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Apostila de segurança de laboratório.pdf
 
 
 SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
Em breve estaremos iniciando nossas atividades práticas em Laboratório, então como regras mínimas de 
comportamento no Laboratório devemos adotar os seguintes procedimentos: 
• Ter sempre presente que o laboratório é um lugar de trabalho sério; consequentemente, toda e 
qualquer brincadeira é expressamente proibida; 
• Prepare-se para qualquer experiência, lendo as orientações antes de ir para o laboratório; siga as 
instruções rigorosa e inteligentemente, anotando com cuidado todas as precauções a tomar; 
• Realizar somente as experiências após sua discussão com o professor e com os colegas; 
• Ao observar o cheiro de uma substância não coloque o rosto diretamente sobre o frasco que a contém; 
abane com a mão por cima do frasco aberto, e desloque na sua direção uma pequena quantidade de 
vapor para cheirar; 
• Dar tempo suficiente para que um vidro quente se arrefeça; coloque-o sobre uma tela de amianto, isto 
pode ser considerada uma indicação que o material está aquecido; lembre-se que um vidro quente 
tem a mesma aparência de um vidro frio; 
• Considere todos os produtos químicos como perigosos, verificar o procedimento para manuseio e 
descarte, toxidez e incompatibilidade dos produtos químicos a serem usados; 
• Basicamente todos produtos químicos são tóxicos, portanto evite contato ou exposição desnecessários; 
• Verificar cuidadosamente o rótulo do frasco que contém um dado reagente, antes de tirar dele 
qualquer porção do seu conteúdo; leia o rótulo duas vezes para se certificar de que tem o frasco certo; 
• As porções de reagentes que não forem usadas nunca devem voltar para o frasco de onde forem 
retiradas; nunca se deve introduzir qualquer objeto no frasco de um reagente exceção feita para o 
conta-gotas com o qual ele possa estar equipado; 
• Nunca pipete nenhum produto químico, fazendo sucção com a boca, diretamente: para isso existem 
pêras de borracha, pipetas automáticas e seringas descartáveis; não vale a pena o risco - você não tem 
nenhuma garantia da limpeza da extremidade da pipeta e do caráter “inofensivo” do produto químico; 
• Trabalhe sempre com avental abotoado, comprido, de mangas longas e de material de difícil 
inflamabilidade; 
• Acostume-se a usar, no laboratório, um calçado simples, fechado, de couro ou similar, de salto 
baixo e sola pouco escorregadia ou antiderrapante; 
• Acostume-se a usar, no laboratório, roupas simples, de material de difícil inflamabilidade; o ideal 
é ter uma roupa de laboratório, que não volte para casa e seja lavada separadamente; 
• Óculos de segurança são altamente recomendados no laboratório, especialmente onde o uso é 
obrigatório; sempre que houver riscos potenciais, usar e fazer com que as demais pessoas usem; 
• Armários de roupas, no laboratório, deve conter apenas as suas roupas e objetos de uso pessoal: 
nunca coloque materiais de laboratório nestes armários; 
• Nunca leve as mãos aos olhos e à boca, quando estiver no laboratório - suas mãos estarão 
contaminadas e poderá haver danos perceptíveis e imperceptíveis; 
• Lave cuidadosamente as mãos, com bastante água e sabão, antes de qualquer refeição. Adquira o 
hábito de lavar as mãos, em água corrente, várias vezes, durante o trabalho de laboratório; 
• É vetado o consumo e/ou a colocação de qualquer tipo de alimento sobre as bancadas, em armários e em 
geladeiras de laboratório; 
• Nunca utilize vidraria de laboratório (béquer, erlenmeyer) como utensílio doméstico (copo, 
reservatório) - o risco é evidente; 
• é vetado o hábito de alimentar-se durante o trabalho de laboratório; 
• Evite o uso de lentes de contato: os produtos químicos (vapores) podem danificá-la, causando 
graves lesões nos olhos; 
• Não se exponha a radiações (UV-Ultravioleta, IV-Infravermelho) sem proteção adequada; 
• Feche todas as gavetas e portas dos armários que abrir; 
• Desenvolva o hábito da limpeza e da organização, base de toda a política de segurança de laboratório; 
• Cuidado com pisos escorregadios: às vezes é preferível deixar de encerar o piso como garantia 
de impedir escorregões em escadas e corredores; 
• Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos e não pertencentes ao 
trabalho a ser desenvolvido; 
• Mantenha uma boa ventilação na área de trabalho, bem como uma iluminação adequada 
(consulte especialista no assunto, se for o caso); 
• Faça uma limpeza prévia, com água, ao esvaziar um frasco de reagente, antes de colocá-lo junto com 
o material a ser lavado pelo laboratorista - você ainda sabe o que continha, ele não; 
• Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparados e as amostras coletadas; 
rapidamente você poderá não saber mais o que é o quê; 
• Todos os frascos e recipientes devem permanecer tampados ou arrolhados; 
• Não coloque recipientes pesados ou contendo líquidos inflamáveis a um nível superior ao da cabeça 
ou em locais de difícil acesso; 
• Nunca deixe desatendidos bicos de gás ou maçaricos; 
• Nunca deixe bombas de vácuo e trompas d’água ligadas durante a noite; 
• Retire os materiais, amostras e reagentes, bem como equipamentos e aparelhos, da bancada de 
trabalho tão logo terminar a tarefa (o próximo colega deve encontrar a bancada em ordem para o seu 
trabalho!); 
• Não deixe material acumulado na pia: em caso de acidente, por exemplo, pode-se precisar da pia para 
lavar os olhos ou as mãos, rapidamente; 
• Papéis e resíduos utilizados devem ser colocados no recipiente de coleta de lixo comum, 
somente quando não apresentarem risco; 
• Atente para o estado de conservação dos utensílios de laboratório, como pinças, espátulas, 
suportes, mufas, etc.; 
• Nunca realize tarefa com risco, por exemplo, sentado os movimentos ficam tolhidos; 
• Toda evaporação de solventes, e, mesmo toda a operação de aquecimento, deve ser conduzida em 
capelas (aerodispersóides
1
 são inalados imperceptivelmente!); 
• Limpe imediatamente todo e qualquer derramamento de produtos químicos; proteja-se, se 
necessário, para realizar esta atividade; derivados de petróleo podem ser embebidos em estopa, que deve 
ser descartada em recipiente adequado para tal (material inflamável); ácidos e bases fortes devem ser 
neutralizados (com vermiculite
2
, calcário, serragem, areia seca, etc.) antes de serem removidos; 
• Em caso de dúvida quanto à toxicidade do produto, consulte o orientador dos trabalhos e/ou proceda 
como se fosse de máxima toxicidade no seu manuseio; 
• Em geral, se ocorrer um derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos ou corrosivos, proceda 
da seguinte maneira: 
- interrompa o trabalho; 
- advirta as pessoas próximas ao local sobre o ocorrido; 
- solicite ou realize a limpeza imediatamente; 
 
