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Aula 16 Polímeros Parte 1

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AULA 16 – POLÍMEROS 
(PARTE 1) 
Plástico é o nome popular 
empregado para os polímeros pela 
propriedade de plasticidade que 
este material apresenta, ou ainda, 
por ser uma das fases do 
polímero antes da sua 
conformação 
POLÍMEROS OU PLÁSTICOS? 
Profa. Sandra Dórea - UFS/DEC 
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INTRODUÇÃO 
¨  Definição: é uma substância macromolecular 
constituída por unidades estruturais repetitivas 
(monômeros), unidas entre si por ligações 
covalentes 
 
¨  Classificação: podem ser várias, mas segundo 
Callister (2002), eles são separados quanto à 
estrutura molecular e ao comportamento 
térmico 
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INTRODUÇÃO 
¨  Polímeros naturais: Originados de plantas e 
animais como a madeira, a borracha, a lã, o couro e a 
seda 
¨  Polímeros sintéticos: São os plásticos, as 
borrachas e as fibras 
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POLÍMEROS 
C
O
N
C
E
I
T
O 
 ¨ Portanto, polímeros são 
materiais compostos de 
origem natural ou sintética 
com massa molar elevada, 
formados pela repetição de 
um grande número de 
unidades estruturais básicas 
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POLÍMEROS C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S 
P
R
I
N
C
I
P
A
I
S 
 
¨ Boa resistência à corrosão 
¨ Baixa massa específica 
¨ Boas características de 
isolamento térmico e 
elétrico 
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HISTÓRIA 
¤  Na antiguidade, egípcios e 
romanos usavam materiais graxos 
e resinosos para carimbar, colar, 
vedar vasilhames, etc 
¤  No século XVI foi descoberta a 
seringueira (havea brasilienses), de 
onde se extraía o látex, chamado 
popularmente de borracha 
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HISTÓRIA 
Extração de látex das seringueiras 
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HISTÓRIA 
¤  Charles Goodyear descobre a 
vulcanização da borracha em 
1839, que lhe confere elasticidade, 
não pegajosidade e durabilidade 
¤  Em 1846, Christian Schónbien, 
químico alemão, descobre o 
primeiro polímero semi-sintético: 
a nitrocelulose 
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HISTÓRIA 
¤  O primeiro polímero 
sintético foi produzido em 
1912 – a baquelite (resina 
feita a partir do fenol e do 
formaldeído) 
¤  Em 1920, Staundinger 
propõe a teoria da 
macromolécula que 
define os polímeros 
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Rotor feito de baquelite 
HISTÓRIA 
¤  Em 1929 um químico da DuPont 
(EUA) descobre os poliésteres 
e as poliamidas (nylon) 
¤  Depois da II Guerra Mundial 
houve uma enorme aceleração 
no desenvolvimento de 
polímeros sintéticos 
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DESCOBERTA DOS POLÍMEROS 
¤  Quadro cronológico do aparecimento 
dos polímeros (Bauer, 2001): 
 ANO TIPO DE POLÍMERO 
1928 PLEXIGLASS 
1930 POLIESTIRENO 
1932 PVA E PVC 
1938 MELAMINAS E POLIÉSTERES 
1940 POLIETILENO 
1945 SILICONES 
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TERMOS 
¤  A palavra polímero origina-se do 
grego POLI (muitos) e MERO 
(unidade de repetição) 
¤  Portanto, POLÍMERO é uma 
macromolécula formada por 
milhares de unidades de repetição 
denominadas meros, ligadas por 
ligação covalente 
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ESTRUTURA POLIMÉRICA 
¤  Para a síntese de um polímero, é 
necessário que pequenas moléculas 
(monômeros) se liguem entre si para 
formar uma longa cadeia polimérica 
¤  Assim, cada monômero deve ser 
capaz de se combinar com outros 
dois monômeros, no mínimo, para 
ocorrer a reação de polimerização 
¤  Na prática, polímero é o material 
formado por essas macromoléculas 
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POLIMERIZAÇÃO 
¨  POLIMERIZAÇÃO é a reação química 
em que monômeros se ligam para dar 
origem a um polímero 
¨  A polimerização pode ser espontânea 
ou provocada pelo calor e por 
reagentes 
¨  Divide-se em polimerização por adição 
e por condensação 
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POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO 
¨  Acontece em cadeia: iniciação, 
propagação e terminação 
¨  É a maior classe de polímeros 
¨  Não há perda de átomos quando os 
monômeros se ligam 
¨  Os polímeros são obtidos através da 
adição de um único monômero 
¨  Os polímeros formados são mais simples e 
são sempre termoplásticos 
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POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO 
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POLIMERIZAÇÃO POR CONDENSAÇÃO 
¨  Quando os monômeros se ligam, há perda de 
uma molécula - geralmente é a água 
¨  Os monômeros podem ser iguais ou 
diferentes 
Baquelite: formado 
pela condensação do 
formol com o 
formaldeído. 
É usado na 
fabricação de tintas, 
vernizes e colas para 
madeira. 
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ESTRUTURA MOLECULAR 
¨  Lineares: as unidades estão unidas ponta a ponta em 
cadeias únicas. São cadeias flexíveis em que podem 
existir grandes quantidades de ligações de Van der 
Waals entre si. Ex: Polietileno, Cloreto de Polivinila, Nylon 
¨  Ramificados: cadeias de ramificações laterais 
encontram-se conectadas às cadeias principais, 
polímeros de baixa densidade 
¨  Rede: unidades com três ligações covalentes ativas, 
formando redes tridimensionais 
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ESTRUTURA MOLECULAR 
¨  Ligações Cruzadas: cadeias lineares adjacentes 
ligadas umas às outras, em várias posições por ligações 
covalentes. Estas ligações, não reversíveis, são obtidas 
durante a síntese do polímero a altas temperaturas. Ex: 
borracha 
¨  Homopolímeros/Polímeros: quando todas as 
unidades repetidas dentro da cadeia constituem-se do 
mesmo tipo de monômero 
¨  Copolímeros: quando as unidades repetidas dentro 
da cadeia constituem-se de dois ou mais tipos de 
monômeros diferentes Profa. Sandra Dórea - UFS/DEC 
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CRISTALINO X AMORFO 
¨  Os polímeros por possuírem cadeias muito longas, as mesmas não se 
dispõem linearmente e com ordem estrutural. Ex: poliestireno 
 
