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Sistemas de aterramento - Introdução à Engenharia de Segurança

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS 
BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA 
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
Douglas Fernandes da Costa (20183013697) 
Gustavo Melquiades Moreira (20183013759) 
Larissa de Castro Braga (20183000581) 
Lucas Coelho de Lima (20183001542) 
Marcus Vinícius Costa Silva Rosendo (201722060379) 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE ATERRAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte, Minas Gerais 
2018 
Douglas Fernandes da Costa (20183013697) 
Gustavo Melquiades Moreira (20183013759) 
Larissa de Castro Braga (20183000581) 
Lucas Coelho de Lima (20183001542) 
Marcus Vinícius Costa Silva Rosendo (201722060379) 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE ATERRAMENTO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina Introdução à 
Engenharia de Segurança do curso de graduação de 
Engenharia Elétrica do CEFET-MG como requisito 
parcial para a aprovação no semestre letivo (2018.2). 
 
Professor: Gilberto Cifuentes Dias Araújo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte, Minas Gerais 
2018 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1 
2. ATERRAMENTO ........................................................................................................... 2 
2.1 O QUE É ATERRAR? ................................................................................................. 2 
2.2 POR QUE ATERRAR? ............................................................................................... 2 
2.3 O QUE DEVE SER ATERRADO? .............................................................................. 3 
3. ELETRODOS DE ATERRAMENTO ............................................................................ 4 
4. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ............................................................................... 5 
4.1 ESQUEMA TN-S ........................................................................................................ 5 
4.2 ESQUEMA TN-C ........................................................................................................ 6 
4.3 ESQUEMA TN-C-S .................................................................................................... 6 
4.4 ESQUEMA TT ............................................................................................................ 6 
4.5 ESQUEMA IT ............................................................................................................. 7 
5. GEOGRAFIA E LOCAL DE ATERRAMENTO........................................................... 8 
6. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ...............................................................10 
7. COMO É FEITO UM ATERRAMENTO .....................................................................11 
8. MEDIÇÃO DE ATERRAMENTO ................................................................................13 
8.1 PERIODICIDADE DA MEDIÇÃO DO ATERRAMENTO ........................................15 
9. CONCLUSÃO ................................................................................................................16 
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................17 
 
 
1 
1. INTRODUÇÃO 
 
Denomina-se aterramento a ligação intencional com a terra, já que esta é uma grande massa 
condutora em que tudo está conectado de alguma maneira e que permite igualar o referencial da tensão 
elétrica através de uma haste metálica. 
Nas instalações elétricas, o aterramento é indispensável não só como medida de segurança 
contra choques elétricos e descargas atmosféricas, mas também para evitar eletricidade estática e 
eletroestática que podem danificar ou impedir que um determinado equipamento que esteja conectado 
à rede elétrica tenha funcionamento adequado. Como exemplo, pode-se citar o eletrocardiógrafo 
(ECG), eletroencefalógrafo (EEG), que captam sinais elétricos de milivolts e microvolts, 
respectivamente. Nesses casos, qualquer tipo de interferência eletromagnética pode ocasionar em 
resultados de exames imprecisos e um erro no diagnóstico médico. Em residências, equipamentos que 
possuem carcaças metálicas, como máquinas de lavar roupa devem estar aterrados para diminuir o 
risco de choques elétricos. 
O aterramento de proteção, de acordo com a norma NBR 5410 é obrigatório em qualquer tipo 
de instalação e o seu ponto central é o terminal de aterramento, constituído de uma barra metálica 
cravada no chão. 
 
 
2 
2. ATERRAMENTO 
 
2.1 O QUE É ATERRAR? 
 
O aterramento elétrico é uma forma de interferir na rede, protegendo e garantindo um 
funcionamento mais seguro e eficiente. No processo de aterramento a terra funciona como o parâmetro 
“zero”, no qual cargas indesejadas presente nos equipamentos são descarregadas, buscando obter uma 
diferença de potencial próxima de zero. Dessa forma, o equipamento é interligado a terra ou uma 
grande massa que a substitua. A grande maioria dos equipamentos não necessita de aterramento, 
contudo, caso haja alguma falha no sistema, é necessário uma referência “zero” (no caso a terra), e a 
falta dessa referência pode causar problemas ao sistema. 
 
