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Capitulo1a-Planejamento

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Capítulo 1 
Planejamento das Construções 
 
1. Considerações Gerais 
 
 O princípio que deve nortear qualquer construção; seja grande ou pequena, residencial, 
comercial ou industrial, urbana ou rural; é o de fazer a obra praticamente perfeita, no menor 
tempo possível e ao menor custo, aproveitando o máximo rendimento de ferramentas, 
equipamentos, materiais e da mão de obra empregados na construção. Logicamente é muito 
difícil, se não impossível executar uma obra perfeita, mas deve-se procurar pôr todos os meios 
aproximar-se desta situação. 
 Para que isto seja possível torna-se necessário um perfeito planejamento de todas as 
etapas construtivas da obra. 
As etapas de uma construção, conforme os tipos de serviços executados, podem ser 
classificadas como: 
 
• trabalhos preliminares; 
• execução; 
• acabamentos. 
 
1.1. Trabalhos preliminares 
 
 Constituem os trabalhos iniciais que antecedem a construção propriamente dita, os quais 
são enumerados a seguir: 
 
• elaboração do programa de trabalho; 
• escolha do local da obra; 
• estudo do subsolo de fundação; 
• elaboração dos projetos construtivos; 
• aprovação dos projetos; 
• cálculo do orçamento da obra; 
• execução do cronograma físico-financeiro; 
• limpeza do terreno e terraplenagem da área da obra; 
• organização do canteiro de obras; 
• locação da obra. 
 
1.2. Execução da obra 
 
 O que se está definindo como execução da obra, corresponde a etapa que envolve os 
trabalhos mais brutos, com grandes volumes de materiais, normalmente de preço unitário menor, 
em que a mão de obra empregada não requer tanto refinamento, embora deva ser bem treinada e 
qualificada. 
 Constam da execução as seguintes etapas: 
 
• abertura das cavas e valas de fundação; 
• execução das fundações e reaterros (infraestrutura); 
Técnica das Construções Edmundo Rodrigues 2
• execução da superestrutura da obra (pilares, vigas, lajes, escadas, etc.); 
• construção das paredes (alvenaria); 
• revestimentos de paredes e tetos em emboço e pisos em argamassa; 
• colocação de aduelas e marcos das esquadrias; 
• assentamento de tubulações embutidas em concreto e alvenaria (luz, telefone, água 
esgoto); 
• construção de telhado (cobertura). 
 
1.3. Acabamento da obra 
 
 Corresponde aos trabalhos finais da obra, que empregam materiais de preços unitários de 
maior valor e requerem mão de obra mais especializada para sua execução, compreendendo os 
seguintes itens: 
 
• execução dos revestimentos de paredes e pisos mais finos (cerâmico, pedra, madeira, 
etc.); 
• colocação das esquadrias e de suas ferragens; 
• colocação das louças e ferragens das instalações hidráulica e sanitária (bacias, lavatórios, 
pias, tanques, torneiras, chuveiros, etc.); 
• colocação dos dispositivos de acionamento da instalação elétrica (interruptores, tomadas, 
disjuntores, etc.); 
• pintura de paredes, tetos e esquadrias; 
• colocação de vidro nas esquadrias; 
• limpeza geral da obra. 
 
2. Planejamento da Obra (Trabalhos Preliminares) 
 
2.1. Programa de trabalho 
 
 Para se elaborar o projeto de uma construção qualquer, deve-se ter em conta os fatores 
básicos: 
 
• lista dos compartimentos (cômodos) ou componentes que a obra irá necessitar, bem como 
os modos de intercomunicação e circulação; 
• conhecimento aprofundado dos mecanismos de serviços que serão realizados, com 
fluxograma dos processos a serem desenvolvidos no ambiente construído; 
• conhecimento dos códigos técnicos e legais (Código de Obra e Normas Técnicas), pois o 
projeto deve obedecer aos regulamentos municipais que fixam as condições a que a 
construção deve satisfazer (zoneamento, taxa de ocupação, área total construída, 
afastamentos frontal e das divisas, dimensões mínimas de compartimentos e de pé-direito, 
dimensões mínimas de vãos, bem como, de prismas de iluminação e ventilação, condições 
de escadas e rampas, estacionamentos, proteção contra incêndios, etc). 
 
De posse desses elementos, pode-se iniciar o estudo da distribuição dos compartimentos 
de modo que o conjunto, no final, satisfaça as condições de utilização da obra. 
 
 
 
Técnica das Construções Edmundo Rodrigues 3
2.2. Escolha do local da obra 
 
Impõem-se várias averiguações a fim de que se possa tirar do local o máximo de 
vantagens. Os principais itens a serem observados são: 
 
• verificar se há impedimento legal para uso total ou parcial do terreno; 
• observar se a topografia e a drenagem do terreno permitem implantação econômica da obra; 
• determinar se a natureza do subsolo permite uma construção estável e pouco onerosa; 
• verificar se o local oferece boas condições ambientais quanto a clima, condições de ventos, 
insolação, temperatura e umidade relativa insalubre, ruídos, etc; 
• o local deve oferecer condições de infraestrutura, com disponibilidade de condições de 
acesso, transporte, comunicação, fornecimento de água e energia; 
• verificar se o local possui boas condições de escoamento das águas pluviais, servidas (esgoto) 
ou com resíduos industriais. 
 
A figura 1 apresenta uma planta de loteamento de uma área urbana, enquanto a figura 2 
(a, b, c) a planta topográfica de uma propriedade agrícola, a partir da qual se podem tomar 
decisões quanto a melhor localização para implantação da edificação a ser construída. 
 
