Buscar

3º eca

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 1/19
Direito da Criança e do
Adolescente
Aula 3 - Direito à Convivência Familiar e
Comunitária e os Procedimentos de Colocação
em Família Substituta; de Perda e Suspensão
do Poder Familiar; de Destituição da Tutela; e
da Habilitação de Pretendentes à Adoção
INTRODUÇÃO
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 2/19
Dentro da sistemática dos direitos fundamentais, o legislador tratou do direito à convivência familiar de forma
abrangente, procurando estabelecer regras que norteiam o cuidado à criança e ao adolescente. Sendo assim, serão
estudados direitos e deveres de todos os envolvidos com o propósito de assegurá-lo.
Nesta aula, daremos continuidade ao estudo dos Direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente
(glossário), analisando o Direito à Convivência Familiar e as várias modalidades de família. Também serão analisadas
as formas de colocação em família substituta: guarda, tutela e adoção.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Compreender o direito fundamental à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes, e as formas de
exercício deste direito;
Identi�car as modalidades de família previstas no ECA;
Identi�car os procedimentos de colocação em família substituta, bem como os relativos à perda e suspensão do poder
familiar, da destituição da tutela, e da habilitação de pretendentes à adoção.
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 3/19
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Fonte da Imagem:
O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que toda criança e adolescente tem direito a ser criado e educado no
seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
A regra, pelo artigo 19 do ECA, é a família natural (glossário) ou extensa/ampliada (glossário); e a exceção, a família
substituta. E, para garantir esta convivência, o ECA sofreu alteração recente pela Lei 12962/14 (glossário), que passa a
estabelecer, no parágrafo 4º, do artigo 19, que será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe e o
pai privado da liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento
institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.
Também passou a ter nova redação. A criança ou o adolescente deve ser mantido em sua família de origem, em regra.
Desta forma, a condenação criminal do pai ou da mãe não implicará na destituição do poder familiar, exceto na
hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio �lho ou �lha. Um exemplo que
podemos citar é o crime de estupro de vulnerável praticado contra o próprio �lho.
Assim, nos procedimentos da Justiça da Infância e da Juventude, a preferência é sempre a permanência da criança e
do adolescente junto a seus genitores biológicos ou parentes próximos (ou pessoa com quem já conviva), e somente
após a veri�cação técnico-jurídica de que estes não possuem condições de criá-los, é que se inicia a colocação em lar
substituto.
Esse artigo restringiu qualquer discriminação relativa à �liação. Sendo assim, aboliu-se o termo �liação ilegítima,
igualando-se os direitos de todos os �lhos. O mesmo preceito está no artigo 1.596 (glossário), do Código Civil, e na
Constituição Federal, no §6º do artigo 227 (glossário).
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 4/19
Os artigos que dispõem acerca do direito à �liação não foram alterados, pois já se encontravam em total sintonia com
as previsões constitucionais, que estabelecem igualdade na �liação, com proibição de discriminação entre �lhos
naturais e adotivos, proibindo também a nomenclatura “�lhos ilegítimos”. Assim:
Art. 26. Os �lhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no
próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a
origem da �liação. 
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do �lho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar
descendentes.
Art. 27. O reconhecimento do estado de �liação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser
exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.
ENTENDENDO O CENÁRIO...
A Lei 12.010/09 (glossário), que trouxe alterações ao Estatuto da Criança e do Adolescente, reconhece duas formas de
acolhimento da criança e do adolescente, quando estes não puderem permanecer junto à sua família natural ou
extensa/ampliada, que são:
Acolhimento Institucional
Esta forma se refere ao antigo abrigamento (artigo 90, IV, ECA) por instituições voltadas à
proteção temporária da criança e do adolescente, e que não se confunde com privação de
liberdade destes. A permanência da criança e do adolescente, neste programa de
acolhimento, não se prolongará por mais de dois anos, salvo comprovada necessidade que
atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
Acolhimento familiar
Esta forma se refere a um programa a famílias dispostas a receber e proteger crianças e
adolescentes que não possam permanecer junto a suas famílias de origem. Elas são
cadastradas para esta �nalidade e, surgindo a necessidade, serão a família acolhedora
destas crianças e destes adolescentes. Este programa prevalece sobre o acolhimento
institucional, sempre que possível, e conta com o acompanhamento de pro�ssionais como
assistentes sociais e psicólogos.
