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FRAUDE CONTRA CREDORES

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FRAUDE CONTRA CREDORES
CONCEITO:
	Constitui fraude contra credores a prática maliciosa, pelo devedor, de atos que desfalcam o seu patrimônio, com o escopo de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios alheios. Diz-se haver fraude contra credores, quando o devedor insolvente, ou na iminência de se tornar tal, afasta seu patrimônio, reduzindo, desse modo, a garantia que o patrimônio representa, para resgate de suas dívidas. A fraude contra credores é um instituto de direito material, que trata de um defeito do negócio jurídico, ou seja, vício social, onde existe uma dívida, contudo não há ação em andamento. É feito um artifício que é utilizado pelo devedor com o intuito de burlar o recebimento do credor, consiste na alienação de bens capazes de satisfazer a pretensão legítima do detentor do crédito. Sendo, todo ato praticado pelo devedor com a intenção de defraudar os seus credores do que lhes é devido. 
	A Fraude contra credor é vista como um defeito no negócio jurídico, assim como erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão. De uma forma simplista podemos entender a fraude contra credor como abuso de confiança, ação praticada de má-fé, etc.
FUNDAMENTOS
	No que configurada a fraude contra credores, dizemos que seus atos são anuláveis e esta anulação, se dá com o uso de uma ação denominada ação revocatória ou ação pauliana, que tem por objeto a reintegração do bem no patrimônio do devedor, ou seja, o desfazimento dos atos tidos como fraudulentos. São elementos que constituem a fraude contra credores: anterioridade do crédito, Eventus damni (a insolvência) e Consilium fraudis (conluio fraudulento).
	Na fraude contra credores, o preceito a ser protegido é a defesa dos credores, a igualdade entre eles e o patrimônio do devedor, enfim, a garantia dos créditos. Trata-se, pois, de aplicação do conceito mais amplo de fraude. A fraude contra credores é vício social e corresponde a todo ato suscetível de diminuir ou onerar seu patrimônio, reduzindo ou eliminando a garantia que este representa para o pagamento de suas dívidas, é praticada pelo devedor insolvente ou por este ato reduzido à insolvência.
	Podemos ao analisar certo contrato presumi-lo como fraudulento, por exemplo, se este ocorre na clandestinidade, se há continuação da posse de bens alienados pelo devedor, se há falta de causa do negócio, se há parentesco ou afinidade entre o devedor e o terceiro, se ocorre à negociação a preço vil e pela alienação de todos os bens.
	A fraude contra credores é regulada pelo Código Civil em seus artigos 158 e 159 onde expressam o seguinte: 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. 
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
	O instituto visa à solvibilidade do devedor. A alienação de bem passível de levar o devedor a insolvência caracteriza ou manifesta má-fé, que deve ser coibida pelo ordenamento jurídico. Fraude contra credores é matéria de direito material. Portanto, são atos praticados pelo devedor, proprietário de bens ou direitos, a título gratuito ou oneroso, visando prejudicar o credor em tempo futuro. O credor ainda não ingressou em juízo, pois a obrigação pode ainda não ser exigível. A exteriorização da intenção de prejudicar somente se manifestará quando o devedor já se achar na situação de insolvência. Todavia o credor deve provar a intenção do devedor de prejudicar (eventum damni) e o acordo entre o devedor alienante e o adquirente (consilium fraudis), pois os atos praticados em fraude contra credores são passiveis de anulação por meio de ação apropriada, denominada ação pauliana a que se refere o artigo 161 do Código Civil. Os bens somente retornam ao patrimônio do devedor e ficarão sujeitos à penhora depois de julgada procedente a ação pauliana.
FRAUDE À EXECUÇÃO
CONCEITO:
	A fraude à execução é ato atentatório à função jurisdicional, e ato ineficaz em relação ao exequente. A fraude à execução é a alienação de bens pelo devedor, na pendência de um processo capaz de reduzi-lo à insolvência, sem a reserva em seu patrimônio de bens suficientes que possam garantir o débito objeto de cobrança. A fraude contra a execução pressupõe os seguintes elementos: ato de disposição do obrigado, pendência de processo, e insolvência. Além de ser um ato que se declara incidentalmente no processo de execução ou na fase de execução cujo reconhecimento prescinde da constatação da intenção de fraudar.
FUNDAMENTOS:
	Pensando exatamente em evitar uma burla ao sistema foram criados meios para impedir que o devedor dissipe seu patrimônio propositalmente, frustrando o credor no recebimento do crédito. A fraude à execução constitui ato atentatório a dignidade da justiça, além de ser um instituto de natureza processual. A fraude à execução é espécie de ato fraudulento que, além de gerar prejuízo ao credor, atenta contra o próprio Poder Judiciário, dado que tenta levar um processo já instaurado à inutilidade. Assim o que se percebe é que a fraude à execução não passa de uma manobra do devedor que causa dano não apenas ao credor, mas também à atividade jurisdicional. 
	Outrora, a ação fraudulenta prejudica o credor, e do outro lado à própria função jurisdicional do Estado-Juiz, sendo tal prática considerada atentatória à dignidade da justiça. Trata-se de instituto tipicamente processual. Isso deixa evidente o intuito de lesar o credor, a ponto de ser tratada com mais rigor. É considerada mais grave do que a fraude contra credores, vez que cometida no curso de processo judicial executivo, ou apto a ensejar futura execução, frustrando os seus resultados. 
	A fraude à execução é conceituada pelo Código de Processo Civil nos seguintes artigos:
Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens:
I - quando sobre eles pender ação fundada em direito real;
II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência;
III - nos demais casos expressos em lei.
	Ademais, o CPC (arts. 600 e 601) considera a fraude à execução como ato atentatório à dignidade da Justiça, prevendo multa não superior a 20% para quem incorrer no ato.
	
