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1/11 Capital de Giro Conceito de Capital de Giro Para seu funcionamento, as empresas utilizam recursos materiais de renovação lenta (imóveis, instalações, máquinas, equipamentos), denominados capital fixo ou permanente, e recursos de rápida renovação (dinheiro, créditos, estoques) que formam seu capital circulante ou capital de giro, também chamado de ativo corrente. Capital de giro, portanto, é o ativo circulante que sustenta as operações do dia-a-dia da empresa e representa a parcela do investimento que circula de uma forma a outra, durante a condução normal dos negócios. Assim, Uma administração ineficiente do capital de giro poderá afetar de forma dramática o fluxo de caixa da empresa. O volume de capital de giro utilizado por uma empresa depende de seu volume de vendas, de sua política de crédito comercial e do nível de estoques que ela precisa manter. Duas considerações muito importantes na administração do capital de giro são os ciclos econômicos e a sazonalidade específica de determinados negócios. As indústrias normalmente possuem maior proporção de ativos permanentes em relação aos ativos totais, e tendem a concentrar-se nas necessidades de caixa a longo prazo; as empresas comerciais trabalham com maior percentagem de capital de giro e concentram-se principalmente nas contas a receber e nos estoques, buscando mais os financiamentos a curto prazo; as empresas de serviço, por sua vez, possuem poucos ativos permanentes e enfocam basicamente as contas a receber. O capital de giro necessita de recursos para seu financiamento, como acontece com o capital permanente. Assim, quanto maior for o capital de giro, maior será a necessidade de financiamento, seja com recursos próprios, seja com recursos de terceiros. Análise de Liquidez A liquidez de uma empresa é medida pela capacidade que ela possui para satisfazer suas obrigações de curto prazo, nas datas dos vencimentos. A liquidez refere-se à solvência da situação financeira global da empresa – a facilidade com a qual ela pode pagar suas contas. Os principais indicadores para análise de liquidez são: • capital de giro líquido (CGL); • índice de liquidez corrente (ILC); • índice de liquidez seca (ILS); • participação das disponibilidades (PD); • participação de contas a receber (PCR); • participação dos estoques (PE); • índice de financiamento (IF). A interpretação desses índices pode ser feita comparando-os com os de outras empresas do mesmo ramo, e/ou analisando sua evolução ao longo do tempo na própria empresa. CAPITAL DE GIRO = ATIVO CIRCULANTE 2/11 Capital de Giro Líquido (CGL) Também chamado de capital circulante líquido, corresponde à diferença aritmética entre o ativo circulante e o passivo circulante e representa a medida da liquidez da empresa, refletindo sua capacidade de gerenciar as relações com fornecedores e clientes. Logo: O passivo circulante representa os financiamentos (fontes de recursos) a curto prazo da empresa, pois inclui todas as dívidas que terão seu vencimento (e deverão ser pagas) em um ano ou menos. O objetivo da administração financeira a curto prazo é gerir cada um dos itens do ativo circulante (caixa, bancos, aplicações financeiras, contas a receber, estoques etc) e do passivo circulante (fornecedores, contas a pagar, empréstimos etc.), a fim de alcançar um equilíbrio entre lucratividade e risco que contribua positivamente para aumentar o valor da empresa. Um investimento alto demais em ativos circulantes reduz a lucratividade, enquanto um investimento baixo demais aumenta o risco de a empresa não poder honrar suas obrigações nos prazos pactuados. Ambas as situações conduzem à redução do valor da empresa. Quando o valor do ativo circulante supera o do passivo circulante, significa que a empresa possui CGL positivo. Nessa situação mais comum, o CGL representa a parcela dos ativos circulantes da empresa financiada com recursos a longo prazo (soma do exigível a longo prazo com patrimônio líquido), os quais excedem as necessidades de financiamento dos ativos permanentes. Quando o valor do ativo circulante é menor que o do passivo circulante, significa