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 5/19
Estas duas formas de acolhimento possuem como características comuns:
, Em sendo constatada a impossibilidade de reintegração da criança ou do adolescente à família de origem, após seu
encaminhamento a programas o�ciais ou comunitários de orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório
fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a descrição pormenorizada das providências tomadas e a expressa
recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade ou responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à
convivência familiar., , Para a destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda, o Ministério Público então
ingressará com a ação (art. 136, XI e par. Único, ECA).
PODER FAMILIAR
Desde o advento do novo Código Civil, a expressão “pátrio poder” foi substituída por poder familiar. Este poder é
exercido em igualdade de condições pelo pai e pela mãe, representando a obrigação destes na formação e proteção
dos �lhos, garantindo-lhes os direitos fundamentais assegurados pela CF. O que está contido também no art. 21 do
ECA. Antes da reforma promovida pela Lei 12010/09, o ECA ainda se valia da expressão “pátrio poder”, mas com o
advento da referida lei, todas as expressões foram alteradas para “poder familiar”.
As obrigações decorrentes do poder familiar são a guarda, o sustento e a educação, consoante disposto no Código
Civil e no artigo 22 do ECA. O descumprimento desses deveres pode ocasionar a suspensão ou até mesmo a
destituição do poder familiar, além de possibilitar:
PROCEDIMENTO DE PERDA OU SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03…6/19
A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos
previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injusti�cado dos deveres e das obrigações a
ele inerentes.
O procedimento está previsto no artigo 155 e seguintes do Estatuto. O procedimento para a perda ou a suspensão do
poder familiar terá início por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse.
A petição inicial deverá conter os seguintes requisitos:
Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a suspensão do poder
familiar, liminar ou incidentalmente, até o julgamento de�nitivo da causa, �cando a criança ou adolescente con�ado a
pessoa idônea, mediante termo de responsabilidade.
A seguir, veja o procedimento de perda ou suspensão do poder familiar:
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 7/19
, O artigo 164 determina que “Na destituição da tutela, observar-se-á o procedimento para a remoção de tutor previsto na lei
processual civil e, no que couber, o disposto na seção anterior”.
FAMÍLIA SUBSTITUTA — ARTIGOS 28 A 52, ECA.
A colocação em família substituta far-se-á mediante três modalidades:
Esta sofreu recente alteração promovida pela Lei 12955/14 (glossário), incluindo o parágrafo 9º, determinando que
terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com de�ciência
ou com doença crônica.
Estas três modalidades de colocação em família substituta possuem alguns aspectos em comum:
Consentimento do adolescente
O consentimento do adolescente é obrigatório e deve ser colhido em audiência para que ele
seja colocado em família substituta. Quanto à criança, ela será ouvida sempre que possível
e sua opinião será devidamente considerada.
Grau de parentesco
Na apreciação do pedido, levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de a�nidade
e afetividade.
Grupos de irmãos na mesma família
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 8/19
Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda, na mesma família
substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que
justi�que plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer
caso, evitar o rompimento de�nitivo dos vínculos fraternais.
Preparação gradativa e acompanhamento
A colocação em família substituta será precedida de preparação gradativa e
acompanhamento posterior, realizados pela equipe interpro�ssional.
Criança ou adolescente indígena e ou proveniente de comunidade remanescente de
quilombo
Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade
remanescente de quilombo, é ainda obrigatório: 
 
• que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e
tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos
fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; 
• que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a
membros da mesma etnia; e 
• que a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política
indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a
equipe interpro�ssional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.
Incompatibilidade ou ambiente familiar inadequado
Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer modo,
incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado.
