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Aula microbiologia Clínica Enterobacteriaceae

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Enterobacteriaceae 
Tatiana Elias Colombo 
2013 
• Maior e mais heterogêneo conjunto de bastonetes 
Gram-negativos clinicamente importante 
• 40 gêneros e 140 espécies 
• Classificação com base em suas propriedades 
bioquímicas, estrutura antigênica e sequenciamento de 
ácidos nucleicos 
 
Enterobacteriaceae – Características gerais 
• Organismos ubiquitários (encontrados no solo, água e 
vegetação) 
• Parte da microbiota intestinal da maioria dos animais, 
incluindo humanos 
• Bactéria causam diversas doenças humanas 
Enterobacteriaceae – Características gerais 
Sepse (30 – 35%) 
Infecções do trato urinário (70%) 
Infecções intestinais 
• Bastonetes Gram-negativos 
• Imóveis ou se movimentam através de flagelos 
peritríquios (distribuídos por toda a superfície da bactéria) 
 
Enterobacteriaceae – Fisiologia e estrutura 
• Fímbrias (pili) 
a. Fímbria comum capacita a bactéria de aderir a 
receptores específicos na célula do hospedeiro 
b. Pili sexual ou conjugativo permite a transferência 
genética entre bactérias 
Enterobacteriaceae – Fisiologia e estrutura 
• Crescimento rápido (anaeróbio facultativo) 
• Meios não-seletivos (ágar sangue) 
• Meios seletivos (ágar MacConkey) 
 
Enterobacteriaceae – Fisiologia e estrutura 
Ágar MacConkey 
• Necessidades nutricionais simples 
• Fermentam glicose 
• Reduzem nitrato 
• Oxidase negativo 
• Catalase positivo 
Enterobacteriaceae – Fisiologia e estrutura 
• Distingue as enterobactérias de muitos outros 
bastonetes Gram-negativos 
Ausência de atividade citocromo oxidase 
1. Umedecer um papel de filtro, colocado no interior de uma placa de 
Petri, com solução de oxalato de p-aminodimetilanilina a 1% 
2. A partir do crescimento em TSA, esfregar uma alçada da massa 
bacteriana, no papel de filtro umedecido, com alça descartável ou de 
platina, pois a alça de níquel-cromo produz uma reação falso-positiva 
3. A leitura é feita em 15 segundos a 1 minuto 
Oxidase positiva: cor púrpura forte que aparece rapidamente em 
menos de 15 segundos; 
Oxidase positiva lenta: reação fraca que aparece entre 15 segundos 
a 1 minuto 
Oxidase negativa: coloração inalterada do inóculo 
 
Oxidase 
• Fermentar lactose 
Identificação dos membros da família 
Enterobacteriaceae 
Cepas fermentadoras Cepas não fermentadoras 
Escherichia Proteus 
Klebsiella Salmonella 
Enterobacter Shigella 
Citrobacter Yersinia 
Serratia 
• Resistência a sais biliares em alguns meios seletivos 
Identificação dos membros da família 
Enterobacteriaceae 
Patógenos entéricos 
resistentes 
Organismos comensais 
inibidos por sais biliares 
Shigella Bactérias Gram-positivas 
Salmonella Bactérias Gram-negativas 
• Principal antígeno de parede celular 
Lipopolissacarídeo 
Comum a todas 
enterobactérias 
• Polissacarídeos somáticos O - termoestáveis 
• Antígenos capsulares K (polissacarídeos específicos para cada 
tipo) - termolábeis 
• Proteínas flagelares H - termolábeis 
 