2.2 POR QUE ATERRAR? 
 
O corpo humano possui características que favorecem a condutividade elétrica, sendo 
composto de 60% de água com a presença de sais. Dessa forma, quando uma pessoa toca em um 
equipamento energizado que não está aterrado o corpo pode se tornar um condutor de corrente elétrica, 
esse processo no qual a corrente atravessa o corpo é chamada de choque elétrico. Assim, pode causar 
danos severos à saúde, ou até mesmo levar a óbito. Portanto, o aterramento de equipamentos se 
apresenta como um caminho melhor para a corrente do que o corpo humano, possuindo uma baixa 
resistência, minimizando os riscos. Além disso, o aterramento protege contra outros problemas, como 
correntes de fuga, descargas atmosféricas e eletricidade estática. 
a) Corrente de fuga: A corrente de fuga é oriunda de circuitos e equipamentos em que 
os isolamentos estão comprometidos, seja no desgaste do isolamento, um problema interno do 
aparelho ou um isolamento mal feito. Sendo assim, pode causar sérios acidentes às pessoas que 
usufruem do aparelho, a instalação no qual ele está presente e pode comprometer o próprio 
funcionamento. Portanto, o sistema de aterramento auxilia no acionamento de sistemas de segurança 
sensíveis a corrente de fuga como o disjuntor. 
b) Descargas atmosféricas: A descarga atmosférica é um fenômeno natural oriunda da 
diferença de potencial entre uma nuvem e a terra, que ao atingir uma residência ou edifício que esteja 
adequadamente aterrado o sistema conduz essa corrente de alta tensão para a terra, protegendo as 
pessoas e equipamentos do local. 
c) Eletrostática: Alguns objetos possuem a propriedade de aprisionar cargas isso 
acontece por uma distribuição elevada de cargas a um condutor que pelo princípio de atração e 
repulsão as cargas tendem a se afastar ou encontrar o repouso em um sistema isolado. Então, de 
acordo com a quantidade de carga presente no corpo este pode causar sérios danos a pessoas e 
3 
aparelhos. Dessa forma, aterrar faz com que não ocorra esse acúmulo, por facilitar na direção dessas 
cargas a terra. 
 
2.3 O QUE DEVE SER ATERRADO? 
 
Todo equipamento que usufrui de uma corrente elétrica deve ser aterrado, como 
eletrodomésticos, computadores, tudo que estiver ligado à rede elétrica com ênfase em eletrônicos 
com partes metálicas que podem tanto acumular cargas, como em qualquer defeito envolvendo 
correntes de fuganão haver problemas. 
 
 
4 
3. ELETRODOS DE ATERRAMENTO 
 
O eletrodo de aterramento é uma das partes mais importantes de um aterramento. Segundo a 
NBR 5410 são admitidas as seguintes opções: 
• Uso das próprias armaduras do concreto das fundações; 
• Uso de fitas, barras, ou cabos metálicos imersos no concreto das fundações; 
• Uso de malhas metálicas enterradas, no nível das fundações, cobrindo a área da edificação e 
complementadas, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente 
(pés de galinha); 
• Anel metálico enterrado, circundando o perímetro da edificação e complementado, quando 
necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente (pés de galinha). 
 
 
Figura 1: Armadura de concreto. Fonte: https://goo.gl/y3GuG8 
 
Figura 2: Eletrodo encapsulado no concreto com anel metálico. Fonte: https://goo.gl/7fD2cj 
 
 
 
5 
4. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO 
 
Todos os sistemas de aterramento projetados devem seguir as orientações previstas na NBR 
5410 para garantir a segurança dos usuários da instalação elétrica. A NBR 5410 define três esquemas 
de aterramento utilizados em instalações (TN, TT e IT). Estes sistemas são representados utilizando 
duas letras básicas e uma terceira letra que é utilizada eventualmente. 
Tabela 1: Significado das letras usadas para identificar os esquemas de aterramento. Fonte: NBR 5410. 
Ordem da letra Significado Letras usadas 
1ª 
Situação de alimentação 
em relação à terra 
T: ponto diretamente aterrado. 
I: isolação de todas as partes vivas em relação à terra 
ou aterramento de um ponto através de impedância 
2ª 
Situação das massas da 
instalação elétrica em 
relação à terra 
T: massas diretamente aterradas, independentemente 
do aterramento eventual de um ponto de alimentação. 
N: massas ligadas ao ponto de alimentação aterrado 
(em corrente alternada, o ponto aterrado é 
normalmente o neutro). 
3ª 
Disposição dos 
condutores neutro e de 
proteção. 
S: funções de neutro e de proteção assegurada por 
condutores distintos. 
C: funções de neutro e de proteção combinadas em 
um único condutor (PEN). 
 
