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Evolução das Políticas de Saúde no Brasil

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Refletindo e Organizando o Processo de Trabalho
Natal/RN, 01 de outubro/2014
Enfermeira Mônica Santos
Sistema
 Único de Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
1
SUS – Sistema Único de Saúde
Evolução das Políticas de Saúde no Brasil
A Saúde na Colônia e no Império
A Saúde na República
A Institucionalização da Saúde Pública
O Movimento Sanitário
A Constituição de 1988
Evolução das Políticas de Saúde no Brasil
A Saúde na Colônia e no Império
Modelo exploratório
A vinda da Corte Portuguesa (1808) determinou mudanças na saúde
Fundação das Academias Médico-Cirúrgicas no RJ e BA (duas primeiras escolas de medicina do país)
A fase imperial encerrou-se sem que o Estado resolvesse os graves problemas de saúde da coletividade, mas embora não tenha destruído as epidemias, ela marcou uma nova etapa na organização da saúde pública no Brasil.
SUS – Sistema Único de Saúde
A Saúde na República
Com a Proclamação da República (1889) veio a ideia de modernização
A falta de um modelo sanitário deixava as cidades brasileiras a mercê das epidemias (Varíola, Malária, Febre Amarela e Peste)
Em 1902 é iniciado o saneamento de portos
Início efetivo das políticas públicas se deu no final da década de 1910 (Doenças Transmissíveis)
Pela primeira vez, o governo passou a elaborar planos de combate as enfermidades, não se limitando apenas as épocas de surtos
Criação do Instituto Oswaldo Cruz (1908) e Fundação Oswaldo Cruz (1970) no RJ, e o Instituto Butantã em SP
SUS – Sistema Único de Saúde
A Saúde na República
Movimento da Reforma Sanitária emergiu durante a Primeira República – Criação do Departamento Nacional de Saúde Pública (1920)
A Lei Elói Chaves aprovada em 1923 trouxe o reconhecimento legal da assistência médica como política pública (marco do início da previdência)
Criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs), onde os benefícios dependiam das contribuições dos segurados (1923).
SUS – Sistema Único de Saúde
A Institucionalização da Saúde Pública
Em 1930 as antigas CAPs são substituídas pelos Institutos de Aposentadorias e pensões (IAPs), onde os trabalhadores eram organizados por categorias profissionais e não por empresas
Criação do SESP (Serviço especial de saúde pública) em 1942
Criação do Ministério da Saúde (1953)
Realização da 3ª Conferência Nacional de Saúde (1963) - último evento da experiência democrática
Unificação dos IAPs no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) em 1966
Período da Ditadura Militar: o modelo de saúde previdenciário começa a mostrar suas mazelas por ter privilegiado a medicina curativa
SUS – Sistema Único de Saúde
O Movimento Sanitário
A Lei da Reforma Universitária (1968) incorporou a medicina preventiva no currículo das faculdades
Esse novo campo da especialidade médica foi o lócus a partir do qual começou a se organizar o movimento sanitário
Na Conferência Internacional sobre a Atenção Primária à Saúde em Alma Ata (Cazaquistão – 1978) reafirmou-se ser a saúde um dos direitos fundamentais do homem
SUS – Sistema Único de Saúde
O Movimento Sanitário
Em 1985, o regime militar chega ao fim
8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) – onde se lançaram os princípios da Reforma Sanitária e se aprovou a criação de um Sistema Único de Saúde
Criação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) – 1987
A Constituição Federal de 1988 aprovou a criação do SUS, reconhecendo a saúde como um direito a ser assegurado pelo Estado e pautado pelos princípios de universalidade, equidade, integralidade e organizado de maneira descentralizada, hierarquizada e com participação popular
SUS – Sistema Único de Saúde
A Constituição de 1988
Artigo 196 cita que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”
Artigo 198 define o SUS como um Sistema Único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
» Descentralização; 
» Atendimento Integral 
» Participação da Comunidade
SUS – Sistema Único de Saúde
 Sistema Único de Saúde
Conceitos
Fundamentação Legal
Princípios (Doutrinários e Organizativos) e Diretrizes
Articulação com Serviços de Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
Conceitos
