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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE Margarete Terezinha de Andrade Costa Mônica Cecília Gonçalves Condessa Franke LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE LE GI SL AÇ ÃO E PO LÍ TI CA S P ÚB LI CA S P AR A A DI VE RS ID AD E Fundação Biblioteca Nacional ISBN 978-85-387-4767-3 40 59 4 40594_CAPA_LPPD.indd 1 16/03/2015 18:30:28 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40594_MIOLO_LPPD.indb 4 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE Margarete Terezinha de Andrade Costa Mônica Cecília Gonçalves Condessa Franke IESDE BRASIL S/A Curitiba 2015 40594_MIOLO_LPPD.indb 1 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br © 2015 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Todos os direitos reservados. IESDE BRASIL S/A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br Produção Capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: Shutterstock CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________________ C872L Costa, Margarete Terezinha de Andrade Legislação e políticas públicas para a diversidade / Margarete Terezinha de Andrade Costa, Mônica Cecília Gonçalves Condessa Franke. - 1. ed. - Curitiba, PR : IESDE BRASIL S/A, 2015. 136 p. : il. ; 21 cm. ISBN 978-85-387-4767-3 1. Professores - Formação. 2. Prática de ensino. 3. Educação - Política gover- namental. I. Franke, Mônica Cecília Gonçalves Condessa. II. Título. 15-20438 CDD: 370.71 CDU: 37.02________________________________________________________________________ 27/02/2015 27/02/2015 40594_MIOLO_LPPD.indb 2 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Apresentação O Guia de Estudos da disciplina de Legislação e Políticas Públicas para a Diversidade tem como objetivo pontuar e apresentar as políticas públicas de educação inclusiva presentes em diversos documentos legais, buscando perceber suas contribuições na perspectiva de uma educação inclusiva. Este estudo está pautado nas políticas de inclusão que consideraram diferentes alunos em distintos contextos educacionais e em uma educação de respeito às dife- renças e valorização de suas habilidades. Para tanto, considerou-se a Legislação e o paradigma da alteridade frente à diversidade, assim como Integração e inclusão na educação, incluem-se nesta categoria também a Educação no Campo e a Educação Indígena. Para concluir voltou-se o olhar também à Educação em Tempo Integral e ao Projeto político-pedagógico na perspectiva da diversidade. Espera-se que este material subsidie a formação de educadores que tenham novos olhares na perspectiva inclusiva, com propostas que possam ser discutidas, aprofundadas, reinventadas e de preferência bem sucedidas no cenário educacional especial inclusivo. As discussões não se limitam a este texto, pois deseja estimular novas leituras, análises, considerações e atitudes favoráveis a uma política de educa- ção para todos sem estigmas, discriminação e segregação. 40594_MIOLO_LPPD.indb 3 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40594_MIOLO_LPPD.indb 4 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Sobre as autoras Margarete Terezinha de Andrade Costa Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), e em Magistério de 1.º e 2.º graus pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Curitiba. Graduada em Pedagogia e em Letras Português-Inglês, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Mônica Cecília Gonçalves Condessa Franke Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduada em Pedagogia pela UFPR. 40594_MIOLO_LPPD.indb 5 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Sumário Aula 01 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE 9 CONCEITO DE ALTERIDADE E A RELAÇÃO COM A DIVERSIDADE 11 DIVERSIDADE COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO 14 DIREITO À DIVERSIDADE 17 Aula 02 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE 21 A DIVERSIDADE NA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 23 PARADIGMA DA ALTERIDADE 26 LEGISLAÇÃO E A POLÍTICA DE INCLUSÃO 29 Aula 03 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR 33 DIVERSIDADE – DESAFIO OU NOVAS EXPERIÊNCIAS? 35 O CURRÍCULO NA DIVERSIDADE 38 PAPEL DO PROFESSOR 41 Aula 04 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE 45 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS 47 LDB – EDUCAÇÃO ESPECIAL E DIVERSIDADE 50 LEI DA ACESSIBILIDADE 54 Aula 05 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO 57 FORMAÇÃO DO PROFESSOR 59 CURRÍCULO E INTEGRAÇÃO 62 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 65 40594_MIOLO_LPPD.indb 6 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Sumário Aula 06 A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 69 A ESCOLA E OS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 71 A FAMÍLIA E AS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 74 A INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 77 Aula 07 LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO 81 BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO NO CAMPO 83 LEGISLAÇÃO 88 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA 92 Aula 08 LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA 95 BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO INDÍGENA 97 LEGISLAÇÃO 101 POLÍTICAS PÚBLICAS 105 Aula 09 LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 111 BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 113 LEGISLAÇÃO 116 POLÍTICAS PÚBLICAS 120 Aula 10 PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE 125 PROJETO POLÍTICO 127 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E A EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA 130 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO COM VISTAS À DIVERSIDADE 133 40594_MIOLO_LPPD.indb 7 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40594_MIOLO_LPPD.indb 8 20/03/2015 10:20:03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Compreender alteridade e diversidade no contexto da inclusão educacional. ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE Aula 01 Objetivo: Sh ut te rs to ck 40594_MIOLO_LPPD.indb 9 20/03/2015 10:20:06 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40594_MIOLO_LPPD.indb 10 20/03/2015 10:20:06 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 11 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE Pa r t e 01 CONCEITO DE ALTERIDADE E A RELAÇÃO COM A DIVERSIDADE Conceituar e definir alteridade talvez sejam mais simples do que exercê-la. O dicionário Houaiss traz o significado: “na- tureza ou condição do que é outro, do que é distinto”. A antro- pologia conceitua alteridade como “a aventura de se colocar no lugar do outro, de ver como o outro vê, de compreender um conhecimento que não é nosso” (GUSMÃO, 1997, p. 01). Alteridade para a antropologia é muitoimportante, pois é a ciência que estuda a cultura, a sociedade e as possibilidades de evolução das relações humanas. Assim como na antropologia, a filosofia alteridade é o colocar-se no lugar do outro, ser o outro, constituir-se como outro. A alteridade colabora nas relações humanas, pois é somen- te por meio da experiência que conseguimos compreender o outro. Sobre a relação da educação com a alteridade: [...] contribui para o professor perceber o dife- rencial de cada indivíduo tornando-se flexível, respeitando as variações do grupo. É papel dela também a igualdade no olhar para com o outro, pois a alteridade consiste em aceitar o ser como ele é em suas ações pessoais sem demarcação de certo ou errado. (BRANDÃO, 2008, p. 17) 40594_MIOLO_LPPD.indb 11 20/03/2015 10:20:07 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE12 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE Pa r t e 01 No decorrer da vida percebemos as diferenças de cada um e que essas diferenças proporcionam a identidade do indivíduo. E que diferente tem uma peculiaridade interessante, pois ele pode ser parcial ou total, desde que não seja semelhante. O di- cionário Houaiss traz o significado de diversidade como “a qua- lidade daquilo que é diverso, diferente, variado e variedade”. Sobre o olhar da exclusão, a pessoa diferente é aquela que não compartilha dos mesmos modelos comportamentais e físicos da maioria da população. Mantoan (2003) adverte que compreender a diversidade hu- mana é condição fundamental para entender como aprendemos e compreendemos o mundo e a nós mesmos. Então, entender a diversidade como uma condição humana é progredir no proces- so de educação de qualidade para todos, ofertando um aten- dimento educacional especializado a que deles necessitarem. Sugiro uma reflexão sobre o diferente, a diversidade, a al- teridade para que possamos contribuir efetivamente para uma educação melhor com uma evolução a passos largos. Extra Recomendamos a leitura do artigo Um olhar sobre: Educação, Cultura, Alteridade, de Anna Paula Lins Brandão e Celiomar Porfírio Ramos. Disponível em: <http://sinop. unemat.br/projetos/revista/index.php/norteamentos/article/ view/798/557>. Acesso em: 19 jan. 2015. Atividade Como a alteridade contribui para o professor na educação? 