Transferência da criança ou adolescente sem autorização judicial
A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou adolescente a
terceiros ou a entidades governamentais ou não governamentais, sem autorização judicial.
Compromisso de bem e �elmente desempenhar o encargo
Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e �elmente
desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.
MODALIDADES DE FAMÍLIA SUBSTITUTA
Vamos reconhecer agora as modalidades de colocação em família substituta:
Guarda
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 9/19
Fonte da Imagem:
A guarda não retira o poder familiar dos pais, diferentemente da tutela, que pressupõe a perda ou a suspensão desse
poder familiar. Já a adoção rompe com todos os vínculos anteriores.
Consoante o artigo 1.634 do Código Civil e artigo 22 do ECA, a guarda é dever inerente ao poder familiar, juntamente
com o dever de sustento e educação, consoante os dois dispositivos em epígrafe. É inicialmente vinculada, portanto,
ao poder familiar.
No entanto, em determinadas situações, pode o dever de guarda se desprender do poder familiar, sem causar a perda
deste.
Nos casos de guarda como modalidade de colocação, em família substituta, será aplicável o disposto nos artigos 33 a
35 do Estatuto, que não se preocupou com a guarda atribuída aos genitores, mas somente a atribuída a terceiros.
A guarda está dividida em três espécies. Veja:
, A decisão de guarda não faz coisa julgada material, nada impede a revogação dessa guarda, consoante dispõe o artigo 35 do
ECA. O que prepondera é o interesse do menor, e não a pretensão dos pais ou do guardião. A perda ou a modi�cação da guarda
poderá ser decretada nos mesmos autos do procedimento, consoante o disposto no artigo 169, parágrafo único.
Os efeitos da guarda são:
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 10/19
Dessa forma, passa o menor a �gurar como dependente para todos os �ns e efeitos de direito, inclusive
previdenciários. Alguns avós requerem a guarda dos netos, visando, exclusivamente, a �ns previdenciários. Em muitos
desses casos, o menor continua, inclusive, na companhia dos pais. Não existe a chamada guarda previdenciária, mas
sim os efeitos previdenciários da guarda. Os benefícios são consequência e não �nalidade. Além disso, tendo-se
exclusivamente a �nalidade de se deixarem benefícios previdenciários, importaria em uma fraude permitida pelo Poder
Judiciário aos cofres públicos.
Outro argumento seria a falta de correspondência com a realidade dos fatos. A questão deve passar, ainda, pela
análise da Lei 8.213/1991 (glossário), em seu artigo 16, parágrafo 2º, que sofreu uma alteração em 1997, pela Lei
9.528 (glossário), passando a não considerar o menor sob guarda como equiparado a �lho, mas apenas o enteado e o
menor tutelado.
Mesmo para aqueles que entendem como possível, a guarda para �ns exclusivamente previdenciários, posicionamento
que praticamente não mais se encontra na jurisprudência, o recebimento de tais benefícios deve passar pela análise da
modi�cação da lei. O fato gerador do benefício é a morte do segurado. Dessa forma, deve-se levar em conta a lei em
vigor na data da morte do bene�ciário. Se anterior à alteração legal, o menor sob guarda ainda poderia receber o
bene�cio. Se posterior, não mais seria permitido, em virtude da nova redação do parágrafo 2º. No entanto,
recentemente, o STJ vem admitindo o benefício da pensão por morte a menores sob guarda, fazendo preponderar o
disposto no artigo 33, parágrafo 3º do ECA.
Quanto à visitação e alimentos
TUTELA
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f03… 11/19
Fonte da Imagem:
A tutela está prevista nos artigos36 a 38, do ECA, e 1.728 e seguintes, do Código Civil. Consiste em um encargo de
caráter assistencial, que tem por objetivo suprir a falta de representação legal, substituindo assim o poder familiar, em
se tratando de menor de 18 anos.
Cabe destacar que a administração dos bens do tutelado não pode prevalecer à criação e à educação deste. Esta
administração é uma importante atribuição da tutela, mas não é única.