Atividade Orientada QO - Aula 1 e 2.pdf
UNIME SALVADOR 
 
Aluno(a): __________________________________________________________________________ 
Data: ____/____/____ Professora: Mayara Silva Disciplina: Química Orgânica 
 
 
ATIVIDADE ORIENTADA I 
 
01. Proponha as estruturas para 2 isômeros com fórmula C2H7N. 
 
 
02. Identifique os átomos de carbono nas moléculas como 1º, 2º, 3º ou 4º. 
 
CH3
CH3
CH3
CH3
CH3CH3
CH3
CH3
CH3
CH3
CH3CH3
03. Desenhe a fórmula estrutural do propino, CH3CCH, indicando a hibridização de cada carbono e o 
valor de cada ângulo de ligação. 
 
04. Escreva as estruturas de Lewis e a fórmula estrutural de traços para as seguintes substâncias, 
sempre mostrando os elétrons não-ligantes: 
 
a) CHCl3, clorofórmio b) CH3NH2, metilamina d) NaH, hidreto de sódio 
 
05. Converta as seguintes fórmulas moleculares nas fórmulas estruturais de traços consistentes com as 
regras de valência: 
 
a) C3H8 b) C2H6O (2 possibilidades) c) C2H4O (3 possibilidades) 
 
07. Classifique as cadeias abaixo em: 1) Abertas, fechadas ou mistas; 2) Retas ou ramificadas; 3) 
Homogêneas ou heterogêneas, e; 4) Saturadas ou insaturadas. 
 
a) CH3
CH3
CH3
CH3 
b) 
C C
CH2NH2
CNH
CH3 
 
c) 
CH3
CH2
CH3
CH3 CH3 
 
d) 
CH3
 
 
08. Desenhe a fórmula estrutural de traços para o propeno, CH3CH=CH2, indicando a hibridização de 
cada carbono e o valor de cada ângulo de ligação. 
 
a) b) c) 
Exercicio - Introdução e Funções orgânicas.pdf
Faculdade Delta UNIME PARALELA 
 
LISTA INTRODUÇÃO À QUIMICA ORGANICA E FUNÇÕES ORGÂNICAS 
Profª Mayara 
 
1. (Ufpe) Sobre as propriedades de alguns compostos orgânicos, podemos afirmar: 
( ) os álcoois apresentam uma hidroxila ligada ao carbono como grupo funcional, podendo formar 
pontes de hidrogênio. 
( ) os ácidos carboxílicos não formam pontes de hidrogênio e, por isso, apresentam ponto de ebulição 
muito baixo. 
( ) os ésteres, as cetonas, os aldeídos, os ácidos carboxílicos e as amidas têm em comum o grupo 
funcional carbonila. 
( ) os aldeídos, assim como os alcoóis, possuem uma hidroxila como grupo funcional. 
( ) as aminas são compostos que apresentam uma ligação carbono-nitrogênio, como grupo funcional e 
apresentam um caráter básico. 
 
2. Desenhe as estruturas dos compostos abaixo e diga se possuem carbono 1º, 2º, 3º e 4ª na mesma. 
 
a) 3,3-Dimetil-4-octino b) 3-Etil-5-metil-decino 
c) 2,2,5,5-Tetrametil-3-hexino d) 3,4-Dimetilciclodecino 
e) 3,5-metil –Heptano f) 3-Cloro-4,4-dimetil-1-nonen-6-ino 
g) 3-sec-Butil-1-hepteno h) 5-tert-Butil-2-metil-3-octano 
 
3. Dê o nome e diga as funções dos compostos abaixo: 
a) b) c) 
 
 
d) d) d) 
 
 
 
4. Desenhe as estruturas dos compostos abaixo e diga as funções: 
 
a) metilfenol 
b) propanal 
c) bromoetano 
d) metoxi-etano 
e) metanoato de metila 
f) 4-metil-2-hexanona 
g) 3-fenil-propanal 
 
5. (Ufrn) Em pacientes com suspeita de dengue, não é recomendada a utilização de antitérmicos e 
analgésicos à base de ácido acetil salicílico (aspirina), por causar aumento do risco de hemorragia. Um 
medicamento substituto é o paracetamol, um composto polifuncional, cuja fórmula esta abaixo. Diga 
quais as funções presentes no mesmo. 
 
 
Materiais e equipamentos de laboratório de quimica.pdf
www.fabianoraco.oi.com.br Equipamentos de Laboratório de Química 1 
 
Prof. Fabiano Ramos Costa – Química Não se Decora, Compreende! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUIPAMENTOS 
DE LABORATÓRIO 
DE QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipamentos de Laboratório de Química 2 
 
EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
Almofariz com Pistilo 
Usado na trituração e 
pulverização de sólidos. 
 
 
 
 
Alonga 
Serve para conectar o 
condensador ao frasco coletor 
nas destilações, direcionando o 
fluxo de líquido. 
 
 
 
Anel ou Argola 
Usado como suporte do funil na 
filtração. 
 
 
 
Aparelhagem de Destilação 
Montagem de aparelhos para 
uma destilação. É utilizado, um 
condensador reto, uma alonga, 
um balão volumétrico, um 
adaptador para destilação e uma 
manta aquecedora. 
 
 
 
Balança Digital 
Para a medida de massa de 
sólidos e líquidos não voláteis 
com grande precisão. 
 
