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Estudando Direito Administrativo Prime Cursos 13

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08/01/2019 Estudando: Direito Administrativo | Prime Cursos
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Estudando: Direito Administrativo
Órgãos Públicos
O Governo e a Administração, como criações abstratas da Constituição e das leis, atuam por intermédio de
suas entidades (pessoas jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão) e de seus agentes (pessoas físicas
investidas em cargos e funções).
Teorias que tentam explicar a manifestação de vontade do Estado através dos Órgãos Públicos:
1) Teoria do Mandado-> "existe um contrato de mandado entre o Estado e o agente, sendo o Estado o
mandante e o agente o mandatário" (mandado é um tipo de contrato que apresenta a figura do mandatário
para realizar tarefas).
 Crítica: essa teoria tem a deficiência de não explicar quem representaria o Estado para outorgar esse
mandado;
2) Teoria da Representação-> segundo esta teoria, o Estado seria um tutelado ou curatelado e o Agente
Público o seu tutor ou curador, tal como acontece no D. Civil onde determinadas pessoas podem, através da
lei, manifestar a vontade de outras (tutor e curador).
Críticas: 1ª) Sabemos que de acordo com o D. Civil, o tutelado e o curatelado podem manifestar as suas
vontades através do tutor e do curador, respectivamente. No entanto, quando estamos diante da relação
Estado-agente, a vontade é uma só, ou seja, o agente não manifesta o seu desejo; 2ª) No D. Civil existe uma
lei que dá a sucessão de quem será o tutor enquanto que na relação Estado-agente não há essa lei;
3) Teoria Orgânica-> Otto Gierke, buscando a explicação no D. Público, afirma que "a teoria orgânica
assenta-se no D. Constitucional por força de cujas disposições a vontade de determinados indivíduos, os
Agentes Públicos, vale como manifestação de pessoa jurídica de D. Público operando como órgão, ou seja,
como instrumento".
O Congresso Nacional tem competência de elaborar leis através de uma vontade do Estado e a Constituição
é quem distribui para uma série de Órgãos Públicos a competência de cada um deles de manifestar a vontade
do Estado.
Esta teoria superou as duas anteriores e foi unanimemente aceita, tendo sido ampliada com a inclusão de 3
correntes:
1ª) corrente subjetiva: segundo Planiol e Ripert, o Órgão Público confunde-se com a pessoa do agente;
2ª) corrente objetiva: segundo Vitta e D´Alessio, o Órgão Público confunde-se com um conjunto de
atribuições a serem desempenhadas, ou seja, Cargo Público;
3ª) corrente técnica: segundo Ranelleti e De Valles, o Órgão Público é constituído de dois elementos
fundamentais: um elemento subjetivo que corresponde ao Agente Público encarregado de manifestar a
vontade do órgão e um segundo elemento objetivo que corresponde ao complexo de atribuições definido na
lei, ou seja, Cargo Público.
Os Órgãos Públicos são elementos despersonalizados incumbidos da realização das atividades do Estado
através de atos praticados por seus agentes. Segundo Hely Lopes Meirelles, Órgão Público é o centro de
competência instituído para o desempenho de funções estatais através de seus Agentes Públicos ocupantes
de cargos públicos cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.
08/01/2019 Estudando: Direito Administrativo | Prime Cursos
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Seja o órgão governamental ou administrativo, vai ter cargo e Agente Público. Quando são milhares de cargos
públicos estes cargos podem não estar providos, isto é, podem estar vagos mas o órgão terá a sua existência
independentemente da existência do agente. As tarefas realizadas pelos agentes vão representar a
manifestação da vontade estatal. De acordo com a Constituição, somente a União, os Estados, o DF , os
Municípios e as Autarquias é que são consideradas pessoas jurídicas. Os órgãos não possuem personalidade
jurídica, eles só podem manifestar a vontade destas pessoas elencadas pela C.F.. Por exemplo, o Estado só
pode ser citado na pessoa do procurador geral do Estado. É ele quem representa judicial e extrajudicialmente
o Estado (art. 12 do CPC).

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