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Os princípios fundamentais do Brasil CF art. 4.

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Os princípios fundamentais do Brasil em suas relações internacionais
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
II-Prevalência dos direitos humanos
Com o Decreto n. 678, de 6-11-1992, que promulgou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de São José da Costa Rica, onde os direitos humanos deixaram de ser apenas teorias filosóficas e passaram a ser positivados em nosso ordenamento jurídico, ganhando força normativa e gozando de supremacia, pois, como bem disse José Afonso da Silva, este princípio se refere:” aos direitos fundamentais da pessoa humana”. Pode se dizer que, este princípio é o norteador das relações exteriores do País, pois o autor supracitado, identifica quatro inspirações para o rol de princípios consagrados neste dispositivo, citarei apenas o que tem relação ao tema por mim abordado: internacionalista, nas ideias de prevalência dos direitos humanos (Art. 4°, inciso II da CF). Este princípio afirma que todos devem ser tratados igualmente sem distinções, e que o Brasil através de convenções internacionais defende os direitos fundamentais da pessoa humana, pois, todas as pessoas, sem qualquer distinção, tem os mesmos direitos e deveres. A Constituição Federal de 1988, ressalta a importância de sermos uma sociedade fraternal e solidária, em defesa da paz, buscando a solução pacifica dos conflitos, sem preconceitos, cooperando para o progresso da humanidade, tutelando sempre a dignidade humana, sendo ela de grande importância tanto nas relações internacionais como nas relações internas, servindo como base de todos os direitos fundamentais.
REFERÊNCIAS: 
Mendes, Gilmar Ferreira; Coelho, Inocêncio Mártires; Branco, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 20 ed. Saraiva, 2008. 
Silva, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição. 50 ed. Malheiros, 2008, p.50
Julgado escolhido pelo grupo: 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.285 (578)
ORIGEM : AC - 200871000022540 – Supremo Tribunal Federal 
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : GIOVANE PASQUALITO FIALHO
ADV.(A/S) : CAETANO CUERVO LO PUMO E OUTRO (A/S)
RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -UFRS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
INTDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. POLÍTICA DE AÇÕES AFIRMATIVAS. INGRESSO NO ENSINO SUPERIOR. USO DE CRITÉRIO ÉTNICO-RACIAL. AUTOIDENTIFICAÇÃO. RESERVA DE VAGA OU ESTABELECIMENTO DE COTAS. CONSTITUCIONALIDADE. RECURSO IMPROVIDO.
I – Recurso extraordinário a que se nega provimento.
Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, conheceu e negou provimento ao recurso extraordinário, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Votou o Presidente, Ministro Ayres Britto. Falaram, pelo recorrente, o Dr. Caetano Cuervo Lo Pumo e, pela recorrida, a Dra. Indira Ernesto Silva Quaresma, Procuradora Federal. Plenário, 09.05.2012.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) definem pela constitucionalidade da reserva de vagas em universidades públicas a partir de critérios raciais e sociais — as chamadas cotas. 
A possibilidade de medidas de ações afirmativas, como princípio, tem o objetivo de assegurar o progresso de certos grupos raciais, colocando em iminência as obrigações jurídicas internacionais em matéria de direitos humanos, especialmente no combate à discriminação racial e na promoção da igualdade. Descreve o art.4°, II, da CF: prevalência dos direitos humanos.

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