¨  Existem, também, alguns polímeros que apresentam um alinhamento 
de parte das suas cadeias umas em relação às outras, formando 
zonas chamadas cristalites. Ex: polietileno, polipropileno e 
poliamidas 
 
¨  Há também os cristalinos, como o PTFE, chamado de Teflon. 
 
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TEFLON (PTFE) 
POLIETILENO (PE) 
POLIESTIRENO (PS) 
FABRICAÇÃO 
¤  A sequência convencional é: 
n Matéria-prima básica → Transformação 
→ Matéria-prima intermediária → 
Monômeros (polímeros ou copolímeros) 
n As matérias-primas básicas podem ser 
produtos de origem mineral, vegetal ou 
animal (ex: nitrogênio, areia, calcário, 
cloreto de sódio, carvão, petróleo, matéria 
vegetal, madeira, etc) 
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FABRICAÇÃO 
¤  Não se usa a matéria-prima ao natural 
e sim seus derivados, que são as 
matérias-primas intermediárias 
¤  A partir desses derivados obtém-se os 
monômeros, que vão formar, por 
adição ou condensação, os polímeros 
(formados por monômeros iguais) ou 
copolímeros (formados por monômeros 
diferentes) 
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FABRICAÇÃO 
Matéria-
prima 
básica 
Matéria-
prima 
intermediária 
Monômeros 
Polímeros 
Copolímeros 
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PRODUTOS PETROQUÍMICOS 
¨  Os materiais 
poliméricos podem ser 
oriundos de produtos 
petroquímicos como o 
petróleo (nesse caso, 
dos derivados 
hidrocarbonetos) 
¨  No Brasil, a Petrobrás 
detém a tecnologia para 
a exploração do 
petróleo, com 75% da 
produção nacional na 
Bacia de Campos, Rio 
de Janeiro 
Plataforma de petróleo 
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PRODUTOS PETROQUÍMICOS 
¨  Produtos gerados pela indústriapetroquímica: 
¤ Parafinas 
¤ Olefinas 
¤ Naftaleno 
¤ Hidrocarbonetos aromáticos (metano, 
propano, etano, etileno, propileno, 
butenos, ciclohexanos, benzeno, 
tolueno, etc) 
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PRODUTOS PETROQUÍMICOS 
¨  Processo de 
produção: 
destilação, 
realizado em 
refinarias de 
petróleo 
¨  Consiste em separar 
fluidos com pontos de 
ebulição diferentes 
através do 
aquecimento dos 
mesmos 
Refinaria de petróleo 
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¨  GLP(gás de cozinha) 
¨  Gasolina 
¨  Nafta 
¨  Querosene 
¨  Óleo diesel 
¨  Solvente 
Torre de destilação Principais frações do petróleo (fase primária): 
PRODUTOS PETROQUÍMICOS 
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TIPOS DE INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
¨  1) Indústria primária (primeira geração) 
→ transforma a nafta em produtos 
petroquímicos básicos, como: 
 