que a empresa possui CGL negativo. Nessa situação menos usual, o CGL é a parcela dos ativos permanentes da empresa que está sendo financiada com passivos circulantes, ou seja, com capitais de curto prazo, o que denota um quadro de risco. De forma geral, a maioria das empresas não consegue conciliar com precisão as entradas (principalmente) e as saídas de caixa. Por isso, os ativos circulantes precisam exceder os passivos circulantes, ou seja, uma parcela dos ativos circulantes é freqüentemente financiada com fundos de longo prazo. Geralmente, entende-se que quanto maior for o CGL de uma empresa, menor será o seu risco, porque sua liquidez reduz a probabilidade de que ela se torne tecnicamente insolvente. Tal premissa, entretanto, pode ser equivocada, pois um CGL muito alto significa que expressivos fundos de longo prazo estão financiando parte dos ativos circulantes. Como os custos desses recursos a longo prazo são sempre mais elevados que os de curto prazo, a empresa poderá vir a enfrentar problemas financeiros. Índice de Liquidez Corrente (ILC) Indica a capacidade da empresa para liquidar seus compromissos financeiros de curto prazo. Como ele estabelece a relação entre ativo circulante e passivo circulante, preferencialmente deve ser sempre maior que 1 (um), isto é, quanto maior for o índice, mais confortável será a situação financeira da empresa. Como esse índice considera todos os valores incluídos no ativo circulante, ele não faz diferenciação sobre a qualidade dos componentes desse ativo. Em outras palavras, atribui aos estoques a mesma liquidez de caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo, ou seja, os estoques, em caso de necessidade, seriam prontamente transformados em dinheiro. Tomando-se o inverso do ILC da empresa, subtraindo-se o quociente resultante de 1 (um) e multiplicando-se a diferença obtida por 100 (cem), obter-se-á a percentagem pela qual o ativo circulante pode ser diminuído, sem tornar impossível para a empresa cobrir seu passivo circulante. CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO = Ativo Circulante – Passivo Circulante ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE = Ativo Circulante Passivo Circulante 3/11 Exemplo: ATIVO CIRCULANTE = R$ 1.360.000,00 PASSIVO CIRCULANTE = R$ 850.000,00 Então, ILC = 1.360.000,00 => 850.000,00 Logo, [ 1 – (1 / 1,6) ] X 100 = Ou seja, a empresa poderia reduzir em até 37,5% o seu ativo circulante e ainda assim manteria seu passivo circulante coberto pelo capital de giro. Índice de Liquidez Seca (ILS) Avalia a capacidade da empresa para liquidar seus compromissos financeiros de curto prazo, considerando seus ativos de maior liquidez, ou seja, excetuando o item Estoques. Como acontece com o índice de liquidez corrente, o valor ideal desse índice depende do setor em que a empresa atua e de suas características operacionais. Por exemplo, uma empresa com forte sazonalidade em suas vendas terá um índice de liquidez seca baixo no período em que precisa carregar altos volumes de estoques, sem que isso represente um sinal de ameaça para seu quadro financeiro. Participação das Disponibilidades Indica a representatividade das disponibilidades financeiras (caixa, bancos, aplicações financeiras de curto prazo) na estrutura do capital de giro. Nas empresas que recebem os valores correspondentes às suas vendas antes do pagamento das compras, como normalmente acontece no setor varejista, esse índice tende a ser elevado. Participação das Contas a Receber Mostra a participação da carteira de duplicatas a receber daempresa sobre o total do capital de giro. Quando é muito alto, pode significar que a empresa está adotando uma política agressiva de concessão de crédito comercial ou, por outro lado, que ela enfrenta problemas de altos índices de inadimplência por parte dos clientes. ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA = (Ativo Circulante − Estoques) Passivo Circulante ILC = 1,6 37,5% PARTICIPAÇÃO DAS DISPONBILIDADES = DIsponibilidades Ativo Circulante PARTICIPAÇÃO DAS CONTAS A RECEBER = Contas a Receber Ativo Circulante 4/11 Participação dos Estoques Representa o peso dos estoques em relação ao capital de giro. Um índice elevado pode significar excessivo investimento em estoques, o que nem sempre é sinônimo de boa administração desse importantíssimo item do capital de giro. Índice de Financiamento Esse parâmetro informa qual é o percentual do capital de giro que está suportado por empréstimos bancários e financiamentos. Um índice baixo pode indicar que a empresa está utilizando, principalmente, financiamento dos fornecedores em lugar de linhas de crédito bancário. Também pode refletir uso normal de financiamento de fornecedores ao lado de uma boa situação de caixa que lhe permite dispensar os financiamentos bancários. Necessidade de Capital de Giro O correto dimensionamento da necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do administrador financeiro. Elevado volume de capital de giro irá desviar recursos financeiros que poderiam ser aplicados nos ativos permanentes da empresa. Todavia, capital de giro muito reduzido restringirá a capacidade de operação e de vendas da empresa. A necessidade de capital de giro pode ser estimada de dois modos: • com base no ciclo financeiro ou • com utilização dos demonstrativos contábeis (balanço patrimonial) Cálculo com Base no Ciclo Financeiro Esse método é aplicável a uma empresa em fase de implantação, por ainda não dispor de demonstrações contábeis. A necessidade de capital de giro corresponde ao caixa operacional, ou seja, ao montante mínimo de recursos financeiros necessários para garantir a operacionalidade da empresa. Trata-se de uma forma simples de se efetuarem os cálculos, pois o método pressupõe que as despesas projetadas anuais são uniformemente distribuídas ao longo do ano. Cálculo com Base no Balanço Patrimonial O capital de giro líquido (CGL) é definido como a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Porém, nem todo o valor do CGL assim calculado representa efetiva necessidade de investimento. O ativo circulante contém contas transitórias (caixa, bancos, aplicações financeiras de curto prazo) e no passivo circulante também são transitórios os empréstimos e financiamentos de curto prazo, bem como os seus respectivos encargos financeiros. Essas contas transitórias (ativo e passivo flutuantes) não estão relacionadas à necessidade de investimento em capital de giro. Para se calcular a necessidade de capital de giro de uma empresa com base em seu balanço patrimonial é necessário que se reclassifiquem algumas contas tanto do ativo como do passivo – com a finalidade específica de se proceder a esses cálculos. Passa- se a considerar o balanço patrimonial da seguinte maneira: Ativo Permanente (AP) – formado pelos itens de longo prazo do ativo. Seu valor é igual à soma dos seguintes itens: realizável a longo prazo, investimento, imobilizado e diferido. PARTICIPAÇÃO DOS ESTOQUES = Estoques Ativo Circulante ÍNDICE DE FINANCIAMENTO = Empréstimos + Financiamentos + Encargos Fin. Ativo Circulante 5/11 Ativo Operacional (AO) – representa os recursos utilizados nas operações da empresa que dependem das características de seu ciclo operacional. É composto por: duplicatas a receber, estoques e outros valores a receber que possuem natureza permanente. Ativo Flutuante (AF) – corresponde aos itens de curtíssimo prazo do ativo circulante que possuem natureza transitória como caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo. Passivo Permanente (PP) – é formado pelas contas de longo prazo do passivo e representa a fonte permanente de recursos financeiros da empresa. É igual à soma do exigível a longo prazo com o patrimônio líquido. Passivo Operacional (PO) – representa as contas do passivo vinculadas ao ciclo operacional da empresa, tais como fornecedores, salários, encargos, impostos, taxas e outras contas a pagar. Passivo Flutuante ( PF) – corresponde aos itens de curtíssimo prazo do passivo circulante que não têm vinculação direta com as operações da empresa. São eles: empréstimos, financiamentos e outras obrigações financeiras de curto prazo. A fórmula de cálculo da necessidade de capital de giro (NCG) é: O capital de giro líquido (CGL) calculado com base nessa reclassificação de contas será: O resultado será o mesmo se for usada a fórmula: Denomina-se efeito tesoura (ET) o valor do capital de giro líquido que excede a necessidade de capital de giro calculada na forma acima. Tal valor corresponde ainda à diferença entre o ativo flutuante (AF) e o passivo flutuante (PF). Assim, têm-se as seguintes fórmulas para seu cálculo: OU CGL = PASSIVO PERMANENTE – ATIVO PERMANENTE CGL = ATIVO CIRCULANTE – PASSIVO CIRCULANTE EFEITO TESOURA = ATIVO FLUTUANTE – PASSIVO FLUTUANTE EFEITO TESOURA = CGL – NCG NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante 6/11 Exemplo: Calcular a necessidade de capital de giro, o capital de giro líquido e o efeito tesoura com base no balanço patrimonial da empresa hipotética abaixo. Valores em Milhares de Reais ATIVO PASSIVO Caixa 100 Fornecedores 1.000 Bancos 900 Salários a Pagar 2.000 Aplic. Financeiras 2.000 Encargos a Pagar 1.000 Contas a Receber 3.000 Impostos e Taxas 1.000 Estoques 3.900 Empréstimos 2.000 Outros Valores a Rec. 100 Exigível a Longo Prazo 4.000 Realizável a Longo Prazo 2.000 Capital 7.500 Investimentos 2.000 Reservas 1.000 Imobilizado 5.500 Lucros Acumulados 500 Diferido 500 TOTAL DO ATIVO 20.000 TOTAL DO PASSIVO 20.000 Reclassificando-se o balanço, tem-se: ATIVO PASSIVO Caixa 100 Fornecedores 1.000 Bancos 900 Salários a Pagar 2.000 Aplic. Financeiras 2.000 Encargos a Pagar 1.000 Ativo Flutuante 3.000 Impostos e Taxas 1.000 Passivo Operacional 5.000 Contas a Receber 3.000 Estoques 3.900 Empréstimos 2.000 Outros Valores a Rec. 100 Passivo Flutuante 2.000 Ativo Operacional 7.000 Exigível a Longo Prazo 4.000 Realizável a Longo Prazo 2.000 Capital 7.500 Investimentos 2.000 Reservas 1.000 Imobilizado 5.500 Lucros Acumulados 500 Diferido 500 Passivo Permanente 13.000 Ativo Permanente 10.000 TOTAL DO ATIVO 20.000 TOTAL DO PASSIVO 20.000 a) Cálculo da necessidade de capital de giro (NCG) NCG = AO – PO NCG = 7.000 – 5.000 b) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) CGL = PP – AP CGL = 13.000 – 10.000 OU CGL = AC – PC CGL = 10.000 – 7.000 NCG = 2.000 CGL = 3.000 CGL = 3.000 7/11 c) Cálculo do efeito tesoura (ET) ET = CGL – NCG ET = 3.000 – 2.000 OU ET = AF – PF ET = 3.000 – 2.000 => Reserva de Capital de Giro O capital de giro é fortemente influenciado pelas incertezas inerentes a todo tipo de atividade empresarial. Por esse motivo, a empresa deve manter uma reserva financeira para enfrentar os eventuais problemas que podem surgir. Quanto maior for a reserva financeira alocada à manutenção do capital de giro,menores serão as possibilidades de crises financeiras, ou seja, menor será o risco de a empresa deixar de honrar seus compromissos financeiros a curto prazo, nas datas de seus vencimentos. Mais uma vez, no entanto, deve ser lembrado que somente os ativos permanentes proporcionam a rentabilidade satisfatória para a empresa. A rentabilidade obtida pela reserva de capital de giro aplicada no mercado financeiro não constitui a atividade-fim das empresas não-financeiras. O administrador financeiro deve buscar, portanto, um equilíbrio entre o volume necessário à manutenção da reserva de capital de giro e o valor a ser aplicado no ativo permanente da empresa. Deve lembrar, por fim, que a rentabilidade da empresa pode esperar por uma recuperação de lucros, mas que o capital de giro não pode esperar. Ele é prioritário. Sem o lucro, a empresa fica estagnada ou encolhe, porém, sem o capital de giro, ela desaparece. Redução da Necessidade de Capital de Giro Um ciclo financeiro curto permite maior giro de caixa, que, por sua vez, implica menor necessidade de capital de giro. O ciclo financeiro de uma empresa depende de três fatores: prazo de pagamento das compras, prazo de produção ou estocagem e prazo de recebimento das vendas. Os prazos de pagamento de compras e de recebimento das vendas são determinados pelas condições de mercado. Apenas alterações provisórias desses prazos poderiam ser conseguidas a partir de negociações com fornecedores e clientes. Por esse motivo, as medidas financeiras para encurtamento do ciclo financeiro são pouco eficazes. Apenas o encurtamento do prazo de produção ou estocagem pode fazer mudanças