40594_MIOLO_LPPD.indb 12 20/03/2015 10:20:08 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 13 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE Pa r t e 01 Referências BRANDÃO, Anna Paula Lins; RAMOS, Celiomar Porfírio. Um olhar sobre: educação, cultura, alteridade. SINOP, 2008. Disponível em: <http:// sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/norteamentos/article/ view/798/557>. Acesso em: 20 jan. 2015. GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de. Antropologia e educação: Origem de um diálogo. In: Caderno CEDES. v. 18, n. 43, Campinas, dez. 1997. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ensino inclusivo/Educação (de qualidade) para todos. Revista Integração, n. 20, p. 29-32, 1998. _______. Inclusão: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. VILELA-RIBEIRO, Eveline Borges; BENITE, Anna Maria Canavarro; Vilelea, Edda Borges. Sala de Aula e diversidade. Revista Educação Especial. Santa Maria, v. 26, n. 45, p. 145-160, jan./abr. 2013. Disponível em: <http://cascavel.ufsm. br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/viewFile/3209/ pdf>. Acesso em: 20 jan. 2015. Resolução da atividade A alteridade contribui para o professor perceber o dife- rencial de cada indivíduo, tornando-se flexível, respeitando as variações do grupo. A alteridade consiste em aceitar o ser como ele é em suas ações pessoais sem demarcação de certo ou errado. 40594_MIOLO_LPPD.indb 13 20/03/2015 10:20:10 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE14 Pa r t e 02 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE DIVERSIDADE COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO Ao refletirmos sobre a diversidade percebemos que as di- ferenças são marcas fundamentais nas relações sociais, por ser- mos diferentes é que temos valor, e que são elas, as diferenças, que nos fazem especiais. Anteriormente a escola comum tradicional e a escola espe- cial caminharam paralelamente, ambas seletivas. A escola co- mum selecionava as pessoas que se adaptavam ao seu contexto. Já a instituição especial recebia os alunos segregados, aqueles considerados “menos capazes” e que necessitavam de atendi- mentos especializados. O modelo segregacionista é uma maneira de “driblar” as desigualdades sociais escondendo as diferenças individuais e dando lugar ao preconceito. Tal postura acabou evidenciando o fracasso escolar, destacando os fatores sociais, culturais e também os pedagógicos. As grandes inspirações para as novas políticas públicas e as diversas ideias foram a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada na Espanha em 1994, e a publi- cação da Declaração de Salamanca, que deu início a uma men- talidade que ressaltou a necessidade de apoio às crianças e jo- vens com tais necessidades, a fim de promover a educação para todos. No Brasil, a partir de 1994, nova legislação foi sanciona- da, dando os respaldos necessários às escolas com o objetivo em atender às crianças e acreditando que a educação inclusiva é a melhor forma de promover a diversidade e a solidariedade entre os alunos especiais e aqueles considerados normais. 40594_MIOLO_LPPD.indb 14 20/03/2015 10:20:11 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 15 Pa r t e 02ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE É necessário refletir em qual contexto estamos atuando, quem somos nós neste contexto, quem são nossos alunos e o que queremos que eles sejam. Somente depois de refletir sobre estes pontos é que o pro- fessor pode sentir-se um sujeito ativo do processo e utilizar de maneira apropriada materiais que facilitam o encaminhamen- to pedagógico. Assim o professor estará apto a fazer um bom trabalho. A aprendizagem ocorrerá por meio das experiências sociais, dos vínculos efetivados, dos desafios oferecidos e da intervenção pedagógica apropriada. Extra Recomendamos a leitura do artigo Sala de aula e diversi- dade, de Eveline Borges Vilela-Ribeiro, Anna Maria Canavarro Benite, Edda Borges Vilela. Disponível em: <http://cascavel. ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/ view/3209>. Acesso em: 20 jan. 2015. Atividade Escreva um pouco sobre a importância da Declaração de Salamanca na educação inclusiva. Referências BENITE, Anna Maria Canavarro; VILELA, Edda Borges; VILELA-RIBEIRO, Eveline Borges. Sala de Aula e diversidade. Revista Educação Especial. Santa Maria. v. 26, n. 45, p. 145-160, jan. abr. 2013. Disponível em: <http://www.ufsm.br/ revistaeducacaoespecial>. Acesso em: 20 jan. 2015. 40594_MIOLO_LPPD.indb 15 20/03/2015 10:20:12 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE16 Pa r t e 02 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE DUTRA, Claudia. Gestão para a inclusão. Revista do Centro Educação. Santa Maria, n. 26, 2005. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs- 2.2.2/index.php/educacao especial/article/view/4372/2566>. Acesso em: 20 jan. 2015. SCHMIDT, Maria Auxiliadora, & STOLTZ, Tania. Educação, cidadania e inclusão social. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2006. Resolução da atividade A grande inspiração para as novaspolíticas públicas e as diversas ideias foi a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada na Espanha em 1994 e da pu- blicação da Declaração de Salamanca que se deu início a uma mentalidade que ressaltou a necessidade de apoio às crianças e jovens com tais necessidades a fim de promover o objetivo da Educação para Todos. 40594_MIOLO_LPPD.indb 16 20/03/2015 10:20:13 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 17 Pa r t e 03ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE DIREITO À DIVERSIDADE Há diversas vertentes sobre o termo direito. Neste estu- do o foco será sobre “o justo” e pelo aspecto do conjunto de normas. Sob o aspecto legal na história da educação inclusiva que acompanha o momento histórico, a legislação que sustenta a inclusão é ampla, essencial e garante o acesso à educação para todos. No que se refere às políticas e práticas curriculares, elas promovem efetivamente a garantia de acesso e permanência na educação básica de qualidade para todos. Sob o outro aspecto, do que é justo e correto, Dutra (2005) explica que a inclusão é a transformação do sistema educacio- nal, transformação da escola, com foco nos objetivos educa- cionais, e por meio das metas devem-se organizar os recursos necessários para que os alunos sejam atendidos, passando a existir a educação inclusiva, como bem explica Carvalho: A educação inclusiva surgiu como uma nova pers- pectiva de atenção à diversidade, visando a con- templar, nos diversos âmbitos dos sistemas edu- cativos, todos os estudantes no exercício de seus direitos à escolarização. (CARVALHO, 2013, p. 263) Nessa perspectiva, o aluno, enquanto inclusão, será aten- dido quando forem satisfeitos três aspectos: 1.º – Quando a sua presença na escola abrangê-lo como sujeito de direito. 2.º – Quanto ao relacionamento livre de preconceito e discriminação. 40594_MIOLO_LPPD.indb 17 20/03/2015 10:20:13 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE18 Pa r t e 03 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE 3.º – Currículo aberto, flexível e amplo que possibilite a aprendizagem de todos respeitando as diferentes formas de aprender com o foco na construção de conhecimentos, para que se aprenda e desenvolva. A inclusão tem como objetivo a eliminação de barreiras, bem como a valorização da diversidade, focando no desen- volvimento pessoal e social e atendendo às necessidades edu- cacionais dos alunos por meio de acessibilidade física e nas comunicações. Na medida em que se assegura o direito ao que foi mencio- nado acima, também é garantido o direito à conscientização da sociedade sobre as reais necessidades desses alunos. Extra Recomendamos a leitura do artigo Educação Especial e Inclusiva no Ordenamento Jurídico Brasileiro, de Erenice Natália Soares de Carvalho. Disponível em: <http://cascavel. ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/ article/view/4662>. Acesso em: 20 jan. 2015. Atividade Acredito que todos concordam que o aluno com necessida- des especiais deve ser atendido dentro de suas necessidades. Quais são os aspectos que a escola terá que abranger para po- der dizer que ele está sendo atendido satisfatoriamente? 40594_MIOLO_LPPD.indb 18 20/03/2015 10:20:14 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 19 Pa r t e 03ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE Referências CARVALHO, Erenice Natália Soares. Educação especial e inclusiva no ordenamento jurídico brasileiro. Revista Educação Especial. Santa Maria, v. 26, n. 46, p. 261-276 maio/ago. 2013. Disponível em: <http://cascavel.ufsm. br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacao especial/article/view4662/pdf>. Acesso em: 20 jan. 2015. DUTRA, Claudia. Gestão para a Inclusão. Revista do Centro Educação. Santa Maria, n. 26. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/ index.php/educacaoespecial/article/view/4372/2566>. Acesso em: 20 jan. 2015. GUÉRIOS, Etienne & STOLTZ, Tania. Educação, inclusão e exclusão social: contribuições para o debate. Curitiba: Aos Quatro Ventos 2007. GUERREIRO, Elaine Maria Bessa Rebello. A acessibilidade e a educação: um direito constitucional como base para um direito social da pessoa com deficiência. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 25, n. 43, maio/ago. 2012. p. 217-232. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs- 2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/4415/3816>. Acesso em: 20 jan. 2015. Resolução da atividade A escola deverá abrangê-lo como sujeito de direito na sua participação e no relacionamento livre de preconceito e dis- criminação. E ainda apresentar um currículo aberto, flexível e amplo, que possibilite a aprendizagem de todos, respeitando as diferentes formas de aprender com o foco na construção de conhecimentos, para que se aprenda e desenvolva. 40594_MIOLO_LPPD.indb 19 20/03/2015 10:20:16 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE20 Pa r t e 03 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE 40594_MIOLO_LPPD.indb 20 20/03/2015 10:20:16 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Compreender e relacionar alteridade, diversidade, legislação e inclusão educacional. LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Aula 02 Objetivos: Ju pi te r I m ag es 40594_MIOLO_LPPD.indb 21 20/03/2015 10:20:17 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40594_MIOLO_LPPD.indb 22 20/03/2015 10:20:17 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 23 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 01 A DIVERSIDADE NA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL A Constituição Federal, as leis, as diretrizes, os decretos, as normas, os documentos norteadores, as portarias, as resolu- ções, as instruções, os pareceres e as declarações orientam e auxiliam na efetivação do direito à educação de todos os alunos e orientam as condições de equidade no sistema de ensino na inclusão educacional com qualidade. Atualmente, a legislação brasileira posiciona-se pelo atendimento dos alunos com neces- sidades educacionais especiais preferencialmente em classes comuns das escolas, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação e ensino. A concepção de educação inclusiva, com base nos princípios do direito de todos à educação e valori- zação da diversidade humana fundamenta a polí- tica de educação especial que orienta os sistemas de ensino para garantir o acesso de todos às esco- las comuns da sua comunidade e o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos. (MEC, 2003, p. 9) Não basta as ordens superiores, a adequação de espaço, aceitar o aluno e excluir o preconceito para que a inclusão ocor- ra, é preciso que haja, ao mesmo tempo, as adequações dos re- cursos pedagógicos e a capacitação do corpo docente e gestor, e esse avanço deve ser feito também por toda a sociedade. A grande lacuna é a falta de informação quanto a uma es- tatística correta e completa quanto à quantidade de pessoas 40594_MIOLO_LPPD.indb 23 20/03/2015 10:20:18 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE24 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 01 com necessidades especiais. Pois é com base em demandaque se cria a necessidade e por consequência, as leis que norteiam o atendimento. Uma estatística correta facilitaria não só a cria- ção de leis como também atenderia às reais necessidades da diversidade. Ao longo de toda a trajetória da educação especial e a di- versidade, a legislação tem por objetivos impulsionar ações edu- cacionais voltadas às pessoas educação inclusiva. Justificando a necessidade de se reestruturar os sistemas de ensino, que têm como meta as respostas às necessidades educacionais de todos os alunos. Surgindo uma nova maneira de pensar para que os objetivos sejam alcançados, estão incluídos à preservação da dignidade e à busca da identidade como cidadãos, podendo ser alcançado não só pela a implementação da política nacional de educação especial, mas com o esclarecimento da sociedade. Extra Sugerimos a leitura do artigo Convenção Internacional so- bre os direitos das pessoas com deficiências: destaques para o debate sobre a educação, de Kátia Regina Moreno Caiado. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/ index.php/educacaoespecial/article/view/813>. Acesso em: 20 jan. 2015. Atividade Qual o papel da legislação educacional frente à diversidade? 40594_MIOLO_LPPD.indb 24 20/03/2015 10:20:18 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 25 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 01 Referências BLATTES, Ricardo Lovatto. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas educacionais – orientações gerais e marcos legais. 2. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006. 343 p. CUNHA, Eugênio (Org.). Práticas pedagógicas para a inclusão e a diversidade. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2011. GUERREIRO, Elaine Maria Bessa Rebello. A acessibilidade e a educação: um direito constitucional como base para um direito social da pessoa com decifiência. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 25, n. 43, maio/ ago. 2012. p. 217-232. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/4415/3816>. Acesso em: 20 jan. 2015. PEREZ, Susana Graciela Pérez Barrera Pérez. Políticas públicas para as Altas Habilidades/Superdotação: incluir ainda é preciso. Revista Educação Especial. Santa Maria, v. 27, n. 50, set./dez. 2014. p. 627-640. Disponível em: <http:// cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/%20educacaoespecial/ article/view/14274/pdf>. Acesso em: 20 jan. 2015. Resolução da atividade Auxilia na efetivação do direito à educação de todos os alunos e orienta as condições de equidade no sistema de ensino na inclusão educacional com qualidade. 40594_MIOLO_LPPD.indb 25 20/03/2015 10:20:19 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE26 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 02 PARADIGMA DA ALTERIDADE Percebe-se dentro da diversidade e da inclusão educacio- nal uma sequência de paradigmas. Um dos paradigmas da alte- ridade que se pode ressaltar é a heterogeneidade. É função do sistema educacional reconhecer as múltiplas diferenças e saber que nada é igual, uniforme. Ainda tem-se uma grande necessi- dade do vínculo, de aceitar e ser aceito. Em algumas sociedades, ser negro, ser velho, ser mulher, ser criança, ser deficiente, entre outros, representa uma condição de subalternidade de diretos e desempenho de funções sociais. E nes- se contexto de complexa trama de relações sociais que se manifestam diversas formas de controle, de discriminação e opressão. (MARQUES, 2007, p. 145) O outro paradigma em destaque é papel do professor, que direciona o ensino às necessidades dos alunos, adaptando o cur- rículo para atendê-los. A educação inclusiva não representa a mera aceitação dos alunos na escola com suas diferenças, mas para que haja a inclusão dos alunos com necessidades espe- ciais, algumas adaptações devem ser feitas nas escolas, tanto físicas como curriculares. Outro diferencial é incluir nos proje- tos a capacitação dos professores, para que o docente adquira mais segurança e maior habilidade em atender esses alunos. A capacitação dos docentes e gestores facilita o encaminhamen- to e direciona o ensino de maneira mais eficaz e competente. Junto com a capacitação é a adaptação da proposta pedagógica à escola inclusiva, livres de práticas discriminatórias, livre de preconceitos e sem estabelecer os limites do outro. 