¤ Olefinas (eteno, propeno e butadieno) 
 
¤ Aromáticos (xileno e tolueno) 
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TIPOS DE INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
¨  2) Indústria secundária (segunda 
geração) → transforma os produtos 
petroquímicos básicos em polímeros, 
como: 
 
¤ Polipropileno 
 
¤ Polietileno 
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TIPOS DE INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
¨  3) Indústria terciária (terceira geração ou 
de transformação) → os polímeros são 
modificados por meio de aditivos e 
conformados nos produtos de consumo: 
¤ Embalagens 
¤ Utilidades domésticas de plástico 
¤ Tubulações 
¤ Brinquedos 
¤ Mobiliário 
¤ Pneus 
¤ Tintas, etc. 
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Aditivos 
¨  São substâncias introduzidas no polímero 
com o objetivo de se obter uma dada 
condição de aplicação 
¨  Modifica as propriedades físicas e químicas 
dos polímeros 
¨  Podem ser plastificantes, pigmentos, 
estabilizadores, retardadores de chuva e 
cargas 
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Aditivos plastificantes 
¨  Melhora a flexibilidade, ductilidade e tenacidade 
dos polímeros 
¨  Podem ser removidos por solventes devido a sua 
volatilidade 
¨  Sua perda excessiva nos materiais pode levar ao 
enrijecimento da sua estrutura, com a consequente 
formação de fissuras 
¨  São introduzidos em materiais frágeis a temperatura 
ambiente devido a exigência de um certo grau de 
flexibilidade e ductilidade 
¨  Presentes em PVC, copolímeros e etc. 
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Pigmentos 
¨  Colorem e dão opacidade ao polímero. 
¨  Servem como barreira para ataques dos raios 
ultravioleta, garantindo maior estabilidade 
química ao material. 
¨  Dióxido de titânio (​𝑇𝑖𝑂↓2 ): é o mais utilizado, 
tem maior poder de cobertura, maior brilho e 
menos custo. 
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Estabilizadores 
¨  Atuam contra degradação dos polímeros quando 
expostos à radiação ultraviolenta e à oxidação 
¨  Eles podem ser encontrados como sais, fosfitos e 
acetonas 
¨  Existem também os estabilizadores térmicos que 
atuam contra reações iniciadas pelo HCl 
¨  Exemplos: carbonato básico de chumbo, estearatos e 
etc. 
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Retardadores de chama 
¨  Aumenta a resistência à inflamabilidade dos 
materiais 
¨  Atua causando reações químicas que diminuem 
a temperatura do local na queima ou que 
interferem no processo de combustão 
¨  Exemplos: compostos clorados ou bromados, 
fosfatos orgânicos e e trióxido de antimônio 
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Cargas 
¨  São empregados quando se deseja melhorar 
as propriedades do polímero com baixo custo 
¨  Cargas de reforço: aumenta a resistência 
mecânica. Exemplos: fibras de vidro e negro de 
fumo. 
¨  Materiais inertes: diminui o custo de produção. 
Exemplo: talco e serragem. 
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TÉCNICAS DE CONFORMAÇÃO 
¨  A moldagem dos polímeros é feita através de 
elevadas temperaturas e pressões que 
possibilitam que o material assuma a forma 
do molde 
¨  São dividas em moldagem por injeção, 
moldagem por extrusão, moldagem por 
compressão, moldagem por fundição e 
moldagem por insuflação 
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Moldagem por injeção 
¨  Aproximadamente 60% das máquinas para 
conformação dos polímeros são de injeção 
¨  Consiste em amolecer o material em um 
compartimento aquecido e injeta-lo a alta 
pressão no interior de um molde com 
temperatura mais baixa 