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A FRAUDE CONTRA CREDORES E A FRAUDE À EXECUÇÃO:
	Pode-se dizer que a principal diferença é que a fraude contra credores ocorre se a alienação ou oneração do bem acontecer antes da interposição da ação judicial capaz de reduzir o devedor à insolvência. A fraude contra credores está prevista no Código Civil, e se configura com a alienação de bens do devedor, pressupondo sempre um devedor em estado de insolvência e ocorre antes que os credores tenham ingressado em juízo para cobrar seus créditos, além de ser causa de anulação do ato de disposição praticado pelo devedor. Por outro lado a fraude à execução é instituto de direito processual, regido pelo direito público, penalmente punível, que dispensa a prova da má-fé e pressupõe ação em curso, condenatória ou executiva. Ou seja, configura-se quando o devedor é litigante em processo judicial. Não depende, necessariamente, do estado de insolvência do devedor e é causa de ineficácia da alienação. Neste caso, a consequência é nulidade absoluta.
	As principais diferenças entre fraude contra credores e fraude à execução estão simplificadas no quadro abaixo: 
	
	FRAUDE CONTRA CREDORES
	FRAUDE À EXECUÇÃO
	Ocorre quando não há processo em curso.
	Ocorre quando já há um processo em curso.
	Tem natureza jurídica de direito privado.
	Tem natureza jurídica de direito público, pois o ato de esvaziar patrimônio a fim de frustrar a execução é ato atentatório à dignidade da Justiça.
	Consiste
em um vício do negócio jurídico.
	Consiste em ato atentatório à dignidade da Justiça
	Instituto de Direito material.
	Instituto de Direito processual.
	O ato de alienação torna-se nulo
	O ato de alienação torna-se ineficaz em relação ao processo
	Decretada por sentença em ação pauliana.
	Decretado nos autos da execução, por decisão interlocutória.
	Ônus da prova do credor.
	Má-fé presumida.
Fonte: Elaboração do autor, 2018.
AÇÃO PAULIANA
CONCEITO:
	A ação pauliana ou revocatória é por sua natureza jurídica, ela foi assim denominada como referência a Paulus, pretor romano que a introduziu nos textos legais. Assim a ação pauliana para o nosso Direito Civil é impreterivelmente uma ação de anulação que por sua vez destina-se a revogar o ato lesivo de interesse dos credores, visando restituir ao patrimônio do devedor insolvente aquele bem que foi subtraído, pois, a ação pauliana visa anular o negócio jurídico feito por devedores insolventes com bens que seriam usados para pagamento da dívida numa ação de execução. Desta forma a ação pauliana tende a anulação do ato fraudulento, fazendo reincorporar ao patrimônio do devedor o bem alienado. 
	Os negócios jurídicos fraudulentos podem ser anulados (CC, art. 171, II) por meio de ação pauliana (CC, art. 161), A ação pauliana visa tornar ineficaz o ato praticado em fraude contra credores. É uma ação pessoal, dirigida contra os que participam do negócio jurídico fraudulento, e também aos terceiros adquirentes de má-fé (CC, art. 161). Deste modo, seu objetivo é conservar o patrimônio do devedor insolvente, mantendo-o como garantia dos demais credores. 
	
