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* * DA FILIAÇÃO Art. 1.596 – 1.606, C.C. * * DA FILIAÇÃO Não haverão discriminações quanto aos filhos havidos ou não da relação de casamento ou por meio da adoção, possuindo todos os mesmos direitos, sendo vedado qualquer designação discriminatória relativa à filiação. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: I – nascidos cento e oitenta dias (180 dias = 6 meses), pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal; II - nascidos nos trezentos dias (300 dias = 10 meses) subsequentes à dissolução da sociedade conjugal; (nulidade, anulação, divórcio, dissolução ou morte) * * DA FILIAÇÃO: nos casos de R.A. – Reprodução Assistida III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; (fecundação pós-mortem com o mesmo material genético do marido). IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga; o (Embrião excedentário é aquele que não foi implantado no útero materno, portanto, constitui o embrião que sobrou no processo de fertilização artificial. Desse modo, acha-se ele congelado, ou seja, criopreservado). V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido. (fecundação com material genético de terceiro). * * DA FILIAÇÃO: nos casos de R.A. – Reprodução Assistida * Adultério Casto: - É a utilização de material genético de terceiro (Reprodução Humana Assistida Heteróloga) sem o conhecimento do cônjuge. * Gestação de Substituição ou Doação Temporária de útero: Cláusula VII da Res. CFM 2.121/15. 1- As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau (primeiro grau – mãe; segundo grau – irmã̃/avó; terceiro grau – tia; quarto grau – prima). Demais casos estão sujeitos à autorização do Conselho Regional de Medicina. * * DA FILIAÇÃO: nos casos de R.A. – Reprodução Assistida 2- A doação temporária do útero não poderá́ ter caráter lucrativo ou comercial. Leis que regulam e fornecem diretrizes à R.A. Resolução CFM nº. 2.121/15. C.F. Art. 225, §1º, II. Lei de Biossegurança – Lei 11.105/05. * * DA FILIAÇÃO: nos casos de R.A. – Reprodução Assistida e a utilização de células tronco Lei de Biossegurança – Lei 11.105/05, art. 5º, I e II: Art.5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: I - sejam embriões inviáveis; ou II - sejam embriões congelados há 3 anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já́ congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 anos, contados a partir da data de congelamento. * * DA FILIAÇÃO Presume-se filho do primeiro marido, se a mulher contrair novas núpcias: A criança nascida dentro dos: a) 10 meses após a dissolução do vínculo conjugal ou; b) até 300 dias após o falecimento do marido. Presume-se filho do segundo marido, se a mulher contrair novas núpcias: A criança nascida dentro dos: a) 180 dias decorridos do novo casamento e; b) ter passado o prazo de 300 dias (10 meses) da dissolução do vínculo conjugal, seja por divórcio, morte, anulação ou nulidade. * * DA FILIAÇÃO A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da paternidade. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção legal da paternidade, ou seja, a confissão materna não é suficiente para excluir a paternidade. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível. É igualmente possível contestar a paternidade em caso de adultério casto. Contestada a filiação, os herdeiros de quem a contestou tem direito de prosseguir na ação. * * DA FILIAÇÃO A filiação provar-se-á pela certidão do termo de nascimento registrada no Registro Civil. (Certidão de Nascimento) Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito: I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos. * * DA FILIAÇÃO A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, podendo os herdeiros continuá-la, salvo se julgado extinto o processo. A filiação é importante dentro do Direito de Família, pois é a partir do seu reconhecimento que se inicia o direito sucessório respectivo de cada pessoa.
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