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Licitação e Contratos Administrativos

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1. Considerações iniciais ............................................................. 07 
2. Abrangência da lei 8.666/1993 ................................................ 08
3. Conceito .................................................................................. 11 
4. Princípios da licitação ............................................................. 12 
4.1. Princípio da legalidade ................................................. 12 
4.2. Princípio da impessoalidade ......................................... 13 
4.3. Princípio da moralidade ................................................ 15 
4.4. Igualdade entre os participantes ................................. 17 
4.5. Princípio da publicidade ............................................... 19 
4.6. Probidade administrativa ............................................. 20 
4.7. Vinculação ao instrumento convocatório ...................... 21 
4.8. Julgamento objetivo ..................................................... 23 
4.9. Formalismo .................................................................. 25 
4.10. Sigilo na apresentação das propostas ........................ 25 
4.11. Adjudicação compulsória ........................................... 26 
5. Margens de preferência .......................................................... 27 
6. Das Definições ........................................................................ 31 
7. Procedimentos ........................................................................ 33 
7.1. Audiência Pública ........................................................ 35 
7.2. Edital .......................................................................... 36 
7.3. Antecedência mínima do edital ................................... 38 
7.4. Impugnação administrativa ao edital .......................... 39 
7.5. Comissão de licitação .................................................. 40 
7.6. Habilitação dos licitantes ............................................ 40 
7.6.1. Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – 
SICAF .......................................................................................... 44 
7.7. Julgamento das propostas ........................................... 46 
LICITAÇÃO 
 
7.8. Homologação e adjudicação ao vencedor .................... 46 
8. Das obras e serviços ............................................................... 48 
9. Modalidades de licitação ......................................................... 53 
9.1. Concorrência .............................................................. 56 
9.2. Tomada de preços ...................................................... 57 
9.3. Convite ...................................................................... .... 58 
9.4. Concurso ....................................................................... 60 
9.5. Leilão ............................................................................ 61 
10. Tipos de licitação .................................................................. 62 
11. Exceções à obrigatoriedade de licitar ................................... 65 
11.1. Inexigibilidade .......................................................... 67 
 11.2. Licitação dispensada ................................................. 70 
 11.3. Licitação dispensável ................................................. 72 
12. Sanções aplicáveis a licitantes e contratados ....................... 78 
13. Dos recursos administrativos ............................................... 79 
 
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1. Introdução ao estudo dos contratos administrativos ................ 81 
2. Disciplina normativa e conceito ................................................. 82 
3. Características .......................................................................... 83 
3.1. Atuação da administração como poder público ............... 83 
3.2. Finalidade pública .......................................................... 83 
3.3. Formalismo .................................................................... 84 
3.4. Contrato de adesão ........................................................ 85 
3.5. Pessoalidade (caráter intuitu personae) ........................ 86 
3.6. Existência de “cláusulas exorbitantes” .......................... 88 
4. Manutenção do equilíbrio financeiro do contrato ...................... 96 
5. Exigência de garantias para a execução do contrato ................ 98 
6. Responsabilidade pelos encargos de execução ......................... 99 
7. Recebimento do objeto do contrato .......................................... 100 
8. Extinção do contrato administrativo ......................................... 101 
9. Prazo de duração e prorrogação do contrato ............................ 103 
10. Inexecução contratual ............................................................ 106 
10.1. Inexecução culposa ..................................................... 106 
10.2. Inexecução sem culpa ................................................. 107 
10.3. Teoria da imprevisão ................................................... 107 
10.3.1. Caso fortuito e força maior ....................................... 108 
 10.3.2. Fato do príncipe ........................................................ 110 
10.3.3. Fato da Administração .............................................. 111 
10.3.4. Interferências imprevistas ....................................... 112 
11. Revisão de Véspera de Prova .................................................. 113 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
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1. Considerações iniciais ................................................................ 119 
2. Abrangência ............................................................................... 119 
3. Utilização subsidiária da Lei 8.666/1993 .................................. 120 
4. Principais características ........................................................... 120 
5. Princípios de observância obrigatória ....................................... 123 
6. Pregão presencial e pregão eletrônico ...................................... 123 
7. Sistema de Registro de Preços .................................................. 138 
 Questões comentadas .............................................................. 143 
 
 
 
 
 
 
PREGÃO – LEI 10.520∕02 
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1. Considerações iniciais 
O inciso XXI, artigo 37, da CF/88, declara expressamente que, 
ressalvados os casos especificados na legislação, “as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública 
que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes,com cláusulas 
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da 
proposta, nos termos da lei, a qual somente permitirá as exigências de 
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das 
obrigações”. 
Perceba que nem todas as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratadas mediante processo de licitação pública, pois a legislação poderá 
criar determinadas hipóteses em que irá ocorrer a sua dispensa ou 
inexigibilidade. 
A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro afirma que "a diferença básica 
entre as duas hipóteses está no fato de que, na dispensa, há possibilidade de 
competição que justifique a licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que 
fica inserida na competência discricionária da Administração. Nos casos de 
inexigibilidade, não há possibilidade de competição, porque só existe um 
objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da Administração; a licitação 
é, portanto, inviável." 
 Exemplo: imagine que a Administração Pública tenha o interesse em 
adquirir a “forca” com a qual Tiradentes foi morto. Ora, se existe apenas uma 
única forca no mundo, como a Administração Pública irá fazer licitação? 
 Nesse caso, temos uma hipótese em que a licitação é inexigível, pois 
existe impossibilidade jurídica de competição, já que apenas uma pessoa é 
proprietária da citada “forca”. 
 Outro exemplo: o art. 24, III, da Lei 8.666/1993, informa que a licitação 
é dispensável nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem. Ora, já 
imaginou que beleza seria se a Administração tivesse que fazer licitação, no 
meio da guerra, com o objetivo de adquirir novas armas para combater o 
inimigo? Certamente não iria sobrar uma alma viva brasileira para contar a 
história da guerra. 
 Para evitar maiores prejuízos à Administração Pública, por se tratar de 
uma situação excepcional, o próprio texto legal dispensou a realização de 
licitação (mas se o administrador quiser realizá-la, fica a critério dele). 
 
 
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(FCC/Técnico Judiciário TRE TO/2011) Nos termos da Lei, a dispensa de 
licitação ocorre nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem. Assertiva 
considerada correta. 
 
 Pergunta: Em qual legislação iremos encontrar essas hipóteses de 
dispensa e inexigibilidade de licitação? 
Na própria Lei 8.666/93, que foi criada com o objetivo de regulamentar o 
inciso XXI, do artigo 37, da CF/1988. Esta lei estabelece normas gerais sobre 
licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, 
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Fique tranqüilo, pois nos próximos tópicos voltaremos a tratar das 
diferenças existentes entre “dispensa” e “inexigibilidade” de licitação. 
A licitação caracteriza-se como um procedimento administrativo 
vinculado destinado a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração 
Pública. 
 