*Antígenos determinados por aglutinação com anticorpos 
específicos 
Classificação sorológica das enterobactérias 
Patogênese e imunidade 
Endotoxina – a atividade desta toxina depende do lipídeo A do LPS 
Cápsula – proteção contra fagocitose pelos antígenos capsulares 
Variação da fase antigênica – antígenos capsular K e flagelar H 
alternadamente expressos, o que protege a bactéria da morte celular 
mediada por Ac 
Resistência ao poder bactericida do soro – organismo virulentos 
capazes de produzir infecções sistêmicas 
Resistência antimicrobiana – codificada em plasmídeos 
transferíveis e transmitidas entre espécies 
Escherichia coli 
• Grande número presente no trato gastrointestinal 
• Sepse, ITUs, meningite e gastroenterite 
• Fatores de virulência: adesinas, exotoxinas (toxina 
Shiga, toxinas termoestáveis e toxinas termolábeis) e 
hemolisinas 
• A maioria das infecções é endógena (organismos que 
fazem parte da microbiota normal são capazes de estabelecer uma 
infecção quando as defesas do paciente estão comprometidas) 
Escherichia coli 
• Sepse 
- Se origina em infecções do trato urinário ou gastrointestinal 
• Infecção do trato urinário 
- Adesinas (se ligam a células de revestimento da bexiga e trato 
urinário superior) 
- Hemolisinas (lisam eritrócitos e outros tipos celulares, levando à 
liberação de citocinas e ao estímulo de uma resposta inflamatória) 
• Meningite neonatal 
• Gastroenterite 
- Cepas de E. coli subdividas em 5 patótipos principais: 
Escherichia coli – Doenças clínicas 
• E. coli enteropatogênica (EPEC) 
• E. coli enterotoxigênica (ETEC) 
• E. coli entero-hemorrágica (EHEC) 
• E. coli enteroinvasiva (EIEC) 
• E. coli enteroagregativa (EAEC) 
Escherichia coli – 5 patótipos 
Salmonella 
• Após ingestão e passagem pelo estômago, a Salmonella 
é capaz de invadir e se multiplicar nas células M (placas 
de Peyer da porção terminal do intestino delgado) 
• Ligação a células M – fímbrias 
 
Salmonella 
• Coloniza animais (aves domésticas, répteis, gado, roedores, 
animais domésticos, pássaros e humanos) 
• Disseminação entre animais e o uso de rações contaminadas com 
Salmonella mantêm um reservatório animal 
• S. typhi e S. paratyphi – altamente adaptados a humanos 
• Maioria das infecções – ingestão de alimentos contaminados e, em 
crianças, da disseminação fecal-oral direta 
• Fontes comuns de infecção humana: aves, ovos, laticínios e 
alimentos preparados sobre superfície de trabalho contaminadas 
 
Salmonella 
• Gastroenterite – os sintomas (náuseas, vômitos e diarréia) surgem 
6 a 48 horas após o consumo do alimento ou água contaminados. 
Os sintomas podem persistir durante 2 dias a 1 semana. 
• Sepse – risco de bacteremia maior em pacientes pediátricos, 
geriátricos e com AIDS 
• Febre entérica – Febre tifóide (doença febril) e Febre paratifóide 
(mais branda). Bactérias atravessam as células que revestem o 
intestino, são fagocitadas pelos macrófagos, se multiplicam após 
serem transportadas para o fígado, baço e medula óssea. 
Bacteremia. 
Salmonella – Doenças clínicas 
Shigella 
• Causa doenças através da invasão e multiplicação em células que 
revestem a mucosa do cólon 
• Se ligam e invadem as células M (placas de Peyer) 
• Fagocitose da bactéria 
• Shigella lisa o vacúolo fagocítico e se multiplica no citoplasma da 
célula do hospedeiro 
• Atração de leucócitos polimorfonucleares 
• Desestabilização da integridade da parede intestinal 
• Bactérias alcançam células epiteliais mais profundas 
Shigella 
• Doença pediátrica: 70 % das infecções ocorrem em 
crianças com menos de 15 anos 
• Transmissão: viral oral-fecal (pessoas com mãos 
contaminadas), água e alimentos contaminados (menor 
frequência) 
• Inóculo pequeno (200 bactérias) para produzir a doença 
– disseminação rápida em comunidade onde os padrões 
sanitários e o nível de higiene pessoal são baixos 
Shigelose 
• Cólicas abdominais, diarréia, febre e fezes 
sanguinolentas 
• Sinais e sintomas surgem 1 a 3 dias após ingestão da 
bactéria 
• Pus e sangue nas fezes – invasão da mucosa do cólon 
pelas bactérias 
• Tratamento com ATB – reduzir o risco de 
disseminação 
Shigelose 
Yersinia 
Patógenos humanos mais conhecidos 
• Y. pestis – patógeno altamente virulento que causa 
doença sistêmica com alta taxa de mortalidade 
• Y. enterocolitica e Y. pseudotuberculosis – patógenos 
entéricos raramente isolados do sangue 
 
* Apresentam capacidade de resistir à destruição 
fagocitáriaYersinia 
Peste urbana 
• Peste bubônica - Período de incubação 7 dias depois que o 
indivíduo é picada por pulga infectada. Paciente apresenta febre, 
inflamação dos linfonodos (axila e virilha). Bacteremia. 
 
• Peste pneumônica - Pacientes com febre e mal-estar, sinais 
pulmonares se desenvolvem um dia depois. Pacientes se tornam 
altamente infecciosos; a disseminação pessoa-pessoa ocorre 
através de aerossóis. 
 
