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Slides de Aula I est da criança

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Profa. Ma. Ana Claudia Oliveira
UNIDADE I
Direito da Criança,
Adolescente e Estatuto
do Idoso
 Somente a partir do século XX se começou a pensar na proteção à infância e à juventude.
 Anteriormente havia legislações esparsas como àquelas ligadas à proteção e à limitação de 
idade para o trabalho, jornada etc.
 1919 – Posterior à Primeira Guerra – Criação da Liga das Nações – que perdurou até a 
Segunda Guerra – e em 1924 foi aprovada a Declaração de Genebra – Primeiro 
documento internacional a reconhecer a necessidade de proteção às crianças e aos 
adolescentes, reputando ao Estado o dever de garanti-la por meio de legislação 
específica.
 Final da Segunda Guerra Mundial – Criação da ONU –
Desdobramento – 1947 – Criação do Fundo Internacional de 
Emergência das Nações Unidas para a Infância – Unicef. 
Inicialmente objetivou-se socorrer crianças nos países 
devastados pela Guerra.
Evolução dos direitos da criança e do adolescente
Declaração Universal dos Direitos da Criança da ONU – 20/11/1959 – Deu início à importância 
de reconhecer crianças como sujeitos de direito e de serem tratadas com prioridade absoluta, 
devendo os Estados filiados intensificar ações para promoção da proteção integral
para garantir:
 Sobrevivência.
 Desenvolvimento.
 Proteção contra qualquer forma de exploração.
10 direitos aprovados pela Assembleia Geral da ONU:
1. Todas as crianças, independentemente de cor, sexo, língua, 
religião ou opinião, têm os direitos garantidos.
Evolução dos direitos da criança e do adolescente
2. A criança será protegida e terá desenvolvimentos físico, mental, moral, espiritual
e social adequados.
3. Crianças têm direito a nome e nacionalidade.
4. A criança terá direito à alimentação, à recreação e à assistência médica.
5. Crianças deficientes terão tratamento, educação e cuidados especiais.
6. A criança precisa de amor e compreensão.
7. A criança terá direito a receber educação, que será gratuita pelo menos no grau primário.
8. As crianças estarão, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber proteção
e socorro.
9. A criança será protegida contra qualquer crueldade e 
exploração. Não será permitido que ela trabalhe ou tenha 
ocupação que prejudique os estudos ou a saúde.
10. Toda criança terá proteção contra atos de discriminação.
Evolução dos direitos da criança e do adolescente
 1º de janeiro de 1726 – Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, na Bahia, criou a primeira 
“Roda dos Expostos ou dos Rejeitados”. A criança era colocada em um cilindro do lado de 
fora e rodava para dentro para que então fosse abrigada e criada, preservando a identidade 
de quem a abandonava. 
 11/10/1880 – Aumento da violência urbana levou à criação do Código Criminal da República 
– Penalização de crianças entre 9 e 14 anos, considerando a teoria do discernimento e então 
poderiam receber pena de um adulto ou serem consideradas imputáveis.
 Lei n. 4.242, de 05/01/1921 – Assistência aos “menores” abandonados e “delinquentes” –
Tornaram-se inimputáveis até os 14 anos.
 10/12/1927 – Criação do Código de Menores – Proibição da 
Roda dos Expostos, tornou os jovens imputáveis até
os 18 anos.
Evolução legislativa no Brasil
 14/12/32 – Era Vargas, alteração da idade penal entre 9 e 14 anos.
 05/10/1985 – Criada a Constituinte – Aprovação de Emenda Criança que deu origem aos 
artigos 227 e 228, da CF.
 05/10/1988 – CF, art. 227 – estabelece como dever da família, da sociedade e do Estado 
“assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de 
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
 13/07/1990 – Criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei n. 8069/90. 
 02/11/1990 – Brasil ratifica o tratado aprovado em 20/11/1989 
pela ONU – Convenção Internacional sobre os Direitos
da Criança.
