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MAT1408200674616

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TEORIA GERAL DOS CONTRATOS MERCANTIS
PROFESSORA: ERIKA FIGUEIRA
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Disposições preliminares
Na exploração da atividade empresarial a que se dedica, empresário individual ou a sociedade empresária celebram vários contratos.
Investir capital pressupõe a elaboração de contrato bancário, pelo menos o de depósito. Para obter insumos, é necessário contratar a aquisição de matéria-prima, eletricidade ou mercadorias para revender. A aquisição ou criação de tecnologia faz-se por contratos industriais (licença ou Cessão de patente, transferência de know-how). 
Os contratos que o empresário contrai podem estar sujeita quatro regimes jurídicos diferentes, no direito brasileiro: administrativo, do trabalho, do consumidor e cível. Dependendo de quem seja o outro contratante, as normas aplicáveis ao contrato serão diferentes.
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Disposições preliminares
Contratos de trabalho – são regidos pelas normas da legislação trabalhista, sendo objeto de estudo do Direito do Trabalho;
Contratos de consumo – disciplinados pelo CDC, envolvem o consumidor, destinatário final do produto, e, do outro, o fornecedor de bens ou serviços
Contratos civis – são todos os demais, não-incluídos nas outras espécies. Ressalva para faturização, franquia, alienação fiduciária, arrendamento mercantil e outros que possuem regulamentação fora do Código.
Portanto, o contrato de compra e venda estará sob a tutela do Direito do Consumidor, se o bem houver sido adquirido pelo seu destinatário final. 
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Disposições preliminares
A obrigação é a conseqüência que o direito posto atribui a um determinado fato. Assim, quem aufere renda, por exemplo, fica obrigado a pagar o respectivo imposto; quem causa culposamente dano a uma pessoa, deve indenizá-la; quem adquire a cota não integralizada de uma sociedade limitada será responsável pelas dívidas sociais dentro de um certo limite.
A existência e a extensão de uma obrigação dependem das disposições de direito positivo ou da vontade das pessoas diretamente interessadas. Quando são as normas jurídicas que definem, totalmente, a existência e a extensão do vínculo obrigacional, estão diante de uma obrigação legal. Nesta categoria, encontram-se os tributos, a pensão alimentícia, a indenização por ato ilícito danoso, etc.
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Disposições preliminares 
Se a existência e a extensão da relação obrigacional dependem, exclusivamente, da vontade das pessoas, inexistindo norma jurídica que reconheça eficácia a esta, então o vínculo representa uma simples obrigação natural, como a dívida de jogo, o dízimo para entidades religiosas ou a contribuição para obras assistenciais. Tais vínculos não têm caráter jurídico, mas apenas moral.
Em suma, o contrato é o conjunto das obrigações em que a existência e a extensão do dever, que certa pessoa tem de dar ou fazer algo para outra, são definidas em parte pela lei e em parte pela vontade dela mesma. O contrato é uma espécie deste gênero de obrigação. 
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CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
de adesão (seguro) ou paritários (compra e venda);
bilaterais (compra e venda) ou unilaterais (doação pura);
comutativos (compra e venda) ou aleatórios (seguro)
consensuais (compra e venda) ou reais (depósito ou penhor)
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Classificação dos contratos
onerosos (compra e venda) ou gratuitos (doação pura e simples);
principais (compra e venda) e acessórios (alienação fiduciária)
solenes (fiança ou seguro) ou não-solenes (compra e venda de bem móvel);
típicos (compra e venda mercantil) ou atípicos (faturização).
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CONSTITUIÇÃO DOS CONTRATOS
Para sua validade devem obedecer aos mesmos requisitos dos atos jurídicos:
a) agente capaz; b) objeto lícito e possível; c) forma possível e não-proibida em lei e d) vontade das partes (expressa ou tácita), é necessário a isenção de coação, dolo, fraude ou erro.
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Efeitos da celebração dos contratos
O principal efeito da celebração de um contrato é o vínculo jurídico que nasce entre as partes.
 
Significa que os contratos nascem para serem executados pelas partes, que não podem se furtar de seu fiel cumprimento.
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Efeitos da celebração dos contratos
Das exposições extraem-se dois PRINCÍPIOS:
Princípio da relatividade – contratos geram efeitos apenas entre as partes avençadas. Exceção: seguro de vida em favor de terceiros (pessoa não-contratante);
Pacta Sunt Servanta (origem latina) – os contratos nascem para serem cumpridos, nas condições avençadas.
Claúsulas implícitas nos contratos: irretratabilidade (desejo de uma parte não basta para encerrar o contrato) e intangibilidade (as condições contratuais não se alteram pela vontade de um dos contratantes);
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Efeitos da celebração dos contratos
Ao se vincularem por um contrato, as partes assumem obrigações, podendo uma exigir da outra a prestação prometida. Esta é a regra geral, sintetizada pela cláusula pacta sunt servanda, implícita em todas as avenças. 
A cláusula pacta sunt servanda, no entanto, não tem aplicação absoluta, posto que se encontra limitada por uma outra cláusula, também implícita em certos contratos, que possibilita a sua revisão diante de alterações econômicas substanciais que surpreendem uma das partes contratantes durante a execução do avençado. Trata-se da cláusula rebus sic stantibus, que sintetiza a teoria da imprevisão, que permite mudanças nas condições originariamente pactuadas.
A cláusula rebus sic stantibus é implícita apenas nos contratos comutativos, ou seja, naqueles em que há equilíbrio entre a vantagem auferida e a prestação dada por cada uma das partes. 
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Efeitos da celebração dos contratos
Para a aplicação da teoria da imprevisão, é necessário que as condições econômicas de uma das partes, ao tempo do cumprimento do contrato, sejam substancialmente diversas daquelas existentes quando da sua celebração. 
O contrato, portanto, tem força obrigatória. Quem expressa a sua vontade de assumir uma obrigação perante outra pessoa fica responsável pelos termos de sua manifestação. 
Por fim, no tocante à força obrigatória, é necessário mencionar-se que os contratos bilaterais contêm, implícita, a cláusula da exceptio non adimpleti contractus, pela qual uma parte não pode exigir o cumprimento do contrato pela outra, se estiver em mora em relação à sua própria prestação.
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Extinção dos contratos
O modo natural ou normal de extinção de um contrato: é a execução pelas partes.
Exemplo: uma compra e venda se resolve quando o comprador paga o preço e o vendedor entrega a ele a mercadoria.
Já as causas anormais poderá ocorrer das seguintes hipóteses:
a) nulidade ou anulabilidade do contrato- incapacidade da parte, ilicitude do objeto, inidoneidade da forma e vícios de consentimento (CC, arts. 166, 167 e 171).
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Extinção dos contratos
b) Direito de arrependimento – quando previsto no contrato (art. 420).
c) Resolução – inexecução do contrato em razão do inadimplemento de uma das partes de forma voluntária, involuntária ou por onerosidade excessiva
d) Resilição – dissolução do vínculo contratual pela vontade de um (denúncia) ou ambos os contratantes (distrato).
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Extinção dos contratos
e) rescisão – modo de extinção de determinados contratos, como de lesão ou estado de perigo (arts. 156 e 157)
f) morte de um dos contratantes, nos contratos personalíssimos.

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