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De acordo com Le Corbusier, a Promenade Arquitetônica é o que controla o percurso ao edifício e ao seu interior, proporcionando conforto e boas sensações para os visitantes. Essa característica passou a ser aplicada de maneira dominante em seus projetos nos anos 30, um belo exemplo a ser citado é Cité de Refuge (1932-33), já que a passagem possui proporções áureas no qual orienta a transição para o saguão principal. A ideia da promenade architecturale se torna mais pura com a concepção da Villa Savoye em Poissy (1929-1931). Le Corbusier na descrição de sua obra subtende que os princípios de sua promenade se encontram nos ensinamentos de uma tradição da arquitetura. “A arquitetura árabe nos dá uma educação precioso. Ela gosta de andar, com o pé; são eles caminhando, se movendo que as ordenanças estão se desenvolvendo de arquitetura. É um princípio contrário tem arquitetura barroca projetada em papel, em torno de um ponto fixo teórico. Eu prefero o ensino da arquitetura árabe. Nesta assembleia, isso é real caminhada arquitetônica, oferecendo variado, inesperado, às vezes surpreendente.” Já o primeiro momento em que Le Corbusier deixa registrado a sua ideia de Promenade é no em no comentário sobre a Villa La Roche (1923-25): “Esta residência será um pouco como uma promenade architecturale. Entra-se: o espetáculo arquitetônico se oferece por meio do olhar; em sequência um passeio e perspectivas se desenvolvem em grande variedade”. O espaço é pensado para ser utilizado e vivido de forma gradual, a partir do deslocamento do corpo no espaço e das vistas que o espectador vai obtendo com a riqueza e variedade de visadas possíveis, enriquecendo a sua experiência. Pode-se notar que os 5 pontos da arquitetura moderna criado por Le Corbusier também se torna um aliado na composição da Promenade, já que possibilita aberturas e vistas diferenciadas durante os percursos. Vale ressaltar que, a inspiração da Promenade Arquitetônica iniciou com o olhar atencioso sobre os monumentos das culturas antigas por seus caminhos oblíquos, assimétricos e com características pitorescas, como Acrópole de Atenas. Com isso, a relevância do espaço é colocada no movimento do observador e nos efeitos obtidos pela variedade e complexidade do posicionamento alocado aos objetos. Sendo assim, pode-se concluir que, a concepção da Promenade de Le Corbusier não partia da ideia de um passeio qualquer, fortuito. O percurso deveria ser o menos óbvio possível, criando surpresas e emoções.Ele utiliza os espaços de circulação como “artérias” que ligam os “órgãos principais, proporcionando uma organização das atividades do edifício. Villa em Garches, 1927 Acrópole de Atenas Universidade Católica de Pernambuco Professores: Andrea e André Disciplina: Atelier de Projeto II Aluna: Allana Xavier Cavalcanti Trabalho de investigação sobre o conceito de Promenade Arquitetônica de Le Corbusier Recife/PE Fevereiro 2018
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