 
 
A balança analítica é um dos instrumentos de medida mais usados no laboratório e dela dependem 
basicamente todos os resultados analíticos. 
As balanças analíticas modernas, que podem cobrir faixas de precisão de leitura da ordem de 0,1 
µg a 0,1 mg, já estão bastante aperfeiçoadas a ponto de dispensarem o uso de salas especiais para a 
pesagem. Mesmo assim, o simples emprego de circuitos eletrônicos não elimina as interações do sistema 
com o ambiente. Destes, os efeitos físicos são os mais importantes, pois não podem ser suprimidos. 
As informações contidas neste texto visam indicar os pontos mais importantes a serem 
considerados nas operações de pesagem. 
 
Localização da Balança 
A precisão e a confiabilidade das pesagens estão diretamente relacionadas com a localização da 
balança analítica. Os principais itens a serem considerados para o seu correto posicionamento são: 
 
Características da sala de pesagem 
• Ter apenas uma entrada. 
• Ter o mínimo de janelas possível, para evitar a luz direta do sol e correntes de ar. 
Equipamentos de Laboratório de Química 3 
 
• Ser pouco susceptível a choques e vibrações. 
 
As condições da bancada 
• Ficar firmemente apoiada no solo ou fixada na parede, de modo a transmitir o mínimo de vibrações 
possível. 
• Ser rígida, não podendo ceder ou vergar durante a operação de pesagem. Pode-se usar uma 
bancada de laboratório bem estável ou uma bancada de pedra. 
• Ficar localizada nas posições mais rígidas da construção, geralmente nos cantos da sala. 
• Ser antimagnética (não usar metais ou aço) e protegida das cargas eletrostáticas (não usar 
plásticos ou vidros). 
 
As condições ambientais 
• Manter a temperatura da sala constante. 
• Manter a umidade entre 45% e 60% (deve ser monitorada sempre que possível). 
• Não permitir a incidência de luz solar direta. 
• Não pesar próximo a irradiadores de calor. 
• Colocar as luminárias distantes da bancada, para evitar distúrbios devido à radiação térmica. O uso 
de lâmpadas fluorescentes é menos crítico. 
• Evitar pesar perto de equipamentos que usam ventiladores (ex.: ar condicionado, computadores, 
etc.) ou perto da porta. 
 
CUIDADOS OPERACIONAIS 
 
Cuidados básicos 
• Verificar sempre o nivelamento da balança. 
• Deixar sempre a balança conectada à tomada e ligada para manter o equilíbrio térmico dos circuitos 
eletrônicos. 
• Deixar sempre a balança no modo stand by, evitando a necessidade de novo tempo de 
aquecimento (warm up). 
 
O frasco de pesagem 
• Usar sempre o menor frasco de pesagem possível. 
• Não usar frascos plásticos, quando a umidade estiver abaixo de 30-40%. 
• A temperatura do frasco de pesagem e seu conteúdo devem estar à mesma temperatura que a do 
ambiente da câmara de pesagem. 
• Nunca tocar os frascos diretamente com os dedos ao colocá-los ou retirá-los da câmara de 
pesagem. 
 
O prato de pesagem 
• Colocar o frasco de pesagem sempre no centro do prato de pesagem. 
• Remover o frasco de pesagem do prato de pesagem tão logo termine a operação de pesagem. 
 
A leitura 
• Verificar se o mostrador indica exatamente zero ao iniciar a operação. Tare a balança, se for 
preciso. 
• Ler o resultado da operação tão logo o detector automático de estabilidade desapareça
do 
mostrador. 
 
Calibração 
Calibrar a balança regularmente, principalmente se ela estiver sendo operada pela primeira vez, se 
tiver sido mudada de local, após qualquer nivelamento e após grandes variações de temperatura ou de 
pressão atmosférica. 
 
Manutenção 
• Manter sempre a câmara de pesagem e o prato de pesagem limpos. 
• Usar somente frascos de pesagem limpos e secos. 
 
Influências Físicas sobre as Pesagens 
Quando o mostrador da balança ficar instável, seja por variação contínua da leitura para mais ou 
para menos ou simplesmente se a leitura estiver errada… 
 
Equipamentos de Laboratório de Química 4 
 
ATENÇÃO: Você estará observando influências físicas indesejáveis sobre a operação. As mais comuns 
são: 
 
Temperatura 
• Efeito Observado: O mostrador varia constantemente em uma direção. 
• Motivo: A existência de uma diferença de temperatura entre a amostra e o ambiente da câmara de 
pesagem provoca correntes de ar. Estas correntes de ar geram forças sobre o prato de pesagem 
fazendo a amostra parecer mais leve (chamada flutuação dinâmica). Este efeito só desaparece 
quando o equilíbrio térmico for estabelecido. Além disso, o filme de umidade que cobre qualquer 
amostra, e que varia com a temperatura, é encoberto pela flutuação dinâmica. Isto faz com que um 
objeto frio pareça mais pesado ou um objeto mais quente mais leve. 
• Medidas corretivas: 
o Nunca pesar amostras retiradas diretamente de estufas, muflas, ou refrigeradores. 
o Deixar sempre a amostra atingir a temperatura do laboratório ou da câmara de pesagem. 
o Procurar sempre manusear os frascos de pesagens ou as amostras com pinças. Se não for 
possível, usar uma tira de papel. 
o Não tocar a câmara de pesagem com as mãos. 
o Usar frascos de pesagem com a menor área possível. 
 
Variação de massa 
• Efeito Observado: O mostrador indica leituras que aumentam ou diminuem, continua e lentamente. 
• Motivo: Ganho de massa devido a uma amostra higroscópica (ganho de umidade atmosférica) ou 
perda de massa por evaporação de água ou de substâncias voláteis. 
• Medidas corretivas: 
o Usar frascos de pesagem limpos e secos e manter o prato de pesagem sempre livre de 
poeira, contaminantes ou gotas de líquidos. 
o Usar frascos de pesagem com gargalo estreito. 
o Usar tampas ou rolhas nos frascos de pesagem. 
 