¨  Depois, o molde se abre ejetando o polímero 
¨  Durante o processo, há retração do material que 
pode dar origem a peças defeituosas, durante 
seu resfriamento 
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Moldagem por injeção 
Esquematização 
das etapas de 
moldagem por 
injeção 
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Moldagem por extrusão 
¨  Uma rosca ou um parafuso sem fim propele o 
material peletizado através de uma zona 
aquecida, em que o material é aquecido para ser 
compactado, fundido e moldado na matriz 
¨  Por fim, o material é comprimido contra uma matriz 
com o perfil desejado 
¨  Esse mesmo material pode ser resfriado, cortado, 
calibrado ou enrolado 
¨  Técnica muito utilizada na fabricação de tubos, 
filamentos, bastões e folhas finas 
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41 
Moldagem por extrusão 
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42 
Moldagem por compressão 
¨  O material é inserido em um molde que se aquece 
¨  Logo depois, o molde é fechado aplicando-se calor 
e pressão no seu interior 
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Moldagem por fundição 
¨  O polímero é aquecido e introduzido em um 
molde e deixado em repouso para solidificar 
¨  Nos polímeros termoplásticos, o esfriamento do 
molde leva à solidificação 
¨  Nos polímeros termofixos, o endurecimento 
acontece devido as reações de polimerização 
do material em altas temperaturas 
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44 
Moldagem por insuflação 
¨  Primeiramente, ocorre a extrusão de um 
pedaço de tubo feito pelo polímero 
¨  Depois, esse material é inserido em um molde 
com a forma desejada enquanto se encontrar 
no estado semifundido 
¨  Por fim, ar ou vapor sob pressão é injetado 
no interior do tubo para que suas paredes se 
conformem de acordo com o contorno do 
molde 
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45 
Moldagem por insuflação 
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PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¤  Massa específica 
n Os materiais poliméricos apresentam massa 
específica mais baixa que os metais e as 
cerâmicas: 
 Material Massa específica (g/cm3) 
Polimérico 
 
0,90 -1,50 
Metálico 
 
7,85 
Cerâmico 
 
3,30 
 
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47 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¤  Estabilidade dimensional 
¨  Propriedade importante para aplicações como 
engrenagens e peças de encaixe 
¨  A variação de umidade é um dos principais 
fatores que alteram tal propriedade, pois a 
água absorvida aumenta o volume e a massa 
específica da peça 
¨  A remoção da água pode acarretar o 
aparecimento de vazios e microfraturas que 
modificam as propriedades do material 
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48 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¤  Comportamento mecânico 
¨  As propriedades elásticas dos polímeros 
apresentam variação com o decorrer do tempo 
mesmo em condições normais 
¨  A resposta molecular de um polímero para 
atingir o equilíbrio com as forças externas é 
lenta 
¨  O material continua a deformar ou flui quase 
que indefinidamente com a aplicação da 
tensão 
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49 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
Comportamento mecânico Ensaio de tração 
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50 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
Comportamento mecânico Ensaio de tração¨ Alongamento de 
um corpo de 
prova polimérico 
após ensaio de 
tração 
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51 
 