 
 
Figura 1: Projeto de um loteamento. 
Técnica das Construções Edmundo Rodrigues 
(a) 
4
 
 
(b) 
Técnica das Construções Edmundo Rodrigues 5
 
 
 
 
(c) 
 
Figura 2: Planta topográfica de uma propriedade agrícola. 
 
 O conhecimento da topografia do terreno permite a tomada de decisões importantes 
quanto à funcionalidade e custo da construção. Na figura três são mostrados diferentes soluções 
para implantação de um galpão agrícola em um terreno razoavelmente acidentado (inclinação de 
10º), com soluções em corte, em aterro e em meio-corte / meio-aterro. A partir do conhecimento 
do levantamento topográfico e das curvas de nível é possível calcular o volume de terra 
movimentado, bem como quantificar a quantidade de muros de arrimo necessários à estabilidade 
do terreno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das Construções Edmundo Rodrigues 6
 
 
terreno natural
terreno natural
platô construtivo
galpão a ser construído
m
ur
o 
de
 a
rri
m
o
corte no terreno
terreno natural
platô construtivo
galpão a ser construído
terreno natural
terreno natural
aterro no terreno
terreno natural
terreno natural
platô construtivo
galpão a ser construído
meio-corte
meio-aterro
m
ur
o 
de
 a
rr
im
o
m
ur
o 
de
 a
rri
m
o
m
ur
o 
de
 a
rri
m
o
 
 
Figura 3: Perfil do terreno e diferentes soluções para implantação de um galpão agrícola. 
 
 
2.3. Estudo do subsolo 
 
O projeto de fundações constitui uma das partes do projeto estrutural de uma edificação. 
Para elaboração do projeto de fundações é necessário o conhecimento adequado do solo que 
servirá de suporte à fundação, o qual se constituirá, dependendo da importância da obra, de uma 
simples abertura de cavas para observação “in loco” do solo, ou o que seria mais correto, a 
realização de testes normalizados que forneçam as características mecânicas do solo de fundação. 
O processo de identificação e classificação do solo exige a realização de ensaios de campo 
e laboratoriais, embora sejam mais comuns os ensaios de campo. Tais ensaios visam proceder àidentificação e à classificação das diversas camadas componente do solo (perfil geológico), assim 
como à avaliação de suas propriedades de resistência (capacidade de carga). 
 Dentre os diversos ensaios de campo de reconhecimento do solo o “Standart Penetration 
Test” (SPT) é o ensaio mais executado no Brasil e na maioria dos países do mundo (figura 4). 
 Por meio do SPT, determinam-se as seguintes características do substrato, as quais são 
apresentadas no relatório de sondagem (figura 5): 
 
Técnica das Construções Edmundo Rodrigues 7
 
• o tipo de solo atravessado por meio da retirada de uma amostra a cada metro perfurado; 
• a resistência (N) oferecida pelo solo à cravação do amostrador padrão, a cada metro 
perfurado; 
• a posição do lençol freático (nível d’ água), quando encontrado durante a perfuração. 
 
No Brasil o SPT é normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), 
por meio da Norma Brasileira NBR 6484, consistindo, basicamente, de um cavalete que 
possibilita a cravação de um amostrador padrão no solo, através da queda livre de um peso de 65 
kg, caindo de uma altura de 75 cm. O tubo amostrador padrão tem 45 cm de comprimento e 
diâmetro externo de 5 cm. O número de golpes (N) para o amostrador penetrar 30 cm possibilita 
a avaliação da resistência do solo, enquanto o tipo de material no interior do amostrador, a 
identificação do tipo de solo. 
 
Quanto ao número de furos de sondagem recomenda-se o seguinte: 
 
• deve ser no mínimo um para cada 200 m2 de área de projeção da edificação, para áreas de 
até 1200 m2. Acima de 1200 m2 até 2400 m2, de deve-se fazer um furo para cada 400 m2 
que excederem os 1200 m2. Acima de 2400 m2 o número de sondagens deve ser fixado de 
acordo com o plano particular de construção; 
• deve ser feito um mínimo de dois furos para áreas de projeção em planta de até 200 m2, e 
três furos para obras entre 200 e 400 m2. 
 
 O parâmetro N é utilizado para o dimensionamento das fundações, sendo apresentado na 
tabela 1, correlações entre o número de golpes, tipo de solo e tensão admissível utilizada para 
cálculo de bases de fundações. 
 
Tabela 1: Correlação entre o número de golpes (N) no ensaio SPT e a resistência do solo. 
 
solos arenosos 
N compacidade tensão admissível (kgf/cm2)
1 – 4 
4 – 10 
10 – 30 
30 – 50 
50 
muito fofa 
fofa 
média 
compacta 
muito compacta 
0,5 
1,0 
1,5 
2,0 a 3,0 
5,0 a 6,0 
solos argilosos 
N consistência tensão admissível (kgf/cm2)
0 – 2 
2 – 4 
4 – 8 
8 – 15 
15 – 30 
30 
muito mole 
mole 
média 
rija 
muito rija 
dura 
0,3 
0,5 
1,0 
2,0 
2,5 
3,0 
 
 
 
 
Técnica das Construções Edmundo Rodrigues 8
 
 
 
 
Figura 4: Sondagem do terreno. Standart Penetration Test (STP). 
 
 
 
Figura 5: Relatório de sondagem do subsolo.

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