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Modelos Atômicos Prof.ª Marirah Chagas Átomo • É a unidade fundamental da matéria. • A matéria é composta por átomos. Demócrito (460 - 370 a.C.) – filósofo grego • O conceito de que a matéria é composta por pequenas porções de matéria. • Desenvolveu uma teoria de que o universo é formado por espaço vazio e por um número (quase) infinito de partículas invisíveis, que se diferenciam umas das outras em sua forma, posição e disposição. • Toda a matéria é feita das partículas indivisíveis chamadas átomos. Átomo Platão e Aristóteles • Fundamentaram a hipótese – não poderia haver partículas indivisíveis • A visão atômica de Demócrito enfraqueceu-se por vários séculos – a filosofia aristótélica dominou a cultura ocidental por muito tempo. A noção sobre átomos ressurgiu no século XVII - Cientistas tentaram explicar as propriedades dos gases ar - invisível e em constante movimento - Issac Newton defendeu a ideia da existência do átomo. - A base para a teoria atômica apareceu quando os químicos aprenderam a medir a quantidade de matéria que reagia com outra para formar uma nova substancia. Jonh Dalton 1803 – 1807 Prof. Inglês - Químico 1. A matéria está dividida em partículas indivisíveis e inalteráveis, que se chamam átomos. 2. Todos os átomos de um mesmo elemento são idênticos entre si, apresentando a mesma massa e as mesmas propriedades. Os átomos de elementos diferentes possuem massa e propriedades diferentes. 3. Os átomos de um elementos não podem se transformar em átomos de outro elemento. 4. Os compostos se formam quando os átomos se combinam em uma relação constante e proporcional. Modelos atômicos Bola de bilhar A teoria de Dalton esta fundamentada em quatro postulados: Jonh Dalton Modelos atômicos Modelos atômicos Em 1854, Heinrich Geissler desenvolveu um tubo de descarga constituído de um vidro largo, fechado e com eletrodos circulares em suas extremidades. quando produzia uma descarga elétrica no interior do tubo de vidro, com gás sob baixa pressão, a descarga deixava de ser barulhenta e aparecia no tubo uma luz cuja cor dependia do gás, de sua pressão e da voltagem aplicada - tubos luminosos de neon e nas lâmpadas fluorescentes atuais. Henrich Geissler (1859), Johann Hittorf (1869) e William Crookes (1886): realizaram experimentos com a ampola de Crookes (tubo de raios catódicos – uma alta voltagem produzia radiação dentro do tubo, no eletrodo negativo, catodo) – opiniões divergentes sobre a natureza dos raios catódicos. Experimentos mostraram que os raios catódicos eram desviados por campos elétricos ou magnéticos – sugerindo que continham certa carga elétrica. Em 1886, Eugen Goldstein detectou a presença de cargas elétricas positivas no átomo através do tubo de raios catódicos. Modelos atômicos Meados do século XVII Estudos de descarga elétrica através de tubos parcialmente evacuados. • A massa total do átomo seria devida quase que totalmente apenas às cargas positivas (prótons); • Os prótons estariam espalhados, uniformemente, por toda uma esfera, formando uma massa compacta e uniforme; • Na superfície dessa massa estariam aderidos os elétrons, espaçados de modo uniforme. J. J. Thomson 1897 Britânico Modelos atômicos Pudim de passas Em 1897, publicou um artigo – “A Descoberta” do Elétron – partícula pequena, com massa e com carga negativa. Thomson sugeriu que: Modelos atômicos Em 1896, Henri Becquerel Em estudos com urânio, Becquerel descobriu que este ele espontaneamente emitia radiação de alta energia - Radioatividade. Marie Curie e, seu marido, Pierre Experimentos para isolar os compostos radioativos do mineral. Estudos posteriores sobre a natureza da radioatividade revelaram 3 tipos de radiação: radiação alfa (α), beta (β) e gama (γ) - Ernest Rutherford. Ernest Rutherford, 1911 1. A maior parte das partículas α consegue atravessar a lâmina de ouro sem sofrer nenhum desvio. 2. Algumas partículas α conseguem atravessar a lâmina, porém sofrendo um desvio muito forte em seu caminho. 