¨  Material 
termoplástico, 
parcialmente 
cristalino 
¨  No ponto de tensão 
máxima ocorre o 
início da estricção do 
material 
¨  Há um alongamento 
do CP com a 
propagação da 
estricção 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
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52 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¨  A temperatura também interfere no 
comportamento mecânico 
¨  Quanto maior a temperatura, mais fracas 
serão as ligações dos átomos e mais fácil será 
o deslizamento entre as cadeiras adjacentes 
¨  O aumento da temperatura do material 
acarreta uma menor rigidez e menor limite de 
resistência à tração e uma maior ductilidade 
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53 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
q Outro fator importante que influencia nas 
propriedades mecânicas de um polímero é seu 
peso molecular 
q Polímeros com cadeias muito curtas (baixo peso 
molecular) se apresentam na forma de gases 
q Polímeros com peso molecular aproximado de 
1000 g/mol são sólidos pastosos 
q Os polímeros utilizados na engenharia tem peso 
molecular acima de 1000 g/mol 
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54 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¤  Resistência ao impacto 
¨  Polímeros cristalinos e amorfos → frágeis à 
baixas temperaturas 
¨  Fratura de polímeros termofixos → frágil 
¨  Fratura de polímeros termoplásticos → dúctil ou 
frágil 
¨  Fatores que influenciam → temperatura, taxa de 
deformação e presença de entalhes 
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55 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¤  Permeabilidade a gases e vapores 
¨  Importância → para materiais que serão empregados em 
embalagens 
¨  É medida pela quantidade de material permeante 
transferida na unidade de tempo por unidade de área 
¨  De uma forma geral → apresentam baixa 
permeabilidade 
¨  A borracha butílica (copolímero de isobutileno e isopreno) 
é empregada em pneus pela impermeabilidade a gases, 
propriedade que é devida à cristalinidade imposta ao 
material quando sujeito à tração 
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56 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¤  Inflamabilidade 
¨  Aquecimento de um polímero orgânico → 
modificações físico-químicas 
¤  Decompõe em produtos voláteis 
¨  Polímeros de fácil decomposição entram em 
combustão rapidamente 
¤  Nitrato de celulose 
¨  Polímeros termofixos → maior dificuldade de 
combustão 
¤  Empregados na fabricação de peças para uso elétrico 
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57 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¤  Propriedades térmicas e elétricas 
¨  Elevados valores para o coeficiente de 
dilatação térmica linear dos polímeros: 
¤ ά = 2,3.10-4/oC 
¤ Borracha de silicone → o dobro 
¨  Apresentam baixa condutividade térmica: 
¤  0,12W/m.K (polipropileno) 
¤  0,48W/m.K (polietileno alta densidade) 
¤  Cobre eletrolítico = 390W/m.K 
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58 
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 
¤  Propriedades térmicas e elétricas 
¨  São isolantes elétricos: 
¤  Resistividade igual a 1014 Ω.m (PVC) e 1016 Ω.m 
(polietileno de alta densidade) 
¤  Ligas metálicas → valores entre 10-7 e 10-8 Ω.m. 
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59 
PROPRIEDADES 
¨  Curva A: polímeros 
frágeis com ruptura 
no trecho elástico 
¨  Curva B: semelhante 
aos metais com 
trecho elástico, 
escoamento e 
deformação plástica 
¨  Curva C: totalmente 
elástica, típica dos 
elastômeros 
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60 
PROPRIEDADES 
¨  Térmicas: baixa condutividade térmica, altos 
coeficientes de dilatação térmica linear 
¨  Óticas: transparência expressa pela 
transmitância (amorfos), translucidez ou 
opacidade (cristalinos) 
¨  Resistência a Intempéries: resistência à 
oxidação, ao calor, às radiações ultra-violeta, 
à água, a ácidos e bases, a solventes e 
reagentes 
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61 
 Termoplásticos 
Classificação dos Materiais Poliméricos 
Quanto à Resposta do Material em relação à Temperatura 
•  Amolecem quando aquecidos e 
endurecem quando resfriados 
•  Processo totalmente reversível 
e que podem ser repetidos 
•  Fabricados pela aplicação 
simultânea de calor e pressão 
•  Maioria dos polímeros com 
estrutura linear e aqueles que 
possuem algumas estruturas 
ramificadas com cadeias flexíveis 
Profa. Sandra Dórea – DEC/UFS 
 Exemplos de Termoplásticos 
Classificação dos Materiais Poliméricos 
Polietileno – lona plástica 
 