40594_MIOLO_LPPD.indb 26 20/03/2015 10:20:19 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 27 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 02 Estudos indicam que professores que encontraram mais sucesso e menos ansiedade diante do trabalho inclusivo estão vinculados à aceitação da diversidade e gratificação nas ativi- dades desenvolvidas com os alunos independente de suas con- dições físicas, psicológicas ou cognitivas. No entanto, as pes- quisas também mostraram que quando os professores sofrem para lecionar, por inúmeros fatores dentre eles a não aceitação ou a falta de capacitação, gerando insegurança, os efeitos são negativos e há pouco progresso. O processo de inclusão deve ser entendido também como um posicionamento político e social em favor da educação es- pecial com objetivo de alcançar as relações mais igualitárias para todos. Extra Sugere-se a leitura do artigo Diversidade e educação es- pecial em diálogos: reflexões sobre os discursos da inclusão, de Antônio Carlos do Nascimento Osório e Tatiana Calheiros Lapa Leão. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/8269>. Acesso em: 20 jan. 2015. Atividade Qual a indicação que o texto sugere para um trabalho eficaz no que se refere à atuação do professor e equipe pedagógica? 40594_MIOLO_LPPD.indb 27 20/03/2015 10:20:20 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE28 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 02 Referências MARQUES, Carlos Alberto. Rompendo paradigmas: as constribuições de Vygotsky, Paulo Freire e Foucault. Porto Alegre: FACITEC, 2007. MARQUEZA, Reinoldo. A inclusão na perspectiva do novo paradigma da ciência. Revista Educação Especial, Santa Maria, n. 26, 2005. Disponível em: <http:// cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/ view/4396/2570>. Acesso em: 21 jan. 2015. SMEHA, Luciane Najar. Prazer e sofrimento docente nos processos de inclusão escolar. Revista Educação Especial, Santa Maria, n. 31, p. 37-48. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/ article/view/8/20>. Acesso em: 20 jan. 2015. Resolução da atividade A capacitação dos docentes e gestores facilita o enca- minhamento e direciona o ensino de maneira mais eficaz e competente. 40594_MIOLO_LPPD.indb 28 20/03/2015 10:20:20 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 29 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 03 LEGISLAÇÃO E A POLÍTICA DE INCLUSÃO Oficialmente a educação inclusiva situou-se na história do Brasil em 1854, com aos incentivos de Dom Pedro II, que criou organizações para atender aos “portadores de deficiências” – nomenclatura usada na época. Somente a partir do fim do século XX, por iniciativa do Ministério da Educação e Cultura (MEC), se iniciou a política de educação especial, devido às diversas reivindicações de pais e or- ganizações voltadas para pessoas com necessidades especiais. Dando um grande salto temporal, a Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional (LDB) 9.394, de 20 de dezembro de 1996, abrange e contempla o ensino especial de maneira muito significativa, mas geral e sem explicações. Já com nova no- menclatura “pessoas com necessidades especiais”, reconhece as necessidades educacionais especiais, sendo o atendimento educacional especializado marcado pela abertura de possibili- dades para a realização de transformações no currículo escolar para assegurar o direito da adaptação curricular, metodologia e recursos específicos. Para esses alunos se fazem necessários os serviços de apoio especializado para garantir o seu ensino e aprendizagem. Diferentemente da LDB, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva indica a inclu- são plena dos alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas e classes comuns. Na perspectiva mais específica, a Política Nacional de Educação Especial/08 visa instituir políti- cas públicas que têm como diretrizes: 40594_MIOLO_LPPD.indb 29 20/03/2015 10:20:21 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE30 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 03 o atendimento educacional especializado na iden- tificação, elaboração e organização de recursos pedagógicos e de acessibilidade para a eliminação das barreiras para uma participação mais efeti- va dos alunos, considerando as suas necessida- des específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado devem se diferenciar daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização (BRASIL, 2008, p. 10). Já os documentos normativos determinam como os siste- mas de ensino podem proporcionar um atendimento em salas de recursos, centros especializados públicos ou instituições co- munitárias, garantindo a política de inclusão. Extra Sugerimos o leitura da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politi- caeducespecial.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2015. Atividade O que indica a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) ? Referências BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Públicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www. planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 21 jan. 2015. 40594_MIOLO_LPPD.indb 30 20/03/2015 10:20:21 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 31 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 03 _________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. In: Inclusão – Revista da Educação Especial, v. 4, n. 1, jan./jun. 2008. CAIADO, Katia Regina Moreno. Convenção Internacional sobre os direitos das pessoas com deficiências: destaques para o debate sobre a educação. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 22, n. 35, p. 329-338, set./dez. 2009. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/ educacaoespecial/article /view /813/556>. Acesso em: 21 jan. 2015. JESUS, Denise Meyrelles. et al. Inclusão, práticas pedagógicas e trajetórias de pesquisa. Porto Alegre: Mediação FACITEC, 2007. OSORIO, Antonio Carlos do Nascimento; LEÃO, Tatiana Calheiros Lapa. Diversidade e educação especial em diálogos: reflexões sobre os discursos da inclusão. Revista Educação Especial, v. 26, n. 47, p. 685-698, set./dez. 2013. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index. php/educacaoespecial/article/view/8269>. Acesso em: 20 Jan. 2015. Resolução da atividade Indica a inclusão plena dos alunos com necessidades educa- cionais especiais nas escolas e classes comuns. 40594_MIOLO_LPPD.indb 31 20/03/2015 10:20:22 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE32 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE Pa r t e 03 40594_MIOLO_LPPD.indb 32 20/03/2015 10:20:22 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Compreender a diversidade, contextualizando-a com currículo e o papel do professor. DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Aula 03 Objetivo: G et ty Im ag es 40594_MIOLO_LPPD.indb 33 20/03/2015 10:20:23 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40594_MIOLO_LPPD.indb 34 20/03/2015 10:20:23 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 35 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 01 DIVERSIDADE – DESAFIO OU NOVAS EXPERIÊNCIAS? Quando os professores assumem uma nova sala de aula, devem considerar que nela encontrarão diversidade. Precisam estar conscientes de que as classes não são homogêneas, uma vez que todos os alunos são diferentes. A pluralidade social, cultural e étnica envolve não só as escolas, mas também a re- alidade brasileira. Os professores necessitam estar capacita- dos para atender aos educandos diante da diversidade. Entre a capacitação e a prática existem diferenças. Assim, encarar a diversidade é um desafio ou uma nova experiência? São diversos significados para definir a palavra desafio, se- gundo o dicionário Houaiss duas delas são: “o ato de incitar al- guém para que faça algo além de suas possibilidades” ou ainda, “tarefa difícil de ser executada”. Para explicar a palavra expe- riência, foi selecionada a definição elaborada por Abbagnano (2003, p. 406), “participação pessoal em situações repetíveis [...] en- tendido como uma situação ou estado de coisas quais- quer que se repitam com suficiente uniformidade para dar a capacidade de resolver alguns problemas.” Diante da vontade de cumprir o que foi proposto, pode-se dizer que se está frente às escolhas: “a vontade são as escolhas que fazemos para aliar nossas ações às nossas intenções”, como bem coloca Hunter (2004, p. 122) e ainda completa que “todos temos que fazer escolhas a respeito de nosso comportamento e aceitar a responsabilidade por essas escolhas”. 