4.1 ESQUEMA TN-S 
 
O sistema de aterramento TN-S possui um ponto diretamente aterrado, e as massas são ligadas 
a esse ponto por meio de condutores neutro e de proteção, que são separados ao longo de toda a 
instalação. 
 
Figura 3: esquema de aterramento TN-S. Fonte: https://goo.gl/4BXNHW 
 
6 
4.2 ESQUEMA TN-C 
 
O sistema de aterramento TN-C possui um ponto diretamente aterrado, e as massas são ligadas 
a esse ponto por meio de condutores neutro e de proteção, que são combinados em único condutor 
(PEN) ao longo de toda a instalação. 
 
Figura 4: esquema de aterramento TN-C. Fonte: https://goo.gl/4BXNHW 
 
4.3 ESQUEMA TN-C-S 
 
O sistema de aterramento TN-C-S possui um ponto diretamente aterrado, e as massas são 
ligadas a esse ponto por meio de condutores neutro e de proteção, que são combinados em uma parte 
da instalação e separados em outra parte. 
 
Figura 5: esquema de aterramento TN-C-S. Fonte: https://goo.gl/4BXNHW 
 
4.4 ESQUEMA TT 
 
No esquema de aterramento TT o condutor neutro está diretamente aterrado e o aterramento 
das massas da instalação é independente ao neutro. 
7 
 
Figura 6: esquema de aterramento TT. Fonte: https://goo.gl/4BXNHW 
 
4.5 ESQUEMA IT 
 
O neutro é isolado da terra ou conectado diretamente a uma impedância de valor elevado. As 
massas são aterradas em eletrodos de aterramento distintos do eletrodo de aterramento de alimentação. 
 
 
Figura 7: esquema de aterramento IT. Fonte: https://goo.gl/4BXNHW 
 
 
 
 
 
8 
5. GEOGRAFIA E LOCAL DE ATERRAMENTO 
 
Nos projetos de aterramento, as características do solo devem ser levadas em consideração a 
fim de conhecer a resistividade do solo. Este é uma medida de quanto o solo resiste ao fluxo de 
eletricidade. É um fator crítico na concepção de sistemas que dependem da passagem de corrente 
através da superfície terrestre. A compreensão da resistividade do solo e a sua variação com a 
profundidade no solo é necessária para projetar o sistema de aterramento de uma subestação elétrica, 
para condutores de raios ou algum outro projeto de aterramento. 
Tipo de solo: Os tipos de solo não são claramente definidos. São encontrados valores 
diferentes de resistividade para a mesma variedade de solo de localidades distintas. Este é um dos 
fatores que não é possível atribuir-se um valor específico de resistividade a um tipo de solo. É possível 
caracterizar faixas de valores para os diferentes tipos de solo. 
Umidade do solo: A condutividade do solo é sensivelmente afetada pela quantidade de água 
nele contida, sendo que o aumento da umidade do solo implica na diminuição da sua resistividade. A 
água é o principal elemento de condução de corrente no solo, o que pode ser comprovado, por 
exemplo, pelo comportamento da condutividade do solo quando lhe é alterada a concentração de sais 
minerais. 
Concentração e tipos de sais dissolvidos na água: Sendo a resistividade de um solo 
dependente da quantidade de água retida neste, e conhecendo-se o fato de que a resistividade da água é 
governada pelos sais dissolvidos nesta (condição eletrolítica), conclui-se que a resistividade do solo é 
influenciada pela quantidade e pelos tipos de sais dissolvidos na água retida no mesmo. 
Temperatura do solo: Devem-se encarar os efeitos da temperatura sobre a resistividade do 
solo em dois aspectos distintos: - uma temperatura elevada provoca maior evaporação, diminuindo a 
umidade do solo. Desta forma, um aumento de temperatura tende aumentar a resistividade. 
Considerando que a resistividade do solo é sensivelmente influenciada pela água nele contida e 
sabendo-se que a água possui alto coeficiente negativo de temperatura, é razoável supor que a 
resistividade tende a crescer para uma diminuição da temperatura. 
Compacidade do solo: Um solo mais compacto apresenta uma maior continuidade física, o 
que proporciona um menor valor de resistividade. Recomenda-se a espera de certo tempo após a 
instalação de um aterramento elétrico, para se fazer a medição de sua resistência. O solo demora um 
pouco para se acomodar e tornar-se mais compacto. Um aumento na pressão sobre o solo ocasiona 
geralmente maior compacidade deste, com redução de sua resistividade. 
Granulometria do solo: São de reconhecida importância no estabelecimento da resistividade 
do solo a dimensão e a presença de grãos de diversos tamanhos. Deve-se considerar essa influência em 
dois aspectos: - capacidade de retenção de água nas camadas do solo; - continuidade física do solo. Em 
ambos os aspectos, a influência de uma granulometria maior tende aumentar a resistividade (menor 
9 
capacidade de retenção de água no solo, deixando-a fluir para camadas mais profundas ou evaporar-se; 
menor contato entre os grãos resultando em menor continuidade elétrica). 
Estratificação do solo: Quando se pensa na resistividade do solo de certo local, atribui-se 
normalmente a esta, um valor da resistividade do material que o compõe. A composição do solo é 
geralmente estratificada em várias camadas de formação diferente (consequentemente de diferentes 
resistividades) superpostas. 
 