Eletrostática 
• Efeito Observado: O mostrador da balança fica instável e indica massas diferentes a cada 
pesagem da mesma amostra. A reprodutibilidade dos resultados fica comprometida. 
• Motivo: O seu frasco de pesagem está carregado eletrostaticamente. Estas cargas formam-se por 
fricção ou durante o transporte dos materiais, especialmente os pós e grânulos. Se o ar estiver seco 
(umidade relativa menor que 40%) estas cargas eletrostáticas ficam retidas ou são dispersadas 
lentamente. Os erros de pesagem acontecem por forças de atração eletrostáticas que atuam entre a 
amostra e o ambiente. Se a amostra e o ambiente estiverem sob o efeito de cargas elétricas de 
mesmo sinal [+ ou -] ocorrem repulsões, enquanto que sob o efeito de cargas opostas [+ e -], 
observam-se atrações. 
• Medidas corretivas: 
o Aumentar a umidade atmosférica com o uso de um umidificador ou por ajustes apropriados 
no sistema de ar condicionado (umidade relativa ideal: 45-60%). 
o Descarregar as forças eletrostáticas, colocando o frasco de pesagem em um recipiente de 
metal, antes da pesagem . 
o Conectar a balança a um "terra" eficiente. 
 
Magnetismo 
• Efeito Observado: Baixa reprodutibilidade. O resultado da pesagem de uma amostra metálica 
depende da sua posição sobre o prato da balança. 
• Motivo: Se o material for magnético (ex.: ferro, aço, níquel, etc.) pode estar ocorrendo atração 
mútua com o prato da balança, criando forças que levam a uma medida errônea. 
• Medidas corretivas: 
o Se possível, desmagnetize as amostras ferromagnéticas. 
o Como as forças magnéticas diminuem com a distância, separar a amostra do prato usando 
um suporte não-magnético (ex.: um béquer invertido ou um suporte de alumínio). 
o Usar o gancho superior do prato da balança, se existir. 
 
Gravitação 
• Efeito Observado: As pesagens variam de acordo com a latitude. Quanto mais próximo do equador 
maior a força centrífuga devido à rotação da Terra, que se contrapõe à força gravitacional. Desta 
forma, a força atuando sobre uma massa é maior nos pólos que no equador. As pesagens 
dependem também da altitude em relação ao nível do mar (mais exatamente, em relação ao centro 
Equipamentos de Laboratório de Química 5 
 
da Terra). Quanto mais alto, menor a atração gravitacional, que decresce com o quadrado da 
distância. 
• Medidas corretivas: 
o Pesagens diferenciais ou comparativas ou de precisão, efetuadas em diferentes latitudes ou 
altitudes (ex.: no térreo e em outros andares de mesmo prédio) devem ser corrigidas. 
( )
( ) st
t
h mhr
r
m ×
+
= 2
2
 
� ms = massa medida ao nível do solo . 
� rt = raio da Terra (~ 6.370 km). 
� h = altura do local onde se fez a medida (m). 
� mk = massa medida a uma altura (h), em relação ao nível do solo. 
 
Empuxo 
• Efeito Observado: O resultado de uma pesagem feita em ar não é o mesmo que no vácuo. 
• Motivo: Este fenômeno é explicado pelo princípio de Arquimedes, segundo o qual "um corpo 
experimenta uma perda de peso igual ao peso da massa do meio por este deslocado". Quando 
materiais muito densos (ex.: Hg) ou pouco densos (ex.: água) são pesados, correções devem ser 
feitas, em favor da precisão. 
• Medidas corretivas: 
o Pesagens diferenciais ou comparativas ou de muita precisão, efetuadas em dias diferentes, 
devem sempre ser corrigidas com relação ao empuxo, levando-se em conta a temperatura, 
a pressão e a umidade atmosféricas. Os trabalhos comuns de laboratório geralmente 
dispensam estas medidas. 
 
Balão de Fundo Chato 
Utilizado como recipiente para 
conter líquidos ou soluções, ou 
mesmo fazer reações com 
desprendimento de gases. Pode 
ser aquecido sobre o TRIPÉ com 
TELA DE AMIANTO. 
 
 
 
Balão de Fundo Redondo 
Utilizado principalmente em 
sistemas de refluxo e evaporação 
a vácuo, acoplado a 
ROTAEVAPORADOR. 
 
 
 
Balão Volumétrico 
Possui volume definido e é 
utilizado para o preparo de 
soluções em laboratório. 
 
 
 
Béquer 
É de uso geral em laboratório. 
Serve para fazer reações entre 
soluções, dissolver substâncias 
sólidas, efetuar reações de 
precipitação e aquecer líquidos. 
Pode ser aquecido sobre a TELA 
DE AMIANTO. 
 
 
 
Equipamentos de Laboratório de Química 6 
 
Bico de Bunsen 
É a fonte de aquecimento mais 
utilizada em laboratório. Mas 
contemporaneamente tem sido 
substituído pelas MANTAS E 
CHAPAS DE AQUECIMENTO. 
 
 
 
O bico de Bunsen é um dispositivo usado em química para efetuar aquecimento de soluções em 
laboratório. O bico de Bunsen foi aperfeiçoado por Robert Wilhelm Bunsen, a partir de um dispositivo 
desenhado por Michael Faraday. Em biologia, especialmente em microbiologia e biologia molecular, é 
usado para manutenção de condições estéreis quando da manipulação de microorganismos, DNA, etc. 
O bico de Bunsen queima em segurança um fluxo contínuo de gás sem haver o risco da chama se 
propagar pelo tubo até o depósito de gás que o alimenta. Normalmente o bico de Bunsen queima gás 
natural, ou alternativamente um GPL, tal como propano ou butano, ou uma mistura de ambos. (O gás 
natural é basicamente metano com uma reduzida quantidade de propano e butano). 
Diz-se que a área estéril do bico de bunsen seja de 10 cm. Quando a janela do Bico de Bunsen
está 
fechada sua chama é igual à de uma vela, pois apenas queima o oxigênio que esta em volta e sua chama 
fica mais fraca. 
 
