Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS UNIDADE NEPOMUCENO DEPARTAMENTO DE ELÉTRICA – CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA MATERIAIS CONDUTORES COM ELEVADA E REDUZIDA CONDUTIVIDADE ELÉTRICA Allan Vinícius Pereira Machado Materiais Elétricos - 4º Período Professor: MSC. Mateus Coelho Vieira Nepomuceno/MG Novembro de 2017 I. INTRODUÇÃO Neste trabalho abordaremos as características dos materiais condutores, focando na condutividade ou resistividade do material, onde mostraremos seu comportamento em determinados componentes, seus tipos mais comuns no mercado e suas principais aplicações. Ainda vamos deixar claro a importância de escolher o material de forma correta, pois, assim teremos uma economia e evitaremos prejuízos com manutenções em excesso. Figura 1 EXEMPLO DE MATERIAIS ONDE UTILIZAM COMPONENTES DE ALTA CONDUTIVIDADE - reprodução II. DESENVOLVIMENTO Sabemos, que os materiais condutores de eletricidade são aqueles que os elétrons possuem facilidades em se locomoverem nele, porém um material condutor não pode ser somente considerado pela facilidade de locomoção dos elétrons. Temos entre os fatores influenciáveis: condutividade ou resistividade elétrica, coeficiente de temperatura, condutividade térmica, potencial de contato e comportamento mecânico. Quando vamos escolher um material devemos analisar fator a fator, para que este haja um bom desempenho para a função esperada. “A escolha do material adequado nem sempre recai sobre aquele de características elétricas mais vantajosas e a decisão deve recair sobre um metal ou uma liga, que apesar de eletricamente menos vantajoso, satisfaz as demais condições de utilização. ” (TRAVESSA, 2013) A) MATERIAIS CONDUTORES COM ELEVADA CONDUTIVIDADE Quando se trata de materiais com elevada condutividade, estamos falando dos metais nobres acrescidos de alguns outros grupos e de suas ligas e estes são usados principalmente em condutores, transformadores e enrolamentos de transformadores. Figura 2 METAIS – ligados em química Normalmente estes materiais são, elementos químicos que formam sólidos opacos, lustrosos, bons condutores de eletricidade e calor e quando polidos bons refletores de luz. Grande parte destes materiais são forte dútil, maleável e, em geral de alta densidade. 1) O COBRE E SUAS LIGAS O Cobre quando utilizado como material condutor apresenta as seguintes vantagens: pequena resistividade, características mecânicas favoráveis, baixa oxidação para maioria das aplicações e fácil deformação a frio e a quente. Essas características, garantem ao cobre posição notável no mercado, sendo este um dos condutores mais utilizados. O cobre tem cor avermelhada característica, o que o distingue de outros metais, que com exceção do ouro, o valor da condutividade do material informa sobre o grau de pureza do cobre. E este resiste bem a ação da água, de fumaças, sulfatos, carbonatos, sendo atacado pelo oxigênio do ar, e em presença deste, ácidos, sais e amoníacos podem corroer o cobre. Figura 3 REDES DE DISTRIBUIÇÃO EM GRANDES CIDADE – reprodução Figura 4 EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DO COBRE MOLE OU RECOZIDO - reprodução 2) APLICAÇÕES O cobre encruado ou duro é usado nos casos em que se exige elevada dureza, resistência a tração e pequeno desgaste e com isso é muito utilizado em redes áreas de telecomunicações e distribuição de energia. O cobre mole ou recozido é utilizado em enrolamentos de máquinas elétricas, barramentos e proteção de fios de alta tensão. 3) LIGAS DO COBRE Uma liga é escolhida para amenizar o preço do produto, pois, mistura o produto com essas ligas. Um exemplo dessas ligas são os bronzes (cobre e estanho), podem suportar adições, mais ou menos importantes de chumbo, de zinco e as vezes de níquel. E assim ficam resistente ao desgaste por atrito, conseguem tem uma fácil usinagem e ficam sendo ligas elásticas Outro exemplo são os latões (cobre e zinco, com a adição de chumbo ou alumínio). Assim formam latões comuns não são aconselháveis quando existirem problemas de corrosão. Há também os latões de alta resistência que são possuidores de excelentes propriedades mecânicas e notável resistência a corrosão. 