 
10 
6. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES 
 
A Tabela 2 que é equivalente à Tabela 58 apresentada na norma NBR 5410 estabelece a seção 
mínima dos condutores de proteção: 
Tabela 2: Seção mínima dos condutores de proteção. Fonte: NBR 5410. 
Seção dos condutores de fase S (mm
2
) 
Seção mínima do condutor de proteção 
correspondente (mm
2
) 
S ≤ 16S 
16 < S ≤ 35 16 
S > 35 S/2 
 
A norma estabelece que a seção de um condutor de proteção que não faça parte do mesmo 
cabo multipolar ou não esteja contido no mesmo conduto fechado que os condutores de fase não deve 
ser inferior a: 
• 2,5 mm2, se na instalação for provida proteção contra danos mecânicos; 
• 4 mm2, se na instalação não for provida proteção contra danos mecânicos. 
 
 
11 
7. COMO É FEITO UM ATERRAMENTO 
 
De acordo com a norma NBR 5410 existem basicamente três tipos de esquema de 
aterramento, sendo o esquema IT, TT e TN, que já foram citadas anteriormente. Conhecer cada um 
deles é essencial para realizar uma boa escolha e de acordo com as especificações da norma. 
Para fazer executar um bom aterramento e garantir que ele cumpra as suas funções, não 
bastando fazer apenas um buraco no solo e inserir a haste metálica e fazer a conexão de um fio 
qualquer. Alguns erros costumam ocorrer com certa frequência durante a execução, o que, apesar de 
facilitar o trabalho dos instaladores em alguns casos, podem comprometer seriamente a eficiência do 
recurso de segurança. É necessário seguir as normas, utilizando materiais e ferramentas adequadas, 
para garantir um excelente aterramento elétrico, começando pelos materiais, ferramentas, 
equipamentos e EPI’s (equipamentos de proteção individual) apropriados. A Tabela 3 identifica os 
principais materiais usados durante o processo de aterramento e a sua função: 
Tabela 3: Relação dos materiais x função usados no processo de aterramento. 
Materiais Função 
Haste de cobre 
Principal peça e que tem a finalidade de escoar as 
cargas elétricas para o solo 
Caixa de inspeção 
Garante a passagem, derivação e acesso às redes 
elétricas e sua estrutura proporciona maior 
durabilidade à instalação 
Conectores 
Efetua as conexões entre o condutor da malha e 
as hastes de aterramento, equipamentos e partes 
metálicas não enterradas 
Condutores da malha de aterramento 
Cabos utilizados para conectar as partes 
metálicas não enterradas 
EPI’s (luvas, óculos e capacete) 
Garante a segurança do profissional que 
executará a tarefa. 
 
O passo a passo para a correta execução do aterramento será listado a seguir: 
Passo 1: Limpe a vala por onde passará o eletroduto plástico. Iniciando a escavação da vala, 
siga com o diâmetro e a profundidade necessários para o encaixe da caixa de inspeção de aterramento. 
Passo 2: Posicione a caixa de inspeção no solo. A entrada do eletroduto de PVC deve estar 
alinhada com a entrada da caixa. Insira o eletroduto e rosqueie pelo lado de dentro até que o conjunto 
fique fixo no local. 
12 
 