3. Pouquíssimas partículas α não conseguem atravessar a lâmina e voltam para o mesmo lado de onde são lançadas. Modelos atômicos Observou que: Modelos atômicos Rutherfor concluiu: Esse modelo ficou conhecido como “Modelo Planetário”. Modelos atômicos De acordo com o modelo atômico de Rutherford, se o núcleo atômico é formado por partículas positivas, por que essas partículas não se repelem e o núcleo não desmorona? • A resposta veio em 1932, quando o cientista James Chadwick verificou que o núcleo do elemento berílio radioativo emite partículas sem carga elétrica e de massa praticamente igual à dos prótons. • Essa partícula foi denominada NÊUTRON — confirmando-se assim a existência da terceira partícula subatômica. • De certa maneira, os nêutrons “isolam” os prótons, evitando suas repulsões e o conseqüente “desmoronamento” do núcleo. Niels Bohr, 1923 Modelos atômicos “Os elétrons giram ao redor do núcleo em um número limitado de órbitas bem definidas, que são denominadas de órbitas estacionárias, com determinados níveis de energia.” Aperfeiçoou o modelo de Rutherford somando a outras pesquisas, nas quais Bohr percebeu que deveria haver alguma relação entre as energias dos elétrons em suas órbitas atômicas e as correspondentes frequências. Niels Bohr, 1923 Modelos atômicos Fez os seguintes postulados: - O átomo tem núcleo positivo em torno do qual se movem os elétrons em órbitas circulares. - A eletrosfera é dividida em camadas ou níveis de energia. - O elétron em seu nível de energia, mantém sua energia, isto é, não perde nem ganha energia espontaneamente. - Se receber energia externa, o elétron saltará para um nível de energia mais externo. - Após receber energia, o elétron volta ao seu nível original perdendo a mesma quantidade de energia que recebeu mas somente na forma de luz. Posicionou os elétrons em níveis de energia. Niels Bohr, 1923 Quando um elétron absorve uma determinada quantidade de energia do exterior (luz, calor ou eletricidade) ele salta para uma órbita (nível) mais energética (estado excitado). Ao retornar para a órbita original, o elétron perde energia na forma de ondas eletromagnéticas (luz de cor bem definida). Modelos atômicos Esses saltos se repetem milhões de vezes por segundo, produzindo assim uma onda eletromagnética, que nada mais é do que uma sucessão de ondas emitidas. Na década de 1930 foi descoberto o nêutron, partícula sem carga, porém com massa aproximadamente do próton. Atualmente sabe-se que os nêutrons ficam no núcleo juntamente com os prótons e os elétrons estão distribuídos em níveis de energia. Praticamente toda a massa do átomo está concentrada no núcleo. Modelos atômicos Características do Átomo Número Atômico (Z): Átomos do mesmo tipo possuem o mesmo número de prótons que é denominado número atômico (Z). Z = p Z = p = e- (em átomos neutros) Número de Massa (A): Como praticamente toda a massa do átomo está contida em seu núcleo, consideramos o número de massa (A) o conjunto das partículas do núcleo que conferem a massa ao átomo. A = p + n A = Z + n Características do Átomo Número de Nêutrons (n): Em um átomo neutro, o número de cargas positivas (prótons) é igual ao número de cargas negativas (elétrons).nº prótons = nº nêutrons (se o átomo é neutro) n = A – Z Representamos o número atômico e o número de massa da seguinte maneira, junto ao símbolo do elemento: ZX A ou Z AX Ex: 11Na 23 , 27Fe 56 , 53I 127 , 92U 238 Características do Átomo Propriedades Internucleares Isótopos São átomos de um mesmo elemento que possuem propriedades químicas idênticas (apresentam a mesma distribuição eletrônica), mas propriedades físicas diferentes. Possuem o mesmo número atômico (Z), porém apresentam diferentes números de massa (A) . a) isótopos do hidrogênio: 1H 1 (hidrogênio), 1H 2 (deutério) e 1H 3 (trítio) b)isótopos do oxigênio: 8O 16 , 8O 17 e 8O 18 Isóbaros São átomos que têm o mesmo número de massa (A), mas diferentes números atômicos (Z). Suas propriedades químicas são totalmente diferentes. 19K 40 isóbaro de 20Ca 40 A = 40 6C 14 isóbaro de 7N 14 A = 14 10 Propriedades Internucleares Isótonos São átomos que apresentam mesmo número de nêutrons, porém com diferentes números atômicos e de massa. 17Cl 37 isótono de 20Ca 40 n = 20 nêutrons 5B 11 isótono de 6C 12 n = 6 nêutrons Isoeletrônicos São átomos e íons que possuem a mesma quantidade de elétrons. 