É muito comum você encontrar questões em provas afirmando que a licitação destina-
se a selecionar a proposta que ofereça o “menor preço”, “as melhores condições de 
pagamento”, “a proposta mais barata” etc. Entretanto, lembre-se sempre de que a 
finalidade básica desse instituto é selecionar a proposta mais vantajosa para a 
Administração Pública, que nem sempre será aquela que apresenta o menor preço. 
 
2. Abrangência da lei 8.666/93 
 O inciso XXVII, artigo 22, da CF/1988, afirma ser de competência 
privativa da União “legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, 
em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas 
e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o 
disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia 
mista, nos termos do art. 173, § 1°, III”. 
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 Apesar de a Lei 8.666/93 ter sido criada pelo Congresso Nacional 
(órgão legislativo da União), estabeleceu normas gerais que devem ser 
obedecidas pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Entretanto, é 
assegurado a esses entes estatais legislar sobre normas específicas com o 
objetivo de atender a peculiaridades locais (Municípios) ou regionais (Estados), 
desde que não contrariem o texto da Lei Geral de Licitações – Lei 8.666/93. 
 O artigo 1º da Lei de Licitação afirma que se subordinam ao seu regime, 
além dos órgãos da administração direta, “os fundos especiais, as autarquias, 
as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista 
e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios”. 
 Pergunta: Professor Fabiano, eu pensei que as empresas públicas e 
sociedades de economia mista (que integram a chamada “Administração 
Pública Indireta”) estavam submetidas a um procedimento licitatório 
diferenciado e não aos comandos da Lei 8.666/93. Estou errado? 
 Bem, não totalmente errado. 
 Na verdade, o §1º, artigo 173, da CF/88, afirma que “a lei estabelecerá o 
estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização 
de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre licitação e 
contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública”. 
 Sendo assim, é possível concluir que as empresas públicas e sociedades 
de economia mista deveriam submeter-se a um procedimento licitatório 
diferenciado, menos “burocrático”, previsto diretamente em lei (naquilo que 
o texto constitucional denomina de “estatuto jurídico), já que são regidas pelo 
Direito Privado e não podem gozar de privilégios fiscais não extensivos ao 
setor privado. Essas entidades administrativas exercem atividades de caráter 
essencialmente empresarial (lucrativo), concorrendo com várias outras 
empresas no mercado, a exemplo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica 
Federal (que “disputam” clientes com os bancos privados), e da Petrobrás, 
que concorre com a Texaco, Esso, ALE etc. 
 Até o dia 31/05/2016 não tinha sido criada a lei a que se refere o §1º, 
artigo 173, da CF/1988. Desse modo, as empresas públicas e sociedades de 
economia mista também deveriam submeter-se exclusivamente às normas da 
Lei Geral de Licitações (Lei 8.666/93). Todavia, em 01/06/2016 foi publicada 
a Lei 13.303/2016, criando regras licitatórias específicas para as empresas 
governamentais. 
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 Nesses termos, pode-se afirmar atualmente que as empresas públicas e 
sociedades de economia mista somente estarão obrigadas a observar as regras 
previstas na Lei 8.666/93 em caráter subsidiário ou supletivo, isto é, quando a 
Lei 13.303/2016 não dispor especificamentesobre o tema. 
 
 
Para responder às questões de prova: Todas as entidades da Administração Direta 
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal), seus respectivos órgãos (Ministérios, 
Secretarias Estaduais, Secretarias Municipais etc.) e entidades integrantes da 
Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista 
e empresas públicas) estão obrigados a respeitar o texto da Lei 8.666/1993. Todavia, 
com a publicação da Lei 13.303/16 as empresas públicas e sociedades de 
economia mista passaram a ser submetidas a regras licitatórias específicas. 
Assim, a Lei 8.666/93 somente será imposta em caráter subsidiário ou 
supletivo. 
 
A princípio, penso que as bancas não irão cobrar as regras específicas 
previstas na Lei 13.303/16, salvo quando o edital for taxativo nesse sentido. 
Assim, não vale a pena, neste momento, debruçar-se sobre a leitura da 
legislação. Futuramente, se for o caso, você faz uma análise mais detalhada do 
texto legal. 
 ATENÇÃO: Lembre-se sempre de que as empresas públicas e sociedades 
de economia mista não estão obrigadas a licitar em relação à sua 
atividade-fim, pois isso colocaria em risco a competitividade e, 
consequentemente, a própria existência de tais entidades. 
 Exemplo: Como atividade-fim da Petrobrás, entre outras, podemos 
citar a comercialização de petróleo. Nesse caso, é claro que a Petrobrás não 
precisará realizar licitação para escolher a proposta mais vantajosa oferecida 
por quem deseja comprar os seus produtos. A venda poderá ser feita 
diretamente ao interessado, sem licitação. 
 Da mesma forma, acontece também com a Caixa Econômica Federal. É 
claro que esta empresa pública não precisará realizar licitação para escolher os 
interessados em abrir contas correntes em suas agências, pois a abertura de 
novas contas é uma atividade-fim da entidade. 
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 Todavia, caso a Petrobrás ou a Caixa Econômica decidam construir uma 
nova sede, comprar material de escritório, reformar as suas mesas e cadeiras, 
entre outras “atividades-meio” (tidas como atividades administrativas, 
internas), estarão obrigadas a realizar licitação. Nesse caso, deve ficar claro 
que a “atividade-meio” não é a responsável direta pela obtenção de receita 
(lucro) por essas entidades (a Petrobrás e a CEF não possuem como finalidade 
empresarial a construção de prédios ou reforma de mesas e cadeiras, por 
exemplo). 
 O art. 28, § 3º, da Lei 13.303/16, foi expresso nesse sentido, ao dispor 
que são as empresas públicas e as sociedades de economia mista dispensadas 
da observância de submissão à licitação nas seguintes situações: 
I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas 
empresas mencionadas no caput, de produtos, serviços ou obras 
especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociais; 
II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas 
características particulares, vinculada a oportunidades de negócio 
definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedimento 
competitivo. 
 A propósito, o próprio texto legal definiu como “oportunidades de 
negócio” a formação e a extinção de parcerias e outras formas associativas, 
societárias ou contratuais, a aquisição e a alienação de participação em 
sociedades e outras formas associativas, societárias ou contratuais e as 
operações realizadas no âmbito do mercado de capitais, respeitada a regulação 
pelo respectivo órgão competente. 
 