Os bicos de Bunsen estão sendo substituídos hoje em dia por outros sistemas de aquecimento 
usando energia elétrica. Sistemas elétricos são mais seguros pois não produzem chamas, eliminando assim 
o risco de reações não controladas. Também são mais eficientes que os bicos de Bunsen pois conseguem 
atingir temperaturas muito mais altas, e em uma área muito mais abrangente do que a chama atingiria. Os 
bicos de Bunsen ainda são muito usados em laboratórios devido à velocidade com que conseguem atingir 
altas temperaturas e também para esterilização de materiais. 
 
Bureta 
Aparelho utilizado em análises 
volumétricas. Uma bureta é um 
instrumento de medição e 
transferência rigorosa de volumes 
líquidos. 
 
 
 
Cadinho 
Peça, geralmente de porcelana, 
cuja utilidade é aquecer 
substâncias a seco e com grande 
intensidade, por isto pode ser 
levado diretamente ao BICO DE 
BUNSEN. 
 
 
 
Cápsula de Porcelana 
Peça de porcelana usada para 
evaporar líquidos das soluções. 
 
 
Equipamentos de Laboratório de Química 7 
 
Chapa Elétrica e Agitador 
É utilizada para o aquecimento de 
substâncias de uma forma em 
geral, principalmente as 
substâncias inflamáveis. Esta é a 
forma mais comum e segura de 
aquecimento em um laboratório 
de química, atualmente. Ela 
também pode ser utilizada para o 
agitamento de soluções, 
aquecidas ou não. 
 
 
 
Condensador 
Utilizado na destilação, tem como 
finalidade condensar vapores 
gerados pelo aquecimento de 
líquidos. 
 
 
 
 
Dessecador 
Usado para guardar substâncias 
em atmosfera com baixo índice 
de umidade. Um dessecador é 
um recipiente fechado que 
contém um agente de secagem 
chamado dessecante. A tampa é 
engraxada (com graxa de 
silicone) para que feche de forma 
hermética. É utilizado para 
guardar substancias em 
ambientes com baixo teor de 
umidade. 
 
 
 
O agente dessecante mais utilizado é a sílica, que deve estar na coloração azul (seca). Quando a 
sílica fica na coloração avermelhada, significa que já está saturada de água, impossibilitando que a mesma 
absorva a água do interior do dessecador. Como auxílio ao processo de secagem de substâncias, é comum 
o acoplamento de uma bomba de vácuo para reduzir a pressão no interior do dessecador, quando o mesmo 
apresenta uma válvula para esta finalidade na tampa. Após o vácuo desejado, a válvula é fechada e a 
bomba de vácuo desacoplada. 
Seu uso mais comum se dá nas etapas de padronização de soluções, onde um sal de uma 
determinada substância é aquecido em estufa e posteriormente posto para esfriar sob pressão reduzida no 
interior do dessecador. O resfriamento a pressão reduzida e no interior do dessecador impede a absorção 
de água pelo sal enquanto sua temperatura se iguala à ambiente, para que seja posteriormente pesado. 
 
Erlenmeyer 
Utilizado em titulações, 
aquecimento de líquidos e para 
dissolver substâncias e proceder 
reações entre soluções. 
 
 
 
Equipamentos de Laboratório de Química 8 
 
Estante para Tubo de Ensaio 
É usada para suporte de os 
TUBOS DE ENSAIO. 
 
 
 
Funil de Büchner 
Utilizado em filtrações a vácuo. 
Pode ser usado com a função de 
FILTRO em conjunto com o 
KITASSATO. 
 
 
 
Funil de Haste Longa 
Usado na filtração e para 
retenção de partículas sólidas. 
Não deve ser aquecido. 
 
 
 
Funil de Separação 
Utilizado na separação de 
líquidos não miscíveis e na 
extração líquido/líquido. 
 
 
 
Garra de Condensador 
Usada para prender o 
condensador à haste do suporte 
ou outras peças como balões, 
erlenmeyers etc. 
 
 
 
Kitassato 
Utilizado em conjunto com o 
FUNIL DE BUCHNER em 
FILTRAÇÕES a vácuo. 
 
 
 
Manta Aquecedora 
Equipamento usado juntamente 
com um balão de fundo redondo; 
é uma fonte de calor que pode 
ser regulada quanto à 
temperatura. 
 
 
 
Pinça de Madeira 
Usada para prender o TUBO DE 
ENSAIO durante o aquecimento. 
 
Equipamentos de Laboratório de Química 9 
 
 
Pinça Metálica 
Usada para manipular objetos 
aquecidos. 
 
 
 
Pipeta 
Há dois tipos clássicos de 
pipetas: 
• pipetas graduadas: 
possuem uma escala 
para medir volumes 
variáveis; 
• pipetas volumétricas: 
possuem apenas um 
traço final, para indicar o 
volume fixo e final 
indicado por ela, sendo 
estas mais rigorosas que 
as graduadas. 
Graduada Volumétrica 
 
 
 
 
Para utilizar uma destas pipetas é também necessário uma própipeta ou pompete, um pipet-aid ou 
um macro-filler. Estes podem ser colocados na ponta superior da pipeta, produzindo um abaixamento da 
pressão de seu interior e provocando a aspiração do líquido de tal forma a preencher a pipeta no volume 
desejado. 
Um outro tipo de pipetas, usado especialmente em laboratórios de biologia, bioquímica ou quando 
há a necessidade de se transferir volumes muito reduzidos, é a micropipeta (imagem acima). Esta permite 
medir pequenos volumes, da ordem de microlitros, porém, com precisão e exatidão geralmente inferiores às 
obtidas pelas pipetas graduadas e volumétricas de maior volume. Este tipo de pipeta utiliza pontas (no 
Brasil chamadas de ponteiras) descartáveis, feitas de polipropileno. O líquido aspirado por elas não entra ou 
não deve entrar no corpo principal da micropipeta, sob risco de adulterá-la e descalibrá-la. 
Para biologia molecular, são utilizadas pontas com um filtro de polipropileno para não haver uma 
contaminação da micropipeta. A micropipeta pode ser digital e eletrônica. A maioria das micropipetas são 
monocanais mas também existem micropipetas multicanais (8 e 12 canais). A micropipeta mais precisa do 
mundo é uma pipeta que mede zeptolitros e foi inventada pelo Brookhaven National Laboratory. 
 