40594_MIOLO_LPPD.indb 35 20/03/2015 10:20:24 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE36 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 01 Ao relacionar o desafio e as novas experiências, percebe- -se que quando se escolhe aceitar um desafio, dá-se chances às novas experiências, pois só a partir do momento que se en- frenta uma tarefa difícil de ser executada é que se consegue experiência para enfrentar outros desafios, aprimorar o traba- lho e desenvolvê-lo com mais capacidade e ainda melhor. Conclusão: desafios constantes direcionam o ser humano a novas experiências, novas experiências direcionam-no à capa- cidade de resolver problemas e, mais experiências levam-no à maior capacitação. O grande desafio além de enfrentar o novo, o diferente, é não querer ser apenas a pessoa que ensina, mas também ser quem educa. Sem estar com a mente engessada, evitando o cristalizado, dissolvendo os pensamentos criados e impostos pela sociedade, é preciso aceitar o desafio, viver as novas experiências, educar os alunos com o trabalho voltado para a diversidade na educação. Extra Um ótimo artigo para complementar a aula: Desafios da diversidade na escola, de Neusa Maria Mendes Gusmão. Disponívelem: <www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/ article/view/9158/7749> Acesso em: 22 jan. 2015. Atividade Segundo o texto, quais as vantagens de aceitar um desafio? 40594_MIOLO_LPPD.indb 36 20/03/2015 10:20:25 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 37 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 01 Referências ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes 2003. GUSMÃO, Neusa Maria Mandes. Desafios da diversidade na escola. Revista Mediações, Londrina, v. 5, n. 2, p. 9-28, jul./dez, 2000. Disponível em: <www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9158/7749>. Acesso em: 22 jan. 2015. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. HUNTER, James C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. STOBÄUS, Claus Dieter; MOSQUERA, Juan Jose Mourifilio. Educação Especial: em direção à Educação Inclusiva. 2 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. Resolução da atividade Aceitar um desafio é dar chances às novas experiências, pois só a partir do momento que se enfrenta uma tarefa difícil de ser executada é que se consegue experiência para enfren- tar outros desafios, aprimorar o trabalho e desenvolvê-lo com mais capacidade e ainda melhor. 40594_MIOLO_LPPD.indb 37 20/03/2015 10:20:26 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE38 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 02 O CURRÍCULO NA DIVERSIDADE “Amar o igual é amar a si mesmo, o desafio está em amar o diferente”. Paulo Freire Flexibilidade é a palavra chave para iniciar o texto que se refere ao currículo na diversidade. A flexibilidade é a capaci- dade que as pessoas têm ao interpretar diversas informações e situações e conseguir encontrar respostas alternativas diante de uma mesma situação. A aprendizagem para desenvolver esta capacidade inicia-se na convivência com as pessoas diferentes, atitudes e valores distintos e até distantes dos experimenta- dos, na aproximação das diferentes raças, culturas e crenças, tornando-se necessário a aprendizagem ao respeito e claro re- conhecendo o direito de todos a conviver. Ensinamentos estes que se iniciam em casa com a família, e que vem à prova em sala de aula; que se concretizam na orga- nização e aplicação do currículo na escola que por sua vez visa à flexibilidade para lidar com a diversidade humana. Um currículo que atenda à diversidade precisa ser demo- crático, garantir que todos tenham acesso a um alicerce cientí- fico e cultural, articulando com os conhecimentos, experiências e práticas sociais dos alunos. Já que o currículo é um conjun- to organizado do que se espera que a escola ensine, ele não só deve atender os diferentes grupos de alunos, mas também desenvolver em seu corpo discente as diversas competências para o desenvolvimento dos potenciais, por meio de projetos 40594_MIOLO_LPPD.indb 38 20/03/2015 10:20:27 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 39 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 02 educativos amplos e diversificados para atender à suas reais necessidades e visando a autonomia, desenvolvimento pessoal, interpessoal e profissional. Um currículo deve despertar e estimular a criatividade, incentivar a descoberta de si mesmo, o autoconhecimento, de- senvolver a autoestima e formar o aluno para a vida com com- petência. Como bem explica Antunes (2001, p. 18-22), o aluno competente é aquele que enfrenta os de- safios de seu tempo usando os saberes que apren- deu e empregando, em todos os campos de sua ação, as habilidades antes apreendidas em sala de aula. [...] aprender não é estocar informações, mas transformar-se, reestruturando passo a passo o sistema de compreensão do mundo.” Reter a informação não é tão importante quanto saber o que fazer com ela. Extra Sugere-se a leitura de uma publicação do MEC: Indagações sobre currículo: diversidade e currículo – Brasília: Ministério da Educação, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov. br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2015. Atividade A que um currículo precisa atender? 40594_MIOLO_LPPD.indb 39 20/03/2015 10:20:28 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE40 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 02 Referências ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2001. BRASIL. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2015. GUÉRIOS, Etienne. & STOLTZ, Tania. Educação, inclusão e exclusão social: contribuições para o debate. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2007. LIBÂNEO, José Carlos & ALVES, Nilda. Diálogos entre didáticas e currículo. São Paulo: Cortez, 2012. Resolução da atividade Um currículo deve atender à diversidade, desta forma, precisa ser democrático, garantir que todos tenham acesso a um alicerce científico e cultural, articulando com os conheci- mentos, experiências e práticas sociais dos alunos. 40594_MIOLO_LPPD.indb 40 20/03/2015 10:20:28 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 41 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 03 PAPEL DO PROFESSOR A imitação faz parte do rol de atitudes dos seres huma- nos. A imitação, cópia intencional das ações de outra pessoa, inicia-se ainda na infância e estende-se por toda a vida. Quando o aluno opta pela carreira de docente, por exemplo, este já se espelhou em alguns profissionais, normalmente aquele que aflorou o sentimento de educador: que incentiva, apoia, esti- mula, educa e inspira o aluno a se tornar o profissional que se pretende. Este professor inicia sua carreira com deveres e direitos. O primeiro e mais importante é sua formação e capacitação profissional. O professor precisa estar apto e capacitado para a sua nova jornada, evidentemente esta capacitação inicia-se no primeiro dia e não tem previsão de finalização. Além do do- mínio dos conteúdos, o professor necessita se capacitar para atender à diversidade. O papel do professor é muito extenso e inclui acolher os alunos de maneira individual, conhecer seus potenciais, dificul- dades, habilidades e acompanhá-los, ensinar valores, atitudes para uma boa convivência, respeito às regras, só assim conse- guirá atendê-los dentro da diversidade. O professor também deve exercer sua função em uma pers- pectiva pedagógica dentro da comunidade e da escola, como elaborar juntamente com os outros profissionais da escola o projeto político pedagógico e colaborar com a gestão escolar. 40594_MIOLO_LPPD.indb 41 20/03/2015 10:20:29 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE42 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 03 O professor é o agente do currículo juntamente com os alunos e toda a comunidade escolar. [...] a formação do professor é um desafio cons- tante. Não se trata de o professor ter conheci- mento das especificidades e características das deficiências ou dos indicadores de altas habili- dades/superdotação dos alunos, mas, sobretudo, do professor ressignificar a base da sua prática educativa, ou seja, pensar o currículo,o planeja- mento e a avaliação sob a ótica da valorização da diversidade e do respeito à diferença. (FREITAS, 2008, p. 27) O professor deve atuar diante da diversidade com uma edu- cação de qualidade, por meio de um conjunto de ações concre- tas com o objetivo de otimizar o tempo e promover condições reais para o ensino e aprendizagem de todos os alunos. Extra Sugerimos a leitura da revista Inclusão: Revista da Educação Especial, da Secretaria de Educação Especial, v. 4, n. 1, Janeiro/Junho 2008. Disponível em: <http://portal.mec. gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2015. Atividade Comente sobre o papel do professor. 