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Impulsivo Emocional

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Introdução 
Estágio Impulsivo Emocional
Impulsivo Emocional é o nome que se dá ao primeiro estágio do desenvolvimento descrito por Henri Wallon, período que vai do nascimento até um ano de idade e contém dois momentos: o da impulsividade motora e o emocional. 
A criança inicia sua vida em uma situação de total dependência do meio externo e mostra-se incapaz de resolver suas próprias necessidades para sobrevivência, dependendo do meio social para interpretar, dar significado e trazer respostas a ela. Nesse estado de total necessidade do meio social a criança não tem uma delimitação entre o eu e o outro, onde não há uma divisão daquilo que vem da situação exterior e o que mostra-se do próprio sujeito.
O primeiro momento, intitulado como Impulsividade Motora, se inicia com o nascimento e dura aproximadamente até o terceiro mês de vida, e Wallon a descreve como aquela em que o ser é quase organismo puro, e sua atividade se manifesta apenas por reflexos e movimentos impulsivos. 
O segundo momento, denominado Emocional, descreve que as trocas entre o adulto e a criança condicionam e constroem reciprocamente as reações do bebe e seu meio, e vice-versa. A intensidade dessas trocas criam um campo emocional no qual os gestos, atitudes, mímicas e vocalizações adquirem nuança cada vez mais diversificada de dor, tristeza, alegria. Cria-se, então, um rico canal de comunicação entre a criança e seu meio, em que a troca é essencialmente afetiva e inicialmente sem relação intelectual. 
Análise da charge 
A charge acima retrata o estágio impulsivo emocional, teoria proposta por Wallon que descreve que a criança tem uma total dependência do meio externo, neste caso, de seus pais. Em consequência de sua inaptidão, a criança é incapaz de resolver suas próprias necessidades, precisando então do meio social para interpretar, dar significado e trazer respostas para elas. 
Suas reações de bem-estar e mal-estar irão se manifestar, inicialmente, mediante descargas motoras indiferenciadas. Estas manifestações ocasionarão nos adultos que a rodeiam reações de cariz afetivo e de natureza emocional, provocando respostas as suas necessidades. Gradativamente, essa interação criança-meio externo construirá um campo de comunicação recíproca. Respondendo às manifestações e reações do bebê, o adulto passa a compreendê-lo e assisti-lo cada vez mais adequadamente e a construir junto a ele um repertório de significados comuns, distinguindo suas necessidades conforme as situações ocorrem. 
Segundo Mahoney (2000), conforme a teoria de Henri Wallon, é somente por meio de complexos exercícios de relação e interação, de momentos de espera ansiosa e respostas a suas necessidades, da alternância entre autor em relação ao outro e objeto por parte do outro, que a criança irá se diferenciando, aos poucos, de seu meio e constituindo seu eu diferenciado do outro. 
No quadrinho nota-se esse momento de espera ansiosa, onde os pais não conseguem distinguir qual a real necessidade do filho, deduzindo que poderia ser preciso trocar a fralda, se o bebê estava com dor, febre, ou fome, e por fim, o que cessou o choro e deu fim ao estado de tensão apresentado, foi a chupeta. 
A partir dos impulsos ou reações motoras, a criança estará comunicando seu desconforto ou suas necessidades, provocando uma reação contagiante em seu meio imediato e estabelecendo assim uma relação íntima, profunda, indiferenciada, entre o bebê e seus envolventes. Nesse momento, acrescenta-se à simbiose fisiológica uma verdadeira simbiose afetiva. (Mahoney, 2000)
Na charge, o bebê comunica o seu desconforto/necessidade através do choro, mobilizando o seu meio externo, de modo que os pais buscaram, por meio de tentativa e erro, suprir a necessidade de seu filho. Inferiram algumas variáveis e, por fim, conseguiram fazer com que a criança parasse de chorar. 
Esse circuito simbiótico que se estabeleceu entre a criança e seus envolventes fará que as impressões sensoriais do bebê, acompanhadas pela satisfação ou frustração de suas necessidades, acabe por constituir uma série de associações. A criança associará determinadas respostas ao atendimento de determinadas necessidades. Esse condicionamento humano transforma as explosões impulsivas orgânicas em formas de ação sobre o meio externo. (Mahoney, 2000)
Referências
MAHONEY, A. A.; ALMEIRA, L. (org.). Henri Wallon. Psicologia e Educação. São Paulo: Loyola, 2000.

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