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Introdução à Administração Financeira Parte 2 (1)

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P R O F ª . R E N I E L L Y N A S C I M E N T O I A R A 
1 
Introdução à Administração Financeira 
Parte 2 
Administração Financeira 
2 
 A administração financeira trata dos ativos e 
passivos correntes como decisões interdependentes: 
 A perda de liquidez pela maior participação de estoques no 
ativo circulante deve ser compensada por um maior volume de 
caixa. 
 A presença de passivos de prazos mais curtos exige ativos 
correntes mais líquidos. 
 Uma retomada das vendas a partir do incentivo às vendas a 
prazo, exige maior volume de investimento em circulante. 
Capital de Giro 
3 
 O capital de giro ou capital circulante representa os recursos 
demandados por uma empresa para financiar suas necessidades 
operacionais identificadas desde a aquisição de matérias-primas (ou 
mercadorias) até o recebimento pela venda do produto acabado. 
Assim, o capital de giro é expressado pelo ativo circulante 
(aplicações correntes). 
 
 O termo giro refere-se aos recursos correntes (curto prazo) da 
empresa, geralmente identificados como aqueles capazes de serem 
convertidos em caixa no prazo máximo de um ano, prevalecendo o 
ciclo operacional quando este é diferente de um ano. 
 
 Falta de sincronia temporal entre os elementos correntes → 
Necessidade de investimento em capital de giro. 
Características Básicas do Balanço Patrimonial 
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Ativo Circulante (AC) 
Disponibilidades 
Valores a Receber 
Estoques 
Ativo Não Circulante 
(ANC) 
Investimentos 
Imobilizado 
Passivo Circulante (PC) 
Fornecedores 
Salários e Encargos 
Sociais 
Empréstimo e 
Financiamentos 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
Reservas de Lucros 
Ajustes de Avaliação 
Patrimonial 
Passivo Não Circulante 
(PNC) 
Curta Duração 
Rápida Conversão 
Capital de Giro Fixo e Variável 
5 
 Capital de Giro Fixo (ou Permanente) 
 O capital de giro permanente refere-se ao volume mínimo de ativo 
circulante necessário para manter a empresa em condições normais 
de funcionamento. 
 
 Capital de Giro Variável (ou Sazonal) 
 O capital de giro variável, por seu lado, é definido pelas necessidades 
adicionais e temporais de recursos verificadas em determinados 
períodos e motivadas, principalmente, por compras antecipadas de 
estoques, maior morosidade no recebimento de clientes, recursos do 
disponível em trânsito, maiores vendas em certos meses do ano, etc. 
Estas operações promovem variações temporais no circulante, e são, 
por isto, denominadas de sazonais ou variáveis. 
Comportamento Fixo e Sazonal do Capital de Giro 
6 
Capital de Giro Fixo e Variável 
7 
 Uma forma simples de determinar o capital de giro 
sazonal é fazer a mensuração do capital de giro 
quando a empresa tiver um volume mínimo de 
operação e quando a empresa estiver operando na 
sua capacidade máxima. 
 
 No primeiro caso, o volume de estoques e valores a 
receber deverá ser bastante reduzido em comparação 
com a situação de capacidade máxima. 
Administração do Capital de Giro 
8 
 Administração do capital de giro diz respeito a 
administração do ativo e passivo circulante e as 
inter-relações entre as contas que os compõem. 
 
 Então, administrar o capital de giro é estudar 
fundamentalmente: 
 
 O nível adequado de estoques que a empresa deve manter; 
 Os investimentos em créditos a clientes; 
 Os critérios de gerenciamento do caixa; 
 A estrutura dos passivos correntes. 
Capital Circulante Líquido (CCL) 
9 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Patrimônio Líquido 
Passivo Não Circulante 
Ativo Não Circulante 
CCL 
Capital Circulante Líquido (CCL) 
10 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Patrimônio Líquido 
Passivo Não Circulante 
Ativo Não Circulante 
Caixa = $100 Empréstimo = $100 
Estoque = $100 
Contas a Receber = $200 
Lucro= $100 
Capital Circulante Líquido (CCL) 
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 “Excedente das aplicações a curto prazo (em ativo 
circulante) em relação às captações de recursos 
processadas também a curto prazo (passivo 
circulante)” 
 
Capital Circulante Líquido (CCL) 
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Ativo Circulante Passivo Circulante 
Patrimônio Líquido 
Passivo Não Circulante 
Ativo Não Circulante 
CCL 
Capital Circulante Líquido (CCL) Positivo 
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CCL > 0 
Dos $80 captados a longo prazo, $ 65 estão aplicados em ativos também de 
longo prazo (não circulante) e os $ 15 excedentes são direcionados para 
financiar o capital de giro da empresa, denotando certa folga financeira. 
Capital Circulante Líquido (CCL) Positivo 
14 
CCL < 0 
CCL negativo revela que a empresa está usando recursos passivos correntes 
para financiar seus investimentos permanentes. A folga financeira é negativa 
pela presença de exigibilidade de curto prazo financiando aplicações com 
prazos de retorno maiores. 
Capital Circulante Líquido (CCL) 
15 
 CCL Positivo 
 Folga Financeira 
 
 CCL Nulo 
 Não existe folga financeira 
 
 CCL Negativo 
 Desequilíbrio financeiro 
 
Empresas com fluxos de caixa 
previsíveis → CCL baixo ou 
negativo 
 
 
Empresas com fluxos de caixa 
imprevisíveis, principalmente nos 
casos em que as saídas são 
relativamente previsíveis, mas as 
entradas não (maioria das 
empresas) → CCL positivo 
Lucros e Fundos 
16 
 Características dos Lucros 
 Apurado pelo regime de competência 
 Não implica, necessariamente, em liquidez de caixa. 
 