2) O ALUMINIO E SUAS LIGAS O Alumínio é um dos metais mais utilizados na eletricidade, ficando atrás do cobre em todo o mundo. Nos últimos anos uma preocupação permanente em substituir mais e mais as aplicações do cobre pelo alumínio, por motivos econômicos. Mesmo considerando a necessidade de condutores de alumínio com diâmetro maior que seria necessário se o material fosse cobre, o fio de alumínio ainda tem a metade do peso de cobre. Lembrando, que em aplicações em que o aspecto peso tem importância relevante, citamos como exemplo as instalações elétricas de aviões. O Alumínio apresenta um comportamento oxidante, pois, tem uma oxidação extremamente rápida. Formando uma película fina de oxido de alumínio que tem a propriedade de evitar que a oxidação se amplie. Entretanto esta película apresenta uma tensão de ruptura de 100 a 300V, o que dificulta a soldagem do alumínio que por essa razão exige pastas especiais. Existe um grande número de ligas de alumínio usadas elétricamente, onde encontramos o alumínio associado ao Cu, Mg, Mn, Si. Com exceção da liga formada com silício constituem sistemas cristalinos mistos, sensivelmente dependentes das condições de temperatura em que a liga é processada. O pequeno peso específico das ligas de alumínio leva na área eletrotécnica, às seguintes aplicações principais: redução de peso de equipamento portátil, em partes de equipamento elétrico em movimento, redução de massa, da energia cinética e do desgaste por atrito, peças sujeitas a transporte com maior facilidade nesse transporte, extensiva a montagem dos mesmos, estruturas de suporte de materiais elétricos com redução do peso e consequente estrutura mais leve, em locais de elevada corrosão o uso particular de ligas com manganês. B) MATERIAIS CONDUTORES COM CONDUTIVIDADE REDUZIDA As Ligas metálicas resistivas são utilizadas com três finalidades distintas, que são ligas para fins térmicos e de aquecimento, ligas para fins de medição e ligas para fins de regulação. Ligas de Aquecimento precisam ter uma elevada estabilidade térmica, possuem uma temperatura máxima de serviço, que não pode ser ultrapassada, referida ao ambiente de serviço, geralmente em contato com o ar. Podem romper-se se houver frequentes aquecimentos e resfriamentos/frequentes ligações e desligamentos da rede elétrica. Já as ligas para fins de Medição, tem resistores para instrumentos de precisão admitem um coeficiente de temperatura máximo de 2,5x10^-6 C, uma pequena tensão de contato com relação ao cobre e uma resistência praticamente constante. Tais ligas sofrem geralmente deformação a frio o que pode acarretar “envelhecimento” sensível após algum uso. Por essa razão é comum aplicar-se um processo de envelhecimento artificial, para estabilizar o material, através de um tratamento térmico controlado, que elimina tensões internas, estabiliza e homogeneíza os cristais. Ligas para fins de Regulação, há 5 ligas que habitualmente se empregam na resolução de problemas diversos, tais como: Fabricação de reostatos, resistências de aquecimentopara fornos, aquecedores e aparelhos de laboratório. Os fios resistentes são normalmente revestidos de uma película impermeável e isolante de óxido, a qual permite bobinar resistências com as espiras encostadas, desde que a diferença de potencial entre os pontos vizinhos não exceda 2V. As ligas habitualmente empregadas, são: - Liga A – Aplicada em resistências de aquecimento a temperatura moderada e reostatos de aquecimento de motores. - Liga B - Aplicada em resistências de aquecimento a temperatura moderada. Aquecimento doméstico reostatos de motores de tração. - Liga C – Aplicada na fabricação de radiadores fornos de tratamento a altas temperaturas e em aparelhos de medida. - Liga D – aplicações análogas a anterior. - Liga E – Aplicável em radiadores luminosos, fornos de tratamento a altas temperaturas, aparelhos de laboratório e resistências de medidas. E os Carbono e Grafite (C), quando são cristalizados no sistema cúbico, o diamante não é condutor de eletricidade e as outras variedades, que são mais ou menos negras, adquirem esta propriedade quando submetidas a uma temperatura adequada, podendo ser classificadas em grafites e carbonos amorfos. A grafite é um componente químico, muito mais densa, melhor condutora de eletricidade, um tanto oleosa e menos sensível aos agentes químicos que os carbonos amorfos. Já o Carbono serve para elementos de resistência, resistência fixa elevada, eletrodos para fornos de arco e escovas para motores elétricos. III. CONCLUSÃO Portanto, após esse trabalho vemos a importância de analisar fator a fator antes de utilizar materiais elétricos condutores em qualquer aplicação. Vimos também que nem sempre podemos escolher o melhor condutor no mercado, pois este poderá causar problemas em um futuro próximo. Entendemos, também de importância de compreender as ligas e saber o quanto essa pode colaborar, para uma melhora do custo benefício da aplicação final. IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf - MATERIAIS CONDUTORES, acesso em 20/11/2017 http://www.eletrica.ufpr.br/~jean/Eletrotecnica/Material_Didatico/Materiai s_Condutores.pdf - NOTAS DE AULA, acesso em 20/11/2017.
Compartilhar