3. Conceito 
 
 São vários os conceitos de licitação apresentados pelos doutrinadores 
brasileiros, mas, dentre os principais, destacam-se o da professora Maria Sylvia 
Zanela di Pietro e do professor Celso Antônio Bandeira de Mello. 
 Para a citada professora, pode-se definir a licitação como "o procedimento 
administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, 
abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no 
instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as 
quais selecionará a mais conveniente para a celebração de contrato". 
 
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 Por outro lado, entende o professor que a licitação é “um certame que as 
entidades governamentais devem promover e no qual abrem disputa entre os 
interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo 
patrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa às conveniências públicas. 
Estriba-se na ideia de competição, a ser travada isonomicamente entre os que 
preencham os atributos e as aptidões necessários ao bom cumprimento das 
obrigações que se propõem a assumir”. 
 
Para responder às questões de prova: Não fique preocupado em memorizar os 
conceitos apresentados pelos doutrinadores brasileiros. A banca examinadora não irá 
lhe cobrar a “decoreba” dos conceitos, mas apenas a ideia geral que pode ser extraída 
deles, isto é, de que a licitação tem o objetivo de garantir a proposta mais vantajosa 
para a Administração Pública através da disputa entre vários interessados. 
 
4. Princípios da licitação 
 Não existe unanimidade doutrinária em relação aos princípios que devem 
ser observados pela Administração Pública brasileira durante o procedimento 
licitatório. 
Entretanto, o artigo 3º da Lei 8.666/93 declara expressamente que “a 
licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e 
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 
objetivo e dos que lhes são correlatos”. 
 Além dos princípios expressamente previstos no artigo 3º da Lei de 
Licitações, o professor Hely Lopes Meirelles ainda destaca o princípio do sigilo 
das propostas, da adjudicação compulsória e o do formalismo. 
 
4.1. Princípio da legalidade 
 Atualmente, o princípio da legalidade pode ser estudado sob dois 
enfoques distintos: em relação aos particulares e em relação à 
Administração Pública. 
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 Em relação aos particulares, o princípio da legalidade está consagrado 
no inciso II, artigo 5º, da Constituição Federal de 1988, segundo o qual 
"ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude da lei". 
Isso significa que, em regra, somente uma lei (ato emanado do Poder 
Legislativo) pode impor obrigações aos particulares. 
 Segundo o saudoso professor Hely Lopes Meirelles, “enquanto os 
indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda, o 
administrador público só pode atuar onde a lei autoriza”. 
 Em relação à Administração, o princípio da legalidade assume um 
enfoque diferente. Nessecaso, está previsto expressamente no caput do artigo 
37 da Constituição Federal de 1988, significando que a Administração Pública 
somente pode agir se existir uma norma legal autorizando. 
 Segundo o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da 
legalidade “implica subordinação completa do administrador à lei. Todos os 
agentes públicos, desde o que ocupe a cúspide até o mais modesto deles, 
devem ser instrumentos de fiel e dócil realização das finalidades normativas”. 
 Num primeiro momento, pode até parecer que a necessidade de 
autorização legal para que a administração possa agir estaria “engessando” a 
atividade administrativa, além de incentivar o ócio. Entretanto, não é esse o 
objetivo do referido princípio. 
Na verdade, o princípio da legalidade é uma exigência que decorre do 
próprio Estado de Direito, que impõe a necessidade de submissão ao império da 
lei. A Administração Pública somente poderá atuar quando autorizada ou 
permitida por lei. A vontade da Administração é a que decorre da lei e, 
portanto, os agentes públicos somente poderão fazer o que a lei permitir 
ou autorizar. 
Durante a realização do procedimento licitatório, por exemplo, todos os 
atos administrativos devem possuir amparo legal, isto é, precisam ser editados 
em conformidade com a legislação vigente. Essa obrigatoriedade também se 
impõe ao edital da licitação, que, caso seja editado em desconformidade com 
o ordenamento jurídico vigente, é passível de nulidade. 
 
4.2. Princípio da impessoalidade 
 O princípio da impessoalidade, no que se refere ao procedimento 
licitatório, pode ser analisado sob vários aspectos distintos, a saber: 
1º) dever de tratamento isonômico a todos os licitantes; 
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2º) imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às 
pessoas jurídicas em que atuam; 
3º) dever de sempre agir com o intuito de satisfazer o interesse 
público. 
 
 Sob o primeiro aspecto, o princípio da impessoalidade impõe à 
Administração Pública a obrigação de conceder tratamento isonômico a todos 
os licitantes que se encontrarem em idêntica situação jurídica. Assim, fica 
vedado o tratamento privilegiado a um ou alguns licitantes em função de 
amizade, parentesco ou troca de favores. Da mesma forma, o princípio também 
veda aos administradores que pratiquem atos prejudiciais a determinado 
licitante em razão de inimizade ou perseguição política, por exemplo. 
Nesse caso, tem-se o princípio da impessoalidade como um verdadeiro 
“sinônimo” do princípio da isonomia, e a obrigatoriedade de realização de 
concurso público para ingresso em cargo ou emprego público (artigo 37, II), 
bem como a obrigatoriedade de realização de licitação pela Administração 
(artigo 37, XXI), são exemplos clássicos de tal princípio, já que proporcionam 
igualdade de condições para todos os interessados. 
 Em relação ao segundo aspecto, o princípio da impessoalidade 
determina que os atos praticados pela Administração Pública não podem ser 
utilizados para a promoção pessoal do agente público, mandamento expresso 
na segunda parte do § 1º, artigo 37, da Constituição Federal de 1988: 
 
§ 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
 Os atos praticados pelos agentes púbicos durante a realização do 
procedimento licitatório devem ser imputados à entidade política ou 
administrativa às quais se encontram vinculados, portanto, não poderão ser 
utilizados para a promoção pessoal de quem quer que seja. 
 Assim, não se admite que determinado Prefeito divulgue vários outdoors 
pela cidade, por exemplo, destacado que ele foi o responsável pela licitação 
para a construção do Hospital Municipal, que já estava “parada” há vários anos. 
Os bônus e ônus relativos ao regular processo licitatório devem ser atribuídos 
ao Município e não ao agente público, que “simplesmente” foi um instrumento 
pelo qual o ente municipal se manifestou. 
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 Sob um terceiro aspecto, o princípio da impessoalidade pode ser 
estudado como uma aplicação do princípio da finalidade, pois o objetivo 
maior da Administração deve ser sempre a satisfação do interesse público. 
 
 O edital de licitação, as leis e demais normas administrativas devem ser 
interpretados da forma que melhor atenda ao interesse público a que se 
dirigem. Durante o procedimento licitatório, todos os atos administrativos 
praticados em desconformidade com o interesse público que justificou a 
realização da licitação serão anulados, seja pela própria Administração Pública 
ou pelo Poder Judiciário. 
 