40594_MIOLO_LPPD.indb 42 20/03/2015 10:20:30 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 43 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 03 Referências FREITAS, Soraia Napoleão. Colóquio – Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. In: Inclusão – Revista da Educação Especial. Brasília: Secretaria de Educação Especial. v. 4, n. 1, jan./jun. 2008. p. 18-32. PARRAT-DAYAN, Silvia. Como enfrentar a indisciplina na escola. São Paulo: Contexto, 2008. Resolução da atividade Resposta pessoal, no entanto, espera-se que o aluno tenha compreendido que o papel do professor é atender aos alunos de maneira individual, conhecer seus potenciais, dificuldades, ha- bilidades e acompanhá-lo, ensinar valores, atitudes para uma boa convivência e respeito às regras. 40594_MIOLO_LPPD.indb 43 20/03/2015 10:20:31 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE44 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR Pa r t e 03 40594_MIOLO_LPPD.indb 44 20/03/2015 10:20:31 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Conhecer as legislações que atendem à diversidade. LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Aula 04 Objetivo: Th in ks to ck /G et ty Im ag es 40594_MIOLO_LPPD.indb 45 20/03/2015 10:20:32 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40594_MIOLO_LPPD.indb 46 20/03/2015 10:20:32 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 47 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 01 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS O primeiro passo para uma mudança é o reconhecimento da necessidade em criar alternativas para superar as práticas discriminatórias na educação, suprindo-as com uma legislação eficaz. A primeira legislação que contempla o atendimento educa- cional às pessoas com deficiência foi sancionada em 1961. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação, preferen- cialmente dentro do sistema geral de ensino. A mudança seguinte aconteceu em 1971 com a Lei 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir “tratamento especial” para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”. (BRASIL, 1971) Como consequência da Lei 5.692/71, em 1973, foi criado, por meio do Decreto 72.425, de 03/07/73, o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil que tinha por objetivos impulsionar ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência e às pessoas com altas habilidades/superdotação. Caminhando para o ano de 1988 no qual a Constituição Federal traz como um dos seus objetivos fundamentais “promo- ver o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3.º, 40594_MIOLO_LPPD.indb 47 20/03/2015 10:20:33 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE48 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 01 inciso IV). Também define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pes- soa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. O artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do atendimen- to educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei 8.069/90, no artigo 55, reforça a legislação ao determinar que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupi- los na rede regular de ensino”. E por fim, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9.394, de 20 de dezembro de 1996, abrange o ensino es- pecial de uma maneira muito mais significativa. Extra Sugerimos a leitura do Estatuto da criança e do Adolescente (ECA). Disponível em: <www.planalto.gov.br/cci- vil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 25 jan. 2015. Atividade Quanto à diversidade, faça uma rápida análise de como é abordada na Constituição Federal. 40594_MIOLO_LPPD.indb 48 20/03/2015 10:20:33 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 49 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 01 Referências BRASIL. Constituição Da República Federal do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal. 1988. Publicada no Diário Oficial da União. de 5.10.1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao. htm>. Acesso em: 29 jan. 2015. ______. Decreto n. 72.425, de 03 de Julho de 1973, Cria o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), e da outras providências. Publicada no Diário Oficial da União – Seção 1 – 4/7/1973. Disponível em: <www2.camara. leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-72425-3-julho-1973-420888- publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 29 jan. 2015. ______. Lei n. 8.069/90 de 13 de Julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Publicada no Diário Oficial da União. 16.7.1990 e retificado em 27.9.1990. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015. ______. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Publicada no Diário Oficial da União. de 27.12.1961 e retificado em 28.12.1961. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Leis/L4024.htm>. Acesso em: 20 jan. 2015. ______. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1.° e 2.º graus, e dá outras providências. Poder Executivo. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 12 ago. 1971. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5692. htm>. Acesso em: 22 jan. 2015. _____. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 23 jan. 2015. Resolução da atividade A Constituição Federal tem como objetivo “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3.º, inciso IV). 40594_MIOLO_LPPD.indb 49 20/03/2015 10:20:33 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE50 LEGISLAÇÕESESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 02 LDB – EDUCAÇÃO ESPECIAL E DIVERSIDADE A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, no capítulo V – Da Educação Especial, trata no seu artigo 58 (com nova redação dada pela Lei 12.796/2013): Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede re- gular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei 12.796/2013) §1.º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. §2.º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sem- pre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas clas- ses comuns de ensino regular. §3.º A oferta de educação especial, dever cons- titucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. (BRASIL, 1996) Ainda sobre educação especial, o artigo 59 da LDB, de- termina que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos “com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e al- tas habilidades ou superdotação”: 40594_MIOLO_LPPD.indb 50 20/03/2015 10:20:34 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 51 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 02 I – currículos, métodos, técnicas, recursos educa- tivos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas de- ficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento espe- cializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apre- sentam uma habilidade superior nas áreas artísti- ca, intelectual ou psicomotora; V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respecti- vo nível do ensino regular. (BRASIL, 1996) Já o artigo 60 nos traz que: Os órgãos normativos dos sistemas de ensino esta- belecerão critérios de caracterização das institui- ções privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, 40594_MIOLO_LPPD.indb 51 20/03/2015 10:20:34 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE52 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 02 para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. (BRASIL, 1996) O seu parágrafo único, com redação nova sancio- nada pela Lei 12.796/2013, explica que o aten- dimento da educação especial será preferencial- mente ampliado na rede pública regular de ensino. Extra Sugestão de complementação de estudo: Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, com foco no Capítulo V – Da Educação Especial. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/ l9394.htm>. Acesso em: 26 jan. 2015. Atividade Em relação à educação especial e à diversidade, do que trata o artigo 59 da LDB? Referências BRASIL. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Publicada no Poder Executivo. Brasília, DF. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4024.htm>. Acesso em: 20 jan. 2015. ______. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1.° e 2.º graus, e dá outras providências. Poder Executivo. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 12 ago. 1971. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5692. htm>. Acesso em: 22 jan. 2015. ______. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www. planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 23 jan. 2015. 40594_MIOLO_LPPD.indb 52 20/03/2015 10:20:35 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 53 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 02 Resolução da atividade Os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos: currí- culo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamen- tal, em virtude de suas deficiências; e assegura a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar, indica que professores com especialização adequada para aten- dimento especializado e professores do ensino regular capaci- tados para a integração desses educandos nas classes comuns. 40594_MIOLO_LPPD.indb 53 20/03/2015 10:20:35 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE54 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 03 LEI DA ACESSIBILIDADE O Portal do MEC traz a definição do termo acessibilidade como: “incluir a pessoa com deficiência na participação de ati- vidades como o uso de produtos, serviços e informações”. O Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, conhecido como a Lei da Acessibilidade [...] regulamenta as Leis 10.048, de 8 de novem- bro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de de- zembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilida- de das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. (BRASIL, 2004) Este decreto também regulamenta o atendimento priori- tário às pessoas deficiência ou com mobilidade reduzida. No seu artigo 8.º, do Capítulo lll, considera a acessibilidade como: I – acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos es- paços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dis- positivos, sistemas e meios de comunicação e in- formação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; II – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movi- mento, a circulação com segurança e a possibili- dade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em [...]. (BRASIL, 2004) 40594_MIOLO_LPPD.indb 54 20/03/2015 10:20:36 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 55 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 03 A implementação da acessibilidade arquitetônica e urba- nística e a acessibilidade aos serviços de transportes coletivos é amparada nos títulos dos capítulos IV e V respectivamente neste mesmo decreto. O artigo 47 deste decreto salienta que “será obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de computadores (internet), para o uso das pessoas portadoras de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acessoàs informações disponíveis”. (BRASIL, 2004) O capítulo VIII neste decreto dispõe sobre o programa nacio- nal de acessibilidade. Que propõe apoio, promoção de capacita- ção e especialização de recursos humanos em acessibilidade e aju- das técnicas, acompanhamento e aperfeiçoamento da legislação sobre acessibilidade, cooperação com estados, Distrito Federal e municípios para a elaboração de estudos e diagnósticos sobre a situação da acessibilidade arquitetônica, urbanística, de transpor- te, comunicação e informação, entre outros. Mais do que a vigência do decreto, o importante é a socie- dade estar de braços abertos, com bom senso para atender às pessoas que necessitam de um olhar e um atendimento espe- cial, garantindo a acessibilidade. Extra Sugere-se a leitura do artigo Acessibilidade na agenda da inclusão social e educacional, de Tatiane Negrini et al. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/ index.php/educacaoespecial/article/view/1632>. Acesso em: 26 jan. 2015. 40594_MIOLO_LPPD.indb 55 20/03/2015 10:20:36 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE56 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE Pa r t e 03 Atividade Como o decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, consi- dera acessibilidade? Referências BRASIL. Decreto n. 5.296 de 2 de Dezembro de 2004. Regulamenta as Leis n. 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm>. Acesso em: 26 jan. 2015. BRASIL, MEC, Secretaria de Educação Especial. Inclusão – Revista da Educação Especial, Brasília, 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/ arquivos/pdf/revinclusao5.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2015. NEGRINI, Tatiane; COSTA, Leandra Costa da; ORTIZ, Leodi Conceição Meireles; FREITAS Soraia Napoleão. Acessibilidade na agenda da inclusão social e educacional. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 23, n. 37, maio/ago. 2010 p. 287-298. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/ index.php/educacaoespecial/article/view/1632/1276>. Acesso em: 26 jan. 2015. PORTAL MEC. Acessibilidade. Disponível em: <http://portal.mec.gov. br/?option=com_content&id=20000&Itemid=1276>. Acesso em: 5 fev. 2015. Resolução da atividade I – acessibilidade: condição para utilização, com seguran- ça e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de trans- porte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobi- lidade reduzida. (BRASIL, 2004) 40594_MIOLO_LPPD.indb 56 20/03/2015 10:20:36 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Compreender como se dá a formação do professor e relacionar currículo e práticas pedagógicas inclusivas. INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Aula 05 Objetivos: Ju pi te r I m ag es /D PI Im ag en s 40594_MIOLO_LPPD.indb 57 20/03/2015 10:20:37 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40594_MIOLO_LPPD.indb 58 20/03/2015 10:20:37 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 59 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 01 FORMAÇÃO DO PROFESSOR Para a análise da formação do professor, com destaque na integração e inclusão de alunos com necessidades especiais, faz-se necessário buscar na legislação as diretrizes específicas e as alternativas possíveis para a real inclusão educacional. Não há dúvidas de que o marco jurídico é a Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira (LDB 9.394/96), que apontou alterações em todos os níveis da educação. A LDB destina um capítulo à formação de professores, assinalando os fundamen- tos metodológicos, os tipos e as modalidades de ensino, bem como as instituições responsáveis pelos cursos de formação ini- cial de professores. No artigo 59, reconhece-se a importância da formação de professores especializados para atender às pes- soas com necessidades especiais, sob quaisquer modalidades de ensino. Sabe-se, porém que há uma distância entre o apregoado em lei e sua efetivação; e não há dúvidas quanto à necessi- dade de melhoria da formação de professores como condição efetiva para a inclusão de alunos na rede regular de ensino. O despreparo e a falta de informação sobre alunos trazem ao professor sentimentos de incapacidade, receio e até mesmo re- jeição. Mesmo porque, tal diversidade, às vezes, não é aceita socialmente pelo próprio professor. Daí a importância de voltar- -se a uma formação que promova o trabalho com a diversidade existente entre os alunos. Sendo assim, pode-se afirmar que a maioria dos professo- res não está preparada para receber alunos com necessidades 40594_MIOLO_LPPD.indb 59 20/03/2015 10:20:37 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE60 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 01 especiais. Não basta simplesmente aceitar o aluno em salas re- gulares de ensino sem promover seu crescimento cognitivo. Os professores precisam promover situações de ensino potenciali- zando a aprendizagem de cada um. É importante salientar que, de modo geral, a formação recebida pelos professores influen- cia diretamente no desenvolvimento dos educandos (LIBÂNEO, 1998). Para isso, o professor igualmente precisa aprender, tanto em sua formação inicial como na sua educação continuada. Por fim, para que aconteçam transformações essenciais no quadro educacional brasileiro há que se buscar a capacitação de professores, voltada ao atendimento à diversidade dos alunos. Extra Indicamos a leitura do texto de José Carlos Libâneo Adeus professor, adeus professora? Novas exigências edu- cacionais e profissão docente. Disponível em: <www.luciavas concelos.com.br/novo/professor/index2.php?option=com_ docman&task=doc_view&gid=1471&Itemid=31>. Acesso em: 2 fev. 2015. Atividade Considerando que a legislação brasileira apregoa a inclusão dos alunos com necessidades especiais em salas de aulas regu- lares, aponte dois tópicos necessários para a efetivação da lei de forma plena na realidade brasileira. 