Yersinia pestis – Doenças clínicas 
• Enterocolite 
- Gastroenterite associada à ingestão de alimentos e 
água contaminados 
- Incubação 1 – 10 dias 
- Diarréia, febre e dor abdominal 
- Dor semelhante a apendicite 
Yersinia enterocolitica – Doenças clínicas 
• Klebsiella (K. pneumoniae, K. oxytoca) - pneumonia 
• Proteus (Proteus mirabilis) - ITU 
• Enterobacter 
• Citrobacter Infecções hospitalares 
• Morganella 
• Serratia 
* Terapia antibiótica ineficiente 
Outras enterobactérias 
• Cultura 
- Crescimento rápido em meio de cultura 
- Meios seletivos (MacConkey) – utilizados para a cultura de 
amostras normalmente contaminadas por outros microrganismos 
(escarro e fezes) 
- Meios de ágar diferenciais seletivos – permite a separação de 
enterobactérias fermentadoras de lactose de cepas não-
fermentadoras 
Diagnóstico laboratorial 
• Cultura 
- Meios altamente seletivos ou meios específicos para organismos – 
úteis para isolamento de Salmonella e Shigella (ágar SS) em amostras 
de fezes, onde a abundância da microbiota pode obscurecer a 
presença destes importantes patógenos 
- Enriquecimento pelo frio para isolamento de Y. enterocolitica: 
amostras de fezes + salina armazenadas a 4
 
C por 2 semanas antes 
de subcultivá-la em um meio de ágar 
Diagnóstico laboratorial 
Aspecto da colônia 
*Obtenção de cultura pura 
Identificação bioquímica 
• Fermentação da glicose 
• Produção de gás 
• Fermentação da sacarose 
• Desaminação do L-triptofano 
• Produção de indol 
• Produção de sulfeto de hidrogênio 
(H2S) 
• Hidrólise da uréia 
• Descarboxilação da lisina (LDC) 
• Motilidade 
 
• Semear com agulha, picando até o fundo do tubo, e estriar a 
superfície do meio. 
• Leitura 
TSI: meio permanece inalterado, vermelho (alcalino), no ápice e na 
base 
IAL: meio inalterado e crescimento no ápice 
(pode ser observado pigmento) 
TSI ou IAL 
TSI ou IAL 
IAL com indol positivo e TSI e IAL com H2S 
Teste do indol 
Reativo de Kovacs 
anel de coloração vermelho (hidrólise do triptofano) 
Escherichia coli 
 
 
 
 
- Indol positivo 
 
 
- Produção de gás 
Salmonella 
 
 
 
 
 
- H2S positivo 
 
- Produção de pouco gás 
Shigella 
 
 
 
 
 
- Descarboxilação da lisina (LDC) 
negativa 
- Imóveis 
- Raramente produzem gás 
Motilidade 
Identificação bioquímica – Provas complementares 
• Citrato de Simons 
• Descarboxilação da ornitina 
• Prova da DNAse 
• Prova de Voges Proskauer 
• Fermentação de alguns açúcares 
• Indicado para determinar a capacidade de certas bactérias 
utilizarem o citrato como única fonte de carbono para seu 
metabolismo 
• Ágar Citrato de Simons: citrato de sódio (fonte de carbono), fosfato 
de amônia (fonte de nitrogênio) e azul de bromotimol (indicador de 
pH) 
 
 
Citrato de Simons 
 Prova de Voges Proskauer 
VP positivo - cor vermelho VP negativo – cor castanha 
Klebsiella 
Enterobacter 
Serratia 
Esherichia coli 
Salmonella 
Shigella 
Proteus 
Morganella 
Citrobacter 
• Terapia antibiótica (antibiograma) 
• Resistência antibiótica é mais comum em infecções 
hospitalares que em comunitárias 
• Cuidado!!! Algumas situações não recomendam terapia 
antibiótica. O alívio sintomático, mas sem antibiótico, é 
recomendado para pacientes com gastroenterite por E. coli e 
Salmonella, porque os ATBs podem prolongar a presença fecal 
destas bactérias ou aumentar o risco de infecções secundárias. 
 
Tratamento, prevenção e controle 
• Infecção exógena 
- Salmonella: cuidado na preparação e refrigeração dos 
alimentos 
- Shigella: educação e introdução de procedimentos 
apropriados de controle de infecções (lavagem das mãos, 
descarte apropriado de fraldas...) 
 
Tratamento, prevenção e controle 
OBRIGADA!

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