Pisseta ou Frasco Lavador 
Usada para lavagens de materiais 
ou recipientes através de jatos de 
água, álcool ou outros solventes. 
 
 
 
Proveta ou Cilindro Graduado 
Serve para medir e transferir 
volumes de líquidos. Não pode 
ser aquecida. 
 
 
 
Suporte Universal 
Utilizado em operações como: 
 
Equipamentos de Laboratório de Química 10 
 
Filtração, Suporte para 
Condensador, Bureta, Sistemas 
de Destilação etc. Serve também 
para sustentar peças em geral. 
 
Tela de Amianto 
Suporte para as peças a serem 
aquecidas. A função do amianto é 
distribuir uniformemente o calor 
recebido pelo BICO DE BUNSEN. 
 
 
 
Tubo de Ensaio 
Empregado para fazer reações 
em pequena escala, 
principalmente em testes de 
reação em geral. Pode ser 
aquecido com movimentos 
circulares e com cuidado 
diretamente sob a chama do 
BICO DE BÜNSEN. 
 
 
Tripé 
Sustentáculo para efetuar 
aquecimentos de soluções em 
vidrarias diversas de laboratório. 
É utilizado em conjunto com a 
TELA DE AMIANTO. 
 
 
 
Vidro de Relógio 
Peça de Vidro de forma côncava 
é usada em análises e 
evaporações. Não pode ser 
aquecida diretamente. 
 
 
 
Fonte 
• http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#BICO%20DE%20BUNSEN. Acesso em 11/03/2008. 
• http://www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br/vidrarias.htm. Acesso em 11/03/2008 
• http://www.quiprocura.net/laboratorio/index1.htm. Acesso em 11/03/2008. 
• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5f/Lab_bench.jpg. Acesso em 11/03/2008. 
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Pipeta. Acesso em 11/03/2008. 
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Dessecador. Acesso
em 11/03/2008. 
• http://www.chemkeys.com/bra/ag/tda_8/udba_1/udba_1.htm. Acesso em 11/03/2008. 
 
 
 
Pratica 01 - Quimica Organia (2).pdf
 
FACULDADE DELTA - UNIME SALVADOR 
 
CURSO DE FARMÁCIA – Profª Mayara Silva 
 
 
TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO, PURIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS 
(Parte 1) – DESTILAÇÃO, EXTRAÇÃO LIQUIDO-LIQUIDO E PONTO DE FUSÃO 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
 A Análise Orgânica trata dos métodos de separação, purificação e identificação dos compostos de 
carbono obtidos de organismos vivos (metabólitos primários e secundários de plantas e animais), de 
fósseis (carvão, petróleo, gás, sedimentos orgânicos) e de sínteses de laboratório (instituições de ensino e 
pesquisa, indústrias químicas, petroquímica, farmacêutica, alimentos). A metodologia utilizada na análise 
orgânica tem ampla aplicação em determinações laboratoriais diversas envolvendo a identificação e 
quantificação de espécies químicas das mais variadas procedências, bem como na pesquisa e 
desenvolvimento tecnológico. Assim, os princípios básicos da Análise Orgânica se faz presente em 
laboratórios de análises clínicas, indústria farmacêutica, tecnologia de alimentos, indústria química, 
engenharia química, engenharia sanitária, bioquímica, biologia, meio ambiente, toxicologia, medicina 
forense, materiais, controle de qualidade, etc. 
O ponto de fusão é a temperatura na qual a fase sólida e líquida coexistem em equilíbrio sob a 
pressão de uma atmosfera. Durante a fusão, a temperatura permanece constante enquanto a substância 
passa do estado sólido para o estado líquido. O ponto de fusão é utilizado para identificação do composto 
e como um critério de pureza. Para uma substância pura, é aceitável uma variação entre 0,5 a 1 ºC, na 
faixa de fusão. 
Destilação é uma técnica geralmente usada para remover um solvente, purificar um líquido ou para 
separar os componentes de uma mistura de líquidos, ou ainda separar líquidos de sólidos. Na destilação, 
a mistura a ser destilada é colocada no balão de destilação (balão de fundo redondo) e aquecida , fazendo 
com que o líquido de menor ponto de ebulição seja vaporizado e então condensado, retornando à líquido 
(chamado de destilado ou condensado) e coletado em um frasco separado. Numa situação ideal, o 
componente de menor ponto de ebulição é coletado em um recipiente, e outros componentes de pontos de 
ebulição maiores permanecem no balão original de destilação como resíduo. 
 O ponto de ebulição de um líquido pode ser definido como a temperatura na qual sua pressão de 
vapor é igual a pressão externa, exercida em qualquer ponto, sobre sua superfície. O líquido entra em 
ebulição e “ferve”, ou seja, é vaporizado por bolhas formadas no seio do líquido. 
 Com líquidos de pontos de ebulição muito próximos, o destilado será uma mistura destes líquidos 
com composição e ponto de ebulição variáveis, contendo um excesso do componente mais volátil (menor 
ponto de ebulição) no final da separação. 
 Para evitar a ebulição tumultuosa de um líquido durante a destilação sob pressão atmosférica, 
adiciona-se alguns fragmentos de “porcelana porosa”. Estes liberam pequenas quantidades de ar e 
promovem uma ebulição mais regular. 
 Os tipos mais comuns de destilação são: destilação simples, destilação fracionada, destilação à 
vácuo e destilação por arraste a vapor. 
 As essências ou aromas das plantas devem-se principalmente aos óleos essenciais. Os óleos 
essenciais são usados, principalmente por seus aromas agradáveis, em perfumes, incenso, temperos e 
como agentes flavorizantes em alimentos. Alguns óleos essenciais são também conhecidos por sua ação 
antibacteriana e antifúngica. Outros são usados na medicina, como a cânfora e o eucalipto. Além dos 
ésteres, os óleos essenciais são compostos por uma mistura complexa de hidrocarbonetos, álcoois e 
compostos carbonílicos, geralmente pertencentes a um grupo de produtos naturais chamados terpenos. 
Muitos componentes dos óleos essenciais são substâncias de alto ponto de ebulição e podem ser isolados 
através de destilação por arraste a vapor. 
 A destilação por arraste de vapor é uma destilação de misturas imiscíveis de compostos orgânicos 
e água (vapor). Misturas imiscíveis não se comportam como soluções. Os componentes de uma mistura 
imiscível "fervem" a temperaturas menores do que os pontos de ebulição dos componentes individuais. 
Assim, uma mistura de compostos de alto ponto de ebulição e água pode ser destilada à temperatura 
menor que 100ºC, que é o ponto de ebulição da água. O princípio da destilação à vapor baseia-se no fato 
de que a pressão total de vapor de uma mistura de líquidos imiscíveis é igual a soma da pressão de vapor 
dos componentes puros individuais. A pressão total de vapor da mistura torna-se igual a pressão 
atmosférica (e a mistura ferve) numa temperatura menor que o ponto de ebulição de qualquer um dos 
componentes. 
 