O SUS é constituído pelo conjunto das ações e de serviços de saúde sob gestão pública. Está organizado em redes regionalizadas e hierarquizadas e atua em todo território nacional, com direção única em cada esfera de governo. É composto por instituições governamentais, filantrópicas e privadas conveniadas, sendo coordenado pelo Ministério da Saúde, cabendo aos Estados e Municípios a execução dos serviços (Responsabilidade das três esferas do governo)
SUS – Sistema Único de Saúde
Fundamentação Legal
A 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) pode ser tomada como marco das reformas do setor saúde no Brasil, a medida que elegeu como tema “A saúde como direito do cidadão e dever do Estado” (Foi a primeira Conferencia aberta ao público em geral – cerca de 5.000 pessoas)
A Lei 8.080 – 19.09.1990 institui o Sistema Único de Saúde e trata: 
Da organização, da direção e da gestão do SUS;
Da definição das competências e das atribuições das 3 esferas do governo
Do funcionamento e da participação complementar dos serviços privados
Da política de recursos humanos; e
Dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do orçamento
SUS – Sistema Único de Saúde
Fundamentação Legal
O Decreto 7.508 – 28.06.2011 
Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa.
Art. 2o  Para efeito deste Decreto, considera-se:
I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;
II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde;
III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS;
IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS;
V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema;
VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde;
VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento especial; e
VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados,
quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. 
SUS – Sistema Único de Saúde
Fundamentação Legal
Cabe ao Ministério da Saúde:
 Atividades estratégicas no âmbito Nacional
Definição e Coordenação Nacional de 3 sistemas (alta complexidade, laboratórios de saúde pública e de sangue e hemoderivados)
Regulação do setor privado
Estabelecer padrões técnicos de assistência à saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
Fundamentação Legal
Cabe às Secretarias Estaduais de Saúde
Programar e Organizar a rede regionalizada e hierarquizada do SUS
Acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do SUS
Coordenar os 3 sistemas: de alta complexidade, de laboratórios de saúde pública e de hemocentros
Cabe às Secretarias Municipais de Saúde:
Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde
Gerir e executar os serviços públicos de saúde
Celebrar contratos e convênios com os serviços privados, bem como realizar controle, avaliação e fiscalização destes prestadores privados
SUS – Sistema Único de Saúde
Fundamentação Legal
Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS
Institui as instâncias colegiadas e os instrumentos de participação social em cada esfera de governo (Conferência de Saúde e Conselho de Saúde)
Condicionou o recebimento de recursos financeiros à existência de Conselho Municipal de Saúde
Trata da alocação de recursos do Fundo Nacional de Saúde, do repasse de forma regular e automática para os municípios, estados e Distrito Federal.
Estabelece que a Conferência Nacional de Saúde seja realizada a cada 4 anos
PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Contextualização pelos Sanitaristas sobre Doutrina e Organização do SUS
Universalidade
Equidade
Integralidade
Participação popular
Regionalização e hierarquização
Descentralização e comando único
(Diretrizes Organizativas)
SUS – Sistema Único de Saúde
Articulação com os Serviços de Saúde
Níveis de Atenção do SUS
Promoção
Proteção
Recuperação
Níveis de Complexidade da Assistência 
Atenção Básica
Média Complexidade
Alta Complexidade
SUS – Sistema Único de Saúde
 Participação Popular e Controle Social
Os Conselhos de Saúde
São Órgãos Colegiados de caráter permanente e deliberativo, que tem a função de definir a política de saúde, controlar e fiscalizar sua execução, inclusive nos aspectos financeiros. São paritários em sua composição, sendo metade trabalhadores de saúde e prestadores de serviço e a outra metade usuários indicados pela população.
As Conferências de Saúde
Funcionam como Assembléias ou fóruns para a discussão de problemas de saúde a cada quatro anos, onde a população pode e deve rever os planos adotados pelos dirigentes e propor ajustes e mudanças.
SUS – Sistema Único de Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
Depende de quem?
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