 4.3. Princípio da moralidade 
 O princípio da moralidade, também previsto expressamente no caput, do 
artigo 37, da Constituição Federal de 1988, determina que os atos e atividades 
da Administração devem obedecer não só à lei, mas também à própria moral, 
pois nem tudo que é legal é honesto. 
 Como consequência do princípio da moralidade, os agentes públicos 
devem agir com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a isonomia e 
demais preceitos éticos. 
 É válido destacar que a moral administrativa é diferente da moral 
comum, pois, conforme Hauriou, a moral comum é imposta ao homem para a 
sua conduta externa, enquanto a moral administrativa é imposta ao agente 
público para sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que 
serve e a finalidade de sua ação, que é a satisfação do interesse público. 
 Em razão de tal princípio, veda-se à Administração Pública qualquer 
comportamento que contrarie os princípios da lealdade e da boa-fé. Além disso, 
observe-se que o princípio deve ser respeitado não apenas pelos agentes 
públicos, mas também pelos particulares que se relacionam com a 
Administração Pública. Em um processo licitatório, por exemplo, é muito 
comum o conluio entre licitantes com o objetivo de violar o referido princípio, 
conforme informa a professora Di Pietro. 
 Afirma ainda a professora que, em matéria administrativa, sempre que se 
verificar que o comportamento da Administração ou do administrado que com 
ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a 
moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de 
justiça e de equidade, além da ideia comum de honestidade, haverá ofensa ao 
princípio da moralidade administrativa. 
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 O parágrafo 4º, artigo 37, da CF/1988, não se descuidou de assegurar o 
respeito à moralidade administrativa, asseverando que: 
 
§ 4º. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos 
bens e o ressarcimentoao erário, na forma e gradação previstas em lei, 
sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
Ainda com o objetivo de resguardar a moralidade administrativa, a 
Constituição Federal também contemplou, em seu inciso LXXIII, artigo 5º, a 
Ação Popular, regulada pela Lei 4.717/65. Por meio dessa ação constitucional 
qualquer cidadão pode deduzir a pretensão de anular atos praticados pelo 
poder público e que estejam contaminados de imoralidade administrativa. 
 É importante esclarecer ainda que, na maioria das vezes, quando um ato 
praticado pela Administração viola um princípio qualquer, como o da 
impessoalidade, legalidade, publicidade, eficiência, etc., estará violando 
também, consequentemente e num segundo plano, o princípio da moralidade. 
 Tamanha é a importância do princípio da moralidade no âmbito do 
processo licitatório que, com o intuito de combater eventuais fraudes, o 
Superior Tribunal de Justiça vem admitindo a aplicação da 
desconsideração da personalidade jurídica na esfera administrativa, 
evitando, assim, que sócios de empresas que foram impedidas de licitar ou 
contratar com a Administração Pública criem outras pessoas jurídicas e 
continuem participando normalmente de licitações. 
 Nesse caso, a aplicação da penalidade de proibição de contratar com a 
Administração Pública, apesar de ter sido aplicada à EMPRESA X, por exemplo, 
também poderá incidir sobre a EMPRESA Y, que foi constituída pelos mesmos 
sócios com o único propósito de continuar participando de licitações, apesar da 
imposição da sanção prevista no art. 87, IV, da Lei 8.666/1993. 
 
 
 
 
 
 
 
No julgamento do recurso ordinário em mandado de segurança nº 15.166/BA, de relatoria do 
Ministro Castro Meira, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que “a constituição de nova 
sociedade, com o mesmo objeto social, com os mesmos sócios e com o mesmo endereço, em 
substituição a outra declarada inidônea para licitar com a Administração Pública Estadual, com 
o objetivo de burlar à aplicação da sanção administrativa, constitui abuso de forma e fraude à 
Lei de Licitações (Lei n.º 8.666/93), de modo a possibilitar a aplicação da teoria da 
desconsideração da personalidade jurídica para estenderem-se os efeitos da sanção 
administrativa à nova sociedade constituída. A Administração Pública pode, em observância ao 
princípio da moralidade administrativa e da indisponibilidade dos interesses públicos 
tutelados, desconsiderar a personalidade jurídica de sociedade constituída com abuso de 
forma e fraude à lei, desde que facultado ao administrado o contraditório e a ampla defesa em 
processo administrativo regular”. 
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4.4. Igualdade entre os participantes 
 O princípio da igualdade entre os participantes ou, simplesmente, 
princípio da isonomia, é certamente um dos mais importantes do 
procedimento licitatório, pois deriva diretamente do texto constitucional. 
Com efeito, impõe que aos licitantes deverá ser oferecida igualdade de 
oportunidades durante o procedimento licitatório, não sendo toleráveis 
cláusulas editalícias que afastem injustamente eventuais interessados ou os 
prejudiquem no julgamento. 
 Inicialmente, é importante esclarecer que o princípio da igualdade entre 
os participantes veda a existência de quaisquer privilégios entre os 
participantes do certame decorrentes de condições artificialmente criadas pelo 
próprio Estado, sem amparo legal. 
Apesar disso, destaca-se que a igualdade de condições, estabelecida na 
CF/1988, não pode ser vista como instrumento de conteúdo absoluto. Em 
determinadas circunstâncias, tendo em conta o grau de complexidade do 
objeto da licitação, será possível a fixação de exigências restritivas, desde 
que razoáveis e compatíveis com o interesse público visado. 
 
Para responder às questões de prova: Eventuais limitações à participação dos 
licitantes somente podem ser impostas nos limites previstos em lei e em conformidade 
com os princípios gerais do Direito, não sendo possível, sem justificativa razoável e 
aceitável, que se venha a restringir o caráter competitivo do certame. 
 
É por isso que, em estrito cumprimento ao preceito constitucional, a Lei 
nº. 8.666/93 determina, no caput e § 1º, inciso I, do artigo 3º, que a licitação 
destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a 
selecionar a proposta mais vantajosa para a administração. 
Ainda no § 1º, artigo 3º, da Lei 8.666/1993, está prevista a proibição aos 
agentes públicos de “admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, 
cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu 
caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e 
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede 
ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente 
ou irrelevante para o específico objeto do contrato”. 
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Desse modo, se o edital licitatório possui cláusula estabelecendo que 
somente os licitantes que tenham sede no mesmo local em que está localizada 
a sede da repartição pública poderão participar do certame, tal cláusula é ilegal 
e, portanto, deve ser anulada. 
Esse tipo de restrição, quando prevista em edital, não pode prevalecer. 
Caso contrário, a própria Administração estaria impossibilitando que outras 
empresas, que não tenham sede no município ou região de localização da 
repartição pública, apresentem e formalizem as suas propostas, que, por sinal, 
podem ser ainda mais vantajosas para o interesse público. 
Tal entendimento está expresso no parágrafo único, do artigo 20, da Lei 
8.666/93, ao estabelecer que “a Administração não impedirá a habilitação de 
interessados residentes ou sediados em outros locais”. 
As cláusulas editalícias que restringem injustificadamente a participação 
de interessados sediados em localidades diversas violam o denominado 
princípio da competitividade, que é uma consequência do princípio da 
igualdade entre os participantes. 
Apesar disso, é possível afirmar que o direito de participar de licitação não 
constitui uma garantia absoluta e inquestionável de quaisquer pessoas ou 
empresas. Apenas as que atendam às exigências feitas justificadamente 
pela Administração podem invocar o seu direito subjetivo de ingressarem no 
certame e apresentarem as suas propostas, desde que tais exigências estejam 
em conformidade com a lei e demais princípios constitucionais. 
 Por último, lembre-se de que, se as propostas oferecidas pelos licitantes 
forem iguais, como critério de desempate, será assegurada preferência, 
sucessivamente, aos bens e serviços: 
1º) produzidos no País; 
2º) produzidos ou prestados por empresas brasileiras; e 
3º) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País. 
4º) produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento 
de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para 
reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de 
acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 
2015) 
 