 
 
Materiais 
 
- Aparelho de ponto de fusão 
- Aparelhagem de destilação conforme figura 1 
- Balão, proveta, bastão, capilar 
- Cravo da índia 
- Diclorometano ou clorofórmio 
- Agua destilada 
- Substância sólida desconhecida 
 
Metodologia 
 
1. Escolha uma substância orgânica solida desconhecida e obtenha seu ponto de fusão no aparelho 
adequado. 
 
 
2. Monte a aparelhagem de destilação (Fig1) coloque 10 g de cravos num balão de três bocas e adicione 
150 mL de água. Inicie o aquecimento de modo a ter uma velocidade de destilação lenta, mas constante. 
Durante a destilação continue a adicionar água através do funil de separação, numa velocidade que 
mantenha o nível original de água no frasco de destilação. Continue a destilação até coletar 100 mL do 
destilado em proveta. Tire a água do funil de separação e coloque o destilado nele. Extraia o destilado 
com duas porções de cloreto de metileno ou clorofórmio (10 mL). 
 
 
Questionário 
 
1. Através de buscas na Farmacopéia Brasieleira ou sites de química identifique a substância sólida 
desconhecida a partir do seu ponto de fusão. 
2. Qual substância é extraída do cravo? Qual sua estrutura química? 
3. Qual o principio da técnica da destilação? Quais suas utilizações? 
4. Qual o principio da técnica de ponto de fusão? Quais suas utilizações? 
 
 
Bibliografia 
 
[1] ATKINS, P; JONES, Loretta. Principios de quimica: questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001. 914p. 
[2] RUSSELL, J.B.; GUEKEZIAN M.; Química Geral, 2ª edição, volume 1, São Paulo: Makron Books, 
1994, 621 p. 
 
Prática 02 - Quimica Orgânica 2015.1 - Solubilidade.pdf
 UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 1 
 
Aluno(a): __________________________________________________________________________ 
Data: ____/____/____ Professor: Mayara Silva Disciplina: Química Orgânica 
Curso: Farmácia Período: ______ Semestre: ______ Turma: ______ 
 
 
 
ROTEIRO PRÁTICO 2 - TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO, PURIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS 
ORGÂNICAS (Parte 2) - SOLUBILIDADE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
As propriedades físicas são propriedades que não alteram a composição química da substância e são relacionadas com os 
fenômenos físicos. Podem ser utilizadas para identificar ou caracterizar uma substância pura em conjunto com o exame de 
algumas propriedades químicas. As propriedades físicas mais utilizadas são pontos de fusão e ebulição, índice de refração, 
densidade e solubilidade. A determinação das constantes físicas é um passo importante para a identificação de uma 
substância orgânica, portanto os valores determinados experimentalmente devem ser comparados com os valores registrados 
na literatura. 
Grande parte dos processos rotineiros de um laboratório de Química Orgânica (reações químicas, métodos de análise e 
purificação de compostos orgânicos)
é efetuado em solução ou envolve propriedades relacionadas à solubilidade de 
compostos orgânicos. 
A solubilidade é a quantidade máxima de substância que pode ser dissolvida em uma quantidade padrão de solvente 
empregado, a uma dada temperatura. Ao atingir esse ponto a solução é considerada saturada. É também uma propriedade 
muito utilizada na caracterização de compostos orgânicos, por permitir avaliar suas polaridades pela interação com solventes 
inertes e a ausência ou presença de grupos funcionais pela interação com solventes quimicamente ativos. Os valores de 
solubilidade registrados na literatura normalmente são acompanhados de indicação da temperatura. A temperatura de 20ºC é 
assumida, quando a mesma não é indicada ao lado do coeficiente de solubilidade. 
Três informações podem ser obtidas com relação a uma substância desconhecida, através da investigação de seu 
comportamento quanto a solubilidade em: água, solução de hidróxido de sódio 5%, solução de bicarbonato de sódio 5%, 
solução de ácido clorídrico 5% e ácido sulfúrico concentrado a frio. Em geral, encontram-se indicações sobre o grupo funcional 
presente na substância. Por exemplo, uma vez que os hidrocarbonetos são insolúveis em água, o simples fato de um 
composto como o éter etílico ser parcialmente solúvel em água indica a presença de um grupo funcional polar. Além disso, a 
solubilidade em certos solventes fornece informações mais específicas sobre um grupo funcional. Por exemplo, o ácido 
benzóico é insolúvel em água, mas o hidróxido de sódio diluído o converte em seu sal, que é solúvel. Assim, a solubilidade de 
um composto insolúvel em água mas solúvel em solução de NaOH diluído é uma forte indicação sobre o grupo funcional ácido. 
Finalmente, é possível, em certos casos, fazer deduções sobre a massa molecular de uma substância. Por exemplo, em muitas 
séries homólogas de compostos monofuncionais, aqueles com menos de cinco átomos de carbono são solúveis em água, 
enquanto que os homólogos são insolúveis. 
 
2 METODOLOGIA 
 
Neste experimento cada equipe irá analisar um composto orgânico sólido desconhecido. 
 
