão, todo o foco; ▪ Condições estruturais que possibilitem invasão ou promover abrigo para pragas devem ser conhecidas, registradas e eliminadas se possível; ▪ Condições que permitam o acúmulo de elementos que possam ser atrativos para pragas, devem ser minimizadas ou eliminadas, retirando todas as caixas de papelão da área de recebimento; ▪ Estabelecer comunicação e colaboração mútua entre a empresa prestadora de serviço e as diferentes áreas do hospital; ▪ Em situações onde for imprescindível a utilização de defensivos químicos deve-se buscar, sempre, formulações com menor toxidade possível, preferencialmente sem odor, que não sejam voláteis e que não contenham solventes orgânicos; ▪ As ocorrências e ações devem ser devidamente documentadas para que se possa garantir uma avaliação contínua; ▪ Elaborar cronograma de controle de praga trimestralmente, ou conforme produto utilizado pela empresa prestadora; ▪ Contrato com a empresa especializada em controle de pragas. Haverá adoção de medidas preventivas e corretivas de controle integrado de insetos e roedores e será mantido registro dessas ações, entre elas: ▪ Limpar diariamente, antes do anoitecer, os locais de refeições e preparação de alimentos; ▪ Determinar um local comum para refeições e colocar os restos de alimentos em recipientes fechados; ▪ Recolher os restos alimentares em recipientes adequados, preferencialmente em sacos plásticos, que deverão ser fechados e recolhidos pelo serviço de coleta urbana, e não utilizar terrenos baldios próximos ou outras áreas a céu aberto para depositar lixo; ▪ Armazenar sacos, fardos e caixas sobre estrados com uma altura mínima de 40 cm, e afastados uns dos outros e das paredes, deixando espaços que permitam uma inspeção em todos os lados; ▪ Verificar cargas e descargas de mercadorias para evitar o transporte de roedores; ▪ Manter armários e depósitos arrumados, sem objetos amontoados; ▪ Não deixar objetos que facilitem a acesso a roedores encostados a muros e paredes; ▪ Devem ser vedados os buracos, vãos entre telhas, aberturas de respiração, entradas de condutores de eletricidade e adutores de qualquer natureza, com material adequado; ▪ Manter ralos e tampas firmemente encaixadas; ▪ Remover e não permitir que sejam feitos amontoados de restos de construções, lixo, galhos, troncos, pedras, objetos inúteis ou em desuso; ▪ Manter atualizado o certificado de desinsetização e controle de pragas. MANUSEIO SEGURO Essa operação envolve risco potencial de acidente, principalmente para os profissionais que atuam na coleta, no transporte, no tratamento e na disposição final dos resíduos. Com o objetivo de proteger as áreas do corpo expostas ao contato com os resíduos, os funcionários devem, obrigatoriamente, usar Equipamento de Proteção Individual – EPI, conforme previsto na NR-6 do Manual de Segurança e Medicina do Trabalho, e também seguirem a NR-32, sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Cabe ao empregador dispor de equipamentos de proteção que se adaptem ao tipo físico do funcionário. A adequação do peso da embalagem transportada com o biotipo do funcionário é fundamental para evitar, principalmente, carga biomecânica excessiva. Pela RDC ANVISA nº 306/2004, o pessoal envolvido diretamente com os processos de higienização, coleta, transporte, tratamento e armazenamento de resíduos deve ser submetido a exame médico admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional, conforme estabelecido no PCMSO da Portaria nº 3214 do MTE ou em legislação específica para o serviço público. Os trabalhadores devem ser imunizados em conformidade com o Programa Nacional de Imunização – PNI, devendo ser obedecido o calendário previsto nesse programa ou naquele adotado pelo estabelecimento. Os exames devem ser realizados de acordo com as Normas Reguladoras do Ministério do Trabalho e Emprego. Os trabalhadores imunizados devem realizar controle laboratorial sorológico para a avaliação da resposta imunológica. ROTINAS E PROCESSOS DE HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA O piso da farmácia é limpo diariamente com água e detergente, água sanitária; Retira-se o pó dos produtos e das prateleiras diariamente e semanalmente passa- se um pano com detergente; A sala de aplicação é higienizada com álcool 70% diariamente; Os balcões de atendimento são higienizados com álcool 70% diariamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Cabe destacar que PAULO LEONARDO SANTOS GOUVEIA é o responsável pela elaboração do presente Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, ficando a execução do mesmo por parteda empresa REAL FHARMA. RESPONSABILIDADE TÉCNICA PAULO LEONARDO SANTOS GOUVEIA CREA 1119227950 – MA Data 29/12/2020. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT.NBR 1004. Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. BARROS, D. X. de; FRANCO, L. C.; TIPPLE, A. C. F. V.; BARBOSA, M. A.; SOUZA, A. C. S. Exposição a Material Biológico no Manejo Externo dos Resíduos de Serviço de Saúde. Cogitare’ Enferm. Jan/Mar; n. 15, v. 1, p. 82-6, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 8 agosto. 2014. LEITÃO, A.J.C. Estruturação do plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde para a farmácia universitária da Universidade Federal Fluminense. Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) - Programa de Pós-graduação em Sistemas de Gestão, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2006. MELO, A. S. P. Planejamento e controle da produção em farmácia com manipulação: estudo de caso em instituição pública. 2009. 105 f. Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2009. MIGUEL, M. D. et al. O cotidiano das farmácias de manipulação. Visão Acadêmica, Curitiba, v. 3, n. 2, p.103- 108, jul.-dez., 2002. ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. Janeiro e fevereiro. 1993 Lei Federal Nº8078, Código de Defesa do Consumidor. Brasília. Setembro. 1990 Gerenciamento de resíduos de Serviços de Saúde – Brasília 2001 Resolução RDC Nº 306 de 07 de Dezembro de 2004 8. Ministério da Saúde – Resolução Diretoria Colegiada RDC Nº 153, 14 de Junho 2004. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – Resolução Nº 358 de 29 de abril de 2005. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – Resolução Nº 357 de 17 de março de 2005. SCHNEIDER, Vania Elisabete (org.). Manual de Gerenciamento de Residuos Sólidos de Saúde. Caxias de Sul (RS), Editoria da Universidade de Caxias do Sul - Educs, 2ª. ed. rev. e ampl., 2004.
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