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Lendas do Norte e Nordeste do Brasil

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A lenda no Norte e Nordeste 
De acordo com a lenda, o boitatá protege as matas e florestas das pessoas que provocam queimadas. O boitatá vive dentro dos rios e lagos e sai de seu "habitat" para assombrar e queimar as pessoas que praticam incêndios nas matas. De acordo com esta lenda, o boitatá possui a capacidade de se transformar num tronco de fogo. Este animal passa grande parte do tempo rastejando pelas florestas na escuridão da noite, pois é uma alma penada que deve pagar seus pecados desta forma.
Segundo alguns nordestinos, o boitatá, conhecido como "Alma dos Compadres e das Comadres", representa as almas penadas malignas que passam queimando tudo.
A Cabra Cabriola é uma lenda originária do Piauí, mas que se espalhou por toda região nordeste. A Cabra Cabriola é um ser meio bicho cabra, meio monstro. É algo tão feio e horripilante que deixa qualquer pessoa arrepiada só de ouvir falar seu nome. Ela solta fogo pelos olhos, nariz e boca. E come crianças travessas.
Diz a lenda que a Cabra Cabriola ataca quem anda pelas ruas desertas nas noites de sexta-feira. Ela entra nas casas, pelo telhado ou pela porta, à procura de meninos malcriados e travessos, e canta esses versos, quando está chegando:
“Eu sou a Cabra Cabriola
Que como meninos aos pares
Também comerei você
Uns carocinhos de nada.”
Dizem que ela é uma caboclinha ágil, com olhos escuros e vivos, de longa cabeleira negra. Quando quer, sabe ser muito malvada!
A Cumade Fulôzinha habita as florestas da Zona da Mata de Pernambuco, das quais é atenta guardiã. Ai de quem maltratar os animais! Coitado do caçador que matar só por diversão! Ela aplica diversos castigos: pode deixar o sujeito perdido, sem achar o caminho de volta, e pode dar-lhe uma surra, usando os cipós como chicote. A entidade também atormenta fazendeiros e agricultores. A principal diversão dela é fazer tranças difíceis de desemaranhar em crinas e caudas de cavalos. Outras vezes, a trela é abrir as porteiras para deixar vacas ou cabras correrem soltas.
Há quem garanta que a Fulôzinha emite um assobio agudo quando está prestes a aparecer. Se o assobio parece estar perto é porque ela está longe; quando o som parece estar longe, é porque a encantada está por perto. Se é respeitada, a Cumade pode até ajudar as pessoas, principalmente as que estão perdidas na mata. Basta pedir humildemente o auxílio dela.
Existem relatos de que ela castiga meninos e meninas teimosos e maluvidos que vagam pelas matas, fazendo no cabelo deles as mesmas tranças que faz nos pelos dos animais domésticos. E não é só isso: conta-se que Fulôzinha já puniu uma garota que xingou a mãe colocando-a em cima do telhado da casa da família, de onde a danada só conseguiu descer depois de muito choro e pedidos de desculpa.
No Brasil, a lenda se espalhou na área rural, na zona canavieira do Nordeste e no interior do Sudeste do país.
A mula é literalmente uma mula sem cabeça, que solta fogo pelo pescoço, local onde deveria estar sua cabeça. Possui em seus cascos, ferraduras que são de prata ou de aço e apresentam coloração marrom ou preta.
A Mula sem Cabeça é uma mulher que mora nas proximidades de uma igreja, que se apaixona pelo padre, sendo castigada com um corpo de mula e cabeça de fogo. A transformação acontece entre quinta e sexta-feira, pela madrugada, onde a Mula sai desesperada, correndo pelos campos. Quando se cansa volta a ser mulher, mas aparece cheia de arranhões e machucados.
Segundo a lenda, o Quibungo é uma espécie de Bicho-Papão negro, um visitante africano inesperado que acabou por se domiciliar na Bahia, onde passou a fazer parte do folclore local. Trata-se de uma variação do Tutu e da Cuca, cuja principal função era disciplinar, pelo medo, as crianças rebeldes e relutantes em dormir cedo.
O Quibungo é ao mesmo tempo homem e animal. Espécie de lobo ou velho negro maltrapilho e faminto sujo e esfarrapado, um verdadeiro fantasma residente nos maiores temores infantis.