20Ne-1 23Na+1 11 Os átomos podem em determinadas circunstâncias perder ou ganhar elétrons. • Se um átomo ganhar elétrons ficará com carga negativa igual ao número de elétrons recebidos. • Se ele perder elétrons ficará com carga positiva igual ao número de elétrons perdidos. Átomos com carga são denominados íons. • Carga positiva: cátions Ex: Na+, Ca++ ou Ca2+ • Carga negativa: ânions Ex: Cl-, O-- ou O2- Íons Distribuição Eletrônica Eletrosfera De acordo com os postulados do modelo atômico de Rutherford-Bohr, os elétrons se movimentam ao redor do núcleo sem perder ou ganhar energia. A cada nível de energia corresponde uma determinada quantidade de energia. Para os átomos dos 110 elementos químicos conhecidos, que estejam no seu estado fundamental, existem apenas 7 níveis de energia designados pelos números de 1 a 7 ou pelas letras maiúsculas K, L, M, N, O, P, Q. Cada nível de energia possui sub-níveis. Existem 4 tipos de sub-níveis designados pelas letras s, p, d, f que podem conter no máximo 2, 6, 10, 14 elétrons respectivamente. Distribuição Eletrônica Distribuição Eletrônica Nível de energia Camadas No máx. de elétrons Sub- níveis No máx. de elétrons 1 K 2 s 2 2 L 8 s, p, 2, 6 3 M 18 s, p, d 2, 6, 10 4 N 32 s, p, d, f 2, 6, 10, 14 5 O 32 s, p, d, f 2, 6, 10, 14 6 P 18 s, p, d 2, 6, 10 7 Q 2 s 2 A notação para se identificar o número de elétrons em um sub-nível é: 1s1 – 1 elétron no sub-nível s nível 1 3d8 – 8 elétrons no sub-nível d do nível 3 Os elétrons irão ocupar sempre o sub-nível de menor energia disponível. Distribuição Eletrônica Para fazer a distribuição eletrônica precisamos então conhecer a ordem crescente de energia dos sub-níveis. O cientista Linus Pauling calculou a energia de cada sub-nível e criou o seguinte diagrama: O aumento de energia é indicado pelas setas a partir da primeira diagonal paralela. Ex: 26Fe - 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 Distribuição Eletrônica Para fazer a distribuição eletrônica precisamos então conhecer a ordem crescente de energia dos sub-níveis. O cientista Linus Pauling calculou a energia de cada sub-nível e criou o seguinte diagrama: O aumento de energia é indicado pelas setas a partir da primeira diagonal paralela. Ex: 26Fe - 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 Distribuição Eletrônica O número que antecede os sub-níveis, indica o nível de energia ( ou camada eletrônica). Assim, somamos os elétrons dos sub-níveis do mesmo nível, para encontrarmos os elétrons de cada camada. Camada de Valência A camada ou nível de energia mais externo de um átomo no seu estado fundamental é denominada camada de valência. 35Br - 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5 Camada de valência: 4ª camada Os elétrons que ocupam a camada de valência são denominados de elétrons de valência. Elétrons de valência: 7 (5 + 2) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 ... Distribuição Eletrônica Distribuição Eletrônica de Íons A distribuição eletrônica de íons funciona inicialmente da mesma forma que a feita para átomos no estado neutro, com apenas uma diferença. Visto que um íon é um átomo que ganhou ou perdeu elétrons, devemos levar isso em consideração e fazer o seguinte: A alteração é feita no subnível mais externo e não no mais energético. Distribuição Eletrônica de Íons Se o íon for um cátion, devemos retirar os elétrons que ele perdeu. Ex: 26Fe Distribuição eletrônica nos subníveis em ordem energética: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 Já quanto às camadas eletrônicas, temos: K = 2; L = 8; M = 14; N = 2 Quando o átomo de ferro perde 2 elétrons, ele se transforma no cátion Fe2+. Assim, ao fazer a sua distribuição eletrônica temos que retirar 2 elétrons da última camada (N) e não do subnível mais energético. Desse modo, a distribuição eletrônica do cátion Fe2+ é dada por: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 ou K = 2; L = 8; M = 14 Distribuição Eletrônica de Íons Se o íons for um ânion, devemos acrescentar os elétrons que ele recebeu. Ex: 16S A distribuição eletrônica no estado fundamental é dada por: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 ou K = 2; L = 8; M = 6 Nesse caso, o último subnível é o mesmo que o subnível energético, o 3p. Assim, acrescentamos nele os dois elétrons do ânion enxofre: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 ou K = 2; L = 8; M = 8 O ânion enxofre (16S 2-) é formado a partir do átomo de enxofre (16S) pelo ganho de 2 elétrons, conforme indicado pela carga 2-.
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