Figura 8: Preenchimento dos espaços entre a vala e a caixa de inspeção com terra. Fonte: https://goo.gl/Ju2RpR 
Passo 3: Preencha os espaços entre a vala e a caixa de inspeção com terra. Aplique água na 
caixa de inspeção para facilitar a penetração da haste cobreada no solo. 
Passo 4: Utilizando a força necessária, exerça pressão para cravar a haste cobreada no centro 
do diâmetro da caixa de inspeção, introduzindo-a quase por completo no solo. Com o auxílio de um 
pedaço de caibro e uma marreta, finalize a etapa de aplicação da haste. 
Passo 5: Transpasse o condutor de aterramento (fio terra) pelo eletroduto até a caixa de 
inspeção. Desencape o fio do condutor e utilizando a chave de boca, faça a conexão do condutor à 
haste. 
 
Figura 9: Conexão do condutor proteção à haste. Fonte: https://goo.gl/Ju2RpR 
Passo 6: Depois de aterrar a vala por onde passa o eletroduto, preencha a caixa de inspeção 
com brita até uma altura onde ainda seja possível visualizar o conector. 
Passo 7: No quadro de distribuição, faça a conexão do condutor de proteção no barramento de 
terra. Desse ponto, sairão os demais fios terra, que serão conectados aos pontos de eletricidade 
distribuídos pela residência. Com o auxílio da chave de fenda, finalize o serviço conectando o fio terra 
no terminal de terra das tomadas e soquetes. 
 
Figura 10: Conexão do fio terra no terminal de terra da tomada. Fonte: https://goo.gl/Ju2RpR 
13 
8. MEDIÇÃO DE ATERRAMENTO 
 
A medição de aterramento tem como objetivo medir a resistividade do solo, que nada mais é, 
que uma medida de quanto o solo resiste ao fluxo de eletricidade. É um fator crítico na concepção de 
sistemas que dependem de passagem de corrente através da superfície da terra. 
O princípio da medição de aterramento é a compreensão da resistividade do solo e como ela 
varia com a profundidade dele, isso é necessário para projetar o sistema de aterramento em uma 
edificação ou sistema de SPDA (sistema de proteção contra descarga atmosférica) mais conhecido 
como “para raios”. 
Na maioria das edificações e subestações, a terra é usada para conduzir a corrente quando 
existem aterramento no sistema. O valor de resistividade do solo está sujeito a grande variação, devido 
à umidade, temperatura e conteúdo químico. Valores típicos são: 
• Valores usuais: de 10 até 1000 Ωm; 
• Valores excepcionais: de 1000 até 10000 Ωm. 
O método de Wermer de quatro pinos é comumente o mais utilizado para a medição da 
resistividade do solo. O valor aparente da resistividade do solo pode ser obtido por meio da Equação 1: 
 
Equação 1: Cálculo da resistividade aparente do solo pelo método de Wermer. 
𝜌𝐸 =
4𝜋 ∙ 𝑎 ∙ 𝑅𝑊
1 +
2𝑎
√𝑎2+4𝑏2
−
𝑎
√𝑎2+𝑏2
 
Em que: 
• 𝜌𝐸[Ω ∙ 𝑚]: Resistividade aparente medida no solo; 
• 𝑎 [𝑚]: Espaçamento dos eletrodos; 
• 𝑏 [𝑚]: Profundidade dos eletrodos; 
• 𝑅𝑊 [Ω]: Resistência de Wermer medida com 
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜(𝑉)
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒(𝐼)
 como é mostrado na Figura 11. 
 
Figura 11: Esquema para medição da resistência de Wermer. Fonte: https://bit.ly/2NVMj28 
 
14 
No método de Schlumberger a distância entre a sonda de tensões é a e as distâncias da sonda 
de tensão e da sonda de corrente são c. Usando o método de Schlumberger, se b é pequeno comparado 
com a e c , e c > 2a , o cálculo para se encontrar o valor da resistividade do solo pode ser determinado 
pela Equação 2: 
Equação 2: Cálculo da resistividade do solo pelo método de Schlumberger. 
𝜌𝐸 = 𝜋 ∙
𝑐 ∙ (𝑐 + 𝑎)
𝑎
∙ 𝑅𝑆 
 Em que: 
• 𝜌𝐸[Ω ∙ 𝑚]: Resistividade do solo aparente medida; 
• 𝑎 [𝑚]: Espaçamento dos eletrodos; 
• 𝑏 [𝑚]: Profundidade dos eletrodos; 
• 𝑐 [𝑚]: Espaçamento dos eletrodos; 
• 𝑅𝑆 [Ω]: Resistência de Schlumberger medida com 
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜(𝑉)
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒(𝐼)
 como é mostrado na Figura 12. 
 