Dizem que este "ser" seria a própria encarnação do mal. Aparece em lugares malditos e seu nome jamais deve ser pronunciado. 
Ora descreve-se como a cabeça de uma pessoa, de cabelos compridos, olhos arregalados e amedrontadores, com um grande sorriso na face, a se deslocar rolando ou saltitando pelo chão.
Outros a descrevem como a cabeça de um cangaceiro, de feições rudes e sempre com um sorriso à contemplar quem com ela se depara. Pode surgir de repente como se fosse uma pessoa comum. Essa pessoa sempre aparece de costas para suas vítimas, sempre tarde da noite, em lugares onde há pouca luz. Então aquela pessoa taciturna, de repente, se desfaz, se desmanchando, caindo no chão como um monte de entulhos, e aí surge a assustadora cabeça rolante.
Há relatos que a descrevem como sendo uma cabeça conduzida numa das mãos por outra entidade fantástica, a segurá-la pelos cabelos, que logo, ao se defrontar com alguém, larga-a no chão para que esta possa perseguir sua vítima.
Os nordestinos representam a besta-fera como uma criatura metade cavalo, metade homem, cuja aparição acontece em noites sem lua, sempre em localidades remotas, onde fica a correr em desabalada carreira, emitindo uivos e gritos horríveis. Isso dura minutos, e nesse espaço de tempo ninguém se atreve a abrir portas ou janelas porque o barulho dos cascos da coisa fantástica é apavorante e costuma deixar o homem mais valente sempre de cabelo em pé.
E nesse vai e vem agalopado pelas ruas da cidadezinha cujos moradores se mantém em suas casas, silenciosos e amedrontados, o que se ouve, além do bater dos cascos da fera sobrenatural, são os latidos frenéticos de dezenas de cachorros que a seguem à certa distância, prudentemente, pois o que chegar mais perto acabará sendo açoitado sem dó e sem piedade.
Conforme a crença é o próprio demônio.
Dizem alguns habitantes de Jericoacora, no Ceará, que no lugar onde hoje é um farol, existia uma cidade maravilhosa, cheia de riquezas, na qual habitava uma linda princesa.
A princesa está encantada, vivendo na cidade que existe além do portão. Ela foi enfeitiçada, está transformada numa serpente de escamas de ouro, que tem a cabeça e os pés de mulher. Uma criatura bastante feia. A lenda diz que ela só pode ser desencantada com sangue de um humano.
No dia em que se imolar alguém perto do portão, abre-se o portão para o reino encantado. Com o sangue será feita uma cruz no dorso da serpente e assim, a princesa surgirá com toda a sua beleza, e o encanto da cidade será quebrado.
Logo então, surgirá na praia um enorme palácio, com pedrarias preciosas que encantarão qualquer pessoa e a princesa se casará com o homem que a libertou do encanto. 
Como ninguém quis até hoje, dar a vida para quebrar o tal encanto, a princesa continua lá na gruta a espera do seu salvador.
Mito que nasceu no Piauí, às margens da Lagoa Paranaguá. É a história de um estranho homem de Barba Ruiva, que corre atrás das mulheres... Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vão bater roupa. Agarra-as só para abraçar e beijar. Depois, corre e pula na lagoa, desaparecendo. Nenhuma mulher bate roupa ou toma banho sozinha, com medo do barba ruiva. Se um Homem o encontra, fica desorientado. Mas o Barba Ruiva não ofende ninguém.
Se uma mulher atirar na cabeça dele água benta e um rosário sacramentado, ele será desencantado. Barba Ruiva é pagão, e deixa de ser encantado sendo cristão. Como ainda não nasceu essa mulher valente para desencantar o Barba Ruiva, ele cumpre sua sina nas águas da lagoa.
Personagem muito popular, que sofre de uma terrível doença, cuja cura é o fígado de crianças. Por isso dá presentes às crianças para atraí-las. Após comer o fígado da vítima, ele costuma deixar ao lado do corpo uma quantia em dinheiro para as despesas do funeral e ainda, para ajudar a família.
Lembra o mito Europeu do Velho do Saco. Essa versão do Papa Figo foi primeiro relatada no Nordeste, na cidade de Recife, Pernambuco.

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