FUNDAMENTOS:
	Os fundamentos da referida ação, que são as causas de pedido, de acordo com atual Código Civil, são os seguintes:
1) negócios de transmissão gratuita de bens;
2) remissão de dívidas;
3) contratos onerosos do devedor insolvente;
4) antecipação de pagamento feita a um dos credores quirografários, em detrimento dos demais;
5) outorga de garantia de divida dada a um dos credores, em detrimento dos demais.
	
	A ação pauliana ou revocatória visa, sobretudo o desfazimento de atos jurídicos que visam o desvio de patrimônio do devedor para terceiro, no intuito de serem reputados como intangíveis em eventual execução ou cumprimento de sentença, portanto, é necessário que proceda à anulação do negócio jurídico, que obrigatoriamente afetará o devedor insolvente e terceiros que estejam envolvidos, principalmente aqueles que agiram em desacordo com a boa-fé, consagrado pelo Código Civil Brasileiro. A ação revocatória só pode ser proposta por quem já era credor ao tempo dos atos fraudulentos, e credor quirografário (CC, art. 158).
	No tocante aos credores, as legislações optam por três tipos de efeitos: restitui-se o objeto do ato invalidado ao patrimônio do devedor, aproveitando indistintamente essa invalidação a todos, restitui-se o objeto do ato invalidado ao patrimônio do devedor, aproveitando apenas aos credores anteriores ao ato ou faz-se aproveitar a invalidação apenas aos que a promoveram. Por outro lado, a anulação só será acolhida até o montante do prejuízo dos credores.
	Sabendo que a ação pauliana, é uma ação pessoal que concede ao interessado a faculdade de pleitear a anulação da alienação fraudulenta, os requisitos necessários para a propositura de uma ação pauliana são: consilium fraudis e eventus dammi. A ação pauliana é uma ação ordinária de natureza desconstitutiva, que tem o mérito de anular o negócio em que ocorreu fraude contra credores. O artigo 178 do Código Civil prevê o prazo decadencial de quatro anos para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
	Conclui-se que a ação pauliana ou revocatória poderá ser utilizada amplamente como instrumento jurídico-processual de combate à fraude contra credores independentemente como esta poderá se manifestar em qualquer uma de suas formas em detrimento dos credores. Porém conforme o próprio posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, o qual se posicionou no sentido de que a ação pauliana no processo movido pelo credor contra devedor insolvente que negocia bens que seriam utilizados para pagamento da dívida em ação de execução não pode prejudicar também os terceiros que adquiriram esses bens de boa-fé.
	Mas em suma, no sistema do atual Direito Civil, a ação pauliana é inquestionavelmente uma ação de anulação, que destina-se a revogar o ato lesivo aos interesses dos credores e tem por efeito restituir ao patrimônio do devedor insolvente o bem subtraído, para que sobre o acervo assim integralizado recaia a ação dos credores e obtenham estes a satisfação de seus créditos. 
	O estudo da ação pauliana e da fraude contra credores tem grande importância no campo do Direito Civil, pois, atualmente as pretensões jurídicas civis, levam, geralmente a uma perseguição aos valores financeiros. 
 