Evolução legislativa no Brasil
1ª etapa – Infância negada – Ausência de legislação/proteção:
 Crianças e adolescentes não eram considerados sujeitos de direito, não podiam expor
suas vontades.
 Exercício absoluto do pater familiae – em regra, dada ao “pai” e somente na ausência dele à 
mãe na direção/cuidados/educação dada aos filhos.
 Tratamento não diferenciado.
2ª etapa – Menorista:
 Legislação tutelar – Estado como substituto do pater familiae.
 Carência x delinquência.
3ª etapa – Garantista:
 Reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos
de direito.
 Sistema de responsabilização.
Divisão de etapas da legislação 
 O ECA – Lei n. 8.069 de 1990 é um conjunto de normas jurídicas instituídas tendo como 
base a Constituição Federal – arts. 227 – 228 –, bem como internacionalizando normas 
internacionais anteriormente informadas.
 Tem por objetivo propiciar a crianças e adolescentes proteção integral.
 Princípios – Regras gerais que permeiam o sistema jurídico, necessário para a 
compreensão e a efetivação de proteção da criança e do adolescente.
Estatuto da criança e do adolescente
1. Prioridade Absoluta – CF, art. 227 c/c ECA, art. 4º.
 Leva em consideração a condição peculiar da pessoa em desenvolvimento, razão pela qual a 
prioridade de proteção cabe não só aos membros da família, mas também à comunidade, à 
sociedade e ao Poder Público, independente de estarem ou não em condições de risco.
 CF – Art. 227 – “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao 
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
 ECA – Art. 4º – “É dever da família, da comunidade, da 
sociedade em geral e do poder público assegurar, com 
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, 
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária”.
Princípios
Implementação:
 Prioridade de atendimento em situação de perigo para proteção e socorrem em
qualquer circunstância.
 Preferência e prioridade em atendimentos prestados pelo Poder Público –
de qualquer natureza.
 Prioridade na efetivação de políticas públicas.
 Prioridade de destinação de recursos nas áreas de proteção da infância e da juventude.
Princípios
Respeito à condição especial de pessoa em desenvolvimento:
 Na aplicação ou interpretação de qualquer norma relativa ao sistema de proteção à infância 
e à juventude, sempre deverá ser feita a análise levando em consideração a condição 
especial pelas quais passam.
 O tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais se justifica, especialmente em se 
tratando de crianças e adolescentes.
 Ex.: ato infracional – tratamento diferenciado.
 Princípio do melhor interesse – princípio orientador para que 
os aplicadores do Direito busquem sempre a solução que 
melhor proporcione o interesse e o benefício da criança e do 
adolescente, sempre sob a análise do caso concreto.
Princípios
 “Agravo de instrumento. ECA. Destituição do poder familiar. Imediata colocação da 
criança no rol de aptos para adoção. Colocação em família substituta. Princípio do 
melhor interesse da criança. Caso dos autos em que os pais da criança não reúnem 
condições de criar e educar a filha, ante o histórico uso de drogas, de agressividade e de 
desorganização familiar de ambos, não podendo a criança ficar no aguardo das melhoras 
propostas pela agravante. Infante em acolhimento institucional. Pais que sequer exerceram 
direito de visita. Família extensaque manifestou a incapacidade de assumir os cuidados da 
criança. Possibilidade de inscrição da criança no cadastro nacional de adoção, para o fim de 
imediata colocação da infante em família substituta. Agravo desprovido”.
 (Agravo de Instrumento n. 70076515337, Oitava Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Antônio Daltoe
Cezar, Julgado em 26/04/2018). (TJ-RS – AI:70076515337 
RS, Relator: José Antônio Daltoe Cezar, Data de Julgamento: 
26/04/2018. Diário da Justiça do dia 30/04/2018)
Melhor interesse – decisão TJ/RS
 Aplicação dos princípios – “Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais 
a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e 
coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em 
desenvolvimento” (ECA – art. 6º).