Policloreto de vinila (PVC) – 
tubulações hidrosanitárias 
 
Polipropileno – fibras para 
estruturas de concreto 
 
Poliestireno – revestimento de 
pisos e paredes 
 
Acetato de vinila (PVA) - tintas 
 
Profa. Sandra Dórea – DEC/UFS 
 Termofixos 
Classificação dos Materiais Poliméricos 
•  Conformados plasticamente 
apenas em um estágio 
intermediário da sua fabricação 
•  Produto final duro que não 
amolece mais com o aumento 
da temperatura 
•  Tratamento térmico inicial 
•  Formação de ligações cruzadas 
covalentes entre cadeias 
adjacentes 
•  Resistência aos movimentos 
vibracionais e rotacionais da 
cadeia a altas temperaturas Profa. Sandra Dórea – DEC/UFS 
 Exemplos de Termofixos 
Classificação dos Materiais Poliméricos 
 
Époxis – adesivos 
 
Resinas fenólicas - acessórios 
elétricos 
 
Poliésteres - Tanques e piscinas 
de fiberglass 
 
Resinas fenólicas são usados 
também na produção de Objetos 
Moldados 
Profa. Sandra Dórea – DEC/UFS 
 Elastômeros 
Classificação dos Materiais Poliméricos 
•  São conformados plasticamente 
•  Elasticidade é sua principal 
propriedade 
•  Estado sem tensões: 
•  Amorfo e composto por 
cadeias moleculares torcidas, 
dobradas e espiraladas 
•  Quando Aplicada uma carga de tração: 
•  Desenrola, distorce e retifica apenas 
parcialmente as cadeias 
•  Quando Liberada a tensão: 
•  As cadeias se enrolam novamente de 
acordo com suas conformações iniciais 
 Profa. Sandra Dórea – DEC/UFS 
 Exemplos de Elastômeros 
Classificação dos Materiais Poliméricos 
Neoprene – 
aparelho de apoio 
 