 
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4.5. Princípio da publicidade 
 O princípio da publicidade impõe à Administração Pública a 
obrigatoriedade de conceder aos seus atos a mais ampla divulgação possível 
entre os administrados, pois só assim estes poderão fiscalizar e controlar a 
legitimidade das condutas praticadas pelos agentes públicos. 
Ademais, a publicidade de atos, programas, obras e serviços dos órgãos 
públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social. 
O referido princípio encontra amparo no caput do artigo 37 da 
Constituição Federal de 1988, bem como no inciso XXXIII, do artigo 5º, que 
declara expressamente: 
 XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
Conforme é possível constatar da leitura do citado inciso, nem toda 
informação de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral serão 
disponibilizadas aos interessados, pois foram ressalvadas aquelas que coloquem 
em risco a segurança da sociedade e do Estado. 
Exemplo: Suponhamos que você tenha formulado uma petição 
administrativa destinada ao Ministro de Estado da Defesa e que, no seu texto, 
você tenha solicitado as seguintes informações: quantidade de tanques de 
guerra que estão em atividade no Brasil; número do efetivo de homens da 
Marinha, Exército e Aeronáutica, e os endereços dos locais onde ficam 
guardados os equipamentos bélicos das Forças Armadas. 
Pergunta: Será que o Ministro de Estado da Defesa irá lhe fornecer as 
informações solicitadas? 
É lógico que não, pois tais informações são imprescindíveis à segurança 
da sociedade e do Estado. Imagine o que pode acontecer ao nosso país se essas 
informações forem parar em mãos erradas? (Hugo Chávez, por exemplo... 
brincadeira...) 
A divulgação oficial dos atos praticados pela Administração Pública 
ocorre, em regra, mediante publicação no Diário Oficial, isso em relação à 
União, aos Estados e ao Distrito Federal. Em relação aos Municípios, pode ser 
que algum não possua órgão oficial de publicação de seus atos (Diário Oficial). 
Nesse caso, a divulgação poderá ocorrer mediante afixação do ato na sede do 
órgão ou entidade que os tenha produzido. 
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Exemplo: Caso o ato (edital de licitação, por exemplo) seja de 
titularidade do Poder Executivo, poderá ser afixado no quadro de avisos 
localizado no saguão da Prefeitura. Caso o ato tenha sido editado pelo Poder 
Legislativo, poderá ser afixado no saguão da Câmara de Vereadores, em um 
quadro de avisos, a fim de que todos os interessados possam ter acesso e 
consultá-los quando necessário. 
 
Para responder às questões de prova: A publicação do ato administrativo em órgão 
oficial de imprensa não é condição de sua validade, mas sim condição de eficácia e 
moralidade. Somente a partir da publicação é que o ato começará a produzir os seus 
efeitos jurídicos, mesmo que há muito tempo já esteja editado, aguardando apenas a 
sua divulgação. 
 
Atenção: Alguns atos administrativos, a exemplo dos atos internos, 
podem ser divulgados nos boletins internos existentes no interior de vários 
órgãos e entidades administrativas. Por outro lado, os atos externos devem 
ser publicados em Diário Oficial, exceto se a lei estabelecer outra forma. 
A preocupação do legislador em relação à publicidade dos atos e 
procedimentos inerentes à licitação está expressa no texto da Lei 8.666/1993, 
que, em seu art. 3º, § 3º, dispõe que: 
A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao 
público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo 
das propostas, até a respectiva abertura. 
 
4.6. Probidade administrativa 
 O professor Marcelo Figueiredo entende que “a probidade é espécie do 
gênero ‘moralidade administrativa’ a que alude, por exemplo, o art. 37, caput e 
seu § 4° da CF. O núcleo da probidade está associado (deflui) ao princípio 
maior da moralidade administrativa, verdadeiro norte à administração em todas 
as suas manifestações. Se correta estiver a análise, podemos associar, como o 
faz a moderna doutrina do Direito Administrativo, os atos atentatórios à 
probidade como também atentatórios à moralidade administrativa. Não 
estamos a afirmar que ambos os conceitos são idênticos. Ao contrário, a 
probidade é peculiar e específico aspecto da moralidade administrativa”. 
 
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De qualquer forma, o importante é que você entenda que os atos que 
caracterizam improbidade administrativa estão relacionados na Lei 8.429/92, e, 
nos termos do artigo 37, § 4°, da CF/88, podem ocasionar a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da 
ação penal cabível. 
Além disso, nos artigos 89 a 99 da Lei 8.666/93 é possível constatar 
vários dispositivos que punem a prática de atos violadores da moralidade e 
probidade administrativa. 
 
4.7. Vinculação ao instrumento convocatório 
O Princípio da vinculação ao instrumento convocatório, também chamado 
de princípio da vinculação ao edital, está previsto expressamente no artigo 41 
da Lei 8.666/93, ao afirmar que “a Administração não pode descumprir as 
normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada”. 
Na verdade, apesar de o artigo 41 da Lei 8.666/93 fazer referência 
somente à Administração Pública, é necessário esclarecer que as regras 
licitatórias estabelecidas no edital tornam-se obrigatórias também para todos 
aqueles particulares que desejam participar do certame. O edital, nesse caso, 
torna-se lei entre as partes. 
 
(FCC/Procurador TCE SP/2011) A Administração Pública realizou 
licitação para venda de ativos mobiliários à vista. Venceu o licitante que 
apresentou proposta de maior valor. Em razão de oscilações no mercado 
financeiro, o licitante apresentou, posteriormente, requerimento para 
parcelamento do valor ofertado. A Administração Pública deverá indeferir 
o pedido, com base no princípio da vinculação ao instrumento 
convocatório. Assertiva considerada correta pela banca. 
 