significativas e duradouras sobre o ciclo financeiro da empresa. Essas medidas, entretanto, estão fora do escopo da área financeira, exigindo o concurso das áreas técnicas, como de produção, operação ou logística para sua implementação. Diversas técnicas podem proporcionar o encurtamento da etapa de produção ou operação da empresa, dentre as quais se pode destacar Just in Time (JIT), Administração Total da Qualidade (TQM), Supply Chain Management, Lean Production, etc.. Dos muitos problemas ocorridos com as empresas que as obrigam a recorrer a bancos e a outras instituições financeiras em busca de recursos para seu capital de giro, destacam-se: � má administração da empresa em diversas áreas elevando demais os custos fixos; � sazonalidade das vendas; � ciclo operacional e ciclo financeiro muito longos; � excesso de inadimplência por parte de clientes; � empréstimos e financiamentos obtidos a custos muito elevados; BIBLIOGRAFIA ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e valor . São Paulo : Atlas GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira – São Paulo: Harbra. LEMES JUNIOR, Antônio Barbosa, et al. Administração financeira : princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro : Campus, 2002. SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo : Atlas. ET = 1.000 ET = 1.000 8/11 ATIVO 31/12/X1 31/12/X0 PASSIVO 31/12/X1 31/12/X0 CIRCULANTE 5.340 4.650 CIRCULANTE 3.031 4.680 Bancos C/ Movimento 135 90 Fornecedores 687 515 Aplicações Financeiras 1.950 630 Empréstimos 708 2.560 Clientes 1.350 2.630 Financiamentos 200 Estoques 645 210 Outras Obrigações 1.436 1.605 Títulos a Receber 1.260 1.090 ATIVO N.CIRCULANTE 3.374 3.988 PASSIVO N.CIRCULANTE 785 876 Realizável a longo prazo 2.403 2.737 Exigível a longo prazo 785 876 Títulos a Receber 2.000 2.000 Empréstimos 305 196 Créditos com Coligadas 28 19 Financiamentos 480 680 Aplicações Financeiras 375 718 Investimentos 268 195 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 4.898 3.082 Imobilizado 703 1.056 Capital Social 2.400 2.200 Reservas 2.498 882 TOTAL 8.714 8.638 TOTAL 8.714 8.638 Informações Complementares: 31/12/X1 31/12/X0 Receita Bruta de Vendas 9.400 3.750 Capital Social = 2.000.000 Ações (-) Impostos s/ vendas (2.361) (730) Cotação da Ação: Receita Líquida de Vendas 7.039 3.020 31.12.X1 R$ 4.20 (-) C.P.V. (4.490) (1.430) 31.12.X0 R$ 4.40 Lucro Bruto 2.549 1.590 (-) Despesas Operacionais (1.359) (586) Estoque inixial em 31.01.X0 R$ 830 (-) Despesas Financeiras (378) (676) Result. Operacional Líquido 812 328 (-) Impostos e participações (312) (128) Lucro Llíquido 500 200 Com base nos dados acima apresentados, calcule os indicadores solicitados. CIA ÍNDICES - Milhares de Reais D.R.E. - Milhares de Reais INDICADORES ESTRUTURAIS 31/12/X1 31/12/X0 Capital de terceiros Capital próprio Capital de giro Capital de giro próprio Capital circulante Capital circulante líquido Participação do Capital de Terceiros Participação do Capital Próprio Permanência do Ativo Permanência do Capital Próprio % Capital próprio financiando o giro % Capital terceiros financiando o giro % Giro financiado por capital próprio % Giro financiado por capital terceiros % Fixo financiado por capital próprio % Fixo financiado por capital terceiros % Capital próprio financiando o fixo % Capital terceiros financiando o fixo CIA ÍNDICES - INDICADORES 9/11 CICLOS ECONÔMICO, OPERACIONAL E FINANCEIRO Utilizadas para mensurar o tempo em que as atividades da empresa são desenvolvidas. De fundamental importância no controle gerencial e gestão de negócios, refletem a cultura organizacional da empresa, dentro do seu ramo de negócios. Seus valores dependem dos processos de produção, capacidade de vendas e recebimentos de clientes. No caso do ciclo financeiro considera-se também o pagamento a fornecedores. Considere uma empresa onde as mercadorias permaneçam 42 dias em estoque, com uma média de recebimento de clientes igual a 60 dias sendo o pagamento a fornecedores em 30 dias. Teremos os seguintes valores para o cálculo dos ciclos como exemplo: Prazo Médio de Estocagem (PME) = 42 dias Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR) = 