A tutela, apesar de englobar a guarda, não se confunde com ela. A tutela confere ao tutor plenos poderes de
representação, em virtude da destituição ou suspensão do poder familiar ou ausência dos pais, o que não ocorre na
guarda, que pode coexistir com o poder familiar.
Apesar de não coexistir com o poder familiar, a tutela não defere direito sucessório ao tutelado em caso de falecimento
do tutor. Este direito permanece em relação aos pais, pois a suspensão ou a destituição do poder familiar não extingue
o vínculo sucessório. O tutor possui os deveres previstos nos artigos 1.740, 1.747, 1.748 e 1.755, todos do Código Civil.
As espécies de tutela são:
ADOÇÃO
A adoção de criança e de adolescente reger-se-á sempre de acordo com o disposto no ECA (artigos 39 a 52, do ECA), e
trata-se de medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 12/19
Quem pode adotar?
, A adoção deve oferecer reais vantagens para o adotando, por tratar-se de medida excepcional; deve haver o consentimento dos
pais ou do representante legal do adotando, ou destituição do poder familiar. O consentimento é dispensado se os pais foram
desconhecidos ou destituídos do poder familiar. É necessário ainda o consentimento do adotando maior de 12 anos e estágio de
convivência: a adoção é precedida de estágio de convivência para �ns de adaptação, pelo prazo que o Juiz �xar, dependendo das
peculiaridades de cada caso. Isto se dá para veri�car a adaptação da criança ou adolescente naquela família, e não dos
adotantes., , Para os adotantes estrangeiros residentes ou domiciliados fora do Brasil, o estágio de convivência é obrigatório, e é
cumprido em território nacional, pelo prazo de 30 dias.
ATIVIDADE
Com base no que acabamos de ver, analise os casos a seguir e diga se os per�s apresentados são candidatos à
adoção ou não.
I. Milena tem 34 anos, é solteira, advogada e possui casa própria. Foi tutora legal de Júlia (que tem 6 anos de idade)
por um período de dois anos – tempo em que prestou contas regularmente de sua administração.
SIM
NÃO
Justi�cativa
II. João tem 30 anos, e Marcela, 25. Eles foram tutores legais de Rafael (que tem 10 anos de idade) por um período de
um ano – quando ainda estavam casados. Agora, apesar de divorciados judicialmente, desejam adotar a criança, com
o acordo de que a guarda �cará com Marcela. João, por sua vez, visitará Rafael de forma periódica.
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 13/19
SIM
NÃO
Justi�cativa
ADOÇÃO PÓSTUMA E ADOÇÃO UNILATERAL
Existem duas espécies de adoção previstas pelo ECA que possuem características peculiares que as afastam um
pouco das regras gerais referentes a adoção:
SENTENÇA DE DEFERIMENTO DA ADOÇÃO
Fonte da Imagem:
A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese de Adoção
Póstuma, caso em que terá força retroativa à data do óbito. Isto é assim para possibilitar a transmissão de direitos
sucessórios ao adotando.
A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, a possibilidade de determinar a
modi�cação do prenome. Caso a modi�cação de prenome seja requerida pelo adotante, isto não poderá con�gurar
uma imposição ao adotado. Será obrigatória a sua oitiva, observado o disposto nos §§ 1º e 2o, do art. 28 do ECA.
A sentença que defere a Adoção é irrevogável e nem mesmo a morte dos adotantes restabelece o poder familiar dos
pais naturais.
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 14/19
CONHECIMENTO SOBRE A ORIGEM BIOLÓGICA
O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a
medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 anos. Tal acesso ao processo de adoção poderá
ser também deferido ao adotado menor de 18 anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e
psicológica.
Via de regra, para adoção, é necessário o respeito ao Cadastro Nacional de Adoção. A adoção em favor de candidato
domiciliado no Brasil, não cadastrado previamente, apenas poderá ser deferida:
EM CASOS DE ADOÇÃO INTERNACIONAL, COMO PROCEDER?
Será admitida a adoção internacional de crianças e/ou adolescentes brasileiros ou domiciliados no Brasil, quando esta
modalidade de família substituta for adequada ao caso concreto, e quando forem esgotadas todas as possibilidades
de colocação em família brasileira.