 
O artigo 43, em seu inciso V, declara ainda que o julgamento e a 
classificação das propostas deverão ocorrer em conformidade com os critérios 
de avaliação constantes do edital, ratificando a necessidade de vinculação ao 
texto do instrumento convocatório. 
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Unmarked definida por AdministradorFique atento (a) às questões de prova, pois é muito comum as 
bancas examinadoras abordarem o princípio da vinculação ao 
instrumento convocatório, a exemplo do que ocorreu no concurso para 
o cargo de Técnico Judiciário do TRE/CE, realizado pela Fundação 
Carlos Chagas em 2012: 
 
 
 
(FCC/Técnico Judiciário – TRE CE/2012) O princípio da vinculação 
ao instrumento convocatório 
a) aplica-se somente aos licitantes, vez que estes não podem deixar de 
atender os requisitos do instrumento convocatório. 
b) é princípio básico das licitações, no entanto, sua inobservância não 
enseja a nulidade do procedimento licitatório. 
c) tem por objetivo evitar que a Administração Pública descumpra as 
normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. 
d) permite à Administração Pública, excepcionalmente, aceitar proposta 
com eventual inobservância às condições estabelecidas no edital, desde 
que mais favorável ao interesse público. 
e) não está expressamente previsto na Lei de Licitações (Lei no 
8.666/1993), porém caracteriza-se como um dos mais importantes 
princípios das licitações. 
 
Gabarito: Letra “c”. 
 
 
 
Este princípio também se aplica à modalidade licitatória denominada 
convite, que, em vez de edital, disponibiliza uma carta-convite aos eventuais 
interessados em participar do procedimento licitatório. 
 
 
 
 
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Para responder às questões de prova: É muito comum você encontrar questões em 
prova afirmando que, após a publicação do edital, não pode ocorrer mais qualquer 
alteração em seu texto, em virtude do princípio da “inalterabilidade do instrumento 
convocatório”. Fique atento, pois essa questão estaria errada. Em regra, prevalece o 
entendimento de que, após a sua publicação, o edital não deve ser alterado, 
garantindo-se o respeito aos princípios da moralidade administrativa, da 
impessoalidade e, principalmente, da segurança jurídica. Entretanto, se o interesse 
público assim o exigir, poderão ocorrer alterações em seu texto. 
 
4.8. Julgamento objetivo 
 O professor Hely Lopes Meirelles nos ensina que julgamento objetivo é 
aquele “que se baseia no critério indicado no edital e nos termos específicos das 
propostas. É princípio de toda licitação que seu julgamento se apoie em fatores 
concretos pedidos pela Administração, em confronto com o ofertado pelos 
proponentes dentro do permitido no edital ou convite. Visa afastar o 
discricionarismo na escolha das propostas, obrigando os julgadores a aterem-se 
ao critério prefixado pela Administração, com o que se reduz e se delimita a 
margem de valoração subjetiva, sempre presente em qualquer julgamento”. 
O princípio do julgamento objetivo está previsto expressamente no 
texto da Lei Geral de Licitações, mais precisamente em seu artigo 44, ao 
afirmar que, “no julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração 
os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem 
contrariar as normas e os princípios estabelecidos por esta Lei”. 
 Corroborando essa obrigatoriedade, o artigo 45 também determina que “o 
julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o 
responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de 
licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de 
acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar 
sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle”. 
 No concurso público para o cargo de Secretário de Diligências do 
MPE/RS, realizado pela Fundação Carlos Chagas em 2008, foi elaborada 
a seguinte questão sobre o tema: 
 
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(FCC/Secretário de Diligências- MPE RS/2008) Ao dispor que a 
Comissão de licitação ou o responsável pelo convite deve realizá-lo em 
conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente 
estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores 
exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição 
pelos licitantes e pelos órgãos de controle, a Lei de Licitações está se 
referindo ao princípio 
(A) da legalidade. 
(B) da moralidade. 
(C) da igualdade. 
(D) do julgamento objetivo. 
(E) da impessoalidade. 
 
Gabarito: Letra “D” 
 Pergunta: Professor, o que são tipos de licitação? 
 Os “tipos de licitação” são critérios adotados para a escolha da 
proposta mais vantajosa para a Administração e estão previstos no § 1º, do 
artigo 45, da Lei 8.666/93, que assim expõe: 
“Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na 
modalidade concurso: 
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais 
vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante 
que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou 
convite e ofertar o menor preço; 
II - a de melhor técnica; 
III - a de técnica e preço. 
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou 
concessão de direito real de uso”. 
 Dentre todos os tipos de licitação apresentados no § 1º do artigo 45, 
certamente o que possibilita um efetivo julgamento objetivo é o de “menor 
preço”, pois, neste caso, não resta qualquer subjetivismo à Comissão de 
Licitação ou o responsável pelo convite, que se restringirão a certificar o valor 
da proposta e o respeito aos requisitos editalícios. 
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 Em relação aos demais tipos licitatórios, dificilmente teremos um 
julgamento efetivamente objetivo em virtude da necessidade de análises 
técnicas que, em muitas das vezes, importam na emissão de juízo de valor. 
 Na modalidade licitatória denominada “concurso”, por exemplo, fica muito 
difícil valer-se exclusivamente de critérios objetivos para decidir qual é a 
proposta vencedora. Em um concurso realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral 
para escolher um novo hino para a instituição, por exemplo, inevitavelmente 
serão utilizados alguns critérios subjetivos para definir o vencedor, já que se 
trata de uma “peça artística”, que levará em conta os gostos musicais dos 
eventuais membros da comissão de licitação. 
 
(FCC/Técnico Judiciário TRE RN/2011) O princípio segundo o qual os 
critérios e fatores seletivos previstos no edital devem ser adotados 
inafastavelmente para o julgamento, evitando-se, assim, qualquer surpresa para 
os participantes da licitação, denomina-se Julgamento Objetivo. Assertiva 
considerada correta pela banca. 
 
4.9. Formalismo 
 O artigo 4º da Lei 8.666/93 afirma que o procedimento licitatório 
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera 
da Administração Pública. Isso quer dizer que o procedimento licitatório está 
vinculado não somente ao texto legal, mas também aos regulamentos, às 
normatizações administrativas e, consequentemente, ao próprio edital. 
 O professor HelyLopes Meirelles chama atenção para o fato de que o 
“procedimento formal, entretanto, não se confunde com ‘formalismo’, que se 
caracteriza por exigências inúteis e desnecessárias. Por isso mesmo, não se 
anula o procedimento diante de meras omissões ou irregularidades formais na 
documentação ou nas propostas, desde que, por sua irrelevância, não causem 
prejuízo à Administração e aos licitantes. A regra é a dominante nos processos 
judiciais: não se decreta a nulidade onde não houver dano para qualquer das 
partes - ‘pas de nullité sans grief’, como dizem os franceses.” 
 
