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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE MINAS LETÍCIA VALDO BALANÇO HÍDRICO DA BACIA DE BURITI (Cód:842001) Cachoeiro de Itapemirim 2014 LETÍCIA VALDO BALANÇO HÍDRICO DA BACIA DE BURITI (Cód:842001) Trabalho apresentado à disciplina de Hidrogeologia do curso de Engenharia de Minas do Instituto Federal do Espírito Santo como requisito parcial para avaliação. Profº. Lyndemberg Campelo Corrêa. Cachoeiro de Itapemirim 2014 1. INTRODUÇÃO O balanço hídrico nada mais é do que o computo das entradas e saídas de água de um sistema. Várias escalas espaciais podem ser consideradas para se contabilizar o balanço hídrico. Na escala macro, o “balanço hídrico” é o próprio “ciclo hidrológico”, cuja resultado nos fornecerá a água disponível no sistema (no solo, rios, lagos, vegetação úmida e oceanos), ou seja na biosfera. (Figura 1) Figura 1 - Ciclo hidrológico. Em uma escala intermediária, representada por uma micro-bacia hidrográfica (Figura 2), o balanço hídrico resulta na vazão de água desse sistema. Para períodos em que a chuva é menor do que a demanda atmosférica por vapor d´água, a vazão (Q) diminui, ao passo em que nos períodos em que a chuva supera a demanda, Q aumenta. Figura 2 - Ciclo hídrico em uma bacia. O balanço hídrico climatológico, descrito por Thornthwaite e Mather (1955) é uma das diversas maneiras de se monitorar o armazenamento de água no solo. Partindo-se do suprimento natural de água para o solo, simbolizado pelas chuvas e da demanda atmosfera, simbolizada pela evapotranspiração potencial, e com um armazenamento máximo apropriado para a planta cultivada, o balanço hídrico fornece estimativas do armazenamento de água no solo, evapotranspiração real, da deficiência hídrica e do excedente hídrico em diversas escalas de tempo. O portal HidroWeb oferece um banco de dados com todas as informações coletadas pela rede hidrometeorológica e reúne dados sobre cotas, vazões, chuvas, evaporação, perfil do rio, qualidade da água e sedimentos. Trata-se de uma importante ferramenta para a sociedade, pois os dados coletados pelas estações de monitoramento são utilizados para produzir estudos, definir políticas públicas e avaliar a disponibilidade hídrica. Por meio dessas informações, a Agência Nacional de Águas monitora eventos considerados críticos, como cheias e estiagens, disponibiliza informações para a execução de projetos, identifica o potencial energético, de navegação ou de lazer em um determinado ponto ou ao longo da calha do manancial, levanta as condições dos corpos d’água para atender a projetos de irrigação ou de abastecimento público, entre outros. 1.1 Dados da Bacia Hidrográfica A tabela abaixo apresenta os dados da bacia hidrográfica utilizada para este estudo. Tabela 1 - Dados bacia hidrográfica. Código 00842001 Nome CANTO DO BURITI Código Adicional 3764212 Bacia ATLÂNTICO,TRECHO NORTE/NORDESTE (3) Sub-bacia RIO PARNAÍBA (34) Rio - Estado PIAUÍ Município CANTO DO BURITI Responsável SUDENE Operadora SUDENE Latitude -8:7:0 Longitude -42:57:0 Altitude (m) 280 2. OBJETIVOS Esse trabalho tem por objetivo levantar dados de precipitação de chuva e de temperatura para a formulação de um balanço hídrico da estação Canto do Buriti de acordo com a tabela de Thornthwaite e Mather. 3. METODOLOGIA Foram selecionados, a partir do portal HidroWeb, os dados de precipitação média de chuvas de cada mês num período de 40 anos (1962-2002), disponibilizados em "Séries históricas". A partir do programa Estima T, foram levantados os dados de temperatura média para cada mês nesse mesmo período. Os dados de precipitação e temperatura foram trabalhados estatisticamente gerando a seguinte tabela. Tabela 2 - Dados médio de precipitação e temperatura para cada mês. Mês Precipitação Média (mm) - (1962-2002) Temperatura Média (ºC) - (1962-2002) Janeiro 147,03 27,26 Fevereiro 117,06 27,60 Março 141,60 27,50 Abril 94,53 26,00 Maio 22,73 25,03 Junho 6,03 24,40 Julho 0,78 23,52 Agosto 1,25 24,48 Setembro 5,37 26,53 Outubro 46,62 29,14 Novembro 95,28 28,77 Dezembro 128,33 27,10 De acordo com os dados da tabela a cima, foi possível gerar os gráficos de balanço hídrico segundo Thornthwaite e Mather (1955). 4. RESULTADOS Segue abaixo os gráficos segundo Thornthwaite e Mather (1955): -160 -140 -120 -100 -80 -60 -40 -20 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m Extrato do Balanço Hídrico Mensal DEF(-1) EXC -160 -140 -120 -100 -80 -60 -40 -20 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m D E F E X C Extrato do Balanço Hídrico Mensal 0 50 100 150 200 250 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m Balanço Hídrico Normal Mensal Precipitação ETP ETR -160 -140 -120 -100 -80 -60 -40 -20 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m Deficiência, Excedente, Retirada e Reposição Hídrica ao longo do ano Deficiência Excedente Retirada Reposição 5. CONCLUSÕES Pode-se observar que não houve excedentes hídricos, a deficiência hídrica ocorreu com um valor anual de 852,3 mm. A evapotranspiração potencial anual foi de 1.658,86 m, com índices mensais oscilando entre 86,09 mm (julho) a 198,52 mm (outubro). 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANA. Agência Nacional das Águas. Disponível em: < http://www2.ana.gov.br/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 20 de agosto de 2014. HIDROWEB. Disponível em: < http://hidroweb.ana.gov.br/>. Acesso em 19 de agosto de 2014. Thornthwaite, C. W.; Mather, J. R. The water balance. Centerton, NJ: Drexel Institute of Technology - Laboratory of Climatology, 1955. 104p. (Publications in Climatology, vol. VIII, n.1) 0 20 40 60 80 100 120 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m Capacidade de Armazenamento (CAD), Armazenamento (ARM) mensal CAD ARM
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