Borracha de estireno - 
materiais de reparo 
 
Borracha de butila – 
impermeabilizações 
 
Borracha de nitrila – vedações 
Profa. Sandra Dórea – DEC/UFS 
POLÍMEROS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
¨  Busca substituir o aço, a madeira, o barro e o 
concreto 
¨  Detêm o 2º maior mercado neste setor, 
perdendo apenas para o de embalagens 
¨  Instalações hidráulicas prediais: o PVC é 
utilizado para a condução ou manuseio da água 
à temperatura ambiente, o CPVC no caso da 
água quente 
Profa. Sandra Dórea - UFS/DEC 
68 
¨  Instalações elétricas: eletrodutos para a passagem 
de fios e cabos (OS), internamente às paredes das 
construções, perfis para instalações elétricas 
aparentes, fios e cabos com isolamento (PP e PE), e 
componentes terminais da instalação (caixas, 
espelhos, tomadas, interruptores e outros) (PPO) 
¨  Os dutos e subdutos de PVC são utilizados em 
instalações subterrâneas de redes elétricas e de 
telefonia, ou seja, têm a função de proteger cabos 
e fibras óticas 
POLÍMEROS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
Profa. Sandra Dórea - UFS/DEC 
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¨  Fechamento de fachadas – Esquadrias e 
portas: esquadrias de PVC, janelas, persianas e 
portas de PVC 
¨  Atualmente o PVC domina 50% do mercado de 
esquadrias da Europa e supera os 30% nos 
EUA, e tem crescido no Brasil 
¨  Oferecem segurança, habitabilidade, 
durabilidade etc. 
POLÍMEROS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
Profa. Sandra Dórea - UFS/DEC 
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POLÍMEROS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
Janela de 
PVC 
Porta de PVC Polímeros nas 
Instalações 
elétricas 
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PVC 
PET 
Profa.Sandra Dórea - UFS/DEC 
72 
PROBLEMÁTICA 
¨  Resíduos mais encontrados: poli(cloreto de vinila) 
(PVC), o poli(tereftalato de estireno) (PET), o 
polietileno de alta e baixa densidade (PEAD), o 
poli(propileno) (PP), e o poli(estireno) (PS) 
¨  Destinação: embalagens (39,73%), construção 
civil (13,67%), descartáveis (11,55%), 
componentes técnicos (8,04%), agrícola (7,67%), 
utilidades domésticas (4,72%), outros (14,62%) 
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PROBLEMÁTICA 
Ilha de plástico 
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https://www.anda.jor.br/2016/06/cerca-de-cem-milhoes-de-animais-
marinhos-morrem-cada-ano-por-poluicao-de-plasticos-no-oceano/ 
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75 
PROBLEMÁTICA 
“A poluição mundial tem 
causado drásticas reduções 
nas populações de muitas 
espécies. Mais e mais 
plásticos são produzidos e 
depositados no oceano 
anualmente. 80% destes 
plásticos procedem do 
continente, levado das zonas 
costeiras ou fluem até o mar 
através de rios e ribeiras, com 
a chuva”, referiu Berta Remon, 
representante de uma ONG em 
prol da biodiversidade. 
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¨  Os materiais poliméricos aplicados em exterior 
podem ter sua durabilidade questionada em relação 
a suas características como brilho e cor, e também 
suas propriedades químicas e mecânicas como 
resistência ao impacto, no caso das telhas 
¨  O uso de combustíveis fósseis preocupa, mas já 
existem tecnologias desenvolvidas para produção de 
alguns monômeros importantes como o estireno e 
ácido acrílico através de fontes renováveis como o 
álcool etílico, a sintetização do bagaço de cana e do 
óleo de mamona! 
PROBLEMÁTICA 
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¨  Soluções: 
-  PET: roupas, insumo para tintas, tubo para esgoto 
predial e revestimento 
-  Estudo para substituir a areia pelo plástico triturado 
(D´Abreu) 
-  “Embalagens longa vida viram telhas para construção 
civil” (Tetra Pack) 
- PVC: camada central de tubos de esgoto, em reforços 
para calçados, juntas de dilatação para concreto, 
perfis, cones de sinalização, etc. 
RECICLAGEM 
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¨  Plásticos: 
-  Dificuldades: produtos compostos de misturas de 
plásticos (Ex: shampoo – tampa em PP e corpo em 
HDPE), com filmes de alumínio incorporados 
-  Para reciclar, é necessário separar esses materiais, 
lavar, triturar e adicioná-los à matéria-prima 
virgem 
-  Reciclagem energética e química: não exigem a 
separação dos plásticos e consiste na combustão 
dos materiais e conversão em substâncias químicas 
RECICLAGEM 
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VANTAGENS DO POLÍMERO 
n Pequeno peso específico 
n Isolantes elétricos 
n Possibilidade de coloração como parte 
integrante do material 
n Baixo custo 
n Facilidade de adaptação à produção em 
massa e processos industrializados 
n Imunes à corrosão 
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REFERÊNCIAS 
Esta aula foi preparada tendo como base as seguintes referências 
bibliográficas: 
§  Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e 
Engenharia de Materiais (2010). ed. Geraldo C. Isaia. 2.ed. São 
Paulo, IBRACON, Vol. 1 - Cap 41 
§  Ciências dos Materiais (2008). J. F. Shackelford. São Paulo, Pearson 
Prentice Hall. 
§  Materiais de Construção (1995). Eladio G. R. Petrucci. 10.ed. São 
Paulo, Globo.  
§  Materiais de Construção (1994). Coord. L. A. Falcão Bauer. 5.ed. 
Rio de Janeiro, LTC. 
Profa. Sandra Dórea - DEC/UFS 
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