4.10. Sigilo na apresentação das propostas 
A fim de garantir o caráter competitivo e, principalmente, a moralidade do 
procedimento licitatório, o conteúdo das propostas apresentadas pelos licitantes 
somente será conhecido no momento previamente determinado. 
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O sigilo das propostas é consequência lógica do processo, pois, caso um 
licitante tenha acesso antecipado às propostas apresentadas pelos demais, 
certamente seria privilegiado, podendo manipular o resultado da licitação. 
O § 3º, do art. 3º, da Lei 8.666/93, declara que “a licitação não será 
sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, 
salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura”. 
A violação do sigilo das propostas ensejará a anulação do procedimento 
licitatório, além da tipificação do crime previsto no artigo 94: 
“Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento 
licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: 
Pena - detenção de 02 (dois) a 03 (três) anos e multa”. 
 
 4.11. Adjudicação compulsória 
 Adjudicar significa “atribuir ao adjudicatário o objeto ou a mercadoria 
postos em adjudicação; chamar a si; apropriar-se” (Larousse Dicionário da 
Língua Portuguesa). 
 Bem, o significado da palavra nos fornece apenas uma dica sobre o 
princípio em estudo, mas, de uma forma geral, podemos definir a adjudicação 
como o ato pelo qual a autoridade competente atribui ao vencedor da 
licitação o seu objeto. 
 O professor Hely Lopes Meirelles afirma que a Administração não pode, 
concluído o procedimento licitatório, atribuir o objeto da licitação a outrem que 
não o vencedor. “A adjudicação ao vencedor é obrigatória, salvo se este desistir 
expressamente do contrato ou o não firmar no prazo prefixado, a menos que 
comprove justo motivo. A compulsoriedade veda também que se abra nova 
licitação enquanto válida a adjudicação anterior”. 
Afirma ainda o professor que, no entanto, “o direito do vencedor limita-se 
à adjudicação, ou seja, à atribuição a ele do objeto da licitação, e não ao 
contrato imediato. E assim é porque a Administração pode, licitamente, revogar 
ou anular o procedimento ou, ainda, adiar o contrato, quando ocorram motivos 
para essas condutas. O que não se lhe permite é contratar com outrem, 
enquanto válida a adjudicação, nem revogar o procedimento ou protelar 
indefinidamente a adjudicação ou a assinatura do contrato sem justa causa”. 
 
 
 
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5. Margens de preferência 
 
Nos processos de licitação realizados pela Administração Pública, poderá 
ser estabelecida margem de preferência para produtos manufaturados e 
para serviços nacionais que atendam às normas técnicas brasileiras, assim 
como para bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que 
comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para 
pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que 
atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. Essa “margem de 
preferência”, incluída pela Lei 12.349/2010, acabou relativizando o princípio 
da igualdade entre os participantes e a afirmação de que a licitação tem por 
objetivo contratar a proposta que seja mais “vantajosa” financeiramente para a 
Administração. 
Doravante, em virtude da alteração promovida no texto do art. 3º da Lei 
8.666/1990, uma proposta pode ser definida como a “mais vantajosa” para 
Administração ainda que não apresente, necessariamente, o menor preço 
(mesmo nas licitações do tipo menor preço), se gerar benefícios indiretos e 
mediatos a longo prazo que garantam a promoção do desenvolvimento 
nacional sustentável. 
Exemplo: Se em determinada licitação para aquisição do “produto X“ for 
estabelecida margem de preferência de 10% (dez por cento) para os 
produtos nacionais, a proposta contendo produto estrangeiro será derrotada 
ainda que apresente valor até 10% (dez por cento) inferior. Assim, se o 
produto nacional for oferecido para a Administração Pública por R$ 
109.000,00 e o estrangeiro por R$ 100.000,00, aquele deverá ser escolhido 
em razão da margem de preferência de 10% (dez por cento). 
A própria Lei 12.349/2010 encarregou-se de definir as expressões 
“produtos manufaturados nacionais” e “serviços nacionais”, conforme 
prevê o art. 6º, incisos XVII e XVIII, da Lei 8.666/1993: 
 
1. Produtos manufaturados nacionais - produtos manufaturados, 
produzidos no território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou 
com as regras de origem estabelecidas pelo Poder Executivo federal; 
2. Serviços nacionais - serviços prestados no País, nas condições 
estabelecidas pelo Poder Executivo federal. 
 
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Além da margem de preferência “básica”, prevista no § 5º, art. 3º, da 
Lei 8.666/1993, a Administração Pública ainda poderá prever uma margem de 
preferência “adicional” para os produtos manufaturados e serviços nacionais 
resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, 
desde que essas duas margens de preferência, quando somadas, não 
ultrapassem o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos 
produtos manufaturados e serviços estrangeiros. 
 Exemplo: suponhamos que a Administração Pública, interessada em 
adquirir determinado produto, tenha fixado margem de preferência básica de 
10% (dez por cento) para os produtos manufaturados nacionais em relação aos 
produtos estrangeiros. Imaginemos, agora, que a Administração também 
decida fixar margem de preferência adicional para os produtos manufaturados 
nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica 
realizados no País. 
Nesse caso, qual será o percentual máximo de margem adicional que 
poderá ser fixado pela Administração Pública? 
 É simples. O percentual máximo para produtos nacionais resultantes de 
desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País será de 15% (quinze 
por cento), pois já existe margem básica fixada em 10% (dez por cento) e, 
nos termos do art. 3º, § 8º, da Lei 8.666/1993, a soma das duas margens não 
pode ser superior a 25% (vinte e cinco por cento). 
A margem de preferência básica será estabelecida com base em estudos 
revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levemem consideração: 
I - geração de emprego e renda; 
II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; 
III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; 
IV - custo adicional dos produtos e serviços; e 
V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados. 
 
 
Para responder às questões de prova: A margem de preferência básica 
poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários dos 
Estados Partes do Mercado Comum do Sul – Mercosul. 
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Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras 
poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o 
contratado promova, em favor de órgão ou entidade integrante da 
administração pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo 
isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou 
acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na 
forma estabelecida pelo Poder Executivo federal. 
 
Ademais, com o objetivo de assegurar estrita obediência aos princípios da 
impessoalidade, moralidade e publicidade, dispõe o art. 3º, § 13, da Lei 
8.666/1993, que será divulgada na internet, a cada exercício financeiro (uma 
vez por ano), a relação de empresas favorecidas em decorrência da fixação de 
margens de preferência, com indicação do volume de recursos destinados a 
cada uma delas. 
 