3. MATERIAL 
 
3 substâncias sólidas desconhecidas Solventes: 
Agua, éter, NaOH 5%, NaHCO3 5%, HCl 5%, H2SO4 95 % e H3PO4 85%. 
10 tubos de ensaio na estante Espatulas 
Lamparina Garra de madeira 
 
 
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Obs: Cada equipe deve escolher 1 substância solida ou liquida para testar a solubilidade 
- Coloque 1,0 mL do solvente em um tubo de ensaio. A seguir adicione alguns cristais do sólido desconhecido, diretamente no 
solvente. Os compostos sólidos devem ser finamente pulverizados para facilitar a dissolução. A seguir, agite cuidadosamente o 
tubo de ensaio e anote o resultado. Às vezes um leve aquecimento ajuda na dissolução, e quando um composto colorido se 
dissolve a solução assume esta cor. 
- Seguindo o Roteiro do ESQUEMA 1 faça testes de solubilidade dos compostos desconhecidos nos seguintes solventes: 
água, éter, NaOH 5%, NaHCO3 5%, HCl 5%, H2SO4 95 % e H3PO4 85%. 
- Usando ácido sulfúrico concentrado pode haver uma mudança de coloração, indicando um teste positivo de solubilidade. 
- Sólidos desconhecidos que não dissolvem nos solventes citados acima podem ser substâncias inorgânicas. 
- Se o composto dissolver em água, o pH deverá ser medido com papel indicador. Compostos solúveis em água são, em geral, 
solúveis em todos os solventes aquosos. Se um composto é pouco solúvel em água, ele poderá ser mais solúvel em outro 
solvente aquoso. Como já citado, um ácido carboxílico poderá ser pouco solúvel em água, mas muito solúvel em meio básico 
diluído. Assim, torna-se necessário determinar a solubilidade dos compostos desconhecidos em todos os solventes. 
- De acordo com o Esquema 1, os testes de solubilidade são iniciados pelo ensaio com água. Diz-se que uma substância é 
“solúvel“ em um dado solvente, quando esta se dissolve na razão de 3 g por 100 mL de solvente. Entretanto, quando se 
considera a solubilidade em ácido ou base diluídos, a observação importante a ser feita não é saber se ela atinge os 3% ou 
 UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 2 
 
 
outro ponto arbitrário, e sim se a substância desconhecida é muito mais solúvel na solução ácida ou básica aquosa do que em 
água. Este aumento na solubilidade constitui o ensaio positivo para a existência de um grupo funcional ácido ou básico. 
- Os compostos ácidos são classificados por intermédio da solubilidade em hidróxido de sódio 5%. Os ácidos fortes e fracos 
(respectivamente, classes A1 e A2 da Tabela 1) são distintos por serem os primeiros solúveis em bicarbonato de sódio a 5%, 
enquanto que os últimos não o são. Os compostos que atuam como base em soluções aquosas são detectados pela 
solubilidade em ácido clorídrico a 5% (classe B). 
- Muitos compostos que são neutros frente ao ácido clorídrico a 5%, comportam-se como bases em solventes mais ácidos, 
como ácido sulfuríco ou ácido fosfórico concentrados. Em geral, compostos contendo enxofre ou nitrogênio deveriam ser 
solúveis neste meio. 
 
 
Tabela 1: Compostos orgânicos relacionados às classes de solubilidade. 
S2 Sais de ácidos orgânicos, hidrocloretos de aminas, aminoácidos, compostos polifuncionais (carboidratos, 
poliálcoois, ácidos, etc.). 
SA Ácidos monocarboxílicos, com cinco átomos de carbono ou menos, ácidos arenossulfônicos. 
SB Aminas monofuncionais com seis átomos de carbono ou menos. 
S1 Álcoois, aldeídos, cetonas, ésteres, nitrilas e amidas monofuncionais com cinco átomos de carbono ou menos. 
A1 Ácidos orgânicos fortes: ácidos carboxílicos com menos de seis átomos de carbono, fenóis com grupos 
eletrofílicos em posições orto e para, b-dicetonas. 
A2 Ácidos orgânicos fracos: fenóis, enóis, oximas, imidas, sulfonamidas, tiofenóis com mais de cinco átomos de 
carbono, b-dicetonas, compostos nitro com hidrogênio em a, sulfonamidas. 
B Aminas aromáticas com oito ou mais carbonos, anilinas e alguns oxiéteres. 
MN Diversos compostos neutros de nitrogênio ou enxofre contendo mais de cinco átomos de carbono. 
N1 Álcoois, aldeídos, metil cetonas, cetonas cíclicas e ésteres contendo somente um grupo funcional e número de 
átomos de carbono entre cinco e nove; éteres com menos de oito átomos de carbono; epóxidos. 
N2 Alcenos, alcinos, éteres, alguns compostos aromáticos (com grupos ativantes) e cetonas (além das citadas em 
N1). 
 I Hidrocarbonetos saturados, alcanos halogenados, haletos de arila, éteres diarílicos, compostos aromáticos 
desativados. 
Obs.: Os haletos e anidridos de ácido não foram incluídos devido à alta reatividade. 
 
Obs: Uma vez que apenas a solubilidade em água não fornece informação suficiente sobre a presença de grupos funcionais 
ácidos ou básicos, esta deve ser obtida pelo ensaio das soluções aquosas com papel de tornassol ou outro indicador de pH. 
 
 
5. QUESTIONÁRIO (Responder e anexar ao relatório) 
 
1. Descreva quais são as propriedades físicas dos compostos orgânicos. Para que servem? 
 
2. Em qual grupo de solubilidade encontra-se esta substância? A quais classes químicas este grupo se refere? 
 
3. Você conseguiria apenas pela solubilidade identificar esta substância? Justifique. 
 
4. Se você tem uma substância liquida desconhecida quais propriedades físicas você poderia testar para tentar 
identificá-la? 
 
5. O que é coeficiente de solubilidade? Como podemos calculá-lo? 
 
 
6. BIBLIOGRAFIA: 
 
1. VOGEL, A. I. Química orgânica: análise orgânica qualitativa. 3 ed. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, S.A. 1981, v. 3. 
2. Solomons, T.W., Fryhle, C. B. Organic Chemistry, 8 ed. (2004). 
3. Vogel, A., Vogel’s Textbook of Practical Organic Chemistry, 4a Edição, Editora Longman Scientific & Technical, New York, 
1987. 
 
 UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
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Esquema 1: Classificação dos compostos orgânicos pela solubilidade.

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