40594_MIOLO_LPPD.indb 60 20/03/2015 10:20:37 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 61 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 01 Referências BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 23.12.1996. Disponível: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 31 jan. 2015. LIBÂNEO José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998. Disponível em: <www.luciavasconcelos.com.br/novo/professor/index2.php?option=com_ docman&task=doc_view&gid=1471&Itemid=31>. Acesso em: 2 fev. 2015. Resolução da atividade As respostas podem estar entre um dos itens abaixo: • Formação inicial do professor voltado à inclusão; • Formação continuada do professor voltada à inclusão; • Discussão sobre a diversidade de forma mais ampla entre professores; • Capacitação de professores voltada ao atendimento à diversidade dos alunos.40594_MIOLO_LPPD.indb 61 20/03/2015 10:20:38 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE62 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 02 CURRÍCULO E INTEGRAÇÃO Para a integração e inclusão de alunos com necessidades especiais na classe regular é imperativo que se façam adapta- ções que atendam às mais variadas diversidades. A flexibiliza- ção do currículo é uma delas. Uma visão prática mostra a necessidade de adaptações de acessibilidade ao currículo com a eliminação de barreiras ar- quitetônicas: o aluno precisa conviver no ambiente escolar com autonomia, tanto no âmbito físico, como no material e no co- municacional (rampas, acessos, intérpretes). Já a visão cognitiva pede ações pedagógicas com adapta- ções nos componentes curriculares: objetivos, conteúdos, ava- liações, métodos, planejamentos, atividades de sala de aula, sem perda de conhecimento para o aluno. O currículo inclusivo busca atender às necessidades indivi- duais de todos os alunos, sejam estes especiais ou não, por isso ele é flexível sem deixar de ser objetivo. Não deve haver um currículo diferenciado ou adaptado, os alunos com necessida- des especiais devem aprender as mesmas coisas que os demais, mesmo que seja com o uso de metodologias diferenciadas. Fernandes (2006) explica que no currículo inclusivo prevale- ce a ideia de que a flexibilização, ou a adaptação curricular, seja prerrogativa para celebrar as diferenças em sala de aula, contrastando com a prática tradicional na qual se pensava que todos os alunos aprendem da mesma forma, com as mesmas es- tratégias metodológicas, com os mesmos materiais e no mesmo tempo/faixa etária. 40594_MIOLO_LPPD.indb 62 20/03/2015 10:20:38 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 63 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 02 Importante salientar que a avaliação deve acompanhar o currículo em sua flexibilidade e, da mesma forma, deve ga- rantir o aprendizado de todos os alunos, evitando simplifica- ção ou quaisquer tipos de facilidades em relação ao conteúdo avaliado. Avaliar com instrumentos diferenciados não significa cobrar menos, cobra-se o mesmo conteúdo, porém de formas diferentes. Considerando que o trabalho pedagógico será realizado em sala de aula regular e que o currículo é um suporte do trabalho do professor, para sua efetivação, este deve estar adaptado aos alunos com necessidades especiais e também aos professores. Daí a necessidade de um suporte pedagógico constante para estas duas categorias: aluno e professor. Estas duas instâncias são o foco do processo educativo. Por outro lado, é inquietante pensar que as adaptações curriculares enfoquem somente no professor e no aluno. Eles são o centro do processo, mas não podem trabalhar sozinhos, sem os necessários suportes. A escola, os núcleos, as secretarias devem subsidiar este trabalho para que ele seja eficaz. Extras Indicamos a leitura do material Indagações sobre currí culo: diversidade e currículo, da Secretaria de Educação Básica – MEC. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/ arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2015. 40594_MIOLO_LPPD.indb 63 20/03/2015 10:20:38 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE64 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 02 Atividade Sinteticamente, quais seriam as principais adaptações de um currículo inclusivo? Referência FERNANDES, Sueli. Fundamentos para Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2006. Resolução da atividade As respostas podem variar em: • Flexibilização; • Adptação de acessibilidade; • Adpatação dos componentes curriculares: objetivos, conteúdos, critérios de avaliação, métodos, planeja- mento, atividades de sala de aula; • O trabalho do professor; • O apoio pedagógico fora de sala de aula. 40594_MIOLO_LPPD.indb 64 20/03/2015 10:20:38 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 65 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 03 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Partindo do pressuposto de que a escola tem como papel converter os saberes históricos e culturais em saberes escola- res, toda a ação educacional deve voltar-se para práticas que efetivem o trabalho com os conhecimentos e valores cognitivos. Neste sentido, a prática pedagógica inclusiva deve ser vol- tada para a heterogeneidade educativa em que os diferentes alunos, com os mais diversificados percursos de escolariza- ção, possam desenvolver-se no processo ensino-aprendizagem. (JESUS, 2002) Com uma base política que sustenta a inclusão escolar, de- ve-se pensar nas possibilidades de aplicá-las nas escolas. Assim, cabe aos profissionais da educação, de acordo com suas funções específicas (regente, pedagogo, administrador), admitir este papel e arquitetar espaços para sua efetivação. Dois pontos são interessantes para a análise do processo de práticas pedagógicas inclusivas: O primeiro é que muito se faz nas escolas e pouco se divul- ga, ao se aproximar do “chão da escola” percebe-se a superação que muitos professores conseguem com recursos ínfimos. A tro- ca de experiências e a construção coletiva são essenciais para o avanço educacional e a formação continuada. Daí a necessi- dade de sistematizar processos de partilha de conhecimentos e significados de atividades realizadas. Este seria um caminho certeiro para rever práticas, examinar trajetórias, definir ca- minhos, apropriar conhecimentos, possibilitando potencializar 40594_MIOLO_LPPD.indb 65 20/03/2015 10:20:39 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE66 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 03 o fazer pedagógico que verdadeiramente acolha as expecta- tivas e necessidades das pessoas inclusas em seu processo de escolarização. O segundo ponto é que para atender à comunidade em que a escola está inserida, deve-se conhecer e considerar a for- mação sociocultural dos alunos. Os profissionais da educação precisam levar em consideração que os alunos, sejam eles in- clusos ou não, possuem um universo de saberes precedentes ao ingresso na escola. Estes saberes foram construídos histórica e socialmente e geraram o seu desenvolvimento particular. Assim, as atividades desenvolvidas em sala de aula regular devem privilegiar os conhecimentos dos alunos garantindo uma prática significativa. Neste contexto, o professor é o mediador que, por meio de interação e intervenção constantes, busca a heterogeneidade dos alunos em sala de aula. Extra Um material interessante é a entrevista de Eugênio Cunha sobre inclusão e diversidade. Disponível em: <http://revistaguia fundamental.uol.com.br/professores-atividades/107/imprime 291877.asp>. Acesso em: 2 fev. 2015. Atividade Com relação às práticas pedagógicas inclusivas, comente a necessidade de trocas de experiências entre os profissionais da educação. 40594_MIOLO_LPPD.indb 66 20/03/2015 10:20:39 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 67 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO Pa r t e 03 Referência JESUS, Denise Meyrelles et al. (Org.). Inclusão: práticas pedagógicas e trajetórias de pesquisa. Porto Alegre: Mediação, 2007. Resolução da atividade A troca de experiências e a construção coletiva de prá- tica são essenciais para o avanço educacional e a formação continuada. 40594_MIOLO_LPPD.indb 67 20/03/2015
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