 Sujeitos do ECA – “Considera-se Criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze 
anos de idade incompletos, e Adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
 Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às 
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.”
Aplicação: princípios – sujeitos do ECA
Direito à vida e à saúde:
 Políticas públicas para favorecer o nascimento sadio com vida, desenvolvimento sadio e 
harmonioso. Favorecer condições dignas de existência.
Desenvolvimento de políticas públicas e acesso aos programas de:
 Saúde da mulher.
 Planejamento reprodutivo.
 Nutrição adequada às gestantes.
 Atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério.
 Atendimento pré-natal, pós-natal – pelo SUS.
 Art. 226, §§7º e 8º, da CF; art. 2º, do CC.
 Garantir um vínculo com a gestante no final da gravidez não 
só com os profissionais da saúde, mas também no 
estabelecimento em que será realizado o parto.
 Orientação/estímulo à amamentação.
Direitos fundamentais
 Assistência também tem de ser dada às gestantes ou mães que queiram entregar seu filho 
para a adoção ou privadas de liberdade.
 Liberdade para gestante ter o parto natural cuidadoso, sendo a cesárea aplicada em casos 
de motivos médicos.
 Ações públicas visando ao planejamento, à implementação, à proteção e ao apoio ao 
aleitamento materno e à alimentação complementar saudável.
 Hospitais são obrigados a realizar exames para orientação dos pais (pezinho).
 Poder Público deve fornecer gratuitamente órteses, próteses 
outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, à 
habilitação ou à reabilitação para crianças e adolescentes,
de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas 
necessidades específicas.
Vida e saúde
 Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a 
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de 
criança ou adolescente.
 Em caso de descumprimento, é cabível Mandado de Segurança com fundamento no art. 
212, § 2º, do ECA – para preservação da defesa dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis afetos à criança e ao adolescente.
 “As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão 
obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da 
Juventude” (art. 13, § 1º).
Vida e saúde
 Levando-se em conta o efetivo funcionamento do sistema de garantia dos direitos da criança 
e do adolescente, foi levado em conta o princípio constitucional no sentido de que o 
atendimento aos interesses da infância e da juventude deve ocorrer com absoluta prioridade 
com o objetivo de garantir às crianças e aos adolescentes proteção integral.
 Desta forma, com base na proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do 
Adolescente, analise as alternativas e assinale a alternativa correta.
a) O ECA adota referidos princípios com um viés de utilidade social, tendo como base a 
atuação do Estado – família – sociedade e comunidade visando à proteção de crianças
e adolescentes.
b) As políticas sociais instituídas pelo ECA devem ser 
promovidas pelos pais, que têm o dever de assistir, criar e 
educar os filhos pelo legítimo exercício do poder familiar e 
pela sociedade. 
Interatividade
c) As políticas sociais públicas, esculpidas no ECA, vistas como democráticas, encontram 
óbices nos movimentos sociais, uma vez que devem ser promovidas exclusivamente
pelo Estado.
d) A política de proteção integral, instituída pelo ECA, delega ao Estado o dever de promoção 
do desenvolvimento infantojuvenil, com o objetivo de alcançar um maior número de 
pessoas.
e) A política de proteção integral visa ao desenvolvimento da criança e do adolescente, 
passando a ser também acompanhada pelo Estado e pela comunidade à medida que vão 
se integrando à creche, à escola e ao trabalho.
Interatividade
 Levando-se em conta o efetivo funcionamento do sistema de garantia dos direitos da criança 
e do adolescente, foi levado em conta o princípio constitucional no sentido de que o 
atendimento aos interesses da infância e da juventude deve ocorrer com absoluta prioridade 
com o objetivo de garantir às crianças e aos adolescentes proteção integral.
 Desta forma, com base na proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do 
Adolescente, analise as alternativas e assinale a alternativa correta.
 Resposta correta. Alternativa A 
 Fundamento legal – CF – Artigo 227 e artigo 4º do ECA.