Figura 12: Esquema para medição da resistência de Schlumberger. Fonte: https://bit.ly/2NVMj28 
 
Para a medição do aterramento de uma edificação é utilizado um instrumento de medição 
chamado de terrômetro. Seu princípio de funcionamento consiste na aplicação de uma tensão entre 
determinados pontos de referência na terra. Para a medição de aterramento de um SPDA, é necessário 
que façam dois tipos de análise: 
• Em cada eletrodo da edificação (medição pontual); 
• No conjunto do sistema (medição em conjunto fechado). 
Na medição pontual, é necessário desconectar os cabos de aterramento e usando estacas 
auxiliares realizar a medição da resistividade do solo. Já na medição de conjunto fechado esse 
procedimento não é necessário, visto que tem como objetivo a medição da resistência de todo o 
sistema de aterramento da edificação. 
Existe ainda os alicates-terrômetros, que fazem medições sem a necessidade da utilização de 
estacas auxiliares. Esse instrumento é usado na medição da resistência de um eletrodo que faz parte de 
um sistema de aterramento complexo, permitindo assim, que se detectem rapidamente conexões 
inadequadas e contatos deficientes. 
 
15 
8.1 PERIODICIDADEDA MEDIÇÃO DO ATERRAMENTO 
 
Como o solo não apresenta condições ideais, convém realizar uma medição de verificação 
frequentemente. Apesar de não haver uma exigência única, a norma NBR-5419 (2005), especifica 
intervalos de 3 anos no caso geral, e de 1 ano nas instalações mais críticas, entre cada medição, o que 
não impede que se faça medições em períodos menores, para um melhor controle. É interessante 
realizar medições com o solo seco, pois, dessa maneira, estará se medindo, possivelmente, o pior valor 
de resistência para aquele aterramento, uma vez que seu valor será maior se o solo estiver seco. 
 
16 
9. CONCLUSÃO 
 
Através deste trabalho foi possível conhecer sobre os sistemas de aterramento e a sua 
importância para não só a proteção de equipamentos eletrônicos e a própria rede elétrica, mas também 
para a proteção de seres vivos. Pode-se concluir que são sistemas de segurança de edificações e 
demais circuitos bastante eficientes na prevenção de situações que envolvam curto circuitos, choques 
elétricos e demais situações que comprometem a qualidade da energia elétrica distribuída por uma 
determinada concessionária de energia. 
Ademais, foi uma excelente oportunidade para aprimoramento de conhecimentos teóricos da 
área de instalações e aterramentos elétricos, disciplinas que são oferecidas na matriz curricular do 
curso de Engenharia Elétrica do Campus II, proporcionando assim, uma base para a formação 
profissional dos autores desse trabalho. 
 
 
17 
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Carvalho, Vagner. Passo a passo de como instalar haste de aterramento elétrico. 21 de Jun. de 2014. 
https://goo.gl/Ju2RpR (acesso em 10 de Out. de 2018). 
Moraes, Everton. Aterramento Elétrico: O que é e qual o seu objetivo. 15 de Dez. de 2017. 
https://goo.gl/Qwmb7U (acesso em 26 de Out. de 2018). 
Mundo da Elétrica. Aterramento elétrico residencial, como fazer! s.d. https://goo.gl/45sn9r (acesso em 
12 de Out. de 2018). 
—. Aterramento elétrico, tipos e usos. s.d. https://goo.gl/M6tU7a (acesso em 10 de Out. de 2018). 
—. O que é aterramento elétrico. s.d. https://goo.gl/tr6FGQ (acesso em 26 de Out. de 2018). 
Niskier, Julio, Archibald Joseph Macintyre, e Luiz Sebastião Costa. “Aterramento.” Em Instalações 
Elétricas, 126-130. Rio de Janeiro: LTC, 2013. 
Niskier, Julio, Archibald Joseph Macintyre, e Luiz Sebastião Costa. “Aterramento das Instalações.” 
Em Instalações Elétricas, 47-48. Rio de Janeiro: LTC, 2013. 
Pereira, Douglas Leandro. O que é aterramento? 03 de Abr. de 2009. https://goo.gl/oZZM1z (acesso 
em 26 de Out. de 2018). 
Saber Elétrica. Como fazer aterramento - Confira a importância de um aterramento elétrico eficiente. 
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