 
 
Para responder às questões de prova: No Acórdão nº 693/2011, o plenário do 
Tribunal de Contas da União afirmou que a intenção do legislador, ao utilizar o 
vocábulo “poderá”, no parágrafo 5º, art. 3º, da Lei 8.666/1993, é a de conferir 
discricionariedade ao gestor de utilizar ou não a possibilidade de preferência por 
produtos e serviços nacionais em suas contratações, devendo evidenciar que a opção 
escolhida tem como premissa o interesse público e a conveniência do órgão, 
devidamente justificados. 
 
Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações, 
independentemente de eventuais margens de preferência, terão como 
expressão monetária a moeda corrente nacional (Real), ressalvado o disposto 
no art. 42 da Lei 8.666/1993, devendo cada unidade da Administração, no 
pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, 
realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte 
diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas 
exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e 
mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada. 
 
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As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou 
grupo de serviços serão definidas pelo Poder Executivo federal. Foi o que 
ocorreu, por exemplo, com a edição do Decreto Federal nº 7.767/2012, que 
estabeleceu a aplicação de margem de preferência para aquisição de 
produtos médicos em licitações realizadas no âmbito da administração pública 
federal, com vistas à promoção do desenvolvimento nacional sustentável. 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAIS DE ALTA TECNOLOGIA 
Item Código TIPI Produtos 
Margem de 
Preferência 
1 90183929 
Cateter balão para angioplastia 
Cateter guia 
Cateter duplo J 
25% 
2 90213911 90213919 Válvulas cardíacas 25% 
MATERIAIS DE MÉDIA/ALTA TECNOLOGIA 
Item Código TIPI Produtos 
Margem de 
Preferência 
1 90189010 
Bomba centrífuga 
descartável para uso em 
circulação extracorpórea 
e/ou circulação assistida 
20% 
2 90219089 Coils para aneurisma 20% 
3 90189095 Grampeador linear cortante 20% 
4 90219081 Endopróteses vasculares (enxertos e stents) 20% 
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6. Das Definições 
 Sei que você já possui centenas de conceitos para “memorizar” no âmbito 
do Direito Administrativo. Entretanto, levando-se em conta as provas de 
concursos, aconselho que você acrescente todos os itens seguintes em sua lista 
de “fixação obrigatória”, pois são muito grandes as chances de você encontrar 
uma questão em prova. 
Para os fins previstos na Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 
memorize as seguintes definições legais: 
I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou 
ampliação, realizada por execução direta ou indireta; 
II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de 
interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, 
montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, 
transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais; 
III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de 
uma só vez ou parceladamente; 
IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a terceiros; 
V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor 
estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea 
"c" do inciso I do art. 23 desta Lei , isto é, superior a R$ 37.500.000,00; 
VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das 
obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos; 
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da 
Administração, pelos próprios meios; 
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com 
terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: 
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da 
obra ou do serviço por preço certo e total; 
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da 
obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas; 
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por 
preço certo, com ou sem fornecimento de materiais; 
e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em 
sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e 
instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua 
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entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os 
requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança 
estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para 
que foi contratada; 
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, 
com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou 
complexo de obras ou serviços objeto dalicitação, elaborado com base nas 
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade 
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e 
que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do 
prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: 
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global 
da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; 
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de 
forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as 
fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e 
montagem; 
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e 
equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que 
assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o 
caráter competitivo para a sua execução; 
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos 
construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, 
sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; 
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, 
compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de 
fiscalização e outros dados necessários em cada caso; 
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em 
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados; 
X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e 
suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT; 
XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive 
as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do 
poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas; 
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XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela 
qual a Administração Pública opera e atua concretamente; 
XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da Administração 
Pública, sendo para a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, o que for definido nas respectivas leis; 
XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do instrumento 
contratual; 
XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com 
a Administração Pública; 
XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela 
Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos 
e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes. 
XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos manufaturados, 
produzidos no território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou 
com as regras de origem estabelecidas pelo Poder Executivo federal; 
XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País, nas condições 
estabelecidas pelo Poder Executivo federal; 
XIX - sistemas de tecnologia de informação e comunicação 
estratégicos - bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação cuja 
descontinuidade provoque dano significativo à administração pública e que 
envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às informações 
críticas: disponibilidade, confiabilidade, segurança e confidencialidade. 
XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens, insumos, 
serviços e obras necessários para atividade de pesquisa científica e tecnológica, 
desenvolvimento de tecnologia ou inovação tecnológica, discriminados em 
projeto de pesquisa aprovado pela instituição contratante. (Incluído pela Lei nº 
13.243, de 2016) 
 
7. Procedimentos 
 
O professor Edmir Netto de Araújo afirma que como todo ato 
administrativo decisório da Administração, a licitação se inicia pela autuação do 
respectivo procedimento. Este significa a formalização de atos (passos) em 
sequência lógica, em direção ao provimento administrativo visado, sendo por 
vezes denominado processo administrativo quando o contraditório é previsto 
em sua estrutura procedimental. 
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O Tribunal de Contas da União, através da Súmula 177, deixou bem 
claro que “a definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra 
indispensável da competição, até mesmo como pressuposto do postulado de 
igualdade entre os licitantes, do qual é subsidiário o princípio da publicidade, 
que envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais das condições 
básicas da licitação”. 
 A doutrina majoritária divide a licitação em duas grandes fases: a 
interna, que se inicia com a abertura do procedimento administrativo, e a 
externa, que tem início com uma audiência pública, nas licitações cujos valores 
sejam superiores a R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais), ou 
com a publicação do edital ou envio da carta-convite, nos valores medianos e 
aqueles considerados de menor vulto. 
 Apesar de não trazer em seu texto um “roteiro” licitatório, a Lei 
8.666/1993 apresenta vários dispositivos que podem orientar o nosso estudo e 
facilitar o conhecimento das fases interna e externa da licitação. 
O artigo 43, por exemplo, apresenta um resumo das principais etapas da 
fase externa da licitação aplicáveis à concorrência e, no que couber, ao 
concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite, a saber: 
1ª) abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à 
habilitação dos concorrentes, e sua apreciação; 
2ª) devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, 
contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso 
ou após sua denegação; 
3ª) abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes 
habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, 
ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos 
interpostos; 
4ª) verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do 
edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados 
por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de 
registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata 
de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas 
desconformes ou incompatíveis; 
5ª) julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios 
de avaliação constantes do edital; 
6ª) deliberação da autoridade competente quanto à homologação e à 
adjudicação do objeto da licitação. 
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É importante destacar que as etapas apresentadas aplicam-se à 
concorrência e, no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e 
ao convite. 
7.1. Audiência Pública 
 O artigo 39 da Lei 8.666/93 estabelece que sempre que o valor estimado

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