60 dias Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) = 30 dias Ciclo Econômico O ciclo econômico é o tempo em que a mercadoria permanece em estoque. Vai desde a aquisição dos produtos até o ato da venda, não levando em consideração o recebimento das mesmas (encaixe). Fórmula: Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem (PME) Exemplo: Ciclo Econômico = 42 dias Ciclo Operacional Compreende o período entre a data da compra até o recebimento de cliente. Caso a empresa trabalhe somente com vendas á vista, o ciclo operacional tem o mesmo valor do ciclo econômico. Fórmula: Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR) Exemplo: Ciclo Operacional = 42 dias + 60 dias Ciclo Operacional = 102 dias Ciclo Financeiro Também conhecido como Ciclo de caixa é o tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas. Quanto maior o poder de negociação da empresa com fornecedores, menor o ciclo financeiro. Fórmula: Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) Exemplo: Ciclo Financeiro = 102 dias - 30 dias Ciclo Financeiro = 72 dias 10/11 Análise É importante para a empresa, sempre buscaralternativas que resultem em ciclos financeiros reduzidos, observando sempre as limitações do mercado e o setor econômico inserido. Com ciclos menores temos o aumento do giro de negócios, proporcionando maiores retornos sobre os investimentos. No exemplo acima temos um ciclo financeiro de 72 dias, isso significa dizer que durante 1 ano (360 dias) a empresa gira 5 vezes. Observe que após o pagamento a fornecedores, a empresa começa a financiar suas atividades com seu próprio capital de giro. Abaixo temos a diminuição do ciclo financeiro estendendo o pagamento a fornecedores de x' para x''. Outras medidas seriam a antecipação de vendas e de seus respectivos recebimentos. 11/11 Com base nos balanços apresentados, calcular os indicadores relativos à atividade operacional das empesas comerciais Cia A Cia B Cia C Cia D Cia E Circulante 200.000 505.000 180.000 200.500 670.000 Disponível 55.000 40.000 20.000 42.000 95.000 Clientes 80.000 325.000 110.000 68.500 215.000 Mercadorias 65.000 140.000 50.000 90.000 360.000 Realizável longo prazo 20.000 130.000 70.000 30.500 210.000 Permanente 130.000 315.000 200.000 169.000 120.000 Ativo Total 350.000 950.000 450.000 400.000 1.000.000 Cia A Cia B Cia C Cia D Cia E Circulante 127.640 320.000 220.000 153.500 830.000 Fornecedores 47.640 123.000 66.000 123.500 760.000 Obrigações diversas 80.000 197.000 154.000 30.000 70.000 Exigível longo prazo 20.000 180.000 110.000 80.000 - Patrimônio líquido 202.360 450.000 120.000 166.500 170.000 Passivo Total 350.000 950.000 450.000 400.000 1.000.000 55.000 ???? 30.000 ???? 320.000 ???? 1.480.000 ???? 626.000 ???? Cia A Cia B Cia C Cia D Cia E Vendas brutas 960.000 2.600.000 990.000 880.000 9.600.000 (-) Deduções (80.000) (260.000) (50.000) (60.000) (1.200.000) Vendas líquidas 880.000 2.340.000 940.000 820.000 8.400.000 (-) C.M.V (480.000) (1.440.000) (720.000) (586.000) (6.800.000) Lucro bruto (MC) 400.000 900.000 220.000 234.000 1.600.000 (-) Despesas operacionais (130.000) (270.000) (110.000) (108.000) (330.000) (-) Despesas financeiras (55.000) (92.000) (30.000) (32.000) (47.000) Lucro operacional líquido 215.000 538.000 80.000 94.000 1.223.000 (-) Resultado não operacional (12.000) (18.000) - - (70.000) (-) I.R./ C.S. (53.000) (130.000) (20.000) (23.000) (288.000) Lucro líquido 150.000 390.000 60.000 71.000 865.000 Cia A Cia B Cia C Cia D Cia E Giro do ativo (vezes) Giro do estoque (vezes) Rotação do estoque (dias) P.M.R.V. (dias) P.M.P.C. (dias) Retorno do investimento nos estoques (dias) Financiamento estoque c/ recursos próprios (dias) Financiamento estoque c/ recursos terceiros (dias) Financiamento clientes c/ recursos próprios (dias) Financiamento clientes c/ recursos terceiros (dias) Necessidade de capital de giro (dias) Necessidade de capital de giro líquido (dias) Obs.: Utilizar saldos médios somente nos estoques Indicadores Milhares de reais 31/12/x2 Milhares de reais 31/12/x2 Estoque em 31/12/X1 Compras Milhares de reais x2
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