            
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Marco Túlio Rios. Ação Pauliana ou Revocatória como instrumento de combate à fraude contra credores. Conteúdo Jurídico, Brasilia-DF: 06 nov. 2012. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.40397&seo=1>. Acesso em: 03 jun. 2018.
Rolim, Viotti & Leite Campos Advogados. STJ decide que ação pauliana não pode atingir negócio jurídico celebrado com terceiros de boa-fé. <https://rolimvlc.com/informes/stj-decide-que-acao-pauliana-nao-pode-atingir-negocio-juridico-celebrado-com-terceiros-de-boa-fe/> Acesso em 03 de junho de 2018.
SANTOS, Thiago Costa dos; COSTA, Mariana Rezende Maranhão da. Fraude contra credores e fraudes à execução: suas diferenças e respectivas consequências jurídicas. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 19, n. 4056, 9 ago. 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/29090>. Acesso em: 3 jun. 2018.
Vade Mecum JusPodivm: 2018/Salvador: JusPodivm, 3.ed., 2018. 
ANEXO A – Jurisprudência/STJ – Acórdãos
Processo
REsp 1479385 / PE
RECURSO ESPECIAL
2014/0225921-7
Relator(a)
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
05/04/2016
Data da Publicação/Fonte
DJe 13/04/2016
Ementa: RECURSOS ESPECIAIS. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO PAULIANA. AÇÃO PROPOSTA PARA ANULAÇÃO DE NEGÓCIOS JURÍDICOS POR FRAUDE CONTRA CREDORES. RECONHECIMENTO DE FRAUDE À EXECUÇÃO. JULGAMENTO EXTRA PETITA. OCORRÊNCIA. 
1. Na origem, trata-se de ação pauliana proposta com o objetivo de anular diversos negócios jurídicos de compra e venda de imóveis que teriam sido realizados entre as rés em fraude contra credores. 2. Desborda dos estreitos limites da demanda, configurando julgamento extra petita, o acórdão que se afasta das causas de pedir e pedidos apresentados pelo autor - que requereu a anulação de atos jurídicos de compra e venda porque supostamente realizados em fraude contra credores - e reconhece a existência de fraude à execução. 3. Na falta de quaisquer elementos aptos a corroborar as alegações postas na inicial - de que as alienações teriam sido realizadas quando o devedor já se encontrava em estado de insolvência ou teriam contribuído para reduzi-lo à insolvência -, a improcedência da demanda é solução que se impõe. 4. Recursos especiais providos.
Acórdão: Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro João Otávio de Noronha, decide a Terceira Turma, por unanimidade, dar provimento aos recursos especiais, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro, João Otávio de Noronha (Presidente) e Paulo de Tarso Sanseverino votaram com o Sr. Ministro Relator.
Notas: Veja os EDcl no REsp 1479385-PE
que foram acolhidos.
Informações Adicionais: (VOTO VISTA) (MIN. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA) Não há decisão extra petita quando o acórdão reconhece a fraude à execução ao julgar ação anulatória de negócio jurídico de alienação de bens, na hipótese em que o autor expos a tese da inexigibilidade do consilium fraudis. Isso porque da petição inicial se extrai a pretensão de ressalvar bens suficientes à garantida de seu crédito. Nesse contexto, é possível aplicar à espécie o princípio da fungibilidade, inclusive em atenção ao princípio da economia processual, visto que o acolhimento do pedido considerando a hipótese de fraude à execução atende aos interesses do credor, sem acarretar mais prejuízos ao devedor do que o acolhimento do pedido como se de ação pauliana se tratasse. "[...] a simples existência de ação em curso no momento da alienação do bem não é suficiente para evidenciar a fraude à execução, sendo necessário que se prove a má-fé do adquirente, ou seja, tanto a ação pauliana quanto o instituto da fraude à execução pressupõem, para seu acolhimento, a comprovação de que o adquirente dos bens alienados volitivamente contribuiu para o ato lesivo contra o credor".
Referência Legislativa: 
LEG:FED LEI:010406 ANO:2002 ***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002 ART:00161 
LEG:FED LEI:005869 ANO:1973 ***** CPC-73 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973 ART:00460
ANEXO B – Jurisprudência/STJ – Acórdãos
Processo
REsp 1145542 / RS
RECURSO ESPECIAL
2009/0116221-0
Relator (a)
Ministro SIDNEI BENETI (1137)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
11/03/2014
Data da Publicação/Fonte
DJe 19/03/2014
Ementa: RECURSO ESPECIAL. AÇÃO PAULIANA. SUCESSIVAS ALIENAÇÕES DE VEÍCULO QUE PERTENCIA AO DEVEDOR. ANULAÇÃO QUE NÃO ALCANÇA OS TERCEIROS DE BOA-FÉ. 
1.- Em consonância com o art. 109 do CC/1916 (com redação correspondente no art. 161 do CC/2002), tendo havido sucessivos negócios fraudulentos, cabe resguardar os interesses dos terceiros de boa-fé e condenar tão somente os réus que agiram de má-fé, em prejuízo do autor, a indenizar-lhe pelo valor equivalente ao do bem transmitido em fraude contra o credor. 2.- Recursos Especiais providos.
Acórdão: Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, dar provimento ao aos recursos especiais, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Bôas Cueva (Presidente) e Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro João Otávio de Noronha.
Veja: STJ - REsp 1100525-RS, REsp 28521-RJ, REsp 5365-SP, REsp 126857-MG.
Referência Legislativa 
LEG:FED LEI:003071 ANO:1916 ***** CC-16 CÓDIGO CIVIL DE 1916 ART:00109. 
LEG:FED LEI:010406 ANO:2002 ***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002 ART:00161.

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