 O ECA, pautando-se na Doutrina da Proteção Integral, 
estabelece os direitos específicos da criança e do adolescente 
como sujeitos de direito, razão pela qual devem lhe ser 
direcionadas políticas públicas visando às suas necessidades 
físicas, morais e psíquicas. Desta forma, a política pública 
deve, necessariamente, harmonizar-se com a política familiar.
Resposta
 ECA – Art. 19. “Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da 
sua família e excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e 
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.”
 O Poder familiar deve ser exercido com igualdade de direitos entre pai/mãe (art. 21), sendo 
certo que os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os 
mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à 
filiação. (Art. 20)
 Munus Público que pressupõe a plena capacidade civil.
 Art. 22. “Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e 
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no 
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as 
determinações judiciais.”
Direito à convivência familiar e comunitária
 São três as modalidades de famílias tratadas no ECA:
1. Família natural – constituída pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes (art. 
25, caput).
2. Família estendida – ampliada – além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, 
formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém 
vínculos de afinidade e afetividade (art. 25, parágrafo único).
 Não é todo “parente” que pode ser considerado parte integrante de “família extensa” – Existe 
a necessidade de haver vínculo de afinidade e afetividade sob a ótica da criança e do 
adolescente, além do convívio próximo. 
 Tem-se admitido a possibilidade mesmo sem relação de 
parentesco. Aplicação do princípio do melhor interesse à 
criança e ao adolescente.
Direito à família natural ou ampliada
3. Família substituta – ocorre em casos de guarda, tutela ou adoção, independentemente
da situação jurídica da criança ou adolescente – ECA – Art. 28.
 Deve ser ouvida por equipe interprofissional – observando e respeitando o grau de 
desenvolvimento e compreensão. Sua opinião deverá ser devidamente considerada.
 Maiores de 12 anos – Será necessário seu consentimento.
Guarda – Tutela – Adoção:
 Guarda (art. 33): “A guarda obriga a prestação de assistência 
material, moral e educacional à criança ou adolescente, 
conferindo a seudetentor o direito de opor-se a terceiros, 
inclusive aos pais”.
 Tutela (art. 36): trata-se do dever de guarda e administração 
dos bens da criança. A tutela ocorre com o falecimento dos 
pais (ou ausência) e em caso de os pais decaírem do poder 
familiar (CC, art. 1.728).
Direito à convivência familiar e comunitária
 O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do 
poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda. 
 Adoção (art. 39): “Trata-se do desligamento do adotado com os pais e parentes. A adoção é 
medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os 
recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa (§ 1º)”.
 “Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em 
entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o 
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância
e da Juventude.”
 A mãe será ouvida.
 Haverá a busca por família extensa – Iniciando por parentes 
próximos a remotos levando em consideração a convivência
e os interesse.
Direito à convivência familiar e comunitária
 § 4º “Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da 
família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar 
a extinção do poder familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de 
quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento 
familiar ou institucional.”
 Os pais ainda poderão manifestar sua vontade na audiência (§ 5º), se não fizerem, a 
autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da mãe e a criança será colocada sob a 
guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá-la (§ 6º), e os detentores da guarda 
terão 15 dias para propor adoção de adoção (§ 7º).
Direito à convivência familiar e comunitária
Programa de apadrinhamento:
 Art. 19-B. “A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar 
poderão participar de programa de apadrinhamento.
 O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente 
vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração 
com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e 
financeiro” (§1º).
 Pessoas naturais maiores de 18 anos e pessoas jurídicas podem apadrinhar.
Direito à convivência familiar e comunitária
Observações importantes:
 “A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a 
suspensão do poder familiar” (art. 23).
 “Ainda, a condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder 
familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão 
contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro 
descendente” (art. 23, § 2º).