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 15/19
Não deixe de ler os artigos 51 a 52D do Estatuto!
ATIVIDADE
Analise o caso a seguir:
“Um bebê, de aproximadamente 6 meses de idade, é deixado na porta da casa de Maria sem documentos. Maria o
acolhe, em sua casa, e aguarda que alguém reclame a criança. Um ano se passa sem que ninguém procure pelo bebê.
Maria se apega à criança e deseja adotá-la, mesmo não sendo habilitada à adoção”.
Diante desses fatos, é CORRETO a�rmar que, de acordo com as regras e os princípios da legislação em vigor:
A autoridade judiciária, tomando ciência da situação, deve determinar o afastamento da criança do convívio com Maria e
entregá-la a casal cadastrado em programa de acolhimento familiar, o qual terá preferência para adotá-lo caso assim deseje.
O Conselho Tutelar, tomando conhecimento da situação, deve determinar o imediato acolhimento institucional da criança,
requisitar a lavratura de seu registro de nascimento e comunicar o caso à autoridade judiciária.
Maria, antes de postular a adoção, deve providenciar o registro tardio da criança e, na sequência, pedir ao Conselho Tutelar a
concessão, em seu favor, de termo provisório de guarda e responsabilidade da criança.
O Ministério Público, ciente da situação, deve propor ação declaratória de infante exposto, cujo procedimento prevê a
expedição de edital para ciência pública do “achamento” da criança, concedendo prazo para manifestação para eventuais
interessados.
Maria somente poderá adotar a criança quando esta última completar 3 anos, e desde que preenchidos os demais requisitos
legais.
Justi�cativa
PROCEDIMENTO DE COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA
O procedimento de colocação em família substituta está previsto nos artigos 165 a 170 do ECA. Sendo os pais
falecidos ou destituídos ou suspensos do poder familiar; ou se houverem aderido expressamente ao pedido de
colocação em família substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos
próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado. Caso contrário, teremos a via judicial, com o
procedimento de colocação em família substituta.
Este procedimento inicia-se ou por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse, após
esgotados os esforços para manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou extensa. E a petição inicial
deve conter os seguintes requisitos:
Em se tratando de adoção, deverão ainda ser observados os requisitos especí�cosao instituto. São eles:
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 16/19
Fonte da Imagem:
Durante o procedimento, havendo o consentimento dos titulares do poder familiar, este será colhido pela autoridade
judiciária competente em audiência, presente o Ministério Público, garantida a livre manifestação de vontade. E, se este
consentimento foi prestado por escrito, deverá ser rati�cado em audiência.
Este consentimento é retratável até a data da publicação da sentença constitutiva da adoção, e só terá valor se for
dado após o nascimento da criança.
Fonte da Imagem:
A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério Público, determinará a realização de
estudo social ou, se possível, perícia por equipe interpro�ssional, decidindo sobre a concessão de guarda provisória,
bem como, no caso de adoção, sobre o estágio de convivência, a �m de que a criança ou o adolescente não �que sem
representação legal até o �nal do procedimento. E, deferida a guarda provisória ou o estágio de convivência, a criança
ou o adolescente será entregue ao interessado, mediante termo de responsabilidade.
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 17/19
Fonte da Imagem:
Apresentado o relatório social ou o laudo pericial, e ouvida, sempre que possível, a criança ou o adolescente, dar-se-á
vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de cinco dias, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a perda ou a suspensão do poder familiar constituir pressuposto lógico
da medida principal de colocação em família substituta, será observado o procedimento contraditório previsto nos
artigos 155 a 164 do ECA.
, A perda ou a modi�cação da guarda poderá ser decretada nos mesmos autos do procedimento de colocação em família
substituta, observado o disposto no art. 35, do ECA.
ALIENAÇÃO PARENTAL
A alienação parental ofende o direito à convivência familiar. O psiquiatra americano Richard Gardner denominou
"alienação parental" a síndrome constatada em um dos pais. Ela acontece quando:
Fonte da Imagem:
Um dos cônjuges tenta, a qualquer preço, afastar a criança ou adolescente do convívio do outro genitor.
