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Teoria da Pena Sursis e Livramento Condicional

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SURSIS
CONCEITO: 
É uma forma de evitar/ suspender a execução da pena privativa de liberdade quando não for possível substituí-la por pena restritiva de direito.
Neste instituto o condenado não inicia a execução da pena, mas fica adstrito a cumprir um determinado período de prova se comprometendo a prestar serviços à comunidade ou coma limitação de fim de semana durante o primeiro ano do período da prova.
O sursis se deve pelo fato de que penas muitos curtas não cumprem suas finalidades de retribuir/ prevenir/ ressocializar, ainda mais no sistema prisional brasileiro com seus conhecidos problemas atuais, o que se percebe é um efeito oposto do desejado.
PREVISÃO LEGAL:
Art. 77 CP
Art. 11 LCP
Art. 16 Lei Ambiental
REQUISITOS:
Para o sursis simples – art. 77 CP
Pena privativa de liberdade até 2 anos que não seja substituída por pena restritiva de direitos.
Que não seja reincidente em crime doloso (condenação anterior à multa não impede o sursis)
Com circunstâncias judiciais favoráveis
Período de Provas: de 2 a 4 anos, se cumpridos sem intercorrências declara-se extinta a pena em conformidade com art.82 CP.
Para sursis especiais:
São necessários os requisitos exigidos no sursis simples, mais:
A reparação do dono
Que as condições do art.59 sejam inteiramente favoráveis nessas modalidades de sursis o período de prova é o mesmo e as condições são mais brandas são eles:
Sursis etário: art.77 §2º CP 
Aplicado em casos onde o condenado é maior 70anos e poderá ser concedido para pena que chegue até 4 anos
Período de provas: de 4 anos a 6 anos
Sursis humanitário: art.77 §2º CP
Aplicado a condenados que apresentem problemas de saúde que justifique a suspensão da pena.
Período de provas: de 4 a 6 anos 
Temos ainda mais duas modalidades de sursis para fora do CP, são elas:
Sursis na Lei de Contravenções Penais (Dec. Lei nº 3688/41) 
Cabem nas chamadas prisões simples nos termos do art.11.
Período de provas: 1 a 3 anos
Sursis na Lei Ambiental (Lei 9605/98)
No art. 16 é possível para que o condenado receba pena privativa de liberdade de até 3 anos.
Período de provas: não é estabelecido por lei.
REVOGAÇÃO DO SURSIS:
Temos duas hipóteses:
Obrigatória: Art.81 CP, I, II e III
Podem ocorrer quando: 
- há condenação transitada em julgado por pratica de crime doloso
- o condenado não paga a multa tendo condições para isso
- injustificadamente não repara o dano
- descumpre o período de provas estabelecido
Facultativo: Art. 81 §1º CP
Pode ocorrer quando:
- há condenação transitada em julgado por crime culposo ou contravenção penal
- o condenado descumpre qualquer outra condição sem serem as legais do sursis
PRORROGAÇÃO
Art. 81 §2º e §3º CP
Se após audiência admonitória o acusado for processado por crime ou contravenção, terá o período de prova prorrogado até o transito em julgado desse processo.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
CONCEITO:
É a restituição antecipada da liberdade do apenado, onde ele liberado terá que cumprir um período de prova pelo tempo que lhe restava para cumprir a pena.
CONDIÇÕES:
Podem ser obrigatórias ou facultativas 
Obrigatória art.132 §1ºLEP
- Se o condenado for apto para o trabalho este deverá obter ocupação lícita dentro de um prazo razoável.
- Deverá comparecer em juízo para justificar suas atividades por períodos determinados.
- Não poderá se mudar sem autorização judicial.
 * Observação: Além dessas 3 condições obrigatórias o juiz pode determinar outras específicas para aquele condenado.
Facultativa art. 132 §2º LEP
- O condenado terá obrigação de se recolher em casa a partir de determinado horário.
- É proibido de freqüentar determinados lugares.
 
REQUISITOS:
Pena Privativa de Liberdade a partir de 2 anos
Reparação do dano
Bom comportamento e conduta carcerária
Cumprimento de parte da pena:
	
Crime Comum
	
Cumprimento de Pena
	
Bons antecedentes +
Não Reincidência em crime doloso
 
	
1/3
	
Reincidência em crime doloso
	
1/2
	
Crime Hediondo/Equiparado
	
Cumprimento de Pena 
	
Reincidente em crime hediondo/ equiparado 
	
Não tem livramento condicional
	
Condenado por crime hediondo/ equiparado 
	
2/3
*A súmula 441 dos STJ diz que a falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.
PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA 
Se o sujeito cometer nova infração durante o livramento condicional seu benefício será suspenso (posição majoritária do STJ e STF), o juiz também poderá até mesmo ordenar sua prisão em função da suspensão de acordo com art.145 LEP.
REVOGAÇÃO:
Obrigatória:
Se condenado definitivamente à pena privativa de liberdade.
Facultativa:
Se condenado à outra espécie de pena ou se descumprir condições impostas.
- Se revogar por crime cometido durante o benefício ou descumprindo as condições: despreza-se o tempo em que esteve solto
- Se revogar por crime anterior: o período de prova é contado como cumprimento de pena e poderá ainda somar o tempo que falta a cumprir como nova pena e calcular o prazo para novo livramento.

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