Direito à convivência familiar e comunitária
 Art. 18-A. “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de 
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, 
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos 
responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por 
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído 
pela Lei n. 13.010 de 2014)
 Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: (Incluído pela Lei n. 13.010 de 2014)
I. castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física 
sobre a criança ou o adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei n. 13.010 de 2014)
a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei n. 13.010 de 2014)
b) lesão; (Incluído pela Lei n. 13.010 de 2014)
Direito à dignidade
 Art. 18-A. (...)
 Parágrafo único. (...)
II. tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à 
criança ou ao adolescente que: (Incluído pela Lei n. 13.010, de 2014)
a) humilhe; ou (Incluído pela Lei n. 13.010, de 2014)
b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei n. 13.010, de 2014)
c) ridicularize. (Incluído pela Lei n. 13.010, de 2014)
 Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão 
aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras 
providências legais.” (Incluído pela Lei n. 13.010, de 2014)
Direito à dignidade
 Do Direito à Educação – “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o 
trabalho” (art. 53).
Devem ser assegurados os direitos:
I. igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;
II. direito de ser respeitado por seus educadores;
III. direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
IV. direito de organização e participação em
entidades estudantis;
V. acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua 
residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento 
a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino 
da educação básica.
Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer
CF, art. 7º, XXXIII – Art. 7º ”São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social:
 (...)
XXXIII.proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de 
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir 
de quatorze anos.” (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
Estabelece as idades para o trabalho a saber:
1. Proibição a qualquer trabalho a menores de 18 anos em 
ambiente insalubre, perigoso e noturno.
2. Permite o trabalho a partir dos 16 anos, desde que 
observadas as limitações expostas.
3. Vedado trabalho a menores de 16 anos, exceto na condição 
de aprendiz.
4. Veda qualquer trabalho a menores de 14 anos.
Direito à profissionalização – proteção no trabalho
 A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada pela CLT, sem prejuízo do disposto
no ECA. 
 CLT – Art. 403 – parágrafo único.
 O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu 
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a 
frequência à escola.
 Um questão muito levantada quando se trata de trabalho infantojuvenil pauta-se na 
possibilidade de se desenvolver, aos menores de 16 anos, trabalho artístico, desde que 
previamente autorizado pela autoridade competente.
 ECA – Art. 149 – Competência das Varas de Infância e 
Juventude, por meio de Alvarás, para permitir o trabalho em 
espetáculos públicos e certames de beleza.
 Convenção 138, da OIT, art. 8º, confirma a possibilidade
de autorização.
Direito à profissionalização – proteção no trabalho
 CLT, art. 405 – trata expressamente da permissão, dependendo do local em que for 
prestado, cuja autorização está instituída no artigo 406 do mesmo diploma legal.
“Art. 406 – O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as letras 
a e b do § 3º do art. 405:
I. desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser 
prejudicial à sua formação moral;
II. desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou à 
de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação moral.”
 O entendimento que tem prevalecido é que os artigos 405 e 
406, da CLT, foram recepcionados pela CF/88.
Direito à profissionalização – proteção no trabalho
 No julgamento da ADI 5326, em 2018, o Plenário do STF referendou liminar concedida pelo 
ministro Marco Aurélio para suspender a eficácia de normas conjuntas de órgãos do 
Judiciário e do Ministério Público nos estados de São Paulo e de Mato Grosso. As regras 
atacadas são competênciapara conceder autorização de trabalho artístico para 
crianças e adolescentes. Para a maioria dos ministros, a matéria é de competência da
Justiça comum.
 (https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=447430)
Direito à profissionalização – proteção no trabalho
 “Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as 
diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I. garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;
II. atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III. horário especial para o exercício das atividades.
 Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é 
assegurada bolsa de aprendizagem.
 Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são 
assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
 Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado 
Trabalho protegido.”