 Características dos Fundos 
 Refere-se a disponibilidades (por exemplo, caixa) 
 Um volume mínimo é imprescindível para a empresa 
 Incorpora fluxos operacionais, de investimentos e financeiros 
 
Contas Cíclicas e Financeiras do Giro 
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Ativo Circulante 
Financeiro (ACF) 
Ativo Não Circulante, Não 
Cíclico ou Permanente 
(ANC) 
Passivo Não Circulante + 
Patrimônio Líquido ou 
Passivo Permanente 
(PNC`+ PL) 
Passivo Circulante Cíclico 
(PCC) 
Passivo Circulante 
Financeiro (PCF) 
Ativo Circulante Cíclico 
(ACC) 
Contas Cíclicas do Giro 
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 Ativo Circulante Financeiro: disponibilidades, fundo fixo 
de caixa, aplicações financeiras, depósitos judiciais, 
restituição de IR (IR a recuperar). 
 
 Ativo Circulante Cíclico: duplicatas a receber, estimativa 
de perda com devedores duvidosos, adiantamento a 
fornecedores, estoques, adiantamento a empregados, 
impostos indiretos a compensar (impostos – ICMS, IPI – 
a recuperar), despesas operacionais antecipadas. 
 
 Ativo Permanente: imobilizado, investimentos, realizável 
a longo prazo e intangível. 
 
Contas Cíclicas do Giro 
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 Passivo Circulante Financeiro: empréstimos e 
financiamentos bancários de curto prazo, duplicatas 
descontadas, IR/CSLL a pagar, dividendos a pagar. 
 
 Passivo Circulante Cíclico: fornecedores, impostos 
indiretos (PIS/COFINS/ICMS/IPI) a pagar, 
adiantamentos de clientes, provisões trabalhistas, 
salários e encargos sociais, participações de empregados, 
despesas operacionais. 
 
 Passivo Permanente: exigível a longo prazo e patrimônio 
líquido. 
De acordo com as 
características 
operacionais da 
empresa, uma o u 
mais fases desse ciclo 
podem não existir. 
Ciclo Operacional 
20 
Ciclo Operacional de uma Empresa Industrial 
 
PME (Mp): Prazo Médio de Estocagem de Matéria Prima 
PMF: Prazo Médio de Fabricação 
PMV: Prazo Médio de Vendas 
PMC: Prazo Médio de Cobrança 
Ciclo Operacional e Necessidades de Recursos 
21 
Ciclo Financeiro e Econômico 
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PMPF: Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores 
Representa o intervalo de 
tempo que a empresa irá 
necessitar efetivamente 
de financiamento para 
suas atividades 
Considera unicamente as 
ocorrências de natureza 
econômica, envolvendo a 
comprados materiais até 
a respectiva venda. 
Exemplo 
23 
 Considere uma empresa com um prazo de estocagem de 
matéria-prima de 10 dias, 20 dias para fabricar um produto, 
30 dias para vendê-lo. A empresa leva 25 dias para pagar seus 
fornecedores e recebe dos clientes com 90 dias. Calcule o Ciclo 
Operacional, Econômico e Financeiros desta empresa. 
 
 Ciclo Operacional = PME(Mp) + PMF + PMV + PMC 
 Ciclo Operacional = 10+20+30+90 = 150 dias 
 
 Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – PMPF 
 Ciclo Financeiro = 150 – 25 = 125 dias 
 
 Ciclo Econômico = Ciclo Operacional – PMC 
 Ciclo Econômico = 150 – 90 = 60 dias 
Risco x Retorno 
24 
 ↑ CCL → Folga Financeira → ↓ Risco de Insolvência 
 
 ↑ Folga Financeira → ↑Custo → ↓ Resultado 
 
 “Para qualquer volume de atividade, quanto maior o 
montante de recursos aplicados em ativos correntes 
menor tende a ser a rentabilidade oferecida pelo 
investimento e, em contrapartida, menos arriscada 
se apresenta a política de capital de giro adotada”. 
Exemplo 
25 
 Considere dois níveis alternativos de investimentos 
em capital de giro em avaliação por uma empresa: 
 
 
(20%) 
(30%) 
(50%) 
CCL 
$ 104.000 
CCL 
$ 240.000 
Exemplo 
26 
 Admitindo-se ilustrativamente que o lucro 
operacional tenha atingido a $140.000 para ambas 
as alternativas de capital de giro, e o lucro líquido 
$62.000 na situação de maior risco e $43.000 na de 
menor risco. São apuradas as seguintes taxas de 
retorno: 
 
 Retorno s/ Ativo = Lucro Operacional  Ativo Total 
 Retorno s/ Patrimônio Líquido (PL) = Lucro Líquido  PL 
 
Exemplo 
27 
Na posição de conflito entre liquidez e rentabilidade, conclui-se que uma 
empresa não pode decidir por uma posição de mais alta liquidez e 
rentabilidade simultaneamente, devendo optar por um CCL que lhe 
proporcione um nível de segurança e rentabilidade adequados aos padrões 
definidos pela relação risco/retorno. 
Equilíbrio Financeiro 
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Estrutura das Taxas de Juros 
29 
 A variedade de taxas disponíveis no mercado deve-
se: 
 Aos prazos envolvidos; 
 Às condições estabelecidas entre aplicadores e captadores de 
recursos; 
 Ao risco inerente à operação; 
 Às garantias estabelecidas; 
 Às condições gerais da economia.

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