A síndrome geralmente se manifesta na ocorrência de separações traumáticas, em que uma das partes não consegue
aceitar o sentimento de rejeição, raiva, abandono e acaba por buscar, até de forma inconsciente, o alívio de tais
sentimentos pela vingança, qual seja, a de afastar o outro genitor da presença e do convívio do �lho; além da nefasta
criação sem a presença de um dos genitores, com os consequentes traumas que podem ser gerados
psicologicamente.
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 18/19
A menina, por exemplo, na ausência do pai, podendo ser proveniente de um lar desajustado pode manifestar, no futuro,
o que psicologicamente se conceitua como a doença de amar demais, que poderá envolvê-la em relacionamentos
destrutivos. Podem ser plantadas falsas memórias em casos extremos, como abuso sexual praticado pelo genitor
afastado.
Em casos extremos, o genitor afastado pode ser vítima de denunciação caluniosa, vindo a responder a inquérito e
processo por supostos abusos sexuais, o que demandará uma análise psicológica criteriosa e necessariamente
demorada, gerando sofrimento extremo a todos os envolvidos.
INDICAÇÃO DE LINK
A Lei 12.318/2010 dispõe sobre a alienação parental. Para conhecê-la, clique aqui (glossário).
ATIVIDADES
Questão 1: Analise o caso a seguir:
Claudio é avô de Marcelo, adolescente de 13 anos de idade. Sabendo que a mãe de Marcelo é muito ausente na criação
do �lho, Claudio procura um advogado com a intenção de adotar o neto.
Como advogado, quais são as instruções que devem ser passadas a Claudio?
Resposta Correta
Questão 2: Paulo, com 8 anos de idade, foi colocado sob a guarda de seu tio Pedro, visto que seus pais foram presos
pela prática de roubo. Cinco anos mais tarde, os pais, agora em liberdade, reaparecem e exigem de Pedro a imediata
devolução do agora adolescente Paulo. Pedro, contudo, não deseja entregar seu sobrinho aos pais, pois entende que
eles ainda estão envolvidos com crimes. Pedro, nessa situação:
Deve devolver imediatamente o adolescente aos pais, que não chegaram a ser destituídos do poder familiar.
Alega que os pais devem procurar o Conselho Tutelar, que pode revogar a guarda.
Pode se opor à entrega do adolescente aos seus pais.
Deve �rmar um documento particular, revogando a guarda e devolvendo o adolescente aos pais.
Alega que os pais devem procurar o Promotor de Justiça, que pode, mediante Portaria fundamentada, revogar a guarda.
Justi�cativa
Questão 3: Conforme prescreve o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta.
A guarda confere ao guardião o direito de opor-se a terceiros, salvo aos pais naturais da criança ou do adolescente.
A guarda pode ser destinada a regularizar a posse de fato da criança ou adolescente.
Apenas para �ns previdenciários, a criança ou o adolescente é considerado dependente do guardião.
A guarda só poderá ser retirada dos pais naturais em caso de destituição do poder familiar.
O deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros, em qualquer caso, impede o exercício de direito de visitas pelos
pais naturais.
Justi�cativa
2/4/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1741776&classId=1119114&topicId=754467&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 19/19
Glossário
FAMÍLIA NATURAL
Formada pelos pais ou qualquer deles com seus descendentes.
EXTENSA/AMPLIADA
Formada pela criança ou adolescente com parente próximo, com o qual ela conviva e tenha a�nidade e afetividade.
ARTIGO 1.596, DO CÓDIGO CIVIL
Os �lhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e quali�cações, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à �liação.
Para visualizar o Código Civil na íntegra, clique aqui (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NO §6º DO ARTIGO 227
§ 6º Os �lhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e quali�cações, proibidas
quaisquer designações discriminatórias relativas à �liação.
Para visualizar a Constituição Federal na íntegra, clique aqui (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm).

Continue navegando