Direito à profissionalização – proteção no trabalho
“Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola 
técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I. noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
II. perigoso, insalubre ou penoso;
III. realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, 
moral e social;
IV. realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.”
Direito à profissionalização – proteção no trabalho
Levando-se em consideração a condição peculiar da pessoa em desenvolvimento da criança e 
do adolescente como sujeito de direito, analise as assertivas e assinale ao final a alternativa 
correta:
I. Crianças e adolescentes têm o direto de crença e culto religioso, de opinião, expressão, 
bem como de ir, vir e estar em logradouros públicos e espaços comunitários desde que 
ressalvadas as restrições legais e participar da vida política na forma da lei. 
II. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou 
separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou 
outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação 
III. Qualquer pessoa maior de 18 anos pode adotar, 
independentemente do estado civil, desde que não sejam os 
ascendentes e os irmãos do adotando. 
IV. Para que se efetive a adoção, o adotante há de ser, pelo 
menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
Interatividade
a) Somente estão corretas as assertivas I, II e IV.
b) Somente estão corretas as assertivas II e III.
c) Todas as assertivas estão incorretas.
d) Somente estão corretas as assertivas I e IV.
e) Todas as assertivas estão corretas.
Interatividade
Levando-se em consideração a condição peculiar da pessoa em desenvolvimento da criança e 
do adolescente como sujeito de direito, analise as assertivas e assinale ao final a alternativa 
correta:
I. Crianças e adolescentes têm o direto de crença e culto religioso, de opinião, expressão, 
bem como de ir, vir e estar em logradouros públicos e espaços comunitários desde que 
ressalvadas as restrições legais e participar da vida política na forma da lei. 
II. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou 
separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou 
outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação 
III. Qualquer pessoa maior de 18 anos pode adotar, 
independentemente do estado civil, desde que não sejam os 
ascendentes e os irmãos do adotando. 
IV. Para que se efetive a adoção, o adotante há de ser, pelo 
menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
Resposta
a) Somente estão corretas as assertivas I, II e IV.
b) Somente estão corretas as assertivas II e III.
c) Todas as assertivas estão incorretas.
d) Somente estão corretas as assertivas I e IV.
e) Todas as assertivas estão corretas.
Resposta
I. Correta – Os direitos de liberdade encontram-se disciplinados no artigo 16, do ECA.
II. Correta – Crianças e adolescentes têm direito de conhecer sua origem biológica, não 
podendo lhe ser negado o direito pelo pai ou pela mãe, em qualquer fase da vida. O artigo 
26, do ECA, repete a mesma redação dada ao artigo 1609, do Código Civil.
III. Correta – Qualquer pessoa capaz de exercer plenamente seus direitos na vida civil pode 
adotar, sendo que a vedação diante de possíveis confusões – como transformação de avós 
e irmãos em pais, seja também em razão da perda de direitos sucessórios dos pais 
biológicos. Assim consta a vedação no artigo 42, § 1º.
IV. Correta – Buscou o legislador manter a idade entre adotante 
e adotado próxima a de uma família biológica, casos 
excepcionais serão analisados pelo Juiz da Causa.
Resposta
 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília, DF, maio 2022.
 BRASIL. Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. Consolidação das Leis do trabalho.
Brasília, DF, maio 2022.
 BRASIL. Lei. n. 8069/90. Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo: Saraiva, 2021.
 CURY, Munir (Coord.). Estatuto da Criança e do Adolescente comentado: comentários 
jurídicos e sociais. São Paulo: Malheiros, 2019.
 ISHIDA, Válter Kenji. Estatuto da criança e do adolescente: doutrina e jurisprudência. São 
Paulo: Atlas, 2020.
Referências
 LEITE, Lilian Ianke. Proteção integral à infância e à juventude. Marcos regulatórios do ECA 
(recurso eletrônico). Curitiba: Contentus. 2020.
 MAZIERO, Stela Maris Britto. Sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente 
(recurso eletrônico). Curitiba: Contentus, 2020.
 NEVES, Gustavo Bregalda; LOYOLA, Kheyder; ROSA, Emanuel. ECA: Estatuto da criança e 
do adolescente: leis especiais comentadas para concurso. 3. ed. São Paulo: Rideel, 2019.
Referências
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